SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 24
Baixar para ler offline
Vitor L. B. de Jesus
(IFRJ - Campus Nilópolis)
A FÍSICA E A LEI
DO IMPEDIMENTO DO FUTEBOL
INTRODUÇÃO
 Segundo a FIFA, a lei do impedimento nos diz :
“Se um jogador se encontrar mais próximo da linha de meta adversária do que a bola e
o penúltimo adversário, ele estará em caráter de impedimento”
 E mais:
“Um jogador em posição de impedimento somente será sancionado se, NO
MOMENTO EM QUE A BOLA FOR TOCADA OU JOGADA por um de seus
companheiros, ele estiver, na opinião do árbitro, envolvido em jogo ativo”
 O impedimento entrou no livro de regras em 1925, na Inglaterra.
 O responsável por essa marcação é o árbitro lateral conhecido como
“bandeirinha”
INTRODUÇÃO
“Para que a posição de impedimento de um atacante seja
considerada uma infração, é necessária a observação
SIMULTÂNEA de dois eventos: a posição do jogador que
realiza o passe, e a posição do atacante que vai recebê-lo.
Essa detecção simultânea deve atendida para quaisquer
posições desses jogadores no momento do passe.”
OBJETIVO
 Mostrar que o “bandeirinha” não é capaz de realizar a
OBSERVAÇÃO SIMULTÂNEA do jogador que realiza o
passe e da posição do atacante que irá recebê-lo,
conforme exige a lei do impedimento, em TODAS as
situações possíveis no campo.
 O campo de visão humano binocular não possui 180º de panorama
horizontal, mas 120º devido a sobreposição dos campos de visão
monoculares que possuem 150º.
 Em princípio, o campo de visão binocular é vasto, mas…
 Área central da retina (fóvea): campo visual central que varia de 10 a 30
graus (segundo alguns autores).
 Área mais periférica: campo visual periférico: até 120 graus para a visão
binocular.
 A visão periférica processa mais rapidamente a informação que se refere
a movimentos e a visão sob níveis reduzidos de iluminação.
 A visão central (fóvea) processa a informação com mais acuidade que a
área periférica.
 Sem girar a cabeça, o campo de visão central (mais preciso) é reduzido
(10 a 30 graus). É possível detectar o movimento utilizando a visão
periférica e, depois disso, colocar o objeto observado no campo de
visão central, para maior acuidade. Esses movimentos dos olhos
chamam-se: Movimentos Oculares Sacádicos (MOS).
 Sem girar a cabeça, o tempo de latência dos MOS é de
aproximadamente
200 ms para 5 graus
250 ms para 40 graus.
Duração entre 20-80 ms.
 Se for necessário girar a cabeça, gasta-se um tempo que é suficiente
para um avanço significativo do atacante em posição legal no momento
do passe.
t1 t3 > t2t2 > t1
 Então, se o campo visual central é reduzido, o
“bandeirinha” deverá girar a cabeça, a fim de
observar as jogadas com precisão suficiente para
garantir a correta marcação da infração. Ou seja,
tentar visualizar o lançador e monitorar o atacante
que está em posição duvidosa em relação a linha de
impedimento. E vai gastar um certo tempo para realizar
esta tarefa.
 Foi planejado um experimento cujo objetivo era estimar o
tempo de giro da cabeça do banderinha;
 Foram montados dois fotossensores, separados de 11cm
e ligados a um cronômetro, e uma régua acoplada a um
boné. A régua inicia e finaliza a contagem do tempo de
giro de 90º da cabeça.
Linha lateral
Velocidade de giro Tempo (s)
Máxima
0,55
0,60
0,73
0,69
Mínima 0,60
0,68
0,85
0,80
0,95
0,45
Resultado dos tempos máximos e mínimos de giro da cabeça (ida e volta)
a 90º realizados por cinco alunos do IFRJ – campus Nilópolis.
 Foi estimada a velocidade média de arrancada de um jogador
utilizando os dados de um velocista (Usain Bolt, quebra de recorde
muldial em Zurich, 2009) nos 10 m iniciais.
Variação da posição (m) Tempo (s) Velocidade (m/s)
0- 10 1,89 ~ 5,3
Resultados e discussões
 Com base nas estimativas do TEMPO GASTO (Dt) pelo
“bandeirinha” para girar a cabeça e VALORES TÍPICOS DA
VELOCIDADE ( Vm ) de um atacante arrancando em direção ao
gol próximo à linha de impedimento, foi possível estimar o
DESLOCAMENTO ( Ds ) do jogador em relação à linha de
impedimento após a observação do lançamento pelo
“bandeirinha”.
Ds = Vm .Dt
Tempodegiro(t) Avançoestimado(s)
2,4m
3,0m/s(jogador) 1,3m
5,0m
3,0m/s(jogador) 2,8m
Vel.Média(Vm)
0,45s–mínimomedido
5,3m/s(UsainBolt)
0,95s–máximomedido
5,3m/s(UsainBolt)
Resultados e discussões
Resultados e discussões
 As estimativas indicam que não é fisicamente possível acompanhar
dois lances simultaneamente em todos os pontos do campo de ataque.
Conclusão
 O trabalho teve por objetivo mostrar a
impossibilidade da marcação CORRETA do
impedimento em todos os pontos do campo. Para
que a regra do impedimento seja cumprida, é
necessário ter um campo de visão de 180º, e assim
observar dois eventos sumultâneos.
 Atualmente, as transmissões de TV podem mostrar
quadro a quadro qualquer lance duvidoso durante o jogo,
e possuem uma visão simultânea de todos os envolvidos
no jogo.
 Com esta “mãozinha” tecnológica é possível cumprir o
requisito de simultaneidade exigido pela regra do
impedimento do futebol.
Conclusão
Bibliografia
 FIFA, Laws of the Game 2009-2010, Published by Fédération Internationale
de Football Association, July 2008.
 Hezel, P. J. e Veron, H., Head Mounted Displays for Virtual Reality, 1993.
 Lorenzetto, L. A., treinando seus olhos: saúde e educação corporal,
Universidade Estadual Paulista - DEF/IB. Publicação Revista Brasileira de
Atividade Física & Saúde.
 Rui Manuel Neto e Matos, “Treinabilidade e transfer da prática esportiva
para tarefas de condução de automóvel”. Tese de Doutorado. Universidade
Técnica de Lisboa – Faculdade de Motricidade Humana (2008)
Bibliografia
 http://speedendurance.com/2009/08/19/usain-bolt-10-meter-splits-fastest-
top-speed-2008-vs-2009/ - visitado no dia 13/10/2010.
 Bicas,Harley E. A., Fisiologia da visão binocular,
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004-
27492004000100032&script=sci_arttext]
 http://www.hse.rj.saude.gov.br/profissional/clin/oftalmo/esotropia11.htm –
visitado no dia 02/11/2010.
 Sanabria, J. et al., “Oculomotor movements and football’s law 11”. The
Lancet, v. 351, pag. 268 (1998).
 A. C.; LOCH, M. R.; ANDRADE, C. A. ‘Análise da velocidade linear em jogadores
de futebol a partir de dois métodos de avaliação’. In: Revista Brasileira de
Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 11, n. 4, p. 408-414, 2009
Agradecimentos

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Osteologia - Parte 3
Osteologia  - Parte 3Osteologia  - Parte 3
Osteologia - Parte 3angelica luna
 
Aparelhos topográficos: Conheça os diferentes existentes
Aparelhos topográficos: Conheça os diferentes existentesAparelhos topográficos: Conheça os diferentes existentes
Aparelhos topográficos: Conheça os diferentes existentesAdenilson Giovanini
 
Avaliação Postural - Apostila
Avaliação Postural - ApostilaAvaliação Postural - Apostila
Avaliação Postural - ApostilaFernando Valentim
 
Articulacao coxofemural
Articulacao coxofemuralArticulacao coxofemural
Articulacao coxofemuralUF Fly
 
Reconstrução do Ligamento Anterolateral
Reconstrução do Ligamento AnterolateralReconstrução do Ligamento Anterolateral
Reconstrução do Ligamento AnterolateralDavid Sadigursky
 
Enfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelhoEnfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelhoThais Benicio
 
Força muscular e índice de fadiga dos extensores e flexores do joelho de jog...
Força muscular e índice de fadiga dos extensores  e flexores do joelho de jog...Força muscular e índice de fadiga dos extensores  e flexores do joelho de jog...
Força muscular e índice de fadiga dos extensores e flexores do joelho de jog...Fernando Farias
 

Mais procurados (20)

A marcha humana no futebol
A marcha humana no futebolA marcha humana no futebol
A marcha humana no futebol
 
Coluna lombar
Coluna lombarColuna lombar
Coluna lombar
 
Osteologia - Parte 3
Osteologia  - Parte 3Osteologia  - Parte 3
Osteologia - Parte 3
 
Avaliaçao goniométrica
Avaliaçao goniométricaAvaliaçao goniométrica
Avaliaçao goniométrica
 
Aparelhos topográficos: Conheça os diferentes existentes
Aparelhos topográficos: Conheça os diferentes existentesAparelhos topográficos: Conheça os diferentes existentes
Aparelhos topográficos: Conheça os diferentes existentes
 
Modulo 16
Modulo 16Modulo 16
Modulo 16
 
Modulo 10
Modulo 10Modulo 10
Modulo 10
 
Avaliação Postural - Apostila
Avaliação Postural - ApostilaAvaliação Postural - Apostila
Avaliação Postural - Apostila
 
Modulo 07
Modulo 07Modulo 07
Modulo 07
 
Articulacao coxofemural
Articulacao coxofemuralArticulacao coxofemural
Articulacao coxofemural
 
Modulo 13
Modulo 13Modulo 13
Modulo 13
 
Modulo 06
Modulo 06Modulo 06
Modulo 06
 
Reconstrução do Ligamento Anterolateral
Reconstrução do Ligamento AnterolateralReconstrução do Ligamento Anterolateral
Reconstrução do Ligamento Anterolateral
 
Posicionamento radiologico123
Posicionamento radiologico123Posicionamento radiologico123
Posicionamento radiologico123
 
Pos rad conv
Pos rad convPos rad conv
Pos rad conv
 
Imaginologia
ImaginologiaImaginologia
Imaginologia
 
Enfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelhoEnfermidades específicas do joelho
Enfermidades específicas do joelho
 
Vôlei
VôleiVôlei
Vôlei
 
Modulo 12
Modulo 12Modulo 12
Modulo 12
 
Força muscular e índice de fadiga dos extensores e flexores do joelho de jog...
Força muscular e índice de fadiga dos extensores  e flexores do joelho de jog...Força muscular e índice de fadiga dos extensores  e flexores do joelho de jog...
Força muscular e índice de fadiga dos extensores e flexores do joelho de jog...
 

Mais de BIF UFF

Um passeio pelo sistema solar
Um passeio pelo sistema solarUm passeio pelo sistema solar
Um passeio pelo sistema solarBIF UFF
 
Os Cursos de Bacharelado e Licenciatura do IF/UFF
Os Cursos de Bacharelado e Licenciatura do IF/UFFOs Cursos de Bacharelado e Licenciatura do IF/UFF
Os Cursos de Bacharelado e Licenciatura do IF/UFFBIF UFF
 
A Casa da Descoberta - Centro de Divulgação de Ciência da UFF
A Casa da Descoberta - Centro de Divulgação de Ciência da UFFA Casa da Descoberta - Centro de Divulgação de Ciência da UFF
A Casa da Descoberta - Centro de Divulgação de Ciência da UFFBIF UFF
 
Um minuto de saudade: Prof.Dr. Paulo Gomes
Um minuto de saudade: Prof.Dr. Paulo GomesUm minuto de saudade: Prof.Dr. Paulo Gomes
Um minuto de saudade: Prof.Dr. Paulo GomesBIF UFF
 
Aplicações da Espectrometria de Massa com Aceleradores no Laboratório de Rad...
Aplicações da Espectrometria de Massa com Aceleradores no  Laboratório de Rad...Aplicações da Espectrometria de Massa com Aceleradores no  Laboratório de Rad...
Aplicações da Espectrometria de Massa com Aceleradores no Laboratório de Rad...BIF UFF
 
A Física da Música e dos Fenômenos Sonoros
A Física da Música e dos Fenômenos SonorosA Física da Música e dos Fenômenos Sonoros
A Física da Música e dos Fenômenos SonorosBIF UFF
 
Origem e Aplicações do Magnetismo
Origem e Aplicações do MagnetismoOrigem e Aplicações do Magnetismo
Origem e Aplicações do MagnetismoBIF UFF
 
Luz e Vida
Luz e VidaLuz e Vida
Luz e VidaBIF UFF
 
Integrar ou incluir: desafios para o ensino de Física
Integrar ou incluir: desafios para  o ensino de FísicaIntegrar ou incluir: desafios para  o ensino de Física
Integrar ou incluir: desafios para o ensino de FísicaBIF UFF
 
Spintrônica
SpintrônicaSpintrônica
SpintrônicaBIF UFF
 
Holografia & Holografia Digital
Holografia & Holografia DigitalHolografia & Holografia Digital
Holografia & Holografia DigitalBIF UFF
 
Não-Localidade Quântica
Não-Localidade QuânticaNão-Localidade Quântica
Não-Localidade QuânticaBIF UFF
 
Nosso Lugar no Universo
Nosso Lugar no UniversoNosso Lugar no Universo
Nosso Lugar no UniversoBIF UFF
 
Aplicações da Física Nuclear com Aceleradores
Aplicações da Física Nuclear com AceleradoresAplicações da Física Nuclear com Aceleradores
Aplicações da Física Nuclear com AceleradoresBIF UFF
 
(Parte 2) Diversidade na Universidade Transformando Sonhos em Esperanças
(Parte 2) Diversidade na Universidade Transformando Sonhos em Esperanças(Parte 2) Diversidade na Universidade Transformando Sonhos em Esperanças
(Parte 2) Diversidade na Universidade Transformando Sonhos em EsperançasBIF UFF
 
A Natureza e os gregos
A Natureza e os gregosA Natureza e os gregos
A Natureza e os gregosBIF UFF
 
Torcendo a luz: a física da luz como avanço tecnológico
Torcendo a luz: a física da luz como avanço tecnológicoTorcendo a luz: a física da luz como avanço tecnológico
Torcendo a luz: a física da luz como avanço tecnológicoBIF UFF
 
Torcendo a Luz
Torcendo a LuzTorcendo a Luz
Torcendo a LuzBIF UFF
 
O mundo maravilhoso do carbono
O mundo maravilhoso do carbonoO mundo maravilhoso do carbono
O mundo maravilhoso do carbonoBIF UFF
 
O Ensino da Física através das Suas Constantes
O Ensino da Física através das Suas ConstantesO Ensino da Física através das Suas Constantes
O Ensino da Física através das Suas ConstantesBIF UFF
 

Mais de BIF UFF (20)

Um passeio pelo sistema solar
Um passeio pelo sistema solarUm passeio pelo sistema solar
Um passeio pelo sistema solar
 
Os Cursos de Bacharelado e Licenciatura do IF/UFF
Os Cursos de Bacharelado e Licenciatura do IF/UFFOs Cursos de Bacharelado e Licenciatura do IF/UFF
Os Cursos de Bacharelado e Licenciatura do IF/UFF
 
A Casa da Descoberta - Centro de Divulgação de Ciência da UFF
A Casa da Descoberta - Centro de Divulgação de Ciência da UFFA Casa da Descoberta - Centro de Divulgação de Ciência da UFF
A Casa da Descoberta - Centro de Divulgação de Ciência da UFF
 
Um minuto de saudade: Prof.Dr. Paulo Gomes
Um minuto de saudade: Prof.Dr. Paulo GomesUm minuto de saudade: Prof.Dr. Paulo Gomes
Um minuto de saudade: Prof.Dr. Paulo Gomes
 
Aplicações da Espectrometria de Massa com Aceleradores no Laboratório de Rad...
Aplicações da Espectrometria de Massa com Aceleradores no  Laboratório de Rad...Aplicações da Espectrometria de Massa com Aceleradores no  Laboratório de Rad...
Aplicações da Espectrometria de Massa com Aceleradores no Laboratório de Rad...
 
A Física da Música e dos Fenômenos Sonoros
A Física da Música e dos Fenômenos SonorosA Física da Música e dos Fenômenos Sonoros
A Física da Música e dos Fenômenos Sonoros
 
Origem e Aplicações do Magnetismo
Origem e Aplicações do MagnetismoOrigem e Aplicações do Magnetismo
Origem e Aplicações do Magnetismo
 
Luz e Vida
Luz e VidaLuz e Vida
Luz e Vida
 
Integrar ou incluir: desafios para o ensino de Física
Integrar ou incluir: desafios para  o ensino de FísicaIntegrar ou incluir: desafios para  o ensino de Física
Integrar ou incluir: desafios para o ensino de Física
 
Spintrônica
SpintrônicaSpintrônica
Spintrônica
 
Holografia & Holografia Digital
Holografia & Holografia DigitalHolografia & Holografia Digital
Holografia & Holografia Digital
 
Não-Localidade Quântica
Não-Localidade QuânticaNão-Localidade Quântica
Não-Localidade Quântica
 
Nosso Lugar no Universo
Nosso Lugar no UniversoNosso Lugar no Universo
Nosso Lugar no Universo
 
Aplicações da Física Nuclear com Aceleradores
Aplicações da Física Nuclear com AceleradoresAplicações da Física Nuclear com Aceleradores
Aplicações da Física Nuclear com Aceleradores
 
(Parte 2) Diversidade na Universidade Transformando Sonhos em Esperanças
(Parte 2) Diversidade na Universidade Transformando Sonhos em Esperanças(Parte 2) Diversidade na Universidade Transformando Sonhos em Esperanças
(Parte 2) Diversidade na Universidade Transformando Sonhos em Esperanças
 
A Natureza e os gregos
A Natureza e os gregosA Natureza e os gregos
A Natureza e os gregos
 
Torcendo a luz: a física da luz como avanço tecnológico
Torcendo a luz: a física da luz como avanço tecnológicoTorcendo a luz: a física da luz como avanço tecnológico
Torcendo a luz: a física da luz como avanço tecnológico
 
Torcendo a Luz
Torcendo a LuzTorcendo a Luz
Torcendo a Luz
 
O mundo maravilhoso do carbono
O mundo maravilhoso do carbonoO mundo maravilhoso do carbono
O mundo maravilhoso do carbono
 
O Ensino da Física através das Suas Constantes
O Ensino da Física através das Suas ConstantesO Ensino da Física através das Suas Constantes
O Ensino da Física através das Suas Constantes
 

Último

Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresLilianPiola
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirIedaGoethe
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfmirandadudu08
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfPastor Robson Colaço
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBAline Santana
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfIedaGoethe
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADOcarolinacespedes23
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxBiancaNogueira42
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxIsabelaRafael2
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024Sandra Pratas
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISVitor Vieira Vasconcelos
 

Último (20)

Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptxSlides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
Slides Lição 4, CPAD, Como se Conduzir na Caminhada, 2Tr24.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolaresALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
ALMANANHE DE BRINCADEIRAS - 500 atividades escolares
 
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimirFCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
FCEE - Diretrizes - Autismo.pdf para imprimir
 
Regência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdfRegência Nominal e Verbal português .pdf
Regência Nominal e Verbal português .pdf
 
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdfO Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
O Universo Cuckold - Compartilhando a Esposas Com Amigo.pdf
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASBCRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
CRÔNICAS DE UMA TURMA - TURMA DE 9ºANO - EASB
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdfcartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
cartilha-pdi-plano-de-desenvolvimento-individual-do-estudante.pdf
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADOactivIDADES CUENTO  lobo esta  CUENTO CUARTO GRADO
activIDADES CUENTO lobo esta CUENTO CUARTO GRADO
 
Em tempo de Quaresma .
Em tempo de Quaresma                            .Em tempo de Quaresma                            .
Em tempo de Quaresma .
 
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptxAula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
Aula 13 8º Ano Cap.04 Revolução Francesa.pptx
 
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptxSlides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
Slides Lição 03, Central Gospel, O Arrebatamento, 1Tr24.pptx
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptxApostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
Apostila da CONQUISTA_ para o 6ANO_LP_UNI1.pptx
 
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
HORA DO CONTO4_BECRE D. CARLOS I_2023_2024
 
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGISPrática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
Prática de interpretação de imagens de satélite no QGIS
 

A impossibilidade da marcação perfeita do impedimento no futebol

  • 1. Vitor L. B. de Jesus (IFRJ - Campus Nilópolis) A FÍSICA E A LEI DO IMPEDIMENTO DO FUTEBOL
  • 2.
  • 3. INTRODUÇÃO  Segundo a FIFA, a lei do impedimento nos diz : “Se um jogador se encontrar mais próximo da linha de meta adversária do que a bola e o penúltimo adversário, ele estará em caráter de impedimento”  E mais: “Um jogador em posição de impedimento somente será sancionado se, NO MOMENTO EM QUE A BOLA FOR TOCADA OU JOGADA por um de seus companheiros, ele estiver, na opinião do árbitro, envolvido em jogo ativo”  O impedimento entrou no livro de regras em 1925, na Inglaterra.  O responsável por essa marcação é o árbitro lateral conhecido como “bandeirinha”
  • 4. INTRODUÇÃO “Para que a posição de impedimento de um atacante seja considerada uma infração, é necessária a observação SIMULTÂNEA de dois eventos: a posição do jogador que realiza o passe, e a posição do atacante que vai recebê-lo. Essa detecção simultânea deve atendida para quaisquer posições desses jogadores no momento do passe.”
  • 5. OBJETIVO  Mostrar que o “bandeirinha” não é capaz de realizar a OBSERVAÇÃO SIMULTÂNEA do jogador que realiza o passe e da posição do atacante que irá recebê-lo, conforme exige a lei do impedimento, em TODAS as situações possíveis no campo.
  • 6.  O campo de visão humano binocular não possui 180º de panorama horizontal, mas 120º devido a sobreposição dos campos de visão monoculares que possuem 150º.  Em princípio, o campo de visão binocular é vasto, mas…
  • 7.  Área central da retina (fóvea): campo visual central que varia de 10 a 30 graus (segundo alguns autores).  Área mais periférica: campo visual periférico: até 120 graus para a visão binocular.  A visão periférica processa mais rapidamente a informação que se refere a movimentos e a visão sob níveis reduzidos de iluminação.  A visão central (fóvea) processa a informação com mais acuidade que a área periférica.
  • 8.  Sem girar a cabeça, o campo de visão central (mais preciso) é reduzido (10 a 30 graus). É possível detectar o movimento utilizando a visão periférica e, depois disso, colocar o objeto observado no campo de visão central, para maior acuidade. Esses movimentos dos olhos chamam-se: Movimentos Oculares Sacádicos (MOS).  Sem girar a cabeça, o tempo de latência dos MOS é de aproximadamente 200 ms para 5 graus 250 ms para 40 graus. Duração entre 20-80 ms.
  • 9.  Se for necessário girar a cabeça, gasta-se um tempo que é suficiente para um avanço significativo do atacante em posição legal no momento do passe. t1 t3 > t2t2 > t1
  • 10.  Então, se o campo visual central é reduzido, o “bandeirinha” deverá girar a cabeça, a fim de observar as jogadas com precisão suficiente para garantir a correta marcação da infração. Ou seja, tentar visualizar o lançador e monitorar o atacante que está em posição duvidosa em relação a linha de impedimento. E vai gastar um certo tempo para realizar esta tarefa.
  • 11.
  • 12.  Foi planejado um experimento cujo objetivo era estimar o tempo de giro da cabeça do banderinha;  Foram montados dois fotossensores, separados de 11cm e ligados a um cronômetro, e uma régua acoplada a um boné. A régua inicia e finaliza a contagem do tempo de giro de 90º da cabeça.
  • 14.
  • 15. Velocidade de giro Tempo (s) Máxima 0,55 0,60 0,73 0,69 Mínima 0,60 0,68 0,85 0,80 0,95 0,45 Resultado dos tempos máximos e mínimos de giro da cabeça (ida e volta) a 90º realizados por cinco alunos do IFRJ – campus Nilópolis.
  • 16.  Foi estimada a velocidade média de arrancada de um jogador utilizando os dados de um velocista (Usain Bolt, quebra de recorde muldial em Zurich, 2009) nos 10 m iniciais. Variação da posição (m) Tempo (s) Velocidade (m/s) 0- 10 1,89 ~ 5,3
  • 17. Resultados e discussões  Com base nas estimativas do TEMPO GASTO (Dt) pelo “bandeirinha” para girar a cabeça e VALORES TÍPICOS DA VELOCIDADE ( Vm ) de um atacante arrancando em direção ao gol próximo à linha de impedimento, foi possível estimar o DESLOCAMENTO ( Ds ) do jogador em relação à linha de impedimento após a observação do lançamento pelo “bandeirinha”. Ds = Vm .Dt
  • 18. Tempodegiro(t) Avançoestimado(s) 2,4m 3,0m/s(jogador) 1,3m 5,0m 3,0m/s(jogador) 2,8m Vel.Média(Vm) 0,45s–mínimomedido 5,3m/s(UsainBolt) 0,95s–máximomedido 5,3m/s(UsainBolt) Resultados e discussões
  • 19. Resultados e discussões  As estimativas indicam que não é fisicamente possível acompanhar dois lances simultaneamente em todos os pontos do campo de ataque.
  • 20. Conclusão  O trabalho teve por objetivo mostrar a impossibilidade da marcação CORRETA do impedimento em todos os pontos do campo. Para que a regra do impedimento seja cumprida, é necessário ter um campo de visão de 180º, e assim observar dois eventos sumultâneos.
  • 21.  Atualmente, as transmissões de TV podem mostrar quadro a quadro qualquer lance duvidoso durante o jogo, e possuem uma visão simultânea de todos os envolvidos no jogo.  Com esta “mãozinha” tecnológica é possível cumprir o requisito de simultaneidade exigido pela regra do impedimento do futebol. Conclusão
  • 22. Bibliografia  FIFA, Laws of the Game 2009-2010, Published by Fédération Internationale de Football Association, July 2008.  Hezel, P. J. e Veron, H., Head Mounted Displays for Virtual Reality, 1993.  Lorenzetto, L. A., treinando seus olhos: saúde e educação corporal, Universidade Estadual Paulista - DEF/IB. Publicação Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde.  Rui Manuel Neto e Matos, “Treinabilidade e transfer da prática esportiva para tarefas de condução de automóvel”. Tese de Doutorado. Universidade Técnica de Lisboa – Faculdade de Motricidade Humana (2008)
  • 23. Bibliografia  http://speedendurance.com/2009/08/19/usain-bolt-10-meter-splits-fastest- top-speed-2008-vs-2009/ - visitado no dia 13/10/2010.  Bicas,Harley E. A., Fisiologia da visão binocular, http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004- 27492004000100032&script=sci_arttext]  http://www.hse.rj.saude.gov.br/profissional/clin/oftalmo/esotropia11.htm – visitado no dia 02/11/2010.  Sanabria, J. et al., “Oculomotor movements and football’s law 11”. The Lancet, v. 351, pag. 268 (1998).  A. C.; LOCH, M. R.; ANDRADE, C. A. ‘Análise da velocidade linear em jogadores de futebol a partir de dois métodos de avaliação’. In: Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 11, n. 4, p. 408-414, 2009