2. Biografia de
António Gedeão
Rómulo de Carvalho, nasceu em Lisboa a 24 de Novembro
de 1906. Era um conceituado professor de ciências físico-
químicas e poeta sobre o pseudónimo de António Gedeão .
Duas das suas mais célebres obras são “Pedra Filosofal” e
“Lágrima de Preta”. Morreu a 19 de Fevereiro de 1997.
A data do seu nascimento foi adoptada em 1996 como dia
nacional da Cultura Científica.
3. Aurora Boreal
Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
quadrada
Quadrado: Um quadrilátero
que tem todos os quatro ângulos
retos e os quatro lados
congruentes, paralelos dois a dois.
Aurora Boreal: É um fenómeno
luminoso que ocorre quando partículas
carregadas electricamente, como elétrons,
são emanadas do sol.
4. Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em
Mais longe que os foguetões
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se ,simplesmente
Arma SecretaLinha reta: Uma linha
sem curvaturas sinuosidades
que corresponde à distância
mais curta entre dois pontos.:
linha reta
AMOR
Amor: Afeição profunda a
outrem, a ponto de estabelecer
um vínculo afetivo intenso,
capaz de doações próprias, até o
sacrifício.
7. António Gedeão , nasceu em Lisboa no dia
24 de Novembro de 1906. Usava um
pseudónimo , mas o seu verdadeiro nome
era Rómulo Vasco da Gama de Carvalho.
António Gedeão foi professor de físico-
química , pedagogo , investigador da
História da Ciência e poeta. As suas obras
mais conhecidas foram Pedra Filosofal e
Lágrima de Preta.
Foi também homenageado pelo Ministério
de Ciência e Tecnologia.
Faleceu no dia 19 de Fevereiro de 1997.
Após a sua morte ,24 de Novembro passou
a ser o dia Nacional da Ciência.
8. Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Aurora Boreal
estrelas
Astro dotado de luz
própria, observável
sob a forma de ponto
luminoso.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
remédio
Qualquer substância
de que se faz uso
para combater
doenças ou
indisposições.
redondas
Cuja forma tal
que todas as
linhas tiradas do
centro ou eixo
central para a
circunferência
são iguais.
risos Ato ou efeito de rir.
9. António Gedeão (Rómulo Vasco da
Gama de Carvalho, nasceu em 24 de
Novembro de 1906, em Lisboa, faleceu
em 1997.
Rómulo de Carvalho ficou
conhecido por esse nome, enquanto
homem da ciência, como pelo de
António Gedeão, enquanto homem de
letras e poeta.
10. Tenho quarenta
janelas nas
paredes do
meu quarto.
Sem vidros nem
bambinelas
posso ver
através delas o
mundo em que
me reparto. Por
uma entra a luz
do Sol, por
outra a luz do
luar, por outra a
luz das estrelas
que andam no
céu a rolar. Por
esta entra a Via
Láctea como
um vapor de
algodão, por
aquela a luz
dos homens,
pela outra a
escuridão. Pela
maior entra o
espanto, pela
menor a
certeza, pela
da frente a
beleza que
inunda de
canto a canto.
Pela quadrada
11. entra a esperança de quatro lados iguais, quatro
arestas, quatro vértices, quatro pontos
cardeais. Pela redonda entra o sonho, que as
vigias sãoredondas, e o sonho afaga e
embala à semelhança das ondas. Por além
entra a tristeza, por aquela entra a saudade, e o
desejo, e a humildade, e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio, e o
medo, e a melancolia, e essa fome sem remédio
a que se chama poesia, e a inocência, e a
bondade, e a dor
12. própria, e a dor alheia, e a paixão que se
incendeia, e a viuvez, e a piedade, e o
grande pássaro branco, e o grande pássaro
negro que se olham obliquamente, arrepiados
de
medo, todos os risos e choros, todas as fomes e
sedes, tudo alonga a sua sombra nas
minhas quatro paredes. Oh janelas do meu
quarto, quem vos pudesse rasgar! Com tanta
janela aberta falta-me a luz e o ar.
13. Algodão- Penugem que rodeia as sementes do
algodoeiro.
Tecido que se fabrica com essa penugem.
Algodão em rama, algodão não beneficiado.
Algodão hidrófilo, algodão completamente dessecado
e esterilizado, que se vende nas farmácias.
Choros- O choro, pranto (choro em excesso) ou ato de
chorar ou lacrimejar é um efeito fisiológico dos seres
humanos que consiste na produção em grande quantidade
de lágrimas dos olhos, geralmente quando estão em estado
emocional alterado como em casos
de medo, tristeza, depressão, dor, saudade, alegria exagera
da, raiva, aflição, etc.
16. António Gedeão é o pseudónimo de Rómulo Vasco da Gama de Carvalho, professor,
pedagogo, autor de manuais, divulgador científico e poeta nascido a 24 de Novembro
de 1906, em Lisboa. Apesar de se ter formado em Ciências Físico-Químicas no Porto e
de ter leccionado e publicado livros nesta área e na de história da ciência, Rómulo de
Carvalho ficou tão conhecido por esse nome, enquanto homem da ciência, como pelo
de António Gedeão, enquanto homem de Letras e poeta. Perpétuo foi a sua primeira
obra publicada, em 1956, embora António Gedeão escrevesse desde novo. Seguiram-
se Teatro do Mundo, em 1958, Máquina de Fogo, em 1961, Poesias Completas, em
1964, que reúne toda a obra até então
editada e que conta com um estudo aprofundado de Jorge de Sena, Linhas de Força,
em 1967, Poemas Póstumos, em 1983, e Novos Poemas Póstumos, em 1990. Em
2004 saiu a Obra Completa, que, para além das já citadas obras de poesia, inclui ainda
as incursões que o autor fez pelo teatro - RTX- 78/24(1963), História Breve da
Lua (1981) - e pela ficção - A Poltrona e Outras Novelas(1973) poeta do modernismo
(um modernismo reelaborado), de um sentimento dramático, em consonância com um
tempo de pessimismo, de existencialismo, os versos de Gedeão são marcados pela
ironia e por um olhar atento à realidade, que, em muitos casos, se mantém
perfeitamente actual. Veja-se o tão conhecido e musicado poema “Pedra filosofal”, por
exemplo.
Faleceu em Lisboa, a 19 de Fevereiro de 1997..
.
17. Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem
posso ver através delas
o mundo em que me
reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos
homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a
canto.
Pela quadrada entra a
esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro
vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o
,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor
alheia,
e a paixão que se
incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham
obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
bambinelas
1-Cortina franjada para o adorno
interior de janelas.
2-Cortina, encimada às vezes por
sanefa, que adorna as janelas
interiormente.
afaga
1-Acarinhar, fazer carinhos, acariciar. Ter em
mente (algo que nos é grato); alimentar.
2-Fazer afagos a; ameigar; lisonjear; nivelar;
alisar.
tédio
1-Sentimento de aborrecimento, nojo, desgosto:
o tédio dos longos dias de isolamento.
Sentimento enfadado provocado pela demora no
desenvolvimento de alguma coisa. Sentimento de
aversão, de desgosto sem causas aparentes.
2-Enfado; aborrecimento; fastio; nojo; desgosto.
18. Tenho uma arma secreta ao
serviço das nações. Não tem carga
nem espoleta mas dispara em
linha reta mais longe que os
foguetões Não é Júpiter, nem
Thor, nem Snark ou outros que
tais. É coisa muito melhor que
todo o vasto teor dos Cabos
Canaverais. A potência destinada
às rotações da turbina não vem da
nafta queimada, nem é de água
oxigenada nem de ergóis de
furalina. Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente, espera o
sinal da partida . Podia chamar-se
VIDA. Chama-se AMOR,
simplesmente.
1-Nome genérico dos artifícios de guerra destinados a produzir a inflamação da carga
dos projéteis ocos.
2-Dispositivo que produz a detonação de cargas explosivas e projéteis; disparador.
1-Na mitologia nórdica, Thor era o deus do trovão e protetor dos
agricultores. Controlava o clima e as colheitas, era também um dos
deuses mais conhecidos devido aos seus longos cabelos ruivos e seu
poderoso martelo chamado Mijollnir, com o qual protegia os mortais do
mal.
2-Deus do trovão, filho de Odin. Sua arma, o martelo de pedra Mijollnir.
Thor é invocado nas mágicas rúnicas como força vingadora. Casou-se
com a Deusa Sif, do trigo.
20. António Gedeão, (Rómulo Vasco da Gama de Carvalho), nasceu em Lisboa em 1906. Criança
precoce, aos 5 anos escreveu os seus primeiros poemas e aos 10 decidiu completar "Os
Lusíadas" de Camões. A par desta inclinação para as letras, ao entrar para o liceu Gil Vicente,
tomou contacto com as ciências e foi aí que despertou nele um novo interesse.
Em 1931 licenciou se em Ciências Físico Químicas pela Faculdade de Ciências da Universidade
do Porto e em 1932 conclui o curso de Ciências Pedagógicas
A poesia de Gedeão é bastante comunicativa e marca toda uma geração que, reprimida por
um regime ditatorial e atormentada por uma guerra, cujo fim não se adivinhava, se sentia
profundamente tocada pelos valores expressos.
Quando completou 90 anos de idade, a sua vida foi alvo de uma homenagem a nível nacional.
O professor, investigador, pedagogo e historiador da ciência, bem como o poeta, foi
reconhecido publicamente por personalidades da política, da ciência, das letras e da música.
Faleceu em 1997.
BIOGRAFIA
21. Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha recta
mais longe que os foguetões
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Erecta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
ARMA SECRETA
22. SIGNIFICADOS:
É uma máquina construída
para captar e converter a
energia mecânica e térmica,
contida em um fluido, em
trabalho de eixo.
Propulsor no campo do
austronáutico , é uma substância
homogénea, utilizado isoladamente e
para o fornecimento de energia. Os
propulsores são os produtos iniciais,
separados, usados em um sistema de
propulsão a jato.
23. Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
quatro pontos cardeais.
Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
AURORA BOREAL
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
todos os risos e choros,
todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
24. SIGNIFICADOS:
Conhecida em Portugal também como
estrada de santiago, é uma galáxia
espiral onde se encontra o sistema
solar. É uma estrutura construída por
cerca de duzentos biliões de
estrelas(algumas estimativas colocam
esse numero no dobro, em torno de
quatrocentos biliões) e tem de cerca de
um trilhão e 750 de massas solares. A
sua idade esta calculada em 13,6 biliões
de anos.
Para a ciência, é uma
experiência de imaginação
do inconsente durante nosso
periodo de sono.
É uma emoção e amplicação quase
patologica. O acometido de paixão perde a
sua individualidade em função do fazcínio
que o outro exerce sobre ele. É
tipicamente um sentimento doloroso e
patológico, porque, via de regra, o
infividuo perde parcialmente a sua
identidade e o seu poder de raciocínio.
26. António Gedeão nasceu a 24 de
Novembro de 1906, em Lisboa.
Estudou na Academia de Ciências de
Lisboa.
E também foi professor de físico-
química no ensino secundário.
Teve 2 filhos uma que se tornou
escritora e outro que também apostou
nas ciências.
Começou mais tarde, a escrever
poemas científicos.
E morreu no dia 19 de Fevereiro no
ano de 1997.
27. Tenho quarenta janelas
nas paredes do meu quarto.
Sem vidros nem bambinelas
posso ver através delas
o mundo em que me reparto.
Por uma entra a luz do Sol,
por outra a luz do luar,
por outra a luz das estrelas
que andam no céu a rolar.
Por esta entra a Via Láctea
como um vapor de algodão,
por aquela a luz dos homens,
pela outra a escuridão.
Pela maior entra o espanto,
pela menor a certeza,
pela da frente a beleza
que inunda de canto a canto.
Pela quadrada entra a esperança
de quatro lados iguais,
quatro arestas, quatro vértices,
28. Esperança – Disposição do espírito que induz a
esperar que alguma coisa se há-de realizar ou
de suceder. Expectativa, confiança.
29. Pela redonda entra o sonho,
que as vigias são redondas,
e o sonho afaga e embala
à semelhança das ondas.
Por além entra a tristeza,
por aquela entra a saudade,
e o desejo, e a humildade,
e o silêncio, e a surpresa,
e o amor dos homens, e o tédio,
e o medo, e a melancolia,
e essa fome sem remédio
a que se chama poesia,
e a inocência, e a bondade,
e a dor própria, e a dor alheia,
e a paixão que se incendeia,
e a viuvez, e a piedade,
e o grande pássaro branco,
e o grande pássaro negro
que se olham obliquamente,
arrepiados de medo,
31. Ondas - Cada uma das massas líquidas que
ora se elevam ora se cavam na superfície das
águas agitadas.
32. todas as fomes e sedes,
tudo alonga a sua sombra
nas minhas quatro paredes.
Oh janelas do meu quarto,
quem vos pudesse rasgar!
Com tanta janela aberta
falta-me a luz e o ar.
33. Tenho uma arma secreta
ao serviço das nações.
Não tem carga nem espoleta
mas dispara em linha reta
mais longe que os foguetões
Não é Júpiter, nem Thor,
nem Snark ou outros que tais.
É coisa muito melhor
que todo o vasto teor
dos Cabos Canaverais.
A potência destinada
às rotações da turbina
não vem da nafta queimada,
nem é de água oxigenada
nem de ergóis de furalina.
Ereta, na noite erguida,
em alerta permanente,
espera o sinal da partida.
Podia chamar-se VIDA.
Chama-se AMOR, simplesmente.
34. Arma - Símbolo de força ou poder. Nome
genérico de qualquer instrumento defensivo.
Instrumento que serve para defender. Cada
uma das divisões dos exércitos (infantaria,
artilharia e cavalaria).
35. Foguetões - Termo genérico muitas vezes
empregado impropriamente para designar o
conjunto constituído por pelo foguete motor e
pelo engenho que transporta (satélites, etc.)
36. Potência – Poder, força, robustez. Força que se
equilibra ou se vence uma força contrária.
Produto multiplicado por si uma ou mais
vezes. Qualidade de potente; poder; força;
vigor; poderio; autoridade; e capacidade de
realizar.