SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 57
Secretaria de Estado da Educação

            GOVERNO DO PARANÁ
        Roberto Requião - Governador do Estado
 Mauricio Requião de Mello e Silva - Secretário de Estado
                       da Educação
        Ricardo Fernandes Bezerra - Diretor Geral
Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde - Superintendente da
                         Educação
Marise Manoel - Assessora de Políticas Educacionais

                                   Faxinal do Céu, 21/03/2005.

                   Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                              1
PLANOS NACIONAL, ESTADUAL E
      MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO


Educar é dar às pessoas as chaves do mundo, que são a
 independência e o amor, e preparar as suas forças para
    que o percorram sozinhas, com o passo alegre das
              pessoas livres e espontâneas.
                                                           José Martí



     Educar es dar al hombre las llaves del mundo, que son la
independencia y el amor, y prepararle las fuerzas para que lo recorra
    por si, com el paso alegre de los hombres naturales e libres.


                      Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                                 2
POLÍTICAS PÚBLICAS
         para a educação


                     Sumário
Políticas Públicas: uma definição
Instituto legal dos Planos Educacionais
Orientações da Câmara Federal
Avaliação do PNE - Câmara Federal
Plano Estadual de Educação - PEE
Metodologia de trabalho: a construção coletiva
Agenda 2005 do PEE
Aspectos políticos do planejamento


               Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                          3
POLÍTICAS PÚBLICAS
            para a educação


   É o que os governos fazem, ou deixam de fazer. É
aquilo que escolhemos fazer. E há escolhas porque
existem tensões, disputas, nos vários campos de
organização da sociedade.
  Elaborar políticas públicas é buscar deslocar-se de uma
situação dada, presente, diagnosticada, para uma situação
desejada.
   Elaborar um plano educacional é fazer política pública
para o setor. É planejar e colocar em execução ações
julgadas importantes para a melhoria da educação.

                   Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                              4
POLÍTICAS PÚBLICAS
           para a educação

   Um plano de educação é a expressão de um
compromisso ético da sociedade. Mas, é fundamental
que, para executar as metas dos planos, tenha-se em
vista o orçamento público.
  Questões delicadas: como evitar atender a demandas
locais, paroquiais e corporativas que se apropriam do
orçamento público? Como combater o desperdício, de
um lado, e a corrupção, de outro?
    Como conciliar a subordinação do social ao
econômico? (a política social recolhe os mortos
deixados pelas políticas econômicas).

                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           5
POLÍTICAS PÚBLICAS
          para a educação

     Os formuladores de políticas públicas e
            programas sociais devem:
 reconhecer explicitamente a importância do que
se está fazendo e de sua qualidade;
 estar atento à efetividade das ações propostas;
 fazer uso racional dos recursos;
 respeitar as prioridades estabelecidas;
  respeitar as relações entre administradores,
executores e público-alvo (beneficiários).

              Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                         6
A Constituição de 1988

Art. 214 - Expressa o desejo da nação brasileira de um
  Plano Nacional de Educação, de duração plurianual,
  que leve à:

  Erradicação do analfabetismo.
  Universalização do atendimento escolar.
  Melhoria da qualidade de ensino.
  Formação para o trabalho.
  Promoção humanística, científica e tecnológica.


                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            7
A Lei de Diretrizes e Bases da
     Educação Nacional - LDB

         LDB, Lei nº 9.394, de 1996

 Título IV - Da Organização da Educação Nacional
 Art. 9º A União incumbir-se-á de:


I - elaborar o Plano Nacional de Educação,
   em colaboração com os estados, o
   Distrito Federal e os municípios;

                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           8
A Lei de Diretrizes e Bases da
    Educação Nacional - LDB

 Art. 10. Os estados incumbir-se-ão de:


III - elaborar e executar políticas e planos
  educacionais, em consonância com as
  diretrizes e planos nacionais de
  educação, integrando e coordenando as
  suas ações e as dos seus municípios;


                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           9
A Lei de Diretrizes e Bases da
     Educação Nacional - LDB

 Art. 11. Os municípios incumbir-se-ão de:


I - organizar, manter e desenvolver os
  órgãos e instituições oficiais dos seus
  sistemas de ensino, integrando-os às
  políticas e planos educacionais da União
  e dos estados;


                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           10
O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
            -PNE


PNE, Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001

 Art. 2º A partir da vigência desta lei, os Estados, o
 Distrito Federal e os Municípios deverão, com base no
 Plano Nacional de Educação, elaborar planos decenais
 correspondentes.
 Art. 3º A União, em articulação com os Estados, o
 Distrito Federal, os Municípios e a sociedade civil,
 procederá a avaliações periódicas da implementação do
 Plano Nacional de Educação.

                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           11
O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO
            -PNE

Art. 5º Os planos plurianuais da União, dos Estados, do
  Distrito Federal e dos Municípios serão elaborados de
  modo a dar suporte às metas constantes do Plano
  Nacional de Educação e dos respectivos planos
  decenais.

 Art. 6º Os Poderes da União, dos Estados, do Distrito
  Federal e dos Municípios empenhar-se-ão na
  divulgação deste plano e da progressiva realização de
  seus objetivos e metas, para que a sociedade o
  conheça     amplamente      e     acompanhe       sua
  implementação.

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            12
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO-PNE

  É um plano nacional: seus objetivos e metas são os da
  Nação. Os recursos envolvidos para alcançá-los são
  também de todos os entes federados.
  É um plano de Estado: não pertence a um governo.
  Ultrapassa pelo menos dois períodos governamentais.
  É um plano global: de toda a educação e não das
  Secretarias de Educação.
  É um plano aprovado por lei: isso lhe imprime maior
  força e deve garantir sua execução.


                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            13
PNE: os 9 artigos vetados


1 - Atender, pelo Programa de Garantia de Renda Mínima, a 50%
da clientela nos três primeiros anos da vigência do PNE e a 100%
até o sexto ano.
2 - Ampliar a oferta de ensino superior público numa proporção
de pelo menos 40% das matrículas totais.
3 - Criar, no âmbito federal, o Fundo de Manutenção e
Desenvolvimento do Ensino Superior, com pelo menos 75% dos
18% vinculados ao ensino.
4 - Ampliar o crédito educativo para atingir, no mínimo, 30% da
clientela do ensino superior privado, com prioridade para os de
menor renda.


                  Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                             14
PNE: os 9 artigos vetados

5 - Triplicar, em dez anos, os recursos de financiamento público
à pesquisa científica e tecnológica, por meio das agências
federais e estaduais.
6 - Implantar, em um ano, planos de carreia para os profissionais
técnico-administrativos.

7 - Elevar, na década, pelo esforço conjunto da União, Estados,
Distrito Federal e Municípios, o percentual de gastos públicos
em relação ao PIB aplicados em educação, para atingir o
mínimo de 7%, por meio da aplicação anual de 0,5% nos quatro
primeiros anos, e de 0,6% no quinto ano.



                  Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                             15
PNE: os 9 artigos vetados


  8 - No prazo de dois anos, alocar valores anuais por aluno que
  correspondam aos padrões mínimos de qualidade de ensino
  definidos nacionalmente.
  9 - Garantir recursos do Tesouro Nacional para o pagamento de
  aposentados da área de educação fora dos recursos vinculados
  ao ensino.

   JUSTIFICATIVA DOS VETOS:
a) desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal;
b) o PNE não é compatível com o PPA em vigor até final de 2003.


                     Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                                16
Debate na Câmara Federal

É preciso ampliar        a participação da
sociedade, com o estreito envolvimento dos
profissionais da educação e a imprescindível
articulação e colaboração do poder
Legislativo em todo o processo, para garantir
que, quando os Planos cheguem às
Assembléias/Câmaras, não sofram grandes
ajustes e emendas, deformando ou
retardando o processo de implantação.

             Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                        17
Câmara Federal: orientações

1 - Pensar a médio e longo prazos;
2 - Os planos decenais devem se resguardar da
rotatividade de governos;
3 - Não podem se ater à lógica do mercado, mas pensar
em direitos universais;
4 - Ter como princípios para a sua elaboração o
fortalecimento da escola pública e gratuita de qualidade, a
democratização da gestão escolar, a mobilização da
sociedade civil para a elaboração e fiscalização dos planos
e da política educacional;

                   Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                              18
Câmara Federal: orientações

5 - Os planos têm de apresentar metas, prazos e
  financiamento definidos;

6 - Os orçamentos estaduais e municipais devem
  dar prioridade à educação. Sem orçamento, as
  metas não são viabilizadas.




               Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                          19
Câmara Federal: orientações

Reafirmação do PNE como norteador da política
educacional no Brasil e referência para a elaboração
dos Planos Estaduais e Municipais de Educação.

O Congresso Nacional deve colaborar com o Legislativo
dos estados e municípios no processo de elaboração
dos planos de educacionais.

Intensificação das iniciativas de construção dos planos,
assegurando participação e consulta à sociedade civil.

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            20
Câmara Federal: orientações

Acompanhamento pelo Legislativo das ações em curso
nos estados. Recebidos os planos, desencadear
processo de debate para sua apreciação.
Acompanhamento pelas secretarias estaduais de
educação e Legislativo da elaboração do PPA, para
garantir suporte aos objetivos e metas dos planos.
Reafirmação da necessidade de apreciação pelo
Congresso dos nove vetos ao PNE.
Definição de sistemática para acompanhamento e
avaliação da execução do PNE.

               Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                          21
Iniciativas recomendadas

Realização de audiências públicas, seminários, reuniões
com a sociedade civil organizada, e principalmente com
representantes da comunidade escolar.

Discussões dos problemas, elenco de prioridades,
definição de metas para os próximos 10 anos, fixação
de datas para envio ao Legislativo do projeto de lei que
aprove os planos estaduais e municipais de educação.




                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            22
Avaliação do Cumprimento das
        Metas do PNE

Avaliação técnica do PNE: IV Conferência Nacional
de Educação e Cultura - Brasília, Câmara dos
Deputados/Comissão de Educação, fev./2005.

Nota: A avaliação do PNE foi prevista em Lei para o
quarto ano de vigência da Plano: “A União, em
articulação com os Estados, o Distrito Federal, os
Municípios e a sociedade civil, procederá a avaliações
periódicas da implementação do Plano Nacional de
Educação (Art.3º, da Lei nº 10.172/2001).

                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           23
Avaliação do Cumprimento das
         Metas do PNE

  As diretrizes do PNE continuam válidas. A
educação é reconhecida como um valor em si,
constituindo direito dos brasileiros. Assim, é dever
do Estado financiá-la.

  A educação é considerada um requisito para o
exercício pleno da cidadania, para o desenvolvimento
humano e para a melhoria da qualidade de vida da
população.

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            24
Avaliação do Cumprimento das
         Metas do PNE

   Alguns avanços foram feitos, mas perduram problemas
operacionais: uma constante está relacionada à falta de
informações dos sistemas estaduais e municipais para
avaliar o cumprimento das metas nacionais.

  Diagnóstico do financiamento e gestão:
a) ampliação das fontes de recursos para a educação;
b) defesa da vinculação de recursos;
c) controle social como instrumento de gestão.


                  Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                             25
NOTA

  Proposta do Governo Federal: elevar o percentual de
gastos públicos em educação para que atinjam no mínimo
7% do PIB no período de dez anos.
 Hoje, esses gastos atingem algo em torno de 4,6% do
PIB, segundo a Unesco (2001).


Para o professor Saviani, esta é a meta das metas, um a
 priori, condição prévia para o cumprimento das demais.


                  Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                             26
NOTA

  Os mais críticos falam que as despesas públicas com
educação não chegam a 4% e os mais exigentes pedem
8%.
 Israel = 7,1%
 Dinamarca = 6,8%
 Estados Unidos = 5,1%
 Argentina = 4,8
 Chile e Paraguai = 4,3%.
 Peru = 2,9%

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            27
Avaliação do Cumprimento das
         Metas do PNE

              Para aperfeiçoar o PNE:

a) aprimorar sistema de coleta da dados;
b) verificar avanços qualitativos;
c) universalizar o ensino público;
d) melhorar indicadores de qualidade;
e) apoiar financeiramente às Instituições públicas de
ensino superior;


                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            28
Avaliação do Cumprimento das
         Metas do PNE

f) aprimorar e efetivar o Fundeb;
g) monitorar planos no âmbito dos Executivos (que
têm a gestão dos sistemas);
h) revisar e atualizar metas;
i) promover articulação entre os entes federados;
j) fazer o PNE ser assumido pela sociedade;
k) avaliar, de forma integrada, os planos estaduais e
municipais de educação.


                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            29
PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO -
          PEE PR


   O papel do Estado não é delegável: o
atendimento e a garantia dos direitos universais
dos cidadãos são dever do Estado.

  Setores organizados da sociedade civil estão
participando do planejamento do PEE e devem
participar também da implementação e do
monitoramento dos Planos Estadual e Municipais
de Educação.


                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           30
PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO -
          PEE PR


  O PEE trata de direitos universais, ultrapassando
os horizontes das necessidades locais ou das
chamadas oportunidades de mercado.
   No PEE, os direitos já assegurados nacional e
internacionalmente são defendidos e deverão ser
implementados pelo Estado.
   O PEE busca uma nova dignidade para a
sociedade paranaense, ao propiciar o planejamento
de ações que melhorem a qualidade de vida dos
cidadãos.
                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            31
PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO -
          PEE PR


A cultura escolar e profissional, os valores
    construídos historicamente sobre a
 educação como direito, as certezas e as
 crenças são coletivas, sociais, como tais
   têm de ser tratadas em movimentos
                coletivos.

     Miguel Arroyo. Ofício de Mestre. 6ª ed. Vozes, 2002. p.174.

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            32
PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO -
           PEE PR


   UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA
Obedece aos princípios da gestão democrática
do ensino público, incluindo em sua elaboração
todos os setores/atores que têm envolvimento
com a educação.
Tomam parte na elaboração, necessariamente,
os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário,
Ministério Público, as Instituições de Ensino
Superior e setores organizados da sociedade
civil.

             Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                        33
PEE: autonomia e colaboração

É trabalhado em consonância com o PNE, sendo
observadas      as    contribuições    de    setores
representativos da sociedade civil (CONED, “Plano da
Sociedade”, e APP-Sindicato, proposta incompleta.)

Isso não apaga o princípio da autonomia do Estado e
não inibe a inclusão no PEE de temas educacionais
que sejam considerados relevantes e prioritários para
a educação do Paraná.


                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           34
PEE: participativo

O Plano Estadual de Educação - PEE pode ser
resumidamente definido como:
      Um conjunto de metas financeiras,
 organizacionais e estruturais para a educação
 paranaense. O PEE apresenta uma concepção
  de educação, os princípios que a sustentam,
nos objetivos e metas indicados para execução,
           num período de 10 anos.


             Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                        35
PEE: realizador

O PEE está sendo feito para sair do papel e mudar a
realidade educacional.
Os melhores críticos do PNE afirmam que há planos
que cumprem apenas uma função ritualística, chegando
a travar as mudanças, porque todos param para esperar
o novo documento.
A SEED procura trabalhar no espaço do debate
ampliado, para a construção do PEE, no embate das
idéias, mas buscando a concretização efetiva de um
documento de planejamento educacional.

                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           36
PEE: pactuado

A educação não é um problema só de governo, ou de
educadores, ou de planejadores, ou de famílias, ou de
alunos, ou de quaisquer outros atores isoladamente,
mas um problema de toda a sociedade.


Importa, antes de tudo, saber o que a sociedade espera
da educação. Por isso, é necessário ouvi-la, por meio
de suas representações.

                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           37
A construção coletiva do PEE PR,
      desde a base do Estado


  Maio/2003 - Divulgação do primeiro documento da SEED
orientando sobre a construção coletiva do PEE. Naquele
momento, os 32 NREs foram convocados para, em
conjunto com as representações de seus municípios,
organizarem reuniões e iniciarem os estudos temáticos.
  Julho/2003 - A SEED enviou à APP-Sindicato/Fórum em
Defesa da Escola Pública cópia da proposta de trabalho.
  Julho/2003 - A SEED enviou à Assembléia Legislativa
do Estado/Comissão de Educação, cópia da proposta de
trabalho da SEED/NREs, solicitando o acompanhamento
do processo.

                  Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                             38
A construção coletiva do PEE PR,
      desde a base do Estado


   Agosto/2003 a fevereiro/2004 - Intenso trabalho de
reuniões internas na SEED/NREs e encontros nos
municípios/escolas para planejamento, elaboração de
diagnósticos, levantamento de dados estatísticos e
bibliográficos, leitura da legislação e de documentos
relativos à matéria.
  Março/2004 - Sistematização dos Relatórios Parciais
produzidos pela SEED/NREs/comunidade educacional e
produção de documentos em versão preliminar para
discussão:

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            39
A construção coletiva do PEE PR,
      desde a base do Estado

 mobilização nas escolas - grupos de estudo;
  sistematização das informações obtidas: compilação
de dados e elaboração de diagnósticos;
   busca de apoio de docentes orientadores nas
universidades;
  preparação e realização pelos NREs de Seminários
Temáticos nos municípios, com a participação dos
educadores e de representantes da sociedade civil;
 contatos com autoridades municipais - representantes
dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério
Público e setores organizados da sociedade civil;

                   Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                              40
A construção coletiva do PEE PR,
      desde a base do Estado


   Abril/2004 - Realização pela SEED do I Seminário
Integrador do PEE, dinamizado por oficinas de trabalho
sobre temas, níveis e modalidades de ensino.
   Abril-julho/2004 - Preparação do Documento 2 -
Estudos Temáticos para o PEE PR - Resultados do I
Seminário Integrador.

  Participação em seminários estaduais e nacional
(Coned), palestra na UFPR, reuniões técnicas na SEED e
NREs.

                  Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                             41
A construção coletiva do PEE PR,
      desde a base do Estado


   Produção de relatórios: registro da metodologia;
publicação de dados e análise do PNE e metas para o
Paraná solicitada ao MEC/INEP; documento contendo os
Estudos Temáticos para o PEE; registros das
participações em seminários; registro das críticas
sugestões apresentadas pela sociedade civil.
Documentos disponíveis no Portal Educacional da SEED:
     www.diaadiaeducacao.pr.gov.br
 Fórum para a participação da sociedade.

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            42
A construção coletiva do PEE PR,
      desde a base do Estado


  Outubro/2004 - Todas as escolas públicas da
rede estadual e conveniadas receberam o
Documento 2 - Estudos Temáticos para o PEE,
por meio dos NREs; as universidades estaduais e
federal, as representações sindicais de escolas e
professores, bem como outras representações da
sociedade civil.
  Foram distribuídos mais de 10 mil exemplares
do documento em todo o Estado.

                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           43
A construção coletiva do PEE PR,
    desde a base do Estado


               AGENDA 2005
Fevereiro/2005 - As críticas e sugestões retornaram à
SEED em forma de relatórios denominados A Voz das
Escolas. Estes estão sendo sistematizados na SEED.
Abril/2005 - Realização do II Seminário Integrador do
             PEE (14 e 15 de abril 2005).
Abril/2005 - Constituição da Equipe de Redação do
PEE PR.
2º semestre/2005: Seminário de Consolidação do PEE
e Audiências Públicas.

                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           44
Os Planos Estadual e Municipais de
            Educação

 Até o momento, apenas dois Estados da Federação
 (Mato Grosso do Sul e Pernambuco) aprovaram seus
 planos estaduais de educação (CONSED, jan./2005).
 Dos 5.565 Municípios brasileiros, menos de quinhentos
 elaboraram seus planos municipais de educação,
 muitos deles, não raras vezes, pressionados por
 empresas de consultoria (Câmara Federal, 2005).
 Essas empresas de consultoria, por sua natureza, têm
 um interesse primordial: a liquidez da própria empresa.
 No Paraná, apenas 11 municípios aprovaram seus
 Planos Municipais de Educação (Perfil dos Conselhos
 Municipais de Educação, MEC, 2004).

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            45
Os Planos Estadual e Municipais de
            Educação

  Os PPA, que devem dar suporte aos planos educacionais, e as
leis orçamentárias de 2005 parecem não levar em consideração
as metas do PNE ou as próprias metas fixadas por Estados e
Municípios.
   Existe a necessidade de se precisar o que se entende por
Sistema Nacional de Educação e por Regime de Colaboração
entre os entes federados, para dar validade aos planos
educacionais (no Paraná, apenas 23 municípios têm sistemas
formados, MEC, 2004).
  O PNE só será operacionalizado com a elaboração e aprovação
dos planos estaduais e municipais de educação, por meio do
cumprimento de suas metas, estratégias e ações e do uso correto
dos recursos.

                     Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                                46
Os Planos Estadual e Municipais de
            Educação


   Os planos educacionais não podem, por isso, ser
“ilustres desconhecidos”. É isso que se tem hoje, a
despeito dos avanços.
   O aprimoramento do sistema de informações do
Estado é necessário para o acompanhamento das
políticas    educacionais;   para    possibilitar   o
monitoramento     e   a    avaliação   dos     planos
educacionais. Sabe-se que os dados disponíveis são
escassos e fragmentados (V. Estatísticas Municipais
Do Pr. Fundepar, 2004).

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            47
Entraves políticos, mais que
           metodológicos


  Os problemas sociais do Brasil são bem conhecidos.
É certo que, muitas vezes, nós sabemos mais sobre o
“que” fazer do que “como” fazer para reduzi-los ou
eliminá-los.
  No entanto, uma pergunta deve ser feita: para que
estamos elaborando um plano educacional? Apenas
para cumprir a lei? Não! Porque entendemos que os
avanços na área da educação são condição para uma
existência digna, para a democracia e para o
desenvolvimento sustentável do país.

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            48
Entraves políticos, mais que
            metodológicos

Falamos aqui em processo coletivo de trabalho e muito
       em participação. Mas, para que isso ocorra:
  1º) dar acesso à informação decodificada sobre o
produto do planejamento (planos, programas, projetos);

  2º) o Poder Público fica, então, com a obrigação de
produzir e divulgar essa informação;

 3º) é preciso eliminar a separação entre quem pensa e
quem executa. É preciso abolir o verticalismo autoritário na
definição das políticas e na construção dos planos
educacionais.
                    Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                               49
Entraves políticos, mais que
            metodológicos

  Não basta que o Estado fixe, no âmbito de decisão
central, um Plano Educacional com dimensão
estratégica.
   O mais importante é que no âmbito local, do
município, do bairro, da escola, este planejamento
seja compreendido e efetivamente viabilizado. E, para
isso:
 é preciso que os beneficiários dos planos
   possam interferir na sua preparação e
                execução.
                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            50
Entraves políticos, mais que
            metodológicos


    O único planejamento legítimo é o
      planejamento democrático e
    descentralizado, que minimiza a
imposição de valores e potencializa o seu
 caráter de instrumento de liberdade, de
 autonomia, para a intervenção racional
              sobre o futuro.
(Franco Huertas, 1994. Citado por Hernán Osorio, IPARDES, 1998).

                    Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                               51
Poder local

    Os Prefeitos e Secretários Municipais de
Educação não estão sozinhos nesta luta e não
                começam do zero.
 Podem, com maior agilidade, criar mecanismos
     participativos, buscando universidades,
sindicatos, organizações comunitárias, conselhos,
       educadores, para informar e dividir a
   responsabilidade da construção de um plano
        educacional para o seu Município.

                Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                           52
Poder local

Podem criar redes horizontais de coordenação
      e cooperação entre municípios.

 A soma das políticas educacionais do MEC e da
 SEED não se transforma, automaticamente, num
  conjunto articulado e coerente de políticas no
                    Município.




               Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                          53
Poder local

       O Município é o leme do processo.

 É no município que todas as políticas setoriais, de
 educação, saúde, emprego, formação profissional,
             podem ser articuladas.
A administração municipal pode transformar
 os interesses locais em organizadores de
                 cidadania.

                 Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                            54
PALAVRAS-CHAVE

                 Visão

 Não esperar que decisões tomadas em
 outras instâncias de governo se tornem
espontaneamente programas coerentes e
      bem-sucedidos em nível local.


            Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                       55
PALAVRAS-CHAVE

               Vontade

  Para trabalhar com o conhecimento da
comunidade sobre si mesma e não permitir
     que ela se torne espectadora de
    burocracias que não a consultam.


             Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                        56
PALAVRAS-CHAVE

           Vigor político

 A instância do município, como nenhuma
 outra, oferece a oportunidade de integrar
políticas, programas e pessoas e estimular
 a sua participação, porque os resultados
concretos que vêem têm impacto direto no
                seu cotidiano.
             Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio
                                        57

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino Darlan Campos
 
Posicionamento público
Posicionamento público Posicionamento público
Posicionamento público Conversa Afiada
 
Políticas Públicas da Educação
Políticas Públicas da EducaçãoPolíticas Públicas da Educação
Políticas Públicas da EducaçãoCÉSAR TAVARES
 
PNE e a Gestão Democrática
PNE e a Gestão DemocráticaPNE e a Gestão Democrática
PNE e a Gestão DemocráticaHudson Frota
 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -PNE
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -PNEPLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -PNE
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -PNEJulhinha Camara
 
PNE PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO lei 13005 2014
PNE PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO lei 13005 2014PNE PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO lei 13005 2014
PNE PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO lei 13005 2014educagil
 
]Plano nacional de educação 2014 2024
]Plano nacional de educação 2014 2024]Plano nacional de educação 2014 2024
]Plano nacional de educação 2014 2024Lucimara Foloni
 
Política e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação BrasileiraPolítica e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação BrasileiraEdneide Lima
 
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENTRE O UTILITARI...
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENTRE O UTILITARI...POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENTRE O UTILITARI...
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENTRE O UTILITARI...Adriana Valadão
 
Plano Nacional de Educação
Plano Nacional de Educação Plano Nacional de Educação
Plano Nacional de Educação Camila Brito
 
Bom jardim MA. Planejando a Próxima Década - 2014 a 2024
Bom jardim   MA. Planejando a Próxima Década - 2014 a 2024Bom jardim   MA. Planejando a Próxima Década - 2014 a 2024
Bom jardim MA. Planejando a Próxima Década - 2014 a 2024Adilson P Motta Motta
 
Trabalho plano nacional de educação
Trabalho plano nacional de educaçãoTrabalho plano nacional de educação
Trabalho plano nacional de educaçãoAndrea Medeiros
 
Palestra de abertura _Plano municipal de educação Rosilea 06 06 2014_go
Palestra de abertura _Plano municipal de educação Rosilea 06 06 2014_goPalestra de abertura _Plano municipal de educação Rosilea 06 06 2014_go
Palestra de abertura _Plano municipal de educação Rosilea 06 06 2014_goLuciana
 
Políticas públicas para a qualidade da educação brasileira
Políticas públicas para a qualidade da educação brasileiraPolíticas públicas para a qualidade da educação brasileira
Políticas públicas para a qualidade da educação brasileirakellciasukita
 
Pne planos nacionais de educaçao-tema 1-2
Pne planos nacionais de educaçao-tema 1-2Pne planos nacionais de educaçao-tema 1-2
Pne planos nacionais de educaçao-tema 1-2estudosacademicospedag
 
Apresentação módulo i
Apresentação módulo iApresentação módulo i
Apresentação módulo iellannia
 
A Educação no Brasil: como funciona o sistema de ensino brasileiro? Experiênc...
A Educação no Brasil: como funciona o sistema de ensino brasileiro? Experiênc...A Educação no Brasil: como funciona o sistema de ensino brasileiro? Experiênc...
A Educação no Brasil: como funciona o sistema de ensino brasileiro? Experiênc...Felipe Beijamini
 
Políticas educacionais
Políticas educacionaisPolíticas educacionais
Políticas educacionaismkbariotto
 

Mais procurados (20)

Políticas Educacionais
Políticas EducacionaisPolíticas Educacionais
Políticas Educacionais
 
Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino Estrutura e funcionamento do ensino
Estrutura e funcionamento do ensino
 
Posicionamento público
Posicionamento público Posicionamento público
Posicionamento público
 
Políticas Públicas da Educação
Políticas Públicas da EducaçãoPolíticas Públicas da Educação
Políticas Públicas da Educação
 
PNE e a Gestão Democrática
PNE e a Gestão DemocráticaPNE e a Gestão Democrática
PNE e a Gestão Democrática
 
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -PNE
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -PNEPLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -PNE
PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -PNE
 
PNE PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO lei 13005 2014
PNE PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO lei 13005 2014PNE PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO lei 13005 2014
PNE PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO lei 13005 2014
 
]Plano nacional de educação 2014 2024
]Plano nacional de educação 2014 2024]Plano nacional de educação 2014 2024
]Plano nacional de educação 2014 2024
 
Política e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação BrasileiraPolítica e Organização da Educação Brasileira
Política e Organização da Educação Brasileira
 
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENTRE O UTILITARI...
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENTRE O UTILITARI...POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENTRE O UTILITARI...
POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A QUALIDADE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA: ENTRE O UTILITARI...
 
Plano Nacional de Educação
Plano Nacional de Educação Plano Nacional de Educação
Plano Nacional de Educação
 
Bom jardim MA. Planejando a Próxima Década - 2014 a 2024
Bom jardim   MA. Planejando a Próxima Década - 2014 a 2024Bom jardim   MA. Planejando a Próxima Década - 2014 a 2024
Bom jardim MA. Planejando a Próxima Década - 2014 a 2024
 
Trabalho plano nacional de educação
Trabalho plano nacional de educaçãoTrabalho plano nacional de educação
Trabalho plano nacional de educação
 
Palestra de abertura _Plano municipal de educação Rosilea 06 06 2014_go
Palestra de abertura _Plano municipal de educação Rosilea 06 06 2014_goPalestra de abertura _Plano municipal de educação Rosilea 06 06 2014_go
Palestra de abertura _Plano municipal de educação Rosilea 06 06 2014_go
 
Políticas públicas para a qualidade da educação brasileira
Políticas públicas para a qualidade da educação brasileiraPolíticas públicas para a qualidade da educação brasileira
Políticas públicas para a qualidade da educação brasileira
 
Pne planos nacionais de educaçao-tema 1-2
Pne planos nacionais de educaçao-tema 1-2Pne planos nacionais de educaçao-tema 1-2
Pne planos nacionais de educaçao-tema 1-2
 
Apresentação módulo i
Apresentação módulo iApresentação módulo i
Apresentação módulo i
 
A Educação no Brasil: como funciona o sistema de ensino brasileiro? Experiênc...
A Educação no Brasil: como funciona o sistema de ensino brasileiro? Experiênc...A Educação no Brasil: como funciona o sistema de ensino brasileiro? Experiênc...
A Educação no Brasil: como funciona o sistema de ensino brasileiro? Experiênc...
 
Políticas educacionais
Políticas educacionaisPolíticas educacionais
Políticas educacionais
 
Plano Nacional de Educação
Plano Nacional de EducaçãoPlano Nacional de Educação
Plano Nacional de Educação
 

Semelhante a Politicas publicas

AULA 01 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO.ppt
AULA 01 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO.pptAULA 01 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO.ppt
AULA 01 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO.pptJuarezNeto13
 
01 cleuza repulho_o papel da undime na implementação das políticas públicas e...
01 cleuza repulho_o papel da undime na implementação das políticas públicas e...01 cleuza repulho_o papel da undime na implementação das políticas públicas e...
01 cleuza repulho_o papel da undime na implementação das políticas públicas e...Luciana
 
Programa Nacional de Educação Fiscal do Brasil - PNEF: Princípios, Diretrizes...
Programa Nacional de Educação Fiscal do Brasil - PNEF: Princípios, Diretrizes...Programa Nacional de Educação Fiscal do Brasil - PNEF: Princípios, Diretrizes...
Programa Nacional de Educação Fiscal do Brasil - PNEF: Princípios, Diretrizes...EUROsociAL II
 
Educaçao fiscal: instrumentos de cidadania - Rai de Almeida
Educaçao fiscal: instrumentos de cidadania - Rai de AlmeidaEducaçao fiscal: instrumentos de cidadania - Rai de Almeida
Educaçao fiscal: instrumentos de cidadania - Rai de AlmeidaEUROsociAL II
 
Propostas Haddad SP Prefeitura
Propostas Haddad SP PrefeituraPropostas Haddad SP Prefeitura
Propostas Haddad SP PrefeituraDanilo Cattani
 
Proposta haddad prefeitura sp 2012
Proposta haddad prefeitura sp 2012Proposta haddad prefeitura sp 2012
Proposta haddad prefeitura sp 2012Eduardo Wöetter
 
Plano de ação + educação
Plano de ação + educaçãoPlano de ação + educação
Plano de ação + educaçãoJackson Jara
 
Plano Municipal de Educação, Pouso Alegre, MG
Plano Municipal de Educação, Pouso Alegre, MGPlano Municipal de Educação, Pouso Alegre, MG
Plano Municipal de Educação, Pouso Alegre, MGMarcela Dâmaris
 
Financiamento da Educação Básica_Henrique Morais Menezes.pdf
Financiamento da Educação Básica_Henrique Morais Menezes.pdfFinanciamento da Educação Básica_Henrique Morais Menezes.pdf
Financiamento da Educação Básica_Henrique Morais Menezes.pdfHenriqueMoraismeneze
 
Enviado fichamento de leitura - conae
Enviado   fichamento de leitura - conaeEnviado   fichamento de leitura - conae
Enviado fichamento de leitura - conaeJoyce Mourão
 
Plano Nacional de Educação
Plano Nacional de EducaçãoPlano Nacional de Educação
Plano Nacional de EducaçãoJéssica Santos
 
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos FavorecidosEstratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos FavorecidosAdilson P Motta Motta
 
CONAE 2023 apresentação Final.pdf
CONAE 2023 apresentação Final.pdfCONAE 2023 apresentação Final.pdf
CONAE 2023 apresentação Final.pdfssuserea431d
 
916_POLITICAS PUBLICAS EM EDUCACAO - SONIA KRUPPA(1).ppt
916_POLITICAS PUBLICAS EM EDUCACAO - SONIA KRUPPA(1).ppt916_POLITICAS PUBLICAS EM EDUCACAO - SONIA KRUPPA(1).ppt
916_POLITICAS PUBLICAS EM EDUCACAO - SONIA KRUPPA(1).pptDAVIDSALVADORBRUNIER
 
EIXO I – O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: Organ...
EIXO I – O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: Organ...EIXO I – O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: Organ...
EIXO I – O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: Organ...Manoel Santhos
 
Xii eneja prof. maria margarida machado
Xii eneja   prof. maria margarida machadoXii eneja   prof. maria margarida machado
Xii eneja prof. maria margarida machadoalexrrosaueja
 
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes LimaPaulo Lima
 

Semelhante a Politicas publicas (20)

AULA 01 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO.ppt
AULA 01 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO.pptAULA 01 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO.ppt
AULA 01 - POLÍTICAS PÚBLICAS DE EDUCAÇÃO.ppt
 
01 cleuza repulho_o papel da undime na implementação das políticas públicas e...
01 cleuza repulho_o papel da undime na implementação das políticas públicas e...01 cleuza repulho_o papel da undime na implementação das políticas públicas e...
01 cleuza repulho_o papel da undime na implementação das políticas públicas e...
 
Programa Nacional de Educação Fiscal do Brasil - PNEF: Princípios, Diretrizes...
Programa Nacional de Educação Fiscal do Brasil - PNEF: Princípios, Diretrizes...Programa Nacional de Educação Fiscal do Brasil - PNEF: Princípios, Diretrizes...
Programa Nacional de Educação Fiscal do Brasil - PNEF: Princípios, Diretrizes...
 
Educaçao fiscal: instrumentos de cidadania - Rai de Almeida
Educaçao fiscal: instrumentos de cidadania - Rai de AlmeidaEducaçao fiscal: instrumentos de cidadania - Rai de Almeida
Educaçao fiscal: instrumentos de cidadania - Rai de Almeida
 
Propostas Haddad SP Prefeitura
Propostas Haddad SP PrefeituraPropostas Haddad SP Prefeitura
Propostas Haddad SP Prefeitura
 
Proposta haddad prefeitura sp 2012
Proposta haddad prefeitura sp 2012Proposta haddad prefeitura sp 2012
Proposta haddad prefeitura sp 2012
 
Slidesconae (1)
Slidesconae (1)Slidesconae (1)
Slidesconae (1)
 
Plano de ação + educação
Plano de ação + educaçãoPlano de ação + educação
Plano de ação + educação
 
Texto
TextoTexto
Texto
 
Plano Municipal de Educação, Pouso Alegre, MG
Plano Municipal de Educação, Pouso Alegre, MGPlano Municipal de Educação, Pouso Alegre, MG
Plano Municipal de Educação, Pouso Alegre, MG
 
Financiamento da Educação Básica_Henrique Morais Menezes.pdf
Financiamento da Educação Básica_Henrique Morais Menezes.pdfFinanciamento da Educação Básica_Henrique Morais Menezes.pdf
Financiamento da Educação Básica_Henrique Morais Menezes.pdf
 
Enviado fichamento de leitura - conae
Enviado   fichamento de leitura - conaeEnviado   fichamento de leitura - conae
Enviado fichamento de leitura - conae
 
Plano Nacional de Educação
Plano Nacional de EducaçãoPlano Nacional de Educação
Plano Nacional de Educação
 
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos FavorecidosEstratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
Estratégias de Inclusão Laboral dos Grupos Jovens Menos Favorecidos
 
CONAE 2023 apresentação Final.pdf
CONAE 2023 apresentação Final.pdfCONAE 2023 apresentação Final.pdf
CONAE 2023 apresentação Final.pdf
 
Plano Estadual de Educação
Plano Estadual de EducaçãoPlano Estadual de Educação
Plano Estadual de Educação
 
916_POLITICAS PUBLICAS EM EDUCACAO - SONIA KRUPPA(1).ppt
916_POLITICAS PUBLICAS EM EDUCACAO - SONIA KRUPPA(1).ppt916_POLITICAS PUBLICAS EM EDUCACAO - SONIA KRUPPA(1).ppt
916_POLITICAS PUBLICAS EM EDUCACAO - SONIA KRUPPA(1).ppt
 
EIXO I – O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: Organ...
EIXO I – O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: Organ...EIXO I – O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: Organ...
EIXO I – O Plano Nacional de Educação e o Sistema Nacional de Educação: Organ...
 
Xii eneja prof. maria margarida machado
Xii eneja   prof. maria margarida machadoXii eneja   prof. maria margarida machado
Xii eneja prof. maria margarida machado
 
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
4. Políticas educacionais e gestão escolar - Prof. Dr. Paulo Gomes Lima
 

Politicas publicas

  • 1. Secretaria de Estado da Educação GOVERNO DO PARANÁ Roberto Requião - Governador do Estado Mauricio Requião de Mello e Silva - Secretário de Estado da Educação Ricardo Fernandes Bezerra - Diretor Geral Yvelise Freitas de Souza Arco-Verde - Superintendente da Educação Marise Manoel - Assessora de Políticas Educacionais Faxinal do Céu, 21/03/2005. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 1
  • 2. PLANOS NACIONAL, ESTADUAL E MUNICIPAIS DE EDUCAÇÃO Educar é dar às pessoas as chaves do mundo, que são a independência e o amor, e preparar as suas forças para que o percorram sozinhas, com o passo alegre das pessoas livres e espontâneas. José Martí Educar es dar al hombre las llaves del mundo, que son la independencia y el amor, y prepararle las fuerzas para que lo recorra por si, com el paso alegre de los hombres naturales e libres. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 2
  • 3. POLÍTICAS PÚBLICAS para a educação Sumário Políticas Públicas: uma definição Instituto legal dos Planos Educacionais Orientações da Câmara Federal Avaliação do PNE - Câmara Federal Plano Estadual de Educação - PEE Metodologia de trabalho: a construção coletiva Agenda 2005 do PEE Aspectos políticos do planejamento Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 3
  • 4. POLÍTICAS PÚBLICAS para a educação É o que os governos fazem, ou deixam de fazer. É aquilo que escolhemos fazer. E há escolhas porque existem tensões, disputas, nos vários campos de organização da sociedade. Elaborar políticas públicas é buscar deslocar-se de uma situação dada, presente, diagnosticada, para uma situação desejada. Elaborar um plano educacional é fazer política pública para o setor. É planejar e colocar em execução ações julgadas importantes para a melhoria da educação. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 4
  • 5. POLÍTICAS PÚBLICAS para a educação Um plano de educação é a expressão de um compromisso ético da sociedade. Mas, é fundamental que, para executar as metas dos planos, tenha-se em vista o orçamento público. Questões delicadas: como evitar atender a demandas locais, paroquiais e corporativas que se apropriam do orçamento público? Como combater o desperdício, de um lado, e a corrupção, de outro? Como conciliar a subordinação do social ao econômico? (a política social recolhe os mortos deixados pelas políticas econômicas). Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 5
  • 6. POLÍTICAS PÚBLICAS para a educação Os formuladores de políticas públicas e programas sociais devem: reconhecer explicitamente a importância do que se está fazendo e de sua qualidade; estar atento à efetividade das ações propostas; fazer uso racional dos recursos; respeitar as prioridades estabelecidas; respeitar as relações entre administradores, executores e público-alvo (beneficiários). Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 6
  • 7. A Constituição de 1988 Art. 214 - Expressa o desejo da nação brasileira de um Plano Nacional de Educação, de duração plurianual, que leve à: Erradicação do analfabetismo. Universalização do atendimento escolar. Melhoria da qualidade de ensino. Formação para o trabalho. Promoção humanística, científica e tecnológica. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 7
  • 8. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB LDB, Lei nº 9.394, de 1996 Título IV - Da Organização da Educação Nacional Art. 9º A União incumbir-se-á de: I - elaborar o Plano Nacional de Educação, em colaboração com os estados, o Distrito Federal e os municípios; Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 8
  • 9. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB Art. 10. Os estados incumbir-se-ão de: III - elaborar e executar políticas e planos educacionais, em consonância com as diretrizes e planos nacionais de educação, integrando e coordenando as suas ações e as dos seus municípios; Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 9
  • 10. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB Art. 11. Os municípios incumbir-se-ão de: I - organizar, manter e desenvolver os órgãos e instituições oficiais dos seus sistemas de ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos estados; Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 10
  • 11. O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -PNE PNE, Lei nº 10.172, de 9 de janeiro de 2001 Art. 2º A partir da vigência desta lei, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão, com base no Plano Nacional de Educação, elaborar planos decenais correspondentes. Art. 3º A União, em articulação com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e a sociedade civil, procederá a avaliações periódicas da implementação do Plano Nacional de Educação. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 11
  • 12. O PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO -PNE Art. 5º Os planos plurianuais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios serão elaborados de modo a dar suporte às metas constantes do Plano Nacional de Educação e dos respectivos planos decenais. Art. 6º Os Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios empenhar-se-ão na divulgação deste plano e da progressiva realização de seus objetivos e metas, para que a sociedade o conheça amplamente e acompanhe sua implementação. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 12
  • 13. PLANO NACIONAL DE EDUCAÇÃO-PNE É um plano nacional: seus objetivos e metas são os da Nação. Os recursos envolvidos para alcançá-los são também de todos os entes federados. É um plano de Estado: não pertence a um governo. Ultrapassa pelo menos dois períodos governamentais. É um plano global: de toda a educação e não das Secretarias de Educação. É um plano aprovado por lei: isso lhe imprime maior força e deve garantir sua execução. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 13
  • 14. PNE: os 9 artigos vetados 1 - Atender, pelo Programa de Garantia de Renda Mínima, a 50% da clientela nos três primeiros anos da vigência do PNE e a 100% até o sexto ano. 2 - Ampliar a oferta de ensino superior público numa proporção de pelo menos 40% das matrículas totais. 3 - Criar, no âmbito federal, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Superior, com pelo menos 75% dos 18% vinculados ao ensino. 4 - Ampliar o crédito educativo para atingir, no mínimo, 30% da clientela do ensino superior privado, com prioridade para os de menor renda. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 14
  • 15. PNE: os 9 artigos vetados 5 - Triplicar, em dez anos, os recursos de financiamento público à pesquisa científica e tecnológica, por meio das agências federais e estaduais. 6 - Implantar, em um ano, planos de carreia para os profissionais técnico-administrativos. 7 - Elevar, na década, pelo esforço conjunto da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, o percentual de gastos públicos em relação ao PIB aplicados em educação, para atingir o mínimo de 7%, por meio da aplicação anual de 0,5% nos quatro primeiros anos, e de 0,6% no quinto ano. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 15
  • 16. PNE: os 9 artigos vetados 8 - No prazo de dois anos, alocar valores anuais por aluno que correspondam aos padrões mínimos de qualidade de ensino definidos nacionalmente. 9 - Garantir recursos do Tesouro Nacional para o pagamento de aposentados da área de educação fora dos recursos vinculados ao ensino. JUSTIFICATIVA DOS VETOS: a) desrespeito à Lei de Responsabilidade Fiscal; b) o PNE não é compatível com o PPA em vigor até final de 2003. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 16
  • 17. Debate na Câmara Federal É preciso ampliar a participação da sociedade, com o estreito envolvimento dos profissionais da educação e a imprescindível articulação e colaboração do poder Legislativo em todo o processo, para garantir que, quando os Planos cheguem às Assembléias/Câmaras, não sofram grandes ajustes e emendas, deformando ou retardando o processo de implantação. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 17
  • 18. Câmara Federal: orientações 1 - Pensar a médio e longo prazos; 2 - Os planos decenais devem se resguardar da rotatividade de governos; 3 - Não podem se ater à lógica do mercado, mas pensar em direitos universais; 4 - Ter como princípios para a sua elaboração o fortalecimento da escola pública e gratuita de qualidade, a democratização da gestão escolar, a mobilização da sociedade civil para a elaboração e fiscalização dos planos e da política educacional; Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 18
  • 19. Câmara Federal: orientações 5 - Os planos têm de apresentar metas, prazos e financiamento definidos; 6 - Os orçamentos estaduais e municipais devem dar prioridade à educação. Sem orçamento, as metas não são viabilizadas. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 19
  • 20. Câmara Federal: orientações Reafirmação do PNE como norteador da política educacional no Brasil e referência para a elaboração dos Planos Estaduais e Municipais de Educação. O Congresso Nacional deve colaborar com o Legislativo dos estados e municípios no processo de elaboração dos planos de educacionais. Intensificação das iniciativas de construção dos planos, assegurando participação e consulta à sociedade civil. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 20
  • 21. Câmara Federal: orientações Acompanhamento pelo Legislativo das ações em curso nos estados. Recebidos os planos, desencadear processo de debate para sua apreciação. Acompanhamento pelas secretarias estaduais de educação e Legislativo da elaboração do PPA, para garantir suporte aos objetivos e metas dos planos. Reafirmação da necessidade de apreciação pelo Congresso dos nove vetos ao PNE. Definição de sistemática para acompanhamento e avaliação da execução do PNE. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 21
  • 22. Iniciativas recomendadas Realização de audiências públicas, seminários, reuniões com a sociedade civil organizada, e principalmente com representantes da comunidade escolar. Discussões dos problemas, elenco de prioridades, definição de metas para os próximos 10 anos, fixação de datas para envio ao Legislativo do projeto de lei que aprove os planos estaduais e municipais de educação. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 22
  • 23. Avaliação do Cumprimento das Metas do PNE Avaliação técnica do PNE: IV Conferência Nacional de Educação e Cultura - Brasília, Câmara dos Deputados/Comissão de Educação, fev./2005. Nota: A avaliação do PNE foi prevista em Lei para o quarto ano de vigência da Plano: “A União, em articulação com os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e a sociedade civil, procederá a avaliações periódicas da implementação do Plano Nacional de Educação (Art.3º, da Lei nº 10.172/2001). Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 23
  • 24. Avaliação do Cumprimento das Metas do PNE As diretrizes do PNE continuam válidas. A educação é reconhecida como um valor em si, constituindo direito dos brasileiros. Assim, é dever do Estado financiá-la. A educação é considerada um requisito para o exercício pleno da cidadania, para o desenvolvimento humano e para a melhoria da qualidade de vida da população. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 24
  • 25. Avaliação do Cumprimento das Metas do PNE Alguns avanços foram feitos, mas perduram problemas operacionais: uma constante está relacionada à falta de informações dos sistemas estaduais e municipais para avaliar o cumprimento das metas nacionais. Diagnóstico do financiamento e gestão: a) ampliação das fontes de recursos para a educação; b) defesa da vinculação de recursos; c) controle social como instrumento de gestão. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 25
  • 26. NOTA Proposta do Governo Federal: elevar o percentual de gastos públicos em educação para que atinjam no mínimo 7% do PIB no período de dez anos. Hoje, esses gastos atingem algo em torno de 4,6% do PIB, segundo a Unesco (2001). Para o professor Saviani, esta é a meta das metas, um a priori, condição prévia para o cumprimento das demais. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 26
  • 27. NOTA Os mais críticos falam que as despesas públicas com educação não chegam a 4% e os mais exigentes pedem 8%. Israel = 7,1% Dinamarca = 6,8% Estados Unidos = 5,1% Argentina = 4,8 Chile e Paraguai = 4,3%. Peru = 2,9% Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 27
  • 28. Avaliação do Cumprimento das Metas do PNE Para aperfeiçoar o PNE: a) aprimorar sistema de coleta da dados; b) verificar avanços qualitativos; c) universalizar o ensino público; d) melhorar indicadores de qualidade; e) apoiar financeiramente às Instituições públicas de ensino superior; Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 28
  • 29. Avaliação do Cumprimento das Metas do PNE f) aprimorar e efetivar o Fundeb; g) monitorar planos no âmbito dos Executivos (que têm a gestão dos sistemas); h) revisar e atualizar metas; i) promover articulação entre os entes federados; j) fazer o PNE ser assumido pela sociedade; k) avaliar, de forma integrada, os planos estaduais e municipais de educação. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 29
  • 30. PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - PEE PR O papel do Estado não é delegável: o atendimento e a garantia dos direitos universais dos cidadãos são dever do Estado. Setores organizados da sociedade civil estão participando do planejamento do PEE e devem participar também da implementação e do monitoramento dos Planos Estadual e Municipais de Educação. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 30
  • 31. PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - PEE PR O PEE trata de direitos universais, ultrapassando os horizontes das necessidades locais ou das chamadas oportunidades de mercado. No PEE, os direitos já assegurados nacional e internacionalmente são defendidos e deverão ser implementados pelo Estado. O PEE busca uma nova dignidade para a sociedade paranaense, ao propiciar o planejamento de ações que melhorem a qualidade de vida dos cidadãos. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 31
  • 32. PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - PEE PR A cultura escolar e profissional, os valores construídos historicamente sobre a educação como direito, as certezas e as crenças são coletivas, sociais, como tais têm de ser tratadas em movimentos coletivos. Miguel Arroyo. Ofício de Mestre. 6ª ed. Vozes, 2002. p.174. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 32
  • 33. PLANO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO - PEE PR UMA CONSTRUÇÃO COLETIVA Obedece aos princípios da gestão democrática do ensino público, incluindo em sua elaboração todos os setores/atores que têm envolvimento com a educação. Tomam parte na elaboração, necessariamente, os poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, as Instituições de Ensino Superior e setores organizados da sociedade civil. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 33
  • 34. PEE: autonomia e colaboração É trabalhado em consonância com o PNE, sendo observadas as contribuições de setores representativos da sociedade civil (CONED, “Plano da Sociedade”, e APP-Sindicato, proposta incompleta.) Isso não apaga o princípio da autonomia do Estado e não inibe a inclusão no PEE de temas educacionais que sejam considerados relevantes e prioritários para a educação do Paraná. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 34
  • 35. PEE: participativo O Plano Estadual de Educação - PEE pode ser resumidamente definido como: Um conjunto de metas financeiras, organizacionais e estruturais para a educação paranaense. O PEE apresenta uma concepção de educação, os princípios que a sustentam, nos objetivos e metas indicados para execução, num período de 10 anos. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 35
  • 36. PEE: realizador O PEE está sendo feito para sair do papel e mudar a realidade educacional. Os melhores críticos do PNE afirmam que há planos que cumprem apenas uma função ritualística, chegando a travar as mudanças, porque todos param para esperar o novo documento. A SEED procura trabalhar no espaço do debate ampliado, para a construção do PEE, no embate das idéias, mas buscando a concretização efetiva de um documento de planejamento educacional. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 36
  • 37. PEE: pactuado A educação não é um problema só de governo, ou de educadores, ou de planejadores, ou de famílias, ou de alunos, ou de quaisquer outros atores isoladamente, mas um problema de toda a sociedade. Importa, antes de tudo, saber o que a sociedade espera da educação. Por isso, é necessário ouvi-la, por meio de suas representações. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 37
  • 38. A construção coletiva do PEE PR, desde a base do Estado Maio/2003 - Divulgação do primeiro documento da SEED orientando sobre a construção coletiva do PEE. Naquele momento, os 32 NREs foram convocados para, em conjunto com as representações de seus municípios, organizarem reuniões e iniciarem os estudos temáticos. Julho/2003 - A SEED enviou à APP-Sindicato/Fórum em Defesa da Escola Pública cópia da proposta de trabalho. Julho/2003 - A SEED enviou à Assembléia Legislativa do Estado/Comissão de Educação, cópia da proposta de trabalho da SEED/NREs, solicitando o acompanhamento do processo. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 38
  • 39. A construção coletiva do PEE PR, desde a base do Estado Agosto/2003 a fevereiro/2004 - Intenso trabalho de reuniões internas na SEED/NREs e encontros nos municípios/escolas para planejamento, elaboração de diagnósticos, levantamento de dados estatísticos e bibliográficos, leitura da legislação e de documentos relativos à matéria. Março/2004 - Sistematização dos Relatórios Parciais produzidos pela SEED/NREs/comunidade educacional e produção de documentos em versão preliminar para discussão: Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 39
  • 40. A construção coletiva do PEE PR, desde a base do Estado mobilização nas escolas - grupos de estudo; sistematização das informações obtidas: compilação de dados e elaboração de diagnósticos; busca de apoio de docentes orientadores nas universidades; preparação e realização pelos NREs de Seminários Temáticos nos municípios, com a participação dos educadores e de representantes da sociedade civil; contatos com autoridades municipais - representantes dos poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público e setores organizados da sociedade civil; Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 40
  • 41. A construção coletiva do PEE PR, desde a base do Estado Abril/2004 - Realização pela SEED do I Seminário Integrador do PEE, dinamizado por oficinas de trabalho sobre temas, níveis e modalidades de ensino. Abril-julho/2004 - Preparação do Documento 2 - Estudos Temáticos para o PEE PR - Resultados do I Seminário Integrador. Participação em seminários estaduais e nacional (Coned), palestra na UFPR, reuniões técnicas na SEED e NREs. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 41
  • 42. A construção coletiva do PEE PR, desde a base do Estado Produção de relatórios: registro da metodologia; publicação de dados e análise do PNE e metas para o Paraná solicitada ao MEC/INEP; documento contendo os Estudos Temáticos para o PEE; registros das participações em seminários; registro das críticas sugestões apresentadas pela sociedade civil. Documentos disponíveis no Portal Educacional da SEED: www.diaadiaeducacao.pr.gov.br Fórum para a participação da sociedade. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 42
  • 43. A construção coletiva do PEE PR, desde a base do Estado Outubro/2004 - Todas as escolas públicas da rede estadual e conveniadas receberam o Documento 2 - Estudos Temáticos para o PEE, por meio dos NREs; as universidades estaduais e federal, as representações sindicais de escolas e professores, bem como outras representações da sociedade civil. Foram distribuídos mais de 10 mil exemplares do documento em todo o Estado. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 43
  • 44. A construção coletiva do PEE PR, desde a base do Estado AGENDA 2005 Fevereiro/2005 - As críticas e sugestões retornaram à SEED em forma de relatórios denominados A Voz das Escolas. Estes estão sendo sistematizados na SEED. Abril/2005 - Realização do II Seminário Integrador do PEE (14 e 15 de abril 2005). Abril/2005 - Constituição da Equipe de Redação do PEE PR. 2º semestre/2005: Seminário de Consolidação do PEE e Audiências Públicas. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 44
  • 45. Os Planos Estadual e Municipais de Educação Até o momento, apenas dois Estados da Federação (Mato Grosso do Sul e Pernambuco) aprovaram seus planos estaduais de educação (CONSED, jan./2005). Dos 5.565 Municípios brasileiros, menos de quinhentos elaboraram seus planos municipais de educação, muitos deles, não raras vezes, pressionados por empresas de consultoria (Câmara Federal, 2005). Essas empresas de consultoria, por sua natureza, têm um interesse primordial: a liquidez da própria empresa. No Paraná, apenas 11 municípios aprovaram seus Planos Municipais de Educação (Perfil dos Conselhos Municipais de Educação, MEC, 2004). Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 45
  • 46. Os Planos Estadual e Municipais de Educação Os PPA, que devem dar suporte aos planos educacionais, e as leis orçamentárias de 2005 parecem não levar em consideração as metas do PNE ou as próprias metas fixadas por Estados e Municípios. Existe a necessidade de se precisar o que se entende por Sistema Nacional de Educação e por Regime de Colaboração entre os entes federados, para dar validade aos planos educacionais (no Paraná, apenas 23 municípios têm sistemas formados, MEC, 2004). O PNE só será operacionalizado com a elaboração e aprovação dos planos estaduais e municipais de educação, por meio do cumprimento de suas metas, estratégias e ações e do uso correto dos recursos. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 46
  • 47. Os Planos Estadual e Municipais de Educação Os planos educacionais não podem, por isso, ser “ilustres desconhecidos”. É isso que se tem hoje, a despeito dos avanços. O aprimoramento do sistema de informações do Estado é necessário para o acompanhamento das políticas educacionais; para possibilitar o monitoramento e a avaliação dos planos educacionais. Sabe-se que os dados disponíveis são escassos e fragmentados (V. Estatísticas Municipais Do Pr. Fundepar, 2004). Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 47
  • 48. Entraves políticos, mais que metodológicos Os problemas sociais do Brasil são bem conhecidos. É certo que, muitas vezes, nós sabemos mais sobre o “que” fazer do que “como” fazer para reduzi-los ou eliminá-los. No entanto, uma pergunta deve ser feita: para que estamos elaborando um plano educacional? Apenas para cumprir a lei? Não! Porque entendemos que os avanços na área da educação são condição para uma existência digna, para a democracia e para o desenvolvimento sustentável do país. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 48
  • 49. Entraves políticos, mais que metodológicos Falamos aqui em processo coletivo de trabalho e muito em participação. Mas, para que isso ocorra: 1º) dar acesso à informação decodificada sobre o produto do planejamento (planos, programas, projetos); 2º) o Poder Público fica, então, com a obrigação de produzir e divulgar essa informação; 3º) é preciso eliminar a separação entre quem pensa e quem executa. É preciso abolir o verticalismo autoritário na definição das políticas e na construção dos planos educacionais. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 49
  • 50. Entraves políticos, mais que metodológicos Não basta que o Estado fixe, no âmbito de decisão central, um Plano Educacional com dimensão estratégica. O mais importante é que no âmbito local, do município, do bairro, da escola, este planejamento seja compreendido e efetivamente viabilizado. E, para isso: é preciso que os beneficiários dos planos possam interferir na sua preparação e execução. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 50
  • 51. Entraves políticos, mais que metodológicos O único planejamento legítimo é o planejamento democrático e descentralizado, que minimiza a imposição de valores e potencializa o seu caráter de instrumento de liberdade, de autonomia, para a intervenção racional sobre o futuro. (Franco Huertas, 1994. Citado por Hernán Osorio, IPARDES, 1998). Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 51
  • 52. Poder local Os Prefeitos e Secretários Municipais de Educação não estão sozinhos nesta luta e não começam do zero. Podem, com maior agilidade, criar mecanismos participativos, buscando universidades, sindicatos, organizações comunitárias, conselhos, educadores, para informar e dividir a responsabilidade da construção de um plano educacional para o seu Município. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 52
  • 53. Poder local Podem criar redes horizontais de coordenação e cooperação entre municípios. A soma das políticas educacionais do MEC e da SEED não se transforma, automaticamente, num conjunto articulado e coerente de políticas no Município. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 53
  • 54. Poder local O Município é o leme do processo. É no município que todas as políticas setoriais, de educação, saúde, emprego, formação profissional, podem ser articuladas. A administração municipal pode transformar os interesses locais em organizadores de cidadania. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 54
  • 55. PALAVRAS-CHAVE Visão Não esperar que decisões tomadas em outras instâncias de governo se tornem espontaneamente programas coerentes e bem-sucedidos em nível local. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 55
  • 56. PALAVRAS-CHAVE Vontade Para trabalhar com o conhecimento da comunidade sobre si mesma e não permitir que ela se torne espectadora de burocracias que não a consultam. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 56
  • 57. PALAVRAS-CHAVE Vigor político A instância do município, como nenhuma outra, oferece a oportunidade de integrar políticas, programas e pessoas e estimular a sua participação, porque os resultados concretos que vêem têm impacto direto no seu cotidiano. Marise Manoel, Assessoria de Políticas Educacio 57