3. Colégio Sacramento
7° Ano
Alunos(as):
Ana Clara Marinho
Dandara Ellen
Gabrielle Bárbara
Lara Vitória
Luis Guilherme
Myrian Giovanna
Vitória Michelle
Gabrielle Bárbara
5. INTRODUÇÃO:
O É um livro de memórias de Graciliano
Ramos, publicado postumamente (1953)
em dois volumes. O autor não chegou a
concluir a obra, faltando o capítulo final.
O Graciliano havia sido preso em 1936 por
conta de seu envolvimento político,
exagerado por parte das autoridades
após o pânico insuflado com a
chamada Intentona Comunista, de 1935.
A acusação formal nunca chegou a ser
feita.
Lara Vitória
6. ENREDO:
O No livro, Graciliano descreve a companhia dos mais
variados tipos encontrados entre os presos políticos:
descreve, entre outros acontecimentos, a entrega
de Olga Benário para a Gestapo, insinua as sessões
de tortura aplicadas a Rodolfo Ghioldi e relata um
encontro com Epifrânio Guilhermino, único sujeito a
assassinar um legalista no levante comunista do Rio
Grande do Norte.
O Durante a prisão, diversas vezes Graciliano destrói ou
afirma destruir as anotações que poderiam lhe ajudar
a compor uma obra mais ampla. Também dá
importância ao sentimento publicação de Angústia,
uma de suas melhores obras.de náusea causado
pela imundície das cadeias, chegando a ficar sem
alimentação por vários dias, em virtude do asco.
Gabrielle Bárbara
7. CENSURA:
Houve também na história dessas relações, a grande
crise provocada por Memórias do Cárcere. Sabia-se
que o PCB exerceu forte pressão sobre a família de
Graciliano Ramos para impedir-lhe a publicação,
acabando por aceitá-la à custa de cortes textuais e
correções cuja verdadeira extensão jamais
saberemos. Nas idas e vindas entre a família e os
censores do Partido, resultaram, pelo menos, três
“originais”, datilografados e redatilografados ao sabor
das exigências impostas. Supõe-se que o último deles
recebeu o imprimatur canônico, acontecendo, apenas,
que, na confusão inevitável de tantos “originais”, as
páginas escolhidas para ilustrar os volumes diferiam
sensivelmente das impressas, suscitando dúvidas
quanto à respectiva autenticidade.
Ana Clara
8. Ainda segundo o crítico, fez publicar
a denúncia no jornal O Estado de S.
Paulo, recebendo então acerbas
críticas do PCB, o que para ele era a
comprovação da veracidade das
alterações feitas na obra que, após
reveladas, haviam incomodado o
editor, José Olympio. Os filhos de
Graciliano, Ricardo e Clara, teriam
mais tarde confirmado a intervenção
política no texto.
Lara Vitória
9. Resumo da obra
Durante o período que permaneceu na
secretaria da educação revolucionou os
métodos de ensino da época. No entanto,
devido as suas ideias, consideradas
"extremistas", foi demitido em 1936.
Ana Clara
10. Ainda nesse ano, precisamente no dia 3 de março, é
preso sob a acusação de ligação com o Partido
Comunista. A acusação é falsa, pois Graciliano se
entraria para o PCB em 1945. Mesmo sem acusação
formal ou julgamento, é deportado para o Rio de
Janeiro, onde permanece encarcerado até 1937.
Dessa experiência resultou a obra "Memórias do
cárcere", que só começou a ser escrita em 1946
“Resolvo-me a contar, depois de muita hesitação,
casos passados há dez anos”.
Ana Clara
11. A obra "Memórias do cárcere", publicada somente
1953, foi transformada em filme por Nelson Pereira
dos Santos.
Dandara Ellen
12. Depois de ser libertado da prisão, Graciliano ficou
morando no Rio de Janeiro em um quarto de
pensão, com a mulher e os filhos menores.
Dandara Ellen
13. “Estou a descer para a cova, este novelo de casos
em muitos pontos vai emaranhar-se, escrevo com
lentidão - e provavelmente isto será publicação
póstuma como convém a um livro de memórias.”
Gabrielle Bárbara
14. Em Memórias do Cárcere, publicação póstuma,
Graciliano Ramos ocupou seus últimos anos,
tornando públicos, “depois de muita hesitação”,
acontecimentos da sua e da vida de outras
pessoas, políticos ou não, intelectuais ou não,
homens e mulheres, presos durante o Estado
Novo.
Gabrielle Bárbara
15. Nos três primeiros parágrafos do livro ele se explica,
justificando a demora de dez anos. E, depois,
resolvido a escrever, sabe que sua narrativa será
amarga: “Quem dormiu no chão deve lembra-se
disto, impor-se disciplina, sentar-se em cadeiras
duras, escrever em tábuas estreitas. Escreverá talvez
asperezas, mas é delas que a vida é feita: inútil negá-
las, contorná-las, envolvê-las em gaze”.
Lara Vitória
16. O intuito de Graciliano se realizou. Fiel aos
acontecimentos, não escondeu, não negou, não
exagerou: “Escreveu, realmente, com exatidão
espantosa, com rigor excepcional. Tudo o que é negro,
em sua narração, é negro pela própria natureza, o que é
sórdido porque nasceu sórdido, o que é feio é mesmo
feio. Não há pincelada do narrador no sentido de frisar
traços, de agravar condições, de destacar minúcias
denunciadoras.”(Nélson Werneck Sodré, prefácio de
Memórias do Cárcere).
Vitória Mychelle
17. Em 1936, quando esteve preso no pavilhão dos
primários, na Casa de Detenção, Graciliano
conheceu Vanderlino, “um homem útil”, habilidoso,
capaz de esculpir peças de um jogo de xadrez depois
de dividir um cabo de vassoura em 32 pedaços
iguais. Criminoso comum, homem humilde, foi ele
quem, mais tarde, na Colônia Correcional,
apresentou um amigo a Graciliano. “Admirou-me a
franqueza de Vanderlino ao dizer o nome e o ofício
do personagem: -Gaúcho, ladrão, arrombador.”
Luís Guilherme
18. Gaúcho virou amigo de Graciliano, querendo
aparecer em seus livros (“Eu queria que saísse o
meu retrato”) e, além de personagem em
Memórias do Cárcere, é citado também no conto
“Um Ladrão”, de Insônia, história da ineficiência
de um aprendiz seu num roubo que fizeram
juntos.
Myrian Giovanna
19. Esta foi uma das muitas histórias que Gaúcho contou a
Graciliano, ouvinte atento. E assim a amizade entre
eles cresceu, dentro dos muros, desinteressada e
sincera.
Myrian Giovanna