René Descartes é considerado o pai da filosofia moderna e da matemática moderna devido a sua fundamentação do conhecimento humano baseado na razão. Ele estabeleceu o método da dúvida hiperbólica para alcançar certezas indubitáveis, chegando à conclusão de que "Penso, logo existo".
1. René Descartes (1596-1650)
Descartes é o pai da filosofia moderna além de ser também o pai da
matemática moderna e do “sistema cartesiano”. Foi um dos
principais filósofos de todos os tempos devido a sua fundamentação
do conhecimento humano pautado na razão e na racionalidade,
fundando assim a “escola racionalista”.
O filósofo começa sua perspectiva filosófica apresentando a dúvida
metódica, que também ficou conhecida como dúvida hiperbólica, ou
seja, uma dúvida universal. Descartes acredita que para
alcançarmos algum conhecimento real devemos eliminar todo o
conhecimento que nos foi passado e começar do zero, deixar tudo
que sabemos duvidando de tudo que antes era uma certeza para
buscar aquilo que não possa ser duvidado. Ele procura uma certeza
clara e evidente, indubitável em qualquer circunstância.
Descartes dúvida de tudo até chegar a sua primeira certeza que
servirá de base para tudo que possa ser provado, a certeza de que
“Penso, logo existo”, dizendo de outro modo ele pode duvidar de te
tudo menos do fato de que ele está duvidando, a razão é o
fundamento da existência e de todo o conhecimento existente.
Para refletir:
O que existe com certeza?
Como podemos provar que isso existe?
Você acha que algo que não existe pode pensar?
Você acha que somente aquele que pensa pode existir e ter certeza
que existe?
2. Nicolau Maquiavel (1469 – 1527)
Maquiavel viveu em um período de grande instabilidade política,
nasceu na Itália e viu uma disputa entre a França e a Espanha para
influenciar a cultura italiana. O período de guerras e instabilidade foi
o que inspirou Maquiavel a buscar entender como deveria ser um
governante. Para apresentar essa teoria do político perfeito ele
escreve “O Príncipe”.
Na obra o filósofo descreve as principais qualidades que deve ter
um político para que ele possa chegar ao poder e manter o poder.
Esse governante deve viver a filosofia dos “fins justificam os meios”,
agindo do modo que for preciso para mantar o estado organizado e
acima das individualidades e da igreja, ou seja, se for preciso ser
cruel ele deve ser desde que seu objetivo seja a ordem social e
política.
As duas principais características do político que quer alcançar essa
posição são a “virtú” e a “fortuna”. Virtú é a habilidade de um
governante de adaptação as mais variadas intempéries do destino,
em outras palavras, ele deve saber o que fazer diante de todas as
situações para manter os súditos protegidos e o poder mantido.
Fortuna é uma espécie de sorte, dizendo de outro modo, o político
deve ser oportunista e não deixar que escapem as oportunidades
que lhe aparecerem.
Questões para refletir:
Você acha que um governante deve fazer tudo que for preciso para
manter a ordem?
Você acha imoral um governante ser cruel?
Quando pensamos em Maquiavel logo nos lembramos do
totalitarismo, como você vê esses sistemas políticos?
Segundo Maquiavel provavelmente Adolf Hitler seria um bom
político, você concorda?