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BRASIL -BR – TAMUZ DE 5771 (Julho de 2011)
                        ANO II – 66ª Edição
     “ Tudo se ilumina para aquele que busca a luz” (Ben Rosh)




                    HA–LAPID
                     BRASIL
                      IDEALIZADOR: Elias José Lourenço
                  EDITOR:Tiago da Rocha Sales (Ia’aqob Tsur)
        COLABORADOR: Rodolfo Luz Penteado (Yeshaiahu Zeev HaOr)
COMUNICADO:O presente periódico visa dar continuidade à missão iniciada pelo Capitão
       Barros Bastos Z”L, que com afinco criou o “Ha -Lapid” de Porto –Pt.
PARASHÁ HASHAVÚA – “BALAQ”




A parashá começa por relatar que Balak, rei de Moav, viu que o Povo de Israel tinha vencido os amoritas e se
atemorizou. Sabia que era um povo numeroso e temia ser invadido por eles e para evitá-lo alheou-se aos
midianitas. Enviou também mensageiros a Bilam, que vivia em Petor, que era profeta, para que os
maldissesse.
Bilam pediu aos enviados que pernoitassem ali, pois ele consultaria o Eterno para saber se poderia fazê-lo e
havendo o Eterno D’us aparecido durante a noite indicou-lhe que não fizesse nada contra o povo, nem que
tampouco acompanhasse os mensageiros. E assim fez.
Balak considerou que um segundo convite sortiria um maior efeito e enviou outra delegação, maior e mais
prestigiosa que a anterior que levava maiores recompensas. Novamente Bilam pediu que permanecessem essa
noite com ele, para voltar a consultar o Eterno. Nesta oportunidade recebeu como resposta que fosse com os
mensageiros mas que apenas falasse o que o Eterno lhe indicasse.
Na manhã seguinte albardou o seu burro e dirigiu-se a Balak. No trajecto aparaceu-lhe um anjo que lhe
obstruiu o caminho. Apenas o asno viu o anjo do Eterno e desviou-se do caminho pelo que Bilam castigou-a
mas novamente o anjo não o permitiu continuar o caminho. Depois Bilam viu o anjo e prostrou-se e repetiu-
lhe que apenas falaria as palavras do Eterno.
Uma vez chegado até Balak, este ofereceu-lhe uma festa em sua honra. Na manhã seguinte foram à colina de
Baal, para que Bilam visse dali o acampamento do Povo de Israel. Bilam pediu que se construíssem sete
altares e que sacrificassem um carneiro e um boi em cada um eles e consultou Hashem, que pôs as Suas
palavras nele e no seu discurso disse: Porque é que ia a maldizer a quem Hashem não maldiz?
E terminou por louvá-lo. Isto desagradou a Balak e decidiu levar Bilam acima do monte Pisgá, acreditando
ter melhor sorte nesse lugar. Mas novamente Bilam o decepcionou uma vez que voltou a bendizer o Povo de
Israel. Balak pediu a Bilam que desistisse do seu pedido e finalmente Bilam predisse que esse Povo seria
soberano e que venceria Moav, Edom e Amalek.
Os Benei Israel acamparam posteriormente em Shitim, onde as mulheres moabitas provocaram os israelitas
para se unirem a elas, adorando idolatrias e imoralidades. O Eterno ordenou a Moshé sentencear à morte
os pecadores e fê-lo mediante uma praga. Então Pinchás, filho de Eleazar, o Cohén Gadol, viu um Benei
Israel que mantinha relações com uma midianita e decidiu matá-los a ambos com uma lança. Durante o
tempo que durou a praga morreram vinte e quatro mil israelitas. (Messilót Hatorá – www.mesilot.org.pt)

MENSAGEM DA PARASHÁ

O Talmud (Tratado Berachot 12b) declara que os Sábios queriam incluir a porção Balac desta semana da
Torá em nosso recital diário da prece fundamental Shemá. A questão, é claro: por que? O que há de tão
especial na Porção Balac da Torá para justificar que seja recitada diariamente em uma de nossas preces
mais importantes? A resposta pode ser encontrada em um versículo em particular - "Eles são uma nação
que se levanta como um jovem leão" (Bamidbar 23:24).
O Sfas Emes explica que os rabinos consideraram este versículo tão importante porque representa uma das
mais elevadas aclamações do povo judeu. Como o leão, somos uma nação que sempre se levanta; não
importa o quanto caímos, sempre nos levantamos. Isso é o que são os judeus, e é o traço de caráter do qual
mais nos orgulhamos. Somos um povo que se ergue das cinzas. Essa é uma qualidade expressa por qualquer
um que tenha alguma ligação com uma família que passou pelo Holocausto, e sobrevive hoje para chamar-
se judeu.
Nos campos de concentração, Eichmann tirou a cortina de uma Arca Sagrada e colocou-a sobre a entrada
da câmara de gás. Sobre ela estava escrito o versículo: "Este é o portão para D'us; os justos passarão por
ele."
Fez isso como zombaria - zombando de D'us, do povo judeu, e de tudo aquilo além do reino deste mundo
físico. Porém a mensagem era bem verdadeira - os judeus que passaram por aquela cortina tornaram-se
justos.
Eichmann e os nazistas desapareceram há muito tempo, mas colocamos de volta aquela cortina em nossas
arcas. Erguemo-nos novamente como um leão, e existem agora mais cortinas e mais sinagogas para colocá-las
do que jamais houve antes. Não importa quantas vezes possamos cair, sempre nos levantamos novamente.
Esta é a característica do povo de Israel. Os profetas chamam-nos de "uma nação de sobreviventes."
O Rei Salomão escreveu: "Um justo que cai sete vezes e se levanta novamente" (Mishlê 24:16). O que é,
exatamente, um justo? Um indivíduo justo não é necessariamente quem jamais comete pecado, mas sim a
pessoa que peca e levanta-se novamente.
Esta é a mensagem que Rabi Yitschac Hutner escreveu a um de seus alunos que estava desanimado sobre sua
aparente falta de conquistas e desenvolvimento espirituais. Rabi Hutner disse-lhe: "Não desista. É disso que
trata a vida - as batalhas, os conflitos. Nossos sábios dizem que o único modo de tornar-se um indivíduo justo
é após a queda. Isso é o que o torna melhor. O crescimento vem apenas com conflito. Não é automático. Às
vezes você precisa perder algumas batalhas antes de vencer a guerra."
É disso que trata a teshuvá, retorno ao caminho de Torá e mitsvot. Haverá batalhas, retrocessos, conflitos e
perdas. Mas temos de nos levantar outra vez. É uma lição na história judaica e uma lição a cada um de nós.
Às vezes, nós, como judeus, podemos estar dormindo. Podemos passar anos sem cumprir mitsvot. E então
despertamos como um leão e mudamos. Somos uma nação que não é derrotada, uma nação de sobreviventes.
É devido a esta característica que ainda estamos aqui hoje. (www.chabad.org.br)

SHABAT SHALOM !!!
MIDRASHIM

Os moabitas escolhem Balac como líder contra o povo judeu

Quando os judeus chegaram às imediações de Moav, os residentes locais tremeram. O rei de Moav ouvira a
notícia de que os judeus derrotaram as nações que não lhes deram passagem, vencendo os poderosos gigantes
Sichon e Og. Moav também negara permissão para os judeus passarem por suas terras, e era uma nação
ainda menor que aquelas já conquistadas pelos judeus.
Apesar deles saberem que a chegada do povo judeu não representava perigo a suas vidas (pois ouviram que
D'us proibira Moshê de travar guerra contra Moav), ainda assim, os moabitas apavoravam-se que sua terra
fosse saqueada. Também temiam que o povo judeu exterminasse todos os vizinhos a sua volta.
Sobretudo, os moabitas portavam o antigo ódio contra o povo judeu.
O que podiam fazer frente a esse "perigo"? Primeiro, fizeram as pazes com seus vizinhos midyanitas, fazendo
uma coalizão para lutar contra os judeus. Depois, elegeram um novo rei, Tsur, que era uma pessoa sábia e
forte. Uma vez que Tsur não era de estirpe real, porém um mero nobre, tampouco um moabita nativo, mas
um midyanita, não seria elegível para o cargo em tempos normais. Agora, no entanto, sua reputação como
poderoso herói de guerra e um mágico superior compeliram sua escolha. Eleito, seu nome passou a ser Balac,
e sua tarefa, encontrar uma maneira de vencer os judeus.
Apesar dos moabitas esperarem que organizasse um exército para guerrear, Balac anunciou: "Não faz sentido
lutar contra os judeus, porque perderemos. Suas vitórias são extraordinárias! Enquanto lutavam contra
Sichon, seu líder conseguiu deter o sol em sua trajetória. Descubramos onde reside seu poder secreto!"
Os moabitas sabiam que Moshê passara anos em Midyan, na casa de Yitrô. Enviaram mensageiros aos sábios
de Midyan, indagando: "Revelem-nos como os inimigos podem vencer os judeus. Moshê viveu muitos anos
aqui, talvez vocês conheçam o segredo de seu sucesso."
Os sábios responderam: "De fato, Moshê foi nutrido em nosso seio. Um midyanita convidou-o a sua casa,
concedeu-lhe a filha em casamento e proveu-lhe dinheiro.
Depois de deixar a casa de seu sogro, Moshê destruiu a nação do Egito inteira! Os judeus não precisam de
armas ou de um grande exército. Seu poder está em sua palavra. Simplesmente, Moshê pronuncia o Nome de
D'us, e seus inimigos morrem. Os judeus vencem as guerras porque oram pela vitória."
"Combata os judeus exatamente com o mesmo método. Nosso conselho é que convoque Bilam, cujo poder da
fala iguala-se ao de Moshê."

Os poderes mágicos de Bilam

A fama de Bilam como profundo filósofo e intérprete profissional de sonhos era internacional. Mais tarde,
também se tornaria conhecido como mágico de poderosos efeitos. Reis de perto e de longe pagavam-lhe somas
fabulosas para pronunciar maldições sobre seus adversários, ou outorgar-lhes bênçãos de sucesso.
Balac estava pessoalmente convencido do poder de Bilam, por que há anos Bilam profetizara que Balac
tornar-se-ia rei, e agora, as palavras de Bilam tornaram-se realidade. Além disso, desde que o rei Balac era
melhor mágico que todos os habitantes de Moav (que eram todos proficientes nesta arte), ele, mais que
qualquer outro, apreciava o domínio de Bilam sobre as forças da impureza.
Balac escolhera convidar Bilam para amaldiçoar os judeus, pois acreditava que estes estavam sujeitos às
forças naturais (mazal), como todas as outras nações. (Não se dava conta de que os judeus estão sob a
Providência direta de D'us.) Se o próprio Balac era feiticeiro, por que precisava de Bilam?
De fato, a perícia de um completava a do outro. Balac era instruído em assuntos práticos; por exemplo, podia
determinar exatamente onde alguém deveria postar-se para amaldiçoar efetivamente. Bilam possuía as chaves
interiores, as palavras apropriadas com as quais amaldiçoar. A quem os dois podem ser relacionados?
Um (Bilam) era como um cirurgião que podia manejar o bisturi, mas não estava familiarizado com as partes
do corpo. O outro (Balac) era como um anatomista que consegue identificar o órgão doente, porém não pode
realizar a cirurgia. Juntos, poderiam empreender uma operação.
Similarmente, Bilam sabia a hora exata em que uma maldição pode ser efetiva, e Balac sabia o local de onde
deveria ser pronunciada.
O Talmud relata que, todos os dias, há um momento em que D'us fica irado. Isto significa que é justamente
nesta hora que Ele julga os pecadores. Evidentemente, aquele que é culpado de transgressão, fica mais
vulnerável nesta hora. Bilam tinha o dom de saber exatamente quando ocorriam estes momentos. Uma
maldição proferida nestes instantes poderia expor sua vítima ao julgamento Divino. Balac concluiu: "Que eu
convoque Bilam! Juntos, sobrepujaremos o povo judeu."
A magia pode prejudicar um judeu? O Talmud nos conta a seguinte história:
Certa vez, uma bruxa queria matar Rabi Chaniná com magia. Para que a magia surtisse efeito, ela precisava
pegar o pó de sob os pés de Rabi Chaniná.
Sem medo algum, Rabi Chaniná disse: "Pegue o pó e comprove! A magia não fará efeito. Sei que "Não há
outro, só D'us!" Uma vez que Rabi Chaniná tinha plena certeza de que a magia não podia mudar o que D'us
ordena, a feiticeira foi incapaz de prejudicá-lo.

D'us fala com Bilam

À noite, D'us apareceu a Bilam e falou com ele.
Em honra aos judeus, Bilam recebeu uma profecia, mesmo sendo um perverso. Geralmente, Bilam percebia
D'us através de seus poderes de feitiçaria. Agora, pela primeira vez, D'us concedeu-lhe uma visão profética
através do espírito sagrado de profecia. Apesar do impuro Balac não ser merecedor de elevação, D'us
concedeu-lhe uma visão profética em honra aos judeus. Às vezes, D'us revela-Se aos perversos por causa dos
tsadikim. Assim, Ele falou a Lavan num sonho profético em prol de Yaacov; e ao rei filisteu Avimêlech pelo
mérito de Avraham.
Mesmo assim, D'us não falou com Bilam da mesma forma como falava com os profetas judeus. Mandou uma
nuvem que O separava de Bilam, que não podia ver o esplendor da Shechiná (Presença Divina).
D'us perguntou a Bilam: "Quem são esses (perversos) homens que estão com você?"
Esta pergunta era um teste para Bilam, que deveria ter respondido: "Mestre do Universo, Você é Onisciente;
Você não precisa me perguntar quem são.“ Porém, fervia de desejo de amaldiçoar os judeus, Bilam
interpretou mal a pergunta de D'us, como uma indicação de que Ele não está sempre consciente do que
acontece nesta terra. "Nesses momentos," pensou, "minhas maldições podem realizar-se."
Respondeu arrogantemente: "Balac filho de Tsipor, rei de Moav, enviou-os a mim para pedir-me que
amaldiçoe os judeus. (Veja como até mesmo os reis procuram minha ajuda!)."
D'us desorientou Bilam propositadamente, colocando-lhe uma pergunta ambígua como punição, por Bilam
ter desviado sua geração.
Bilam, entre outros males, inovou antros de apostas e casas de prostituição.
Antes da época de Bilam, as nações gentias mantinham oficialmente um certo padrão de decência,
reconhecendo que imoralidade fora uma das razões para que o Dilúvio destruísse o mundo. Bilam, ele próprio
entregando-se as mais baixas formas da lascívia, ensinou à humanidade como indulgir na imoralidade.
Na noite em que os sábios de Moav hospedaram-se em sua casa, apresentou-os à suas práticas imorais. Assim
sendo, D'us retribuiu a Bilam desencaminhando-o.
D'us replicou a indagação de Bilam: "Você não deve ir com esses homens!"
O ardiloso Bilam pensou: "Talvez Ele não queira perturbar-me, um justo, a viajar para um país distante."
Indagou, esperançoso: "Devo então amaldiçoar os judeus estando aqui?"
"Não," replicou D'us, "você não deve amaldiçoá-los de lugar algum.“ Bilam indagou: "Se assim é, deixe-me,
em vez disso, abençoar os judeus" (e uma bênção em momento não oportuno equivale a uma maldição).
"Eles não necessitam de sua bênção," respondeu D'us. "São abençoados através de seus patriarcas, e Eu os
abençôo diariamente, sancionando a bênção sacerdotal."
Na manhã seguinte, Bilam anunciou: "D'us não me permite ir com vocês". Bilam queria dar a impressão de
que D'us havia lhe proibido ir porque era abaixo de sua dignidade acompanhar pessoas de tão pouca
importância; ele só podia viajar com ministros ou reis. Ele não admitiu que D'us havia lhe proibido de
amaldiçoar os judeus.
Quando Balac ficou sabendo da resposta de Bilam, disse: "Bilam não está satisfeito com minha oferta. Devemos
oferecer-lhe mais riquezas e honras!"
O rei Balac escolheu uma nova delegação. Estes eram príncipes de alta estirpe real. Instruiu-os a dizer a Bilam:
"Por favor, não se recuse a vir! Balac lhe pagará quantias mais altas pelos seus serviços."
Desta vez, Bilam confessou aos mensageiros: "Não posso transgredir os comandos de D'us, mesmo se Balac
oferecesse-me todo o ouro e prata de seus tesouros." De fato, o ladino Bilam estava indicando a exorbitante taxa que
exigiria - toda a fortuna de Balac. "Esta soma não é exagerada," refletiu o ganancioso Bilam. "Muito pelo contrário,
sou uma mão de obra barata. Balac contratou-me para aniquilar uma nação inteira. Se não fosse por mim, teria
mobilizado e financiado um exército inteiro, o que lhe custaria muito mais que seu tesouro inteiro. Além disso, seu
exército poderia não vencer a guerra, enquanto que o êxito de minhas maldições é garantido."
"Pernoitem aqui hoje," disse Bilam aos príncipes moabitas. "Deixem-me ver o que mais D'us me dirá."
Apesar de ter ouvido claramente D'us proibi-lo de amaldiçoar os judeus seu desejo de unir-se a Balac era tão
ardente por causa da sua avidez por dinheiro e honra, que fez outra tentativa de obter permissão.
Ao ver a insistência de Bilam, D'us aquiesceu, uma vez que "todo homem é levado pela senda que deseja trilhar."
Uma pessoa deve implorar constantemente a D'us para mostrar-lhe o caminho apropriado a seguir. Não deve presumir
que seu caminho atual é necessariamente correto, pois pode jamais descobrir a verdade. Em vez disso, uma pessoa deve
buscar esclarecimentos consistentes em todos os assuntos. Se for sincero em seu desejo, receberá ajuda de Cima.
D'us disse: "Perverso, sabe por que Eu quis impedi-lo de unir-se a Balac? Desejei impedir sua morte. Não desejo a
morte nem mesmo de um perverso. Se insistir em seguir a trilha da destruição, então vá."
D'us também permitiu a Bilam que vá para que depois não dissesse: "D'us está com medo de minhas maldições.
Portanto, Ele não me deixa amaldiçoar Seu povo."
Bilam ficou satisfeito com a resposta de D'us: "Assim como Ele mudou de idéia deixando-me ir," pensou, "Ele ainda
mudará de idéia sobre eu amaldiçoar os judeus."
A segunda profecia de Bilam: a grandeza do povo judeu os protege contra maldições

"Levante-se, Balac, e ouça, escute-me, Oh filho de Tsipor."
Não trate levianamente minha profecia, Balac. Você não deve permanecer sentado enquanto ouve as
palavras de D'us. Levante-se e fique de pé!
"D'us não é um homem, para que Ele seja falso, nem um ser humano que Se arrependa."
Um homem às vezes faz uma promessa, e mais tarde recusa-se a cumpri-la, ou arrepende-se de tê-la feito.
D'us, contudo, mantém Sua palavra. Ele prometeu aos patriarcas que Ele levaria os judeus a Terra de Israel
e lhes daria sua posse. Você acha que Ele quebraria Sua promessa e deixaria você destrui-los no deserto?
Da bênção de Bilam podemos apreender a maldição que desejava pronunciar: que D'us deveria quebrar a
aliança que selou com os patriarcas, e não levar o povo para a Terra Santa.
"Acaso Ele falou e não o fará, ou Ele disse e Ele não o cumprirá?"
Essas idéias são formuladas como questões retóricas (em vez de afirmações, "Se Ele disse, Ele certamente o
fará...") para sugerir que, de fato, há épocas em que D'us não cumpre Sua palavra: Se Ele decreta algo de
mal sobre o povo, e este se arrepende depois, Ele anula Seu decreto. Porém, quando se trata de uma bênção
do Todo Poderoso, esta é irrevogável.
"Vejam, eu recebi as bênção, Ele abençoou, e eu não posso retirar."
Em seu íntimo, Bilam implorava a D'us para não compeli-lo a pronunciar mais bênçãos, porém sua
verdadeira fala admitia que estava em poder de D'us.
"Ele não viu iniqüidade em Yaacov, e nem viu Ele algo errado em Israel."
Bilam tentava desesperadamente encontrar defeitos nos judeus. Todavia, a geração que chegou a Israel era
uma geração de tsadikim, e desta forma foi forçado a admitir que não conseguiria encontrar pecadores
entre eles.
"D'us, seu D'us, está com eles, e a Shechiná do Rei está com eles.“
Você, Balac, disse-me para amaldiçoar os judeus com meus poderes de impureza. Como posso amaldiçoar um
povo cujo D'us está constantemente em seu meio, e os guarda e protege? Um ladrão pode conseguir entrar
num vinhedo e arrancá-lo enquanto o proprietário está dormindo; mas "O Guardião de Israel não dorme
nem dormita. " (Tehilim 121:4). Como, então, posso prejudicar os judeus?
Ao ouvir as palavras de Bilam, Balac perguntou: "Será possível que suas maldições são ineficazes por causa
do poder de seu atual líder, Moshê? Talvez você deva atrasar os efeitos da maldição para a época depois da
morte de Moshê, quando os judeus serão guiados por outro líder?"
"Impossível," replicou Bilam. "O sucessor de Moshê, Yehoshua, batalhará contra os inimigos tão
vigorosamente quanto Moshê. Quando tocar trombetas perante D'us, os muros de Jericó esfacelar-se-ão e
desmoronarão!"
"D'us tirou-os do Egito com o poder da Sua elevação."
Você, Balac, disse-me: 'Veja, um povo saiu do Egito." Estas palavras não eram acuradas. O povo não poderia
ter deixado o Egito sozinho, mas deve ter sido tirado de lá por D'us de maneira sobrenatural. Eu, Bilam,
enfeiticei todas as fronteiras do Egito com meus poderes mágicos, a fim de impedir a fuga dos escravos
hebreus. Não obstante, minha feitiçaria foi ineficaz, pois D'us, Ele próprio tirou-os de lá.
"Pois não há adivinhações em Yaacov, tampouco há qualquer feitiçaria em Israel."
Este versículo pode ser compreendido de duas maneiras:
1. Nenhuma adivinhação é efetiva contra Israel (uma vez que D'us está em seu meio); portanto, as
ferramentas de magia que os sábios de Midyan trouxeram a mim são completamente inúteis. Pois, diferente
das nações, este povo não é regido por anjos encarregados, mas estão sob Supervisão direta de D'us.
Quando meu avô Lavan estava sequioso por destruir seu patriarca Yaacov com sua artes mágicas, D'us não
deixou que tivesse êxito. Similarmente, não posso derrotar os descendentes de Yaacov.
2. Não poderão ser encontrados adivinhos e feiticeiros entre os judeus. Não praticam magia como as outras
nações, porém consultam D'us diretamente, através de seus profetas, e através da placa peitoral do Sumo-
sacerdote. Portanto, este grande povo certamente merece ser abençoado.
"Chegará uma época na qual dirão a Yaacov e a Israel: 'O que D'us operou?'"
1. Na época de Mashiach, D'us realizará milagres para os judeus, que ultrapassarão todos os que foram
feitos no passado. As nações gentias então virão e indagarão aos judeus sobre os grandes feitos de D'us.
2. Na era que se seguirá à ressurreição dos mortos, o amor de D'us pelo povo judeu se tornará evidente a
todos. D'us, pessoalmente, será seu professor de Torá. Os tsadikim sentar-se-ão na frente de D'us como
estudantes ante seu mestre, e Ele lhes revelará os profundos significados da Torá.
3. Não será permitido aos anjos entrarem, porém precisarão perguntar aos judeus: "O que D'us te ensinou?"
"Vejam, o povo levantar-se-á como um filhote de leão, e se levantará como um leão."
1. Este povo ergue-se tão forte quanto um leão, e não descansará até ter destruído seus inimigos e tomado os
espólio de Canaã.
2. Não há nação na terra que serve o Criador com tanta energia quanto o povo judeu. Quando um judeu se
levanta de manhã, ele se fortalece como um leão para agarrar as mitsvot, para vestir tsitsit e tefilin, e para
recitar o Shemá na hora certa.
"Não se deitará até que tenha comido de sua presa, e beba o sangue da caça."
1. Bilam predisse que Moshê não faleceria antes de vingar-se dele e dos cinco reis midyanitas.
2. Um judeu não se deita à noite até ter recitado o Shemá. Ao pronunciar as palavras: "D'us é Um,"
reconhecendo assim que não há outro poder que o Todo Poderoso. D'us destrói agentes prejudiciais.
Depois de aprender da segunda profecia de Bilam que os judeus conquistariam Canaã e matariam os reis das
nações, Balac aconselhou Bilam: "Melhor ir para casa em silêncio! Não preciso nem de suas maldições, nem
de suas bênçãos!"
Bilam replicou: "Já não lhe disse que preciso seguir as instruções de D'us?"
Balac decidiu fazer mais uma tentativa. "Afinal de contas," pensou, "Sei que esta nação não é invencível.
Foram atacados, no passado, pelos amalequitas e canaanitas. Mesmo que eu não consiga destrui-los
totalmente, ou impedi-los de entrar em Canaã, deve haver algum modo de prejudicá-los."
Balac levou Bilam a um local diferente, onde, no futuro, os judeus adorariam o ídolo Báal Peor. Balac previu
que os judeus seriam punidos lá, mas era incapaz de adivinhar detalhes. Pensou: "Talvez sua punição será o
resultado da maldição de Bilam."
Balac e Bilam ergueram novamente sete altares e ofereceram um touro e um carneiro sobre cada um.
Desta vez, Bilam não tentou utilizar seus poderes de impureza, uma vez que admitira em sua última profecia
que os judeus eram imunes à mágica. Em vez disso, concentrou seus poderes em seus pecados. Virou sua face
em direção ao deserto, para lembrar D'us do pecado do bezerro de ouro. Não obstante, ao erguer os olhos,
percebeu que a Shechiná pairava sobre as tendas dos israelitas. Soube então que D'us perdoara seu pecado.
Em honra ao povo judeu, o espírito de profecia penetrou Bilam. D'us forçou-o a pronunciar novas bênçãos.

A quarta e última profecia: eventos que acontecerão na época de David e Mashiach

"A irrevogável declaração de Bilam, filho de Beor, e a irrevogável declaração do homem com boa visão.
Irrevogável declaração daquele que ouve as falas de D'us, e conhece a mente do mais Elevado. O que vê a
visão do Todo Poderoso, prostrando-se enquanto lhe está sendo revelada."
Bilam revela aqui um novo aspecto de sua grandeza profética, de que sua habilidade de amaldiçoar deriva de
seu "conhecimento da mente do mais Elevado" - ou seja, ele podia discernir o momento exato da ira Divina.
Além disso, Bilam louvava a si mesmo de que conhecia a "mente do mais Elevado", pois estava prestes a
fazer revelações referentes a assuntos ocultos que transpirariam desde a época do Rei David até o fim dos
dias.
"Eu o vejo, porém não agora; percebo-o, mas não perto."
Vejo o Rei David erguendo-se, mas não agora (pois ainda se passarão mais quatrocentos anos até o
nascimento de David), e eu percebo o Rei Mashiach nesse futuro longínquo.
"Uma estrela partiu de Yaacov, e um cetro [governante] ergueu-se de Israel."
Bilam descreveu Mashiach como uma estrela que traça sua órbita de um extremo do universo a outro, para
simbolizar que Mashiach reunirá os exilados de todos os cantos da terra.
As palavras "e um governante ergueu-se de Israel" podem referir-se ao Rei David ou a Mashiach.
"E perfurará os cantos de Moav, e solapa todas as nações, descendentes de Shet."
David perfurará todos os cantos de Moav, ele subjugará a terra de Moav. Mashiach solapará as nações,
inclusive Moav, e essas serão subservientes ao povo judeu.
"E Edom será uma posse e Seir também se tornará propriedade do seu inimigo, e Israel a herdará."
Bilam profetizou que o exílio edomita (nosso exílio atual) será finalmente terminado por Mashiach.
"Outro governará de Yaacov e ele destruirá quaisquer vestígios da cidade [de Roma]."
Mashiach destruirá todos os remanescentes da casa de Essav.
"E ele previu [a punição] de Amalec, e ele declamou sua parábola e disse: O primeiro a lutar contra os judeus
[após o Êxodo] foi Amalec, e seu fim será a destruição eterna."
Bilam descreveu profeticamente o destino de duas nações - uma, Amalec, que escolheu ser inimiga do Todo
Poderoso e do povo judeu; e a outra, a família de Yitrô, sogro de Moshê, (descrita no próximo versículo), que
escolheu unir-se a D'us. Amalec recusou-se a se arrepender, mesmo depois de ter perdido a guerra contra os
judeus, e foi condenado à destruição eterna. A família de Yitrô, os Kenim, mereceram bênçãos eternas.
"E ele previu [o destino] dos Kenim [descendentes de Yitrô], e declamou sua parábola e disse: Quão firme é seu
local de habitação desde que você colocou seu ninho sobre a rocha."
Bilam exclamou: Vejo que você escapou das artimanhas do yêtser hará (má inclinação) tal um pássaro escapa
de uma armadilha. Você fez teshuvá, converteu-se e uniu-se firmemente a Rocha, o D'us do povo judeu.
Prevejo que colherá bênçãos por isso, pois seus descendentes sentarão no San'hedrin (Corte Suprema) junto
com a elite dos judeus.
"Mesmo se os Kenim se desencaminharem, quão longe a Assíria te carregará cativo?"
Bilam continuou a dirigir-se aos Kenim, afirmando: Vocês fizeram bem em unirem-se firmemente ao povo
judeu. Mesmo se forem exilados por Sancheriv, rei de Assíria, junto com as Dez Tribos, não ficarão perdidos
eternamente. Voltarão do Exílio, para Israel junto com os judeus.
"E declamou sua parábola e disse: Oh!, quem viverá quando D'us concederá redenção a Seu povo,
recompensando os tsadikim e punindo os perversos."
A profecia de Bilam refere-se ao grande e temível Dia do Julgamento na época de Mashiach, quando D'us
imporá justiça à humanidade.
"E uma flecha das mãos dos Kitim [romanos] afligirá Assíria e afligirá Ever [os judeus], porém eles [os
romanos] também serão destruídos para sempre."
Bilam profetizou que os assírios seriam atacados pelos romanos, que afligi-los-ão, e a seus judeus cativos.
Finalmente, no fim dos dias, Roma cairá nas mãos de Mashiach, e nosso exílio chegará a um fim.
Quando Bilam terminou essas profundas declarações proféticas, levantou-se, pois estava deitado, prostrado,
enquanto D'us comunicava-se com ele. O espírito de D'us que imbuiu-Se nele em honra aos judeus partia dele
para sempre. Passou o resto de sua vida como um mágico comum.
Bilam partiu para retornar a sua terra, Aram Naharayim. Antes de partir, supervisionou a construção de
grande número de tendas e barracas, nas quais postou as filhas de Midyan, com o propósito de seduzir os
homens judeus.

O perverso conselho de Bilam para fazer os judeus pecar com imoralidade

Bilam disse a Balac: "Existe um meio seguro de destruir os judeus: se pecarem D'us os castigará. D'us
proibiu-os de se relacionarem com mulheres não judias, pois não quer que se misturem à outras nações. Envie
mulheres aos judeus, e diga-lhes para persuadir os homens judeus a pecar. Se conseguirem D'us fará com que
os judeus desapareçam."
Balac e os nobres de Midyan decidiram levar a cabo o plano de Bilam para fazer os homens judeus pecarem.
Ordenaram que suas filhas se adornassem para atraírem e seduzirem os judeus. Balac ordenou a sua própria
filha que atraísse ninguém menos que Moshê.
Os moabitas encorajaram o plano vil de Midyan permitindo-lhes utilizar seu território para esse propósito.
Bilam sugerira que um enorme bazar fosse erguido nas vizinhanças do Acampamento judeu. "Venda artigos
de vestuário para atrair os judeus," aconselhou. "Coloque mulheres velhas fora das bancas, mas coloque as
jovens dentro das barracas."
Naquele momento os judeus estavam acampados em Shitim, uma estação na margem leste do Jordão, nas
planícies de Moav.
Acampados em Shitim, os judeus sentiram-se seguros e autoconfiantes. D'us rechaçara todos os seus inimigos,
incluindo o famoso feiticeiro Bilam, que foi forçado a louvá-los e abençoá-los. Uma certa despreocupação e
leviandade permeava o Acampamento.
Mais que isso, a própria parada de Shitim conduzia à lascívia. A cada parada no deserto D'us confrontava os
judeus com um teste especial. Ele imbuiu Shitim com o forte apelo da imoralidade.
Porém, D'us preparara muito antes do pecado um outro agente para salvar Seu povo da destruição. Ordenou que
a Arca Sagrada do Santuário fosse feita de madeira conhecida como Shitim, acácia, para expiar pelo pecado que
os judeus mais tarde cometeriam em Shitim.
Os judeus, famosos por sua moralidade superior até mesmo na decadente sociedade do Egito, foram agora
apanhados num teste difícil.
O pecado começou com os menos importantes do povo. Após terminarem a refeição, decidiram relaxar um
pouco visitando o bazar fora do Acampamento.
As mulheres velhas paradas fora das barracas mostravam as mercadorias e cotavam o preço, comentando:
"Sei que esses artigos são caros, mas temos uma variedade de artigos baratos lá dentro."
O judeu entraria na barraca e encontraria uma jovem e atraente midyanita, que pedia um preço bem baixo
pelas mesmas mercadorias que vira do lado de fora. Conversando de maneira convidativa, dizia ao judeu:
"Só não conseguimos entender como vocês, judeus, odeiam-nos e recusam-se a se casarem conosco. Gostamos
de seu povo. Acaso não somos todos descendentes de Têrach, pai de Avraham?"
"Veja, eu te dou este artigo de presente porque somos parentes. Você se parece com um velho conhecido. Por
quê não se senta e come algo?"
Se o judeu recusasse, ela diria: "Não precisa objetar motivos religiosos. Sei que você segue leis dietéticas
estritas. Veja, aqui há bezerros e galinhas gordas! Mande que sejam abatidos de acordo com suas exigências,
então poderá comê-los. Enquanto isso, beba algo."
Cada moça tinha um frasco de vinho vermelho de forte buquê, que oferecia ao judeu.
Quando o judeu ficava embriagado, era convidado a maiores intimidades, mas apenas sob a condição de que
primeiro adorasse seu ídolo, o Báal Peor. O judeu replicaria: "Não me curvarei a este ídolo." A moça então
explicaria: "Você não precisa curvar-se a ele. Simplesmente realize suas funções corporais normais perante
ele."
O abominável serviço desse deus requeria de seus adoradores que se alimentassem e então se despissem e se
aliviassem na frente do ídolo.
Este culto simbolizava a inteira filosofia das nações gentias: "Viver a fim de satisfazer seus desejos animais.
Não há motivos para sentir-se inibido, nem mesmo na frente de deuses!" Sua doutrina de absoluta falta de
vergonha é diametralmente oposta ao conceito de recato e decoro da Torá, que deriva da consciência
constante da presença de D'us, Que criou o homem para servi-Lo em todos os tempos.
Certa vez, uma mulher gentia sentiu-se gravemente doente e prometeu: "Se me recuperar dessa doença, adorarei
todas as divindades do mundo." Ela se recuperou e perambulou de sacerdote em sacerdote para aprender sobre
todos os deuses e a maneira como eram adorados. Ao ouvir sobre a divindade Báal Peor, perguntou a seu
sacerdote: "Qual o serviço deste deus?" O sacerdote instruiu-a: "Coma alguns vegetais, beba vinho, dispa-se e
realize suas funções corporais na frente dele." A mulher, incrédula, comentou: "Prefiro contrair minha doença
novamente a realizar este serviço repulsivo."
E contudo, como resultado do hediondo plano de Bilam, havia judeus que concordaram em adorar esse
ídolo. Por isso, a ira do Todo Poderoso acendeu-se.
A maioria dos que pecaram com as moças midyanitas e adoraram o Báal Peor pertenciam ao êrev rav
(convertidos egípcios). A Torá salienta que aqueles que pecaram eram "haam - o povo", uma expressão que
sempre se refere aos elementos menos valorosos do povo. As sementes do desejo impuro nunca foram
totalmente erradicadas de seus corações. Este indivíduos foram agora eliminados da pura estirpe dos judeus
através do teste de Peor e da subseqüente punição.Contudo, mesmo judeus melhores, da Tribo de Shimon,
tropeçaram ao adorarem Peor. Apesar de sua intenção ser de zombar do deus, emulando sua desgraçada
maneira de adoração, foram, não obstante, considerados culpados.
D'us ordenou a Moshê que indicasse os líderes do povo como juizes para punir os que adoraram Báal Peor.
"Como posso determinar quem estava entre os idólatras?" - perguntou Moshê. "Os que adoraram Peor
fizeram-no em privacidade, não na presença de testemunhas válidas que possam testemunhar contra eles."
"Eu revelarei os pecadores," respondeu D'us.
As Nuvens de Glória retiraram-se de sobre os que eram culpados, de maneira que o sol brilhou sobre eles, e
ficaram expostos.
D'us também ordenou a Moshê: "Aqueles que adoraram Báal Peor serão condenados à morte."
Os juizes se reuniram, examinaram o caso e concluíram que muitos homens da tribo de Shimon adoraram
Báal Peor. Foram condenados. Os demais membros da tribo de Shimon estavam revoltados. Apresentaram-
se perante seu líder, Zimri, e disseram: "Como você permite que Moshê mate tantos dos nossos? Faça algo!"
O ato corajoso de Pinechas

O neto de Aharon, Pinechas, observava a cena, fervendo de indignação.
Dirigindo-se a Moshê, inquiriu: "Meu tio-avô, você não nos ensinou, ao descer do Monte Sinai, que aquele
que coabita com uma mulher gentia pode ser atacado por um devoto?!"
Moshê respondeu: "Aquele que se lembra da lei que seja nosso agente e execute-a!"
"Se eu matar Zimri, na certa os membros de sua tribo me matarão, como vingança. Contudo, D'us espera
que eu dê minha vida por Ele."
Pinechas, que trabalhava no Tabernáculo como levi, não estava acostumado ao manejo de armas. Não
obstante, pegou uma lança para matar Zimri. Pinechas sabia que estava arriscando sua vida. Zimri era uma
pessoa importante, um líder. E a família de Cozbi também vingaria sua morte.
Pinechas ainda hesitava, pois sabia que os membros de Shimon não permitiriam que entrasse na tenda de
Zimri, ao redor da qual postaram guardas. A fim de obter entrada, teria de fingir que queria ser admitido
porque também tinha propósitos pecaminosos. Então, se matasse Zimri, ou se Zimri o matasse, o povo
pensaria que os dois lutaram pela posse de Cozbi. Desta maneira, isto resultaria numa profanação do Nome
de D'us ainda maior.
Todavia, suas deliberações chegaram a um repentino fim, pois uma praga começara a afligir o povo. A ira de
D'us acendera-se contra os judeus por causa do pecado público de Zimri. Agora Pinechas sabia que
precisava agir, a fim de salvar o povo da punição Celestial.
Tomou a lança de Moshê, escondeu a ponta de metal em suas roupas e usou o cabo de madeira como uma
bengala. Ao se aproximar da tenda, os guardas lhe perguntaram: "O que você quer aqui?"
Pinechas replicou: "Não sou pior que seu líder. Meu pai, assim como Moshê, casou-se com uma mulher
midyanita. Gosto das midyanitas."
Permitiram-lhe que entrasse. Uma vez lá dentro, Pinechas arremeteu a lança contra ambos, Zimri e Cozbi.
D'us realizou doze milagres para proteger Pinechas e demonstrar que este agira corretamente. Por exemplo,
a ponta de ferro da lança alongou-se de forma que os dois pecadores foram trespassados juntos. D'us fechou
as bocas de Zimri e Cozbi, de forma que não podiam gritar. Se tivessem gritado, membros da tribo de
Shimon correriam imediatamente, para matar Pinechas. Eles não expiraram imediatamente, se não
Pinechas ficaria impuro. Tampouco sangraram, nem o impurificaram como conseqüência disso. Foi-lhe
concedida força extra para erguê-los e mostrá-los ao povo.
Assim que Pinechas matou Zimri a praga cessou.
Quando Pinechas expôs o casal assassinado ao povo, os membros da tribo de Shimon quiseram matá-lo.
D'us renovou a praga, e quem quer que atacasse Pinechas, perecia.
Cônscio disso, Pinechas atirou ao chão o casal morto e começou a rezar em prol da tribo de Shimon, como
está escrito (Tehilim 106:30): "E levantou-se Pinechas e suplicou." D'us ouviu sua oração, e a praga chegou
ao fim. Similarmente, o ato zeloso de Pinechas impediu a destruição do povo judeu.
Vinte e quatro mil judeus morreram na praga (todos da Tribo de Shimon), comparados aos três mil que
foram executados depois do pecado do bezerro de ouro. O pecado em Shitim foi mais grave; uma vez que
envolvia imoralidade, além de idolatria, mais que isso, degradou a honra dos judeus, pois cometeram
devassidão com mulheres gentias.
Através da história subseqüente de nosso povo, todas as tribos produziram grandes líderes, com a exceção
de Shimon. As conseqüências do crime de Zimri em Shitim demonstram o quão seriamente D'us considera o
pecado da imoralidade.
Através de seu ato corajoso, Pinechas restaurou a honra de D'us. Ignorou a importância de Zimri, que era
um líder, e a de Cozbi, uma princesa midyanita, demonstrando, desta feita, que a honra de D'us está acima
de tudo. Sua façanha exemplifica os poderosos resultados que podem ser obtidos até mesmo por um único
indivíduo que age em Nome dos Céus.
Pinechas também ensinou aos judeus que para defender a honra de D'us um judeu deve ser corajoso,
mesmo que isso lhe seja desagradável ou signifique arriscar sua própria vida. (www.chabad.org.br)
PEDIDOS –“refuát hanefesh urefuát hagúf”
Pedimos que rezem pelo pronto restabelecimento de:



Margarida Dias da Silva
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  RELIGIOSOS, ESTÁ FUNCIONANDO EM CAMPINAS, NA RUA GENERAL OSÓRIO 698 1º PISO (PRÓXIMO AO
  MERCADÃO MUNICIPAL – REGIÃO CENTRAL DE CAMPINAS) A MAIS NOVA LOJA DE ARTIGOS JUDAICOS,
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         PREÇOS ACESSÍVEIS!! CONFIRAM!! CHAZAK U’BARUCH E MAZAL TOV PELA INICIATIVA!!!
                               CONTATOS: (19) 3232-8121 / 8154-2339
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Strauss-Kahn, de 62 anos, judeu-francês, envolvido no caso de suposto assedio
   sexual num hotel em NY, poderá voltar a ser candidato nas próximas eleições
   para presidente da França. A promotoria americana achou várias incorreções
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      inconsistentes. A decisão agitou os mercados financeiros e políticos na
                            Europa e EUA.(Rua Judaica)
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Uma família ultra-ortodoxa mostrou uma galinha de quatro patas que nasceu em
      sua casa, no bairro de Mea Shearim, em Jerusalém. A ave levantou um
             debate religioso sobre seu rótulo de alimento "kosher".
       Segundo a crença, um animal que tenha órgãos sobressalentes seria
  considerado impuro ("treif"), mas há quem defenda que isso só é verdade no
     caso de as patas extras estarem ligadas de alguma forma à bacia da ave,
  como as patas normais. Por conta disso, alguns defendem que só se saberá se
    a carne da galinha é "kosher" ou "treif" depois que o animal for abatido, e
                       sua estrutura, analisada.(Rua Judaica)
- CULINÁRIA SEFARADI -

COALHADA SECA COM AZEITONA


INGREDIENTES

3 litro(s) de leite
3 colher(es) (sopa) de sal
1 copo(s) de iogurte natural
quanto baste de azeitona verde picada(s)
quanto baste de azeite
quanto baste de orégano

PREPARO

Ferva o leite e, depois, deixe esfriar até ficar morno. Na mesma panela, incorpore o iogurte, sem mexer num
canto da panela. Tampe a panela e reserve num lugar protegido de correntes de ar (o lugar ideal é no forno).
Recomendo fazer este processo cedo, pela manhã. No fim do dia, comece a coar este leite. Para isto, coloque
um coador de arame fino numa bacia. Forre o coador com um pano grande e fino, e despeje o leite, deixando
coar. Coloque sal, espalhando em toda a superfície. Com as pontas do pano, faça um nó e deixe pendurado a
noite toda. Na manhã seguinte , recolha o creme que se formou. Passe no processador para obter uma
coalhada seca, bem leve e cremosa. Tempere adicionando as azeitonas verdes picadas, o azeite e o orégano a
gosto.
HUMOR JUDÁICO – KAKAKAKA... É PIADA... NÃO LEVEM TÃO À SÉRIO GENTE !!!
                               KAKAAKAK




Samuel está na sala de cirurgia, onde vai ser operado pelo
   próprio filho. Chama-o e diz: "filho, fique tranqüilo,
   trabalhe bem e tudo vai dar certo. Só lembre que se
      não der certo, mamãe vai morar com você..."
A OBRA DO RESGATE PELO BRASIL
 Registramos aqui o contato da nossa leitora ilustre, Dona Rosimar M. Teixeira de Caruaru - Pe.
Também entrou em contato conosco Dona Idalina da nossa Associação em Campinas. Outra pessoa
 da causa, que entrou em contato foi nosso amigo e companheiro na causa, que está residindo em
  Brasília, o grande Guilherme Neto. O Guilherme fez uma ótima proposta, que postarei adiante
   aqui no HA – LAPID BRASIL, com relação ao futuro dos Benei Anussim. Possa Ha Kadosh
             Baruch Hu bendizer à todos vocês. SHABAT SHALOM PARA TODOS!!!!
A OBRA DO RESGATE PELO BRASIL
Foi realizada mais um Kabalat Shabat na residência dos queridos Iranildo Lopes (Yaacov) e Ana Lopes.
  Desfrutamos de uma verdadeira festa, com um banquete preparado pela referida família e todos da
   Associação Sefaradita Beit Melech de Campinas. Também nos reunirmos a na manhã de Shabat.
Celebramos Shacharit, passamos a tarde estudando e ao final celebramos a Havdaláh. Possa Ha Kadosh
               Baruch Hu dar Saúde, Força e União à todos nós. Shabat Shalom à todos.
ANÚNCIOS
      INFORMAMOS AOS LEITORES, QUE SE ENCONTRA DISPONÍVEL UMA ÓTIMA FONTE DE
    PESQUISA E ESTUDOS, O SITE MEMORIAL BRASIL SEFARAD. O Memorial Brasil Sefarad nasceu
    como uma organização dedicada à pesquisa, divulgação e preservação da memória dos judeus sefarditas
   (judeus ibéricos) e de seus descendentes no Brasil. Mantido com recursos próprios e trabalho voluntário, o
     Memorial atua em 4 campos de ação: 1) pesquisa direta; 2) fomento à pesquisa - bolsas de pesquisa; 3)
     divulgação - através do site e de material impresso; 4) auxílio a comunidades de descendentes. Maiores
                               informações no site: www.brasilsefarad.com/joomla/


JÁ DEVERIA TER POSTADO HÁ MAIS TEMPO, MAS NUNCA É TARDE. SEGUE UM IMPORTANTÍSSIMO SITE ONDE
       ENCONTRAMOS TODOS OS PRODUTOS QUE SÃO AUTORIZADOS AO NOSSO CONSUMO E USO, COM
                                     AUTORIZAÇÃO DO BEIT DIN .
                                 http://www.bdk.com.br/default.aspx


    O PORTAL AMAZÔNIA JUDAICA ESTÁ DE VOLTA!!! NOVO SITE, NOVO VISUAL, MUITAS
       NOVIDADES, VENHA CONHECER E DESFRUTAR!!! ACESSEM: www.amazoniajudaica.org
    PRESENTEI AMIGOS E PARENTES COM               A MAIS NOVA HAGADÁ DE PESSACH
                                 SEFARADI. ENTRE AGORA NO SITE!!!
PROPOSTA PARA OS BENEI ANUSSIM DO BRASIL

Shalom Rav para todos !

É indiscutível que muitas pessoas tem desempenhado trabalhos de ajuda aos descendente dos Anussim de
outrora, espalhados pelo Brasil a fora. Inúmeras são os Grupos , Comunidades e Sinagogas sendo levantadas
com a ajuda de Rabinos e outros judeus da Comunidade judaica oficial, levando com isso de alguma forma
Torá para os mentes e os corações daqueles que durante séculos ficaram no esquecimento.
No último Congresso Anussim realizado em Fortaleza, idealizado pelo nosso nobre e inesquecível amigo
Saguiv Simona (que sua alma esteja em paz no Gan Éden junto com todos os justos e justas, e que esteja
ligada à corrente da vida Eterna) , Roberto Cosme, Cláudio Pinto e outros, muita coisa aconteceu graças à
D’us. Mas, precisamos avançar mais, pois como diria o grande poeta “o tempo é curto e o dragão é voraz”.
Todos aqui sabem que tenho dito que no momento uma das grandes alternativas para o Anussim que pensam
em se unirem ao Povo Judeu de uma vez, fazendo sua conversão de dúvida, tem sido a Shavei Israel que tem
desempenhando um papel muito relevante para com todos os descendentes de judeus do mundo inteiro.
Me lembro que em uma das tantas coisas que o dileto Sr David Salgado comentou, a respeito da dificuldade
de fazer com que os Anussim do Brasil tomem um rumo mais concreto, é o fato de os mesmos estarem
espalhados e não terem algo que os ligue, que os uma, mesmo sendo um distante do outro, o que é óbvio pela
nossa história, e pelo fato do nosso País ser muito grande.
Mas, eu assim como outras pessoas,que são muitas, ainda pensamos que a Shavei Israel poderia fazer muito
pelos descendentes dos Anussim de outrora aqui do Brasil.
Isto tudo só depende mesmo de nós mesmos. De sabermos de fato e de verdade, e termos a consciência de que
fazemos parte de todo Israel, sendo poucos, mas sendo fortes.
Na semana passada, recebi um e-mail de um dos leitores do HA – LAPID BRASIL, o Guilherme Neto,
residindo agora em Brasília, uma proposta a ser compartilhada com todos os leitores deste modesto
periódico. Espero mesmo que todos que recebam “corram o olho” pelo menos em tudo que é escrito a
anunciado aqui. Tomara D’us que pelo menos 10 viva’almas tenham o interesse de ler o HA - LAPID.
Assim sendo, o que o Guilherme propôs é o seguinte:
Segundo ele, um amigo da Comunidade de Campina Grande na Paraíba, entrou em contato com a Shavei
Israel e acabou obtendo a informação de que, o custo para a Shavei manter um Rabino da própria Shavei,
aqui no Brasil seria de aproximadamente U$ 8.000,00 (oito mil dólares – o que está hoje em torno de R$
12.480,00 para mais ou para menos).
Deste valor, a própria Shavei Israel arcaria com a metade deste valor (ou seja, U$ 4.000,00 – o que ficaria R$
6.240,00), ficando a outra metade (outros R$ 6.240,00) com a responsabilidade do Grupo ou Comunidade que
houvesse interesse nesta proposta.
Será que não existe alguém interessado, algum Grupo, Comunidade ou Sinagoga interessado nesta proposta,
que possa assumir esta responsabilidade e em parceria com a Shavei Israel trazer um Rabino de Israel para
cá, para ajudar aqueles que tanto pedem ajuda?
Que eu conheço e que tive a oportunidade conversar pessoalmente, tendo condições de com a ajuda de cada
um, manter esta proposta são 3 pessoas. O valor que cada uma destas três ajudaria mensalmente ficaria em
torno de 500,00 a 750,00 R$. Só aqui, se contarmos por baixo, já teríamos R$ 1.500,00 fazendo o cálculo por
baixo, pelo menor valor. Detalhe, todas estas pessoas moram em cidades diferentes uma das outras com
distância mínima de 800 km, mas se dispuseram a ajudar, mesmo que o local escolhido seja distante do seu
local de orígem. Ou seja, decidiram se “sacrificar” em benefícios da maioria, para que algo de concreto
aconteça.
Com tudo isto querido leitores, pelo amor que temos as nossas futuras gerações, quantos aqui que tem
interesse nesta proposta? Quantos aqui se “sacrificariam” se empenhando em ajudar o local em que houvesse
uma maioria de pessoa com condições financeiras suficientes para trazer um Rabino da Shavei Israel para o
Brasil?
Por favor, aqueles que tem interesse, por gentileza entrem em contato comigo para vermos como podemos
viabilizar esta proposta EFETIVAMENTE!!! Obrigado à todos.

Tiago da Rocha Sales (Ia’aqob Tsur)
HA –LAPID
                      BRASIL

É um periódico semanal nascido na Associação Morashá Benei Ia’aqob do Varjão, Brasília,
tendo como idealizador o Srº Elias José Lourenço de Israel. É distribuído entre as
comunidades judaicas, instituições e amigos desta causa.

Contatos, dúvidas e idéias: yaakovtsurbenovadiah@gmail.com ou yaakov@ha-
lapidbrasil.com.br
Web: www.ha-lapidbrasil.com.br

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  • 1. BRASIL -BR – TAMUZ DE 5771 (Julho de 2011) ANO II – 66ª Edição “ Tudo se ilumina para aquele que busca a luz” (Ben Rosh) HA–LAPID BRASIL IDEALIZADOR: Elias José Lourenço EDITOR:Tiago da Rocha Sales (Ia’aqob Tsur) COLABORADOR: Rodolfo Luz Penteado (Yeshaiahu Zeev HaOr) COMUNICADO:O presente periódico visa dar continuidade à missão iniciada pelo Capitão Barros Bastos Z”L, que com afinco criou o “Ha -Lapid” de Porto –Pt.
  • 2. PARASHÁ HASHAVÚA – “BALAQ” A parashá começa por relatar que Balak, rei de Moav, viu que o Povo de Israel tinha vencido os amoritas e se atemorizou. Sabia que era um povo numeroso e temia ser invadido por eles e para evitá-lo alheou-se aos midianitas. Enviou também mensageiros a Bilam, que vivia em Petor, que era profeta, para que os maldissesse. Bilam pediu aos enviados que pernoitassem ali, pois ele consultaria o Eterno para saber se poderia fazê-lo e havendo o Eterno D’us aparecido durante a noite indicou-lhe que não fizesse nada contra o povo, nem que tampouco acompanhasse os mensageiros. E assim fez. Balak considerou que um segundo convite sortiria um maior efeito e enviou outra delegação, maior e mais prestigiosa que a anterior que levava maiores recompensas. Novamente Bilam pediu que permanecessem essa noite com ele, para voltar a consultar o Eterno. Nesta oportunidade recebeu como resposta que fosse com os mensageiros mas que apenas falasse o que o Eterno lhe indicasse. Na manhã seguinte albardou o seu burro e dirigiu-se a Balak. No trajecto aparaceu-lhe um anjo que lhe obstruiu o caminho. Apenas o asno viu o anjo do Eterno e desviou-se do caminho pelo que Bilam castigou-a mas novamente o anjo não o permitiu continuar o caminho. Depois Bilam viu o anjo e prostrou-se e repetiu- lhe que apenas falaria as palavras do Eterno. Uma vez chegado até Balak, este ofereceu-lhe uma festa em sua honra. Na manhã seguinte foram à colina de Baal, para que Bilam visse dali o acampamento do Povo de Israel. Bilam pediu que se construíssem sete altares e que sacrificassem um carneiro e um boi em cada um eles e consultou Hashem, que pôs as Suas palavras nele e no seu discurso disse: Porque é que ia a maldizer a quem Hashem não maldiz?
  • 3. E terminou por louvá-lo. Isto desagradou a Balak e decidiu levar Bilam acima do monte Pisgá, acreditando ter melhor sorte nesse lugar. Mas novamente Bilam o decepcionou uma vez que voltou a bendizer o Povo de Israel. Balak pediu a Bilam que desistisse do seu pedido e finalmente Bilam predisse que esse Povo seria soberano e que venceria Moav, Edom e Amalek. Os Benei Israel acamparam posteriormente em Shitim, onde as mulheres moabitas provocaram os israelitas para se unirem a elas, adorando idolatrias e imoralidades. O Eterno ordenou a Moshé sentencear à morte os pecadores e fê-lo mediante uma praga. Então Pinchás, filho de Eleazar, o Cohén Gadol, viu um Benei Israel que mantinha relações com uma midianita e decidiu matá-los a ambos com uma lança. Durante o tempo que durou a praga morreram vinte e quatro mil israelitas. (Messilót Hatorá – www.mesilot.org.pt) MENSAGEM DA PARASHÁ O Talmud (Tratado Berachot 12b) declara que os Sábios queriam incluir a porção Balac desta semana da Torá em nosso recital diário da prece fundamental Shemá. A questão, é claro: por que? O que há de tão especial na Porção Balac da Torá para justificar que seja recitada diariamente em uma de nossas preces mais importantes? A resposta pode ser encontrada em um versículo em particular - "Eles são uma nação que se levanta como um jovem leão" (Bamidbar 23:24). O Sfas Emes explica que os rabinos consideraram este versículo tão importante porque representa uma das mais elevadas aclamações do povo judeu. Como o leão, somos uma nação que sempre se levanta; não importa o quanto caímos, sempre nos levantamos. Isso é o que são os judeus, e é o traço de caráter do qual mais nos orgulhamos. Somos um povo que se ergue das cinzas. Essa é uma qualidade expressa por qualquer um que tenha alguma ligação com uma família que passou pelo Holocausto, e sobrevive hoje para chamar- se judeu. Nos campos de concentração, Eichmann tirou a cortina de uma Arca Sagrada e colocou-a sobre a entrada da câmara de gás. Sobre ela estava escrito o versículo: "Este é o portão para D'us; os justos passarão por ele."
  • 4. Fez isso como zombaria - zombando de D'us, do povo judeu, e de tudo aquilo além do reino deste mundo físico. Porém a mensagem era bem verdadeira - os judeus que passaram por aquela cortina tornaram-se justos. Eichmann e os nazistas desapareceram há muito tempo, mas colocamos de volta aquela cortina em nossas arcas. Erguemo-nos novamente como um leão, e existem agora mais cortinas e mais sinagogas para colocá-las do que jamais houve antes. Não importa quantas vezes possamos cair, sempre nos levantamos novamente. Esta é a característica do povo de Israel. Os profetas chamam-nos de "uma nação de sobreviventes." O Rei Salomão escreveu: "Um justo que cai sete vezes e se levanta novamente" (Mishlê 24:16). O que é, exatamente, um justo? Um indivíduo justo não é necessariamente quem jamais comete pecado, mas sim a pessoa que peca e levanta-se novamente. Esta é a mensagem que Rabi Yitschac Hutner escreveu a um de seus alunos que estava desanimado sobre sua aparente falta de conquistas e desenvolvimento espirituais. Rabi Hutner disse-lhe: "Não desista. É disso que trata a vida - as batalhas, os conflitos. Nossos sábios dizem que o único modo de tornar-se um indivíduo justo é após a queda. Isso é o que o torna melhor. O crescimento vem apenas com conflito. Não é automático. Às vezes você precisa perder algumas batalhas antes de vencer a guerra." É disso que trata a teshuvá, retorno ao caminho de Torá e mitsvot. Haverá batalhas, retrocessos, conflitos e perdas. Mas temos de nos levantar outra vez. É uma lição na história judaica e uma lição a cada um de nós. Às vezes, nós, como judeus, podemos estar dormindo. Podemos passar anos sem cumprir mitsvot. E então despertamos como um leão e mudamos. Somos uma nação que não é derrotada, uma nação de sobreviventes. É devido a esta característica que ainda estamos aqui hoje. (www.chabad.org.br) SHABAT SHALOM !!!
  • 5. MIDRASHIM Os moabitas escolhem Balac como líder contra o povo judeu Quando os judeus chegaram às imediações de Moav, os residentes locais tremeram. O rei de Moav ouvira a notícia de que os judeus derrotaram as nações que não lhes deram passagem, vencendo os poderosos gigantes Sichon e Og. Moav também negara permissão para os judeus passarem por suas terras, e era uma nação ainda menor que aquelas já conquistadas pelos judeus. Apesar deles saberem que a chegada do povo judeu não representava perigo a suas vidas (pois ouviram que D'us proibira Moshê de travar guerra contra Moav), ainda assim, os moabitas apavoravam-se que sua terra fosse saqueada. Também temiam que o povo judeu exterminasse todos os vizinhos a sua volta. Sobretudo, os moabitas portavam o antigo ódio contra o povo judeu. O que podiam fazer frente a esse "perigo"? Primeiro, fizeram as pazes com seus vizinhos midyanitas, fazendo uma coalizão para lutar contra os judeus. Depois, elegeram um novo rei, Tsur, que era uma pessoa sábia e forte. Uma vez que Tsur não era de estirpe real, porém um mero nobre, tampouco um moabita nativo, mas um midyanita, não seria elegível para o cargo em tempos normais. Agora, no entanto, sua reputação como poderoso herói de guerra e um mágico superior compeliram sua escolha. Eleito, seu nome passou a ser Balac, e sua tarefa, encontrar uma maneira de vencer os judeus. Apesar dos moabitas esperarem que organizasse um exército para guerrear, Balac anunciou: "Não faz sentido lutar contra os judeus, porque perderemos. Suas vitórias são extraordinárias! Enquanto lutavam contra Sichon, seu líder conseguiu deter o sol em sua trajetória. Descubramos onde reside seu poder secreto!" Os moabitas sabiam que Moshê passara anos em Midyan, na casa de Yitrô. Enviaram mensageiros aos sábios de Midyan, indagando: "Revelem-nos como os inimigos podem vencer os judeus. Moshê viveu muitos anos aqui, talvez vocês conheçam o segredo de seu sucesso." Os sábios responderam: "De fato, Moshê foi nutrido em nosso seio. Um midyanita convidou-o a sua casa, concedeu-lhe a filha em casamento e proveu-lhe dinheiro.
  • 6. Depois de deixar a casa de seu sogro, Moshê destruiu a nação do Egito inteira! Os judeus não precisam de armas ou de um grande exército. Seu poder está em sua palavra. Simplesmente, Moshê pronuncia o Nome de D'us, e seus inimigos morrem. Os judeus vencem as guerras porque oram pela vitória." "Combata os judeus exatamente com o mesmo método. Nosso conselho é que convoque Bilam, cujo poder da fala iguala-se ao de Moshê." Os poderes mágicos de Bilam A fama de Bilam como profundo filósofo e intérprete profissional de sonhos era internacional. Mais tarde, também se tornaria conhecido como mágico de poderosos efeitos. Reis de perto e de longe pagavam-lhe somas fabulosas para pronunciar maldições sobre seus adversários, ou outorgar-lhes bênçãos de sucesso. Balac estava pessoalmente convencido do poder de Bilam, por que há anos Bilam profetizara que Balac tornar-se-ia rei, e agora, as palavras de Bilam tornaram-se realidade. Além disso, desde que o rei Balac era melhor mágico que todos os habitantes de Moav (que eram todos proficientes nesta arte), ele, mais que qualquer outro, apreciava o domínio de Bilam sobre as forças da impureza. Balac escolhera convidar Bilam para amaldiçoar os judeus, pois acreditava que estes estavam sujeitos às forças naturais (mazal), como todas as outras nações. (Não se dava conta de que os judeus estão sob a Providência direta de D'us.) Se o próprio Balac era feiticeiro, por que precisava de Bilam? De fato, a perícia de um completava a do outro. Balac era instruído em assuntos práticos; por exemplo, podia determinar exatamente onde alguém deveria postar-se para amaldiçoar efetivamente. Bilam possuía as chaves interiores, as palavras apropriadas com as quais amaldiçoar. A quem os dois podem ser relacionados? Um (Bilam) era como um cirurgião que podia manejar o bisturi, mas não estava familiarizado com as partes do corpo. O outro (Balac) era como um anatomista que consegue identificar o órgão doente, porém não pode realizar a cirurgia. Juntos, poderiam empreender uma operação.
  • 7. Similarmente, Bilam sabia a hora exata em que uma maldição pode ser efetiva, e Balac sabia o local de onde deveria ser pronunciada. O Talmud relata que, todos os dias, há um momento em que D'us fica irado. Isto significa que é justamente nesta hora que Ele julga os pecadores. Evidentemente, aquele que é culpado de transgressão, fica mais vulnerável nesta hora. Bilam tinha o dom de saber exatamente quando ocorriam estes momentos. Uma maldição proferida nestes instantes poderia expor sua vítima ao julgamento Divino. Balac concluiu: "Que eu convoque Bilam! Juntos, sobrepujaremos o povo judeu." A magia pode prejudicar um judeu? O Talmud nos conta a seguinte história: Certa vez, uma bruxa queria matar Rabi Chaniná com magia. Para que a magia surtisse efeito, ela precisava pegar o pó de sob os pés de Rabi Chaniná. Sem medo algum, Rabi Chaniná disse: "Pegue o pó e comprove! A magia não fará efeito. Sei que "Não há outro, só D'us!" Uma vez que Rabi Chaniná tinha plena certeza de que a magia não podia mudar o que D'us ordena, a feiticeira foi incapaz de prejudicá-lo. D'us fala com Bilam À noite, D'us apareceu a Bilam e falou com ele. Em honra aos judeus, Bilam recebeu uma profecia, mesmo sendo um perverso. Geralmente, Bilam percebia D'us através de seus poderes de feitiçaria. Agora, pela primeira vez, D'us concedeu-lhe uma visão profética através do espírito sagrado de profecia. Apesar do impuro Balac não ser merecedor de elevação, D'us concedeu-lhe uma visão profética em honra aos judeus. Às vezes, D'us revela-Se aos perversos por causa dos tsadikim. Assim, Ele falou a Lavan num sonho profético em prol de Yaacov; e ao rei filisteu Avimêlech pelo mérito de Avraham. Mesmo assim, D'us não falou com Bilam da mesma forma como falava com os profetas judeus. Mandou uma nuvem que O separava de Bilam, que não podia ver o esplendor da Shechiná (Presença Divina).
  • 8. D'us perguntou a Bilam: "Quem são esses (perversos) homens que estão com você?" Esta pergunta era um teste para Bilam, que deveria ter respondido: "Mestre do Universo, Você é Onisciente; Você não precisa me perguntar quem são.“ Porém, fervia de desejo de amaldiçoar os judeus, Bilam interpretou mal a pergunta de D'us, como uma indicação de que Ele não está sempre consciente do que acontece nesta terra. "Nesses momentos," pensou, "minhas maldições podem realizar-se." Respondeu arrogantemente: "Balac filho de Tsipor, rei de Moav, enviou-os a mim para pedir-me que amaldiçoe os judeus. (Veja como até mesmo os reis procuram minha ajuda!)." D'us desorientou Bilam propositadamente, colocando-lhe uma pergunta ambígua como punição, por Bilam ter desviado sua geração. Bilam, entre outros males, inovou antros de apostas e casas de prostituição. Antes da época de Bilam, as nações gentias mantinham oficialmente um certo padrão de decência, reconhecendo que imoralidade fora uma das razões para que o Dilúvio destruísse o mundo. Bilam, ele próprio entregando-se as mais baixas formas da lascívia, ensinou à humanidade como indulgir na imoralidade. Na noite em que os sábios de Moav hospedaram-se em sua casa, apresentou-os à suas práticas imorais. Assim sendo, D'us retribuiu a Bilam desencaminhando-o. D'us replicou a indagação de Bilam: "Você não deve ir com esses homens!" O ardiloso Bilam pensou: "Talvez Ele não queira perturbar-me, um justo, a viajar para um país distante." Indagou, esperançoso: "Devo então amaldiçoar os judeus estando aqui?" "Não," replicou D'us, "você não deve amaldiçoá-los de lugar algum.“ Bilam indagou: "Se assim é, deixe-me, em vez disso, abençoar os judeus" (e uma bênção em momento não oportuno equivale a uma maldição). "Eles não necessitam de sua bênção," respondeu D'us. "São abençoados através de seus patriarcas, e Eu os abençôo diariamente, sancionando a bênção sacerdotal." Na manhã seguinte, Bilam anunciou: "D'us não me permite ir com vocês". Bilam queria dar a impressão de que D'us havia lhe proibido ir porque era abaixo de sua dignidade acompanhar pessoas de tão pouca importância; ele só podia viajar com ministros ou reis. Ele não admitiu que D'us havia lhe proibido de amaldiçoar os judeus.
  • 9. Quando Balac ficou sabendo da resposta de Bilam, disse: "Bilam não está satisfeito com minha oferta. Devemos oferecer-lhe mais riquezas e honras!" O rei Balac escolheu uma nova delegação. Estes eram príncipes de alta estirpe real. Instruiu-os a dizer a Bilam: "Por favor, não se recuse a vir! Balac lhe pagará quantias mais altas pelos seus serviços." Desta vez, Bilam confessou aos mensageiros: "Não posso transgredir os comandos de D'us, mesmo se Balac oferecesse-me todo o ouro e prata de seus tesouros." De fato, o ladino Bilam estava indicando a exorbitante taxa que exigiria - toda a fortuna de Balac. "Esta soma não é exagerada," refletiu o ganancioso Bilam. "Muito pelo contrário, sou uma mão de obra barata. Balac contratou-me para aniquilar uma nação inteira. Se não fosse por mim, teria mobilizado e financiado um exército inteiro, o que lhe custaria muito mais que seu tesouro inteiro. Além disso, seu exército poderia não vencer a guerra, enquanto que o êxito de minhas maldições é garantido." "Pernoitem aqui hoje," disse Bilam aos príncipes moabitas. "Deixem-me ver o que mais D'us me dirá." Apesar de ter ouvido claramente D'us proibi-lo de amaldiçoar os judeus seu desejo de unir-se a Balac era tão ardente por causa da sua avidez por dinheiro e honra, que fez outra tentativa de obter permissão. Ao ver a insistência de Bilam, D'us aquiesceu, uma vez que "todo homem é levado pela senda que deseja trilhar." Uma pessoa deve implorar constantemente a D'us para mostrar-lhe o caminho apropriado a seguir. Não deve presumir que seu caminho atual é necessariamente correto, pois pode jamais descobrir a verdade. Em vez disso, uma pessoa deve buscar esclarecimentos consistentes em todos os assuntos. Se for sincero em seu desejo, receberá ajuda de Cima. D'us disse: "Perverso, sabe por que Eu quis impedi-lo de unir-se a Balac? Desejei impedir sua morte. Não desejo a morte nem mesmo de um perverso. Se insistir em seguir a trilha da destruição, então vá." D'us também permitiu a Bilam que vá para que depois não dissesse: "D'us está com medo de minhas maldições. Portanto, Ele não me deixa amaldiçoar Seu povo." Bilam ficou satisfeito com a resposta de D'us: "Assim como Ele mudou de idéia deixando-me ir," pensou, "Ele ainda mudará de idéia sobre eu amaldiçoar os judeus."
  • 10. A segunda profecia de Bilam: a grandeza do povo judeu os protege contra maldições "Levante-se, Balac, e ouça, escute-me, Oh filho de Tsipor." Não trate levianamente minha profecia, Balac. Você não deve permanecer sentado enquanto ouve as palavras de D'us. Levante-se e fique de pé! "D'us não é um homem, para que Ele seja falso, nem um ser humano que Se arrependa." Um homem às vezes faz uma promessa, e mais tarde recusa-se a cumpri-la, ou arrepende-se de tê-la feito. D'us, contudo, mantém Sua palavra. Ele prometeu aos patriarcas que Ele levaria os judeus a Terra de Israel e lhes daria sua posse. Você acha que Ele quebraria Sua promessa e deixaria você destrui-los no deserto? Da bênção de Bilam podemos apreender a maldição que desejava pronunciar: que D'us deveria quebrar a aliança que selou com os patriarcas, e não levar o povo para a Terra Santa. "Acaso Ele falou e não o fará, ou Ele disse e Ele não o cumprirá?" Essas idéias são formuladas como questões retóricas (em vez de afirmações, "Se Ele disse, Ele certamente o fará...") para sugerir que, de fato, há épocas em que D'us não cumpre Sua palavra: Se Ele decreta algo de mal sobre o povo, e este se arrepende depois, Ele anula Seu decreto. Porém, quando se trata de uma bênção do Todo Poderoso, esta é irrevogável. "Vejam, eu recebi as bênção, Ele abençoou, e eu não posso retirar." Em seu íntimo, Bilam implorava a D'us para não compeli-lo a pronunciar mais bênçãos, porém sua verdadeira fala admitia que estava em poder de D'us. "Ele não viu iniqüidade em Yaacov, e nem viu Ele algo errado em Israel." Bilam tentava desesperadamente encontrar defeitos nos judeus. Todavia, a geração que chegou a Israel era uma geração de tsadikim, e desta forma foi forçado a admitir que não conseguiria encontrar pecadores entre eles. "D'us, seu D'us, está com eles, e a Shechiná do Rei está com eles.“
  • 11. Você, Balac, disse-me para amaldiçoar os judeus com meus poderes de impureza. Como posso amaldiçoar um povo cujo D'us está constantemente em seu meio, e os guarda e protege? Um ladrão pode conseguir entrar num vinhedo e arrancá-lo enquanto o proprietário está dormindo; mas "O Guardião de Israel não dorme nem dormita. " (Tehilim 121:4). Como, então, posso prejudicar os judeus? Ao ouvir as palavras de Bilam, Balac perguntou: "Será possível que suas maldições são ineficazes por causa do poder de seu atual líder, Moshê? Talvez você deva atrasar os efeitos da maldição para a época depois da morte de Moshê, quando os judeus serão guiados por outro líder?" "Impossível," replicou Bilam. "O sucessor de Moshê, Yehoshua, batalhará contra os inimigos tão vigorosamente quanto Moshê. Quando tocar trombetas perante D'us, os muros de Jericó esfacelar-se-ão e desmoronarão!" "D'us tirou-os do Egito com o poder da Sua elevação." Você, Balac, disse-me: 'Veja, um povo saiu do Egito." Estas palavras não eram acuradas. O povo não poderia ter deixado o Egito sozinho, mas deve ter sido tirado de lá por D'us de maneira sobrenatural. Eu, Bilam, enfeiticei todas as fronteiras do Egito com meus poderes mágicos, a fim de impedir a fuga dos escravos hebreus. Não obstante, minha feitiçaria foi ineficaz, pois D'us, Ele próprio tirou-os de lá. "Pois não há adivinhações em Yaacov, tampouco há qualquer feitiçaria em Israel." Este versículo pode ser compreendido de duas maneiras: 1. Nenhuma adivinhação é efetiva contra Israel (uma vez que D'us está em seu meio); portanto, as ferramentas de magia que os sábios de Midyan trouxeram a mim são completamente inúteis. Pois, diferente das nações, este povo não é regido por anjos encarregados, mas estão sob Supervisão direta de D'us. Quando meu avô Lavan estava sequioso por destruir seu patriarca Yaacov com sua artes mágicas, D'us não deixou que tivesse êxito. Similarmente, não posso derrotar os descendentes de Yaacov. 2. Não poderão ser encontrados adivinhos e feiticeiros entre os judeus. Não praticam magia como as outras nações, porém consultam D'us diretamente, através de seus profetas, e através da placa peitoral do Sumo- sacerdote. Portanto, este grande povo certamente merece ser abençoado.
  • 12. "Chegará uma época na qual dirão a Yaacov e a Israel: 'O que D'us operou?'" 1. Na época de Mashiach, D'us realizará milagres para os judeus, que ultrapassarão todos os que foram feitos no passado. As nações gentias então virão e indagarão aos judeus sobre os grandes feitos de D'us. 2. Na era que se seguirá à ressurreição dos mortos, o amor de D'us pelo povo judeu se tornará evidente a todos. D'us, pessoalmente, será seu professor de Torá. Os tsadikim sentar-se-ão na frente de D'us como estudantes ante seu mestre, e Ele lhes revelará os profundos significados da Torá. 3. Não será permitido aos anjos entrarem, porém precisarão perguntar aos judeus: "O que D'us te ensinou?" "Vejam, o povo levantar-se-á como um filhote de leão, e se levantará como um leão." 1. Este povo ergue-se tão forte quanto um leão, e não descansará até ter destruído seus inimigos e tomado os espólio de Canaã. 2. Não há nação na terra que serve o Criador com tanta energia quanto o povo judeu. Quando um judeu se levanta de manhã, ele se fortalece como um leão para agarrar as mitsvot, para vestir tsitsit e tefilin, e para recitar o Shemá na hora certa. "Não se deitará até que tenha comido de sua presa, e beba o sangue da caça." 1. Bilam predisse que Moshê não faleceria antes de vingar-se dele e dos cinco reis midyanitas. 2. Um judeu não se deita à noite até ter recitado o Shemá. Ao pronunciar as palavras: "D'us é Um," reconhecendo assim que não há outro poder que o Todo Poderoso. D'us destrói agentes prejudiciais. Depois de aprender da segunda profecia de Bilam que os judeus conquistariam Canaã e matariam os reis das nações, Balac aconselhou Bilam: "Melhor ir para casa em silêncio! Não preciso nem de suas maldições, nem de suas bênçãos!" Bilam replicou: "Já não lhe disse que preciso seguir as instruções de D'us?" Balac decidiu fazer mais uma tentativa. "Afinal de contas," pensou, "Sei que esta nação não é invencível. Foram atacados, no passado, pelos amalequitas e canaanitas. Mesmo que eu não consiga destrui-los totalmente, ou impedi-los de entrar em Canaã, deve haver algum modo de prejudicá-los."
  • 13. Balac levou Bilam a um local diferente, onde, no futuro, os judeus adorariam o ídolo Báal Peor. Balac previu que os judeus seriam punidos lá, mas era incapaz de adivinhar detalhes. Pensou: "Talvez sua punição será o resultado da maldição de Bilam." Balac e Bilam ergueram novamente sete altares e ofereceram um touro e um carneiro sobre cada um. Desta vez, Bilam não tentou utilizar seus poderes de impureza, uma vez que admitira em sua última profecia que os judeus eram imunes à mágica. Em vez disso, concentrou seus poderes em seus pecados. Virou sua face em direção ao deserto, para lembrar D'us do pecado do bezerro de ouro. Não obstante, ao erguer os olhos, percebeu que a Shechiná pairava sobre as tendas dos israelitas. Soube então que D'us perdoara seu pecado. Em honra ao povo judeu, o espírito de profecia penetrou Bilam. D'us forçou-o a pronunciar novas bênçãos. A quarta e última profecia: eventos que acontecerão na época de David e Mashiach "A irrevogável declaração de Bilam, filho de Beor, e a irrevogável declaração do homem com boa visão. Irrevogável declaração daquele que ouve as falas de D'us, e conhece a mente do mais Elevado. O que vê a visão do Todo Poderoso, prostrando-se enquanto lhe está sendo revelada." Bilam revela aqui um novo aspecto de sua grandeza profética, de que sua habilidade de amaldiçoar deriva de seu "conhecimento da mente do mais Elevado" - ou seja, ele podia discernir o momento exato da ira Divina. Além disso, Bilam louvava a si mesmo de que conhecia a "mente do mais Elevado", pois estava prestes a fazer revelações referentes a assuntos ocultos que transpirariam desde a época do Rei David até o fim dos dias. "Eu o vejo, porém não agora; percebo-o, mas não perto." Vejo o Rei David erguendo-se, mas não agora (pois ainda se passarão mais quatrocentos anos até o nascimento de David), e eu percebo o Rei Mashiach nesse futuro longínquo. "Uma estrela partiu de Yaacov, e um cetro [governante] ergueu-se de Israel."
  • 14. Bilam descreveu Mashiach como uma estrela que traça sua órbita de um extremo do universo a outro, para simbolizar que Mashiach reunirá os exilados de todos os cantos da terra. As palavras "e um governante ergueu-se de Israel" podem referir-se ao Rei David ou a Mashiach. "E perfurará os cantos de Moav, e solapa todas as nações, descendentes de Shet." David perfurará todos os cantos de Moav, ele subjugará a terra de Moav. Mashiach solapará as nações, inclusive Moav, e essas serão subservientes ao povo judeu. "E Edom será uma posse e Seir também se tornará propriedade do seu inimigo, e Israel a herdará." Bilam profetizou que o exílio edomita (nosso exílio atual) será finalmente terminado por Mashiach. "Outro governará de Yaacov e ele destruirá quaisquer vestígios da cidade [de Roma]." Mashiach destruirá todos os remanescentes da casa de Essav. "E ele previu [a punição] de Amalec, e ele declamou sua parábola e disse: O primeiro a lutar contra os judeus [após o Êxodo] foi Amalec, e seu fim será a destruição eterna." Bilam descreveu profeticamente o destino de duas nações - uma, Amalec, que escolheu ser inimiga do Todo Poderoso e do povo judeu; e a outra, a família de Yitrô, sogro de Moshê, (descrita no próximo versículo), que escolheu unir-se a D'us. Amalec recusou-se a se arrepender, mesmo depois de ter perdido a guerra contra os judeus, e foi condenado à destruição eterna. A família de Yitrô, os Kenim, mereceram bênçãos eternas. "E ele previu [o destino] dos Kenim [descendentes de Yitrô], e declamou sua parábola e disse: Quão firme é seu local de habitação desde que você colocou seu ninho sobre a rocha." Bilam exclamou: Vejo que você escapou das artimanhas do yêtser hará (má inclinação) tal um pássaro escapa de uma armadilha. Você fez teshuvá, converteu-se e uniu-se firmemente a Rocha, o D'us do povo judeu. Prevejo que colherá bênçãos por isso, pois seus descendentes sentarão no San'hedrin (Corte Suprema) junto com a elite dos judeus.
  • 15. "Mesmo se os Kenim se desencaminharem, quão longe a Assíria te carregará cativo?" Bilam continuou a dirigir-se aos Kenim, afirmando: Vocês fizeram bem em unirem-se firmemente ao povo judeu. Mesmo se forem exilados por Sancheriv, rei de Assíria, junto com as Dez Tribos, não ficarão perdidos eternamente. Voltarão do Exílio, para Israel junto com os judeus. "E declamou sua parábola e disse: Oh!, quem viverá quando D'us concederá redenção a Seu povo, recompensando os tsadikim e punindo os perversos." A profecia de Bilam refere-se ao grande e temível Dia do Julgamento na época de Mashiach, quando D'us imporá justiça à humanidade. "E uma flecha das mãos dos Kitim [romanos] afligirá Assíria e afligirá Ever [os judeus], porém eles [os romanos] também serão destruídos para sempre." Bilam profetizou que os assírios seriam atacados pelos romanos, que afligi-los-ão, e a seus judeus cativos. Finalmente, no fim dos dias, Roma cairá nas mãos de Mashiach, e nosso exílio chegará a um fim. Quando Bilam terminou essas profundas declarações proféticas, levantou-se, pois estava deitado, prostrado, enquanto D'us comunicava-se com ele. O espírito de D'us que imbuiu-Se nele em honra aos judeus partia dele para sempre. Passou o resto de sua vida como um mágico comum. Bilam partiu para retornar a sua terra, Aram Naharayim. Antes de partir, supervisionou a construção de grande número de tendas e barracas, nas quais postou as filhas de Midyan, com o propósito de seduzir os homens judeus. O perverso conselho de Bilam para fazer os judeus pecar com imoralidade Bilam disse a Balac: "Existe um meio seguro de destruir os judeus: se pecarem D'us os castigará. D'us proibiu-os de se relacionarem com mulheres não judias, pois não quer que se misturem à outras nações. Envie mulheres aos judeus, e diga-lhes para persuadir os homens judeus a pecar. Se conseguirem D'us fará com que os judeus desapareçam."
  • 16. Balac e os nobres de Midyan decidiram levar a cabo o plano de Bilam para fazer os homens judeus pecarem. Ordenaram que suas filhas se adornassem para atraírem e seduzirem os judeus. Balac ordenou a sua própria filha que atraísse ninguém menos que Moshê. Os moabitas encorajaram o plano vil de Midyan permitindo-lhes utilizar seu território para esse propósito. Bilam sugerira que um enorme bazar fosse erguido nas vizinhanças do Acampamento judeu. "Venda artigos de vestuário para atrair os judeus," aconselhou. "Coloque mulheres velhas fora das bancas, mas coloque as jovens dentro das barracas." Naquele momento os judeus estavam acampados em Shitim, uma estação na margem leste do Jordão, nas planícies de Moav. Acampados em Shitim, os judeus sentiram-se seguros e autoconfiantes. D'us rechaçara todos os seus inimigos, incluindo o famoso feiticeiro Bilam, que foi forçado a louvá-los e abençoá-los. Uma certa despreocupação e leviandade permeava o Acampamento. Mais que isso, a própria parada de Shitim conduzia à lascívia. A cada parada no deserto D'us confrontava os judeus com um teste especial. Ele imbuiu Shitim com o forte apelo da imoralidade. Porém, D'us preparara muito antes do pecado um outro agente para salvar Seu povo da destruição. Ordenou que a Arca Sagrada do Santuário fosse feita de madeira conhecida como Shitim, acácia, para expiar pelo pecado que os judeus mais tarde cometeriam em Shitim. Os judeus, famosos por sua moralidade superior até mesmo na decadente sociedade do Egito, foram agora apanhados num teste difícil. O pecado começou com os menos importantes do povo. Após terminarem a refeição, decidiram relaxar um pouco visitando o bazar fora do Acampamento. As mulheres velhas paradas fora das barracas mostravam as mercadorias e cotavam o preço, comentando: "Sei que esses artigos são caros, mas temos uma variedade de artigos baratos lá dentro."
  • 17. O judeu entraria na barraca e encontraria uma jovem e atraente midyanita, que pedia um preço bem baixo pelas mesmas mercadorias que vira do lado de fora. Conversando de maneira convidativa, dizia ao judeu: "Só não conseguimos entender como vocês, judeus, odeiam-nos e recusam-se a se casarem conosco. Gostamos de seu povo. Acaso não somos todos descendentes de Têrach, pai de Avraham?" "Veja, eu te dou este artigo de presente porque somos parentes. Você se parece com um velho conhecido. Por quê não se senta e come algo?" Se o judeu recusasse, ela diria: "Não precisa objetar motivos religiosos. Sei que você segue leis dietéticas estritas. Veja, aqui há bezerros e galinhas gordas! Mande que sejam abatidos de acordo com suas exigências, então poderá comê-los. Enquanto isso, beba algo." Cada moça tinha um frasco de vinho vermelho de forte buquê, que oferecia ao judeu. Quando o judeu ficava embriagado, era convidado a maiores intimidades, mas apenas sob a condição de que primeiro adorasse seu ídolo, o Báal Peor. O judeu replicaria: "Não me curvarei a este ídolo." A moça então explicaria: "Você não precisa curvar-se a ele. Simplesmente realize suas funções corporais normais perante ele." O abominável serviço desse deus requeria de seus adoradores que se alimentassem e então se despissem e se aliviassem na frente do ídolo. Este culto simbolizava a inteira filosofia das nações gentias: "Viver a fim de satisfazer seus desejos animais. Não há motivos para sentir-se inibido, nem mesmo na frente de deuses!" Sua doutrina de absoluta falta de vergonha é diametralmente oposta ao conceito de recato e decoro da Torá, que deriva da consciência constante da presença de D'us, Que criou o homem para servi-Lo em todos os tempos. Certa vez, uma mulher gentia sentiu-se gravemente doente e prometeu: "Se me recuperar dessa doença, adorarei todas as divindades do mundo." Ela se recuperou e perambulou de sacerdote em sacerdote para aprender sobre todos os deuses e a maneira como eram adorados. Ao ouvir sobre a divindade Báal Peor, perguntou a seu sacerdote: "Qual o serviço deste deus?" O sacerdote instruiu-a: "Coma alguns vegetais, beba vinho, dispa-se e realize suas funções corporais na frente dele." A mulher, incrédula, comentou: "Prefiro contrair minha doença novamente a realizar este serviço repulsivo."
  • 18. E contudo, como resultado do hediondo plano de Bilam, havia judeus que concordaram em adorar esse ídolo. Por isso, a ira do Todo Poderoso acendeu-se. A maioria dos que pecaram com as moças midyanitas e adoraram o Báal Peor pertenciam ao êrev rav (convertidos egípcios). A Torá salienta que aqueles que pecaram eram "haam - o povo", uma expressão que sempre se refere aos elementos menos valorosos do povo. As sementes do desejo impuro nunca foram totalmente erradicadas de seus corações. Este indivíduos foram agora eliminados da pura estirpe dos judeus através do teste de Peor e da subseqüente punição.Contudo, mesmo judeus melhores, da Tribo de Shimon, tropeçaram ao adorarem Peor. Apesar de sua intenção ser de zombar do deus, emulando sua desgraçada maneira de adoração, foram, não obstante, considerados culpados. D'us ordenou a Moshê que indicasse os líderes do povo como juizes para punir os que adoraram Báal Peor. "Como posso determinar quem estava entre os idólatras?" - perguntou Moshê. "Os que adoraram Peor fizeram-no em privacidade, não na presença de testemunhas válidas que possam testemunhar contra eles." "Eu revelarei os pecadores," respondeu D'us. As Nuvens de Glória retiraram-se de sobre os que eram culpados, de maneira que o sol brilhou sobre eles, e ficaram expostos. D'us também ordenou a Moshê: "Aqueles que adoraram Báal Peor serão condenados à morte." Os juizes se reuniram, examinaram o caso e concluíram que muitos homens da tribo de Shimon adoraram Báal Peor. Foram condenados. Os demais membros da tribo de Shimon estavam revoltados. Apresentaram- se perante seu líder, Zimri, e disseram: "Como você permite que Moshê mate tantos dos nossos? Faça algo!"
  • 19. O ato corajoso de Pinechas O neto de Aharon, Pinechas, observava a cena, fervendo de indignação. Dirigindo-se a Moshê, inquiriu: "Meu tio-avô, você não nos ensinou, ao descer do Monte Sinai, que aquele que coabita com uma mulher gentia pode ser atacado por um devoto?!" Moshê respondeu: "Aquele que se lembra da lei que seja nosso agente e execute-a!" "Se eu matar Zimri, na certa os membros de sua tribo me matarão, como vingança. Contudo, D'us espera que eu dê minha vida por Ele." Pinechas, que trabalhava no Tabernáculo como levi, não estava acostumado ao manejo de armas. Não obstante, pegou uma lança para matar Zimri. Pinechas sabia que estava arriscando sua vida. Zimri era uma pessoa importante, um líder. E a família de Cozbi também vingaria sua morte. Pinechas ainda hesitava, pois sabia que os membros de Shimon não permitiriam que entrasse na tenda de Zimri, ao redor da qual postaram guardas. A fim de obter entrada, teria de fingir que queria ser admitido porque também tinha propósitos pecaminosos. Então, se matasse Zimri, ou se Zimri o matasse, o povo pensaria que os dois lutaram pela posse de Cozbi. Desta maneira, isto resultaria numa profanação do Nome de D'us ainda maior. Todavia, suas deliberações chegaram a um repentino fim, pois uma praga começara a afligir o povo. A ira de D'us acendera-se contra os judeus por causa do pecado público de Zimri. Agora Pinechas sabia que precisava agir, a fim de salvar o povo da punição Celestial. Tomou a lança de Moshê, escondeu a ponta de metal em suas roupas e usou o cabo de madeira como uma bengala. Ao se aproximar da tenda, os guardas lhe perguntaram: "O que você quer aqui?" Pinechas replicou: "Não sou pior que seu líder. Meu pai, assim como Moshê, casou-se com uma mulher midyanita. Gosto das midyanitas." Permitiram-lhe que entrasse. Uma vez lá dentro, Pinechas arremeteu a lança contra ambos, Zimri e Cozbi.
  • 20. D'us realizou doze milagres para proteger Pinechas e demonstrar que este agira corretamente. Por exemplo, a ponta de ferro da lança alongou-se de forma que os dois pecadores foram trespassados juntos. D'us fechou as bocas de Zimri e Cozbi, de forma que não podiam gritar. Se tivessem gritado, membros da tribo de Shimon correriam imediatamente, para matar Pinechas. Eles não expiraram imediatamente, se não Pinechas ficaria impuro. Tampouco sangraram, nem o impurificaram como conseqüência disso. Foi-lhe concedida força extra para erguê-los e mostrá-los ao povo. Assim que Pinechas matou Zimri a praga cessou. Quando Pinechas expôs o casal assassinado ao povo, os membros da tribo de Shimon quiseram matá-lo. D'us renovou a praga, e quem quer que atacasse Pinechas, perecia. Cônscio disso, Pinechas atirou ao chão o casal morto e começou a rezar em prol da tribo de Shimon, como está escrito (Tehilim 106:30): "E levantou-se Pinechas e suplicou." D'us ouviu sua oração, e a praga chegou ao fim. Similarmente, o ato zeloso de Pinechas impediu a destruição do povo judeu. Vinte e quatro mil judeus morreram na praga (todos da Tribo de Shimon), comparados aos três mil que foram executados depois do pecado do bezerro de ouro. O pecado em Shitim foi mais grave; uma vez que envolvia imoralidade, além de idolatria, mais que isso, degradou a honra dos judeus, pois cometeram devassidão com mulheres gentias. Através da história subseqüente de nosso povo, todas as tribos produziram grandes líderes, com a exceção de Shimon. As conseqüências do crime de Zimri em Shitim demonstram o quão seriamente D'us considera o pecado da imoralidade. Através de seu ato corajoso, Pinechas restaurou a honra de D'us. Ignorou a importância de Zimri, que era um líder, e a de Cozbi, uma princesa midyanita, demonstrando, desta feita, que a honra de D'us está acima de tudo. Sua façanha exemplifica os poderosos resultados que podem ser obtidos até mesmo por um único indivíduo que age em Nome dos Céus. Pinechas também ensinou aos judeus que para defender a honra de D'us um judeu deve ser corajoso, mesmo que isso lhe seja desagradável ou signifique arriscar sua própria vida. (www.chabad.org.br)
  • 21. PEDIDOS –“refuát hanefesh urefuát hagúf” Pedimos que rezem pelo pronto restabelecimento de: Margarida Dias da Silva
  • 22. ANUNCIE AQUI VOCÊ DE CAMPINAS E REGIÃO QUE NÃO TEM ACESSO FÁCIL À ARTIGOS JUDAICOS TAIS COMO, LIVROS, TORÁ, VINHOS, VELAS, MEZUZÓT, PERGAMINHOS, CAMISETAS COM TEMAS JUDAICOS, E OUTROS ARTIGOS RELIGIOSOS, ESTÁ FUNCIONANDO EM CAMPINAS, NA RUA GENERAL OSÓRIO 698 1º PISO (PRÓXIMO AO MERCADÃO MUNICIPAL – REGIÃO CENTRAL DE CAMPINAS) A MAIS NOVA LOJA DE ARTIGOS JUDAICOS, “MORASHÁ”. É DO NOSSO AMIGO E COMPANHEIRO NA CAUSA ANUSSIM Shimon Melachim (Alecsandro Reis). PREÇOS ACESSÍVEIS!! CONFIRAM!! CHAZAK U’BARUCH E MAZAL TOV PELA INICIATIVA!!! CONTATOS: (19) 3232-8121 / 8154-2339
  • 24. NOTÍCIAS Strauss-Kahn, de 62 anos, judeu-francês, envolvido no caso de suposto assedio sexual num hotel em NY, poderá voltar a ser candidato nas próximas eleições para presidente da França. A promotoria americana achou várias incorreções nos depoimentos da suposta vítima e considerou as acusações como inconsistentes. A decisão agitou os mercados financeiros e políticos na Europa e EUA.(Rua Judaica)
  • 25. NOTÍCIAS Uma família ultra-ortodoxa mostrou uma galinha de quatro patas que nasceu em sua casa, no bairro de Mea Shearim, em Jerusalém. A ave levantou um debate religioso sobre seu rótulo de alimento "kosher". Segundo a crença, um animal que tenha órgãos sobressalentes seria considerado impuro ("treif"), mas há quem defenda que isso só é verdade no caso de as patas extras estarem ligadas de alguma forma à bacia da ave, como as patas normais. Por conta disso, alguns defendem que só se saberá se a carne da galinha é "kosher" ou "treif" depois que o animal for abatido, e sua estrutura, analisada.(Rua Judaica)
  • 26. - CULINÁRIA SEFARADI - COALHADA SECA COM AZEITONA INGREDIENTES 3 litro(s) de leite 3 colher(es) (sopa) de sal 1 copo(s) de iogurte natural quanto baste de azeitona verde picada(s) quanto baste de azeite quanto baste de orégano PREPARO Ferva o leite e, depois, deixe esfriar até ficar morno. Na mesma panela, incorpore o iogurte, sem mexer num canto da panela. Tampe a panela e reserve num lugar protegido de correntes de ar (o lugar ideal é no forno). Recomendo fazer este processo cedo, pela manhã. No fim do dia, comece a coar este leite. Para isto, coloque um coador de arame fino numa bacia. Forre o coador com um pano grande e fino, e despeje o leite, deixando coar. Coloque sal, espalhando em toda a superfície. Com as pontas do pano, faça um nó e deixe pendurado a noite toda. Na manhã seguinte , recolha o creme que se formou. Passe no processador para obter uma coalhada seca, bem leve e cremosa. Tempere adicionando as azeitonas verdes picadas, o azeite e o orégano a gosto.
  • 27. HUMOR JUDÁICO – KAKAKAKA... É PIADA... NÃO LEVEM TÃO À SÉRIO GENTE !!! KAKAAKAK Samuel está na sala de cirurgia, onde vai ser operado pelo próprio filho. Chama-o e diz: "filho, fique tranqüilo, trabalhe bem e tudo vai dar certo. Só lembre que se não der certo, mamãe vai morar com você..."
  • 28. A OBRA DO RESGATE PELO BRASIL Registramos aqui o contato da nossa leitora ilustre, Dona Rosimar M. Teixeira de Caruaru - Pe. Também entrou em contato conosco Dona Idalina da nossa Associação em Campinas. Outra pessoa da causa, que entrou em contato foi nosso amigo e companheiro na causa, que está residindo em Brasília, o grande Guilherme Neto. O Guilherme fez uma ótima proposta, que postarei adiante aqui no HA – LAPID BRASIL, com relação ao futuro dos Benei Anussim. Possa Ha Kadosh Baruch Hu bendizer à todos vocês. SHABAT SHALOM PARA TODOS!!!!
  • 29. A OBRA DO RESGATE PELO BRASIL Foi realizada mais um Kabalat Shabat na residência dos queridos Iranildo Lopes (Yaacov) e Ana Lopes. Desfrutamos de uma verdadeira festa, com um banquete preparado pela referida família e todos da Associação Sefaradita Beit Melech de Campinas. Também nos reunirmos a na manhã de Shabat. Celebramos Shacharit, passamos a tarde estudando e ao final celebramos a Havdaláh. Possa Ha Kadosh Baruch Hu dar Saúde, Força e União à todos nós. Shabat Shalom à todos.
  • 30. ANÚNCIOS INFORMAMOS AOS LEITORES, QUE SE ENCONTRA DISPONÍVEL UMA ÓTIMA FONTE DE PESQUISA E ESTUDOS, O SITE MEMORIAL BRASIL SEFARAD. O Memorial Brasil Sefarad nasceu como uma organização dedicada à pesquisa, divulgação e preservação da memória dos judeus sefarditas (judeus ibéricos) e de seus descendentes no Brasil. Mantido com recursos próprios e trabalho voluntário, o Memorial atua em 4 campos de ação: 1) pesquisa direta; 2) fomento à pesquisa - bolsas de pesquisa; 3) divulgação - através do site e de material impresso; 4) auxílio a comunidades de descendentes. Maiores informações no site: www.brasilsefarad.com/joomla/ JÁ DEVERIA TER POSTADO HÁ MAIS TEMPO, MAS NUNCA É TARDE. SEGUE UM IMPORTANTÍSSIMO SITE ONDE ENCONTRAMOS TODOS OS PRODUTOS QUE SÃO AUTORIZADOS AO NOSSO CONSUMO E USO, COM AUTORIZAÇÃO DO BEIT DIN . http://www.bdk.com.br/default.aspx O PORTAL AMAZÔNIA JUDAICA ESTÁ DE VOLTA!!! NOVO SITE, NOVO VISUAL, MUITAS NOVIDADES, VENHA CONHECER E DESFRUTAR!!! ACESSEM: www.amazoniajudaica.org PRESENTEI AMIGOS E PARENTES COM A MAIS NOVA HAGADÁ DE PESSACH SEFARADI. ENTRE AGORA NO SITE!!!
  • 31. PROPOSTA PARA OS BENEI ANUSSIM DO BRASIL Shalom Rav para todos ! É indiscutível que muitas pessoas tem desempenhado trabalhos de ajuda aos descendente dos Anussim de outrora, espalhados pelo Brasil a fora. Inúmeras são os Grupos , Comunidades e Sinagogas sendo levantadas com a ajuda de Rabinos e outros judeus da Comunidade judaica oficial, levando com isso de alguma forma Torá para os mentes e os corações daqueles que durante séculos ficaram no esquecimento. No último Congresso Anussim realizado em Fortaleza, idealizado pelo nosso nobre e inesquecível amigo Saguiv Simona (que sua alma esteja em paz no Gan Éden junto com todos os justos e justas, e que esteja ligada à corrente da vida Eterna) , Roberto Cosme, Cláudio Pinto e outros, muita coisa aconteceu graças à D’us. Mas, precisamos avançar mais, pois como diria o grande poeta “o tempo é curto e o dragão é voraz”. Todos aqui sabem que tenho dito que no momento uma das grandes alternativas para o Anussim que pensam em se unirem ao Povo Judeu de uma vez, fazendo sua conversão de dúvida, tem sido a Shavei Israel que tem desempenhando um papel muito relevante para com todos os descendentes de judeus do mundo inteiro. Me lembro que em uma das tantas coisas que o dileto Sr David Salgado comentou, a respeito da dificuldade de fazer com que os Anussim do Brasil tomem um rumo mais concreto, é o fato de os mesmos estarem espalhados e não terem algo que os ligue, que os uma, mesmo sendo um distante do outro, o que é óbvio pela nossa história, e pelo fato do nosso País ser muito grande. Mas, eu assim como outras pessoas,que são muitas, ainda pensamos que a Shavei Israel poderia fazer muito pelos descendentes dos Anussim de outrora aqui do Brasil. Isto tudo só depende mesmo de nós mesmos. De sabermos de fato e de verdade, e termos a consciência de que fazemos parte de todo Israel, sendo poucos, mas sendo fortes. Na semana passada, recebi um e-mail de um dos leitores do HA – LAPID BRASIL, o Guilherme Neto, residindo agora em Brasília, uma proposta a ser compartilhada com todos os leitores deste modesto periódico. Espero mesmo que todos que recebam “corram o olho” pelo menos em tudo que é escrito a anunciado aqui. Tomara D’us que pelo menos 10 viva’almas tenham o interesse de ler o HA - LAPID.
  • 32. Assim sendo, o que o Guilherme propôs é o seguinte: Segundo ele, um amigo da Comunidade de Campina Grande na Paraíba, entrou em contato com a Shavei Israel e acabou obtendo a informação de que, o custo para a Shavei manter um Rabino da própria Shavei, aqui no Brasil seria de aproximadamente U$ 8.000,00 (oito mil dólares – o que está hoje em torno de R$ 12.480,00 para mais ou para menos). Deste valor, a própria Shavei Israel arcaria com a metade deste valor (ou seja, U$ 4.000,00 – o que ficaria R$ 6.240,00), ficando a outra metade (outros R$ 6.240,00) com a responsabilidade do Grupo ou Comunidade que houvesse interesse nesta proposta. Será que não existe alguém interessado, algum Grupo, Comunidade ou Sinagoga interessado nesta proposta, que possa assumir esta responsabilidade e em parceria com a Shavei Israel trazer um Rabino de Israel para cá, para ajudar aqueles que tanto pedem ajuda? Que eu conheço e que tive a oportunidade conversar pessoalmente, tendo condições de com a ajuda de cada um, manter esta proposta são 3 pessoas. O valor que cada uma destas três ajudaria mensalmente ficaria em torno de 500,00 a 750,00 R$. Só aqui, se contarmos por baixo, já teríamos R$ 1.500,00 fazendo o cálculo por baixo, pelo menor valor. Detalhe, todas estas pessoas moram em cidades diferentes uma das outras com distância mínima de 800 km, mas se dispuseram a ajudar, mesmo que o local escolhido seja distante do seu local de orígem. Ou seja, decidiram se “sacrificar” em benefícios da maioria, para que algo de concreto aconteça. Com tudo isto querido leitores, pelo amor que temos as nossas futuras gerações, quantos aqui que tem interesse nesta proposta? Quantos aqui se “sacrificariam” se empenhando em ajudar o local em que houvesse uma maioria de pessoa com condições financeiras suficientes para trazer um Rabino da Shavei Israel para o Brasil? Por favor, aqueles que tem interesse, por gentileza entrem em contato comigo para vermos como podemos viabilizar esta proposta EFETIVAMENTE!!! Obrigado à todos. Tiago da Rocha Sales (Ia’aqob Tsur)
  • 33. HA –LAPID BRASIL É um periódico semanal nascido na Associação Morashá Benei Ia’aqob do Varjão, Brasília, tendo como idealizador o Srº Elias José Lourenço de Israel. É distribuído entre as comunidades judaicas, instituições e amigos desta causa. Contatos, dúvidas e idéias: yaakovtsurbenovadiah@gmail.com ou yaakov@ha- lapidbrasil.com.br Web: www.ha-lapidbrasil.com.br