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Eis aqui o meu poeta predileto.
Gostaria de fazer minha a suas
palavras, ter vivido do mesmo jeito
que ele viveu, mas estarei sempre
fraseando , seus poemas e sonetos,
lindos e imortais, que foram feitos
na hora certa para a pessoa certa
no momento não mais do que certo,
pois você meu caro poeta foi um
grande curtidor neste mundo de
meu Deus. O sujeito que mais
soube amar na vida. viveu muitos
amores, carioca da gema, poeta
essencialmente lírico que
notabilizou-se pela poesia com
característica própria associada ao
seu nome, autor de mais de 400
poesias e cerca de 400 letras de
musicas, homem da noite, de
muitos amigos e muitos amores,
poeta e diplomata, também
conhecido com grande conquistador
(foi casado nove vezes)
transcendental, materialista, boêmio
ACFCLIQUE AQUI
VINICIUS
ANTOLOGIA
POÉTICA
11ª eDIÇÃO
inveterado, apaixonado por multidões de mulheres,
fumante e grande bebedor de Whisky, alias autor de
celebres frases como: “O whisky é o melhor amigo do
homem é o cachorro engarrafado. As feias que me
perdoem mas a beleza e fundamental. A vida é a arte do
encontro embora haja tanto desencontro pela vida”.
Lembro-me bem de sua passagem aqui pela Bahia por
volta dos anos 1973/74 quando esteve casado com a
atriz baiana Gesse Gessy, que sem duvida foi uma das
maiores paixão de sua vida, foi a Gesse, que aproximou
o poeta do candomblé apresentando-o à mãe menininha
do Gantois.
S o l i d ã o
A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é
a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se
fecha, que se recusa a participar da vida humana.
A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no
absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que
ele pode dar de amor, de amizade, de socorro.
O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem
medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo,
do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada
triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é
a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa
às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio
de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia
pedras do alto de sua fria e desolada torre.
AC
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Texto Tom/Freire
Soneto de SeparaçãoSoneto de Separação
De repente do riso fez-se o prantoDe repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a brumaSilencioso e branco como a bruma
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Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
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afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, queafetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que
não admite a rivalidade.não admite a rivalidade.
ACF
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AMIGOSAMIGOS
““ Eu poderia suportar, embora não sem dor,Eu poderia suportar, embora não sem dor,
Que tivessem morrido todos os meus amores,Que tivessem morrido todos os meus amores,
Mas enlouqueceria se morressem todos os meusMas enlouqueceria se morressem todos os meus
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Declare e não os procure sempre...”Declare e não os procure sempre...”
ACF
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A UMA MULHERA UMA MULHER
Quando a madrugada
entrou, eu estendi o meu
peito nu sobre o teu peito.
Estavas trêmula e teu rosto
pálido e tuas mãos frias.
E a angustia do regresso
morava já nos teus olhos.
Tive piedade do teu destino
que era morrer no meu
destino.
Quis afastar por um segun-
do de ti o fardo da carne.
Quis beijar-te num vago
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Mas quando meus lábios
tocaram teus lábios,
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morte já estava no teu
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E que era preciso fugir
para não perder o único
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Em que fostes realmente
a ausência de sofrimento
Em que realmente foste
a serenidade
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SONETO DE DEVOÇÃOSONETO DE DEVOÇÃO
Essa mulher que se
arremesa, fria
E lúbrica aos meus braços,
e nos seios
Me arrebata e me beija e
balbucia
Versos, votos de amor e
nomes feios.
Essa mulher, flor de
melancolia
Que se ri dos meus pálidos
receios
A única entre todas a quem
dei os carinhos que nunca a
outra daria.
Essa mulher que a cada amor
proclama
A miséria e a grandeza de
quem ama
E guarda a marca dos meus
dentes nela
Essa mulher é um mundo !
- uma cadela.
Talvez … - mas na moldura
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Nunca mulher nenhuma foi
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Passo por passo:Passo por passo:
Eu morro ontemEu morro ontem
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De tarde anoiteçoDe tarde anoiteço
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Do sul cativoDo sul cativo
O este é meu norteO este é meu norte
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AGONIAAGONIA
No teu grande corpo branco
depois eu fiquei.
Tinha os olhos lívidos e tive
medo.
Já não havia sombra em ti –
eras como um grande deserto
de areia
Onde eu houvesse tombado
após uma longa caminhada
sem noites.
Na minha angústia eu buscava
a paisagem calma
Que me havia dado tanto tempo
Mas tudo era estéril e
monstruoso e sem vida
E teus seios eram dunas
desfeitas pelo vendaval que
passara.
Eu estremecia agonizando e
procurava me erguer
Mas teu ventre era como areia
movediça para os meus dedos.
Procurei ficar imóvel e orar, mas
fui me afogando em ti mesma.
Desaparecendo no teu ser
disperso que se contraía como a
voragem.
Depois foi o sono, escuro, a
morte. Quando despertei era
claro e eu tinha brotado
novamente. Vinha cheio do
pavor de tuas entranhas.
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E tão fatal para os meus
versos duros ?
Fugaz, com que direito tens-
me presa
A alma, que por ti soluça
nua
E não és Tatiana e nem
Teresa:
E és tão pouco a mulher que
anda na rua.
Vagabunda, patética e
indefesa
Ó minha branca e
pequenina lua !
SONETO À LUASONETO À LUA
Por que tens, por que tens
olhos escuros. E mãos
lânguidas, loucas, e sem
fim.
Quem és, que és tu, não
eu, e estás em mim.
Impuro, como o bem que
está nos puros ?
Que paixão fez-te os lábios
tão maduros. Num rosto
como o teu criança assim.
Quem te criou tão boa para
o ruim.
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ACF
Dentro da eternidade e a
cada instante
Amo-te como um bicho,
simplesmente,
De um amor sem mistério e
sem virtude
Com um desejo maciço e
permanente.
E de te amar assim muito e
amiúde,
É que um dia em teu corpo
de repente
Hei de morrer de amar mais
do que pude.
Soneto do Amor TotalSoneto do Amor Total
Amo-te tanto, meu amor …
não cante
O humano coração com mais
verdade …
Amo-te como amigo e como
amante. Numa sempre
diversa realidade.
Amo-te afim, de um calmo
amor prestante.
Eu te amo além, presente na
saudade.
Amo-te emfim, com grande
liberdade
CLIQUE AQUI
ACF
SONETO DE FIDELIDADESONETO DE FIDELIDADE
De tudo, ao meu amor
serei atento.
Antes, e com tal zelo, e
sempre, e tanto.
Que mesmo em face do
maior encanto.
Dele se encante mais
meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada
vão momento.
E em seu louvor hei de
espalhar meu canto.
E rir meu riso e derramar
meu pranto.
Ao seu pesar ou seu
contentamento.
E assim, quando mais tarde
me procure.
Quem sabe a morte, angús-
tia de quem vive.
Quem sabe a solidão, fim
de quem ama.
Eu possa me dizer do amor
(que tive): Que não seja
imortal, posto que é chama.
Mas que seja infinito
enquanto dure.
CLIQUE AQUI ACF
CLIQUE AQUI
MARCUS VINICIUS DE MELLO
MORAES
Nasceu a 19 de outubro de 1913, no
bairro da Gávea, Rio de Janeiro, filho
de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes
e Lydia Cruz de Moraes.
Fez o curso primário na Escola
Afrânio Peixoto, na Rua da Matriz.
Curso secundário no Colégio Santo
Ignácio.
Em 1930 ingressou na Faculdade de
Direito do Catete
1938 com dois livros publicados,
recebeu do British Council uma bolsa
de estudos de dois anos para estudar
Literatura Inglesa em Oxford.
Em 1939 foi obrigado a abandonar o
curso e voltar ao Brasil, devido à
eclosão da guerra.
ACF
CLIQUE AQUI
teatro do IV Centenário do Estado de
São Paulo, foi encenada no Teatro
Municipal com música de Antônio
Carlos Jobim.. Iniciava-se aí a
parceria que, pouco depois, com
contribuição do cantor e violonista
João Gilberto, daria início à Bossa
Nova. O drama ORFEU DA CONCEIÇÃO,
foi transposto para o cinema por
Marcel Camus, em 1959 e recebeu
nesse ano a Palma de Ouro no
Festival de Cannes e o Oscar da
Academia de Hollywood, como o
melhor filme estrangeiro. Teve várias
parcerias musicais, a saber: Carlos
Lyra, Edu Lobo, Pixinguinha, Baden
Powell, Ary Barroso, Francis Hime e
Toquinho, entre outros. Casou-se
várias vezes e teve cinco filhos.
Faleceu no Rio de Janeiro, a 09 de
julho de 1980.
Em 1943, é aprovado no concurso
para o Itamarati. Designado em 1946
para servir no Consulado do Brasil
em Los Angeles, lá permanecendo
por cinco anos. Serviu também em
Paris (duas vezes) e Montevidéu.
Foi cronista e crítico de cinema, foi
delegado do Brasil nos festivais
internacionais de cinema de Cannes,
Berlim, Locarno, Veneza e Punta del
Leste e, em 1966, membro do Júri
Internacional de Cannes.
Escreveu seu primeiro poema aos 7
anos.
É de 1953 o seu primeiro samba –
música e letra – intitulado QUANDO
TU PASSAS POR MIM. No ano
seguinte lança uma peça musical –
ORFEU DA CONCEIÇÃO – recebendo
o primeiro prêmio no concurso de
ACF
Para viver um grande amor,
preciso
é muita concentração
e muito siso,
muita seriedade
e pouco riso
- para viverumgrande amor.
ACF
Para viver um grande amor,
mistério é serumhomem
de uma só mulher;
pois serde muitas, poxa !
é prá quemquer
- não temnenhumvalor.
ACF
Para viver um grande amor,
primeiro,
é preciso sagrar-se cavalheiro
e serde sua dama porinteiro
- seja lá como for.
ACF
Há que fazerdo corpo uma morada
onde clausure-se a mulheramada
e postar-se de fora comuma espada
- para viverumgrande amor.
ACF
Para viver um grande amor
direito ,
não basta apenas
serumbomsujeito;
é preciso também
termuito peito
- peito de remador.
ACF
E o que há de melhor
que irpra cozinha
e prepararcomamor
uma galinha comuma rica
e gostosa farofinha,
- para o seu grande amor?
ACF
É sempre necessário terem vista
umcrédito de rosas no florista
- muito mais, muito mais
que na modista !
-- para viverum grande amor.
Conta ponto saberfazercoisinhas :
ovos mexidos, camarões, sopinhas,
molhos, filés com fritas,
comidinhas para depois do amor. ACF
Para viverum grande amoré muito,
muito importante,
viversempre junto e até ser, se possível,
um só defunto
- pra não morrerde dor.
É preciso um cuidado permanente
não só como corpo
mas também com a mente,
pois qualquer"baixo"seu, a amada sente
- e esfria um pouco o amor.
ACF
Há que serbemcortês semcortesia;
doce e conciliadorsemcovardia;
saberganhardinheiro compoesia
- não serumganhador.
Mas tudo isso não adianta nada,
se nesta selva escura e desvairada
não se souber achar
a grande amada
para viver um grande amor.ACF
Receita  escrita e dita 
pelo grande  poeta  de  Ipanema
Vinicius de
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  • 1. Eis aqui o meu poeta predileto. Gostaria de fazer minha a suas palavras, ter vivido do mesmo jeito que ele viveu, mas estarei sempre fraseando , seus poemas e sonetos, lindos e imortais, que foram feitos na hora certa para a pessoa certa no momento não mais do que certo, pois você meu caro poeta foi um grande curtidor neste mundo de meu Deus. O sujeito que mais soube amar na vida. viveu muitos amores, carioca da gema, poeta essencialmente lírico que notabilizou-se pela poesia com característica própria associada ao seu nome, autor de mais de 400 poesias e cerca de 400 letras de musicas, homem da noite, de muitos amigos e muitos amores, poeta e diplomata, também conhecido com grande conquistador (foi casado nove vezes) transcendental, materialista, boêmio ACFCLIQUE AQUI
  • 2. VINICIUS ANTOLOGIA POÉTICA 11ª eDIÇÃO inveterado, apaixonado por multidões de mulheres, fumante e grande bebedor de Whisky, alias autor de celebres frases como: “O whisky é o melhor amigo do homem é o cachorro engarrafado. As feias que me perdoem mas a beleza e fundamental. A vida é a arte do encontro embora haja tanto desencontro pela vida”. Lembro-me bem de sua passagem aqui pela Bahia por volta dos anos 1973/74 quando esteve casado com a atriz baiana Gesse Gessy, que sem duvida foi uma das maiores paixão de sua vida, foi a Gesse, que aproximou o poeta do candomblé apresentando-o à mãe menininha do Gantois. S o l i d ã o A maior solidão é a do ser que não ama. A maior solidão é a dor do ser que se ausenta, que se defende, que se fecha, que se recusa a participar da vida humana. A maior solidão é a do homem encerrado em si mesmo, no absoluto de si mesmo, o que não dá a quem pede o que ele pode dar de amor, de amizade, de socorro. O maior solitário é o que tem medo de amar, o que tem medo de ferir e ferir-se, o ser casto da mulher, do amigo, do povo, do mundo. Esse queima como uma lâmpada triste, cujo reflexo entristece também tudo em torno. Ele é a angústia do mundo que o reflete. Ele é o que se recusa às verdadeiras fontes de emoção, as que são o patrimônio de todos, e, encerrado em seu duro privilégio, semeia pedras do alto de sua fria e desolada torre. AC FCLIQUE AQUI Texto Tom/Freire
  • 3. Soneto de SeparaçãoSoneto de Separação De repente do riso fez-se o prantoDe repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a brumaSilencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espumaE das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espantoE das mãos espalmadas fez-se o espanto De repente da calma fez-se o ventoDe repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chamaQue dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimentoE da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o dramaE do momento imóvel fez-se o drama De repente não mais que de repenteDe repente não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amanteFez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contenteE de sozinho o que se fez contente Fez-se do amigo próximo, distanteFez-se do amigo próximo, distante Fez-se da vida uma aventura erranteFez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repenteDe repente, não mais que de repente ACFCLIQUE AQUI
  • 4. AMIGOSAMIGOS Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos. Não percebem o amor que lhes devoto e a absolutaNão percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.necessidade que tenho deles. A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor,A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outroseis que permite que o objeto dela se divida em outros afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, queafetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.não admite a rivalidade. ACF CLIQUE AQUI
  • 5. AMIGOSAMIGOS ““ Eu poderia suportar, embora não sem dor,Eu poderia suportar, embora não sem dor, Que tivessem morrido todos os meus amores,Que tivessem morrido todos os meus amores, Mas enlouqueceria se morressem todos os meusMas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!amigos! A alguns deles não procuro, basta-me saber que elesA alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem.existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frenteEsta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida...pela vida... Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro,Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não.embora não. Declare e não os procure sempre...”Declare e não os procure sempre...” ACF CLIQUE AQUI
  • 6. A UMA MULHERA UMA MULHER Quando a madrugada entrou, eu estendi o meu peito nu sobre o teu peito. Estavas trêmula e teu rosto pálido e tuas mãos frias. E a angustia do regresso morava já nos teus olhos. Tive piedade do teu destino que era morrer no meu destino. Quis afastar por um segun- do de ti o fardo da carne. Quis beijar-te num vago carinho agradecido. Mas quando meus lábios tocaram teus lábios, Eu compreendi que a morte já estava no teu corpo. E que era preciso fugir para não perder o único instante, Em que fostes realmente a ausência de sofrimento Em que realmente foste a serenidade CLIQUE AQUI ACF
  • 7. SONETO DE DEVOÇÃOSONETO DE DEVOÇÃO Essa mulher que se arremesa, fria E lúbrica aos meus braços, e nos seios Me arrebata e me beija e balbucia Versos, votos de amor e nomes feios. Essa mulher, flor de melancolia Que se ri dos meus pálidos receios A única entre todas a quem dei os carinhos que nunca a outra daria. Essa mulher que a cada amor proclama A miséria e a grandeza de quem ama E guarda a marca dos meus dentes nela Essa mulher é um mundo ! - uma cadela. Talvez … - mas na moldura de uma cama Nunca mulher nenhuma foi tão bela. CLIQUE AQUI ACF
  • 8. Outros que contemOutros que contem Passo por passo:Passo por passo: Eu morro ontemEu morro ontem Nasço amanhãNasço amanhã Ando onde há espaçoAndo onde há espaço - Meu tempo é quando- Meu tempo é quando. PoéticaPoética De manhã escureçoDe manhã escureço De dia tardoDe dia tardo De tarde anoiteçoDe tarde anoiteço De noite ardoDe noite ardo A oeste a morteA oeste a morte Contra quem vivoContra quem vivo Do sul cativoDo sul cativo O este é meu norteO este é meu norte CLIQUE AQUI ACF
  • 9. AGONIAAGONIA No teu grande corpo branco depois eu fiquei. Tinha os olhos lívidos e tive medo. Já não havia sombra em ti – eras como um grande deserto de areia Onde eu houvesse tombado após uma longa caminhada sem noites. Na minha angústia eu buscava a paisagem calma Que me havia dado tanto tempo Mas tudo era estéril e monstruoso e sem vida E teus seios eram dunas desfeitas pelo vendaval que passara. Eu estremecia agonizando e procurava me erguer Mas teu ventre era como areia movediça para os meus dedos. Procurei ficar imóvel e orar, mas fui me afogando em ti mesma. Desaparecendo no teu ser disperso que se contraía como a voragem. Depois foi o sono, escuro, a morte. Quando despertei era claro e eu tinha brotado novamente. Vinha cheio do pavor de tuas entranhas. CLIQUE AQUI ACF
  • 10. E tão fatal para os meus versos duros ? Fugaz, com que direito tens- me presa A alma, que por ti soluça nua E não és Tatiana e nem Teresa: E és tão pouco a mulher que anda na rua. Vagabunda, patética e indefesa Ó minha branca e pequenina lua ! SONETO À LUASONETO À LUA Por que tens, por que tens olhos escuros. E mãos lânguidas, loucas, e sem fim. Quem és, que és tu, não eu, e estás em mim. Impuro, como o bem que está nos puros ? Que paixão fez-te os lábios tão maduros. Num rosto como o teu criança assim. Quem te criou tão boa para o ruim. CLIQUE AQUI ACF
  • 11. Dentro da eternidade e a cada instante Amo-te como um bicho, simplesmente, De um amor sem mistério e sem virtude Com um desejo maciço e permanente. E de te amar assim muito e amiúde, É que um dia em teu corpo de repente Hei de morrer de amar mais do que pude. Soneto do Amor TotalSoneto do Amor Total Amo-te tanto, meu amor … não cante O humano coração com mais verdade … Amo-te como amigo e como amante. Numa sempre diversa realidade. Amo-te afim, de um calmo amor prestante. Eu te amo além, presente na saudade. Amo-te emfim, com grande liberdade CLIQUE AQUI ACF
  • 12. SONETO DE FIDELIDADESONETO DE FIDELIDADE De tudo, ao meu amor serei atento. Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto. Que mesmo em face do maior encanto. Dele se encante mais meu pensamento. Quero vivê-lo em cada vão momento. E em seu louvor hei de espalhar meu canto. E rir meu riso e derramar meu pranto. Ao seu pesar ou seu contentamento. E assim, quando mais tarde me procure. Quem sabe a morte, angús- tia de quem vive. Quem sabe a solidão, fim de quem ama. Eu possa me dizer do amor (que tive): Que não seja imortal, posto que é chama. Mas que seja infinito enquanto dure. CLIQUE AQUI ACF
  • 13. CLIQUE AQUI MARCUS VINICIUS DE MELLO MORAES Nasceu a 19 de outubro de 1913, no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, filho de Clodoaldo Pereira da Silva Moraes e Lydia Cruz de Moraes. Fez o curso primário na Escola Afrânio Peixoto, na Rua da Matriz. Curso secundário no Colégio Santo Ignácio. Em 1930 ingressou na Faculdade de Direito do Catete 1938 com dois livros publicados, recebeu do British Council uma bolsa de estudos de dois anos para estudar Literatura Inglesa em Oxford. Em 1939 foi obrigado a abandonar o curso e voltar ao Brasil, devido à eclosão da guerra. ACF
  • 14. CLIQUE AQUI teatro do IV Centenário do Estado de São Paulo, foi encenada no Teatro Municipal com música de Antônio Carlos Jobim.. Iniciava-se aí a parceria que, pouco depois, com contribuição do cantor e violonista João Gilberto, daria início à Bossa Nova. O drama ORFEU DA CONCEIÇÃO, foi transposto para o cinema por Marcel Camus, em 1959 e recebeu nesse ano a Palma de Ouro no Festival de Cannes e o Oscar da Academia de Hollywood, como o melhor filme estrangeiro. Teve várias parcerias musicais, a saber: Carlos Lyra, Edu Lobo, Pixinguinha, Baden Powell, Ary Barroso, Francis Hime e Toquinho, entre outros. Casou-se várias vezes e teve cinco filhos. Faleceu no Rio de Janeiro, a 09 de julho de 1980. Em 1943, é aprovado no concurso para o Itamarati. Designado em 1946 para servir no Consulado do Brasil em Los Angeles, lá permanecendo por cinco anos. Serviu também em Paris (duas vezes) e Montevidéu. Foi cronista e crítico de cinema, foi delegado do Brasil nos festivais internacionais de cinema de Cannes, Berlim, Locarno, Veneza e Punta del Leste e, em 1966, membro do Júri Internacional de Cannes. Escreveu seu primeiro poema aos 7 anos. É de 1953 o seu primeiro samba – música e letra – intitulado QUANDO TU PASSAS POR MIM. No ano seguinte lança uma peça musical – ORFEU DA CONCEIÇÃO – recebendo o primeiro prêmio no concurso de ACF
  • 15. Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso - para viverumgrande amor. ACF
  • 16. Para viver um grande amor, mistério é serumhomem de uma só mulher; pois serde muitas, poxa ! é prá quemquer - não temnenhumvalor. ACF
  • 17. Para viver um grande amor, primeiro, é preciso sagrar-se cavalheiro e serde sua dama porinteiro - seja lá como for. ACF
  • 18. Há que fazerdo corpo uma morada onde clausure-se a mulheramada e postar-se de fora comuma espada - para viverumgrande amor. ACF
  • 19. Para viver um grande amor direito , não basta apenas serumbomsujeito; é preciso também termuito peito - peito de remador. ACF
  • 20. E o que há de melhor que irpra cozinha e prepararcomamor uma galinha comuma rica e gostosa farofinha, - para o seu grande amor? ACF
  • 21. É sempre necessário terem vista umcrédito de rosas no florista - muito mais, muito mais que na modista ! -- para viverum grande amor. Conta ponto saberfazercoisinhas : ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, filés com fritas, comidinhas para depois do amor. ACF
  • 22. Para viverum grande amoré muito, muito importante, viversempre junto e até ser, se possível, um só defunto - pra não morrerde dor. É preciso um cuidado permanente não só como corpo mas também com a mente, pois qualquer"baixo"seu, a amada sente - e esfria um pouco o amor. ACF
  • 23. Há que serbemcortês semcortesia; doce e conciliadorsemcovardia; saberganhardinheiro compoesia - não serumganhador. Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva escura e desvairada não se souber achar a grande amada para viver um grande amor.ACF