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    da
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"Inimigas"
    de
  Miguel
   Torga
Adolfo Correia da
Rocha, mais
conhecido por
Miguel Torga nasceu
em São Martinho de
Anta a
12de Agosto de
1907e morreu em
Coimbra a17
de Janeiro de 1995.
Ganhou o título de um
  dos mais importantes
  poetas e escritores
  portugueses do século
  XX.
Evidenciou-se       como
  poeta,    contista   e
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Era uma vez
 duas amigas,
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     Sofia
Eram muito
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A sua amizade
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 metade, acabando por
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  casaram-se no mesmo
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Cacilda e Sofia,
 tiveram a sorte
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 duas tiveram os
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Cacilda,
preocupad
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estado de
Sofia e do
 seu filho,
 mandou
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  mulher
    que
  tomava
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menino de
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A generosa
  Cacilda
  ofereceu a
  sua ajuda.
  Compromet
  endo-se a
  amamentar
  o menino
  de Sofia.
Certo dia, Sofia despertou do seu sono
   profundo e decidiu amamentar o seu
filho, mas este rejeitou-a. Sofia ficou tão
   triste e culpou-se de ser má mãe, tão
  enfraquecida acabou por desmaiar na
                   cama.
Após o sucedido,
   passaram-se
  dias, semanas,
 e Sofia ganhava
 de novo as suas
    forças. Mas
 algo a intrigava,
      quando
    acordava, a
  mulher a quem
   ela confiou o
  seu bem mais
  precioso, o seu
  menino, estes
  nunca estavam
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A mulher com o menino ao colo, dirigiu-se para
  casa de Cacilda onde costumava ir, foi onde
  Sofia viu a sua inimiga pegar no menino,
  levantar a sua camisa e dar-lhe de mamar.
Sofia não
acreditava no
 que os seus
  olhos lhe
   diziam.
Aproximou-se de
Cacilda, esta ficara
sem reacção. Sofia
  dirigiu-lhe um
pequeno sorriso, e
  disse-lhe : - Ó
 Cacilda, vê lá se
  me engasgas o
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  • 1. Contos da montanha "Inimigas" de Miguel Torga
  • 2. Adolfo Correia da Rocha, mais conhecido por Miguel Torga nasceu em São Martinho de Anta a 12de Agosto de 1907e morreu em Coimbra a17 de Janeiro de 1995.
  • 3. Ganhou o título de um dos mais importantes poetas e escritores portugueses do século XX. Evidenciou-se como poeta, contista e memorialista, e ainda escreveu romances, peças de teatro e ensaios.
  • 4. Era uma vez duas amigas, a Cacilda e a Sofia
  • 5. Eram muito amigas, nada podia estragar aquela amizade, pelo menos era o que pensavam.
  • 6. A sua amizade acabara, por causa de um rapaz, de que ambas gostavam. Mas este só queria divertir-se, despedaçando o coração às duas
  • 7. Depois de algum tempo, tanto a Cacilda assim como Sofia encontraram a sua cara metade, acabando por se casarem. As duas ex-amigas casaram-se no mesmo mês, mas não existiu nenhuma reconciliação, entre elas.
  • 8. Cacilda e Sofia, tiveram a sorte de engravidar, mas por coincidência, as duas tiveram os seus filhos no mesmo mês
  • 9. Tudo corria às mil maravilhas, Cacilda e Sofia estavam maravilhada s com os seus meninos
  • 10. Infelizmente a felicidade de Sofia evaporou- se rapidamente , pois estava muito fraca e não conseguia amamentar o seu filho
  • 11. O pobre menino enfraquecia de dia para dia, e Sofia desesperava, ao ver o filho naquele estado.
  • 12. As novidades da infelicidade de Sofia chegaram aos ouvidos de Cacilda. A ex amiga de Sofia que também tinha um filho para criar, sentiu compaixão em relação à inimiga.
  • 13. Cacilda, preocupad a com o estado de Sofia e do seu filho, mandou chamar a mulher que tomava conta do menino de Sofia.
  • 14. A generosa Cacilda ofereceu a sua ajuda. Compromet endo-se a amamentar o menino de Sofia.
  • 15. Certo dia, Sofia despertou do seu sono profundo e decidiu amamentar o seu filho, mas este rejeitou-a. Sofia ficou tão triste e culpou-se de ser má mãe, tão enfraquecida acabou por desmaiar na cama.
  • 16. Após o sucedido, passaram-se dias, semanas, e Sofia ganhava de novo as suas forças. Mas algo a intrigava, quando acordava, a mulher a quem ela confiou o seu bem mais precioso, o seu menino, estes nunca estavam em casa.
  • 17. A mulher com o menino ao colo, dirigiu-se para casa de Cacilda onde costumava ir, foi onde Sofia viu a sua inimiga pegar no menino, levantar a sua camisa e dar-lhe de mamar.
  • 18. Sofia não acreditava no que os seus olhos lhe diziam.
  • 19. Aproximou-se de Cacilda, esta ficara sem reacção. Sofia dirigiu-lhe um pequeno sorriso, e disse-lhe : - Ó Cacilda, vê lá se me engasgas o garoto.