O documento apresenta diversos esportes radicais, incluindo base jump, slackline, trike drift e street luge. Cada seção descreve um esporte diferente, com detalhes sobre origem, equipamentos, modalidades e atletas. Imagens ilustram os praticantes realizando manobras radicais.
1. EXPEDIENTE
EDITORIAL
Diretora de redação
Barbara Matos
Editora-chefe
Nathaly Hirota Castanho
Repórter
Lucas Saes
ARTE
Diretor de arte
Danilo Pidhorodeckyj
Designer
Marco Aurélio Santos
Base Jump...............................4
Slack Line..............................12
Trike Drift..............................19
Street Luge............................26
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3. BASE JUMP
Base Jump
Uma competição de loucos
No dia 17 de outubro, alguns dos melhores
base jumpers do mundo se lançaram de um
penhasco de 275 metros no Parque Nacional
de Zhangjiajie, na China, com suas roupas com
estilo de asas de morcego conhecidas como
wingsuit. Não estavam lá apenas para curtir
um dos esportes que mais matam no mundo
atualmente, mas para participar de uma inédita
prova da modalidade: o primeiro Grand Prix da
Liga Mundial de Wingsuit (WWL, sigla em ingles).
A prova chegou a ser adiada por uns dias
devido a ventos fortes desfavoráveis aos atletas,
mas o final deu tudo certo, e o sul-africano Julian
Boulle levou a melhor, seguido pelo norueguês
Espen Fadness e pelo britânico James Boole.
Base Jumpers em
Kjnerag, Noruega
“Meu pé ficou preso a uma rocha
e com isso perdi o controle, mas
graças a Deus consegui abrir o
paraquedas e sobrevivi”
Jeb Corlis
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4. BASE JUMP
Estranhos Extremos
Durante oevento, os atletas tiveram
de saltar de um desfiladeiro, atingindo uma
velocidade de mais de 200 km/h. Em seguida,
contornaram uma plataforma e depois passaram
por baixo de um cabo, até pousar em uma
estrada estreita, 790 metros abaixo. Três árbitros
monitoraram a performance dos participantes,
podendo, inclusive desclassificar os pilotos que
saíssem do curso. Julian, que fez todo o salto em
apenas 23,41 segundos, ganhou US$ 20 mil dos
patrocinadores, a Red Bull China. O finlandês
liro Seppänen, presidente da WWL, espera que
a competição ajude a popularizar o esporte para
o grande público, atraindo mais marcas e canais
de tv para provas assim.
“Sou o primeiro a saltar da maior
antena do Brasil e estarei levando
imagens e representando o
amazonas por todo mundo”
Stanley William
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5. BASE JUMP
Mas ele diz que sabe muito bem que “
parte do apelo do base jump está em um certo
elemento nebuloso que não se pode controlar”.
Uma plataforma e depois passaram por
baixo de um cabo, até pousar em uma estrada
estreita, 790 metros abaixo. Três árbitros
monitoraram a performance dos participantes,
podendo, inclusive desclassificar os pilotos que
saíssem do curso. Julian, que fez todo o salto em
apenas 23,41 segundos, ganhou US$ 20 mil dos
patrocinadores, a Red Bull China. O finlandês
liro Seppänen, presidente da WWL, espera que
a competição ajude a popularizar o esporte para
o grande público, atraindo mais marcas e canais
de tv para provas assim. Mas ele diz que sabe
muito bem que “ parte do apelo do base jump
está em um certo elemento nebuloso que não
se pode controlar”.
Preparação
para o pouso
após um salto
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6.
7. BASE JUMP
Stanley William foi até Oriximiná (PA) para
realizar a queda livre da maior antena do Brasil.
Confronto com o medo, adrenalina pura e
espírito de aventureiro esses são os ingredientes
principais para a pratica do Base Jump,
considerado o esporte mais perigoso do mundo
e também o mais desafiante. A modalidade
que consiste em realizar saltos de lugares onde
ninguém jamais saltou, como de prédios, antenas
e pontes, atrai cada vez mais adeptos no Brasil.
No Amazonas, a ABN (Associação Base Jump do
Norte) existe há três anos e o seu representante,
Stanley William, já acumula vários saltos
inusitados, inclusive da Ponte Rio Negro, na Zona
Oeste de Manaus.
O atleta embarcou para cidade de Oriximiná
Atleta da Redbull realizando um salto em meio os arranha céus
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8. BASE JUMP
O Base Jump também
vêm para dominar o
Rio de Janeiro
“O percurso até a antena foi
uma aventura a parte, mas nós
conseguimos chegar e valeu demais
a pena, sempre vale”
Jeb Corlis
(a 1.045 quilômetros de Belém) em busca de um
novo desafio, saltar da maior antena do Brasil
com 186 metros de altura. Mas para conseguir
realizar a façanha, Stanley precisou superar outras
barreiras, como horas de barco e muita chuva.
“O percurso até a antena foi uma aventura
a parte, mas nós conseguimos chegar. A
subida demorou cerca de uma hora e quando
já estávamos no topo veio à chuva, foi um
verdadeiro teste de paciência e eu superei,
quando a chuva passou olhei para o câmera
e disse essa é a hora certa!, me posicionei,
concentrei, abri contagem e saltei!”, contou
William após o salto.
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9.
10. SLACK LINE
Slack Line
Estranhos Extremos
Equilíbrio Radical
O QUE É SLACKLINE?
O Slackline é um esporte de equilíbrio sobre
uma fita de nylon, estreita e flexível, praticado
geralmente a uma altura de 30cm do chão. Sua
origem vem da escalada, popularizou-se como
treino de equilíbrio, e agora, graças a Gibbon,
vem sendo desenvolvido e difundido em todo
o mundo.
“Slackline é o momento em que eu
posso esquecer do resto do mundo,
sou só eu e o meu equilíbrio”
Daniel Olho
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11. SLACK LINE
Daniel Olho treina seu equilíbrio
físico e mental com o highline
O Slackline iniciou-se em meados dos anos 80
nos campos de escalada do Vale de Yosemite, EUA.
Os escaladores passavam semanas acampando
em busca de novas vias de escalada e nos tempos
vagos esticavam as suas fitas de escalada, através
de equipamentos, para se equilibrar e caminhar.
O Slackline, também conhecido como corda
bamba, significa “linha folgada” e pode ser
comparado ao cabo de aço usado por artistas
circenses, porem sua flexibilidade permite criar
saltos e manobras inusitadas.
A Gibbon proporcionou a evolução do
Slackline, tornando-o mais fácil e acessível a
todos. Com apenas uma catraca de tensão e fita
de 15 metros de comprimento e 50mm de
largura facilita a montagem sem precisar de
nenhum equipamento adicional. Apenas o kit
de Slackline e um par de árvores você já está
pronto para praticar.
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12. Slack liner curtindo
o por-do-sol
PARA QUEM É?
O Slackline é indicado para todas as idades.
Desde crianças a partir de 05 anos à adultos com
80 anos. Muitos escaladores, skatistas e surfistas
praticam o Slackline como uma forma divertida de
treinar seu esporte, já que os movimentos e músculos
usados são semelhantes aos realizados no Slackline.
ONDE MONTAR?
O melhor lugar para montar seu Gibbon é
entre duas árvores, fortes, maduras e com pelo
menos 30cm de diâmetro, e sem esquecer de usar
a proteção de árvore. A proteção de árvore da
Gibbon é a solução simples para proteger a casca
13. fina das árvores e a fita dos danos causados
pelo atrito. Você também pode usar papelão,
pedaços de carpete ou tapete e também
isolantes térmicos para camping.
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15.
16. SLACK LINE
Estranhos Extremos
COMO MONTAR?
Montar o slackline da Gibbon é muito
simples. Basta envolver uma das árvores com a
fita que possui a catraca de tensão e passar por
dentro do ‘loop’ (alça). Repita o movimento na
outra árvore utilizando a fita para caminhada.Não
esqueça de usar o ´Treewear´ para proteção da
árvore e fita. Após isto basta alinhar a fita e passar
por dentro da catraca de tensão e tensionar.
MODALIDADES
Trickline
O trickline é a modalidade mais praticada
do slackline. Geralmente praticado a partir de
60cm de altura, o trickline permite a realização de
manobras de saltos e equilíbrio extremo, exigindo
do praticante bastante preparo físico e treino.
Longline
O longline é a pratica do slackline em
fitas com comprimento a partir de 20 metros.
Esta modalidade exige do praticante bastante
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Waterline,
o slack mais
refrescante
condicionamento físico, pois quanto maior o
comprimento da fita mais força muscular e
equilíbrio são necessários, e também requer
bastante concentração para manter-se na fita e
vencer as dificuldades.
17. SLACK LINE
segurança e conhecimento técnico de sistema de
redução. Além do preparo físico e concentração,
controle mental é fundamental para manter em
equilíbrio sentimentos como medo, ansiedade e
adrenalina em grandes alturas.
Waterline
O waterline é a pratica do slackline sobre
a água. Seja em piscinas, rios ou praias esta é a
modalidade mais refrescante e descontraída, já
que podem ser realizadas diversas manobras do
trickline e as quedas nunca serão mal desejadas.
Highline
O Highline é praticado em alturas superiores
a 5 metros. Esta modalidade requer muita
experiência e conhecimento de alpinismo, pois
é necessário utilização de equipamentos de
BENEFÍCIOS
O Slackline possui muitos benefícios físicos
e também mentais. Destacamos o equilibrio,
concentração, consciência corporal, velocidade
de reação e coordenação como os maiores
benefícios do Slackline. A prática desse esporte
também acarreta em um preparamento físico
muito mais apurado.
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19. TRIKE DRIFT
Time Made4Drift
Trike Drift
Trike Drift é a nova onda radical do
momento. Ainda não é muito conhecido, mas
pouco a pouco está ganhando seu espaço. Já
existem alguns grupos de Trike Drift no Brasil.
Mas, o que é realmente isso?
Muitas curvas, três
rodas, nenhum freio
e muita adrenalina
É uma modalidade que surgiu nos Estados
Unidos e é daquele tipo de esporte que precisa
de muita coragem.
No Brasil, o esporte conta com vários
membros, que trocam informações em fóruns,
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20. TRIKE DRIFT
Para melhor drift, o
atleta Jeff Besko usou
sua arma secreta
sites e blogs. Existe até uma empresa em São
Paulo que já patenteou um modelo de Trike.
O objetivo é descer ladeiras bem íngremes com algum treino, é possível girar várias vezes e
também andar apoiado em duas rodas. E tudo isso
usando triciclos. Pera aí, triciclos?
É! Aqueles que a gente andava por aí quando
era criança - com algumas modificações, claro!
O triciclo é criado usando a frente de BMX e
duas rodas traseiras de kart ou feitas em plástico
revestidas com PVC para poder deslizar na pista.
O custo médio para a criação de um trike é de R$
500.
“Que loucura foi conhecer essa
modalidade, um triciclo radical
e a cada curva é uma aventura
diferente, os caras realmente são
corajosos descendo as ladeiras”
Jeff Besko
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24. TRIKE DRIFT
Dependendo do lugar, o trike pode atingir
até 70 km/h. Por isso, é extremamente necessário
que se use equipamento de segurança, óbvio. Isso
nem precisa falar, né? Qualquer esporte deve ser
praticado com segurança!
Passado esse momento “sermão de vó”...
No Brasil, o esporte conta com vários
membros, que trocam informações em fóruns,
sites e blogs. Existe até uma empresa em São
Paulo que já patenteou um modelo de Trike.
Vinicius Martinelli, membro do grupo CWB
Trike Drift, explica: “É rápido sim, a adrenalina
é grande principalmente quando largam cinco
juntos (às vezes mais), é pura velocidade.”
“Eu conheci o Trike Drift vendo videos no
youtube, e depois que conseguimos montar os
nossos aqui e andar pela primeira vez nunca mais
passei uma semana sem deslizar com Trike, é o
tipo de coisa que você anda uma vez e nunca mais
para!.” (Thiago Sousa - DTL)
Prática do Trike drift nas ladeiras inglesas
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25. TRIKE DRIFT
“Eu conheci o Trike Drift
vendo videos no Youtube,é o tipo
de coisa que você anda uma vez
e nunca mais para!”
Thiago Souza
Apesar de não ser muito comum hoje em
dia, há algum tempo o ápice da adrenalina entre
crianças e adolescentes era o carrinho de rolimã.
Usando rolamentos acoplados em pedaços de
madeira, que formavam um assento, o “piloto”
do possante descia ladeiras a toda velocidade.
Se essa moda já passou, a onda do
momento em alguns lugares do mundo quando
o assunto é descer ladeiras de forma radical
chama-se Trike Drifting. Com triciclos adaptados,
jovens neozelandeses fazem sucesso com vídeos
na internet nos quais aparecem derrapando e
fazendo manobras. Só não tente fazer isso sem a
proteção pois o resultado pode ser desastroso.
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26. STREET LUGE
Street Luge
Estranhos Extremos
O Downhill de um outro ângulo
O QUE É STREET LUGE?
O street luge surgiu no sul da Califórnia,
quando alguns skatistas descobriram que
poderiam alcançar velocidades maiores se
descessem às ladeiras deitados em seus skates,
esta forma deu início ao que hoje é o luge clássico
ou buttboard.
A primeira corrida profissional foi em 1975
no Signal Hill, na Califórnia, as estruturas usadas
nesta corrida eram variadas, dos básicos em
madeira aos mais elaborados em fibras de vidro,
que em certos modelos cobriam por completo
o condutor.
David Gotter realizando uma ultrapassagem à esquerda
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28. STREET LUGE
O esporte “street luge” não tinha um nome
definido, nesta época era chamado apenas de
luge (trenó), termo usado pela semelhança na
posição que alguns praticantes montavam em
seus luges, a mesma posição que se usa em
trenós de gelo. Nos anos de 1990, o evento
esportivo X Games da ESPN apresentou ao
mundo o street luge como esporte e isso ajudou a
popularizar a pratica deste esporte de gravidade.
Atualmente deixando de ser uma atração
em eventos poli – esportivos o street luge
torna-se uma modalidade cada vez mais
técnica e independente nos esportes de
gravidade, crescendo em muitos países, com
competições específicas. Existem nos dias de hoje
aproximadamente 1.200 praticantes ativos de
street luge ao redor do mundo, e quase 50 destes
são brasileiros.
O STREET LUGE NO BRASIL
O Brasil conta com dois atletas pontuados
no ranking internacional que ajudam a fortalecer
o esporte dentro e fora do país. Desta forma, o
street luge tem evoluído em campeonatos a nível
Dupla da equipe Red Bull SL em uma manobra arriscada
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29. STREET LUGE
internacional, como os da cidade de Teotônia, no
Rio Grande do Sul, onde existe uma das ladeiras
mais rápidas do mundo para a prática do esporte,
em que o luge pode atingir a incrível marca de
139 Km/h. Foram também organizados outros
campeonatos nacionais realizados em São Paulo,
Minas Gerais e Paraná.
Em Curitiba, já foram realizados 05
campeonatos de downhill speed, sendo 04 no
Parque São Lourenço e 01 Rua Nossa Senhora
de Nazaré (Boa Vista). Em Campina Grande do
Sul foi realizado 01 campeonato reconhecido
nacionalmente como o Circuito Oficial para
Campeonatos Profissionais, por ser o mais técnico
e rápido da região metropolitana de Curitiba.
A modalidade street luge está em ascensão,
isso por que o número de praticantes têm
aumentado por conta de um trabalho de
divulgação incessante por parte da equipe Rápido
& Rasteiro. Segundo Jonathan Rodrigues, vicepresidente da Associação Curitibana de Street
Luge (SLAC), “o trabalho da equipe não se limita
apenas a prática esportiva, mas também estamos
na linha de frente e atuamos como “marketeiros
do street luge”. O exemplo disso é a divulgação de
vídeos disponíveis na internet, editados pelos R&R,
que já ultrapassam 2000 acessos (link de vídeos).
Os irmãos Jades Maicon (Wolverine) e
Jonathan Rodrigues (O Gralha) projetam a
inauguração de um site da equipe, direcionada
ao esporte de gravidade, onde pretendem reforçar
a visibilidade e conduzir naturalmente o street
luge curitibano ao caminho do reconhecimento
profissional em nível mundial.
Os irmãos Wolwerine e O Gralha em uma manobra arriscada
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30.
31. STREET LUGE
Além de desenvolverem e construírem um
modelo próprio destes velozes veículos que estará
no site ao acesso de todos os iniciantes e atletas
da modalidade.
ATLETAS E RENDIMENTOS
A R&R se faz presente nos eventos
profissionais há pouco mais de um ano, e
representa o Estado em campeonatos nacionais.
Nestas etapas foi alcançada a terceira posição no
podium por duas vezes.
Nos dias 05 e 06 de abril Wolverine – R&R
garantiu sua colocação entre os três primeiros em
meio a atletas de alto nível, no campeonato São
João do Deserto, município de Novo Hamburgo RS. Nesta ocasião, o atleta fez o percurso de 1,5
km em 01 min. 14 seg. O segundo melhor tempo
da pista atingindo a velocidade de 105 Km/h.
Hoje a equipe Rápido & Rasteiro é conhecida
cada vez mais dentro e fora do meio dos esportes
radicais, representando o street luge, a cidade e
seus princípios com seriedade de gente grande.
Equipe Rapido & Rasteito dominam o Street Luge em Curitiba
Construtores de seus veículos e leais
competidores, a R&R promove de forma plena
e descontraída a união entre os praticantes,
além de estimular a formação da cena do
esporte em Curitiba.
Desta forma fica nítido o rumo trilhado
por esta equipe, que ao mesmo tempo
está envolvida na organização da primeira
Associação do Street Luge de Curitiba a SLAC,
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