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Programa de capacitação em
identificação precoce do Transtorno do
Espectro do Autismo (TEA) para
agentes comunitários e visitadores em
saúde: Evidências de efetividade
Doutoranda Simone Steyer Lampert
Orientação: Profª Cleonice Alves Bosa
Instituto de Psicologia
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Identificação precoce do TEA
 A maioria das crianças apresenta os primeiros sinais entre os
12 e 24 meses
 São denominados indicadores precoces ou sinais de alerta:
 Ausência de comportamentos que denotam intenção
comunicativa clara
 Dificuldades no desenvolvimento de comportamentos
sociocomunicativos (e.g. atenção compartilhada, linguagem
compreensiva e expressiva)
 Perda de habilidades previamente adquiridas – Regressão
desenvolvimental (e.g. perda de palavras)
 Comportamentos repetitivos e interesses restritos
Backes, Zanon & Bosa (2013)
Carpenter, Pennington & Rogers (2002)
Chawarska, Ozanoff et. al. (2008)
Implicações da identificação precoce do TEA
 Promove oportunidade para a intervenção precoce, permitindo
o melhor desenvolvimento da criança e prevenindo a
severidade na expressão dos sintomas de TEA e de outros
sintomas secundários (e.g. agressividade e comportamentos
autolesivos);
 Protege a família do estresse ocasionado pela busca longa por
um diagnóstico e apoio;
 Requer conhecimento prévio dos profissionais da saúde sobre o
desenvolvimento social e comunicativo, ao longo dos 3
primeiros anos de vida;
Dawson (2008)
Helt, et. al. (2008)
Rogers & Vismara (2008)
Conhecimento dos profissionais de saúde
sobre o TEA
 Conhecimentos e crenças equivocadas em relação a aspectos
sociais, emocionais e cognitivos do TEA. Ex: “Crianças autistas
não formam vínculo social, nem mesmo com seus pais”;
 Pesquisa com 152 estudantes de medicina do primeiro e sexto
anos, demonstrou conhecimento muito limitado sobre TEA, não
havendo diferença no conhecimento sobre TEA entre alunos do
primeiro e último semestre do curso;
 Insegurança dos profissionais em reconhecer sinais e sintomas
que permitem a identificação de TEA.
Heidgerken et. al. (2005)
Muller (2012)
Stone (1987)
Políticas de saúde voltadas ao TEA
 “Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com
Transtornos do Espectro do Autismo” (BRASIL, 2013):
determina que as ações de assistência materno-infantil da
Atenção Básica são importantes na tarefa de identificação de
sinais de alerta às alterações no desenvolvimento da criança
(e.g. a qualificação das equipes profissionais);
 A Atenção Básica é a porta de entrada no sistema de saúde,
portanto se configura como o contexto a partir do qual é
necessário implementar programas de capacitação em saúde
efetivos com relação à identificação de sinais de alerta do TEA.
Conceito de efetividade
 Efetividade = Enfatiza a avaliação contínua do processo.
 O efeito real sobre determinado sistema ou situação
 Consiste no efeito de determinado serviço de saúde sobre um
grupo populacional, ou seja, grau em que as práticas cotidianas
de cuidado, alçam-se ao nível de melhoria da saúde
 Tem sido vista, ainda, como um atributo composto pela
eficiência (ação de produzir um efeito) e pela eficácia ( a
capacidade de realizar objetivos)
Donabedian (1992)
Silva & Formigli (1994)
Avaliação de programas em saúde
Avaliação de
programas
em saúde
Estrutura:
Condições físicas,
equipamentos, materiais,
número de profissionais
Processo:
Conjunto de atividades
desenvolvidas –
diagnóstico ou
reabilitação
Resultado:
Mudanças verificadas na
condição de saúde do
paciente
Modelo de avaliação de programas de
capacitação
• Investiga o nível de satisfação e atitudes em
relação aos conteúdos, técnicas e habilidades
abordadas, a aplicabilidade e a utilidade do
treinamento.
Reação
• Verifica se houve a retenção dos conteúdos
trabalhados e se os objetivos instrucionais da
capacitação foram alcançados.
Aprendizagem
• Averigua se há transferência da aprendizagem
ao contexto do trabalho, avaliando o
desempenhos dos indivíduos.
Comportamento
no cargo
(Hamblin, 1978)
Objetivos
Objetivo principal
 Avaliar a efetividade de um programa de capacitação para
trabalhadores dos serviços de Atenção Básica em Saúde da Criança
com vistas à identificação precoce dos sinais de alerta para o TEA.
Participantes
 50 agentes comunitários de saúde – ESF
 Visitadores “Primeira Infância Melhor – PIM” (
http://www.pim.saude.rs.gov.br
Capacitação em identificação precoce do
autismo na atenção básica em saúde
FASE 1
PRÉ-TESTE
FASE 2
INTERVENÇÃO
FASE 3
PÓS-TESTE
FASE 4
FOLLOW-UP
Questionário de
avaliação dos
conhecimentos
sobre parâmetros de
desenvolvimento e
sinais de alerta do
TEA
Protocolo de
observação de
vídeos – Baseado no
PROTEA (Bosa,
1998; Bosa, Zanon,
& Backes, 2013;
Marques & Bosa, In
press)
Programa de
capacitação
30 horas/aula
4 Eixos
programáticos
(Lampert & Bosa
,2013)
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conhecimentos sobre
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desenvolvimento e
sinais de alerta do
TEA
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observação de vídeos
– Baseado no
PROTEA
3 meses:
Aplicação do roteiro de
entrevista para avaliação
da satisfação quanto ao
programa de capacitação
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Avaliação das crianças
pelo Social Attention and
Communication
Surveillance - SACS será
realizada por equipe
multidisciplinar
Objetivo:
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conhecimentos
Prévios
Objetivo:
Capacitar quanto
à identificação de
sinais de alerta do
TEA
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conhecimentos
adquiridos
Objetivo:
Avaliar aplicabilidade dos
conhecimentos
adquiridos
Eixos programáticos
Eixo I
Interação
social e
comunicação
Conceitos principais:
Interação face-a-face; imitação de símbolos linguísticos,
atenção compartilhada (inciativa e resposta), aspectos
pragmáticos da linguagem
Objetivo geral:
Definir as bases da aquisição da linguagem e seus preditores:
símbolos linguísticos, intenção comunicativa,
interação/comunicação.
Objetivos específicos:
Oportunizar a identificação de comportamentos interativos
que são esperados nos primeiros anos de vida da criança, de
acordo com a faixa etária.
Demonstrar como a criança aprende a usar o olhar, as
expressões faciais, a orientação do corpo e os gestos para se
comunicar e as funções destes sinais comunicativos.
Eixos programáticos
Eixo II
Brincadeira
Conceitos principais:
Imitação motora; brincadeira exploratória, funcional e
simbólica (teoria sociopragmática)
Objetivo geral:
Definir como ocorre o desenvolvimento da brincadeira e qual
a sua função durante o desenvolvimento infantil.
Objetivos específicos:
Oportunizar a identificação de diferentes tipos de exploração
de brinquedos e brincadeira.
Eixos programáticos
Eixo III
Planejamento
Meta
Percepção
Conceitos principais:
Funções executivas, coerência central e integração da
estimulação sensorial
Objetivo geral:
Definir como a criança percebe e integra os diferentes
estímulos e desenvolve um comportamento flexível, interesse
pelo novo, e a exploração de várias modalidades sensoriais.
Objetivos específicos:
Oportunizar a identificação de comportamentos orientados à
metas, de automonitoramento, e resposta aos feedbacks de
outra pessoa.
Eixos programáticos
Eixo IV
Sinais de
alerta para o
TEA:
Quais são e
como
reconhecer
Conceitos principais:
Indicadores precoces do TEA; Treinamento para o uso do
Social Attention and Communication Surveillance - SACS
(Barbaro & Dissanayake, 2012)
Objetivo geral:
Definir comportamentos de risco para o desenvolvimento de
TEA (interação social e comunicação social; comportamentos
repetitivos e estereotipados), considerando a faixa etária da
criança e de acordo com o DSM-5.
Objetivos específicos:
Exemplificar comportamentos de risco para o
desenvolvimento do TEA;
Treinar para uso do SACS (Barbaro & Dissanayake, 2012);
O treinamento para uso do SACS será realizado pela autora
do instrumento com tradução simultânea.
Metodologia e materiais didáticos
 Aulas dialogadas;
 Relato de casos;
 Exercícios práticos em grupo;
 Exibição de vídeos contendo cenas de crianças
interagindo/brincando (parceria com os alunos da Faculdade de
comunicação da PUC-RS e da Educação da UFRGS e serão
realizados tendo como referência o próprio contexto de trabalho
dos participantes, utilizando a metodologia desenvolvida por
Bosa, Nuernberg, Sanini, Monte & Passerino ,2013);
 Técnica de “role play”;
 Construção de cartilha e folders sobre sinais de alerta para o
TEA destinado ao uso na saúde pública.
Análise de dados
 Análise de conteúdo (Bardin, 2009);
 Estatística descritiva e de testes de comparação de médias de
porcentagens de acertos ( teste T de Student ) nas medidas de
pré (fase 1) e pós-teste (fase 3);
 Quanto ao SACS, os escores obtidos na análise dos vídeos
serão comparados ao gabarito para verificação do número de
acertos. Estes dados serão descritos em porcentagem, e
espera-se que os participantes alcancem um percentual de
acertos de no mínimo 70%.
Muito Obrigada!
Simone Steyer Lampert
mone.steyer@gmail.com
www.transtornosdodesenvolvimento.com

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Capacitação em TEA na Atenção Básica

  • 1. 1
  • 2. Programa de capacitação em identificação precoce do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) para agentes comunitários e visitadores em saúde: Evidências de efetividade Doutoranda Simone Steyer Lampert Orientação: Profª Cleonice Alves Bosa Instituto de Psicologia Universidade Federal do Rio Grande do Sul
  • 3. Identificação precoce do TEA  A maioria das crianças apresenta os primeiros sinais entre os 12 e 24 meses  São denominados indicadores precoces ou sinais de alerta:  Ausência de comportamentos que denotam intenção comunicativa clara  Dificuldades no desenvolvimento de comportamentos sociocomunicativos (e.g. atenção compartilhada, linguagem compreensiva e expressiva)  Perda de habilidades previamente adquiridas – Regressão desenvolvimental (e.g. perda de palavras)  Comportamentos repetitivos e interesses restritos Backes, Zanon & Bosa (2013) Carpenter, Pennington & Rogers (2002) Chawarska, Ozanoff et. al. (2008)
  • 4. Implicações da identificação precoce do TEA  Promove oportunidade para a intervenção precoce, permitindo o melhor desenvolvimento da criança e prevenindo a severidade na expressão dos sintomas de TEA e de outros sintomas secundários (e.g. agressividade e comportamentos autolesivos);  Protege a família do estresse ocasionado pela busca longa por um diagnóstico e apoio;  Requer conhecimento prévio dos profissionais da saúde sobre o desenvolvimento social e comunicativo, ao longo dos 3 primeiros anos de vida; Dawson (2008) Helt, et. al. (2008) Rogers & Vismara (2008)
  • 5. Conhecimento dos profissionais de saúde sobre o TEA  Conhecimentos e crenças equivocadas em relação a aspectos sociais, emocionais e cognitivos do TEA. Ex: “Crianças autistas não formam vínculo social, nem mesmo com seus pais”;  Pesquisa com 152 estudantes de medicina do primeiro e sexto anos, demonstrou conhecimento muito limitado sobre TEA, não havendo diferença no conhecimento sobre TEA entre alunos do primeiro e último semestre do curso;  Insegurança dos profissionais em reconhecer sinais e sintomas que permitem a identificação de TEA. Heidgerken et. al. (2005) Muller (2012) Stone (1987)
  • 6. Políticas de saúde voltadas ao TEA  “Diretrizes de Atenção à Reabilitação da Pessoa com Transtornos do Espectro do Autismo” (BRASIL, 2013): determina que as ações de assistência materno-infantil da Atenção Básica são importantes na tarefa de identificação de sinais de alerta às alterações no desenvolvimento da criança (e.g. a qualificação das equipes profissionais);  A Atenção Básica é a porta de entrada no sistema de saúde, portanto se configura como o contexto a partir do qual é necessário implementar programas de capacitação em saúde efetivos com relação à identificação de sinais de alerta do TEA.
  • 7. Conceito de efetividade  Efetividade = Enfatiza a avaliação contínua do processo.  O efeito real sobre determinado sistema ou situação  Consiste no efeito de determinado serviço de saúde sobre um grupo populacional, ou seja, grau em que as práticas cotidianas de cuidado, alçam-se ao nível de melhoria da saúde  Tem sido vista, ainda, como um atributo composto pela eficiência (ação de produzir um efeito) e pela eficácia ( a capacidade de realizar objetivos) Donabedian (1992) Silva & Formigli (1994)
  • 8. Avaliação de programas em saúde Avaliação de programas em saúde Estrutura: Condições físicas, equipamentos, materiais, número de profissionais Processo: Conjunto de atividades desenvolvidas – diagnóstico ou reabilitação Resultado: Mudanças verificadas na condição de saúde do paciente
  • 9. Modelo de avaliação de programas de capacitação • Investiga o nível de satisfação e atitudes em relação aos conteúdos, técnicas e habilidades abordadas, a aplicabilidade e a utilidade do treinamento. Reação • Verifica se houve a retenção dos conteúdos trabalhados e se os objetivos instrucionais da capacitação foram alcançados. Aprendizagem • Averigua se há transferência da aprendizagem ao contexto do trabalho, avaliando o desempenhos dos indivíduos. Comportamento no cargo (Hamblin, 1978)
  • 10. Objetivos Objetivo principal  Avaliar a efetividade de um programa de capacitação para trabalhadores dos serviços de Atenção Básica em Saúde da Criança com vistas à identificação precoce dos sinais de alerta para o TEA.
  • 11. Participantes  50 agentes comunitários de saúde – ESF  Visitadores “Primeira Infância Melhor – PIM” ( http://www.pim.saude.rs.gov.br
  • 12. Capacitação em identificação precoce do autismo na atenção básica em saúde FASE 1 PRÉ-TESTE FASE 2 INTERVENÇÃO FASE 3 PÓS-TESTE FASE 4 FOLLOW-UP Questionário de avaliação dos conhecimentos sobre parâmetros de desenvolvimento e sinais de alerta do TEA Protocolo de observação de vídeos – Baseado no PROTEA (Bosa, 1998; Bosa, Zanon, & Backes, 2013; Marques & Bosa, In press) Programa de capacitação 30 horas/aula 4 Eixos programáticos (Lampert & Bosa ,2013) Questionário de avaliação dos conhecimentos sobre parâmetros de desenvolvimento e sinais de alerta do TEA Protocolo de observação de vídeos – Baseado no PROTEA 3 meses: Aplicação do roteiro de entrevista para avaliação da satisfação quanto ao programa de capacitação 4 meses: Avaliação das crianças pelo Social Attention and Communication Surveillance - SACS será realizada por equipe multidisciplinar Objetivo: Avaliar conhecimentos Prévios Objetivo: Capacitar quanto à identificação de sinais de alerta do TEA Objetivo: Avaliar conhecimentos adquiridos Objetivo: Avaliar aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos
  • 13. Eixos programáticos Eixo I Interação social e comunicação Conceitos principais: Interação face-a-face; imitação de símbolos linguísticos, atenção compartilhada (inciativa e resposta), aspectos pragmáticos da linguagem Objetivo geral: Definir as bases da aquisição da linguagem e seus preditores: símbolos linguísticos, intenção comunicativa, interação/comunicação. Objetivos específicos: Oportunizar a identificação de comportamentos interativos que são esperados nos primeiros anos de vida da criança, de acordo com a faixa etária. Demonstrar como a criança aprende a usar o olhar, as expressões faciais, a orientação do corpo e os gestos para se comunicar e as funções destes sinais comunicativos.
  • 14. Eixos programáticos Eixo II Brincadeira Conceitos principais: Imitação motora; brincadeira exploratória, funcional e simbólica (teoria sociopragmática) Objetivo geral: Definir como ocorre o desenvolvimento da brincadeira e qual a sua função durante o desenvolvimento infantil. Objetivos específicos: Oportunizar a identificação de diferentes tipos de exploração de brinquedos e brincadeira.
  • 15. Eixos programáticos Eixo III Planejamento Meta Percepção Conceitos principais: Funções executivas, coerência central e integração da estimulação sensorial Objetivo geral: Definir como a criança percebe e integra os diferentes estímulos e desenvolve um comportamento flexível, interesse pelo novo, e a exploração de várias modalidades sensoriais. Objetivos específicos: Oportunizar a identificação de comportamentos orientados à metas, de automonitoramento, e resposta aos feedbacks de outra pessoa.
  • 16. Eixos programáticos Eixo IV Sinais de alerta para o TEA: Quais são e como reconhecer Conceitos principais: Indicadores precoces do TEA; Treinamento para o uso do Social Attention and Communication Surveillance - SACS (Barbaro & Dissanayake, 2012) Objetivo geral: Definir comportamentos de risco para o desenvolvimento de TEA (interação social e comunicação social; comportamentos repetitivos e estereotipados), considerando a faixa etária da criança e de acordo com o DSM-5. Objetivos específicos: Exemplificar comportamentos de risco para o desenvolvimento do TEA; Treinar para uso do SACS (Barbaro & Dissanayake, 2012); O treinamento para uso do SACS será realizado pela autora do instrumento com tradução simultânea.
  • 17. Metodologia e materiais didáticos  Aulas dialogadas;  Relato de casos;  Exercícios práticos em grupo;  Exibição de vídeos contendo cenas de crianças interagindo/brincando (parceria com os alunos da Faculdade de comunicação da PUC-RS e da Educação da UFRGS e serão realizados tendo como referência o próprio contexto de trabalho dos participantes, utilizando a metodologia desenvolvida por Bosa, Nuernberg, Sanini, Monte & Passerino ,2013);  Técnica de “role play”;  Construção de cartilha e folders sobre sinais de alerta para o TEA destinado ao uso na saúde pública.
  • 18. Análise de dados  Análise de conteúdo (Bardin, 2009);  Estatística descritiva e de testes de comparação de médias de porcentagens de acertos ( teste T de Student ) nas medidas de pré (fase 1) e pós-teste (fase 3);  Quanto ao SACS, os escores obtidos na análise dos vídeos serão comparados ao gabarito para verificação do número de acertos. Estes dados serão descritos em porcentagem, e espera-se que os participantes alcancem um percentual de acertos de no mínimo 70%.
  • 19. Muito Obrigada! Simone Steyer Lampert mone.steyer@gmail.com www.transtornosdodesenvolvimento.com