1) A epilepsia é uma doença do cérebro caracterizada por crises epilépticas recorrentes e suas consequências.
2) A prevalência da epilepsia em pessoas com autismo varia de 5-46%, dependendo da população estudada, e é maior em indivíduos com deficiência intelectual.
3) Fatores genéticos que afetam a conectividade e plasticidade sináptica cerebral podem contribuir para os mecanismos fisiopatológicos comuns ao autismo e epilepsia.
3. A epilepsia é uma doença do cérebro caracterizada por uma
permanente predisposição para gerar crises epilépticas, e pelas
consequências neurobiológicas, cognitivas, psicológicas e
sociais desta condição.
A definição de epilepsia requer a ocorrência de, pelo menos,
uma crise epiléptica.
4. Operational (Practical) Clinical Definition of Epilepsy
Epilepsy is a disease of the brain defined by any of the following conditions:
1. At least two unprovoked (or reflex) seizures occurring more than 24 hours apart;
2. One unprovoked (or reflex) seizure and a probability of further seizures similar to
the general recurrence risk (at least 60%) after two unprovoked seizures, occurring
over the next 10 years;
3. Diagnosis of an epilepsy syndrome.
Epilepsy is considered to be resolved for individuals who had an age-dependent
epilepsy syndrome but are now past the applicable age or those who have remained
seizure-free for the last ten years, with no seizure medicines for the last five years.
7. Prevalência da Epilepsia no Autismo
5 – 46%
Varia de acordo com a população estudada
Epilepsia e Autismo
(Canitano R, 2007)
8. Idade
Epilepsia e Autismo
80–90% desenvolvem epilepsia antes dos 18 anos
TEA com QI < 55
=> início das crises ~ 3.5 anos
TEA com QI 55 -69
=> início das crises ~ 7- 8 anos
9. Prevalência da Epilepsia no Autismo
20 - 40% TEA com Deficiência intelectual (DI)
25 - 30% TEA com Paralisia cerebral (PC)
65% TEA , PC, DI
2 - 8% TEA com Inteligência normal
Epilepsia e Autismo
(Canitano R, 2007)
10. • Epilepsia de difícil controle
• Refratária à farmacoterapia
• Risco elevado de Status Epilepticus
• Frequência das crises aumenta com a gravidade do
comprometimento.
Epilepsia e Autismo
(Alvarez et al, 1998 . ;Airaksinen et al ., 2000)
12. Mecanismos fisiopatológicos
A) Fatores genéticos
B) A epilepsia/crises contribuindo para os sintomas
de autismo.
Brain & Development 32 (2010) 731–738
13. Mecanismos fisiopatológicos
A) Fatores genéticos
Conectividade anormal
Desequilíbrio na transmissão excitatória e
inibitória
Plasticidade sináptica anormal
17. Mecanismos fisiopatológicos
GENES ENVOLVIDOS COM AUTISMO, EPILEPSIA E/OU DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Gene Locus Fenótipo Proteína
CHRNA2 8p21 E α2 subunit (nACh
receptor)
CHRNA4 20q13.2–q13.3 E, DI α4 subunit (nACh
receptor)
CHRNB2 1q21 E β2 subunit (nACh
receptor)
NLGN3 Xq13.1 TEA Inhibitory synapse
formation
NLGN4 Xp22.31 TEA, DI Synapse formation
CDH8 16q21 TEA Synapse formation
PCDH10 4q28.3 TEA Synapse formation
PCDH19 Xq22 E, DI Synapse formation
NRXN1 2p16.3 TEA, E, DI, ESZ Synapse formation
18. Mecanismos fisiopatológicos
GENES ENVOLVIDOS COM AUTISMO, EPILEPSIA E/OU DEFICIÊNCIA INTELECTUAL
Gene Locus Fenótipo Proteína
CNTNAP2 7q35 TEA, E, DI, ESZ Synapse formation
SHANK2 11q13.4 TEA, DI Synapse scaffolding
SHANK3 22q13.3 TEA, DI, ESZ Synapse scaffolding
SYNGAP1 6p21.3 TEA, E, DI Synapse
CDKL5 Xp22 E, DI Cyclin-dependent kinase-like
5
ARX Xp22.13 TEA, E, DI Aristaless-related homeobox
protein
ATP1A2 1q21–23 E, DI Sodium-potassium ATPase
SLC2A 1 1p35–p31.1 E, DI GLUT1
STXBP1 9q34.1 E, DI Syntaxin-binding protein
19. Mecanismos fisiopatológicos
b) As crises/epilepsia contribuindo para os sintomas de TEA
Crises no 10 ano de vida
crises antes dos 2 anos de idade => dobro do risco para
autismo
Encefalopatias epilépticas:
Síndrome de West (30% esclerose tuberosa)
Síndrome de Dravet (SCN1A)
Síndrome de Lennox–Gastaut (70-78% sintomática)
23. Comportamento
Casuística : 2645 sujeitos com TEA
139 com epilepsia
Crianças TEA e epilepsia :
mais sintomas de autismo e problemas de comportamento
Após correção pelo QI
Crianças com TEA e epilepsia
irritabilidade e hiperatividade
Viscidi,EW et al., 2013
24. Epilepsia e Autismo
Prevalência • Varia de 5 – 46%
• Bimodal : picos < 5 anos e geralmente >10anos.
• Maior em indivíduos com deficiência intelectual
• Primeira crise ocorre em idade mais precoce
para aqueles com deficiência intelectual
Tipos de Crises • Não há um padrão
• Crises focais são mais frequentemente
observadas
• Frequentemente de difícil controle
Impacto • Geralmente associada com menor desempenho
cognitivo e adaptativo
• Deficiência intelectual é um agravante
25. “Não, a ciência não é uma ilusão. Ilusão seria
imaginar que aquilo que a ciência não nos pode
ensinar, podemos conseguir em outro lugar.”
Sigmund Freud (1856-1939)
Notas do Editor
Differences in methodology and collection methods
may account for these dramatic differences, and point to more and more standardized research on this
topic.
One generally agreed upon factor is that seizures peak in the ASD population at the ages of 5
and 10 years.
There are two peaks in the age distribution of seizure
onset in autism, one in early childhood, and one in adolescence
[2]. In addition, 80–90% of individuals develop
epilepsy before 18 years.
SE tanto o autismo e a epilepsia são consideradas decorrentes de um funcionamento anormal das sinapses ambos podem ser consequencia de um mecanimso fisiopatológico comum resultando em plasticidade anormal de origem genética. Numerosas doenças genéticas associadas ao autismo associado são causadas por mutações nos genes implicados no desenvolvimento sináptica funcionamento e / ou a plasticidade, tal como de Angelman síndrome [148], a síndrome do X frágil [149], a síndrome de Rett [150] e esclerose tuberosa [120,151].
Numerosas doenças genéticas associadas ao autismo são causadas por mutações nos genes envolvidos no desenvolvimento e funcionamento das sinapses sináptica :tal como de Angelman síndrome [148], a síndrome do X frágil [149], a síndrome de Rett [150] e esclerose tuberosa [120,151].
Numerosas doenças genéticas associadas ao autismo são causadas por mutações nos genes envolvidos no desenvolvimento e funcionamento das sinapses sináptica :tal como de Angelman síndrome [148], a síndrome do X frágil [149], a síndrome de Rett [150] e esclerose tuberosa [120,151].