5. Apesar de se realizar diagnóstico de gravidez, valorizar postura de que NÃO se
trata de um processo patológico, uma “doença”
Se baseia na suspeita clínica, que pode ser confirmada por métodos
complementares
Os complementos mais utilizados são os testes rápidos imunológicos anti-
βHCG, a dosagem do βHCG sérico e a ultrassonografia (não rotineiramente).
Diagnóstico de Gravidez
5
6. Fração Beta da Gonadotrofina Coriônica Humana (βHCG):
Fração β do hormônio primariamente produzido pelo trofoblasto, detectável no
sangue periférico a partir da segunda semana após a concepção
As concentrações de βHCG aumentam exponencialmente com o decorrer da
gravidez, em especial no primeiro trimestre
O βHCG pode ser detectado imunologicamente na urina (testes rápidos) ou
dosado no sangue periférico
Para fins práticos, dosagem sérica abaixo de 5 mUI/ml é considerada negativa;
acima de 25mUI/ml é positiva e entre 5 e 25 mUI/ml é indefinida, devendo ser
repetida em 15 dias
Diagnóstico de Gravidez
6
7. Sinais de presunção de gravidez:
Atraso menstrual (> 15 dias)
Fadiga
Naúsea, vômito, pirose
Polaciúria, nictúria
Mudança no apetite
Alterações nos seios: aumento do volume
das mamas, hipersensibilidade nos mamilos,
tubérculos de Montgomery, saída de colostro
Alterações ginecológicas: coloração violácea
vulvar, cianose vaginal e cervical, aumento
do volume abdominal
Dor abdominal tipo cólica
Cloasma gravídico
Diagnóstico de Gravidez
7
8. Sinais de probabilidade de gravidez:
Amolecimento da cérvice uterina, com posterior aumento do seu volume;
Paredes vaginais aumentadas, com aumento da vascularização pode-se
observar pulsação da artéria vaginal nos fundos de sacos laterais)
Positividade da fração beta do HCG no soro materno a partir do oitavo ou nono
dia após a fertilização.
Diagnóstico de Gravidez
8
9. Sinais de certeza de gravidez:
Presença dos batimentos cardíacos fetais (BCF), que são detectados pelo sonar
doppler fetal a partir de 12 semanas e pelo estetoscópio de Pinard a partir de 20
semanas
Percepção dos movimentos fetais (de 18 a 20 semanas)
Ultrassonografia: o saco gestacional pode ser observado por via transvaginal
com apenas 4 a 5 semanas gestacionais, e a atividade cardíaca é a primeira
manifestação do embrião com 6 semanas
Diagnóstico de Gravidez
9
13. Ganho ponderal
Em média, 12,5 Kg em toda a gestação
Aumento ponderal:
-Útero e seu conteúdo (feto, placenta e
líquido amniótico)
-Crescimento das mamas;
-Volume sanguíneo e do líquido
extravascular;
-Alterações metabólicas responsáveis pelo
aumento da água celular;
-Deposição de proteínas e gorduras nos
tecidos maternos (reservas).
MODIFICAÇÕES METABÓLICAS
13
14. MODIFICAÇÕES METABÓLICAS
Metabolismo hídrico
Retenção de água
-em parte mediada pela osmolaridade plasmática
Edema de MMII
-aumento de pressão venosa
-diminuição da pressão coloidosmótica intersticial
Edema generalizado: aumento súbito do peso
corporal
-25 a 30% das gestantes
-exacerbação do processo fisiológico de retenção
de sódio
14
15. MODIFICAÇÕES METABÓLICAS
Metabolismo proteico
Aumento das necessidades proteicas: demandas
Diminuição dos aminoácidos
Aumento absoluto das proteínas totais
Concentração de albumina circulante: diminuição
Queda das gamaglobulinas: menor que a da albumina
Teores de alfa e beta-globulinas: aumentam
ATENÇÃO!
A grávida, para manter o balanço nitrogenado positivo, requer um consumo de
25% de proteínas do total de nutrientes.
15
16. MODIFICAÇÕES METABÓLICAS
Metabolismo dos carboidratos
Estado potencialmente diabetogênico
Leve hiperinsulinemia, hipoglicemia de jejum e
hiperglicemia pós-prandial
Inicialmente na gestação:
-Metabolismo de glicose alterado: aumento de
estrogênio e progesterona (SECREÇÃO ENDÓGENA DE
INSULINA)
Na segunda metade da gestação:
-Crescimento dos hormônios contrainsulínicos
(HORMÔNIO LACTOGÊNICO PLACENTÁRIO, CORTISOL):
*lipólise, resistência insulínica
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17. MODIFICAÇÕES METABÓLICAS
Metabolismo lipídico
Concentrações de lipoproteínas, apolipoproteínas e lipídios totais: aumentadas
no plasma.
Colesterol: aumenta em carca de 50%.
Triglicérides: podem triplicar.
LDL: concentração máxima em torno da 36ª semana.
-ação da progesterona sobre fígado da gestante
HDL: concentração máxima por volta da 25ªsemana.
Níveis plasmáticos de ácidos graxos e glicerol: diminuem na primeira metade da
gestação
OBS: Disponíveis no último trimestre e diminuem após parto.
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18. MODIFICAÇÕES METABÓLICAS
Metabolismo eletrolítico
Retenção de sódio: aumento do líquido amniótico, da expansão do líquido
extracelular e do crescimento fetal
-Diminuem a excreção de sódio: aldosterona, sistema RAA, corticóides,
estrogênio
*Porém, sua excreção pode aumentar:
>Aumento da taxa de filtração glomerular; ação da progesterona;
presença do fator natriurético atrial; reduçã o da albumina, prostaglandinas e
dopamina.
Níveis plasmáticos de Cálcio e Magnésio: diminuem
-Ambos são muito importantes na bioquímica da contração uterina
18
19. MODIFICAÇÕES METABÓLICAS
Necessidades de Ferro estão aumentadas: aumento da massa eritrocitária
-Recomenda-se que toda gestante receba 30 a 60 mg/dia de ferro
elementar(sulfato ferroso):
*durante o 2º e 3º trimestres da gestação, durante toda a lactação, ou por
2 a 3 meses pós-parto nas não-lactentes.
Diminuição do Iodo: TODA GRÁVIDA É CARENTE DE IODO!
-A gestante deve receber suplementação dietética ou medicamentosa:
funcionamento adequado da tireóide.
*A tireóide da grávida depura 2 vezes o volume sanguíneo habitual:
manter captação normal de iodo.
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20. MODIFICAÇÕES
GASTROINTESTINAIS
Deslocamento do estômago e intestinos pelo
útero(crescimento);
Esvaziamento gástrico e trânsito intestinal tornam-se mais
lentos;
Resultado final:
Surgimento de constipação intestinal
Aumento da incidência de hemorroidas
20
Progestero
na
Peptídeo
hormonal
21. MODIFICAÇÕES
GASTROINTESTINAIS
Pirose ou refluxo de secreções ácidas para a porção
inferior do esôfago
Diminuição do tônus e relaxamento do
esfíncter esofagiano inferior;
Deslocamento do estômago;
Aumento da pressão abdominal.
Hiperemia e amolecimento gengival
Sangramento gengivais após traumatismos
leves.
21
22. MODIFICAÇÕES
GASTROINTESTINAIS
Atividade da fosfatase alcalina: DUPLICA
Albumina Plasmática: REDUZIDA
Relação Albumina/Globulina: ALTERADA
Comprometimento da contração da vesícula biliar:
A progesterona: Inibição do músculo liso da vesícula
22
Estase
Aumento da
saturação de
colesterol
Cálculos
Biliares
23. MODIFICAÇÕES
ENDÓCRINAS
Hipófise anterior aumenta 2 a 3 vezes, PRINCIPALMENTE PELA HIPERPLASIA das
células produtoras de prolactina(alfa);
PROLACTINA ascende continuamente, atingindo 10 vezes o valor normal(máximo no
início do trabalho de perto)
Níveis de prolactina circulante declinam após o parto, com o hormônio sendo liberado
em pulsos:
-Estímulo de sucção mamilar (amamentação).
OBS: A prolactina é fundamental para a lactação, mas não para a gravidez.
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24. MODIFICAÇÕES
HEMODINÂMICAS
Coração
Síndrome Hipercinética: sistema cardiovascular da gestante.
Alterações mais expressivas: DC e redistribuição de fluxos regionais.
Alterações menos expressivas: FC e PA.
Frequência cardíaca materna: aumenta em 10-15 bpm
-importante para a manutenção do DC
Evolução da gravidez: diafragma se eleva e desloca o coração para a esquerda
e para cima- ápice cardíaco é movido lateralmente.
24
25. MODIFICAÇÕES
HEMODINÂMICAS
Débito Cardíaco
Após 10-12 semanas, o DC aumenta e atinge seu pico máximo entre 20 e 24
semanas
A partir desse período, se mantém constante até o término da gestação
No final da gestação, o DC é maior em 2 situações:
-Paciente em decúbito lateral: na posição supina, o útero aumentado de
tamanho comprime a VCI e dificulta o retorno venoso.
-Durante o trabalho de parto e o puerpério: as metrossístoles e a redução
volumétrica experimentada pelo útero provocam auto-hemotransfusão e aumento
do retorno venoso
25
26. MODIFICAÇÕES
HEMODINÂMICAS
Resistência Vascular Periférica(RVP)
Redução: de modo mais acentuado no início do que no período do termo da
gestação.
Um nível mínimo de RVP é alcançado até a 20ªsemana, com retorno gradual até
o termo .
-Entretanto, permanece 20% menor em comparação com níveis pré-
gestacionais.
Fluxo Sanguíneo regional:
-Inalterado: cérebro, fígado e músculos
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27. MODIFICAÇÕES
HEMODINÂMICAS
Pressão Arterial (PA=DC X RVP)
A PA sofre grande ação das mudanças hormonais, como a vasodilatação
periférica.
Redução da PA: mais marcante no 2ºtrimestre:
-RVP. e desenvolvimento placentário
Componente da PA mais alterado: PAD.
-PAS: diminuição menos acentuada
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PAS: 3 A 4 mmHg
PAD: 10 A 15 mmHg
28. MODIFICAÇÕES
HEMODINÂMICAS
Pressão Venosa
Útero em crescimento comprime as veias pélvicas e a VCI:
-Dificulta o retorno venoso
-Aumento da pressão venosa nos MMII em aproximadamente 3 vezes
Hipotensão Supina
Influência da postura na dinâmica circulatória
Síndrome de hipotensão supina
-Queda significativa do débito cardíaco (compressão da VCI pelo útero):
grávida permanece em decúbito dorsal por 4-5 minutos.
-Distúrbio é corrigido quando a gestante é posicionada em decúbito lateral.
28
29. Aspectos Gerais
As adaptações do organismo materno ocorrem devido:
Presença do Concepto e seus
tecidos
Ação mecânica desencadeada pelo
útero gravídico
Sobrecarga hormonal
29
30. Aspectos Gerais
Objetivo:
Promover condições para um desenvolvimento fetal adequado e
em completo equilíbrio com o organismo materno
Algumas modificações podem agravar entidades pré-
existentes ou produzir sintomas que são incômodos
30
31. Modificações Cutâneas
Alterações Atróficas – Estrias Gravídicas ou Víbices
Aparecem em cerca de 50 a 90% das gestantes durante a
segunda metade da gravidez
Reflete o estiramento das fibras colágenas, consequência da
diminuição da hidratação e estiramento da pele
Durante o gestação são vermelhas, após o parto apresentam
aspectos brancacentos.
31
32. Modificações Cutâneas
Alterações Vasculares
Eritema Palmar
Encontrado em cerca de 70% das mulheres
Desaparece após a gravidez
Telangiectasia
Aparecem como pequenas elevações vermelhas na pele
Surgem em cerca de 60% em mulheres brancas e 10% em afro-
americanas
A maioria desaparece após o parto
32
33. Modificações Cutâneas
Alterações Pigmentares
Desencadeadas por alterações hormonais que modificam
componentes regulatórios da ação dos melanócitos.
Linha Nigrans Cloasma
Gravídico
Hipersecreção das
Glândulas Sebáceas
33
34. Modificações nas Mamas
Mastalgia
Primeiros sinais clínicos da gestação
Congestão das mamas que as tornam doloridas, túrgidas e com
aumento de volume
Tubérculos de Montgomery
Projeções secundárias areolares representadas por glândulas
mamárias acessórias e sebáceas hipertrofiadas
34
35. Modificações nas Mamas
Rede Haller
Aumento da vascularização venosa
Sinal de Hunter
A partir da 20ª semana de gestação
Aumento da pigmentação dos mamilos tornando seus limites
imprecisos e origina a aréola secundária
35
36. Modificações do Aparelho Genital
Corpo Uterino
Hiperplasia e Hipertrofia
Aumento da capacidade volumétrica – 500 –1000X
36
37. Modificações do Aparelho Genital
Colo Uterino
Amolecido e arroxeado – Sinal de Goodell
Hiperplasia e hipertrofia das glândulas – ectopia
Muco cervical viscoso e mais espesso - leucorreia
Formação de tampão mucoso
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38. Modificações do Aparelho Genital
Ligamentos Redondo de Trompas
Acompanham crescimento uterino
Ligamento redondo: hipertrofiado e aumentado
Ligamento redondo palpável = Sinal de Frommel
O ligamento redondo pode ser palpável e
doloroso até o fim da gestação
38
39. Modificações do Aparelho Genital
Vagina
Hipertrofia da musculatura
lisa da vagina
+
Embebição Gravídica
+
Afrouxamento do tecido
conjuntivo
Perda da
Rugosidade
Violácea e pH ácido
39
40. Modificações do Aparelho Genital
Vulva
Também ocorre hiperplasia e hipertrofia, podendo os lábios
ficarem entreabertos
Embebição gravídica – coloração arroxeada – Sinal de
Jacqueimer
Varizes Vulvares
40
41. Modificações Osteoarticulares
Deslocamento do Eixo
Lordose Lombar
Marcha Anserina
Embebição Gravídica
Relaxamento ligamentar
Frouxidão das articulações
sacroilíacas, sacrococcígeas
e do pube
Lombalgia e cervicalgia
41
42. Hipertrofia do sistema vascular
do Retorno Venoso
Perdas sanguíneas no parto
Modificações Hemodinâmicas
42
44. Modificações Hemodinâmicas
2. Aumento do volume
de eritrócitos:
ATENÇÃO
• Queda do Ht.
• Queda na
concentração
total de
hemoglobina.
Anemia
fisiológica da
gestação
44
45. Modificações Hemodinâmicas
Valores normais de Hb na gestação:
• ≥11 mg/dL
• ≥10 mg/dL (segundo trimestre)
Aumento no volume sanguíneo admite perdas
de sangue durante o parto de até 1000 mL.
* Volume globular, hematócrito e hemoglobina
retornam aos valores normais cerca de 6
semanas após o parto!
45
46. Modificações Hemodinâmicas
3. Alterações leucocitárias
• Leucocitose
• monócitos, basófilos e eosinófilos
• Diminuição da quimiotaxia e aderência dos
leucócitos
• Supressão da imunidade humoral e celular
• Respostas cutâneas e de anticorpos reduzida
46
47. Modificações Hemodinâmicas
4. Plaquetas
5. Coagulação
• fibrinogênio
• de agentes pró-coagulantes
• da atividade dos fatores VII, VIII, X e o FVW
• da resistência dos anticoagulantes
endógenos
• do sistema fibrinolítico
• dos fatores XI e XIII
• diminuição da proteína S e do co-fator da
47
48. Modificações Urinárias
1. Rins:
• Aumento do peso e
tamanho.
• Aumento da
vascularização e
diminuição da resistência
vascular
• Diminuição de nutrientes
e redução da ureia e
creatinina
• Glicosúria
48
49. Modificações Urinárias
2. Ureteres
• Comprimidos pelo crescimento uterino.
• Redução da peristalse.
• Hidronefrose e dilatação do ureter.
3. Bexiga
• Elevação do trígono vesical e
diminuição do tônus vesical.
49
50. Modificações Urinárias
• Hipotonia e hipomotilidade da pelve renal,
ureteres e bexiga (prostaciclinas e
progesterona).
• Predisposição à ITU.
• Polaciúria (1° e 3° trimestre).
50
51. Modificações Respiratórias
Alterações anatômicas:
• Aumento da caixa torácica
• Alargamento dos ângulos subcostais com
elevação do diafragma
• Aumento do volume corrente
• Prolongamento da expiração
Consequências:
• Aumento da paO2
• Diminuição da paCO2
51
55. Modificações do Equilíbrio
Ácido-Básico
Efeito Bohr:
O leve aumento do pH estimula também uma
elevação na síntese do 2,3 difosfoglicerato,
elemento que se une à hemoglobina e impede a
“ligação do O2”, acarretando um diminuição da
afinidade da hemácia materna pelo oxigênio.
55
57. Fatores de Risco na Gravidez
Diz-se que uma gestação é de baixo risco quando nos quais a morbidade e a
mortalidade materna e perinatal são iguais ou menores do que as da população em
geral, o que representa 90% dos casos
A gravidez é um estado de constante mudanças fisiológicas, de forma tal que o
risco da gravidez só pode ser determinado com certeza após o parto e puerpério, e
são necessárias reavaliações constantes
Quadros que necessitem de maior densidade tecnológica ou atenção especializada
devem ser referenciados para o serviço de pré-natal de alto risco. Contudo, a
gestante ainda está vinculada à USF, e deve retornar para lá após o tratamento ou
intervenção
não há necessidade de se utilizar alta densidade tecnológica em saúde e
57
58. Fatores de Risco na Gravidez
Fatores de risco individuais e socioeconômicos que permitem pré-natal na
atenção básica:
Idade menor que 15 e maior que 35 anosd
Risco ocupacional ergonômico, químico, biológico,epor esforço físico sou carga de
trabalho estafante
Situação familiar insegura/ não-aceitação da gravidez
Baixa escolaridade
Altura menor que 1,45 metro
IMC que indique baixo peso, sobrepeso ou obesidade
58
59. Fatores de Risco na Gravidez
Fatores de risco de história obstétrica que permitem pré-natal na atenção
básica:
Recém-nascido com restrição de crescimento, pré-termo ou malformado
Macrossomia fetal
Síndromes hemorrágicas ou hipertensivas
Intervalo interpartal menor do que dois anos ou maior do que cinco anos
Nuliparidade e multiparidade (cinco ou mais partos)
Cirurgia uterina anterior
Três ou mais cesarianas
Fatores de risco da gestação atual que permitem pré-natal na atenção
básica:
Ganho ponderal inadequado
Infecção urinária
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60. Fatores de Risco na Gravidez
Fatores de história patológica que configuram gravidez de alto risco:
Qualquer cardiopatia, endocrinopatia, doença neurológica, hematológica, autoimune
e psiquiátrica que requeira acompanhamento (depressão grave, psicose)
HAS crônica e/ou caso o paciente faça uso de anti-hipertensivo ( PA> 140/90 mmHg
antes de 20 semanas de IG)
Nefropatias, pneumopatias e ginecopatias graves
Paciente portadora de doenças infecciosas (hepatites, AIDS, toxoplasmose)
Tuberculose e hanseníase
Alterações genéticas maternas
Dependência de drogas lícitas ou ilícitas
Qualquer patologia clínica que necessite de acompanhamento especializado
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61. Fatores de Risco na Gravidez
Fatores de história reprodutiva que configuram gravidez de alto risco:
Morte intrauterina ou perinatal, principalmente se for de causa desconhecida
História prévia de doença hipertensiva da gestação, com mau resultado obstétrico
e/ou perinatal (interrupção prematura da gestação, morte fetal intrauterina, síndrome
Hellp, eclâmpsia, internação da mãe em UTI)
Abortamento habitual
Esterilidade/infertilidade
61
62. Fatores de Risco na Gravidez
Fatores da gestação atual que configuram gravidez de alto risco:
Adolescentes com fatores de risco psicossociais
Restrição do crescimento intrauterino
Polidrâmnio ou oligoidrâmnio
Gemelaridade
Malformações fetais ou arritmia fetal
Distúrbios hipertensivos da gestação
Infecção urinária de repetição ou dois ou mais episódios de pielonefrite
Anemia grave ou não responsiva a 30-60 dias de tratamento com sulfato ferroso
Diabetes mellitus gestacional
Proteinúria
Desnutrição severa/baixo peso materno e obesidade mórbida
Pacientes com suspeita ou certeza de condição oncológica
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63. Fatores de Risco na Gravidez
Fatores de risco que indicam encaminhamento à urgência/emergência:
Síndromes hemorrágicas e anemia grave (hemoglobina <8)
Suspeita de pré-eclâmpsia/ eclâmpsia
Crise hipertensiva
Amniorrexe precoce: perda de líquido vaginal, podendo ser observada mediante
exame especular com manobra de Valsalva e elevação da apresentação fetal
Isoimunização Rh
Trabalho de parto prematuro (antes da 36º semana)
Vômitos sem explicação no 3º trimestre e/ou refratários ao tratamento
Restrição do crescimento uterino/ oligodrâmnio
Suspeita de pielonefrite ou TVP
Qualquer outra condição que necessite de investigação hospitalar
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64. BRASIL. Ministério da Saúde. Atenção ao pré-natal de baixo risco. Brasília: Ministério
da Saúde, 2012. (Cadernos de Atenção Básica, nº 32).
BRASIL. Ministério da Saúde. Pré-natal e Puerpério: atenção qualificada e humanizada
– manual técnico/Ministério da Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2006. (Série
Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos – Caderno nº 5)
JÚNIOR, Alexandre Colares Bezerra et al. Pré-Natal de Baixo Risco. Revista do
Hospital Universitário, p. 66.
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed. Rio de Janeiro, Elsevier
Ed., 2006.
BIBLIOGRAFIA
64