Este documento contém vários poemas do autor Jovenal Maloa, escritos sob heterônimos como Arthur Dellarubia e Lettya Nenny Shantaren. Os poemas abordam temas como a solidão do escritor, a crítica social e a condição feminina.
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
10 poemas 140592 pdf
1. Poemas 140592 - PDF
Do poeta JM – Jovenal Maloa
Heterónimos (Arthur Dellarubia &Lettya Nenny Shantaren)
2. Pobre demente mudo e triste por rimar
Hoje falei como quem calou por eternidades
Disso tudo que me vinha a mente satiricamente
Expôs-me a deriva de ser rejeitado e assassinado
Fiz em mim renascer estas vivas mortas e mudas sociedades
Expôs a nudez das nossas tristes verdades veemente
E para alegria dos linguistas rimei, forçado
Rimar é uma coisa extinta neste país – de certeza
Salários não rimam com trabalhos – rimam com a pobreza
Mas não falo dessas coisas a que muito nem mais as ligo
És pobre!? O que tenho a ver eu com a sua pobreza mental!
O facto de eu dizer o comum de coisas que temos de mal
Não quer dizer que compreendo-te a alma ou que seja teu amigo
Vivo falando nem sempre como hoje – hoje é uma excepção
Há dias que comuns aos outros, acordo e a coragem me foge – sem acção
Calo por saber da logica que isto resultara em um humilhante fracasso
Verei de novo sociedades mortas e mudas e nela, eu inserido
Com a mesma dela preguiça de levantar em mim os nervos de aço
Para não tentar morrer neste dejavu triste moribundo e deprimido
Ai lamentar não me basta e nunca me bastara!
Eu sou mais que essa pobre sociedade que ignora e assiste
A sua condenação na farsa do que é esta luta - combate a pobreza!
Que pobreza!? Ele fala de algo que não conhece e nunca o matara
Pobreza talvez tenha esta sociedade em não duvidar essas parvoíces
Parecemos mais marionetas ou palhaços fartos de sorrirem tristezas
Ainda continuo rimando! Que raridade é esta hoje?
Eu fiz acima estrofes e versos que rimarem com as verdades
E o poema com a ideia que acordei falando léguas mudas de palavras
Congeladas a muito em minha goela que diz tudo e nenhuma verdade lhe foge
3. Mas ainda me apoquenta a mente o medo e a deles maldade
Que incinerarão as minhas e trarão a minha família tristezas e magoas
É dai que para todo sempre irei calar e calar
Fechar a boca e as mãos minha expressão congelar
Não mover os dedos escrivão e os paralisar
Fechar a boca e sobre as falcatruas e hienas deles não falar
E fazer uma coisa que de certeza aos linguista vai agradar
Rimar desnecessariamente e incansavelmente rimar
Jovenal Maloa – in textos Soberanos
Múmia pensante dos meus tristes dias
O sol castigava-me a alma
Ardente me era a vida profana
Selvas jaziam mortas sem jardins e faunas
Em oásis de palavras secas jazentes de água
Tempestades cobriam meu cadáver corpo
Meu cérebro se fazia múmia de intelectos mortos
Coberto de areia nos arredores dos ossos do meu crânio – escombros
E na penúria do esquecimento dum simples sopro
Me soa a tristeza essa verdade minha platónica
Pois me sinto desertado pela minha alma egípcia
Há quantos ramisses escritas pragas farei fortalezas cónicas
A fim de desedificar o deserto desta minha ideia fictícia
Sem sede camelo disposto – pernas em formas de palavras
4. Desertando ideias nestas ilusórias viagens ao imaginado meu Sahara
E algo também como Moisés divide em meu cérebro as estagnadas águas
Não me basta pensar que sou uma múmia sem ligaduras e nada mais…
Jovenal Maloa – in textos Soberanos
A ciência muscular e cerebral de deixar de ser eu
Qualquer coisa sobre a vida que vivo
Rabisco em poemas á muitas fadigadas linhas
Traçadas a léguas expiradas e inspiradas que mal as sigo
Em passos sem pegadas em imaginários caminhos sem trilhas
Que mal deposito a meu corpo viajante a segui-las – ao céu
Mas viajo adentro dos poemas meus com a alma mística
Feitiços olímpicos respirando sobre as minhas vidas destras
Em punhos que nelas exercito flexões de deixar de ser eu
Jovenal Maloa – in textos Soberanos
Sinto antes de pensar escrever um poema
Há certas pessoas que se acham leitores por nascença
Certas pessoas que acho que me rodeiam – poetas doidos
Todo que escrevo parece que lhes falta algo - esqueça
Sabem eles nada do que eu escrevo com os meus miolos
Mesmo que eu calhe na perfeição por lapso na métrica
De todos os versos deste soneto em construção sem estética
Alguma coisa para os olhares deles estará errado - veja
Que nada que vem de vós me atinge a alma ou me aleija
5. Pena deles que não sabem quão doce é ser livre-pensador
Escrever sem precisar de me preocupar com os linguistas
Ouvir os vossos comentários e deles um poema compor
Pois isto que dizes lamentavelmente me soa inútil crítica
Estou casado eternamente com o que despejo na escrita
Sentir-me livre naquilo que penso ao auge me eleva e seja bendita
Palavras como estas que transcendem este soneto e em mim meditam
Jovenal Maloa – in textos Soberanos
As loucuras de génios como eu é acharam-se génios
Senti-me vivo hoje feito um feto
Desposto como o sol e sacudi o meu esqueleto
Pós a morte em mim sobre avesso
E por pouco me esqueci relaxado ao relento
Rabisquei fontes de intelectos em minha alma
Fecundaram-se ideias ósseas para cá me fortificar
Vivendo isto que me agrada - é sempre cá que pasci a minha calma
Mudo falante ao relento fechado deste impávido luar
Escrevo e escrevo para não morrer
Ainda sou um embrião ousado nesta vida de escrever
E se eu continuar assim certeza absolta serei – (alguém falou)
Que grande e suprema é a gravidez em que estou
Jovenal Maloa – in textos Soberanos
6. Por consequência dessa evolução suprema – virei pensador
Hoje veja as nítidas verdades – algo claro
Já a muito que não escrevo expirado sabes – que só decalco
Verdades nítidas que hoje vejo e delas me bastam apenas
As loucuras da mente para criarem alguma coisa como poemas
É visto ultimamente que escrevo com uma diferença nesta mágica
Agora penso antes de fazer qualquer truque de letras – palavras
Desenhos vivências em dizeres – agora é supremo o meu abracadabra
Deveras vezes sentem a minha dor em quase todas minhas histórias trágicas
Colhidas neste exacto momento que lês as preliminares das suas lavras
E sentis que oque chamas de poesia em mim esta redobrada
É triste que já não me sinto mas poeta
Acho o nome pouco descritível a mim – eu sonhador
A ideia de não mais ser a alma aleija feito uma seta
Mas também me soa muito bem essa ideia de ser um pensador
Jovenal Maloa – in textos Soberanos
Burros em tudo – inteligentes em nada
Haja maneira mais doce de brindar
Não! Prefiro brindar felicidades e alegrias neste meu silêncio
Porque não comeres e ficares calado?
Beber e ainda continuares calado…?
7. Gritos e suspiros fartos nunca em momento algum dirão,
Que da comida estás farto…!
E nem comportares-te como um delirante demente,
Definira quantos copos de talvez vinho você tomou!
Sou gigantescamente lucido!
Nada me fara não ser…
Pensamento correctamente íntegro e maduro
Não há como eu não saber, que gritar farturas
Somente em pobres de civismo e pior de intelecto
Cambalear de tanta embriaguez? Nunca!
Pois nada que tenha álcool bebo
Só correctamente correcto
Nego fazer papel de palhaço em público muito menos em versos
Jovenal Maloa – in textos de Arthur Dellarubia
És o muito que ocupa o meu nada
És o muito que ocupa o meu nada
A felicidade que habita em minha vida
És para mim o santo parto do dia
Que nasce no teu olhar, sol
Dona do perfume rosa e do olhar que me guia
És o meu farol
8. És para mim a viagem que não tem partida
Prometendo mares e exílios ao meu ser
És a cascata que molha o meu -
Sonho em varandas de despedidas
Prometendo-me viver o hoje
És o meu amanhecer
És o porto seguro
Perco-me nas ilhas desertas das tuas praias
Por vezes turbulentas
Pois o teu muito ocupa o meu nada
Mas me animo quando se comportas com um navio
E levas todas as minhas mágoas
Com canções no desejo da tua pele perfumada
És mesmo o muito, que ocupa tanto de nada que existe em mim
E no teu rosto um sorriso - és o muito que ocupa o meu nada
Quando chamas-me de mãe em pensamentos ponho-me a sorrir
Filha minha por vir…
Jovenal Maloa - In textos de Lettya Nenny Shantaren
Ventiladores inactivos - pobre justiça
Cuspi e cuspi - nada mudou
Gritei e gritei como uma louca e da vergonha me despi
Me fiz desnuda para o juiz apenas ele me usou
9. Ventiladores inactivos diziam os guardas do palácio da justiça
Nada cá tem solução
Nada cá vai avante oh pobre linda moça-
Mulher ate da dúvida fraca, dormindo nesta ilusão
Para ti aqui não se fara justiça
Nada tu tens para os dar em troca – deste-os prazeres de sobra
Cuspiste verdades, gritas-te pela tamanha injustiça
Falas-te…, reflectiu-se num silêncio Ex donzela muda
Nada adiante a muito que os ecos justos não soam nestes nossos ventiladores
Jovenal Maloa - In textos de Lettya Nenny Shantaren
Algo incorrecto soa quando chamem-me sexo fraco
Poucas palavras o descrevem
Já que foi curto e grosso na minha criação
Em plena rua quando a minha face era incerta
Os meus sentimentos eram inexistentes
Quando a minha voz era muda
Mas ainda era possuída em muitos actos e pensares
10. Viu a minha atitude virgem
Em pernas trémulas querendo fugir
E boca faminta de beijos justos cuspindo lamentações
E depois de muitas penetrações
Tanto em pensares como em actos
Decidiu chamar-me de Lettya Nenny Shantaren
Na ideia renascida na grites chorando lamentações e injustiça
De sermos mulheres, fracas indefesas, maltratadas
Por este bando de canalhas de maços
Que não aguentam-me satisfazer e ainda me chamam sexo fraco.
Jovenal Maloa - In textos de Lettya Nenny Shantaren
Para todos os meus leitores – um abraço eterno dos meus pensares
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