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AfroBiblioBrasileiro
novembro 2011

- Biblioteca
CEU 3 Pontes
- PIÁ

concurso solidário

A
f
r
o
P
o
e
m
a
s
É crescente a necessidade de falar
sobre temáticas sociais que ainda hoje
são nós pessoais e coletivos na
constituição psicológica de nossa
nação. E se conseguimos fazê-lo por
caminhos artísticos / poéticos,
acreditamos que tais debates e
reflexões podem experimentar
processos e resultados
impressionantes.

Artistas educadores PIÁ
CEU 3 Pontes:
- Daniel (Artes Visuais)
- Guilherme (Dança)
- João (Teatro)
- Rogerio (Música)

Essa foi justamente a proposta do
concurso solidário AfroPoemas e agora
apresentamos a publicação que nos dá
muito orgulho. E certamente vontade
de fazer outras...

Biblioequipe
CEU 3 Pontes:
- Cássia
- Claudia
- Madeline
- Marcos

ARTE DE PIÁ
artedepia@gmail.com
www.artedepia.blogspot.com
(descarregue a publicação e outros itens
gratuitamente na página)
poetas participantes:
Yasmim
Ana Flávia
Vanessa Soares
Keli Andrade
João Pedro
Maria Caroline de Souza
Manoel Amancio da Silva
Stephanie Gomes
Pedro Osmar Gomes Coutinho
Edy Souza
Amilcar Farina
Guilherme de Almeida
Vanessa Biffon
Ildo Rogério
João Júnior
Júlia Salgueiro
Odé Amorim
Yure Romão
Tayna da Silva Alves Severino
Ana Flávia
(São Paulo)

A Família Negra
A Família Negra
Como uma peneira
Às vezes limpa às vezes suja
é como roupa suja na lavanderia

Negros
Uma negrinha conheci
Um negro conheci e aprendi assim
Minha vó é uma negra
me conta estórias de negros e escravidões
E é assim que eu sou feliz

O Menino Negro
Quando passa pela rua
todo o preconceito aparece,
Quando passa pela casa
tudo reconhece
é assim que as pessoas negras conhecem ele
um lado a outro
e de lá pra cá

Pássaros Negros
Um belo dia vi um pássaro negro
outro dia vi você negra você
Negra é tão bonita negra

Minha linda vida negra
Ah como eu sou feliz com
a minha vida negra
Sem ela eu não sou nada
Como eu sou feliz
e conto a todo o mundo escutar
O medo já não existia mais,
A boneca negra dos cabelos
brancos prateados hoje tem
um canto na minha vida.
As lembranças, os pavores, os
gritos e as lágrimas quando
criança, agora desejo, espelho,
tato e lembrança...
A boneca negra nua, na
estante do quarto da prima
de frente a janela olhando
para a rua.
E eu inquieto, brinco agora...
Teimoso, fogo, penteio...
Ariano, desdenho, converso e olho
para a boneca preta na
estante dourada no canto do quarto
Venci o medo, apropriei do
desejo, mudei os penteados, um
bom rebolado, na estória vivida
na memória, na minha vida...

Negra Ela, medo dela, Bela...
Guilherme de Almeida
(São Paulo)
Antepassados
Manoel Amancio da Silva
(São Paulo)

Essa minha pele branca.
Ah! Essa minha pele branca!
Ela não fala por mim,
Orgulho-me dos meus antepassados
que não eram assim.
Eram negros, mulatos e morenos
com muitas histórias contadas,
em muitas gerações.
Motivaram lágrimas,
fortes emoções.
Contam crenças e costumes
embarcações de bambu,
histórias do líder guerreiro Chaka
do povo Zulu.
Minha avó conta histórias
que não eram do tempo dela,
hoje se emociona quando fala
de um tal Martin Luther King,
e um outro, Nelson Mandela.
Lamento a sorte
de alguns países africanos
que lutam contra a miséria,
então... penso nos meus antepassados
e me sinto um pouco Serra Leoa
um pouco Nigéria.
Pedro Osmar
Gomes Coutinho
(João Pessoa, PB)

Uma multidão avança
no deserto das cidades
no deserto das pessoas
uma multidão avança
pelas cidades
em busca de algo
para existir.
São negros, índios, ciganos
numa multidão histórica
a vagar pelo deserto das cidades
na construção de melhores
condições de vida.
São os que não tem terra
os que não tem pão
os que não tem nada
de sua dignidade perdida.
Buscam o futuro.
Querem suas vidas em sementes
para o plantio das coletividades
na terra que lhes foi negada
que lhes foi tomada por outros negros,
índios, ciganos e brancos
interessados apenas em lucrar.
Essa multidão avança
entre um deserto e outro
à procura de algo 
que a faça parar de caminhar a êsmo
caminhar sem descanso
caminhar sem sentido.
É o MST?
É o povo negro, índio e cigano que apenas grita gol?
São os palestinos traídos?
São os africanos traídos?
É uma flor no pântano
que irá desabrochar.
Diáspora
Amilcar Farina
(São Paulo)

Como foi distante
olhar-te da outra margem do rio
por que somente um dia?
Se todo dia é dia, e é noite também
Como é... Será
sentir-se estrangeiro em sua própria pele?
Todo mundo
criança, homem e mulher
carrega a história de um povo
a memória de um lugar
Seis bilhões de histórias
não vejo cor, não vejo pátria, só o mar
Margear-me
de outros sons, pisar no chão
se somos par
Cabelo bom, Cabelo ruim
Pixaim
Cabelo duro, Cabelo escuro
Pixaim
Puxa puxa puxa
Alisa
Pixaim
Cabelo coitado, Cabelo encerado
Pixaim
Esquenta a chapa
Esfrega e lava
Pixaim
Cabelo enrolado, Cabelo mal-criado
Pixaim
Cabelo de trança, Cabelo que transa
Pixaim
Raiz enrolada
não cede a parada
Pixaim
Cabelo resiste, Cabelo persiste
Pixaim
Cabelo memória
não cede a História
Pixaim
Cabelo cipó
que brinca a criança
Pixaim
Cabelo sorriso
tocando cavaco
Pixaim
Cabelo RG, Cabelo você
Pixaim
Cabelo não esconde, Cabelo Além-mar
Pixaim
Cabelo de Santo, Cabelo Ossaim
Pixaim
Cabelo, sim
Lembrando de mim
Pixaim

Cabelereiro, João Junior (São Paulo)
Julia Salgueiro
(São Paulo)

A diferença entre as pessoas
soma, engrossa o caldo
o diferente acrescenta em
riqueza e ao que somos
Agradeço:
Ao tambor, ao axé, à cor negra,
ao canto, à Umbanda, à
Capoeira, às cores pulsantes, às
estampas maravilhosas,
ao ritmo, ao samba.
O laê laê la olele
olala ê lalala olala
o lalaê lalaê lalaela
o lalaê lalalaê lalaela
Oração
Vanessa Biffon
(São Paulo)

Chão de terra pisado
A benção, Iansã!
Faça eu voar em teus ventos
Faça eu honrar este intento
Faça eu crescer em idade
Terra pisada de chão
A benção, meu pai, Oxalá!
Risca meu corpo suado
Guia teu povo afastado
Deixa crescer a oração
Ildo Rogério
(São Paulo)

Meu sonho passa por um lugar
um lugar com minhas crianças
crianças de todas as cores, piás
brancas, negras, amarelas
convivendo com igualdade
Um dia chegou um adulto
que encrespou com uma criança
esse encrespar significar discriminar
discriminar significa segregar
e segregar dá raiva, revolta
As crianças com essa revolta, raiva,
todas, foram pra cima do adulto
o adulto viu-se acuado pela ira das
crianças
e saiu correndo
Esse adulto é esse ser que está
dentro de nós
que de uma maneira discrimina,
segrega...
E nos dá raiva, revolta...
Mas as crianças...
Nuvens Pretas, João Pedro
(São Paulo)
Nuvens pretas parecem chocolates pretos no mundo

Em nome dos negros
Os nomes dos negros parecem rabanetes
dos rabanetes parecem negros
os negros conhecem as negras por aí
são amigas rabanetes e legais

Maria Caroline da Silva
(São Paulo)
Na África só tem preto que não dança direito
vou ter que dançar no lado esquerdo
Eu não tou de brincadeira
se não vai levar uma surra
que vai parecer uma arara
eu sou negra mas não me importo disso
mas pelo menos sou gostosa
___________________________________________
Eu sou negra mas não ligo
bom ser negra
e é muito bom
Árvores negras
Árvores negras possuem frutas estragadas que caem do pomar
do pomar nascem outras árvores negras

Negros e negras
Um dia o negrinho conhecia negras
muito negrita e foforita
um dia o negro conheceu a vó
chamada escarregadas
a negra e a negra era muitas
fogueiras saberam não poema

A Bruxaria dos negros
A Bruxaria dos negros parecem bolachas recheadas
a Bruxaria dos negros são apenas maldades mesmo
e fale a penas

Bombos pretos
O pássaro preto

O bombo preto é a vingança do mal
que não traz paz pra nós
O pássaro preto rabanete
também são negros
gostava de tudo quanto passa na rua
negros mesmo
Viu um outro pássaro preto rabanete
que sabe que é do mal
de tudo veio
porque é do mal
cabelo preto
porque não traz nada paz pra nós
e rabanete grande
E também são negros
muitos negros racistas

Yasmim
(São Paulo)

As ruas negras
As ruas negras são como
ruas negras
e muitas aparecem só de noite
a noite para caçar alimentos direto mesmo
Afro-Sarau
Stephanie Gomes
(São Paulo)
Salve negro! Salve negro!
Salve mulata bonita!
Salve gente do nosso povo,
Salve terra garrida
Sem racismo
sem solidão
sem racismo
pelo nosso coração

Que embola...
Odé Amorim
(Santo André)
Cheiro de corpo, de povo, de gente
África vive, presente, latente
pé branco dançando barreiro
voz pálida, seca de corero
ritmo de pó de terreiro
ginga de moleque angoleiro
de preta mistura que assusta
é preta a tradição, confusa
abraço de ventre inteiro
umbiga, requebra traseiro
se pausa, quem cai é o parceiro
balança, soa candongueiro
tá dentro da alma a herança
macumba, axé de criança
galo que canta já é hora
é hora de cabelo que embola
Meu corpo nega outros amores
Algo deve estar escrito nas leituras geradas espontaneamente
Meu corpo não nega outros amores
 
Tudo o que está oposto ele hipnotiza
Filho de Xangô
Possui o metal degolador
Ninguém escapa da mercê
 
Seu e de ninguém
Quer provar e povoar nações
Os estratagemas são notórios:
Imprevisíveis vândalos
Aceitam a oferta; ela
 
O néctar dessas civilizações contempladas
Com a invasão desse batalhão; meu corpo
 
Com a invasão desse clã
Conhecido como lenda
INCUMBIDO
Até aparecer justificando a majestade
Edy Souza (São Paulo)
 
Criadora deste meu corpo
 
É você que fez a história
É você o oráculo ditando máximas
 
Palatáveis e seminais
Apenas,
Na aridez da sofrida reflexão
 
É você autora disso
Isso chamado nós dois um
 
É você que dá suprimento
A um mínimo incompreensível, mas, aceito!
Por isso, a invasão é aceita
Como dádiva inquestionável
Superando qualquer perda.
Minha cor marrom
Keli Andrade
(São Paulo)

Sou negra sim, tenho orgulho da minha cor
tenho uma mistura de cor bem singela,
sou filha de índio e negro,
sou da cor da terra,
tenho em minha alma a força da natureza
e a visão dos meus descendentes,
Sou negra de corpo e alma,
sou criação de Deus
uma mistura que só ele me deu.
Sou da cor marrom,
cor que combina com tudo,
com o mar com o verde da natureza
e com o azul do céu...
O chocolate é marrom
e tem o sabor especial
e pertence à natureza,
então eu sou marrom
e também pertenço a esse planeta...
Sou negra sim
e sou muito feliz assim,
não sou diferente
sou como toda gente,
Amo, sofro
e sinto choro
e fico triste,
mas tudo isso existe,
sou ser humano
como outro qualquer,
e acima de tudo
sou uma linda mulher,
marrom da cor do pecado.
Vanessa Soares (São Paulo)

Ah, minha pele
negra sim
morena não
Ah, minha boca
carnuda, vermelha, linda sim
o orgulho está dentro de mim
Você não precisa me dizer
eu já sei
sou linda
sou negra
sim
Sangue negro
Keli Andrade
(São Paulo)

Minha cor negra é bela sim,
sou negra de pele e de sangue
sou a mistura do meu Brasil
sou a cor da luta da justiça do amor
sou a cor negra que luta por meus ideiais
sou a cor da raça negra, sou a raiz da cor
Sou negra sim e com muito amor
sou a cor que às vezes fui discriminada
e meus descendentes foram vendidos,
trocados, usados e depois foram jogados
ao vento para morrer,
mas não desanimaram,
não chorarão, não gritarão
mas lutarão pela própria sobrevivência,
lutarão por amor a seus filhos
e por isso hoje eu estou aqui
representando esse povo que tanto me orgulha
carrego na cor da minha pele lembranças dessa nação,
que outras vezes foram vendidos,
chicoteados e massacrados,
Por ter essa cor
tão linda
não precisamos tomar sol
pois já temos o prazer de ter essa pele tão escura,
o cabelo crespo ou enrolado mostra o charme que só ele tem,
somos negro sim de corpo e de alma...
Corpos velados
Yure Romão
(São Paulo)
Todos os dias a favela vela
Os corpos na vala
Que são de quem fala
Aquilo que se quer calar
 
A vela acesa
Revela uma vida apagada
Uma vida levada
De forma velada
Cálice que não se cala
 
No asfalto falta agir
A girar, o mundo segue
E a falta de ação
Asfalta nossas vidas
Sepulta nossos sonhos
E o que era para se tornar concreto
Virou cimento, debaixo do concreto
Sonho não concretizado
Asfalto frio e acinzentado
Que de tanto, apaga a vela
Ninguém se rebela
Cinza: mistura de rubro e negro
Sangue de preto
Que escorre do alto
 
A chama se vai
E ficam as cinzas
Cinzas que asfaltam a vergonha cinza da cidade.
Keli Andrade

Nossa luta,
para que lutamos
para que viemos aqui?
Viemos para amar-nos, apaixonar-nos, impor
e por que nos acham tão diferentes assim,
só pelo tom de minha cor,
somos todos iguais,
somos todos filhos de Deus o único criador,
somos uma mistura de cor onde cor negra prevaleceu.
Agora com orgulho eu te digo
quem sou eu?
Sou a cor negra, sou a cor negra
do lápis de cor sou o marrom
da terra sou o escuro da noite
sou tudo isso e sou mais um pouco.
Amo, me apaixono e sou família
amo a minha cor, amo a minha vida.
Tayna da Silva Alves Severino
Por que tem que ser assim negros
trabalham e os brancos e
os ricos gozam de mim.
A escravidão é como a morte
sofre, sofre, sofre
e nunca ganha nada.

- Branco?
- Amarelo?
- Pardo?
Os negros mereciam ser
- Moreno?
mais bem tratados além
- Negro?
de trabalhar ainda cantavam.
- O que eu sou?
Rico se acha porque
- Quem misturou?
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mais respeito e educação.
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Nós negros não precisamos
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  • 1. II Sarau AfroBiblioBrasileiro novembro 2011 - Biblioteca CEU 3 Pontes - PIÁ concurso solidário A f r o P o e m a s
  • 2. É crescente a necessidade de falar sobre temáticas sociais que ainda hoje são nós pessoais e coletivos na constituição psicológica de nossa nação. E se conseguimos fazê-lo por caminhos artísticos / poéticos, acreditamos que tais debates e reflexões podem experimentar processos e resultados impressionantes. Artistas educadores PIÁ CEU 3 Pontes: - Daniel (Artes Visuais) - Guilherme (Dança) - João (Teatro) - Rogerio (Música) Essa foi justamente a proposta do concurso solidário AfroPoemas e agora apresentamos a publicação que nos dá muito orgulho. E certamente vontade de fazer outras... Biblioequipe CEU 3 Pontes: - Cássia - Claudia - Madeline - Marcos ARTE DE PIÁ artedepia@gmail.com www.artedepia.blogspot.com (descarregue a publicação e outros itens gratuitamente na página)
  • 3. poetas participantes: Yasmim Ana Flávia Vanessa Soares Keli Andrade João Pedro Maria Caroline de Souza Manoel Amancio da Silva Stephanie Gomes Pedro Osmar Gomes Coutinho Edy Souza Amilcar Farina Guilherme de Almeida Vanessa Biffon Ildo Rogério João Júnior Júlia Salgueiro Odé Amorim Yure Romão Tayna da Silva Alves Severino
  • 4. Ana Flávia (São Paulo) A Família Negra A Família Negra Como uma peneira Às vezes limpa às vezes suja é como roupa suja na lavanderia Negros Uma negrinha conheci Um negro conheci e aprendi assim Minha vó é uma negra me conta estórias de negros e escravidões E é assim que eu sou feliz O Menino Negro Quando passa pela rua todo o preconceito aparece, Quando passa pela casa tudo reconhece é assim que as pessoas negras conhecem ele um lado a outro e de lá pra cá Pássaros Negros Um belo dia vi um pássaro negro outro dia vi você negra você Negra é tão bonita negra Minha linda vida negra Ah como eu sou feliz com a minha vida negra Sem ela eu não sou nada Como eu sou feliz e conto a todo o mundo escutar
  • 5. O medo já não existia mais, A boneca negra dos cabelos brancos prateados hoje tem um canto na minha vida. As lembranças, os pavores, os gritos e as lágrimas quando criança, agora desejo, espelho, tato e lembrança... A boneca negra nua, na estante do quarto da prima de frente a janela olhando para a rua. E eu inquieto, brinco agora... Teimoso, fogo, penteio... Ariano, desdenho, converso e olho para a boneca preta na estante dourada no canto do quarto Venci o medo, apropriei do desejo, mudei os penteados, um bom rebolado, na estória vivida na memória, na minha vida... Negra Ela, medo dela, Bela... Guilherme de Almeida (São Paulo)
  • 6. Antepassados Manoel Amancio da Silva (São Paulo) Essa minha pele branca. Ah! Essa minha pele branca! Ela não fala por mim, Orgulho-me dos meus antepassados que não eram assim. Eram negros, mulatos e morenos com muitas histórias contadas, em muitas gerações. Motivaram lágrimas, fortes emoções. Contam crenças e costumes embarcações de bambu, histórias do líder guerreiro Chaka do povo Zulu. Minha avó conta histórias que não eram do tempo dela, hoje se emociona quando fala de um tal Martin Luther King, e um outro, Nelson Mandela. Lamento a sorte de alguns países africanos que lutam contra a miséria, então... penso nos meus antepassados e me sinto um pouco Serra Leoa um pouco Nigéria.
  • 7. Pedro Osmar Gomes Coutinho (João Pessoa, PB) Uma multidão avança no deserto das cidades no deserto das pessoas uma multidão avança pelas cidades em busca de algo para existir. São negros, índios, ciganos numa multidão histórica a vagar pelo deserto das cidades na construção de melhores condições de vida. São os que não tem terra os que não tem pão os que não tem nada de sua dignidade perdida. Buscam o futuro. Querem suas vidas em sementes para o plantio das coletividades na terra que lhes foi negada que lhes foi tomada por outros negros, índios, ciganos e brancos interessados apenas em lucrar. Essa multidão avança entre um deserto e outro à procura de algo  que a faça parar de caminhar a êsmo caminhar sem descanso caminhar sem sentido. É o MST? É o povo negro, índio e cigano que apenas grita gol? São os palestinos traídos? São os africanos traídos? É uma flor no pântano que irá desabrochar.
  • 8. Diáspora Amilcar Farina (São Paulo) Como foi distante olhar-te da outra margem do rio por que somente um dia? Se todo dia é dia, e é noite também Como é... Será sentir-se estrangeiro em sua própria pele? Todo mundo criança, homem e mulher carrega a história de um povo a memória de um lugar Seis bilhões de histórias não vejo cor, não vejo pátria, só o mar Margear-me de outros sons, pisar no chão se somos par
  • 9. Cabelo bom, Cabelo ruim Pixaim Cabelo duro, Cabelo escuro Pixaim Puxa puxa puxa Alisa Pixaim Cabelo coitado, Cabelo encerado Pixaim Esquenta a chapa Esfrega e lava Pixaim Cabelo enrolado, Cabelo mal-criado Pixaim Cabelo de trança, Cabelo que transa Pixaim Raiz enrolada não cede a parada Pixaim Cabelo resiste, Cabelo persiste Pixaim Cabelo memória não cede a História Pixaim Cabelo cipó que brinca a criança Pixaim Cabelo sorriso tocando cavaco Pixaim Cabelo RG, Cabelo você Pixaim Cabelo não esconde, Cabelo Além-mar Pixaim Cabelo de Santo, Cabelo Ossaim Pixaim Cabelo, sim Lembrando de mim Pixaim Cabelereiro, João Junior (São Paulo)
  • 10. Julia Salgueiro (São Paulo) A diferença entre as pessoas soma, engrossa o caldo o diferente acrescenta em riqueza e ao que somos Agradeço: Ao tambor, ao axé, à cor negra, ao canto, à Umbanda, à Capoeira, às cores pulsantes, às estampas maravilhosas, ao ritmo, ao samba. O laê laê la olele olala ê lalala olala o lalaê lalaê lalaela o lalaê lalalaê lalaela
  • 11. Oração Vanessa Biffon (São Paulo) Chão de terra pisado A benção, Iansã! Faça eu voar em teus ventos Faça eu honrar este intento Faça eu crescer em idade Terra pisada de chão A benção, meu pai, Oxalá! Risca meu corpo suado Guia teu povo afastado Deixa crescer a oração
  • 12. Ildo Rogério (São Paulo) Meu sonho passa por um lugar um lugar com minhas crianças crianças de todas as cores, piás brancas, negras, amarelas convivendo com igualdade Um dia chegou um adulto que encrespou com uma criança esse encrespar significar discriminar discriminar significa segregar e segregar dá raiva, revolta As crianças com essa revolta, raiva, todas, foram pra cima do adulto o adulto viu-se acuado pela ira das crianças e saiu correndo Esse adulto é esse ser que está dentro de nós que de uma maneira discrimina, segrega... E nos dá raiva, revolta... Mas as crianças...
  • 13. Nuvens Pretas, João Pedro (São Paulo) Nuvens pretas parecem chocolates pretos no mundo Em nome dos negros Os nomes dos negros parecem rabanetes dos rabanetes parecem negros os negros conhecem as negras por aí são amigas rabanetes e legais Maria Caroline da Silva (São Paulo) Na África só tem preto que não dança direito vou ter que dançar no lado esquerdo Eu não tou de brincadeira se não vai levar uma surra que vai parecer uma arara eu sou negra mas não me importo disso mas pelo menos sou gostosa ___________________________________________ Eu sou negra mas não ligo bom ser negra e é muito bom
  • 14. Árvores negras Árvores negras possuem frutas estragadas que caem do pomar do pomar nascem outras árvores negras Negros e negras Um dia o negrinho conhecia negras muito negrita e foforita um dia o negro conheceu a vó chamada escarregadas a negra e a negra era muitas fogueiras saberam não poema A Bruxaria dos negros A Bruxaria dos negros parecem bolachas recheadas a Bruxaria dos negros são apenas maldades mesmo e fale a penas Bombos pretos O pássaro preto O bombo preto é a vingança do mal que não traz paz pra nós O pássaro preto rabanete também são negros gostava de tudo quanto passa na rua negros mesmo Viu um outro pássaro preto rabanete que sabe que é do mal de tudo veio porque é do mal cabelo preto porque não traz nada paz pra nós e rabanete grande E também são negros muitos negros racistas Yasmim (São Paulo) As ruas negras As ruas negras são como ruas negras e muitas aparecem só de noite a noite para caçar alimentos direto mesmo
  • 15. Afro-Sarau Stephanie Gomes (São Paulo) Salve negro! Salve negro! Salve mulata bonita! Salve gente do nosso povo, Salve terra garrida Sem racismo sem solidão sem racismo pelo nosso coração Que embola... Odé Amorim (Santo André) Cheiro de corpo, de povo, de gente África vive, presente, latente pé branco dançando barreiro voz pálida, seca de corero ritmo de pó de terreiro ginga de moleque angoleiro de preta mistura que assusta é preta a tradição, confusa abraço de ventre inteiro umbiga, requebra traseiro se pausa, quem cai é o parceiro balança, soa candongueiro tá dentro da alma a herança macumba, axé de criança galo que canta já é hora é hora de cabelo que embola
  • 16. Meu corpo nega outros amores Algo deve estar escrito nas leituras geradas espontaneamente Meu corpo não nega outros amores   Tudo o que está oposto ele hipnotiza Filho de Xangô Possui o metal degolador Ninguém escapa da mercê   Seu e de ninguém Quer provar e povoar nações Os estratagemas são notórios: Imprevisíveis vândalos Aceitam a oferta; ela   O néctar dessas civilizações contempladas Com a invasão desse batalhão; meu corpo   Com a invasão desse clã Conhecido como lenda INCUMBIDO Até aparecer justificando a majestade Edy Souza (São Paulo)   Criadora deste meu corpo   É você que fez a história É você o oráculo ditando máximas   Palatáveis e seminais Apenas, Na aridez da sofrida reflexão   É você autora disso Isso chamado nós dois um   É você que dá suprimento A um mínimo incompreensível, mas, aceito! Por isso, a invasão é aceita Como dádiva inquestionável Superando qualquer perda.
  • 17. Minha cor marrom Keli Andrade (São Paulo) Sou negra sim, tenho orgulho da minha cor tenho uma mistura de cor bem singela, sou filha de índio e negro, sou da cor da terra, tenho em minha alma a força da natureza e a visão dos meus descendentes, Sou negra de corpo e alma, sou criação de Deus uma mistura que só ele me deu. Sou da cor marrom, cor que combina com tudo, com o mar com o verde da natureza e com o azul do céu... O chocolate é marrom e tem o sabor especial e pertence à natureza, então eu sou marrom e também pertenço a esse planeta... Sou negra sim e sou muito feliz assim, não sou diferente sou como toda gente, Amo, sofro e sinto choro e fico triste, mas tudo isso existe, sou ser humano como outro qualquer, e acima de tudo sou uma linda mulher, marrom da cor do pecado.
  • 18. Vanessa Soares (São Paulo) Ah, minha pele negra sim morena não Ah, minha boca carnuda, vermelha, linda sim o orgulho está dentro de mim Você não precisa me dizer eu já sei sou linda sou negra sim
  • 19. Sangue negro Keli Andrade (São Paulo) Minha cor negra é bela sim, sou negra de pele e de sangue sou a mistura do meu Brasil sou a cor da luta da justiça do amor sou a cor negra que luta por meus ideiais sou a cor da raça negra, sou a raiz da cor Sou negra sim e com muito amor sou a cor que às vezes fui discriminada e meus descendentes foram vendidos, trocados, usados e depois foram jogados ao vento para morrer, mas não desanimaram, não chorarão, não gritarão mas lutarão pela própria sobrevivência, lutarão por amor a seus filhos e por isso hoje eu estou aqui representando esse povo que tanto me orgulha carrego na cor da minha pele lembranças dessa nação, que outras vezes foram vendidos, chicoteados e massacrados, Por ter essa cor tão linda não precisamos tomar sol pois já temos o prazer de ter essa pele tão escura, o cabelo crespo ou enrolado mostra o charme que só ele tem, somos negro sim de corpo e de alma...
  • 20. Corpos velados Yure Romão (São Paulo) Todos os dias a favela vela Os corpos na vala Que são de quem fala Aquilo que se quer calar   A vela acesa Revela uma vida apagada Uma vida levada De forma velada Cálice que não se cala   No asfalto falta agir A girar, o mundo segue E a falta de ação Asfalta nossas vidas Sepulta nossos sonhos E o que era para se tornar concreto Virou cimento, debaixo do concreto Sonho não concretizado Asfalto frio e acinzentado Que de tanto, apaga a vela Ninguém se rebela Cinza: mistura de rubro e negro Sangue de preto Que escorre do alto   A chama se vai E ficam as cinzas Cinzas que asfaltam a vergonha cinza da cidade.
  • 21. Keli Andrade Nossa luta, para que lutamos para que viemos aqui? Viemos para amar-nos, apaixonar-nos, impor e por que nos acham tão diferentes assim, só pelo tom de minha cor, somos todos iguais, somos todos filhos de Deus o único criador, somos uma mistura de cor onde cor negra prevaleceu. Agora com orgulho eu te digo quem sou eu? Sou a cor negra, sou a cor negra do lápis de cor sou o marrom da terra sou o escuro da noite sou tudo isso e sou mais um pouco. Amo, me apaixono e sou família amo a minha cor, amo a minha vida.
  • 22. Tayna da Silva Alves Severino Por que tem que ser assim negros trabalham e os brancos e os ricos gozam de mim. A escravidão é como a morte sofre, sofre, sofre e nunca ganha nada. - Branco? - Amarelo? - Pardo? Os negros mereciam ser - Moreno? mais bem tratados além - Negro? de trabalhar ainda cantavam. - O que eu sou? Rico se acha porque - Quem misturou? tem dinheiro, mas pobre tem - Alguém errou? mais respeito e educação. - Sou vítima? - Ou sou algoz? Nós negros não precisamos - Alguém ganhou? de empregados para sobreviver - Quem perdeu? e os ricos só dependem deles. - Somos diferentes? Pobre tem mais dignidade - Quais são nossas funções? pois rico só tem orgulho. - Servimos para que? - Servimos a quem? - Amamos? - Nos apaixonamos? - Ou temos interesses? - Somos todos iguais e não sabemos para que viemos! Nascemos outra vez? Não sabemos! Aproveite esta oportunidade! Viva em paz! Viva! Perdoe! Ame!