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 Com as novas ideologias políticas,
econômicas e sociais, influência das
revoluções francesas e industrial, surgiu um
“novo modo de pensar” no séc. XVIII, esse era
o pensamento liberal que a emoção
predomina sobre a razão.
 O Romantismo, designa uma tendência geral
da vida e da arte. O comportamento
romântico caracteriza-se pelo sonho, pelo
devaneio, por uma atitude emotiva,
subjetiva, diante das coisas.
 O pensamento romântico vai muito além do
que podemos ver; procura desvendar o que
estamos sentindo. O Romantismo não conta,
faz de conta, idealiza um universo melhor,
defendendo a idéia da expressão do eu-lírico,
onde prevalece o tom melancólico, falando
de solidão e nostalgia.
 Portugal, é reflexo dos dois acontecimentos
que marcaram e mudaram a face da Europa
na segunda metade do século XVIII: a
Revolução Francesa e a Revolução Industrial,
responsáveis pela abolição da monarquias
aristocratas e pela introdução da burguesia
que então, dominara a vida política,
econômica e social da época.
 A luta pelo trono em Portugal, se dá com
veemência, gerando conturbação e
desordem interna na nação. Com isso,
AlmeidaGarrett acaba por exilar-se na
Inglaterra, onde entra em contato com a
Obra de Lord Byron e Scott. Ao mesmo
tempo, por estar presenciando o
Romantismo inglês, envolve-se com o teatro
deWilliam Shakespeare (Hamlet).
 O Romantismo foi encarado como uma nova
maneira de se expressar, enfrentar os
problemas da vida e do pensamento.
 Esta escola, repudiava os clássicos, opondo-
se às regras e modelos, procurando a total
liberdade de criação, além de defender a
"impureza" dos gêneros literários.
 Com o domínio burguês, ocorre a
profissionalização do escritor, que recebe uma
remuneração para produzir a obra, enquanto o
público paga para consumi-la. O escritor
romântico projetava-se para dentro de si, tendo
como fonte o eu-lírico, do qual fluía um diverso
conteúdo sentimentalista e, muitas vezes,
melancólico da vida, do amor e, às vezes,
exageradamente, da própria morte. A
introversão era característica essencialmente
romântica.
 A natureza, assim como a mulher são
importantes pontos desse momento. O homem,
idealizava a mulher como uma deusa, coisa
divina e, com isso, retornava ao passado, no
trovadorismo, onde as "madames" eram tão
sonhadas e desejadas, mesmo que fossem
inatingíveis. Ao procurar a mulher de seus
sonhos e, então, frustrar-se por não encontrá-la
ou, muitas vezes, por encontrá-la e perdê-la, o
romântico entrava em constante devaneio.
 Para amenizar a situação, ao escrever
despojava todos os seus anseios fugindo da
realidade para isso usava o escapismo, onde,
tinha a natureza como confidente.Outra
forma de escapismo utilizada, era o
escapismo pela obscuridade, onde buscavam
o bem-estar nos ambientes fúnebres e
obscuros. Essas frustrações tidas por amores
ou simples desilusões com a vida,
provocaram muitos suicídios.
 Como toda tendência nova, o Romantismo
não veio implantar-se totalmente nos
primeiros momentos em Portugal.
Inicialmente, buscava-se gradativamente,
apagar os modelos clássicos que ainda
permeavam o meio sócio-econômico. Os
escritores dessa época, eram românticos em
espírito, ideal e ação política e literária, mas
ainda clássicos em muitos aspectos.
 Almeida Garrett - Na poesia, assimilou os
moldes clássicos e morreu sem tornar-se
romântico autêntico, pois carecia do
egocentrismo tão almejado pelos
românticos, deixando sua fantasia no teatro e
na prosa de ficção. Escreveu Camões (1825),
Dona Branca (1826), Folhas Caídas (1853),
Viagens na minha terra (1846), dentre outras.
 Alexandre Herculano - Na ficção de Alexandre
Herculano, prevalece o caráter histórico dos enredos,
voltados para a Idade Média, enfocando as origens de
Portugal como nação. Além disso, ocorrem muitos
temas de caráter religioso. Quanto à sua obra não-
ficcional, os críticos consideram que renovou a
historiografia, uma vez que se baseia não mais em
ações individuais, mas no conflito de classes sociais
para explicar a dinâmica da história.
 Sua obras principais são: A harpa do crente (1838),
Eurico, o presbítero (1844), dentre outras.
 Neste momento, desfazem-se os enlaces
arcádicos que ainda envolviam os escritores
da época. Aqui, notamos com plena
facilidade o domínio da estética e da
ideologia romântica. Os escritores tomam
atitudes extremas, transformando-se em
românticos descabelados, caindo fatalmente
no exagero, tendenciando temas soturnos e
fúnebres, tudo expresso numa linguagem
fácil e comunicativa.
 Soares de Passos - Soares de Passos
constitui a encarnação perfeita do "mal-do-
século".Vivendo na própria carne os
devaneios de que se nutria a fértil imaginação
de tuberculoso, sua vida e sua obra espelham
claramente o prazer romântico do escapismo
das responsabilidades sociais da época,
acabando por cair em extremo pessimismo,
um incrível desalento derrotista
 Acontece aqui, um tardio florescimento
literário que corresponde ao terceiro
momento do Romantismo, em fusão dos
remanescentes do Ultra-Romantismo. Esse
período é marcado pela presença de poetas,
como João de Deus,Tomás Ribeiro, Bulhão
Pato, Xavier de Novais, Pinheiro Chagas e
Júlio Dinis, que purificam até o extremo as
características românticas.
 Tomás Ribeiro mistura a influência de Castilho e
deVictor Hugo, o que explica o caráter entre
passadista e progressista da sua poesia.
 Bulhão Pato começa ultra-romântico e evolui,
através duma sátira às vezes cortante, para
atitudes realistas e parnasianas.
 Faustino Xavier de Novais dirigiu uma folha
literária. Satirizou o Ultra-Romantismo.
 Manuel Pinheiro Chagas cultivou a poesia de
Castilho, que motivou a Questão Coimbrã; a
historiografia e a crítica literária.
 Compreendemos que o Romantismo, não
passou de uma forma de repudiar as regras
que contornavam e preenchiam o campo
literário da época que, juntamente com a
ideologia vigente, traziam um enorme
descontentamento. Este momento em que a
literatura presenciava, talvez fosse, o marco
principal para a definitiva liberdade de
expressão do pensamento, que viria se firma,
tardiamente com o Modernismo.

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Romantismo

  • 1.
  • 2.  Com as novas ideologias políticas, econômicas e sociais, influência das revoluções francesas e industrial, surgiu um “novo modo de pensar” no séc. XVIII, esse era o pensamento liberal que a emoção predomina sobre a razão.
  • 3.  O Romantismo, designa uma tendência geral da vida e da arte. O comportamento romântico caracteriza-se pelo sonho, pelo devaneio, por uma atitude emotiva, subjetiva, diante das coisas.
  • 4.  O pensamento romântico vai muito além do que podemos ver; procura desvendar o que estamos sentindo. O Romantismo não conta, faz de conta, idealiza um universo melhor, defendendo a idéia da expressão do eu-lírico, onde prevalece o tom melancólico, falando de solidão e nostalgia.
  • 5.  Portugal, é reflexo dos dois acontecimentos que marcaram e mudaram a face da Europa na segunda metade do século XVIII: a Revolução Francesa e a Revolução Industrial, responsáveis pela abolição da monarquias aristocratas e pela introdução da burguesia que então, dominara a vida política, econômica e social da época.
  • 6.  A luta pelo trono em Portugal, se dá com veemência, gerando conturbação e desordem interna na nação. Com isso, AlmeidaGarrett acaba por exilar-se na Inglaterra, onde entra em contato com a Obra de Lord Byron e Scott. Ao mesmo tempo, por estar presenciando o Romantismo inglês, envolve-se com o teatro deWilliam Shakespeare (Hamlet).
  • 7.  O Romantismo foi encarado como uma nova maneira de se expressar, enfrentar os problemas da vida e do pensamento.
  • 8.  Esta escola, repudiava os clássicos, opondo- se às regras e modelos, procurando a total liberdade de criação, além de defender a "impureza" dos gêneros literários.
  • 9.  Com o domínio burguês, ocorre a profissionalização do escritor, que recebe uma remuneração para produzir a obra, enquanto o público paga para consumi-la. O escritor romântico projetava-se para dentro de si, tendo como fonte o eu-lírico, do qual fluía um diverso conteúdo sentimentalista e, muitas vezes, melancólico da vida, do amor e, às vezes, exageradamente, da própria morte. A introversão era característica essencialmente romântica.
  • 10.  A natureza, assim como a mulher são importantes pontos desse momento. O homem, idealizava a mulher como uma deusa, coisa divina e, com isso, retornava ao passado, no trovadorismo, onde as "madames" eram tão sonhadas e desejadas, mesmo que fossem inatingíveis. Ao procurar a mulher de seus sonhos e, então, frustrar-se por não encontrá-la ou, muitas vezes, por encontrá-la e perdê-la, o romântico entrava em constante devaneio.
  • 11.  Para amenizar a situação, ao escrever despojava todos os seus anseios fugindo da realidade para isso usava o escapismo, onde, tinha a natureza como confidente.Outra forma de escapismo utilizada, era o escapismo pela obscuridade, onde buscavam o bem-estar nos ambientes fúnebres e obscuros. Essas frustrações tidas por amores ou simples desilusões com a vida, provocaram muitos suicídios.
  • 12.  Como toda tendência nova, o Romantismo não veio implantar-se totalmente nos primeiros momentos em Portugal. Inicialmente, buscava-se gradativamente, apagar os modelos clássicos que ainda permeavam o meio sócio-econômico. Os escritores dessa época, eram românticos em espírito, ideal e ação política e literária, mas ainda clássicos em muitos aspectos.
  • 13.  Almeida Garrett - Na poesia, assimilou os moldes clássicos e morreu sem tornar-se romântico autêntico, pois carecia do egocentrismo tão almejado pelos românticos, deixando sua fantasia no teatro e na prosa de ficção. Escreveu Camões (1825), Dona Branca (1826), Folhas Caídas (1853), Viagens na minha terra (1846), dentre outras.
  • 14.
  • 15.  Alexandre Herculano - Na ficção de Alexandre Herculano, prevalece o caráter histórico dos enredos, voltados para a Idade Média, enfocando as origens de Portugal como nação. Além disso, ocorrem muitos temas de caráter religioso. Quanto à sua obra não- ficcional, os críticos consideram que renovou a historiografia, uma vez que se baseia não mais em ações individuais, mas no conflito de classes sociais para explicar a dinâmica da história.  Sua obras principais são: A harpa do crente (1838), Eurico, o presbítero (1844), dentre outras.
  • 16.
  • 17.  Neste momento, desfazem-se os enlaces arcádicos que ainda envolviam os escritores da época. Aqui, notamos com plena facilidade o domínio da estética e da ideologia romântica. Os escritores tomam atitudes extremas, transformando-se em românticos descabelados, caindo fatalmente no exagero, tendenciando temas soturnos e fúnebres, tudo expresso numa linguagem fácil e comunicativa.
  • 18.  Soares de Passos - Soares de Passos constitui a encarnação perfeita do "mal-do- século".Vivendo na própria carne os devaneios de que se nutria a fértil imaginação de tuberculoso, sua vida e sua obra espelham claramente o prazer romântico do escapismo das responsabilidades sociais da época, acabando por cair em extremo pessimismo, um incrível desalento derrotista
  • 19.
  • 20.  Acontece aqui, um tardio florescimento literário que corresponde ao terceiro momento do Romantismo, em fusão dos remanescentes do Ultra-Romantismo. Esse período é marcado pela presença de poetas, como João de Deus,Tomás Ribeiro, Bulhão Pato, Xavier de Novais, Pinheiro Chagas e Júlio Dinis, que purificam até o extremo as características românticas.
  • 21.  Tomás Ribeiro mistura a influência de Castilho e deVictor Hugo, o que explica o caráter entre passadista e progressista da sua poesia.  Bulhão Pato começa ultra-romântico e evolui, através duma sátira às vezes cortante, para atitudes realistas e parnasianas.  Faustino Xavier de Novais dirigiu uma folha literária. Satirizou o Ultra-Romantismo.  Manuel Pinheiro Chagas cultivou a poesia de Castilho, que motivou a Questão Coimbrã; a historiografia e a crítica literária.
  • 22.  Compreendemos que o Romantismo, não passou de uma forma de repudiar as regras que contornavam e preenchiam o campo literário da época que, juntamente com a ideologia vigente, traziam um enorme descontentamento. Este momento em que a literatura presenciava, talvez fosse, o marco principal para a definitiva liberdade de expressão do pensamento, que viria se firma, tardiamente com o Modernismo.