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Grounded

Up in the Air Series #3
R. K. Lilley
Sinopse:
A história de James e Bianca chega ao fim, em uma conclusão explosiva da trilogia Up In
The Air.
Depois de um namoro sério, mas curto, Bianca já não pode negar os seus sentimentos por
James, e embora ela tenha lutado muito, não pode mais evitar os seus sentimentos, mas ela
sabe também que ele se preocupa profundamente com ela. Em um salto de fé, ela decide
colocar de lado todas as suas dúvidas e viver com o bilionário enigmático. É o começo de
algo maravilhoso, ou as coisas estão acontecendo muito, muito rápido? Com James e Bianca
sentindo uma necessidade crescente de ficar juntos, que não pode mais ser negado, surgem
novas circunstâncias alheias, tentando separá-los. Em meio a ameaça de um monstro que
quer Bianca morta e as armadilhas constantes do passado indiscreto que James não
consegue escapar, esses dois amantes apaixonados conseguirão encontrar o seu felizes para
sempre?
A tradução em tela foi efetivada pelo grupo CEL de forma a
propiciar ao leitor acesso parcial à obra, incentivando-o à
aquisição da obra literária física ou em formato ebook. O
grupo CEL tem como meta a seleção, tradução e
disponibilização parcial apenas de livros sem previsão de
publicação no Brasil, ausente de qualquer forma de
obtenção de lucro, direto ou indireto.
No intuito de preservar os direitos autorais contratuais de
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outro site de domínio público, bem como abster-se de tornar
público ou noticiar o trabalho de tradução do grupo, sem a
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O leitor e usuário, ao disponibilizar a obra, também
responderá pela correta e lícita utilização da mesma,
eximindo o grupo CEL de qualquer parceria, coautoria, ou
coparticipação em eventual delito cometido por aquele que,
por ato ou omissão, tentar ou concretamente utilizar da
presente obra literária para obtenção de lucro direto ou
indireto, nos termos do art. 184 do Código Penal Brasileiro e
Lei nº 9610/1998.
Maio/2013
Este livro é dedicado a todos os
blogueiros e leitores maravilhosos
que saíram de seu caminho para
espalhar a palavra sobre esses livros.
Eu sou eternamente grata. Vocês
mudaram a minha vida.
CAPÍTULO UM
Sr. Cavendish
Nós aceleramos em direção a Manhattan, com o vidro de privacidade do
carro fechado. Stephan e Javier sentaram juntos, apertando as mãos, com os
olhos fixos em mim com preocupação. James me abraçou contra ele, suas
mãos reconfortantes enquanto me acariciava.
Eu descobri há poucos dias atrás, que meu pai havia se casado
novamente após a morte de minha mãe. Na cauda dessa revelação, eu havia
descoberto que eu tinha um meio-irmão, que era apenas um ano mais novo
do que eu. Isso significava que o meu pai tinha se encontrado com esta outra
mulher anos antes que minha mãe tivesse morrido. Antes que ele a tivesse
matado.
Eu não gostei daquela mulher que meu pai havia se casado, Sharon. Na
verdade, eu sentia um arrepio frio de desgosto atravessar o meu corpo, apenas
com o pensamento dela.
Eu acabei de descobrir que ela foi assassinada ontem à noite, e da
mesma forma que minha mãe tinha sido. Eu não tinha gostado da mulher,
mas desde que eu tinha descoberto a sua existência, senti a necessidade de
avisá-la sobre o meu pai. Eu queria garantir que ela soubesse em primeira
mão, o quão abusivo e violento ele era, eu queria avisá-la exatamente do que
ele era capaz de fazer, apenas para deixar a minha consciência tranquila.
Eu já havia tentado, por diversas vezes, conseguir falar com ela, mas eu
não tive sorte. Lógico ou não, eu sentia uma culpa esmagadora pelo meu
fracasso. James pareceu sentir a minha agitação interna, e tentou me consolar
com o seu toque.
Ele apenas me segurou por alguns minutos, antes de romper o silêncio
pesado que tinha alcançado todos nós. — Será que vocês gostariam de tomar
café da manhã em um restaurante ou em nosso apartamento? — Seu tom era
educado.
Stephan não hesitou. — Seu apartamento. Eu vi uma reportagem sobre
ele em uma revista de design de interiores há algumas semanas atrás. Eu
estou ansioso para fazer um tour.
James assentiu. — Ótimo! — Ele olhou para o relógio. — Infelizmente,
eu tenho apenas uma hora, então preciso voltar ao meu escritório.
Eu endureci, me sentindo excessivamente desapontada com a notícia,
apesar de que eu ainda nem tinha certeza se ele estaria lá para nos encontrar
no aeroporto. Ele havia mencionado várias reuniões hoje, mas eu ainda não
conseguia deixar de me sentir decepcionada que não iríamos ficar mais tempo
juntos, antes que ele tivesse que voltar para o trabalho.
Ele pareceu sentir a mudança em mim e começou a esfregar minhas
costas confortavelmente. Ele falou baixinho para mim. — Eu consigo resolver
as coisas no meu trabalho até às 16hs, e voltar para o apartamento, ainda
assim eu amaria se você viesse ao escritório para almoçarmos juntos.
Digamos por volta das onze? Eu...
— Eu estarei lá. — eu disse a ele rapidamente, querendo qualquer tempo
a mais que pudéssemos ter juntos.
Eu me sentia carente dele, como se tivéssemos sido separados por
semanas ou meses, em vez de dias. Eu nunca estive tão desesperada assim,
nem mesmo durante o tempo que eu o tinha afastado, por quase um mês. Eu
pensei que estava mais desesperada, porque agora eu tinha me permitido
começar a pensar que ele e eu poderíamos realmente ter um futuro juntos. O
pensamento tanto me animou, como fez torcer o meu estômago com uma
ansiedade aguda.
Ele beijou o topo da minha cabeça, mas não disse mais nada sobre isso.
Deixamos Stephan e Javier conversarem animadamente sobre seus planos
para o dia, que incluíam uma corrida no Central Park e um show da
Broadway, apesar de não conseguirem decidir sobre qual show iriam.
— Vocês se importam se eu fizer as reservas para nosso jantar mais
cedo? Eu vou escolher um bom lugar, apesar de que pode ser um julgamento
parcial, uma vez que provavelmente será meu. — James sorriu, aquele sorriso
auto-depreciativo, que eu sempre quis traçar com meus dedos.
Stephan e Javier concordaram com entusiasmo. Eu pensei que era doce
da parte dele pensar em fazer isso, mas eu me senti um pouquinho
desapontada. Eu queria um tempo a sós com ele, e até mesmo poucas horas a
mais de espera pareciam uma tortura.
Clark nos levou até o elevador na garagem subterrânea, sem precisar ser
avisado, me dando um sorriso muito amigável, quando James me ajudou a
sair do carro. Eu sorri de volta. O Motorista e guarda-costas de James estava
aparentemente satisfeito com o nosso retorno. Eu pensei que era bom ele,
aparentemente, me aprovar.
Stephan estava inquieto e empolgado, enquanto o elevador subia até a
cobertura.
James nos deu um tour um pouco apressado pelo opulento espaço,
fazendo questão de mostrar todos os ambientes que agora ostentavam minhas
pinturas. Eu ficava vermelha cada vez que ele fazia isso, ainda desconfortável
com elogios, sobre o meu lazer favorito.
O lugar era moderno e elegante, com o toque pessoal de design
Cavendish no apartamento inteiro. Eu já tinha visto tudo isso antes, e ainda
assim, continuava impressionada.
Ele nos levou por um longo corredor, o chão completamente revestido
de madeira moderna e cinza, até terminar na sala de jantar intimidante.
Stephan e Javier imediatamente caminharam até a janela que se
estendia por quase toda a parede da sala, e tinha uma vista espetacular do
Central Park.
— Uau! — Javier disse calmamente.
— Incrível. — Stephan suspirava.
Caminhei até a janela ao lado de Stephan, igualmente impressionada,
com a vista agora familiar.
James me abraçou por trás, inclinando-se na minha orelha.— Eu
preciso ir. Sua segurança estará esperando no elevador às 10:30hs para levala ao meu escritório. Se você precisar ir a algum lugar antes disso, basta ligar
para o número da segurança em seu telefone.
A porta da cozinha se abriu, e Marion apareceu sorrindo. Ela pegou
nossos pedidos de café da manhã, e alegremente se apressou de volta para a
cozinha.
— Vem comigo? — James perguntou baixinho, a boca ainda colada no
meu ouvido.
Eu tremi, concordando.
James se despediu de Stephan e Javier, me puxando, rapidamente, da
sala.
Ele pegou um atalho para o elevador. Ou melhor, eu pensei que fosse
um atalho, até mesmo porque ele estava me puxando em uma pequena área
de estar.
Eu mal tive tempo de olhar para a sala vagamente familiar, antes que ele
fechasse a porta, me esmagando contra ele, me beijando como se sua vida
dependesse disso. O beijo não tinha nada da sua finesse, e nem um pingo de
seu controle. Era um beijo bruto, um beijo dolorido, e eu me alegrava com
isso. Eu o teria beijado de volta, mas não era esse tipo de beijo.
Tudo o que eu podia fazer era suavizar a minha boca para ele — todo o
meu corpo suavizado.
Ele se afastou abruptamente.
Eu gemi um protesto.
Ele colocou uma mão em volta do meu pescoço, apertando apenas o
suficiente para me fazer suspirar, a outra mão indo a minha boca. Ele
pressionou apenas um dedo sobre meus lábios. — Eu tenho que ir. Mas eu
preciso de você. Me prometa que você irá ao meu escritório às onze.
Eu encarei seus belos olhos, procurando algo ali. Seu rosto e sua voz
estavam em carne viva com a necessidade. E medo.
— Eu disse que estaria lá. — eu disse a ele, não sabendo por que ele
precisava de mim, ou como tirar aquele olhar terrível de seus olhos.
— Me prometa. — ele disse baixinho, a voz próxima o suficiente de um
pedido, para fazer meu peito doer.
— Eu prometo. — eu disse baixinho.
Ele apenas acenou com a cabeça, o rosto dolorosamente solene. Ele me
puxou atrás dele, e eu o segui até o elevador.
Ele apertou o botão, me puxando em seu peito enquanto esperava
chegar. Não foi por acaso que ele apertou minha bochecha sobre seu coração.
Direto sobre o lugar onde ele tinha tatuado o meu nome em vermelho.
Ele não me beijou novamente. Na verdade, ele mal olhou para mim. Sua
máscara profissional estava presente, quando a porta do elevador fechou no
meu último vislumbre dele.
Eu voltei para a sala de jantar com os pés pesados.
Nós terminamos nosso café da manhã rapidamente, todos nós prontos
para uma soneca.
Stephan e Javier ficaram no andar abaixo do meu quarto com James,
alinhados com a visão perfeita do Central Park. Eu os levei até à sua porta,
dando um beijo superficial em Stephan, antes de ir até o quarto que eu dividia
com James. Eu podia ouvir as suas exclamações espantadas e animadas,
quando estava saindo, e eu sorri com carinho. Esse era o maior benefício da
riqueza, pensei. Fazer os outros felizes.
Eu fiz o meu caminho até o nosso quarto solitário.
Eu fiquei congelada na porta do nosso quarto por longos momentos, me
sentindo tão estranha em ficar lá sem James. Ele parecia tão vazio e estranho.
Eu fiz o mínimo necessário para me preparar para deitar, rastejando na
cama só depois que eu tinha, cuidadosamente, acionado o alarme. Eu iria
tirar uma soneca rápida, mas valeria a pena para encontrar James em poucas
horas.
Eu acordei grogue e desorientada, mas quando o nevoeiro se dissipou
do meu cérebro, e eu percebi onde eu estava, e que estaria vendo ele em
apenas uma hora, o nevoeiro se dissipou completamente, e eu corri para o
chuveiro, nervosa e animada.
Meu telefone tocou uma mensagem para mim, quando retornei ao
quarto, eu fui até ele para ler, ainda envolta em uma toalha.
James: Use uma saia.
Era um pedido bastante inocente, simples até, mas como partiu de
James, foi o suficiente para minha respiração ficar presa em antecipação. Eu
não sabia exatamente o que seria possível fazer em seu escritório, então
mantive o pensamento de apenas um almoço inocente, embora,
naturalmente, eu esperasse por mais. Meu humor subiu quando fiquei pronta,
a emoção pulsando através de mim. Ele tinha planos para mim, eu apenas
sabia disso.
Eu tentei não ficar intimidada com meu novo guarda-roupa, e procurei
por uma saia. Aquelas marcas, porém, eram algo que jamais conseguiria
comprar com meu dinheiro, por isso era difícil eu não pensar no fato de que
eu estava deixando James gastar uma fortuna comigo. Eu estava contando
minhas moedas por tanto tempo, que eu não podia evitar em achar que tudo
aquilo era um pouco de desperdício. Metade do seu closet colossal estava
agora cheio de roupas de grife femininas extremamente caras. Não havia
maneira alguma de que ele não tivesse gasto dezenas de milhares de dólares
naquilo.
Eu sabia que era bobagem, mas de alguma forma a roupa me
intimidavam ainda mais do que todas as jóias com diamantes que ele tinha
necessidade em me proporcionar. Sim, isso era bobagem, mas o fato é que eu
sabia o suficiente sobre roupas para ter uma ideia de quanto aquelas marcas
valiam, ao passo que o meu conhecimento sobre o preço de jóias era além de
insignificante.
A roupa estava toda separada em estilos e com os acessórios. Eu teria
ficado mais grata por essa conveniência, se eu não soubesse que isso tinha que
ser trabalho de Jackie. Eu não era exatamente uma fã dela.
Eu rapidamente peguei um confortável vestido azul celeste de seda que
aparentava ser confortável. Eu tentei não olhar para a marca, mas não deu
certo, já que a etiqueta Coleção Armani praticamente pulava em mim.
Eu coloquei meu sutiã e calcinha, puxei o tecido extravagantemente
suave sobre a minha cabeça, e me apaixonei imediatamente.
Ele era extremamente confortável, e realmente fácil de arrancar. Ele
abraçava as minhas curvas da forma mais lisonjeira, sem ficar nem um pouco
apertado. E ao contrário da maioria das roupas que eu normalmente
experimentava, era feito para a minha altura, as proporções certas, sem ser
muito curto no peito, ou nas pernas.
Aparentemente, havia alguma vantagem em gastar uma fortuna em
roupas. Claro, a maioria das roupas que eu tinha anteriormente, nunca
custaram mais que vinte dólares, se muito...
Havia uma seção inteira do armário inteiramente dedicada a sapatos e
eu fui lá depois. Minha boca se curvou e meu coração se aqueceu, quando eu
vi o que James havia feito lá.
Não havia nada além de saltos anabela e tênis. De todas as coisas que
ele tinha comprado para mim nesta monstruosidade de closet, eu pensei que
isso era o mais doce. Eu tinha feito uma simples menção a ele uma vez, que os
únicos sapatos que eu gostava eram tênis e saltos anabela, e era evidente que
ele prestou atenção.
Todos os sapatos femininos estavam em caixas inclinadas abertas, e
todas as caixas foram marcadas com etiquetas amarelas com números em
grandes letras vermelhas. Minha testa franziu. As etiquetas em todas as
roupas tinham essa mesma coisa. Levei a mão nas minhas costas,
cuidadosamente tentando puxar a etiqueta nas minhas costas, sem causar
dano ao lindo vestido.
Minha testa franziu quando vi o número 543 marcado na etiqueta.
Estudei as fileiras de caixas de sapatos, meus olhos encontrando um número
correspondente lá. Eu suspirei, minha boca torcendo ironicamente, quando
eu vi o sistema que tinha sido criado.
Jackie, aparentemente, não confiava em mim para combinar os meus
sapatos e roupas sem sua ajuda.
Parte de mim queria ignorar suas sugestões não tão sutis e só usar o que
eu queria, mas ela era uma compradora profissional, e eu, quase nunca,
comprava.
Eu decidi corajosamente lhe dar uma chance e tentar seguir sua
recomendação. Por que não? Se eu odiasse os sapatos que ela tinha escolhido,
eu usaria outra coisa.
Eu abri a caixa para encontrar um par de peep toe amarelo Prada, com
saltos anabela de verniz, com um laço de couro na ponta. Eu achei adorável.
Eu os coloquei e descobri que Jackie sabia o que estava fazendo. E como
um bônus, eles eram confortáveis e fáceis de caminhar.
Eu fiz a minha maquiagem nos olhos um pouco mais pesada, fazendo
um olho esfumaçado, mas que achei que ficou muito bom. Eu fui liberal com o
rímel preto, e mantive os meus habituais gloss rosa nos lábios. Fiquei
satisfeita com o resultado final. Eu tinha levado mais tempo do que o habitual
com a minha maquiagem, mas ainda assim tinha demorado apenas dez
minutos, o que me proporcionou uns bons 10 minutos ainda para o meu
cabelo, que só precisava de uma secagem rápida. Eu me dei uma rápida
olhada mais uma vez, percebendo que aquele corte de cabelo foi uma ideia
muito boa para mim.
Uma franja reta loira agora emoldurava meu rosto, deixando destacado
de forma quase surpreendente o azul marinho dos meus olhos.
Eu estava pronta na hora certa, quando ouvi uma batida na porta do
quarto. Abri a porta, pensando que fosse Marion. Eu estava menos do que
emocionada ao olhar para Jackie. Ela sorriu para mim.
Ela me olhou de cima a baixo, sorrindo, como se ela já não tivesse
deixado claramente expresso o quanto ela não gostava de mim. — Muito bom.
Armani se encaixa bem em você. Eu vou fazer uma nota disso.
Mantive em meu rosto uma expressão cuidadosamente educada e
impassível com a visão dela. Eu simplesmente não conseguia me obrigar a
sorrir de volta para ela, mas eu conseguia ser civilizada. — Eu estou com
pressa, por favor me desculpe...
Ela levantou um dedo. — Mais uma coisa. Deixei a coleção de suas
bolsas no quarto de hospedes. James odeia desordem, e elas ocupam muito
espaço, por isso parecia a melhor opção. Venha por aqui.
Ela se afastou, sem esperar por minha anuência.
Segui sem entusiasmo, determinada a ver do que ela estava falando e
continuar o meu caminho em tempo hábil.
Ela me levou até o quarto de hóspedes que eu tinha usado há apenas
alguns dias atrás para experimentar vestidos. O grande armário tinha agora
metade dele dedicado exclusivamente às bolsas.
Eu gemi.
Jackie me lançou um olhar. Foi quase hostil. — Você não gosta de
bolsas? — ela perguntou, incrédula.
Eu fiz uma careta. — Eu gosto de algumas, mas não aquelas que preciso
segurar na mão, essas não funcionam para mim. Eu não suporto ter que
segurar alguma coisa o tempo todo. Eu preciso de algo com uma alça longa. —
Ela fez um barulho de nojo puro, mas não perdeu tempo selecionando
uma bolsa para mim. Ela simplesmente agarrou um bolsa grande de couro
bege, estilo mochila, segurando em minha direção.
— Pelo amor de Deus, pelo menos mantenha em seu braço. Se eu souber
que você usou transpassado, vou apenas gritar.
Peguei a bolsa dela, lhe dei um olhar bem hostil, e sai o quarto. Eu tive
que voltar para o nosso quarto rapidamente para colocar todas as minhas
coisas na bolsa antes de descer correndo as escadas, agora atrasada.
CAPÍTULO DOIS
Sr. Violento
Desci as escadas, correndo até os elevadores. A equipe de segurança me
aguardava no elevador. Uma equipe...
Eu pisquei para os três homens austeros em ternos e uma mulher que
conseguia ser a mais intimidadora do grupo.
Blake acenou para mim, falando pela primeira vez. — Srta. Karlsson,
deixe-me apresentá-la ao resto de sua equipe de segurança. — Ela apontou
para o homem mais próximo a ela. Ele era enorme, com músculos definidos e,
obviamente, armado sob seu terno finamente costurado. Seu cabelo escuro
estava cortado muito curto e suas feições eram graves, mas atraente. — Este é
Williams.
— Srta. Karlsson. — disse ele, acenando para mim educadamente.
Eu inclinei a cabeça para trás, tentando registrar o nome em minha
memória. Eu, aparentemente, iria precisar aprender um monte deles, com
tanta segurança.
O elevador chegou e Blake me acenou para entrar. Eu entrei, tentando
não me sentir intimidada como os quatro me ladeado.
Blake pigarreou. —Precisamos nos apressar. Sr. Cavendish não ficará
satisfeito se você chegar atrasada. — Ele apresentou rapidamente os outros
dois homens.
Um deles era menor que os outros, pelo menos, alguns centímetro mais
baixo que eu, mesmo eu não estivesse usando salto de 7cm. Ele ainda era
intimidantemente largo, com músculos fortes, e o seu cabelo loiro curto
pareceu, sem dúvida, ex-militar. Blake o apresentou como Henry.
O último era quase exatamente da minha altura, com cabelos castanhos
e sorridentes olhos castanhos. Ele era menos grave do que os outros, e mais
atraente, mas ele ainda se mantinha naquela forma disciplinada que gritava
agente da lei, na testa. Blake o apresentou como Johnny.
Eu pensei que era estranho que alguns deles usassem seus primeiros
nomes, e outros seus sobrenomes, mas eu não perguntei a eles sobre isso. Eu
tinha sido condicionada desde muito jovem a não me intrometer.
Era final de junho, e quente como o inferno em Nova York. Eu estava
grata pelas minhas roupas leves, pois o calor e a umidade imediatamente
grudaram em mim, no segundo que saí. Meus seguranças me ladeavam de
perto, quando saímos do elevador para uma limusine estendida, que estava
alinhada diretamente com a entrada do prédio.
Eu tentei agir como se eu não estivesse desconfortável com a minha
configuração extremamente rica e minha superabundância ridícula de
seguranças, mas eu me sentia muito dura, enquanto andava do elevador até o
carro.
Minha equipe de segurança se organizou como se tivessem
coreografado, o que deviam fazer. Blake e Johnny se juntaram a mim na parte
traseira do veículo, Henry no lado do passageiro, e Williams na direção. A
curta viagem até o Hotel Cavendish foi um momento estranho. Blake manteve
silêncio total e absoluto, e Johnny parecia quase simpático demais para se
encaixar com o resto dos seguranças que eu conheci até agora.
— Então, Bianca, você está gostando da mudança para Nova York?
Eu pisquei para ele, perplexa. Eu estava tão acostumada à forma como
os outros guarda-costas eram profissionais a qualquer falha, que não estava
preparada para bate-papo casual. E a pergunta...
— Eu realmente não mudei para cá. Estou indo e voltando de Vegas.
Mas eu gosto de Nova York. Eu faço a rota aqui há alguns anos, e não há
planos para mudar isso.
Johnny me lançou um olhar perplexo. — Você continuará trabalhando?
Você vai continuar sendo comissária?
Eu olhei para ele com desconfiança. Eu não era de me intrometer, mas
Johnny aparentemente era. — Bem, sim. É o meu trabalho. Por que eu iria
sair?
— Hum, talvez porque o Sr. Cavendish gaste quatro vezes mais na
semana do que você ganha no mês, apenas em segurança para cada um de
seus vôos.
— Chega. — Blake o interrompeu asperamente. — Você deveria saber
melhor, Johnny. Se você chatear a Srta. Karlsson, o Sr. Cavendish vai demitilo. Inferno, ele vai dispensar todos nós.
O clima no carro ficou dolorosamente pesado depois, e eu não tinha
ideia de como responder a uma explosão inesperada de um estranho, e é claro
que eu não iria, porque eu não devo quaisquer explicações sobre a minha vida
a ninguém. Que atrevimento...
Eu meditei por todo o caminho até o nosso destino, olhando para fora
da janela, meu rosto uma máscara impassível.
Eu nunca tinha estado dentro do Manhattan Cavendish Hotel, mas eu
reconheci a construção colossal. As janelas modernas azuis, de vidro reflexivo
que cobriam todo o edifício fazia ele se destacar, como uma nova e cintilante
joia entre os arranha-céus.
Minha equipe de segurança se moveu para a sua formação bem
coreografada quando eu saí do carro, me escoltando até o saguão como se eu
fosse um chefe de estado ameaçado. Eu me senti ridícula.
Eu não tinha ideia para onde ir, mas felizmente eu não precisava. Blake
me levou infalivelmente pelo saguão de mármore suntuoso.
Estávamos quase na área dos elevadores bem guardados, quando ouvi
uma voz feminina chamar meu nome. Surpresa, eu me virei para ver quem
era, e enrijeci.
Jolene caminhou em nossa direção, um sorriso exuberante nos lábios.
Ela estava além de seminua, vestindo os menores shorts que eu já vi e um top
esportivo que era tão minúsculo que eu não imaginava por um segundo que
ele realmente pudesse fazer seu trabalho. Eu não podia adivinhar para onde
ela estava indo vestida assim. Eu quase pensei que era para malhar, exceto
que ela estava usando sandálias pretas sensuais e seu cabelo estava solto,
pendurado em cachos enrolando ao redor de seus ombros e costas.
Johnny assobiou apreciativamente enquanto ela se aproximava. Ele
estava diretamente à minha direita, mas eu não lhe poupei um olhar.
— A garota mais fodidamente sexy que eu já vi na minha vida. — ele
murmurou, não falando baixo o suficiente. Ok, era oficial, eu não era uma fã
de Johnny.
Jolene tentou se aproximar, mas Blake entrou em seu caminho antes
que ela estivesse há menos de 1 metro de mim. Ela amuou um pouco, mas era
obviamente uma afetação. — Bianca! Como você está?
Eu sempre me considerei uma pessoa controlada. As coisas raramente
saíam da minha boca, a menos que eu realmente quisesse dizê-las. Eu soube
imediatamente que este seria um daqueles raros momentos em que o meu
cérebro não estaria controlando a conversa.
— O que você está fazendo aqui? E por que você está vestida assim? —
Perguntei-lhe friamente.
Ela me deu um olhar que me fez endurecer. Foi aguçado e esperto. Ela
foi ali apenas para me provocar.
— Acabei de malhar. Este lugar tem uma academia alucinante. E eu
estou vestida assim porque James gosta de ver meu corpo. Ele diz que eu
tenho a barriga mais sexy do planeta. — Enquanto ela falava, passava a mão
bem cuidada de sua garganta à cintura baixa dos shorts obscenos. Ela tinha
uma barriga adorável, todas as cavidades bem tonificadas na pele escura, a
cintura ridiculamente pequena, especialmente em comparação com os seios
grandes que quase derramaram do seu top. Ela exalava sexo, e eu a odiava.
Minha respiração ficou presa com sua implicação. Ela estava dizendo
que estava aqui para ver James? Que ele ainda a via? Ela estava mentindo
descaradamente, ou dizendo alguma versão distorcida da verdade? De
qualquer maneira, eu estava desejando a morte dela, e eu só a vi duas vezes...
—Você está dizendo que está aqui para ver James? Que ele convidou
você? Basta falar claramente, porque eu não tenho absolutamente nenhuma
paciência para estes joguinhos. — eu disse a ela na voz mais vazia e fria.
Aquela voz era um antigo mecanismo de defesa para mim.
Ela apertou os lábios, passando a língua sobre os dentes. Eu queria
bater nela. Fiquei chocada com o desejo, mas mesmo o meu choque não
parecia fazer minha raiva súbita diminuir.
— Nada que seja da sua conta. — ela disse com petulância, cruzando os
braços, o que empurrou mais ainda para cima os falsos seios fartos. Esse top
era tão inútil que eu poderia ver a simples sugestão de seus mamilos,
enquanto ela os empurrava.
Eu não podia acreditar que James tinha passado tanto tempo com esta
mulher, mesmo com seu sex appeal. Para mim, ele era a síntese de elegância,
com seu charme, seus modos e sua beleza impossível, enquanto ela era
absolutamente um lixo humano.
— É, certamente, da sua conta. — uma voz que me fez querer derreter
falou por trás de mim. A mão grande e quente pressionada na minha nuca,
afastando levemente de lado o meu cabelo comprido, para se estabelecer lá
possessivamente. Eu não olhei para James. Eu estava muito irritada, chateada
e simplesmente com fome da visão dele.
— Por que você ainda está aqui, Jolene? — ele perguntou friamente. —
Eu lhe disse para sair esta manhã, quando tentou invadir, sem ser convidada,
o meu escritório. Preciso mandá-la ser escoltada para fora da minha
propriedade?
Uma expressão dura passou em suas feições tão rapidamente, que eu
pensei que poderia ter imaginado. Seu belo rosto rapidamente mudou em um
sorriso de satisfação. Ela jogou o cabelo preto encaracolado para trás dos
ombros, empurrando os seios mais ainda para cima. Como se precisasse.
— Estou aqui com Scott. Ele está hospedado na cobertura, e eu sou sua
convidada. Você vai lhe pedir para sair, também?
James se aproximou mais das minhas costas, envolvendo os braços em
volta dos meus ombros. Eu poderia dizer pelos seus olhos nos seus braços,
que Jolene não apreciava a vista.
—Talvez eu lhe conte o que você anda fazendo. Quão tolerante você acha
que seu marido será, se ele souber que você anda aplicando seus velhos
truques?
Ela ficou rígida, aparentando apenas um toque assustado, antes de
esconder o rosto em uma expressão serena. — Ele não vai acreditar em você.
E, mesmo que ele acredite, você nunca faria isso. Você sabe o quanto isso iria
machucá-lo.
— Está se tornando muito claro para mim, que a verdade não poderia
machucar Scott tanto quanto saber o que tem feito, Jolene. Eu não tenho mais
um pingo de paciência com nada que seja referente a você. Tenha isso em
mente.
Um movimento me chamou a atenção pelo canto do meu olho, e eu
olhei para trás de Jolene, onde um grande homem se movia a passos largos e
determinação até o nosso grupo.
Ele era alto e magro, mas ainda se movia com o passo de um atleta. Sua
coloração era semelhante à de James, com o cabelo castanho claro e a pele
muito bronzeada, embora a sua provavelmente tenha vindo do sol. Ao se
aproximar, vi que seus olhos eram castanho escuro e turbulentos. À primeira
vista, ele poderia parecer um pouco com James, mas em uma inspeção mais
próxima, sua boa aparência era mais robusta, menos refinada.
—Eu disse para você ficar longe da minha esposa. — o homem rosnou
tão logo ele estava ao alcance da voz. Eu percebi com um pouco de choque e
surpresa, que o homem parecia muito familiar. Eu não poderia saber de onde,
mas definitivamente eu tinha visto seu rosto em algum lugar.
— Mas de alguma forma, toda vez que eu viro as costas por cinco
minutos, você está aqui. Você precisa deixá-la ir, James.
James endureceu contra mim, mas o
surpreendentemente calmo quando ele respondeu.

tom

de

voz

era

— Você precisa pensar sobre o que você está dizendo, meu amigo. Ela
não tem sido honesta com você, e se dependesse de mim, eu nunca colocaria
os olhos nela novamente. Sua esposa vem me perseguindo e a minha
namorada, e eu já aguentei o suficiente dela. Eu estou em um relacionamento
sério, comprometido, e eu não quero nada com ela. Não queria nada sério
quando descobri que ela era sua esposa há três anos, e eu certamente não iria
querer tocar em Jolene agora. Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria lhe
poupado algumas dores, Scott, e eu não teria tocado nela , e certamente nunca
a teria apresentado a você. Ela não é quem você acha que ela é. Ela não é
digna que você a coloque em um pedestal.
Scott não levou as suas palavras, da maneira que eu sabia que James lhe
tinha destinado. Eu poderia dizer pela sinceridade em sua voz, que James só
estava falando a verdade brutal.
Scott zombou, fazendo uma cara feia. — Cuidado com a boca. Você está
falando da minha esposa. — Seu olhar rude se virou para mim.
— Então, ele está em um relacionamento sério com você, hein? Você
deve saber que ele não sabe o significado dessas palavras. Ele vai jogá-la fora
como todo o resto. Se você tiver sorte, ele vai passá-la para um amigo rico,
quando ele terminar com você.
Eu estava virando para o peito de James, antes que ele se movesse. Eu
enterrei meu rosto em seu pescoço, apertando meus braços em torno de suas
costelas, segurando firme.
— Não. — eu murmurei em seu pescoço. Ele parou seus movimentos.
Scott estava tentando provocá-lo, e eu sabia que tinha conseguido, mas eu
precisava que James controlasse seu temperamento - controlasse seus
punhos. James envolveu os braços firmes em volta de mim, como se fosse
incapaz de ignorar o meu gesto carinhoso, mesmo em um acesso de raiva.
— Se você falar assim com ela de novo, você vai se arrepender. — James
disse, sua voz cheia de uma fúria terrível.
Scott bufou, e até mesmo pelo ruído, eu poderia dizer que seu
temperamento estava tão perto da superfície quanto James. — Você está
preocupado com o que eu vou dizer a ela? Você comeu minha esposa, James,
só Deus sabe quantas vezes, e você está preocupado que eu vou o que...
magoar a sua mais recente foda, é isso?
James me virou gentilmente, me conduzindo até os elevadores
diretamente atrás de nós. Ele acariciou a mão sobre o meu cabelo, e eu podia
sentir que ele estava tremendo. — Meu amor. — disse ele, com a voz rouca,
mas ainda conseguindo ser amoroso. — Eu preciso que você vá lá para cima.
Por favor, espere por mim. Eu vou me juntar a você daqui a pouco. — Ele
apertou o botão enquanto falava, ainda me segurando perto.
Eu queria dizer alguma coisa, queria pedir a ele para não fazer nada
precipitado, não se meter em problemas, ou pior, se machucar, mas eu não
conseguia fazer as palavras saírem.
O elevador parou, e as portas se abriram, e eu entrei sem uma palavra.
Blake e Johnny entraram atrás de mim, e eu fiquei aliviada que pelo menos
dois dos guarda-costas ficaram com James.
As portas do elevador se fecharam e começamos a subir. Eu não tinha
ideia de que andar estávamos indo, ou mesmo quantos andares havia. Eu
olhei para o painel para ver, mas meus olhos estavam desfocados, e eu perdi
minha linha de pensamento.
O elevador finalmente parou e eu segui Blake para fora. Minha mente,
distraidamente, notando o meu redor, rico e opulento, meus saltos estalando
de forma constante nos pisos de mármore escuro, mas minha mente ainda
presa sobre o que poderia estar acontecendo lá embaixo — que eu tinha sido
muito covarde para ficar e assistir, ou até mesmo ficar e prevenir.
Um jovem e educada morena nos cumprimentou por trás de uma mesa
enorme.
— Srta. Karlsson, Sra. Blake, Johnny — ela murmurou quando
passamos por ela. Eu me perguntava como ela poderia ter me reconhecido a
primeira vista. Sem dúvida, era óbvio pela minha escolta armada...
Tudo isso apenas passando de forma distraída, o pensamento distante,
enquanto Blake me levava a um enorme escritório que tinha mais janelas
revestindo o local que paredes.
Blake fez uma busca minuciosa no escritório, verificando cada
centímetro do espaço e dentro das duas portas anexas. Johnny ficou ao meu
lado, enquanto ela fazia isso. Eu pensei que eles estavam exagerando um
pouco, mas o que eu sei?
Blake terminou sua busca, me dando um aceno severo com a cabeça
quando ela terminou. — Tudo limpo, Srta. Karlsson. Nós estaremos lá fora se
precisar de alguma coisa.
Ouvi a porta se fechar atrás de mim. Eu deixei minha bolsa em algum
lugar no chão, enquanto caminhava até as janelas. Notei distraidamente que a
decoração do escritório não tinha o toque de James. A decoração ali era um
estilo antiquado de New York, com uma mesa antiga e um piso de madeira
tradicional. A cadeira atrás da mesa era de couro marrom antigo, assim como
o sofá. Mesmo os tapetes davam uma sensação de dinheiro velho. Era tão
incomum para James, que eu fiquei pensando nisso um longo tempo,
deixando a estranha decoração me distrair.
Quando isso ficou cansativo, eu fui até a janela, olhando sem realmente
ver, a vista espetacular de Manhattan.
Eu não tinha ideia de quanto tempo eu estava ali como uma estátua,
antes que eu ouvisse a porta abrir e, em seguida, fechar atrás de mim. O
clique da porta sendo trancada era anormalmente alto naquele silêncio de
morte da sala.
— Vire-se e olhe para mim. — James disse, depois de um longo
momento, sua voz baixa e áspera.
Era uma loucura, não era razoável, era autodestrutivo... e masoquista,
mas eu fiquei molhada ao som daquela violenta voz áspera.
Eu me virei.
CAPÍTULO TRÊS
Sr. Sádico
Estudei-o por um longo tempo, minhas pernas tremendo, enquanto eu
absorvia ele completamente. Eu me encostei apoiada na janela.
Ele estava sem paletó, sua gravata torta. As mangas de sua camisa
branca estavam enroladas. Mas de uma forma bagunçada, pelo menos para
ele. Eu vi uma gota solitária de sangue em seu colarinho. Estudei seu rosto,
em seguida, seus braços. Seus dedos pareciam um pouco inchados, os punhos
cerrados, mas seu rosto estava intacto.
— Ele era um homem adulto que tinha insultado a pessoa mais
importante na minha vida. A coisa mais preciosa no meu mundo. Duas vezes.
Tire esse maldito olhar de medo em seu rosto. Eu nunca iria lhe dar um soco,
nunca iria atacá-lo se não fosse provocado. Mas eu vou te punir. — Enquanto
falava, ele começou a desabotoar a camisa, puxando-a da calça bege. Sua
ereção estava fortemente delineada contra o tecido pálido.
Eu lambia os lábios dormentes. — Por quê?
— Por esse olhar. Pela falta de confiança. Por me deixar por dias,
qualquer que seja o caralho do motivo. E você estava atrasada.
Ele caminhou em minha direção sem camisa, incrivelmente lindo, seus
músculos fortes flexionando ao longo de sua pele dourada perfeita a cada
passo. Eu vi meu nome, gravado em vermelho no peito, enquanto ele se
aproximava de mim.
Sua mão pesada caiu na minha nuca. Ele me empurrou lentamente para
a mesa apenas com esse contato. Ele me pressionou, com firmeza, mas de
forma gradual, até a frente do meu peito encostar-se ao topo de sua mesa,
meus quadris na borda. Suas mãos se moveram sob o meu vestido, sem
hesitação, segurando minha calcinha rendada e puxando-a para baixo, pelas
minhas pernas, em um movimento suave. Ele tocou um tornozelo.
— Levante! — Ele ordenou bruscamente.
Eu levantei meu pé. Ele repetiu o processo com a outra perna.
Seus dedos se moveram contra as minhas costas, soltando meu sutiã
através da seda do meu vestido, como só alguém com experiência nesse
processo poderia fazer. Ele tirou isso de mim rapidamente, deixando meu
vestido intacto.
Ele subiu a parte inferior do meu vestido de seda até acima dos meus
quadris, deixando a minha bunda e sexo nus para a sua atenta leitura. Ele
ficou em silêncio atrás de mim por um longo tempo. Eu me contorci.
— Feche os olhos! — Ele ordenou.
Eu obedeci.
Eu o ouvi caminhar a passos largos para longe de mim. Uma porta à
minha esquerda abriu e fechou. Eu podia ouvir minha própria respiração
ofegante. Eu estava extremamente excitada.
Eu o ouvi se aproximar de mim novamente, longos minutos mais tarde.
Ele não estava tentando ser silencioso.
— Segure a borda da mesa! — Ele ordenou.
Segurei.
— Alguma coisa a dizer? — Ele me perguntou com frieza.
Eu não sabia por onde começar, não sabia o que ele queria, mas eu tinha
que tentar. — Sinto muito, Sr. Cavendish.
— Pelo que você sente muito?
— Por tudo isso. Por deixá-lo por dias, qualquer que seja o motivo. Pelo
atraso. Por favor...
Ele atingiu, as cerdas duras batendo contra meu traseiro. Eu me
contorci. Isso ardia, mas não necessariamente feria. Era como apanhar com
um cabelo muito grosso. Talvez fosse por isso que ele não se conteve, batendo
uma e outra vez, sem pausa. Eu mexia contra a mesa, gemendo.
Ele apertou a mão com força na parte baixa das minhas costas, me
segurando imóvel, enquanto continuava trabalhando mais em mim. Ele
estendia o chicote no meu bumbum e coxas liberalmente. Isso continuou por
momentos intermináveis, enquanto eu me contorcia.
De repente, ele parou. Eu podia ouvir sua respiração áspera.
— Você gosta do chicote de pelo de cavalo? — ele perguntou.
Eu fiz um pequeno zumbido na minha garganta. — Eu gosto, Sr.
Cavendish.
— Isso era o que seria considerado um aquecimento, Bianca. Você sabe
o que isso significa?
Eu balancei minha cabeça. — Não, Sr. Cavendish.
Ele se moveu contra mim, pressionando todo seu peso fortemente
contra minhas costas, sua ereção sob a calça comprimindo o meu sexo. Ele se
inclinou e soprou as palavras em meu ouvido. — Abra os olhos.
Eu obedeci, tendo apenas uma visão lateral da mesa que eu estava
inclinada, uma vez que James estava pressionando minhas costas. Ele colocou
um objeto preto e azul pesado lá. Eu não conseguia entender inicialmente o
que eu estava vendo.
Parecia quase como um buquê de flores, mas não era...
Parecia pesado, e as extremidades da cauda grossa do chicote foi
moldado maravilhosamente em rosas azuis e pretas.
Lambi meus lábios, de repente, mais nervosa e assustada. Havia uma
dúzia de botões de rosa ameaçadores ali.
James trouxe o alça do couro daquele dispositivo de tortura até o meu
rosto, e eu vi aquelas rosas pesadas arrastar sobre a mesa , enquanto o chicote
se movia. Ele traçou a minha bochecha.
— O chicote de pelo de cavalo foi um aquecimento. — ele repetiu — E
isso significa que eu tenho planos para você, Bianca, e a dor ainda nem
começou.
Respirei instável, então fiquei tensa, quando eu ouvi o som
inconfundível de um zíper.
— Será que as rosas te assustaram? — Ele perguntou baixinho, com a
voz quase insultuosa. Ele estava segurando minhas coxas, puxando minhas
pernas mais abertas, me inclinando mais sobre a mesa.
— Sim. — eu disse sem fôlego.
— Eu vou dizer uma coisa. — ele começou, empurrando duro dentro de
mim enquanto falava. Eu gemia, chocada com a penetração inesperada. — Se
você conseguir se controlar em não gozar, quando eu te levar até a borda, vou
poupá-la das rosas. Por hoje. — Enquanto falava, ele estava saindo de mim,
arrastando seu pau perfeito maravilhosamente ao longo de cada nervo dentro
de mim.
Ele puxou completamente antes de mergulhar de novo, um acidente
vascular cerebral lento, duro, que fez meus dedos enrolarem.
— Para que seja justo, eu vou fazer isso rápido. — disse ele, com um
sorriso frio em sua voz. Ele puxou para fora e para dentro de mim novamente,
então começou a bater sério.
Era dolorosamente difícil, o seu comprimento grosso batendo em mim,
trabalhando mais, para dentro e para fora. Mesmo seu pênis estava
dominante e sádico hoje.
Uma de suas mãos segurou minha coxa com tanta força que eu sabia
que iria ficar marcada, a outra mão nas minhas costas, me prendendo
firmemente à mesa.
Ele me fodeu como ele raramente me fodia, se levando a uma liberação
rápida.
Quando ele gozou dentro de mim, um ruído alto e selvagem escapou de
sua garganta, o som abafado, como se ele não pudesse controlá-lo. Aquele
barulho me trouxe ao longo da borda. Eu gozei com um gemido, enquanto ele
ainda empurrava dentro de mim, esfregando o último jato de sua própria
libertação selvagem.
Ele não se demorou, saindo de mim, enquanto eu ainda estava apertada
ao redor dele. Senti o líquido morno ainda jorrando de seu comprimento
duro, quando ele se inclinou contra a minha bunda.
Ele me puxou para trás, até os meus pés tocarem o chão novamente. Eu
tinha esquecido até mesmo que eu ainda estava usando saltos, até que eles
tocaram vacilante o chão novamente.
Ele levantou meu vestido até em cima, então me puxou pelos ombros.
— Braços para cima, — ele murmurou, quando eu fiquei em pé
novamente.
Eu obedeci.
Ele puxou meu vestido pela minha cabeça. Virei a cabeça para olhá-lo,
enquanto ele o colocava cuidadosamente sobre a cadeira de escritório.
Ele me estudou por um momento. — Tire seus sapatos.
Eu cambaleei para fora deles tão equilibrada quanto pude.
James estendeu a mão para mim, enganchando um dedo na argola no
meu pescoço, a outra mão segurando um punhado de meu cabelo. Ele me
puxou pela sala.
Ele me levou até uma das portas, que levavam a outro ambiente, que
não era a área da recepção. Eu não tinha entendido para onde ele me levou,
mas James rapidamente me mostrou.
Ele me levou até um pequeno quarto com uma grande janela. Engoli em
seco quando vi a cama.
Demorei olhando todo o espaço, grande o suficiente para ser um dos
quartos colossais em suas casas. A cama tinha uma cabeceira de treliça, com
uma coleção imensa de restrições já dispostas.
— Seu trabalho tem uma área de foda? — Eu perguntei a ele, sem
esconder a acusação na minha voz. Ele tinha sido um galinha, eu sabia isso,
mas eu estava cansada de ver a evidência disso, literalmente, em todos os
lugares que fomos.
— Isso é novo. Antes era apenas uma cama, em que eu dormia em paz.
Se você quer mais respostas, você irá receber mais tarde. Vá para a cama.
Subi em cima da cama, me movendo para o centro. Eu comecei a me
ajoelhar.
— Levante-se! — Ele gritou.
Eu obedeci.
Ele agarrou meu pulso em sua mão, levantando bem alto, mas
mantendo na lateral, afastado do meu corpo. Ele puxou uma das restrições
preta, da parte superior da cabeceira da cama. Fiquei surpresa ao perceber
que ele era feito de borracha. Era como um tubo macio, confortável e elástico.
Ele envolveu em torno do meu pulso várias vezes até que ele puxou muito
apertado.
Ele o amarrou, em seguida, virou a minha mão para que eu pudesse
segurá-lo. Ele repetiu o movimento do meu outro lado, quando acabou, os
meus braços estavam afastados do meu corpo.
Eu pensei que era ameaçador, ele ter escolhido usar algo tão confortável
para me conter. Embora isso me remetesse sobre as rosas...
Ele posicionou meus pés, me deixando confortável. Eu tremia, quando
ele se afastou para longe da cama.
Ele tinha me amarrado de frente para a janela, com uma linda vista de
Manhattan, mas todos os seus movimentos estavam atrás de mim, me
mantendo no escuro quanto às suas ações.
Eu o senti subir na cama alguns minutos mais tarde. Ele ficou atrás de
mim.
Ele me fez esperar por tanto tempo, que comecei a relaxar um pouco,
quando ele finalmente me atingiu.
Minhas costas se inclinaram com o golpe nas minhas coxas. Foi, de
longe, a punição mais dura que ele já tinha me causado. E isso com apenas
um golpe. Parecia que eu estava sendo atacada por uma dúzia de punhos
duros. James fez uma pausa por longos momentos depois do primeiro golpe,
e eu tremia.
O próximo golpe atingiu minha bunda, e fez meu corpo balançar para
trás e para frente nos meus apoios de borracha.
Eu gemia, minha cabeça caindo para frente.
Ele bateu de novo, e sem uma pausa, bateu mais uma vez. As lágrimas
corriam pelo meu rosto, e eu não consegui abafar um grito, quando ele me
golpeou novamente.
Foi a primeira vez que ele já havia tentado algo em mim, que era tão
profundamente doloroso que eu não tinha certeza se eu poderia aguentar. Eu
nunca estive tão perto de falar a palavra segura, quando ele parou.
Eu estava chorando, quando ele agarrou a frente das minhas coxas por
trás, puxando minhas pernas para cima, me mantendo completamente
suspensa.
Ele me manteve assim, enquanto se movia entre as minhas pernas por
trás. Ele entrou em mim brutalmente, como se isso também fosse um castigo.
Ele me levou uma e outra vez com raiva, nossos impulsos apenas com dois
pontos de contato, suas mãos em minhas coxas, e seu pênis dentro de mim.
Ele me levou rapidamente a borda, e eu gozei com um pequeno soluço,
minhas paredes internas apertando-o uma e outra vez, ele me ordenhando até
o fundo, e ele gozou novamente, soltando um grito.
Eu não acho que já tive um orgasmo mais poderoso, e eu chorei com o
prazer e a dor, quando ele finalmente saiu de mim, e baixou os meus pés de
volta para a cama. Ele me desamarrou rapidamente, me puxando para a cama
junto com ele. Ele empurrou meu rosto em seu peito nu, murmurando
palavras suaves, enquanto eu chorava sobre a tatuagem com meu nome em
seu peito. Ele acariciou suas mãos nas minhas costas e beijou meu cabelo, e
nada disso me fez sentir melhor.
Ele tinha trabalhado em mim mais difícil do que nunca, me fodendo
duas vezes, sem um segundo de contato intimo com seus olhos, sem um
segundo de intimidade em nada. E eu tinha gozado tão forte, que eu não
conseguia parar de chorar pela perda do controle. Pela primeira vez desde que
estávamos juntos, eu comecei a me preocupar que as coisas que ele levava
dentro de si, seria algo que eu poderia aguentar. Ou melhor, as coisas que ele
fazia comigo.
Eu sempre soube que tinha uma veia masoquista, embora eu a tivesse
mantido enterrada profundamente, mas eu pensava que sendo com James,
fazendo as coisas que fizemos, poderia ajudar a saciar os impulsos em mim.
Pela primeira vez, eu me perguntava, e se ele só tinha feito piorar?
James pareceu sentir a minha distancia. — Eu preciso voltar ao trabalho
em breve, mas primeiro...
Ele me deitou de costas na cama, abrindo minhas pernas e movendo-se
entre elas em um movimento suave. Ele empurrou minhas pernas mais
afastadas, em seguida, inclinou-se mais alto contra mim. Eu estava olhando a
sua magnífica ereção, enquanto ele se alinhava contra meu núcleo.
— Olhe para mim! — Ele retrucou em um tom furioso.
Olhei para aqueles olhos amados e me perdi, como se apenas a visão
deles pudesse fazer a minha mente perturbada ficar em branco.
Ele entrou em mim com um empurrão suave. — Saia da sua própria
cabeça, Bianca. Eu não vou deixar você se afastar de mim.
Ele começou a se mover dentro de mim, empurrando firmemente, seus
olhos me segurando cativa. Ele circulou seus quadris, movendo seu pau
grosso ao longo das paredes do meu sexo. Eu gemia, então suspirei. Ele tinha
tantos truques para me fazer gozar, e quando ele fez o movimento novamente,
eu apertei ao redor dele com a minha libertação.
Seus olhos eram tão ternos e tão íntimo quando ele encontrou sua
própria libertação longos momentos mais tarde, sua mão segurando minha
bochecha. Eu sabia que meus olhos tinham a mesma vulnerabilidade crua.
CAPÍTULO QUATRO
Sr. Excessivo
James me deitou com ternura, beijando minha testa e me dizendo para
dormir um pouco. Eu não discuti. Eu duvidei que poderia ter me levantado de
lá, muito menos voltar ao seu apartamento ainda em pé, sem dormir. Eu
adormeci.
Acordei lentamente, languidamente, esticando meu corpo dolorido
contra os lençóis macios, meus olhos vagando abertos com esforço. A visão
que meus olhos encontraram, me deixaram completamente desperta.
O ofensivo buquê de rosas azuis e pretas estava arrumado no
travesseiro, como se fosse um arranjo real. James não estava na cama comigo,
é claro — ele estava trabalhando — mas o buquê era, aparentemente, o seu
substituto. Me afastei do lembrete brutal de nossas atividades anteriores, me
sentando.
Eu não sabia o que tinha acontecido com a minha roupa, além de que
elas não estavam no quarto comigo, devendo ainda estar em seu escritório. Eu
me encontrei na incômoda situação de ter que me enrolar em um lençol, e
espreitar cuidadosamente dentro da sua sala . Eu ficaria mortificada se James
tivesse companhia.
Felizmente ele estava sozinho, sentado à sua mesa em silêncio, um
telefone no ouvido. Ele me notou imediatamente. Ele acenou para que eu me
aproximasse dele. Eu me aproximei lentamente, segurando o lençol branco
enorme e macio contra mim firmemente.
Ele cobriu o bocal do seu telefone com cuidado.
— Bom dia, meu amor. Tire esse lençol e sente-se aqui. — ele disse,
acariciando um local em sua mesa, diretamente na frente de sua cadeira.
Oh Deus.
Ele tinha mais planos para mim.
Eu me senti constrangida quando deixei cair o lençol, mas esqueci o
sentimento quase que instantaneamente, ao ver seu olhar quente em meu
corpo.
— Então qual é o problema? — Ele disse no telefone, com a voz um
pouco rouca.
Eu tive que me roçar nele, para ir até o local que ele indicou. Eu sabia
que não era acidental. Ele me deu um beijo leve em meu quadril, quando mexi
para me acomodar.
Eu me sentei na borda de sua mesa, de frente para ele.
Ele estava com um terno novo completamente diferente. É claro que ele
teria alguns malditos ternos caros extras a mão, apenas no caso de precisar.
Este era um terno cinza escuro tradicional, perfeitamente adaptado ao seu
estilo moderno. Sua camisa era da mesma cor, mas com um colarinho branco
brilhante, a gravata de um vermelho chocante. Ele estava devastadoramente
perfeito e sinistro — tudo de uma vez só.
Ele estava bem vestido até os dedos dos pés, e eu não podia evitar. Eu
estava completamente molhada, e ele quase não me tocou. A decoração antiga
do escritório não estava ajudando a situação. Havia algo tão intrinsecamente
erótico sobre ele me dominar por trás da mesa, onde ele reinava sobre seu
próprio império poderoso.
Ele usou a mão livre para empurrar minhas coxas mais afastados com
um toque firme. Ele cobriu o bocal do seu telefone novamente. — Se encoste
em seus cotovelos. — ele ordenou.
Eu obedeci.
— Resolva isso. — Ele disse secamente ao telefone.
Ele esfregou minha coxa quase preguiçosamente, traçando o dedo
indicador da sua mão livre por todo o caminho, passeando até o meu sexo.
Eu me contorcia.
Ele usou um toque bastante suave para acariciar minhas dobras. Isso
me deixou louca. Me mexi contra a mesa, até que eu pudesse alcançar os lados
dos meus seios com as mãos. Eu amassei a minha própria carne
grosseiramente.
James me deu um olhar aguçado. Aquele olhar que falava que eu estava
sendo muito impertinente, mas ele não me impediu.
Ele enfiou dois dedos dentro de mim, sem aviso prévio e eu gritei.
Ele cobriu o bocal. — Silêncio! — ele me repreendeu, então voltou
rapidamente a sua ligação.
Ele passou os dedos do lado de fora, arrastando ao longo dos nervos
sem piedade.
Eu mal conseguia processar o que ele falava em seu telefone quando ele
mergulhou os dedos experientes de volta em mim. Foi algo na linha de "é para
isso que eu te pago", mas ninguém poderia ter pago qualquer valor para eu
retornar nesse ponto.
Ele me trabalhou com os dedos grossos por longos momentos, ainda
com o telefone ao ouvido. Eu estava à beira da libertação, quando eu o senti se
inclinando para mim.
— Envie-me o relatório. Sim. Isso é tudo. — Ele disse.
Segundos depois, ele enfiou o rosto entre as minhas pernas, a boca indo
diretamente até o meu clitóris, sugando, enquanto seus dedos permaneciam
ocupados dentro de mim.
Eu não durei dez segundos, antes que ele me tivesse gritando quando
gozei, minha própria mão enterrada em seu cabelo sedoso. Eu me apertei
firmemente em torno daqueles dedos hábeis.
Ele puxou-os lentamente, ficando em pé. Ele chupou os dedos e eu me
contorcia sob seu olhar. Suas mãos se moveram até a cintura de suas calças.
Eu assisti com os olhos famintos, ele liberando sua ereção pesada para fora
dos limites de sua calça.
Ele se inclinou e me beijou, um beijo de boca aberta, um beijo quente,
onde eu sentia meu gosto em sua boca. Eu chupava sua língua.
Ele se endireitou abruptamente, segurando uma das minhas pernas, e
levando meu tornozelo até seu ombro. Ele organizou minha outra perna em
seu outro ombro. Ele beijou o interior do meu tornozelo, e entrou dentro de
mim.
Seus olhos azul turquesa eram intensos nos meus, enquanto ele se
movia dentro de mim. Aqueles olhos tão marcados. Isso era incrivelmente
mais bonito para mim.
Esse ângulo, com meus quadris na beirada da mesa, e minhas pernas
tão altas, me faziam sentir ainda mais profundo e intensamente os golpes, e
ele rapidamente me levou até a borda em outro orgasmo, com mais alguns
golpes duros.
— Venha! — Ele ordenou com os dentes cerrados.
Eu me desfiz.
Ele não parou, enquanto meus músculos internos se contraiam em
torno dele, nem sequer abrandou. Ele se inclinou duro, empurrando minhas
pernas quase deitadas sobre meu peito. Seus olhos próximos da raiva contra
os meus, nossas testas quase se tocando, quando ele murmurou: — Eu vou
fazer você vir tantas vezes, que irá esquecer de todas as maneiras que puder
encontrar para duvidar de nós dois.
E ele fez. Bateu forte em mim, pressionando os pontos quentes no meu
corpo com habilidade consumada. Eu não tinha certeza se poderia formar um
pensamento coerente, quando ele finalmente se permitiu esvaziar dentro de
mim. Eu certamente não podia pensar o suficiente para contar meus próprios
orgasmos. Ele torceu os quadris violentamente à direita no final, me fazendo
gozar mais uma vez, apesar do fato de que eu estava além de saciada.
Eu não conseguia nem levantar o braço, quando ele saiu de mim
lentamente.
— Vá dormir, amor. Vou avisar aos rapazes que nosso jantar será mais
tarde. Você precisa descansar um pouco. — Enquanto falava, ele estava
abaixando as minhas pernas, e me carregando em seus braços. Eu estava
dormindo antes que ele pudesse me deitar de volta na cama.
Quando eu acordei de novo, James estava na mesma posição que o
encontrei na última vez. Ele estava em sua mesa, um telefone ao ouvido. Ele
girou a cadeira, quando eu pisei timidamente em seu escritório. Ele sorriu
maliciosamente enquanto me estudava. Era seu sorriso de Dominador. Ele
era novamente o homem controlador.
Ele cobriu o bocal do seu telefone. — Solte o lençol e venha aqui. — ele
ordenou, seu tom de voz, oh... tão casual.
Eu obedeci, sentindo a cena como se fosse surreal antes do meu
segundo cochilo, parecia que ela estava jogando do mesmo jeito novamente.
Ele cobriu novamente o telefone. — Fique de joelhos e me chupe! — Ele
ordenou casualmente.
Eu me abaixei, lambendo meus lábios enquanto o observava. Era como
se ele tivesse lido minha mente. Quando eu o vi sentado ali, esparramado
como um rei insolente em seu trono, isso foi exatamente o que eu queria fazer
com ele.
Eu abri a sua calça com as mãos gananciosas. Segurei com as duas mãos
em torno desse pênis perfeito, acariciando.
Ele enfiou a mão livre no meu cabelo com força, me puxando contra ele.
Ele me empurrou entre suas pernas, movendo os quadris para a beira da
cadeira. Ele se empurrou contra minha boca. Eu abri a boca para ele, sugando
sua ponta com um pequeno gemido. Ele enfiou em profundidade, fodendo
minha boca tão profundamente como se estivesse me amordaçando.
Ele puxou para fora, em seguida, empurrou novamente.
Eu mal percebi quando ele desligou o telefone.
— Relaxe os músculos da garganta. — ele me disse. — Me leve mais
profundamente. — Eu levei um pouco mais dele nesse momento.
— Use as mãos! — Ele ordenou, e eu torci minhas mãos em torno de sua
base, enquanto o chupava tão profundo quanto pude, balançando a cabeça
furiosamente.
Ele segurou as duas mãos no meu cabelo, me guiando mais duro. Ele fez
o som mais bonito em sua garganta, enquanto derramava em mim,
empurrando seus quadris. Eu adorei, fazendo meus próprios pequenos sons,
enquanto eu continuava a chupar, mesmo depois que ele gozou. Ele teve que
me afastar para longe com firmeza, me dando o olhar mais quente pelos meus
esforços.
— Você adora ter a boca fodida, não é? — Ele murmurou, acariciando
meu lábio.
Eu cantarolei em acordo. — Eu amo isso. — eu disse a ele, minha voz
baixa.
Tomamos um banho juntos no banheiro bem equipado do seu
escritório. Ele me lavou com as mãos delicadas e persistentes carícias, como
era seu costume.
— Seu escritório não é o que eu esperava. — eu disse, enquanto ele me
secava completamente. — Ele não tem o toque de James.
Ele beijou meu quadril, enquanto secava minhas pernas. — Era o
escritório do meu pai antes. Eu nunca tive coragem de mudar nada.
Eu acariciei seu cabelo molhado. Meu sentimental James.
Eu não deveria ter ficado surpresa que o quarto tinha um armário, ou
que aquele armário tinha roupa para mim. James parecia mais interessado
em encontrar roupas para mim, do que em se vestir, enquanto percorria a
grande prateleira de roupas femininas que pegava exatamente a metade do
armário. Ele estava praticamente seco, embora algumas partes de sua pele
dourada ainda estivesse deliciosamente úmida. Ele tinha uma toalha
pendurada baixa em seus quadris. Isso tornava difícil me concentrar no que
eu deveria estar fazendo, ou me lembrar se eu deveria fazer alguma coisa,
apenas fiquei olhando para ele com meus olhos famintos.
James puxou um vestido justo cinza claro, com um decote canoa para
fora do cabide.
— Use esse. — ele disse.
Eu revirei os olhos para ele. — E eu tenho que escolher suas roupas?
Ele acenou com a mão do seu lado do armário, ainda vasculhando
minha prateleira de roupas. — Como quiser, Botão de Ouro. — ele disse,
mexendo em uma exposição de cintos contra um armário grande no fundo.
Minha respiração ficou presa na frase, e eu olhei para ele. Ele não estava
olhando para mim...
Eu caminhei até o seu lado do armário, mexendo ali.
Eu peneirei através das roupas excessivamente caras, que eu me sentia
mal até mesmo em tocá-las.
— Você precisa usar um terno? — Eu perguntei, porque tão raramente o
tinha visto usando qualquer outra coisa.
— Seria melhor, já que vamos jantar em uma das minhas propriedades,
e eu prefiro parecer mais profissional no meu local de trabalho. Mas se outra
coisa chamar a sua atenção, eu certamente concordaria.
Eu lhe atirei um olhar, minha sobrancelha arqueada. — Você acha que
bater em um cara que insultou a sua namorada soa profissional?
Ele sorriu para mim, nem um pouco arrependido. Foi um pouco
irritante. — Eu sou apenas humano. — ele disse.
Eu balancei minha cabeça. Ele era impossível.
Peguei um belo terno cinza claro. Eu rapidamente achei uma camisa
azul turquesa brilhante e a gravata. Eu já tinha visto ele usar essa cor antes, e
ficava além de impressionante nele.
Eu me virei para lhe mostrar minhas escolhas, e vi ele se inclinando
para pegar um par de saltos anabela turquesa de camurça. Ele segurava um
cinto fino turquesa na mão para marcar minha cintura. Estudei suas escolhas,
e então as minhas, e comecei a rir.
Eu ri tanto, que eu tive que me sentar no chão, minha toalha caindo.
Eu ri ainda mais, quando um James sorridente me atacou, nossas
roupas caindo em montes ao nosso redor, enquanto ele me prendia ao chão.
Ele afastou o cabelo molhado do meu rosto e sorriu para mim, me
olhando nos olhos.
— Você viu o que eu estava escolhendo, ou estamos realmente ficando
insanos? — Eu perguntei a ele, o riso ainda na minha voz.
Ele acariciou meu rosto, me dando o sorriso mais doce. Eu não acho que
havia qualquer pessoa no planeta, que estivesse na ponta contrária recebendo
um sorriso daquele, não se apaixonaria por esse sorriso. Que não se
apaixonaria por ele...
— Claro que eu olhei. — ele me disse. — Eu estava preparado para
mudar toda a sua roupa , até que estivéssemos combinando.
Eu ri mais e ele beijou meus lábios rindo. Ele não se demorou, recuando
rapidamente.
— Você é insano. — eu disse a ele, e levantei para me vestir.
Ele me abraçou por trás, pressionando com força contra mim,
esfregando o peito liso em todas as minhas costas. Ele falou no meu ouvido. —
Insano por você, meu amor.
Eu endureci, aquecida com suas palavras, mas imediatamente
desconfortável. O que ele quis dizer com isso? Era tão sério como parecia, ou
apenas a sua natureza naturalmente afetuosa se mostrando? Ele dizia coisas
ultrajantes para mim desde o começo, então eu tinha tendia a não levá-las a
sério, mas estava ficando mais claro a cada dia, que ele era muito sério, que
ele sempre tinha sido. Ele estava esperando que eu respondesse na mesma
moeda? Porque eu não estava pronta para isso, nem sequer saberia como.
O momento estranho passou rapidamente. James simplesmente beijou
meu pescoço suavemente, e me soltou.
Ele manteve seu banheiro do escritório abastecido com produtos de
higiene pessoal e cosméticos para mim. Achei as duas coisas completamente
insanas e totalmente convenientes. Ele tinha até um secador de cabelo para
mim. Eu estava pronta em menos de 20 minutos, James em menos de dez.
— Você se importaria se eu marcasse um jantar com Frankie na próxima
vez, quando estivermos em Vegas? — James perguntou quando eu terminei.
— Na próxima semana, em algum dia.
— Não. — eu disse rapidamente, ainda envergonhada com a forma como
me comportei no nosso primeiro encontro, com ciúmes do claro carinho dela
com James. Mas ela era, aparentemente, uma das poucas mulheres bonitas do
planeta que James não tinha dormido, e eu me senti muito tola em assumir
que eles tinham algum tipo de passado juntos. Eu não me importaria em ter
uma chance de deixar uma impressão melhor a mulher.
— E Lana me ligou. Ela quer marcar um almoço com você. Ela está em
Nova York esta semana, e disse que pode ter qualquer horário flexível para
você. Eu disse a ela para te ligar, já que eu não tenho certeza de seus planos
enquanto estou trabalhando.
—Oh, isso parece bom. — eu disse, e quis dizer exatamente isso. Eu
gostei dela instantaneamente. Ela era agradável, sincera e fácil de conversar.
Eu não esperava ter amizade com muitas pessoas nos círculos abastados de
James, e ter uma amiga como ela era um grande conforto.
— Além disso, Parker e Sophia querem jantar conosco qualquer dia que
quisermos. Eu disse a eles, talvez em algumas semanas. O entendimento de
Parker sobre como não te assustar, me deixa apavorado, para ser honesto.
Eu sorri, concordando em silêncio. Conversa de filhos com certeza era o
caminho certo para me fazer fugir como uma louca.
James passou um braço possessivamente firme em torno da minha
cintura quando saímos seu escritório. Blake estava esperando por nós no
elevador. Ela acenou para James, o rosto definido com as habituais linhas
severas.
— Transfira Johnny. — James disse a ela brevemente.
Ela estava visivelmente embaraçada.
— Senhor, o que ele fez? — Ela perguntou, quando entramos no
elevador.
Virei a cabeça para estudar seu rosto. Sua mandíbula estava apertada,
mas o que ele falou não era nada do que eu estava esperando.
— Ele quer Bianca. Eu o vi olhando suas pernas, quando ele deveria
estar acompanhando-a em segurança para o elevador. Você não precisa
demiti-lo, ele só precisa ser transferido. Ele não ganha para olhar o seu corpo.
Eu não tinha particularmente gostado de Johnny, nem um pouco, na
verdade, mas ele estava sendo mais do que ridículo.
— James ... — eu comecei.
— Não. — James interrompeu, em tom brando. Mas suas palavras não
foram. — Se você fizer questão de mantê-lo perto de você, isso não vai ajudálo, confie em mim.
Eu endureci. De todos os absurdos arbitrários de sua cabeça, e as coisas
completamente irracionais que eu já ouvi dele, esta foi a pior.
— Eu acho que você está sendo completamente louco. Isso não tem nada
a ver com Johnny
— Eu não gosto do jeito que você diz seu nome. É demasiado familiar,
considerando-se o curto espaço de tempo que você o conhece.
— Você está brincando? — Eu explodi.
— Vou transferi-lo o mais rápido possível, senhor. — Blake disse, não
questionando suas ações loucas. Eu não acho que ele iria tolerar se ela o
fizesse. Mas eu certamente poderia questioná-lo.
— James, eu não vou permitir que você seja um tirano. Johnny não fez
nada de errado. Você não pode dizer que ele me quer, por causa de algo que
você interpretou como uma olhada.
— Isto não é sobre o meu ciúme, Bianca. Ou pelo menos, não apenas
sobre isso. Trata-se de sua segurança, e se ele está ocupado demais
admirando suas pernas para fazer o seu trabalho, ele não é de nenhuma
utilidade para mim.
— E isto tudo baseado em uma olhada? — Eu perguntei a ele, meu
queixo cerrado.
— Sim. Tenho bons instintos.
— Eu não me importo. Você não o está transferindo depois de uma
olhada. Você me disse que eu poderia me manifestar sobre quem era
contratado ou demitido, ou qualquer outra coisa, e eu digo que ele não está
sendo transferido com base em uma olhada.
Sua mandíbula apertou dura, mas eu vi imediatamente que eu tinha
vencido.
— Tudo bem. Você precisa de mais provas. Eu vou mantê-lo por tempo
suficiente para consegui-la. Blake, me mantenha atualizado sobre o seu
comportamento, quando eu não estiver presente.
— Sim, senhor. — disse ela, totalmente inexpressiva. Gostaria de saber o
que ela pensava sobre suas loucuras, mas eu com certeza não ia perguntar.
— Para onde estamos indo? — Eu perguntei a ele, tentando seguir em
frente com a briga boba, tentando não ficar chateada, quando pelo menos ele
concordou com os meus desejos.
— Ele se chama Red. É um dos meus restaurantes. Fica bem perto. Os
rapazes vão nos encontrar lá para jantar.
Sorri, porque ele chama-los de rapazes, soou tão familiar e confortável,
como se Stephan e Javier fossem seus "rapazes" desde sempre.
Logo depois saímos do elevador, e caminhamos pelo enorme saguão do
hotel, sendo rapidamente ladeado por minha segurança e Clark.
Eu atirei a James um olhar com minhas sobrancelhas arqueadas. —
Você não acha tudo isso um pouco excessivo? — Eu perguntei a ele.
Ele apertou meu quadril com a mão com força suficiente para
machucar. — Até que seu pai seja encontrado e preso, nada é
demasiadamente excessivo. Eu posso pagar isso, então aceite.
— Hmmm... — eu disse, não sabendo o que fazer com suas medidas
excessivas de zelo. Se eu fosse honesta, uma parte de mim gostava da
proteção, gostava de saber que meu pai não poderia me alcançar, mesmo se
ele tentasse o seu melhor, mas o resto de mim sabia que quatro pessoas para
proteger uma mulher insignificante era completamente ridícula.
CAPÍTULO CINCO
Sr. Magnânimo
Red era tão escandalosamente luxuoso, como eu tinha imaginado que
seria. James não parecia possuir qualquer propriedade que não fosse. Cada
centímetro do lugar era, é claro, em vermelho. Cada tom de vermelho era
representado no local, nas paredes, nos pisos de madeira vermelho escuro,
lustres de cristal vermelho sobre cada mesa e na sala de espera.
A primeira área do estabelecimento era um enorme bar, com tetos altos
e mármore vermelho cobrindo todas as superfícies. A fila existente em volta
da quadra para entrar no restaurante, significava que tinha, obviamente, uma
alta demanda, mas você não imaginaria isso pelo espaçoso bar. Os clientes
estavam bem vestidos e bem-comportados. Misturando o moderno com o
luxuoso, em um ambiente de bom gosto.
A hostess de cabelos negros e rosto confiante, que provavelmente já foi
modelo, nos levou rapidamente pelo bar até uma das salas de jantar
extravagantes. Havia três delas, pelo que eu pude ver.
Enormes arranjos mistos de flores decoravam todas as mesas. Todas as
flores eram vermelhas, é claro.
— É muito vermelho. — eu disse a James.
Ele apenas sorriu.
A hostess nos levou a uma mesa no centro do grande salão. Nada de
mesa de jantar privativa para nós. James aparentemente queria ser visto, esta
noite.
Stephan e Javier já estavam nos esperando na mesa. Stephan me
recebeu com um longo abraço, Javier um menor.
Sentamos à mesa muito bem arrumada, e eu olhei, impressionada,
quando a equipe de segurança começou a se posicionar ao redor da sala sem
dizer uma palavra.
— Eles são tão organizados. — eu disse.
Stephan e Javier pediram vinho tinto, e James e eu solicitamos água.
— Nós vamos querer o especial da noite. — James disse a garçonete, que
parecia deslumbrada com a visão dele. — Tudo bem para todos?
Todos nós concordamos. Como comissários de bordo, ficávamos em um
meio termo estranho, onde todos nós éramos estranhamente cultos, com
muitas viagens, mas nenhuma delas nos levou a qualquer lugar tão
intimidantemente caro. Eu pensei que isso nos deixava um pouco nervosos.
Nós conversamos confortavelmente, enquanto esperávamos pela
comida. Os rapazes se davam muito bem, o que era um alívio para mim. Além
de me ter em comum, Stephan e James sempre tinham muito o que falar. De
esportes, a carros, até debates políticos amigáveis, que apenas me davam uma
leve dor de cabeça, eles falavam como se fossem velhos amigos. Isso aqueceu
meu coração.
O jantar veio em uma série de deliciosos pratos, que eram pequenas
porções de alimentos ricamente temperados, e eu só sabia o que era tudo
aquilo, porque a garçonete apresentava cada prato com um floreio e uma
explicação. O prato principal, linguado assado com risoto de aspargo
primavera, que praticamente derreteu na minha boca.
— Muito bom. — James disse a ela, quando ela trouxe outro prato.
Ela praticamente brilhava, enquanto flutuava para longe, obviamente,
afetada pelo seu elogio.
— Você não deveria lançar seu charme de forma tão descuidada. Você
vai deixar todo mundo completamente apaixonado por você. — eu disse a ele,
sorrindo ligeiramente.
Ele agarrou minha mão, beijando meus dedos. Ele me estudou
solenemente. — Você acha, amor?
Eu desviei o olhar, corando, e ficando sem palavras.
A sobremesa foi ainda mais deliciosa do que o jantar, com petit gateau
de banana e sorvete de rum. As porções eram pequenas, mas ainda assim eu
estava satisfeita, no momento em que terminou a longa refeição.
Nós ainda ficamos lá por um longo tempo, mesmo depois do jantar,
aproveitando o belo cenário e a companhia maravilhosa. Os rapazes iriam
assistir a uma peça da Broadway, após o jantar. O pensamento me fez sorrir.
Broadway não era coisa de Stephan, e isso era muito doce, porque ele iria por
Javier.
— Oh, eu quase esqueci. — disse James com um sorriso. A revista
masculina Health me chamou para fazer uma sessão de fotos e conceder uma
pequena entrevista.
Eu pisquei para ele por um momento. — Uma sessão de fotos? — Eu
perguntei a ele. Eu não deveria ter ficado surpresa. Ele era uma supermodelo
entre os homens. Porque a revista não gostaria que ele fosse sua capa?
— Eu vi sua última reportagem. Foi muito boa. — Javier disse.
James encolheu os ombros. — Eu faço de vez em quando. Eles queriam
que eu fizesse esta sessão de fotos para a edição de outono, mas eu insisti em
fazer o próximo lançamento. Eu tenho um bom relacionamento com a revista.
Eu tive um pensamento súbito. — Você está fazendo isso apenas para
mostrar suas tatuagens? — Perguntei.
Ele sorriu, um sorriso perverso e os rapazes começaram a rir. Isso foi
uma loucura romântica ao extremo, e ainda assim James queria mostrar a
evidência de sua devoção para o mundo. Corei escarlate.
— Você vem comigo para a sessão de fotos? É quarta-feira à tarde, logo
depois que eu sair do escritório.
Eu dei o meu pequeno encolher de ombros. — Se você quer que eu esteja
lá, eu estarei.
Seus olhos brilhavam e seu rosto aberto com um sorriso largo. — Amor,
eu sempre quero que você esteja comigo. Eu a colocaria no meu bolso, se eu
pudesse.
Todos nós rimos, mas eu não acho que qualquer um de nós pensou por
um segundo que ele não quis dizer isso.
— Além disso, Stephan e Javier tem algumas notícias para você. — disse
James, olhando para eles.
Eu o olhei, surpresa ao ver que ele parecia nervoso. Eu virei para
Stephan, com um olhar que ele sabia que significava: fale logo!
Ele mordeu o lábio, enquanto pensava no que dizer. — Eu tive uma
reunião com James, hoje, enquanto você estava dormindo. — ele começou.
Isso era novidade para mim. Eu não tinha ideia de que ele tinha ido ao
escritório. — Ele magnanimamente concordou em colocar o capital inicial
para Javier e eu abrirmos um bar em Las Vegas.
Eu não reagi, apenas estudei todos eles, surpresa com o que havia
acontecido sem o meu conhecimento.
James não conseguia evitar, ele se insinuava em todos os aspectos da
minha vida, mas como eu poderia ficar brava, quando ele fazia coisas tão
maravilhosas para o meu melhor amigo? A resposta era simples. Eu não
podia.
Olhei para James. — Obrigada. — eu lhe disse sinceramente.
Ele deu de ombros. — É um investimento. Stephan me presenteou com
uma ideia que eu acho que vai ser bem sucedida. É simples assim. Não precisa
me agradecer.
Eu lhe dei um olhar irônico, mas isso foi tudo.
Nós terminamos, saindo com os rapazes. Dei um abraço de despedida
em Stephan, lhes desejando uma boa noite. James haviam liberado seu
próprio carro e motorista para a noite, e eles estavam no céu, amando o
tratamento VIP.
Nosso curto retorno ao apartamento, no carro, foi feito em um silêncio
constrangedor, já que Blake e Johnny tinham se juntado a nós na parte de
trás. James entrelaçou os dedos com os meus, mas isso foi tudo.
— Você vai me explicar o que aconteceu esta manhã? Jolene é casada? E
você era amigo do seu marido? — Eu perguntei, minha voz baixa. Eu estava
tentando ser razoável, tentando que o dia acabasse sem mais drama, mas eu
precisava que ele deixasse algumas coisas claras para mim.
Ele suspirou. Era um suspiro resignado, e seu rosto estava perturbado
quando ele olhou para mim. — Sim, é claro que eu vou explicar. Obrigado por
perguntar, e não apenas reagir. Vamos para a cama. Eu vou te dizer o que
você quer saber lá.
Estudei-o bastante desconfiada. — Você não pode simplesmente me
amarrar sempre que precisamos ter uma conversa que você acha que não vou
gostar.
Ele me deu um olhar presunçoso. Era irritante. — Por uma questão de
fato, eu posso. Mas esse não é o meu plano agora. Eu só prefiro falar no
quarto.
Estávamos em seu closet, nos despindo para deitar, antes que ele falasse
novamente.
— Scott conheceu Jolene quando ela era a minha sub. Ele se apaixonou
imediatamente por ela. Quando terminou o nosso contrato, Scott me
perguntou se eu me importaria se ele a convidasse para sair. Eu não me
importava, mas eu disse a ele que isso poderia não ser a melhor ideia, por
causa dele. Isso foi tudo o que eu disse e tudo o que eu soube. Sem que eu
imaginasse, eles se casaram menos de duas semanas mais tarde.
Ele conseguiu se despir primeiro, e se aproximou para me ver terminar.
— Poucos meses depois disso, Jolene me ligou, me pedindo para
encontrá-la para jantar. Eu não vi problema nisso, nem sequer sabia, se no
final das contas ela e Scott tinham saído, e eu estava entre as subs, então eu
simplesmente vi isso como uma chance para me distrair.
Eu fiz o meu rosto ficar cuidadosamente inexpressivo, enquanto olhava
para ele. O comentário casual me fez sentir... sensível, por razões que eu não
queria investigar.
—Nós... ficamos juntos naquela noite, e novamente alguns dias mais
tarde. Ela manifestou interesse em retomar nosso acordo anterior. Eu tentei
lhe dizer gentilmente que eu não estava interessado, e que eu achava que ela
deveria seguir em frente. Foi quando ela me disse que havia se casado com
Scott. Ela lançou isso como se fosse uma prova de que ela já havia seguido em
frente, pensando que isso iria, na verdade, me incentivar a reconsiderar.
— Nem preciso dizer que isso não ajudou em nada. Ao contrário, eu lhe
disse que não iria vê-la, nem tocá-la, se ela estava casada. Eu nunca quis ser
um amante, a ideia é repugnante para mim, especialmente quando eu estava
corneando um amigo meu.
— Eu parei de vê-la, parei de atender suas ligações, por pelo menos um
ano. — ele continuou. Eu estava entre as subs novamente, quando ela
finalmente conseguiu me cercar novamente. Ela estava divorciada então, pelo
que eu soube, mas eu não sabia exatamente o que tinha acontecido na época.
Mais tarde eu descobri que ela tinha se separado, porque me recusei a vê-la
enquanto estivesse casada. Eu nunca deveria tê-la tocado depois que
terminamos o nosso arranjo original. Vejo isso claramente agora. Minha
amizade com Scott atualmente é irreparável, infelizmente eu percebi isso
tarde demais. Ele é completamente apaixonado por ela, tanto que é incapaz
de ver a verdade. Eu costumava ficar completamente chocado com ele, por
perder a cabeça tão completamente por uma mulher — Ele me deu um sorriso
autodepreciativo... — Eu não estou perplexo com isso mais. Agora, a única
coisa que me deixa chocado é o seu gosto por mulheres.
Eu tive que sufocar o desejo de lhe dizer que eles pareciam compartilhar
um gosto semelhante. Eu disse a mim mesma com firmeza que isso não seria
uma coisa construtiva a dizer. Havia muita coisa sobre seu passado, que eu
precisaria esquecer se queria ter alguma esperança de ficarmos juntos. E
enquanto isso fosse realmente passado, eu pensei que poderia aprender a
lidar, embora sua explicação me incomodasse em uma série de níveis.
Fiquei em silêncio por um longo tempo, enquanto eu examinava os
meus próprios pensamentos, e terminava de me preparar para dormir.
James não gostou me ver pensativa. — Me diga o que você está
pensando? — Ele explodiu finalmente. — Você está brava?
Eu fui até o banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes. James me
seguindo o tempo todo, a preocupação estampada em seus olhos brilhantes,
que nunca se afastava do meu rosto.
Eu estava subindo na cama, quando eu finalmente respondi. — Eu acho
que estou um pouco surpresa com você, que depois de tudo isso, ainda saiu
com ela apenas um dia antes de me conhecer. Eu não estou chateada,
apenas... é tão difícil para você ficar longe dela?
Eu olhei para ele apenas quando terminei de falar, mas eu vi claramente
ele recuando.
— Não é como você está pensando. Eu não sei se você vai pensar que
isso é melhor ou pior, mas eu não continuei encontrando com ela por todo
esse tempo, porque eu não poderia ficar longe. É mais o oposto. Tínhamos
preferências em comum, mas eu nunca gostei dela. Eu soube desde o início
que ela era gananciosa. Talvez apenas soubesse a extensão disso, quando ela
foi atrás de Scott, mas eu já percebia, pelo menos o suficiente para saber que
eu nunca poderia gostar dela. Eu a encontrava, porque eu precisava de uma
saída para as coisas que eu faço, e nos meus piores momentos, eu pensei que
nós merecíamos um ao outro. Eu nem sequer tinha muito contato com ela,
muitas vezes, só a encontrava quando estava entre subs e em um clima
particularmente sombrio. Na maioria das vezes, ela não tinha permissão para
falar...
Eu levantei a mão, ouvindo mais do que o suficiente. — Eu não acho que
eu posso suportar ouvir esses tipos de detalhes. Uma última pergunta, e
então, eu vou deixar esse assunto morrer. Por que Scott ainda a chama de sua
esposa?
Ele fez uma careta. — Scott nunca superou. Ele nunca a viu como ela é.
Ele só vê o pacote, e o fato de que ela é insaciáv...
Eu levantei a mão novamente. — Por favor.
Ele afastou meu cabelo do meu rosto. Eu olhei sua garganta bronzeada,
quando ele engoliu em seco, se inclinando sobre mim. — Sinto muito. Eu não
quero ser insensível. É difícil explicar essas coisas sem tocar nas coisas
sensíveis.
— Enquanto eu não tiver que ouvir mais sobre suas coisas sensíveis... —
eu disse a ironicamente.
Ele sorriu. — Você sabe que eu só estou interessado em suas coisas
sensíveis.
Eu torci o nariz para ele.
— Muito cedo para brincar com isso? — ele perguntou.
Eu balancei a cabeça.
Ele suspirou. — De qualquer forma, a verdade é que ele se casou com ela
novamente há algumas semanas. Pobre coitado. Ela vai torcer ele até secar.
Nada que eu possa fazer sobre isso, embora eu tenha tentado avisá-lo. E eu
não perdi o controle, Bianca, não como você está pensando. Ele tentou me dar
um soco, ele errou, e eu não. Eles foram escoltados para fora das instalações.
Não será permitida sua entrada novamente. Qualquer coisa mais que você
precise saber?
Eu balancei minha cabeça. Uma parte de mim poderia questioná-lo a
noite toda. Tudo nele me interessa, do seu passado até o seu presente, e o meu
lado masoquista, queria saber cada pequeno detalhe. Eu sabia o que eu
precisava saber, no entanto, e isso teria de ser suficiente.
Ele fez a sua rotina de médico depravado, examinando cada centímetro
de mim, e, em seguida, massageando meu corpo lentamente e com cuidado.
Eu estava bem satisfeita das atividades vigorosas da tarde, mas eu ainda o
queria de novo no momento em que ele terminou.
Ele estudou as minhas costas por um longo tempo, mas não disse nada,
apenas beijando suavemente as marcas que ele havia deixado lá com as rosas
pretas e azuis.
Eu senti como se tivesse dormido o dia inteiro, mas de alguma forma eu
me sentia deslizando novamente para o sono. Ele não tentou me distrair.
Eu estava naquela casa novamente. Eu me sentei como se estivesse
sendo puxada por uma corda. Meu pai estava gritando em algum lugar na
casa, um palavreado indecifrável em sueco, que meus ouvidos captaram,
mas que o meu cérebro não conseguia traduzir. Mesmo sabendo que era
uma má ideia, eu saí da cama.
Olhei para os meus pés descalços frios, e eles eram maiores, mais
crescidos, não como eu me lembrava. Algo estava errado, ainda mais errado
do que o normal. Ainda assim, caminhei em silêncio por esse longo corredor.
A cozinha era o lugar onde ele deveria estar, mas tudo estava errado.
A piscina vermelha grossa estava absorvendo a luz azul tapete do corredor,
visível antes que eu sequer chegasse à cozinha. Olhei para as minhas mãos.
Elas já estavam cobertas de sangue. Errado, errado, errado.
Ainda assim, eu me aproximei da cozinha, incapaz de ficar longe.
O corpo da minha mãe estava no chão, e isso foi tudo que eu podia
olhar por longos momentos, enquanto estava na porta. Sua cabeça tinha ido
embora — apenas várias partes do seu corpo no chão, e no meu cabelo, e em
minha camisola. Eu a reconheci apenas pelos nacos de longos cabelos
dourados espalhados por todo o seu corpo. Me ajoelhei ao seu lado,
segurando uma de suas delicadas mãos. Era a única parte dela ainda livre
de sangue.
No momento em que eu a tocava, mais partes do quarto entraram em
foco.
O corpo dela não era o único no chão. Outra mulher estava a alguns
poucos metros de distância, e eu vi por seu cabelo vermelho berrante que era
Sharon. Olhei para ela, confusa e horrorizada, como se minha mente se
recusasse a ver esse outro horror na sala. Só meu pai gritando me fez
finalmente olhar, e só porque suas palavras mudaram, uma frase com forte
sotaque em Inglês chamando a minha atenção.
— Olha, sotnos, olhe.
Eu olhei. Eu estava em pé, um grito construindo na minha garganta.
Meu pai ficou de frente para mim, mas não era ele que eu olhei — não era ele
que eu vi. A grande figura que estava diante dele, de costas para mim.
Perfeito cabelo castanho dourado apenas roçando o colarinho branco, de
uma camisa limpa, suas costas definidas, com aqueles músculos duros que
eram dolorosamente familiar.
— James. — eu disse, minha voz entrecortada, um pouco mais que um
sussurro.
Ele não se virou, sequer uma contração para mostrar que reconhecia a
minha presença.
Eu me aproximei, incapaz de desviar o olhar. — James. — eu disse de
novo, ainda chamando, mesmo com o quadro horrível na minha frente. Meu
coração parou no meu peito, quando todas as peças da imagem se
encaixaram no lugar com uma clareza assustadora.
Meu pai estava quase encostado nele, uma arma apontada dentro da
boca de James, empurrando em sua garganta, como se já considerasse sua
morte como fato consumado.
Os olhos de James estavam abertos, mas estavam vidrados, como se o
gatilho já tivesse sido puxado. Seus braços estavam moles do lado. Eu
agarrei o braço, mas a sensação de seus músculos soltos me fez recuar.
— Veja, Sotnos, assista. — meu pai disse friamente. Comecei a chorar,
quando o meu pai puxou o gatilho, incapaz de detê-lo — incapaz de desviar o
olhar.
James caiu em uma pilha no chão, a parte de trás de sua cabeça
desaparecendo em um respingo vermelho sangrento.
Sentei-me com um grito, meus olhos arregalados no escuro.
Eu comecei a me mover, necessitando de ação, embora eu não pudesse
ver onde eu estava, ou para onde eu estava indo. Eu estava chorando com
soluços entrecortados, quando braços fortes e duros me rodearam por trás,
me levantando e me virando com cuidado contra seu coração e um peito
dolorosamente familiar. Engoli em seco e me agarrei em James, mesmo
quando ele me levantou.
Fechei os olhos, enquanto James me levava até o banheiro, acendendo
as luzes ofuscantes brilhantes. Ele não me soltou, quando entrou no chuveiro,
ainda me segurando firmemente com um braço forte. Segurei-o com os dois
braços, me agarrando tão firmemente quanto pude. Eu não o deixei se afastar
mesmo quando ele tentou tirar a minha camisola.
— Não! — eu gritei, agarrando-o.
— Ok, shh, tudo bem, amor, eu não vou te soltar.—
Ele sentou no fundo da banheira, me mantendo firmemente contra ele,
esfregando uma mão calmante contra as minhas costas e me mantendo perto,
murmurando palavras suaves, enquanto eu lentamente acalmava.
Eventualmente, ele se afastou o suficiente para tirar minha camisola e depois
arrancou lentamente sua cueca boxer. Ele me puxou em um piscar de olhos
contra ele, assim que terminou, até que éramos carne contra carne.
Ele me lavou, me esfregando suavemente, mas completamente, como se
ele soubesse sobre o meu sonho sangrento, e sabia exatamente o que eu
precisava.
Ele não me questionou sobre o pesadelo — não me perguntou nada, mas
em vez disso me deu conforto, antecipando as minhas necessidades melhor do
que eu poderia ter pedido, se eu tivesse sido capaz de falar.
Eventualmente eu falei, derramando todos os detalhes do sonho em um
sussurro baixo agonizante.
Ele acariciou minhas costas enquanto eu falava, permanecendo em
silêncio, enquanto eu lhe contava sobre o pesadelo. Ele só falou quando eu
tinha terminado e fiquei em silêncio.
— Foi apenas um sonho, Bianca. Eu estou aqui, e eu estou bem. Seu pai
não seria capaz de chegar a mim, mesmo se tentasse. E nós vamos tomar
todas as precauções para garantir que ele nunca possa chegar até você. Nós
vamos ficar bem, amor. Tudo vai ficar bem.
Eu me senti melhor depois que eu contei tudo e, claro, depois que
James me tranquilizou com tanta convicção em sua voz. Nós nos secamos e
adormecemos. Eu agarrada nele enquanto entrava novamente a deriva.
Eu acordei, quando senti James sair da cama. Eu me sentei, quando a
porta do banheiro fechou, o chuveiro ligando um momento depois. Eu me
deitei, quase adormecendo novamente, quando ele ressurgiu. Eu me obriguei
a me levantar.
Eu o observei se vestir na entrada do closet, mal conseguindo não babar,
mesmo no meu estado de sono atordoado.
James me lançou um olhar quente. — Volte para a cama, amor. Eu
tenho que ir para o trabalho, mas isso não significa que você tenha que
acordar a esta hora. — ele disse, encolhendo os ombros para vestir uma
camisa branca.
Eu dei de ombros. Eu tinha dormido o suficiente.
Ele terminou de se vestir rapidamente, movendo-se para mim com um
propósito. Ele me beijou, um beijo lento e quente, mas se afastou levemente
para trás, sem fazer mais nada. Seu cabelo dourado arrastando em seu rosto,
quando ele se inclinou. Não estava nem seco ainda, mas ainda parecia um
modelo perfeito. Corri um fio entre os dedos.
James se afastou com relutância. — Todas as pinturas que você estava
trabalhando, foram trazidas para seu estúdio aqui. E eu acredito que Lana vai
tentar ligar para te convidar para o almoço hoje, no entanto, se ela não o fizer,
eu adoraria ter o privilégio.
Minhas sobrancelhas franziram. Eu tinha conseguido fazer um rápido
tour pelo meu novo estúdio, mas eu não tinha visto meus projetos atuais lá.
— Todos eles? — Eu perguntei, pensando no nu que comecei a pintar
dele, o que eu tinha enterrado em um baú no quarto de hóspedes da minha
pequena casa.
Ele sorriu maliciosamente. — Todos eles. Eu preciso ir. Se você não for
deitar, me acompanhe até a porta. — Enquanto falava, ele enganchou um
dedo na coleira em meu pescoço.
Ele me beijou no elevador. — Vamos jantar hoje à noite, então eu vou te
levar para o quarto andar. — ele me disse com a porta se fechando.
Eu já senti saudades no segundo que ele tinha ido embora. Eu estava
ainda pior do que achava.
Eu não conseguiria voltar para a cama vazia, então eu pintei.
Eu tive que sorrir, quando vi que ele tinha sido bastante literal sobre ter
trazido todas as pinturas que eu estava trabalhando em meu estúdio. Mesmo
o nu dele, de alguma forma tinha sido encontrado em minha casa e trazido
para cá. O homem não tinha limites, em absoluto.
Eu trabalhei no retrato de James com quatorze anos de idade, que eu
tinha iniciado na semana anterior. Eu trabalhei por horas, ficando totalmente
absorvida na imagem dele, uma foto de uma criança escandalosamente linda,
com a dor da perda e o peso do mundo sobre seus ombros.
Eu tinha feito um bom progresso na pintura, mas ainda estava nos
traços mais simples, quando ouvi uma batida rápida na porta do meu estúdio.
Eu me encolhi. Eu não tinha me trocado ainda. Eu comecei a pintar, por
volta das 5 da manhã, me esquecendo que poderia aparecer mais alguém na
monstruosidade desse apartamento.
Pousei meu pincel e abri a porta, mantendo meu corpo escondido.
Fiquei surpresa ao encontrar Blake na porta, segurando meu celular. Eu
tinha imaginado, naturalmente, que seria ou Marion ou Stephan na porta, e
eu estava esperando que fosse Stephan. Se alguém poderia me flagrar de
camisola, além de James, é claro que só poderia ser Stephan.
— Srta. Karlsson, o Sr. Cavendish gostaria falar com você. Por favor,
tente manter o seu celular ao seu lado, por questões de segurança. — ela disse,
com o rosto definido naquelas linhas dolorosamente solenes.
Eu só balancei a cabeça e fechei a porta na cara dela. Eu não estava
tentando ser rude, mas era difícil não ser, quando eu era uma mulher crescida
e ela parecia sentir a necessidade em me dizer o que fazer.
Eu nem sequer tive a chance de ligar para James, antes que ele estivesse
me ligando.
— Olá, Sr. Cavendish. — Eu disse ao telefone.
— Você está pintando. — disse ele com a voz mais quente.
— Mmmhmm. Como você soube?
— Só com o som da sua voz. É uma espécie de voz sonhadora e suave.
Eu queria estar ai. Gosto de vê-la pintar. Adoro ver esse olhar sonhador em
seu rosto.
Eu tremia, adorando essas palavras românticas e à baixa cadência de
sua voz rouca. — Eu queria que você estivesse aqui também, se estivesse, eu
estaria trabalhando no nu.
— Eu vou posar hoje à noite, se você quiser.
— Eu quero.
— Eu principalmente te liguei porque eu estou entre as reuniões e eu
queria ouvir o som da sua voz, mas também porque Lana está tentando falar
com você. Ela é uma mulher cruel e persistente, e ela me fez te ligar para
pedir que ligue para ela. Ela está tentando, mas obviamente você se esqueceu
de que tem um telefone. Mais uma vez.
— Eu esqueci. — eu concordei. Eu não podia negar.
Eu o ouvi suspirar pesadamente. — Eu preciso ir, mas por favor,
mantenha o seu telefone com você.
— Ok. — eu disse. Eu poderia dizer pelo seu tom de voz que ele
precisava se apressar, e assim eu fui rápida. — Eu te vejo hoje à noite. — eu
disse a ele em voz baixa.
— Sim, você vai. Adeus, Amor.
CAPÍTULO SEIS
Sr. Romântico
Eu estava procurando na minha lista de contatos, na esperança de que
alguém houvesse acrescentado o número de Lana, quando meu celular
começou a tocar na minha mão. Era um código de área estranho em New
York, então eu pensei que deveria ser ela.
Eu respondi imediatamente. — Olá. — eu disse com um sorriso. Eu já
estava pensando em nosso encontro para o almoço.
Uma voz definitivamente masculina e completamente estranha
respondeu de volta. — Bianca Karlsson?
Eu não respondi imediatamente, confusa e desconfiada de alguém que
sabia o meu número. Era um tabloide? Era parte do exército Cavendish de
seguranças?
— Sim, é ela. — eu disse, finalmente, mantendo minha voz calma e
educada.
O homem limpou a garganta do outro lado. Ele estava nervoso. Eu tinha
quase certeza disso. Quem era?
— Sinto muito incomodá-la... Eu sou Sven. Sven Karlsson.
Meu coração parecia ter congelado no meu peito, quando ouvi o nome
do meu pai. Meus ouvidos apenas se enchendo com uma espécie de ruído
rouco, e por um longo tempo, eu apenas fiquei lá, em um silêncio atordoado.
— Eu sou seu, hum, meio-irmão. Sven Jr., eu acho.
Eu ainda não conseguia encontrar as palavras para responder. Eu
precisava me sentar, mas não conseguia me fazer virar para procurar uma
cadeira.
Por fim, ele falou de novo: — Desculpe incomodá-la. Eu provavelmente
não deveria ter ligado. — Sua voz soou tão triste que de repente eu descobri
que poderia falar.
— Não, não, não fique triste. Acabei de ouvir sobre sua mãe. Sinto muito
pela sua perda. Eu nem sabia que você existia até poucos dias atrás.
— Oh. — ele disse. — Bem, eu sei que isso é estranho, mas eu ouvi dizer
que você fica bastante tempo em Manhattan. Eu moro aqui, e eu queria saber
se poderíamos nos encontrar para tomar um café em algum momento. Eu não
tenho qualquer família, e para ser honesto, eu queria conhecê-la há um longo
tempo.
Ele me surpreendeu, e fiquei em silêncio novamente. Esta era a última
coisa que eu esperava, quando eu soube que eu tinha um meio-irmão. O
pensamento de alguém que estava relacionado a mim pelo sangue, que
realmente quer me conhecer era tão... estranho. Eu não poderia dizer que
adorava a ideia, mas como eu poderia recusar?
— Ok. — eu concordei, finalmente. — Mas eu não tenho certeza quando
poderia ser.
— Que ótimo. Você pode simplesmente ligar para mim quando puder.
Qualquer hora e local que você esteja confortável.
Ele parecia tão... legal. Quando eu tinha pensado no filho do meu pai, eu
tinha automaticamente pensado em meu pai, mas este homem não soava
assim.
— Ok. — eu disse com mais firmeza. Eu queria fazer isso, eu queria ver
esse homem, que era uma peça estranha que faltava na minha família
quebrada. — Eu vou fazer isso. Talvez em uma ou duas semanas, em uma
sexta-feira na hora do almoço?
— Parece ótimo. Apenas me confirme quando quiser. O ideal é se
pudesse me avisar com algumas horas de antecedência, mas se conseguir
avisar apenas na última hora, está tudo bem para mim, também.
Nós nos despedimos ainda um pouco duros, e finalmente eu me
esparramei no divã branco do estúdio, tentando envolver minha mente
entorpecida naquela reviravolta estranha dos eventos.
Eu estava apenas começando a me sentar, tentando fazer algo diferente
do que apenas deitar e pensar, quando meu telefone tocou na minha mão.
Era um outro número estranho de New York, e eu atendi, esperando
realmente que fosse Lana neste momento.
— Ahá! Eu encontrei você! — Lana disse sem preâmbulos. — Venha me
encontrar no Hotel Cavendish, no Light Café. James me disse que ia
emprestar você para mim no almoço, mas só se almoçarmos em seu hotel.
Você já reparou que seu namorado é um pouco mandão?
Eu ri. — Tenho notado isso. — eu disse, meu humor subindo
instantaneamente. Um almoço com uma amiga divertida era exatamente o
que eu precisava.
Decidimos nos encontrar ao meio-dia, encerrando a conversa
rapidamente.
Tomei banho rapidamente e vesti uma elegante saia cinza plissada,
combinando com uma blusa leve azul de seda, sem mangas e gola alta.
Sandálias de couro com salto anabela laranja completaram o conjunto. Eu
aceitei a sugestão de Jackie para os sapatos e, novamente, ficou muito bom,
embora jamais teria pensado nisso sozinha.
Eu havia notado que a penteadeira ostentava agora uma seção inteira
apenas para as minhas jóias. Eu havia sido cautelosa até mesmo em olhar
para elas, mas sabendo que, provavelmente, iria ver James, já que estávamos
indo para o hotel, pensei que nada lhe agradaria mais, Olhei para o que eram,
obviamente, novas adições à minha coleção de joias.
Eu usava o meu colar, então eu só olhei para a seleção de brincos. Notei
uma pequena caixa branca imediatamente, uma vez que parecia diferente do
resto. Ela parecia mais antiga, e a caixa tinha a data em que foi vendida, com
um bilhete por cima. Eu arranquei o bilhete, me sentindo corajosa.

Bianca, meu amor,
Estes eram da minha mãe. Por favor, aceite-as. Vai quebrar meu
coração se você rejeitá-las.
James
Minha mão tremia e meus olhos se encheram de lágrimas. Com amor e
com culpa, porque eu as teria rejeitado, especialmente sabendo que eram de
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  • 2. Grounded Up in the Air Series #3 R. K. Lilley Sinopse: A história de James e Bianca chega ao fim, em uma conclusão explosiva da trilogia Up In The Air. Depois de um namoro sério, mas curto, Bianca já não pode negar os seus sentimentos por James, e embora ela tenha lutado muito, não pode mais evitar os seus sentimentos, mas ela sabe também que ele se preocupa profundamente com ela. Em um salto de fé, ela decide colocar de lado todas as suas dúvidas e viver com o bilionário enigmático. É o começo de algo maravilhoso, ou as coisas estão acontecendo muito, muito rápido? Com James e Bianca sentindo uma necessidade crescente de ficar juntos, que não pode mais ser negado, surgem novas circunstâncias alheias, tentando separá-los. Em meio a ameaça de um monstro que quer Bianca morta e as armadilhas constantes do passado indiscreto que James não consegue escapar, esses dois amantes apaixonados conseguirão encontrar o seu felizes para sempre?
  • 3. A tradução em tela foi efetivada pelo grupo CEL de forma a propiciar ao leitor acesso parcial à obra, incentivando-o à aquisição da obra literária física ou em formato ebook. O grupo CEL tem como meta a seleção, tradução e disponibilização parcial apenas de livros sem previsão de publicação no Brasil, ausente de qualquer forma de obtenção de lucro, direto ou indireto. No intuito de preservar os direitos autorais contratuais de autores e editoras, o grupo, sem aviso prévio e quando julgar necessário, poderá cancelar o acesso e retirar o link de download dos livros cuja publicação for veiculada por editoras brasileiras. O leitor e usuário fica ciente de que o download da presente obra destina-se tão somente ao uso pessoal e privado e que deverá abster-se da postagem ou hospedagem em qualquer rede social (Orkut, Facebook, grupos), blogs ou qualquer outro site de domínio público, bem como abster-se de tornar público ou noticiar o trabalho de tradução do grupo, sem a prévia e expressa autorização do mesmo. O leitor e usuário, ao disponibilizar a obra, também responderá pela correta e lícita utilização da mesma, eximindo o grupo CEL de qualquer parceria, coautoria, ou coparticipação em eventual delito cometido por aquele que, por ato ou omissão, tentar ou concretamente utilizar da presente obra literária para obtenção de lucro direto ou indireto, nos termos do art. 184 do Código Penal Brasileiro e Lei nº 9610/1998. Maio/2013
  • 4. Este livro é dedicado a todos os blogueiros e leitores maravilhosos que saíram de seu caminho para espalhar a palavra sobre esses livros. Eu sou eternamente grata. Vocês mudaram a minha vida.
  • 5. CAPÍTULO UM Sr. Cavendish Nós aceleramos em direção a Manhattan, com o vidro de privacidade do carro fechado. Stephan e Javier sentaram juntos, apertando as mãos, com os olhos fixos em mim com preocupação. James me abraçou contra ele, suas mãos reconfortantes enquanto me acariciava. Eu descobri há poucos dias atrás, que meu pai havia se casado novamente após a morte de minha mãe. Na cauda dessa revelação, eu havia descoberto que eu tinha um meio-irmão, que era apenas um ano mais novo do que eu. Isso significava que o meu pai tinha se encontrado com esta outra mulher anos antes que minha mãe tivesse morrido. Antes que ele a tivesse matado. Eu não gostei daquela mulher que meu pai havia se casado, Sharon. Na verdade, eu sentia um arrepio frio de desgosto atravessar o meu corpo, apenas com o pensamento dela. Eu acabei de descobrir que ela foi assassinada ontem à noite, e da mesma forma que minha mãe tinha sido. Eu não tinha gostado da mulher, mas desde que eu tinha descoberto a sua existência, senti a necessidade de avisá-la sobre o meu pai. Eu queria garantir que ela soubesse em primeira mão, o quão abusivo e violento ele era, eu queria avisá-la exatamente do que ele era capaz de fazer, apenas para deixar a minha consciência tranquila. Eu já havia tentado, por diversas vezes, conseguir falar com ela, mas eu não tive sorte. Lógico ou não, eu sentia uma culpa esmagadora pelo meu fracasso. James pareceu sentir a minha agitação interna, e tentou me consolar com o seu toque. Ele apenas me segurou por alguns minutos, antes de romper o silêncio pesado que tinha alcançado todos nós. — Será que vocês gostariam de tomar
  • 6. café da manhã em um restaurante ou em nosso apartamento? — Seu tom era educado. Stephan não hesitou. — Seu apartamento. Eu vi uma reportagem sobre ele em uma revista de design de interiores há algumas semanas atrás. Eu estou ansioso para fazer um tour. James assentiu. — Ótimo! — Ele olhou para o relógio. — Infelizmente, eu tenho apenas uma hora, então preciso voltar ao meu escritório. Eu endureci, me sentindo excessivamente desapontada com a notícia, apesar de que eu ainda nem tinha certeza se ele estaria lá para nos encontrar no aeroporto. Ele havia mencionado várias reuniões hoje, mas eu ainda não conseguia deixar de me sentir decepcionada que não iríamos ficar mais tempo juntos, antes que ele tivesse que voltar para o trabalho. Ele pareceu sentir a mudança em mim e começou a esfregar minhas costas confortavelmente. Ele falou baixinho para mim. — Eu consigo resolver as coisas no meu trabalho até às 16hs, e voltar para o apartamento, ainda assim eu amaria se você viesse ao escritório para almoçarmos juntos. Digamos por volta das onze? Eu... — Eu estarei lá. — eu disse a ele rapidamente, querendo qualquer tempo a mais que pudéssemos ter juntos. Eu me sentia carente dele, como se tivéssemos sido separados por semanas ou meses, em vez de dias. Eu nunca estive tão desesperada assim, nem mesmo durante o tempo que eu o tinha afastado, por quase um mês. Eu pensei que estava mais desesperada, porque agora eu tinha me permitido começar a pensar que ele e eu poderíamos realmente ter um futuro juntos. O pensamento tanto me animou, como fez torcer o meu estômago com uma ansiedade aguda. Ele beijou o topo da minha cabeça, mas não disse mais nada sobre isso. Deixamos Stephan e Javier conversarem animadamente sobre seus planos para o dia, que incluíam uma corrida no Central Park e um show da Broadway, apesar de não conseguirem decidir sobre qual show iriam. — Vocês se importam se eu fizer as reservas para nosso jantar mais cedo? Eu vou escolher um bom lugar, apesar de que pode ser um julgamento parcial, uma vez que provavelmente será meu. — James sorriu, aquele sorriso auto-depreciativo, que eu sempre quis traçar com meus dedos.
  • 7. Stephan e Javier concordaram com entusiasmo. Eu pensei que era doce da parte dele pensar em fazer isso, mas eu me senti um pouquinho desapontada. Eu queria um tempo a sós com ele, e até mesmo poucas horas a mais de espera pareciam uma tortura. Clark nos levou até o elevador na garagem subterrânea, sem precisar ser avisado, me dando um sorriso muito amigável, quando James me ajudou a sair do carro. Eu sorri de volta. O Motorista e guarda-costas de James estava aparentemente satisfeito com o nosso retorno. Eu pensei que era bom ele, aparentemente, me aprovar. Stephan estava inquieto e empolgado, enquanto o elevador subia até a cobertura. James nos deu um tour um pouco apressado pelo opulento espaço, fazendo questão de mostrar todos os ambientes que agora ostentavam minhas pinturas. Eu ficava vermelha cada vez que ele fazia isso, ainda desconfortável com elogios, sobre o meu lazer favorito. O lugar era moderno e elegante, com o toque pessoal de design Cavendish no apartamento inteiro. Eu já tinha visto tudo isso antes, e ainda assim, continuava impressionada. Ele nos levou por um longo corredor, o chão completamente revestido de madeira moderna e cinza, até terminar na sala de jantar intimidante. Stephan e Javier imediatamente caminharam até a janela que se estendia por quase toda a parede da sala, e tinha uma vista espetacular do Central Park. — Uau! — Javier disse calmamente. — Incrível. — Stephan suspirava. Caminhei até a janela ao lado de Stephan, igualmente impressionada, com a vista agora familiar. James me abraçou por trás, inclinando-se na minha orelha.— Eu preciso ir. Sua segurança estará esperando no elevador às 10:30hs para levala ao meu escritório. Se você precisar ir a algum lugar antes disso, basta ligar para o número da segurança em seu telefone.
  • 8. A porta da cozinha se abriu, e Marion apareceu sorrindo. Ela pegou nossos pedidos de café da manhã, e alegremente se apressou de volta para a cozinha. — Vem comigo? — James perguntou baixinho, a boca ainda colada no meu ouvido. Eu tremi, concordando. James se despediu de Stephan e Javier, me puxando, rapidamente, da sala. Ele pegou um atalho para o elevador. Ou melhor, eu pensei que fosse um atalho, até mesmo porque ele estava me puxando em uma pequena área de estar. Eu mal tive tempo de olhar para a sala vagamente familiar, antes que ele fechasse a porta, me esmagando contra ele, me beijando como se sua vida dependesse disso. O beijo não tinha nada da sua finesse, e nem um pingo de seu controle. Era um beijo bruto, um beijo dolorido, e eu me alegrava com isso. Eu o teria beijado de volta, mas não era esse tipo de beijo. Tudo o que eu podia fazer era suavizar a minha boca para ele — todo o meu corpo suavizado. Ele se afastou abruptamente. Eu gemi um protesto. Ele colocou uma mão em volta do meu pescoço, apertando apenas o suficiente para me fazer suspirar, a outra mão indo a minha boca. Ele pressionou apenas um dedo sobre meus lábios. — Eu tenho que ir. Mas eu preciso de você. Me prometa que você irá ao meu escritório às onze. Eu encarei seus belos olhos, procurando algo ali. Seu rosto e sua voz estavam em carne viva com a necessidade. E medo. — Eu disse que estaria lá. — eu disse a ele, não sabendo por que ele precisava de mim, ou como tirar aquele olhar terrível de seus olhos. — Me prometa. — ele disse baixinho, a voz próxima o suficiente de um pedido, para fazer meu peito doer. — Eu prometo. — eu disse baixinho.
  • 9. Ele apenas acenou com a cabeça, o rosto dolorosamente solene. Ele me puxou atrás dele, e eu o segui até o elevador. Ele apertou o botão, me puxando em seu peito enquanto esperava chegar. Não foi por acaso que ele apertou minha bochecha sobre seu coração. Direto sobre o lugar onde ele tinha tatuado o meu nome em vermelho. Ele não me beijou novamente. Na verdade, ele mal olhou para mim. Sua máscara profissional estava presente, quando a porta do elevador fechou no meu último vislumbre dele. Eu voltei para a sala de jantar com os pés pesados. Nós terminamos nosso café da manhã rapidamente, todos nós prontos para uma soneca. Stephan e Javier ficaram no andar abaixo do meu quarto com James, alinhados com a visão perfeita do Central Park. Eu os levei até à sua porta, dando um beijo superficial em Stephan, antes de ir até o quarto que eu dividia com James. Eu podia ouvir as suas exclamações espantadas e animadas, quando estava saindo, e eu sorri com carinho. Esse era o maior benefício da riqueza, pensei. Fazer os outros felizes. Eu fiz o meu caminho até o nosso quarto solitário. Eu fiquei congelada na porta do nosso quarto por longos momentos, me sentindo tão estranha em ficar lá sem James. Ele parecia tão vazio e estranho. Eu fiz o mínimo necessário para me preparar para deitar, rastejando na cama só depois que eu tinha, cuidadosamente, acionado o alarme. Eu iria tirar uma soneca rápida, mas valeria a pena para encontrar James em poucas horas. Eu acordei grogue e desorientada, mas quando o nevoeiro se dissipou do meu cérebro, e eu percebi onde eu estava, e que estaria vendo ele em apenas uma hora, o nevoeiro se dissipou completamente, e eu corri para o chuveiro, nervosa e animada. Meu telefone tocou uma mensagem para mim, quando retornei ao quarto, eu fui até ele para ler, ainda envolta em uma toalha. James: Use uma saia. Era um pedido bastante inocente, simples até, mas como partiu de James, foi o suficiente para minha respiração ficar presa em antecipação. Eu
  • 10. não sabia exatamente o que seria possível fazer em seu escritório, então mantive o pensamento de apenas um almoço inocente, embora, naturalmente, eu esperasse por mais. Meu humor subiu quando fiquei pronta, a emoção pulsando através de mim. Ele tinha planos para mim, eu apenas sabia disso. Eu tentei não ficar intimidada com meu novo guarda-roupa, e procurei por uma saia. Aquelas marcas, porém, eram algo que jamais conseguiria comprar com meu dinheiro, por isso era difícil eu não pensar no fato de que eu estava deixando James gastar uma fortuna comigo. Eu estava contando minhas moedas por tanto tempo, que eu não podia evitar em achar que tudo aquilo era um pouco de desperdício. Metade do seu closet colossal estava agora cheio de roupas de grife femininas extremamente caras. Não havia maneira alguma de que ele não tivesse gasto dezenas de milhares de dólares naquilo. Eu sabia que era bobagem, mas de alguma forma a roupa me intimidavam ainda mais do que todas as jóias com diamantes que ele tinha necessidade em me proporcionar. Sim, isso era bobagem, mas o fato é que eu sabia o suficiente sobre roupas para ter uma ideia de quanto aquelas marcas valiam, ao passo que o meu conhecimento sobre o preço de jóias era além de insignificante. A roupa estava toda separada em estilos e com os acessórios. Eu teria ficado mais grata por essa conveniência, se eu não soubesse que isso tinha que ser trabalho de Jackie. Eu não era exatamente uma fã dela. Eu rapidamente peguei um confortável vestido azul celeste de seda que aparentava ser confortável. Eu tentei não olhar para a marca, mas não deu certo, já que a etiqueta Coleção Armani praticamente pulava em mim. Eu coloquei meu sutiã e calcinha, puxei o tecido extravagantemente suave sobre a minha cabeça, e me apaixonei imediatamente. Ele era extremamente confortável, e realmente fácil de arrancar. Ele abraçava as minhas curvas da forma mais lisonjeira, sem ficar nem um pouco apertado. E ao contrário da maioria das roupas que eu normalmente experimentava, era feito para a minha altura, as proporções certas, sem ser muito curto no peito, ou nas pernas. Aparentemente, havia alguma vantagem em gastar uma fortuna em roupas. Claro, a maioria das roupas que eu tinha anteriormente, nunca custaram mais que vinte dólares, se muito...
  • 11. Havia uma seção inteira do armário inteiramente dedicada a sapatos e eu fui lá depois. Minha boca se curvou e meu coração se aqueceu, quando eu vi o que James havia feito lá. Não havia nada além de saltos anabela e tênis. De todas as coisas que ele tinha comprado para mim nesta monstruosidade de closet, eu pensei que isso era o mais doce. Eu tinha feito uma simples menção a ele uma vez, que os únicos sapatos que eu gostava eram tênis e saltos anabela, e era evidente que ele prestou atenção. Todos os sapatos femininos estavam em caixas inclinadas abertas, e todas as caixas foram marcadas com etiquetas amarelas com números em grandes letras vermelhas. Minha testa franziu. As etiquetas em todas as roupas tinham essa mesma coisa. Levei a mão nas minhas costas, cuidadosamente tentando puxar a etiqueta nas minhas costas, sem causar dano ao lindo vestido. Minha testa franziu quando vi o número 543 marcado na etiqueta. Estudei as fileiras de caixas de sapatos, meus olhos encontrando um número correspondente lá. Eu suspirei, minha boca torcendo ironicamente, quando eu vi o sistema que tinha sido criado. Jackie, aparentemente, não confiava em mim para combinar os meus sapatos e roupas sem sua ajuda. Parte de mim queria ignorar suas sugestões não tão sutis e só usar o que eu queria, mas ela era uma compradora profissional, e eu, quase nunca, comprava. Eu decidi corajosamente lhe dar uma chance e tentar seguir sua recomendação. Por que não? Se eu odiasse os sapatos que ela tinha escolhido, eu usaria outra coisa. Eu abri a caixa para encontrar um par de peep toe amarelo Prada, com saltos anabela de verniz, com um laço de couro na ponta. Eu achei adorável. Eu os coloquei e descobri que Jackie sabia o que estava fazendo. E como um bônus, eles eram confortáveis e fáceis de caminhar. Eu fiz a minha maquiagem nos olhos um pouco mais pesada, fazendo um olho esfumaçado, mas que achei que ficou muito bom. Eu fui liberal com o rímel preto, e mantive os meus habituais gloss rosa nos lábios. Fiquei satisfeita com o resultado final. Eu tinha levado mais tempo do que o habitual com a minha maquiagem, mas ainda assim tinha demorado apenas dez
  • 12. minutos, o que me proporcionou uns bons 10 minutos ainda para o meu cabelo, que só precisava de uma secagem rápida. Eu me dei uma rápida olhada mais uma vez, percebendo que aquele corte de cabelo foi uma ideia muito boa para mim. Uma franja reta loira agora emoldurava meu rosto, deixando destacado de forma quase surpreendente o azul marinho dos meus olhos. Eu estava pronta na hora certa, quando ouvi uma batida na porta do quarto. Abri a porta, pensando que fosse Marion. Eu estava menos do que emocionada ao olhar para Jackie. Ela sorriu para mim. Ela me olhou de cima a baixo, sorrindo, como se ela já não tivesse deixado claramente expresso o quanto ela não gostava de mim. — Muito bom. Armani se encaixa bem em você. Eu vou fazer uma nota disso. Mantive em meu rosto uma expressão cuidadosamente educada e impassível com a visão dela. Eu simplesmente não conseguia me obrigar a sorrir de volta para ela, mas eu conseguia ser civilizada. — Eu estou com pressa, por favor me desculpe... Ela levantou um dedo. — Mais uma coisa. Deixei a coleção de suas bolsas no quarto de hospedes. James odeia desordem, e elas ocupam muito espaço, por isso parecia a melhor opção. Venha por aqui. Ela se afastou, sem esperar por minha anuência. Segui sem entusiasmo, determinada a ver do que ela estava falando e continuar o meu caminho em tempo hábil. Ela me levou até o quarto de hóspedes que eu tinha usado há apenas alguns dias atrás para experimentar vestidos. O grande armário tinha agora metade dele dedicado exclusivamente às bolsas. Eu gemi. Jackie me lançou um olhar. Foi quase hostil. — Você não gosta de bolsas? — ela perguntou, incrédula. Eu fiz uma careta. — Eu gosto de algumas, mas não aquelas que preciso segurar na mão, essas não funcionam para mim. Eu não suporto ter que segurar alguma coisa o tempo todo. Eu preciso de algo com uma alça longa. —
  • 13. Ela fez um barulho de nojo puro, mas não perdeu tempo selecionando uma bolsa para mim. Ela simplesmente agarrou um bolsa grande de couro bege, estilo mochila, segurando em minha direção. — Pelo amor de Deus, pelo menos mantenha em seu braço. Se eu souber que você usou transpassado, vou apenas gritar. Peguei a bolsa dela, lhe dei um olhar bem hostil, e sai o quarto. Eu tive que voltar para o nosso quarto rapidamente para colocar todas as minhas coisas na bolsa antes de descer correndo as escadas, agora atrasada.
  • 14. CAPÍTULO DOIS Sr. Violento Desci as escadas, correndo até os elevadores. A equipe de segurança me aguardava no elevador. Uma equipe... Eu pisquei para os três homens austeros em ternos e uma mulher que conseguia ser a mais intimidadora do grupo. Blake acenou para mim, falando pela primeira vez. — Srta. Karlsson, deixe-me apresentá-la ao resto de sua equipe de segurança. — Ela apontou para o homem mais próximo a ela. Ele era enorme, com músculos definidos e, obviamente, armado sob seu terno finamente costurado. Seu cabelo escuro estava cortado muito curto e suas feições eram graves, mas atraente. — Este é Williams. — Srta. Karlsson. — disse ele, acenando para mim educadamente. Eu inclinei a cabeça para trás, tentando registrar o nome em minha memória. Eu, aparentemente, iria precisar aprender um monte deles, com tanta segurança. O elevador chegou e Blake me acenou para entrar. Eu entrei, tentando não me sentir intimidada como os quatro me ladeado. Blake pigarreou. —Precisamos nos apressar. Sr. Cavendish não ficará satisfeito se você chegar atrasada. — Ele apresentou rapidamente os outros dois homens. Um deles era menor que os outros, pelo menos, alguns centímetro mais baixo que eu, mesmo eu não estivesse usando salto de 7cm. Ele ainda era intimidantemente largo, com músculos fortes, e o seu cabelo loiro curto pareceu, sem dúvida, ex-militar. Blake o apresentou como Henry.
  • 15. O último era quase exatamente da minha altura, com cabelos castanhos e sorridentes olhos castanhos. Ele era menos grave do que os outros, e mais atraente, mas ele ainda se mantinha naquela forma disciplinada que gritava agente da lei, na testa. Blake o apresentou como Johnny. Eu pensei que era estranho que alguns deles usassem seus primeiros nomes, e outros seus sobrenomes, mas eu não perguntei a eles sobre isso. Eu tinha sido condicionada desde muito jovem a não me intrometer. Era final de junho, e quente como o inferno em Nova York. Eu estava grata pelas minhas roupas leves, pois o calor e a umidade imediatamente grudaram em mim, no segundo que saí. Meus seguranças me ladeavam de perto, quando saímos do elevador para uma limusine estendida, que estava alinhada diretamente com a entrada do prédio. Eu tentei agir como se eu não estivesse desconfortável com a minha configuração extremamente rica e minha superabundância ridícula de seguranças, mas eu me sentia muito dura, enquanto andava do elevador até o carro. Minha equipe de segurança se organizou como se tivessem coreografado, o que deviam fazer. Blake e Johnny se juntaram a mim na parte traseira do veículo, Henry no lado do passageiro, e Williams na direção. A curta viagem até o Hotel Cavendish foi um momento estranho. Blake manteve silêncio total e absoluto, e Johnny parecia quase simpático demais para se encaixar com o resto dos seguranças que eu conheci até agora. — Então, Bianca, você está gostando da mudança para Nova York? Eu pisquei para ele, perplexa. Eu estava tão acostumada à forma como os outros guarda-costas eram profissionais a qualquer falha, que não estava preparada para bate-papo casual. E a pergunta... — Eu realmente não mudei para cá. Estou indo e voltando de Vegas. Mas eu gosto de Nova York. Eu faço a rota aqui há alguns anos, e não há planos para mudar isso. Johnny me lançou um olhar perplexo. — Você continuará trabalhando? Você vai continuar sendo comissária? Eu olhei para ele com desconfiança. Eu não era de me intrometer, mas Johnny aparentemente era. — Bem, sim. É o meu trabalho. Por que eu iria sair?
  • 16. — Hum, talvez porque o Sr. Cavendish gaste quatro vezes mais na semana do que você ganha no mês, apenas em segurança para cada um de seus vôos. — Chega. — Blake o interrompeu asperamente. — Você deveria saber melhor, Johnny. Se você chatear a Srta. Karlsson, o Sr. Cavendish vai demitilo. Inferno, ele vai dispensar todos nós. O clima no carro ficou dolorosamente pesado depois, e eu não tinha ideia de como responder a uma explosão inesperada de um estranho, e é claro que eu não iria, porque eu não devo quaisquer explicações sobre a minha vida a ninguém. Que atrevimento... Eu meditei por todo o caminho até o nosso destino, olhando para fora da janela, meu rosto uma máscara impassível. Eu nunca tinha estado dentro do Manhattan Cavendish Hotel, mas eu reconheci a construção colossal. As janelas modernas azuis, de vidro reflexivo que cobriam todo o edifício fazia ele se destacar, como uma nova e cintilante joia entre os arranha-céus. Minha equipe de segurança se moveu para a sua formação bem coreografada quando eu saí do carro, me escoltando até o saguão como se eu fosse um chefe de estado ameaçado. Eu me senti ridícula. Eu não tinha ideia para onde ir, mas felizmente eu não precisava. Blake me levou infalivelmente pelo saguão de mármore suntuoso. Estávamos quase na área dos elevadores bem guardados, quando ouvi uma voz feminina chamar meu nome. Surpresa, eu me virei para ver quem era, e enrijeci. Jolene caminhou em nossa direção, um sorriso exuberante nos lábios. Ela estava além de seminua, vestindo os menores shorts que eu já vi e um top esportivo que era tão minúsculo que eu não imaginava por um segundo que ele realmente pudesse fazer seu trabalho. Eu não podia adivinhar para onde ela estava indo vestida assim. Eu quase pensei que era para malhar, exceto que ela estava usando sandálias pretas sensuais e seu cabelo estava solto, pendurado em cachos enrolando ao redor de seus ombros e costas. Johnny assobiou apreciativamente enquanto ela se aproximava. Ele estava diretamente à minha direita, mas eu não lhe poupei um olhar.
  • 17. — A garota mais fodidamente sexy que eu já vi na minha vida. — ele murmurou, não falando baixo o suficiente. Ok, era oficial, eu não era uma fã de Johnny. Jolene tentou se aproximar, mas Blake entrou em seu caminho antes que ela estivesse há menos de 1 metro de mim. Ela amuou um pouco, mas era obviamente uma afetação. — Bianca! Como você está? Eu sempre me considerei uma pessoa controlada. As coisas raramente saíam da minha boca, a menos que eu realmente quisesse dizê-las. Eu soube imediatamente que este seria um daqueles raros momentos em que o meu cérebro não estaria controlando a conversa. — O que você está fazendo aqui? E por que você está vestida assim? — Perguntei-lhe friamente. Ela me deu um olhar que me fez endurecer. Foi aguçado e esperto. Ela foi ali apenas para me provocar. — Acabei de malhar. Este lugar tem uma academia alucinante. E eu estou vestida assim porque James gosta de ver meu corpo. Ele diz que eu tenho a barriga mais sexy do planeta. — Enquanto ela falava, passava a mão bem cuidada de sua garganta à cintura baixa dos shorts obscenos. Ela tinha uma barriga adorável, todas as cavidades bem tonificadas na pele escura, a cintura ridiculamente pequena, especialmente em comparação com os seios grandes que quase derramaram do seu top. Ela exalava sexo, e eu a odiava. Minha respiração ficou presa com sua implicação. Ela estava dizendo que estava aqui para ver James? Que ele ainda a via? Ela estava mentindo descaradamente, ou dizendo alguma versão distorcida da verdade? De qualquer maneira, eu estava desejando a morte dela, e eu só a vi duas vezes... —Você está dizendo que está aqui para ver James? Que ele convidou você? Basta falar claramente, porque eu não tenho absolutamente nenhuma paciência para estes joguinhos. — eu disse a ela na voz mais vazia e fria. Aquela voz era um antigo mecanismo de defesa para mim. Ela apertou os lábios, passando a língua sobre os dentes. Eu queria bater nela. Fiquei chocada com o desejo, mas mesmo o meu choque não parecia fazer minha raiva súbita diminuir. — Nada que seja da sua conta. — ela disse com petulância, cruzando os braços, o que empurrou mais ainda para cima os falsos seios fartos. Esse top
  • 18. era tão inútil que eu poderia ver a simples sugestão de seus mamilos, enquanto ela os empurrava. Eu não podia acreditar que James tinha passado tanto tempo com esta mulher, mesmo com seu sex appeal. Para mim, ele era a síntese de elegância, com seu charme, seus modos e sua beleza impossível, enquanto ela era absolutamente um lixo humano. — É, certamente, da sua conta. — uma voz que me fez querer derreter falou por trás de mim. A mão grande e quente pressionada na minha nuca, afastando levemente de lado o meu cabelo comprido, para se estabelecer lá possessivamente. Eu não olhei para James. Eu estava muito irritada, chateada e simplesmente com fome da visão dele. — Por que você ainda está aqui, Jolene? — ele perguntou friamente. — Eu lhe disse para sair esta manhã, quando tentou invadir, sem ser convidada, o meu escritório. Preciso mandá-la ser escoltada para fora da minha propriedade? Uma expressão dura passou em suas feições tão rapidamente, que eu pensei que poderia ter imaginado. Seu belo rosto rapidamente mudou em um sorriso de satisfação. Ela jogou o cabelo preto encaracolado para trás dos ombros, empurrando os seios mais ainda para cima. Como se precisasse. — Estou aqui com Scott. Ele está hospedado na cobertura, e eu sou sua convidada. Você vai lhe pedir para sair, também? James se aproximou mais das minhas costas, envolvendo os braços em volta dos meus ombros. Eu poderia dizer pelos seus olhos nos seus braços, que Jolene não apreciava a vista. —Talvez eu lhe conte o que você anda fazendo. Quão tolerante você acha que seu marido será, se ele souber que você anda aplicando seus velhos truques? Ela ficou rígida, aparentando apenas um toque assustado, antes de esconder o rosto em uma expressão serena. — Ele não vai acreditar em você. E, mesmo que ele acredite, você nunca faria isso. Você sabe o quanto isso iria machucá-lo. — Está se tornando muito claro para mim, que a verdade não poderia machucar Scott tanto quanto saber o que tem feito, Jolene. Eu não tenho mais um pingo de paciência com nada que seja referente a você. Tenha isso em mente.
  • 19. Um movimento me chamou a atenção pelo canto do meu olho, e eu olhei para trás de Jolene, onde um grande homem se movia a passos largos e determinação até o nosso grupo. Ele era alto e magro, mas ainda se movia com o passo de um atleta. Sua coloração era semelhante à de James, com o cabelo castanho claro e a pele muito bronzeada, embora a sua provavelmente tenha vindo do sol. Ao se aproximar, vi que seus olhos eram castanho escuro e turbulentos. À primeira vista, ele poderia parecer um pouco com James, mas em uma inspeção mais próxima, sua boa aparência era mais robusta, menos refinada. —Eu disse para você ficar longe da minha esposa. — o homem rosnou tão logo ele estava ao alcance da voz. Eu percebi com um pouco de choque e surpresa, que o homem parecia muito familiar. Eu não poderia saber de onde, mas definitivamente eu tinha visto seu rosto em algum lugar. — Mas de alguma forma, toda vez que eu viro as costas por cinco minutos, você está aqui. Você precisa deixá-la ir, James. James endureceu contra mim, mas o surpreendentemente calmo quando ele respondeu. tom de voz era — Você precisa pensar sobre o que você está dizendo, meu amigo. Ela não tem sido honesta com você, e se dependesse de mim, eu nunca colocaria os olhos nela novamente. Sua esposa vem me perseguindo e a minha namorada, e eu já aguentei o suficiente dela. Eu estou em um relacionamento sério, comprometido, e eu não quero nada com ela. Não queria nada sério quando descobri que ela era sua esposa há três anos, e eu certamente não iria querer tocar em Jolene agora. Se eu pudesse voltar no tempo, eu teria lhe poupado algumas dores, Scott, e eu não teria tocado nela , e certamente nunca a teria apresentado a você. Ela não é quem você acha que ela é. Ela não é digna que você a coloque em um pedestal. Scott não levou as suas palavras, da maneira que eu sabia que James lhe tinha destinado. Eu poderia dizer pela sinceridade em sua voz, que James só estava falando a verdade brutal. Scott zombou, fazendo uma cara feia. — Cuidado com a boca. Você está falando da minha esposa. — Seu olhar rude se virou para mim. — Então, ele está em um relacionamento sério com você, hein? Você deve saber que ele não sabe o significado dessas palavras. Ele vai jogá-la fora
  • 20. como todo o resto. Se você tiver sorte, ele vai passá-la para um amigo rico, quando ele terminar com você. Eu estava virando para o peito de James, antes que ele se movesse. Eu enterrei meu rosto em seu pescoço, apertando meus braços em torno de suas costelas, segurando firme. — Não. — eu murmurei em seu pescoço. Ele parou seus movimentos. Scott estava tentando provocá-lo, e eu sabia que tinha conseguido, mas eu precisava que James controlasse seu temperamento - controlasse seus punhos. James envolveu os braços firmes em volta de mim, como se fosse incapaz de ignorar o meu gesto carinhoso, mesmo em um acesso de raiva. — Se você falar assim com ela de novo, você vai se arrepender. — James disse, sua voz cheia de uma fúria terrível. Scott bufou, e até mesmo pelo ruído, eu poderia dizer que seu temperamento estava tão perto da superfície quanto James. — Você está preocupado com o que eu vou dizer a ela? Você comeu minha esposa, James, só Deus sabe quantas vezes, e você está preocupado que eu vou o que... magoar a sua mais recente foda, é isso? James me virou gentilmente, me conduzindo até os elevadores diretamente atrás de nós. Ele acariciou a mão sobre o meu cabelo, e eu podia sentir que ele estava tremendo. — Meu amor. — disse ele, com a voz rouca, mas ainda conseguindo ser amoroso. — Eu preciso que você vá lá para cima. Por favor, espere por mim. Eu vou me juntar a você daqui a pouco. — Ele apertou o botão enquanto falava, ainda me segurando perto. Eu queria dizer alguma coisa, queria pedir a ele para não fazer nada precipitado, não se meter em problemas, ou pior, se machucar, mas eu não conseguia fazer as palavras saírem. O elevador parou, e as portas se abriram, e eu entrei sem uma palavra. Blake e Johnny entraram atrás de mim, e eu fiquei aliviada que pelo menos dois dos guarda-costas ficaram com James. As portas do elevador se fecharam e começamos a subir. Eu não tinha ideia de que andar estávamos indo, ou mesmo quantos andares havia. Eu olhei para o painel para ver, mas meus olhos estavam desfocados, e eu perdi minha linha de pensamento. O elevador finalmente parou e eu segui Blake para fora. Minha mente, distraidamente, notando o meu redor, rico e opulento, meus saltos estalando
  • 21. de forma constante nos pisos de mármore escuro, mas minha mente ainda presa sobre o que poderia estar acontecendo lá embaixo — que eu tinha sido muito covarde para ficar e assistir, ou até mesmo ficar e prevenir. Um jovem e educada morena nos cumprimentou por trás de uma mesa enorme. — Srta. Karlsson, Sra. Blake, Johnny — ela murmurou quando passamos por ela. Eu me perguntava como ela poderia ter me reconhecido a primeira vista. Sem dúvida, era óbvio pela minha escolta armada... Tudo isso apenas passando de forma distraída, o pensamento distante, enquanto Blake me levava a um enorme escritório que tinha mais janelas revestindo o local que paredes. Blake fez uma busca minuciosa no escritório, verificando cada centímetro do espaço e dentro das duas portas anexas. Johnny ficou ao meu lado, enquanto ela fazia isso. Eu pensei que eles estavam exagerando um pouco, mas o que eu sei? Blake terminou sua busca, me dando um aceno severo com a cabeça quando ela terminou. — Tudo limpo, Srta. Karlsson. Nós estaremos lá fora se precisar de alguma coisa. Ouvi a porta se fechar atrás de mim. Eu deixei minha bolsa em algum lugar no chão, enquanto caminhava até as janelas. Notei distraidamente que a decoração do escritório não tinha o toque de James. A decoração ali era um estilo antiquado de New York, com uma mesa antiga e um piso de madeira tradicional. A cadeira atrás da mesa era de couro marrom antigo, assim como o sofá. Mesmo os tapetes davam uma sensação de dinheiro velho. Era tão incomum para James, que eu fiquei pensando nisso um longo tempo, deixando a estranha decoração me distrair. Quando isso ficou cansativo, eu fui até a janela, olhando sem realmente ver, a vista espetacular de Manhattan. Eu não tinha ideia de quanto tempo eu estava ali como uma estátua, antes que eu ouvisse a porta abrir e, em seguida, fechar atrás de mim. O clique da porta sendo trancada era anormalmente alto naquele silêncio de morte da sala. — Vire-se e olhe para mim. — James disse, depois de um longo momento, sua voz baixa e áspera.
  • 22. Era uma loucura, não era razoável, era autodestrutivo... e masoquista, mas eu fiquei molhada ao som daquela violenta voz áspera. Eu me virei.
  • 23. CAPÍTULO TRÊS Sr. Sádico Estudei-o por um longo tempo, minhas pernas tremendo, enquanto eu absorvia ele completamente. Eu me encostei apoiada na janela. Ele estava sem paletó, sua gravata torta. As mangas de sua camisa branca estavam enroladas. Mas de uma forma bagunçada, pelo menos para ele. Eu vi uma gota solitária de sangue em seu colarinho. Estudei seu rosto, em seguida, seus braços. Seus dedos pareciam um pouco inchados, os punhos cerrados, mas seu rosto estava intacto. — Ele era um homem adulto que tinha insultado a pessoa mais importante na minha vida. A coisa mais preciosa no meu mundo. Duas vezes. Tire esse maldito olhar de medo em seu rosto. Eu nunca iria lhe dar um soco, nunca iria atacá-lo se não fosse provocado. Mas eu vou te punir. — Enquanto falava, ele começou a desabotoar a camisa, puxando-a da calça bege. Sua ereção estava fortemente delineada contra o tecido pálido. Eu lambia os lábios dormentes. — Por quê? — Por esse olhar. Pela falta de confiança. Por me deixar por dias, qualquer que seja o caralho do motivo. E você estava atrasada. Ele caminhou em minha direção sem camisa, incrivelmente lindo, seus músculos fortes flexionando ao longo de sua pele dourada perfeita a cada passo. Eu vi meu nome, gravado em vermelho no peito, enquanto ele se aproximava de mim. Sua mão pesada caiu na minha nuca. Ele me empurrou lentamente para a mesa apenas com esse contato. Ele me pressionou, com firmeza, mas de forma gradual, até a frente do meu peito encostar-se ao topo de sua mesa, meus quadris na borda. Suas mãos se moveram sob o meu vestido, sem hesitação, segurando minha calcinha rendada e puxando-a para baixo, pelas minhas pernas, em um movimento suave. Ele tocou um tornozelo. — Levante! — Ele ordenou bruscamente.
  • 24. Eu levantei meu pé. Ele repetiu o processo com a outra perna. Seus dedos se moveram contra as minhas costas, soltando meu sutiã através da seda do meu vestido, como só alguém com experiência nesse processo poderia fazer. Ele tirou isso de mim rapidamente, deixando meu vestido intacto. Ele subiu a parte inferior do meu vestido de seda até acima dos meus quadris, deixando a minha bunda e sexo nus para a sua atenta leitura. Ele ficou em silêncio atrás de mim por um longo tempo. Eu me contorci. — Feche os olhos! — Ele ordenou. Eu obedeci. Eu o ouvi caminhar a passos largos para longe de mim. Uma porta à minha esquerda abriu e fechou. Eu podia ouvir minha própria respiração ofegante. Eu estava extremamente excitada. Eu o ouvi se aproximar de mim novamente, longos minutos mais tarde. Ele não estava tentando ser silencioso. — Segure a borda da mesa! — Ele ordenou. Segurei. — Alguma coisa a dizer? — Ele me perguntou com frieza. Eu não sabia por onde começar, não sabia o que ele queria, mas eu tinha que tentar. — Sinto muito, Sr. Cavendish. — Pelo que você sente muito? — Por tudo isso. Por deixá-lo por dias, qualquer que seja o motivo. Pelo atraso. Por favor... Ele atingiu, as cerdas duras batendo contra meu traseiro. Eu me contorci. Isso ardia, mas não necessariamente feria. Era como apanhar com um cabelo muito grosso. Talvez fosse por isso que ele não se conteve, batendo uma e outra vez, sem pausa. Eu mexia contra a mesa, gemendo. Ele apertou a mão com força na parte baixa das minhas costas, me segurando imóvel, enquanto continuava trabalhando mais em mim. Ele estendia o chicote no meu bumbum e coxas liberalmente. Isso continuou por momentos intermináveis, enquanto eu me contorcia.
  • 25. De repente, ele parou. Eu podia ouvir sua respiração áspera. — Você gosta do chicote de pelo de cavalo? — ele perguntou. Eu fiz um pequeno zumbido na minha garganta. — Eu gosto, Sr. Cavendish. — Isso era o que seria considerado um aquecimento, Bianca. Você sabe o que isso significa? Eu balancei minha cabeça. — Não, Sr. Cavendish. Ele se moveu contra mim, pressionando todo seu peso fortemente contra minhas costas, sua ereção sob a calça comprimindo o meu sexo. Ele se inclinou e soprou as palavras em meu ouvido. — Abra os olhos. Eu obedeci, tendo apenas uma visão lateral da mesa que eu estava inclinada, uma vez que James estava pressionando minhas costas. Ele colocou um objeto preto e azul pesado lá. Eu não conseguia entender inicialmente o que eu estava vendo. Parecia quase como um buquê de flores, mas não era... Parecia pesado, e as extremidades da cauda grossa do chicote foi moldado maravilhosamente em rosas azuis e pretas. Lambi meus lábios, de repente, mais nervosa e assustada. Havia uma dúzia de botões de rosa ameaçadores ali. James trouxe o alça do couro daquele dispositivo de tortura até o meu rosto, e eu vi aquelas rosas pesadas arrastar sobre a mesa , enquanto o chicote se movia. Ele traçou a minha bochecha. — O chicote de pelo de cavalo foi um aquecimento. — ele repetiu — E isso significa que eu tenho planos para você, Bianca, e a dor ainda nem começou. Respirei instável, então fiquei tensa, quando eu ouvi o som inconfundível de um zíper. — Será que as rosas te assustaram? — Ele perguntou baixinho, com a voz quase insultuosa. Ele estava segurando minhas coxas, puxando minhas pernas mais abertas, me inclinando mais sobre a mesa. — Sim. — eu disse sem fôlego.
  • 26. — Eu vou dizer uma coisa. — ele começou, empurrando duro dentro de mim enquanto falava. Eu gemia, chocada com a penetração inesperada. — Se você conseguir se controlar em não gozar, quando eu te levar até a borda, vou poupá-la das rosas. Por hoje. — Enquanto falava, ele estava saindo de mim, arrastando seu pau perfeito maravilhosamente ao longo de cada nervo dentro de mim. Ele puxou completamente antes de mergulhar de novo, um acidente vascular cerebral lento, duro, que fez meus dedos enrolarem. — Para que seja justo, eu vou fazer isso rápido. — disse ele, com um sorriso frio em sua voz. Ele puxou para fora e para dentro de mim novamente, então começou a bater sério. Era dolorosamente difícil, o seu comprimento grosso batendo em mim, trabalhando mais, para dentro e para fora. Mesmo seu pênis estava dominante e sádico hoje. Uma de suas mãos segurou minha coxa com tanta força que eu sabia que iria ficar marcada, a outra mão nas minhas costas, me prendendo firmemente à mesa. Ele me fodeu como ele raramente me fodia, se levando a uma liberação rápida. Quando ele gozou dentro de mim, um ruído alto e selvagem escapou de sua garganta, o som abafado, como se ele não pudesse controlá-lo. Aquele barulho me trouxe ao longo da borda. Eu gozei com um gemido, enquanto ele ainda empurrava dentro de mim, esfregando o último jato de sua própria libertação selvagem. Ele não se demorou, saindo de mim, enquanto eu ainda estava apertada ao redor dele. Senti o líquido morno ainda jorrando de seu comprimento duro, quando ele se inclinou contra a minha bunda. Ele me puxou para trás, até os meus pés tocarem o chão novamente. Eu tinha esquecido até mesmo que eu ainda estava usando saltos, até que eles tocaram vacilante o chão novamente. Ele levantou meu vestido até em cima, então me puxou pelos ombros. — Braços para cima, — ele murmurou, quando eu fiquei em pé novamente.
  • 27. Eu obedeci. Ele puxou meu vestido pela minha cabeça. Virei a cabeça para olhá-lo, enquanto ele o colocava cuidadosamente sobre a cadeira de escritório. Ele me estudou por um momento. — Tire seus sapatos. Eu cambaleei para fora deles tão equilibrada quanto pude. James estendeu a mão para mim, enganchando um dedo na argola no meu pescoço, a outra mão segurando um punhado de meu cabelo. Ele me puxou pela sala. Ele me levou até uma das portas, que levavam a outro ambiente, que não era a área da recepção. Eu não tinha entendido para onde ele me levou, mas James rapidamente me mostrou. Ele me levou até um pequeno quarto com uma grande janela. Engoli em seco quando vi a cama. Demorei olhando todo o espaço, grande o suficiente para ser um dos quartos colossais em suas casas. A cama tinha uma cabeceira de treliça, com uma coleção imensa de restrições já dispostas. — Seu trabalho tem uma área de foda? — Eu perguntei a ele, sem esconder a acusação na minha voz. Ele tinha sido um galinha, eu sabia isso, mas eu estava cansada de ver a evidência disso, literalmente, em todos os lugares que fomos. — Isso é novo. Antes era apenas uma cama, em que eu dormia em paz. Se você quer mais respostas, você irá receber mais tarde. Vá para a cama. Subi em cima da cama, me movendo para o centro. Eu comecei a me ajoelhar. — Levante-se! — Ele gritou. Eu obedeci. Ele agarrou meu pulso em sua mão, levantando bem alto, mas mantendo na lateral, afastado do meu corpo. Ele puxou uma das restrições preta, da parte superior da cabeceira da cama. Fiquei surpresa ao perceber que ele era feito de borracha. Era como um tubo macio, confortável e elástico. Ele envolveu em torno do meu pulso várias vezes até que ele puxou muito apertado.
  • 28. Ele o amarrou, em seguida, virou a minha mão para que eu pudesse segurá-lo. Ele repetiu o movimento do meu outro lado, quando acabou, os meus braços estavam afastados do meu corpo. Eu pensei que era ameaçador, ele ter escolhido usar algo tão confortável para me conter. Embora isso me remetesse sobre as rosas... Ele posicionou meus pés, me deixando confortável. Eu tremia, quando ele se afastou para longe da cama. Ele tinha me amarrado de frente para a janela, com uma linda vista de Manhattan, mas todos os seus movimentos estavam atrás de mim, me mantendo no escuro quanto às suas ações. Eu o senti subir na cama alguns minutos mais tarde. Ele ficou atrás de mim. Ele me fez esperar por tanto tempo, que comecei a relaxar um pouco, quando ele finalmente me atingiu. Minhas costas se inclinaram com o golpe nas minhas coxas. Foi, de longe, a punição mais dura que ele já tinha me causado. E isso com apenas um golpe. Parecia que eu estava sendo atacada por uma dúzia de punhos duros. James fez uma pausa por longos momentos depois do primeiro golpe, e eu tremia. O próximo golpe atingiu minha bunda, e fez meu corpo balançar para trás e para frente nos meus apoios de borracha. Eu gemia, minha cabeça caindo para frente. Ele bateu de novo, e sem uma pausa, bateu mais uma vez. As lágrimas corriam pelo meu rosto, e eu não consegui abafar um grito, quando ele me golpeou novamente. Foi a primeira vez que ele já havia tentado algo em mim, que era tão profundamente doloroso que eu não tinha certeza se eu poderia aguentar. Eu nunca estive tão perto de falar a palavra segura, quando ele parou. Eu estava chorando, quando ele agarrou a frente das minhas coxas por trás, puxando minhas pernas para cima, me mantendo completamente suspensa. Ele me manteve assim, enquanto se movia entre as minhas pernas por trás. Ele entrou em mim brutalmente, como se isso também fosse um castigo.
  • 29. Ele me levou uma e outra vez com raiva, nossos impulsos apenas com dois pontos de contato, suas mãos em minhas coxas, e seu pênis dentro de mim. Ele me levou rapidamente a borda, e eu gozei com um pequeno soluço, minhas paredes internas apertando-o uma e outra vez, ele me ordenhando até o fundo, e ele gozou novamente, soltando um grito. Eu não acho que já tive um orgasmo mais poderoso, e eu chorei com o prazer e a dor, quando ele finalmente saiu de mim, e baixou os meus pés de volta para a cama. Ele me desamarrou rapidamente, me puxando para a cama junto com ele. Ele empurrou meu rosto em seu peito nu, murmurando palavras suaves, enquanto eu chorava sobre a tatuagem com meu nome em seu peito. Ele acariciou suas mãos nas minhas costas e beijou meu cabelo, e nada disso me fez sentir melhor. Ele tinha trabalhado em mim mais difícil do que nunca, me fodendo duas vezes, sem um segundo de contato intimo com seus olhos, sem um segundo de intimidade em nada. E eu tinha gozado tão forte, que eu não conseguia parar de chorar pela perda do controle. Pela primeira vez desde que estávamos juntos, eu comecei a me preocupar que as coisas que ele levava dentro de si, seria algo que eu poderia aguentar. Ou melhor, as coisas que ele fazia comigo. Eu sempre soube que tinha uma veia masoquista, embora eu a tivesse mantido enterrada profundamente, mas eu pensava que sendo com James, fazendo as coisas que fizemos, poderia ajudar a saciar os impulsos em mim. Pela primeira vez, eu me perguntava, e se ele só tinha feito piorar? James pareceu sentir a minha distancia. — Eu preciso voltar ao trabalho em breve, mas primeiro... Ele me deitou de costas na cama, abrindo minhas pernas e movendo-se entre elas em um movimento suave. Ele empurrou minhas pernas mais afastadas, em seguida, inclinou-se mais alto contra mim. Eu estava olhando a sua magnífica ereção, enquanto ele se alinhava contra meu núcleo. — Olhe para mim! — Ele retrucou em um tom furioso. Olhei para aqueles olhos amados e me perdi, como se apenas a visão deles pudesse fazer a minha mente perturbada ficar em branco. Ele entrou em mim com um empurrão suave. — Saia da sua própria cabeça, Bianca. Eu não vou deixar você se afastar de mim.
  • 30. Ele começou a se mover dentro de mim, empurrando firmemente, seus olhos me segurando cativa. Ele circulou seus quadris, movendo seu pau grosso ao longo das paredes do meu sexo. Eu gemia, então suspirei. Ele tinha tantos truques para me fazer gozar, e quando ele fez o movimento novamente, eu apertei ao redor dele com a minha libertação. Seus olhos eram tão ternos e tão íntimo quando ele encontrou sua própria libertação longos momentos mais tarde, sua mão segurando minha bochecha. Eu sabia que meus olhos tinham a mesma vulnerabilidade crua.
  • 31. CAPÍTULO QUATRO Sr. Excessivo James me deitou com ternura, beijando minha testa e me dizendo para dormir um pouco. Eu não discuti. Eu duvidei que poderia ter me levantado de lá, muito menos voltar ao seu apartamento ainda em pé, sem dormir. Eu adormeci. Acordei lentamente, languidamente, esticando meu corpo dolorido contra os lençóis macios, meus olhos vagando abertos com esforço. A visão que meus olhos encontraram, me deixaram completamente desperta. O ofensivo buquê de rosas azuis e pretas estava arrumado no travesseiro, como se fosse um arranjo real. James não estava na cama comigo, é claro — ele estava trabalhando — mas o buquê era, aparentemente, o seu substituto. Me afastei do lembrete brutal de nossas atividades anteriores, me sentando. Eu não sabia o que tinha acontecido com a minha roupa, além de que elas não estavam no quarto comigo, devendo ainda estar em seu escritório. Eu me encontrei na incômoda situação de ter que me enrolar em um lençol, e espreitar cuidadosamente dentro da sua sala . Eu ficaria mortificada se James tivesse companhia. Felizmente ele estava sozinho, sentado à sua mesa em silêncio, um telefone no ouvido. Ele me notou imediatamente. Ele acenou para que eu me aproximasse dele. Eu me aproximei lentamente, segurando o lençol branco enorme e macio contra mim firmemente. Ele cobriu o bocal do seu telefone com cuidado. — Bom dia, meu amor. Tire esse lençol e sente-se aqui. — ele disse, acariciando um local em sua mesa, diretamente na frente de sua cadeira. Oh Deus. Ele tinha mais planos para mim.
  • 32. Eu me senti constrangida quando deixei cair o lençol, mas esqueci o sentimento quase que instantaneamente, ao ver seu olhar quente em meu corpo. — Então qual é o problema? — Ele disse no telefone, com a voz um pouco rouca. Eu tive que me roçar nele, para ir até o local que ele indicou. Eu sabia que não era acidental. Ele me deu um beijo leve em meu quadril, quando mexi para me acomodar. Eu me sentei na borda de sua mesa, de frente para ele. Ele estava com um terno novo completamente diferente. É claro que ele teria alguns malditos ternos caros extras a mão, apenas no caso de precisar. Este era um terno cinza escuro tradicional, perfeitamente adaptado ao seu estilo moderno. Sua camisa era da mesma cor, mas com um colarinho branco brilhante, a gravata de um vermelho chocante. Ele estava devastadoramente perfeito e sinistro — tudo de uma vez só. Ele estava bem vestido até os dedos dos pés, e eu não podia evitar. Eu estava completamente molhada, e ele quase não me tocou. A decoração antiga do escritório não estava ajudando a situação. Havia algo tão intrinsecamente erótico sobre ele me dominar por trás da mesa, onde ele reinava sobre seu próprio império poderoso. Ele usou a mão livre para empurrar minhas coxas mais afastados com um toque firme. Ele cobriu o bocal do seu telefone novamente. — Se encoste em seus cotovelos. — ele ordenou. Eu obedeci. — Resolva isso. — Ele disse secamente ao telefone. Ele esfregou minha coxa quase preguiçosamente, traçando o dedo indicador da sua mão livre por todo o caminho, passeando até o meu sexo. Eu me contorcia. Ele usou um toque bastante suave para acariciar minhas dobras. Isso me deixou louca. Me mexi contra a mesa, até que eu pudesse alcançar os lados dos meus seios com as mãos. Eu amassei a minha própria carne grosseiramente.
  • 33. James me deu um olhar aguçado. Aquele olhar que falava que eu estava sendo muito impertinente, mas ele não me impediu. Ele enfiou dois dedos dentro de mim, sem aviso prévio e eu gritei. Ele cobriu o bocal. — Silêncio! — ele me repreendeu, então voltou rapidamente a sua ligação. Ele passou os dedos do lado de fora, arrastando ao longo dos nervos sem piedade. Eu mal conseguia processar o que ele falava em seu telefone quando ele mergulhou os dedos experientes de volta em mim. Foi algo na linha de "é para isso que eu te pago", mas ninguém poderia ter pago qualquer valor para eu retornar nesse ponto. Ele me trabalhou com os dedos grossos por longos momentos, ainda com o telefone ao ouvido. Eu estava à beira da libertação, quando eu o senti se inclinando para mim. — Envie-me o relatório. Sim. Isso é tudo. — Ele disse. Segundos depois, ele enfiou o rosto entre as minhas pernas, a boca indo diretamente até o meu clitóris, sugando, enquanto seus dedos permaneciam ocupados dentro de mim. Eu não durei dez segundos, antes que ele me tivesse gritando quando gozei, minha própria mão enterrada em seu cabelo sedoso. Eu me apertei firmemente em torno daqueles dedos hábeis. Ele puxou-os lentamente, ficando em pé. Ele chupou os dedos e eu me contorcia sob seu olhar. Suas mãos se moveram até a cintura de suas calças. Eu assisti com os olhos famintos, ele liberando sua ereção pesada para fora dos limites de sua calça. Ele se inclinou e me beijou, um beijo de boca aberta, um beijo quente, onde eu sentia meu gosto em sua boca. Eu chupava sua língua. Ele se endireitou abruptamente, segurando uma das minhas pernas, e levando meu tornozelo até seu ombro. Ele organizou minha outra perna em seu outro ombro. Ele beijou o interior do meu tornozelo, e entrou dentro de mim.
  • 34. Seus olhos azul turquesa eram intensos nos meus, enquanto ele se movia dentro de mim. Aqueles olhos tão marcados. Isso era incrivelmente mais bonito para mim. Esse ângulo, com meus quadris na beirada da mesa, e minhas pernas tão altas, me faziam sentir ainda mais profundo e intensamente os golpes, e ele rapidamente me levou até a borda em outro orgasmo, com mais alguns golpes duros. — Venha! — Ele ordenou com os dentes cerrados. Eu me desfiz. Ele não parou, enquanto meus músculos internos se contraiam em torno dele, nem sequer abrandou. Ele se inclinou duro, empurrando minhas pernas quase deitadas sobre meu peito. Seus olhos próximos da raiva contra os meus, nossas testas quase se tocando, quando ele murmurou: — Eu vou fazer você vir tantas vezes, que irá esquecer de todas as maneiras que puder encontrar para duvidar de nós dois. E ele fez. Bateu forte em mim, pressionando os pontos quentes no meu corpo com habilidade consumada. Eu não tinha certeza se poderia formar um pensamento coerente, quando ele finalmente se permitiu esvaziar dentro de mim. Eu certamente não podia pensar o suficiente para contar meus próprios orgasmos. Ele torceu os quadris violentamente à direita no final, me fazendo gozar mais uma vez, apesar do fato de que eu estava além de saciada. Eu não conseguia nem levantar o braço, quando ele saiu de mim lentamente. — Vá dormir, amor. Vou avisar aos rapazes que nosso jantar será mais tarde. Você precisa descansar um pouco. — Enquanto falava, ele estava abaixando as minhas pernas, e me carregando em seus braços. Eu estava dormindo antes que ele pudesse me deitar de volta na cama. Quando eu acordei de novo, James estava na mesma posição que o encontrei na última vez. Ele estava em sua mesa, um telefone ao ouvido. Ele girou a cadeira, quando eu pisei timidamente em seu escritório. Ele sorriu maliciosamente enquanto me estudava. Era seu sorriso de Dominador. Ele era novamente o homem controlador. Ele cobriu o bocal do seu telefone. — Solte o lençol e venha aqui. — ele ordenou, seu tom de voz, oh... tão casual.
  • 35. Eu obedeci, sentindo a cena como se fosse surreal antes do meu segundo cochilo, parecia que ela estava jogando do mesmo jeito novamente. Ele cobriu novamente o telefone. — Fique de joelhos e me chupe! — Ele ordenou casualmente. Eu me abaixei, lambendo meus lábios enquanto o observava. Era como se ele tivesse lido minha mente. Quando eu o vi sentado ali, esparramado como um rei insolente em seu trono, isso foi exatamente o que eu queria fazer com ele. Eu abri a sua calça com as mãos gananciosas. Segurei com as duas mãos em torno desse pênis perfeito, acariciando. Ele enfiou a mão livre no meu cabelo com força, me puxando contra ele. Ele me empurrou entre suas pernas, movendo os quadris para a beira da cadeira. Ele se empurrou contra minha boca. Eu abri a boca para ele, sugando sua ponta com um pequeno gemido. Ele enfiou em profundidade, fodendo minha boca tão profundamente como se estivesse me amordaçando. Ele puxou para fora, em seguida, empurrou novamente. Eu mal percebi quando ele desligou o telefone. — Relaxe os músculos da garganta. — ele me disse. — Me leve mais profundamente. — Eu levei um pouco mais dele nesse momento. — Use as mãos! — Ele ordenou, e eu torci minhas mãos em torno de sua base, enquanto o chupava tão profundo quanto pude, balançando a cabeça furiosamente. Ele segurou as duas mãos no meu cabelo, me guiando mais duro. Ele fez o som mais bonito em sua garganta, enquanto derramava em mim, empurrando seus quadris. Eu adorei, fazendo meus próprios pequenos sons, enquanto eu continuava a chupar, mesmo depois que ele gozou. Ele teve que me afastar para longe com firmeza, me dando o olhar mais quente pelos meus esforços. — Você adora ter a boca fodida, não é? — Ele murmurou, acariciando meu lábio. Eu cantarolei em acordo. — Eu amo isso. — eu disse a ele, minha voz baixa.
  • 36. Tomamos um banho juntos no banheiro bem equipado do seu escritório. Ele me lavou com as mãos delicadas e persistentes carícias, como era seu costume. — Seu escritório não é o que eu esperava. — eu disse, enquanto ele me secava completamente. — Ele não tem o toque de James. Ele beijou meu quadril, enquanto secava minhas pernas. — Era o escritório do meu pai antes. Eu nunca tive coragem de mudar nada. Eu acariciei seu cabelo molhado. Meu sentimental James. Eu não deveria ter ficado surpresa que o quarto tinha um armário, ou que aquele armário tinha roupa para mim. James parecia mais interessado em encontrar roupas para mim, do que em se vestir, enquanto percorria a grande prateleira de roupas femininas que pegava exatamente a metade do armário. Ele estava praticamente seco, embora algumas partes de sua pele dourada ainda estivesse deliciosamente úmida. Ele tinha uma toalha pendurada baixa em seus quadris. Isso tornava difícil me concentrar no que eu deveria estar fazendo, ou me lembrar se eu deveria fazer alguma coisa, apenas fiquei olhando para ele com meus olhos famintos. James puxou um vestido justo cinza claro, com um decote canoa para fora do cabide. — Use esse. — ele disse. Eu revirei os olhos para ele. — E eu tenho que escolher suas roupas? Ele acenou com a mão do seu lado do armário, ainda vasculhando minha prateleira de roupas. — Como quiser, Botão de Ouro. — ele disse, mexendo em uma exposição de cintos contra um armário grande no fundo. Minha respiração ficou presa na frase, e eu olhei para ele. Ele não estava olhando para mim... Eu caminhei até o seu lado do armário, mexendo ali. Eu peneirei através das roupas excessivamente caras, que eu me sentia mal até mesmo em tocá-las. — Você precisa usar um terno? — Eu perguntei, porque tão raramente o tinha visto usando qualquer outra coisa.
  • 37. — Seria melhor, já que vamos jantar em uma das minhas propriedades, e eu prefiro parecer mais profissional no meu local de trabalho. Mas se outra coisa chamar a sua atenção, eu certamente concordaria. Eu lhe atirei um olhar, minha sobrancelha arqueada. — Você acha que bater em um cara que insultou a sua namorada soa profissional? Ele sorriu para mim, nem um pouco arrependido. Foi um pouco irritante. — Eu sou apenas humano. — ele disse. Eu balancei minha cabeça. Ele era impossível. Peguei um belo terno cinza claro. Eu rapidamente achei uma camisa azul turquesa brilhante e a gravata. Eu já tinha visto ele usar essa cor antes, e ficava além de impressionante nele. Eu me virei para lhe mostrar minhas escolhas, e vi ele se inclinando para pegar um par de saltos anabela turquesa de camurça. Ele segurava um cinto fino turquesa na mão para marcar minha cintura. Estudei suas escolhas, e então as minhas, e comecei a rir. Eu ri tanto, que eu tive que me sentar no chão, minha toalha caindo. Eu ri ainda mais, quando um James sorridente me atacou, nossas roupas caindo em montes ao nosso redor, enquanto ele me prendia ao chão. Ele afastou o cabelo molhado do meu rosto e sorriu para mim, me olhando nos olhos. — Você viu o que eu estava escolhendo, ou estamos realmente ficando insanos? — Eu perguntei a ele, o riso ainda na minha voz. Ele acariciou meu rosto, me dando o sorriso mais doce. Eu não acho que havia qualquer pessoa no planeta, que estivesse na ponta contrária recebendo um sorriso daquele, não se apaixonaria por esse sorriso. Que não se apaixonaria por ele... — Claro que eu olhei. — ele me disse. — Eu estava preparado para mudar toda a sua roupa , até que estivéssemos combinando. Eu ri mais e ele beijou meus lábios rindo. Ele não se demorou, recuando rapidamente. — Você é insano. — eu disse a ele, e levantei para me vestir.
  • 38. Ele me abraçou por trás, pressionando com força contra mim, esfregando o peito liso em todas as minhas costas. Ele falou no meu ouvido. — Insano por você, meu amor. Eu endureci, aquecida com suas palavras, mas imediatamente desconfortável. O que ele quis dizer com isso? Era tão sério como parecia, ou apenas a sua natureza naturalmente afetuosa se mostrando? Ele dizia coisas ultrajantes para mim desde o começo, então eu tinha tendia a não levá-las a sério, mas estava ficando mais claro a cada dia, que ele era muito sério, que ele sempre tinha sido. Ele estava esperando que eu respondesse na mesma moeda? Porque eu não estava pronta para isso, nem sequer saberia como. O momento estranho passou rapidamente. James simplesmente beijou meu pescoço suavemente, e me soltou. Ele manteve seu banheiro do escritório abastecido com produtos de higiene pessoal e cosméticos para mim. Achei as duas coisas completamente insanas e totalmente convenientes. Ele tinha até um secador de cabelo para mim. Eu estava pronta em menos de 20 minutos, James em menos de dez. — Você se importaria se eu marcasse um jantar com Frankie na próxima vez, quando estivermos em Vegas? — James perguntou quando eu terminei. — Na próxima semana, em algum dia. — Não. — eu disse rapidamente, ainda envergonhada com a forma como me comportei no nosso primeiro encontro, com ciúmes do claro carinho dela com James. Mas ela era, aparentemente, uma das poucas mulheres bonitas do planeta que James não tinha dormido, e eu me senti muito tola em assumir que eles tinham algum tipo de passado juntos. Eu não me importaria em ter uma chance de deixar uma impressão melhor a mulher. — E Lana me ligou. Ela quer marcar um almoço com você. Ela está em Nova York esta semana, e disse que pode ter qualquer horário flexível para você. Eu disse a ela para te ligar, já que eu não tenho certeza de seus planos enquanto estou trabalhando. —Oh, isso parece bom. — eu disse, e quis dizer exatamente isso. Eu gostei dela instantaneamente. Ela era agradável, sincera e fácil de conversar. Eu não esperava ter amizade com muitas pessoas nos círculos abastados de James, e ter uma amiga como ela era um grande conforto.
  • 39. — Além disso, Parker e Sophia querem jantar conosco qualquer dia que quisermos. Eu disse a eles, talvez em algumas semanas. O entendimento de Parker sobre como não te assustar, me deixa apavorado, para ser honesto. Eu sorri, concordando em silêncio. Conversa de filhos com certeza era o caminho certo para me fazer fugir como uma louca. James passou um braço possessivamente firme em torno da minha cintura quando saímos seu escritório. Blake estava esperando por nós no elevador. Ela acenou para James, o rosto definido com as habituais linhas severas. — Transfira Johnny. — James disse a ela brevemente. Ela estava visivelmente embaraçada. — Senhor, o que ele fez? — Ela perguntou, quando entramos no elevador. Virei a cabeça para estudar seu rosto. Sua mandíbula estava apertada, mas o que ele falou não era nada do que eu estava esperando. — Ele quer Bianca. Eu o vi olhando suas pernas, quando ele deveria estar acompanhando-a em segurança para o elevador. Você não precisa demiti-lo, ele só precisa ser transferido. Ele não ganha para olhar o seu corpo. Eu não tinha particularmente gostado de Johnny, nem um pouco, na verdade, mas ele estava sendo mais do que ridículo. — James ... — eu comecei. — Não. — James interrompeu, em tom brando. Mas suas palavras não foram. — Se você fizer questão de mantê-lo perto de você, isso não vai ajudálo, confie em mim. Eu endureci. De todos os absurdos arbitrários de sua cabeça, e as coisas completamente irracionais que eu já ouvi dele, esta foi a pior. — Eu acho que você está sendo completamente louco. Isso não tem nada a ver com Johnny — Eu não gosto do jeito que você diz seu nome. É demasiado familiar, considerando-se o curto espaço de tempo que você o conhece. — Você está brincando? — Eu explodi.
  • 40. — Vou transferi-lo o mais rápido possível, senhor. — Blake disse, não questionando suas ações loucas. Eu não acho que ele iria tolerar se ela o fizesse. Mas eu certamente poderia questioná-lo. — James, eu não vou permitir que você seja um tirano. Johnny não fez nada de errado. Você não pode dizer que ele me quer, por causa de algo que você interpretou como uma olhada. — Isto não é sobre o meu ciúme, Bianca. Ou pelo menos, não apenas sobre isso. Trata-se de sua segurança, e se ele está ocupado demais admirando suas pernas para fazer o seu trabalho, ele não é de nenhuma utilidade para mim. — E isto tudo baseado em uma olhada? — Eu perguntei a ele, meu queixo cerrado. — Sim. Tenho bons instintos. — Eu não me importo. Você não o está transferindo depois de uma olhada. Você me disse que eu poderia me manifestar sobre quem era contratado ou demitido, ou qualquer outra coisa, e eu digo que ele não está sendo transferido com base em uma olhada. Sua mandíbula apertou dura, mas eu vi imediatamente que eu tinha vencido. — Tudo bem. Você precisa de mais provas. Eu vou mantê-lo por tempo suficiente para consegui-la. Blake, me mantenha atualizado sobre o seu comportamento, quando eu não estiver presente. — Sim, senhor. — disse ela, totalmente inexpressiva. Gostaria de saber o que ela pensava sobre suas loucuras, mas eu com certeza não ia perguntar. — Para onde estamos indo? — Eu perguntei a ele, tentando seguir em frente com a briga boba, tentando não ficar chateada, quando pelo menos ele concordou com os meus desejos. — Ele se chama Red. É um dos meus restaurantes. Fica bem perto. Os rapazes vão nos encontrar lá para jantar. Sorri, porque ele chama-los de rapazes, soou tão familiar e confortável, como se Stephan e Javier fossem seus "rapazes" desde sempre. Logo depois saímos do elevador, e caminhamos pelo enorme saguão do hotel, sendo rapidamente ladeado por minha segurança e Clark.
  • 41. Eu atirei a James um olhar com minhas sobrancelhas arqueadas. — Você não acha tudo isso um pouco excessivo? — Eu perguntei a ele. Ele apertou meu quadril com a mão com força suficiente para machucar. — Até que seu pai seja encontrado e preso, nada é demasiadamente excessivo. Eu posso pagar isso, então aceite. — Hmmm... — eu disse, não sabendo o que fazer com suas medidas excessivas de zelo. Se eu fosse honesta, uma parte de mim gostava da proteção, gostava de saber que meu pai não poderia me alcançar, mesmo se ele tentasse o seu melhor, mas o resto de mim sabia que quatro pessoas para proteger uma mulher insignificante era completamente ridícula.
  • 42. CAPÍTULO CINCO Sr. Magnânimo Red era tão escandalosamente luxuoso, como eu tinha imaginado que seria. James não parecia possuir qualquer propriedade que não fosse. Cada centímetro do lugar era, é claro, em vermelho. Cada tom de vermelho era representado no local, nas paredes, nos pisos de madeira vermelho escuro, lustres de cristal vermelho sobre cada mesa e na sala de espera. A primeira área do estabelecimento era um enorme bar, com tetos altos e mármore vermelho cobrindo todas as superfícies. A fila existente em volta da quadra para entrar no restaurante, significava que tinha, obviamente, uma alta demanda, mas você não imaginaria isso pelo espaçoso bar. Os clientes estavam bem vestidos e bem-comportados. Misturando o moderno com o luxuoso, em um ambiente de bom gosto. A hostess de cabelos negros e rosto confiante, que provavelmente já foi modelo, nos levou rapidamente pelo bar até uma das salas de jantar extravagantes. Havia três delas, pelo que eu pude ver. Enormes arranjos mistos de flores decoravam todas as mesas. Todas as flores eram vermelhas, é claro. — É muito vermelho. — eu disse a James. Ele apenas sorriu. A hostess nos levou a uma mesa no centro do grande salão. Nada de mesa de jantar privativa para nós. James aparentemente queria ser visto, esta noite. Stephan e Javier já estavam nos esperando na mesa. Stephan me recebeu com um longo abraço, Javier um menor. Sentamos à mesa muito bem arrumada, e eu olhei, impressionada, quando a equipe de segurança começou a se posicionar ao redor da sala sem dizer uma palavra.
  • 43. — Eles são tão organizados. — eu disse. Stephan e Javier pediram vinho tinto, e James e eu solicitamos água. — Nós vamos querer o especial da noite. — James disse a garçonete, que parecia deslumbrada com a visão dele. — Tudo bem para todos? Todos nós concordamos. Como comissários de bordo, ficávamos em um meio termo estranho, onde todos nós éramos estranhamente cultos, com muitas viagens, mas nenhuma delas nos levou a qualquer lugar tão intimidantemente caro. Eu pensei que isso nos deixava um pouco nervosos. Nós conversamos confortavelmente, enquanto esperávamos pela comida. Os rapazes se davam muito bem, o que era um alívio para mim. Além de me ter em comum, Stephan e James sempre tinham muito o que falar. De esportes, a carros, até debates políticos amigáveis, que apenas me davam uma leve dor de cabeça, eles falavam como se fossem velhos amigos. Isso aqueceu meu coração. O jantar veio em uma série de deliciosos pratos, que eram pequenas porções de alimentos ricamente temperados, e eu só sabia o que era tudo aquilo, porque a garçonete apresentava cada prato com um floreio e uma explicação. O prato principal, linguado assado com risoto de aspargo primavera, que praticamente derreteu na minha boca. — Muito bom. — James disse a ela, quando ela trouxe outro prato. Ela praticamente brilhava, enquanto flutuava para longe, obviamente, afetada pelo seu elogio. — Você não deveria lançar seu charme de forma tão descuidada. Você vai deixar todo mundo completamente apaixonado por você. — eu disse a ele, sorrindo ligeiramente. Ele agarrou minha mão, beijando meus dedos. Ele me estudou solenemente. — Você acha, amor? Eu desviei o olhar, corando, e ficando sem palavras. A sobremesa foi ainda mais deliciosa do que o jantar, com petit gateau de banana e sorvete de rum. As porções eram pequenas, mas ainda assim eu estava satisfeita, no momento em que terminou a longa refeição. Nós ainda ficamos lá por um longo tempo, mesmo depois do jantar, aproveitando o belo cenário e a companhia maravilhosa. Os rapazes iriam
  • 44. assistir a uma peça da Broadway, após o jantar. O pensamento me fez sorrir. Broadway não era coisa de Stephan, e isso era muito doce, porque ele iria por Javier. — Oh, eu quase esqueci. — disse James com um sorriso. A revista masculina Health me chamou para fazer uma sessão de fotos e conceder uma pequena entrevista. Eu pisquei para ele por um momento. — Uma sessão de fotos? — Eu perguntei a ele. Eu não deveria ter ficado surpresa. Ele era uma supermodelo entre os homens. Porque a revista não gostaria que ele fosse sua capa? — Eu vi sua última reportagem. Foi muito boa. — Javier disse. James encolheu os ombros. — Eu faço de vez em quando. Eles queriam que eu fizesse esta sessão de fotos para a edição de outono, mas eu insisti em fazer o próximo lançamento. Eu tenho um bom relacionamento com a revista. Eu tive um pensamento súbito. — Você está fazendo isso apenas para mostrar suas tatuagens? — Perguntei. Ele sorriu, um sorriso perverso e os rapazes começaram a rir. Isso foi uma loucura romântica ao extremo, e ainda assim James queria mostrar a evidência de sua devoção para o mundo. Corei escarlate. — Você vem comigo para a sessão de fotos? É quarta-feira à tarde, logo depois que eu sair do escritório. Eu dei o meu pequeno encolher de ombros. — Se você quer que eu esteja lá, eu estarei. Seus olhos brilhavam e seu rosto aberto com um sorriso largo. — Amor, eu sempre quero que você esteja comigo. Eu a colocaria no meu bolso, se eu pudesse. Todos nós rimos, mas eu não acho que qualquer um de nós pensou por um segundo que ele não quis dizer isso. — Além disso, Stephan e Javier tem algumas notícias para você. — disse James, olhando para eles. Eu o olhei, surpresa ao ver que ele parecia nervoso. Eu virei para Stephan, com um olhar que ele sabia que significava: fale logo!
  • 45. Ele mordeu o lábio, enquanto pensava no que dizer. — Eu tive uma reunião com James, hoje, enquanto você estava dormindo. — ele começou. Isso era novidade para mim. Eu não tinha ideia de que ele tinha ido ao escritório. — Ele magnanimamente concordou em colocar o capital inicial para Javier e eu abrirmos um bar em Las Vegas. Eu não reagi, apenas estudei todos eles, surpresa com o que havia acontecido sem o meu conhecimento. James não conseguia evitar, ele se insinuava em todos os aspectos da minha vida, mas como eu poderia ficar brava, quando ele fazia coisas tão maravilhosas para o meu melhor amigo? A resposta era simples. Eu não podia. Olhei para James. — Obrigada. — eu lhe disse sinceramente. Ele deu de ombros. — É um investimento. Stephan me presenteou com uma ideia que eu acho que vai ser bem sucedida. É simples assim. Não precisa me agradecer. Eu lhe dei um olhar irônico, mas isso foi tudo. Nós terminamos, saindo com os rapazes. Dei um abraço de despedida em Stephan, lhes desejando uma boa noite. James haviam liberado seu próprio carro e motorista para a noite, e eles estavam no céu, amando o tratamento VIP. Nosso curto retorno ao apartamento, no carro, foi feito em um silêncio constrangedor, já que Blake e Johnny tinham se juntado a nós na parte de trás. James entrelaçou os dedos com os meus, mas isso foi tudo. — Você vai me explicar o que aconteceu esta manhã? Jolene é casada? E você era amigo do seu marido? — Eu perguntei, minha voz baixa. Eu estava tentando ser razoável, tentando que o dia acabasse sem mais drama, mas eu precisava que ele deixasse algumas coisas claras para mim. Ele suspirou. Era um suspiro resignado, e seu rosto estava perturbado quando ele olhou para mim. — Sim, é claro que eu vou explicar. Obrigado por perguntar, e não apenas reagir. Vamos para a cama. Eu vou te dizer o que você quer saber lá. Estudei-o bastante desconfiada. — Você não pode simplesmente me amarrar sempre que precisamos ter uma conversa que você acha que não vou gostar.
  • 46. Ele me deu um olhar presunçoso. Era irritante. — Por uma questão de fato, eu posso. Mas esse não é o meu plano agora. Eu só prefiro falar no quarto. Estávamos em seu closet, nos despindo para deitar, antes que ele falasse novamente. — Scott conheceu Jolene quando ela era a minha sub. Ele se apaixonou imediatamente por ela. Quando terminou o nosso contrato, Scott me perguntou se eu me importaria se ele a convidasse para sair. Eu não me importava, mas eu disse a ele que isso poderia não ser a melhor ideia, por causa dele. Isso foi tudo o que eu disse e tudo o que eu soube. Sem que eu imaginasse, eles se casaram menos de duas semanas mais tarde. Ele conseguiu se despir primeiro, e se aproximou para me ver terminar. — Poucos meses depois disso, Jolene me ligou, me pedindo para encontrá-la para jantar. Eu não vi problema nisso, nem sequer sabia, se no final das contas ela e Scott tinham saído, e eu estava entre as subs, então eu simplesmente vi isso como uma chance para me distrair. Eu fiz o meu rosto ficar cuidadosamente inexpressivo, enquanto olhava para ele. O comentário casual me fez sentir... sensível, por razões que eu não queria investigar. —Nós... ficamos juntos naquela noite, e novamente alguns dias mais tarde. Ela manifestou interesse em retomar nosso acordo anterior. Eu tentei lhe dizer gentilmente que eu não estava interessado, e que eu achava que ela deveria seguir em frente. Foi quando ela me disse que havia se casado com Scott. Ela lançou isso como se fosse uma prova de que ela já havia seguido em frente, pensando que isso iria, na verdade, me incentivar a reconsiderar. — Nem preciso dizer que isso não ajudou em nada. Ao contrário, eu lhe disse que não iria vê-la, nem tocá-la, se ela estava casada. Eu nunca quis ser um amante, a ideia é repugnante para mim, especialmente quando eu estava corneando um amigo meu. — Eu parei de vê-la, parei de atender suas ligações, por pelo menos um ano. — ele continuou. Eu estava entre as subs novamente, quando ela finalmente conseguiu me cercar novamente. Ela estava divorciada então, pelo que eu soube, mas eu não sabia exatamente o que tinha acontecido na época. Mais tarde eu descobri que ela tinha se separado, porque me recusei a vê-la enquanto estivesse casada. Eu nunca deveria tê-la tocado depois que
  • 47. terminamos o nosso arranjo original. Vejo isso claramente agora. Minha amizade com Scott atualmente é irreparável, infelizmente eu percebi isso tarde demais. Ele é completamente apaixonado por ela, tanto que é incapaz de ver a verdade. Eu costumava ficar completamente chocado com ele, por perder a cabeça tão completamente por uma mulher — Ele me deu um sorriso autodepreciativo... — Eu não estou perplexo com isso mais. Agora, a única coisa que me deixa chocado é o seu gosto por mulheres. Eu tive que sufocar o desejo de lhe dizer que eles pareciam compartilhar um gosto semelhante. Eu disse a mim mesma com firmeza que isso não seria uma coisa construtiva a dizer. Havia muita coisa sobre seu passado, que eu precisaria esquecer se queria ter alguma esperança de ficarmos juntos. E enquanto isso fosse realmente passado, eu pensei que poderia aprender a lidar, embora sua explicação me incomodasse em uma série de níveis. Fiquei em silêncio por um longo tempo, enquanto eu examinava os meus próprios pensamentos, e terminava de me preparar para dormir. James não gostou me ver pensativa. — Me diga o que você está pensando? — Ele explodiu finalmente. — Você está brava? Eu fui até o banheiro, lavei o rosto e escovei os dentes. James me seguindo o tempo todo, a preocupação estampada em seus olhos brilhantes, que nunca se afastava do meu rosto. Eu estava subindo na cama, quando eu finalmente respondi. — Eu acho que estou um pouco surpresa com você, que depois de tudo isso, ainda saiu com ela apenas um dia antes de me conhecer. Eu não estou chateada, apenas... é tão difícil para você ficar longe dela? Eu olhei para ele apenas quando terminei de falar, mas eu vi claramente ele recuando. — Não é como você está pensando. Eu não sei se você vai pensar que isso é melhor ou pior, mas eu não continuei encontrando com ela por todo esse tempo, porque eu não poderia ficar longe. É mais o oposto. Tínhamos preferências em comum, mas eu nunca gostei dela. Eu soube desde o início que ela era gananciosa. Talvez apenas soubesse a extensão disso, quando ela foi atrás de Scott, mas eu já percebia, pelo menos o suficiente para saber que eu nunca poderia gostar dela. Eu a encontrava, porque eu precisava de uma saída para as coisas que eu faço, e nos meus piores momentos, eu pensei que nós merecíamos um ao outro. Eu nem sequer tinha muito contato com ela, muitas vezes, só a encontrava quando estava entre subs e em um clima
  • 48. particularmente sombrio. Na maioria das vezes, ela não tinha permissão para falar... Eu levantei a mão, ouvindo mais do que o suficiente. — Eu não acho que eu posso suportar ouvir esses tipos de detalhes. Uma última pergunta, e então, eu vou deixar esse assunto morrer. Por que Scott ainda a chama de sua esposa? Ele fez uma careta. — Scott nunca superou. Ele nunca a viu como ela é. Ele só vê o pacote, e o fato de que ela é insaciáv... Eu levantei a mão novamente. — Por favor. Ele afastou meu cabelo do meu rosto. Eu olhei sua garganta bronzeada, quando ele engoliu em seco, se inclinando sobre mim. — Sinto muito. Eu não quero ser insensível. É difícil explicar essas coisas sem tocar nas coisas sensíveis. — Enquanto eu não tiver que ouvir mais sobre suas coisas sensíveis... — eu disse a ironicamente. Ele sorriu. — Você sabe que eu só estou interessado em suas coisas sensíveis. Eu torci o nariz para ele. — Muito cedo para brincar com isso? — ele perguntou. Eu balancei a cabeça. Ele suspirou. — De qualquer forma, a verdade é que ele se casou com ela novamente há algumas semanas. Pobre coitado. Ela vai torcer ele até secar. Nada que eu possa fazer sobre isso, embora eu tenha tentado avisá-lo. E eu não perdi o controle, Bianca, não como você está pensando. Ele tentou me dar um soco, ele errou, e eu não. Eles foram escoltados para fora das instalações. Não será permitida sua entrada novamente. Qualquer coisa mais que você precise saber? Eu balancei minha cabeça. Uma parte de mim poderia questioná-lo a noite toda. Tudo nele me interessa, do seu passado até o seu presente, e o meu lado masoquista, queria saber cada pequeno detalhe. Eu sabia o que eu precisava saber, no entanto, e isso teria de ser suficiente. Ele fez a sua rotina de médico depravado, examinando cada centímetro de mim, e, em seguida, massageando meu corpo lentamente e com cuidado.
  • 49. Eu estava bem satisfeita das atividades vigorosas da tarde, mas eu ainda o queria de novo no momento em que ele terminou. Ele estudou as minhas costas por um longo tempo, mas não disse nada, apenas beijando suavemente as marcas que ele havia deixado lá com as rosas pretas e azuis. Eu senti como se tivesse dormido o dia inteiro, mas de alguma forma eu me sentia deslizando novamente para o sono. Ele não tentou me distrair. Eu estava naquela casa novamente. Eu me sentei como se estivesse sendo puxada por uma corda. Meu pai estava gritando em algum lugar na casa, um palavreado indecifrável em sueco, que meus ouvidos captaram, mas que o meu cérebro não conseguia traduzir. Mesmo sabendo que era uma má ideia, eu saí da cama. Olhei para os meus pés descalços frios, e eles eram maiores, mais crescidos, não como eu me lembrava. Algo estava errado, ainda mais errado do que o normal. Ainda assim, caminhei em silêncio por esse longo corredor. A cozinha era o lugar onde ele deveria estar, mas tudo estava errado. A piscina vermelha grossa estava absorvendo a luz azul tapete do corredor, visível antes que eu sequer chegasse à cozinha. Olhei para as minhas mãos. Elas já estavam cobertas de sangue. Errado, errado, errado. Ainda assim, eu me aproximei da cozinha, incapaz de ficar longe. O corpo da minha mãe estava no chão, e isso foi tudo que eu podia olhar por longos momentos, enquanto estava na porta. Sua cabeça tinha ido embora — apenas várias partes do seu corpo no chão, e no meu cabelo, e em minha camisola. Eu a reconheci apenas pelos nacos de longos cabelos dourados espalhados por todo o seu corpo. Me ajoelhei ao seu lado, segurando uma de suas delicadas mãos. Era a única parte dela ainda livre de sangue. No momento em que eu a tocava, mais partes do quarto entraram em foco. O corpo dela não era o único no chão. Outra mulher estava a alguns poucos metros de distância, e eu vi por seu cabelo vermelho berrante que era Sharon. Olhei para ela, confusa e horrorizada, como se minha mente se recusasse a ver esse outro horror na sala. Só meu pai gritando me fez finalmente olhar, e só porque suas palavras mudaram, uma frase com forte sotaque em Inglês chamando a minha atenção.
  • 50. — Olha, sotnos, olhe. Eu olhei. Eu estava em pé, um grito construindo na minha garganta. Meu pai ficou de frente para mim, mas não era ele que eu olhei — não era ele que eu vi. A grande figura que estava diante dele, de costas para mim. Perfeito cabelo castanho dourado apenas roçando o colarinho branco, de uma camisa limpa, suas costas definidas, com aqueles músculos duros que eram dolorosamente familiar. — James. — eu disse, minha voz entrecortada, um pouco mais que um sussurro. Ele não se virou, sequer uma contração para mostrar que reconhecia a minha presença. Eu me aproximei, incapaz de desviar o olhar. — James. — eu disse de novo, ainda chamando, mesmo com o quadro horrível na minha frente. Meu coração parou no meu peito, quando todas as peças da imagem se encaixaram no lugar com uma clareza assustadora. Meu pai estava quase encostado nele, uma arma apontada dentro da boca de James, empurrando em sua garganta, como se já considerasse sua morte como fato consumado. Os olhos de James estavam abertos, mas estavam vidrados, como se o gatilho já tivesse sido puxado. Seus braços estavam moles do lado. Eu agarrei o braço, mas a sensação de seus músculos soltos me fez recuar. — Veja, Sotnos, assista. — meu pai disse friamente. Comecei a chorar, quando o meu pai puxou o gatilho, incapaz de detê-lo — incapaz de desviar o olhar. James caiu em uma pilha no chão, a parte de trás de sua cabeça desaparecendo em um respingo vermelho sangrento. Sentei-me com um grito, meus olhos arregalados no escuro. Eu comecei a me mover, necessitando de ação, embora eu não pudesse ver onde eu estava, ou para onde eu estava indo. Eu estava chorando com soluços entrecortados, quando braços fortes e duros me rodearam por trás, me levantando e me virando com cuidado contra seu coração e um peito dolorosamente familiar. Engoli em seco e me agarrei em James, mesmo quando ele me levantou.
  • 51. Fechei os olhos, enquanto James me levava até o banheiro, acendendo as luzes ofuscantes brilhantes. Ele não me soltou, quando entrou no chuveiro, ainda me segurando firmemente com um braço forte. Segurei-o com os dois braços, me agarrando tão firmemente quanto pude. Eu não o deixei se afastar mesmo quando ele tentou tirar a minha camisola. — Não! — eu gritei, agarrando-o. — Ok, shh, tudo bem, amor, eu não vou te soltar.— Ele sentou no fundo da banheira, me mantendo firmemente contra ele, esfregando uma mão calmante contra as minhas costas e me mantendo perto, murmurando palavras suaves, enquanto eu lentamente acalmava. Eventualmente, ele se afastou o suficiente para tirar minha camisola e depois arrancou lentamente sua cueca boxer. Ele me puxou em um piscar de olhos contra ele, assim que terminou, até que éramos carne contra carne. Ele me lavou, me esfregando suavemente, mas completamente, como se ele soubesse sobre o meu sonho sangrento, e sabia exatamente o que eu precisava. Ele não me questionou sobre o pesadelo — não me perguntou nada, mas em vez disso me deu conforto, antecipando as minhas necessidades melhor do que eu poderia ter pedido, se eu tivesse sido capaz de falar. Eventualmente eu falei, derramando todos os detalhes do sonho em um sussurro baixo agonizante. Ele acariciou minhas costas enquanto eu falava, permanecendo em silêncio, enquanto eu lhe contava sobre o pesadelo. Ele só falou quando eu tinha terminado e fiquei em silêncio. — Foi apenas um sonho, Bianca. Eu estou aqui, e eu estou bem. Seu pai não seria capaz de chegar a mim, mesmo se tentasse. E nós vamos tomar todas as precauções para garantir que ele nunca possa chegar até você. Nós vamos ficar bem, amor. Tudo vai ficar bem. Eu me senti melhor depois que eu contei tudo e, claro, depois que James me tranquilizou com tanta convicção em sua voz. Nós nos secamos e adormecemos. Eu agarrada nele enquanto entrava novamente a deriva. Eu acordei, quando senti James sair da cama. Eu me sentei, quando a porta do banheiro fechou, o chuveiro ligando um momento depois. Eu me
  • 52. deitei, quase adormecendo novamente, quando ele ressurgiu. Eu me obriguei a me levantar. Eu o observei se vestir na entrada do closet, mal conseguindo não babar, mesmo no meu estado de sono atordoado. James me lançou um olhar quente. — Volte para a cama, amor. Eu tenho que ir para o trabalho, mas isso não significa que você tenha que acordar a esta hora. — ele disse, encolhendo os ombros para vestir uma camisa branca. Eu dei de ombros. Eu tinha dormido o suficiente. Ele terminou de se vestir rapidamente, movendo-se para mim com um propósito. Ele me beijou, um beijo lento e quente, mas se afastou levemente para trás, sem fazer mais nada. Seu cabelo dourado arrastando em seu rosto, quando ele se inclinou. Não estava nem seco ainda, mas ainda parecia um modelo perfeito. Corri um fio entre os dedos. James se afastou com relutância. — Todas as pinturas que você estava trabalhando, foram trazidas para seu estúdio aqui. E eu acredito que Lana vai tentar ligar para te convidar para o almoço hoje, no entanto, se ela não o fizer, eu adoraria ter o privilégio. Minhas sobrancelhas franziram. Eu tinha conseguido fazer um rápido tour pelo meu novo estúdio, mas eu não tinha visto meus projetos atuais lá. — Todos eles? — Eu perguntei, pensando no nu que comecei a pintar dele, o que eu tinha enterrado em um baú no quarto de hóspedes da minha pequena casa. Ele sorriu maliciosamente. — Todos eles. Eu preciso ir. Se você não for deitar, me acompanhe até a porta. — Enquanto falava, ele enganchou um dedo na coleira em meu pescoço. Ele me beijou no elevador. — Vamos jantar hoje à noite, então eu vou te levar para o quarto andar. — ele me disse com a porta se fechando. Eu já senti saudades no segundo que ele tinha ido embora. Eu estava ainda pior do que achava. Eu não conseguiria voltar para a cama vazia, então eu pintei. Eu tive que sorrir, quando vi que ele tinha sido bastante literal sobre ter trazido todas as pinturas que eu estava trabalhando em meu estúdio. Mesmo
  • 53. o nu dele, de alguma forma tinha sido encontrado em minha casa e trazido para cá. O homem não tinha limites, em absoluto. Eu trabalhei no retrato de James com quatorze anos de idade, que eu tinha iniciado na semana anterior. Eu trabalhei por horas, ficando totalmente absorvida na imagem dele, uma foto de uma criança escandalosamente linda, com a dor da perda e o peso do mundo sobre seus ombros. Eu tinha feito um bom progresso na pintura, mas ainda estava nos traços mais simples, quando ouvi uma batida rápida na porta do meu estúdio. Eu me encolhi. Eu não tinha me trocado ainda. Eu comecei a pintar, por volta das 5 da manhã, me esquecendo que poderia aparecer mais alguém na monstruosidade desse apartamento. Pousei meu pincel e abri a porta, mantendo meu corpo escondido. Fiquei surpresa ao encontrar Blake na porta, segurando meu celular. Eu tinha imaginado, naturalmente, que seria ou Marion ou Stephan na porta, e eu estava esperando que fosse Stephan. Se alguém poderia me flagrar de camisola, além de James, é claro que só poderia ser Stephan. — Srta. Karlsson, o Sr. Cavendish gostaria falar com você. Por favor, tente manter o seu celular ao seu lado, por questões de segurança. — ela disse, com o rosto definido naquelas linhas dolorosamente solenes. Eu só balancei a cabeça e fechei a porta na cara dela. Eu não estava tentando ser rude, mas era difícil não ser, quando eu era uma mulher crescida e ela parecia sentir a necessidade em me dizer o que fazer. Eu nem sequer tive a chance de ligar para James, antes que ele estivesse me ligando. — Olá, Sr. Cavendish. — Eu disse ao telefone. — Você está pintando. — disse ele com a voz mais quente. — Mmmhmm. Como você soube? — Só com o som da sua voz. É uma espécie de voz sonhadora e suave. Eu queria estar ai. Gosto de vê-la pintar. Adoro ver esse olhar sonhador em seu rosto.
  • 54. Eu tremia, adorando essas palavras românticas e à baixa cadência de sua voz rouca. — Eu queria que você estivesse aqui também, se estivesse, eu estaria trabalhando no nu. — Eu vou posar hoje à noite, se você quiser. — Eu quero. — Eu principalmente te liguei porque eu estou entre as reuniões e eu queria ouvir o som da sua voz, mas também porque Lana está tentando falar com você. Ela é uma mulher cruel e persistente, e ela me fez te ligar para pedir que ligue para ela. Ela está tentando, mas obviamente você se esqueceu de que tem um telefone. Mais uma vez. — Eu esqueci. — eu concordei. Eu não podia negar. Eu o ouvi suspirar pesadamente. — Eu preciso ir, mas por favor, mantenha o seu telefone com você. — Ok. — eu disse. Eu poderia dizer pelo seu tom de voz que ele precisava se apressar, e assim eu fui rápida. — Eu te vejo hoje à noite. — eu disse a ele em voz baixa. — Sim, você vai. Adeus, Amor.
  • 55. CAPÍTULO SEIS Sr. Romântico Eu estava procurando na minha lista de contatos, na esperança de que alguém houvesse acrescentado o número de Lana, quando meu celular começou a tocar na minha mão. Era um código de área estranho em New York, então eu pensei que deveria ser ela. Eu respondi imediatamente. — Olá. — eu disse com um sorriso. Eu já estava pensando em nosso encontro para o almoço. Uma voz definitivamente masculina e completamente estranha respondeu de volta. — Bianca Karlsson? Eu não respondi imediatamente, confusa e desconfiada de alguém que sabia o meu número. Era um tabloide? Era parte do exército Cavendish de seguranças? — Sim, é ela. — eu disse, finalmente, mantendo minha voz calma e educada. O homem limpou a garganta do outro lado. Ele estava nervoso. Eu tinha quase certeza disso. Quem era? — Sinto muito incomodá-la... Eu sou Sven. Sven Karlsson. Meu coração parecia ter congelado no meu peito, quando ouvi o nome do meu pai. Meus ouvidos apenas se enchendo com uma espécie de ruído rouco, e por um longo tempo, eu apenas fiquei lá, em um silêncio atordoado. — Eu sou seu, hum, meio-irmão. Sven Jr., eu acho. Eu ainda não conseguia encontrar as palavras para responder. Eu precisava me sentar, mas não conseguia me fazer virar para procurar uma cadeira.
  • 56. Por fim, ele falou de novo: — Desculpe incomodá-la. Eu provavelmente não deveria ter ligado. — Sua voz soou tão triste que de repente eu descobri que poderia falar. — Não, não, não fique triste. Acabei de ouvir sobre sua mãe. Sinto muito pela sua perda. Eu nem sabia que você existia até poucos dias atrás. — Oh. — ele disse. — Bem, eu sei que isso é estranho, mas eu ouvi dizer que você fica bastante tempo em Manhattan. Eu moro aqui, e eu queria saber se poderíamos nos encontrar para tomar um café em algum momento. Eu não tenho qualquer família, e para ser honesto, eu queria conhecê-la há um longo tempo. Ele me surpreendeu, e fiquei em silêncio novamente. Esta era a última coisa que eu esperava, quando eu soube que eu tinha um meio-irmão. O pensamento de alguém que estava relacionado a mim pelo sangue, que realmente quer me conhecer era tão... estranho. Eu não poderia dizer que adorava a ideia, mas como eu poderia recusar? — Ok. — eu concordei, finalmente. — Mas eu não tenho certeza quando poderia ser. — Que ótimo. Você pode simplesmente ligar para mim quando puder. Qualquer hora e local que você esteja confortável. Ele parecia tão... legal. Quando eu tinha pensado no filho do meu pai, eu tinha automaticamente pensado em meu pai, mas este homem não soava assim. — Ok. — eu disse com mais firmeza. Eu queria fazer isso, eu queria ver esse homem, que era uma peça estranha que faltava na minha família quebrada. — Eu vou fazer isso. Talvez em uma ou duas semanas, em uma sexta-feira na hora do almoço? — Parece ótimo. Apenas me confirme quando quiser. O ideal é se pudesse me avisar com algumas horas de antecedência, mas se conseguir avisar apenas na última hora, está tudo bem para mim, também. Nós nos despedimos ainda um pouco duros, e finalmente eu me esparramei no divã branco do estúdio, tentando envolver minha mente entorpecida naquela reviravolta estranha dos eventos. Eu estava apenas começando a me sentar, tentando fazer algo diferente do que apenas deitar e pensar, quando meu telefone tocou na minha mão.
  • 57. Era um outro número estranho de New York, e eu atendi, esperando realmente que fosse Lana neste momento. — Ahá! Eu encontrei você! — Lana disse sem preâmbulos. — Venha me encontrar no Hotel Cavendish, no Light Café. James me disse que ia emprestar você para mim no almoço, mas só se almoçarmos em seu hotel. Você já reparou que seu namorado é um pouco mandão? Eu ri. — Tenho notado isso. — eu disse, meu humor subindo instantaneamente. Um almoço com uma amiga divertida era exatamente o que eu precisava. Decidimos nos encontrar ao meio-dia, encerrando a conversa rapidamente. Tomei banho rapidamente e vesti uma elegante saia cinza plissada, combinando com uma blusa leve azul de seda, sem mangas e gola alta. Sandálias de couro com salto anabela laranja completaram o conjunto. Eu aceitei a sugestão de Jackie para os sapatos e, novamente, ficou muito bom, embora jamais teria pensado nisso sozinha. Eu havia notado que a penteadeira ostentava agora uma seção inteira apenas para as minhas jóias. Eu havia sido cautelosa até mesmo em olhar para elas, mas sabendo que, provavelmente, iria ver James, já que estávamos indo para o hotel, pensei que nada lhe agradaria mais, Olhei para o que eram, obviamente, novas adições à minha coleção de joias. Eu usava o meu colar, então eu só olhei para a seleção de brincos. Notei uma pequena caixa branca imediatamente, uma vez que parecia diferente do resto. Ela parecia mais antiga, e a caixa tinha a data em que foi vendida, com um bilhete por cima. Eu arranquei o bilhete, me sentindo corajosa. Bianca, meu amor, Estes eram da minha mãe. Por favor, aceite-as. Vai quebrar meu coração se você rejeitá-las. James Minha mão tremia e meus olhos se encheram de lágrimas. Com amor e com culpa, porque eu as teria rejeitado, especialmente sabendo que eram de