O documento discute a adolescência e a saúde de jovens no Brasil. Ele descreve que 30% da população brasileira é adolescente ou jovem, totalizando 54 milhões entre 10-24 anos. Explora como a adolescência foi definida ao longo do tempo e como é abordada no atendimento de saúde, enfatizando a necessidade de respeito e envolvimento do adolescente no seu próprio cuidado.
1. Adolescência: saúde e doença Eloísa Grossman Núcleo de Estudos da Saúde do Adolescente Universidade do Estado do Rio de Janeiro
2. 1- Quantos são? No Brasil, a população adolescente e jovem corresponde a 30,33% da população nacional, segundo o último censo do IBGE (2007). 54 milhões de cidadãos brasileiros com idades entre 10 e 24 anos 2- Quem são? Limites etários Art. 2.º Considera-se criança, para efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre doze e dezoito anos de idade. Estatuto da Criança e do Adolescente – Lei n.º 8.069, de 13/7/1990
3. A Organização Mundial da Saúde circunscreve a adolescência à segunda década da vida (10 a 19 anos) e considera que a juventude se estende dos 15 aos 24 anos. Esses conceitos comportam desdobramentos, identificando-se adolescentes jovens (15 a 19 anos) e adultos jovens (20 a 24 anos).
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5. Taxas de morbidade hospitalar e mortalidade no ano 2000 de adolescentes e jovens brasileiros (10-24) Morbidade Hospitalar Mortalidade
8. Problemas de relevância epidemiológica em determinado local, que tb acometem adolescentes
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10. A família, as instituições comunitárias, as instituições educativas, a mídia, a indústria de entretenimento, as instituições religiosas e as instituições de saúde compõem os múltiplos cenários sócio-culturais.
11. Adolescência através dos tempos Idade média Na sociedade medieval não havia a distinção entre criança e adulto. A criança era representada como um adulto em miniatura, tanto nos aspectos físicos quanto mentais. Não existia a consciência da particularidade infantil. O ingresso na sociedade dos adultos ocorria a partir do momento em que a criança tinha condições de viver sem a solicitude constante da mãe ou ama.
12. Adolescência através dos tempos Do renascimento ao século das luzes Na transição da Idade Média à Moderna ocorre um fortalecimento do espaço privado e a família ganha um novo significado, deixando de ser apenas uma unidade econômica, para tornar-se um espaço de afetividade entre pais e filhos. Nesta época, ocorre, claramente, a distinção entre crianças e adultos, porém ainda não se identifica o que chamamos de adolescência hoje.
13. Adolescência através dos tempos Do renascimento ao século das luzes A longa duração da infância provinha da indiferença em relação aos fenômenos biológicos; não havia a idéia de limitar a infância pela puberdade. Nesta ocasião, há o enquadramento da infância e da adolescência em lugares separados e fechados (colégios), sob a autoridade de especialistas adultos.
14. Adolescência através dos tempos Século XIX O final do século XVIII e o século XIX se caracterizaram pelo fortalecimento dos Estados Nacionais, pela redefinição dos papéis sociais de mulheres e crianças, pelo avanço acelerado da industrialização e da técnica e pela organização dos trabalhadores. Nesse momento, a adolescência é identificada como uma etapa singular das vidas humanas.Há o delineamento preciso do período da adolescência. No sexo masculino,da primeira comunhão (12 anos) ao bacharelado ou alistamento militar e no sexo feminino, da primeira comunhão ao casamento.
15. Adolescência através dos tempos Século XIX Ao longo do século XIX, a adolescência passa a ser encarada como um “momento crítico” da vida, fase de potenciais riscos para o indivíduo e para a sociedade. A partir do final deste século a preocupação com o adolescente tornou-se evidente (devido às guerras, os índices de mortalidade e morbidade cresceram e com eles a necessidade de preservar o futuro da população).
25. Características dos adolescentes Grupo heterogêneo – diferenças individuais, idade, gênero, meio familiar, escolaridade; Inseridos em um contexto político-econômico-social; Atravessam um processo dinâmico e complexo de maturação.
26. Práticas inadequadas na abordagem clínica do adolescente Enfoques estritamente biológicos e curativos Formatos rígidos e pré-concebidos de modelo de atenção Posturas autoritárias e de domínio unilateral do saber
27. MONITORAMENTO Crescimento e desenvolvimento Nutrição Prática de esportes Imunização Sexualidade e saúde reprodutiva Lazer Escola Vínculos afetivos: família, amigos, namorado(a)
32. Estimular grupos de troca de experiências entre adolescentes que vivenciam problemas semelhantes.
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34. As juventudes, com sua heterogeneidade e dinamismo, com novos tipos de projetos e trajetórias devem ser acompanhadas com cuidado e atenção. Gilberto Velho