SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 100
Baixar para ler offline
www.cpad.com.br/escoladominical
l$l-
Av ' i?
CPAD
Jovens e Adultos
4° trimestre de 2005
f agora,
^4 resposta cristãpara tempos
de crise e calamidade moral
^ sk
O que você tem feitoj. • j», -. - . ' • ' . - '
dar o
FE CRISTÃ,
Pos-Hodernismo
Fé Cristã e Pós-Modernismo
Geremias do Couto
A te cristã não foge à lógica da razão, tem raciocínio honesto e é
perfeitamente coerente com o entendimento humano. Este livro
faz uma análise da fé cristã no contexto da pós-modernidade e
discorre sobre o grande desafio para os dias atuais: a
necessidade inadiável de se conhecer a sociedade em que
vivemos e compreender de que forma podemos cumprir o nosso
papel como sal da terra e luz do mundo.
Formato: 14 1 cm
©Ó
v<r7HU
y^
E Agora, como Viveremos?
Charles Colson & Nancy Pearcey
Uma obra de grande conteúdo espiritual e também um grande
desafio. Um livro que irá sacudir mentes e corações. Os autores
tratam, com incrível firmeza, dos conceitos éticos que falam da
nossa responsabilidade diante deste mundo caótico. Elequestiona
sobre o que cremos e se fazemos diferença neste mundo.
Para que sejamos verdadeiros cristãos, precisamos lutar pelos
conceitos c valores sociais e morais estabelecidos
por Deus na sua Santa Palavra.
Nas livrarias evangélicas ou pelo Formato: isPx23cm
0300-789-7172
w w w . c p a d . c o m . b r
AGORA
COMO
VIVEREMOS?
coesH-í •
Bíblicas
Comentário: GEREMIAS DOCOUTO
Consultor Doutrinário e Teológico: ANTÓNIO GILBERTO
Lições do 4° Trimestre de 2005
SUMÁRIO
Lição l
A igreja ante os desafios dos últimos dias
Lição 2
O mundo sem Deus vai de mal a pior
Lição 3
A atuação maligna no movimento pós-moderno
Lição 4
 divinização do homem ante a soberania de Deus
Lição 5
O relativismo moral predominante no mundo
Lição 6
A teologia liberal
Lição 7
A corrupção da doutrina da regeneração
Lição 8
O aborto e a eutanásia
Lição 9
A permissividade pessoal e social
Lição IO
O materialismo e o ateísmo
Lição II
A secularização da igreja
Lição 12
O que a Bíbliadiz sobre os fatos sociais dos últimosdias
Lição 13
Como escapar dos males ideológicos dos últimos dias
Lições Bíblicas
MESTRE
Publicação Trimestral
da Casa Publicaclora das Assembleias de Deus
Av. Brasil, 34,401 - Bangu - CEP21852-000
Rio de Janeiro -RJ
Tel.: (21) 2406-7373 - Fax: (21) 2406-7326
Livraria Virtual: http://WWW.cpfldxom.br
E-mail: comercial(f'- cpad.coni.br
Presidente da Convenção Geral
das Assembleias de Deus
José Wcllington Be/urra da Costa
Presidente do Conselho Administrativo
José Wdlington Costa Júnior
Dirctor Executivo
Ronaldo Rodrigues de Souza
Gerente Financeiro
Walter Alves de Azevedo
Gerente de Produção
Ruy Bergsten
Gerente de Publicações
Claudionor de Andrade
Sctor de Educação Crista
Marcos Tuíer
Hsdras Cosia lientho
Débora Ferreira da Costa
Míriam .Mendes Keiche
Telma Bueno
Capa Projeto Gráfico
Eduardo Souza
Editoração Eletrônica
Marlon Soares
Gerente Comercial
Cícero da Silva
Central de Atendimento
Livreiros: (21) 2406-7405 / 2406-7330 / 2406-7329 /
2406-7409/2406-7410/2406-7340/2406-7442/7444
Colportores: 0800-21-7373 (ligação gratuita).
Tel.: (21) 2406-7328/2406-7320
Igrejas: (21) 2406-7374 / 2406-7397 / 2406-7451 /
2406-7385 / 2406-7439 / 2406-7445 / 7467
Assinaturas: (21) 2406-7416 / 2406-7418
Ouvidoria
ouvidoria(ã>cpad.com.br
LOJAS
CMD
Filiais-
AMAZONAS - Rua Barroso, 36 - Centro - 69010-050 - Manaus -
AM - Telefax. (92) 622-167S - E-mail: manausticpad.com.br -
Gerente: Edgard Pereira dos Santos Júnior
BAHIA: Av. António Carlos Magalhães, 4009 - Loja A - 40280-
000 - Iguatcmi - Salvador - BA - Telefax: (71) 2104-5300 - E-mail:
BalvsdorOcpad.corn.br - Gerente: Eudes Rocha dos Santos
BRASÍLIA - Sclor Comercial Sul - Qd-5, BI.-C, Loja 54 - Galeria
Nova Ouvidor - Brasília - DF - 70300-500
Tcleiax: (61) 321-9288 - E-mail: brasilia3cpad.com.br - Geren-
te: Severino Joaquim da Silva Filho (Bill)
PARANÁ: Rua Senador Xavierda Silva. 450 - 80530-060 - Cen-
tro Cívico - Curitiba - PR - Tel.: (41) 222-6G1Z - E-mail:
curitiba3cpad.corn.br- Gerente: Josras Paz de Magalhães
PERNAMBUCO -Av. Dantas Barreio, 1021- São José - 50020-
000 - Recife - PE - Telefax: (31) 3424-6600 - E-mail:
recile(3cpad com.br - Gerente: João Batisía G. da Silva
RIO DE JANEIRO:
Vicente de Carvalho-Av. Vicente de Carvalho, 1033-Vicente
de Carvalho-21210-000-Rio de Janeiro-RJ -Tel.: (21) 2481-
2101 / 2481-2350 - Fax: (21)2481-5913 - E-mail:
vicentecarvallioticpad.com.br - Gerente: Maria Madalena
Pimentel da Silva
Niterói - Rua Auíclino Leal. 47 - lojasA o B - 24020-110 - Centro
-Niterói-RJ-Tel.: (21) 2620-4318 / Fax: (21)2621-4038- E-
mail: niteroi@cpad.com.br - Gerente: Ricardo dos Santos Silva
Nova Iguaçu - Av. Governador Amaral Peixoto. 427 - loja 101 e
103 - 26210-060 - Galeria Veplan - Centro - Mova Iguaçu - RJ -
To!.: (21) 2667-4061 / Telefax: (21) 2667-8163 - E-mail:
novaiguacuCTcpad.com.br- Gerente Jefferson Freilas
SANTA CATARINA: Rua Felipe Schmidt, 752 - Loja 1, 2 e 3 -
Edifício Bougamvillea - Centro - 88010-002 - Florianópolis - SC -
Telefax: (48) 225-3923/225-1128 - E-mail:flofipaGcpad.com.br
- Gerente: Max Leal dos Santos
SÃO PAULO - Rua Conselheiro Cotegipe, 210 - 03058-000 -
Belenzinho - SP - Telelax: (11) 6292-1677 - E-mail:
saopaulo@cpad.com.br - Gerente: Paulo GilDerto Baungratz
MINAS GERAIS - Rua São Paulo, 1371 - Loja 1 - 30170-131 -
Centro. Belo Horizonte - MG - Tel.: (31) 3224-5900 - E-mail:
bclor-orizonle1''! cpad.com br-Gerente Geziel Vieira Damasccno
FLÓRIDA - 3939 Norlh Federai Higír.vay - Pompano Boach. FL
33064-USA-Tel/ (954)941-9588- Fax: (954)941-4034- E-
mail: cpadusa3cs.com - Site: http://wwiv.editpatmos.com - Ge-
rente: Jonas Mariano
Franquias:
CEARÁ - Rua Senador Rompeu, 834 loja 27 - Centro - 60025-
000 - Fortaleza - CE - Tel. (85) 3231-3004 - E-mail:
cbiblia3ig.corn.br - Gerente: Jeremias Ferreira
PARÁ - E.LGOUVEiA - Av. Gov. José Malcher 1579 - Centro -
66060-230 - Belém - PA - Tel.: (91) 222-7965 - E-mail:
gouveia@pastorfirmino.com.br -Gerente: Benedito de Moraes Jr.
JAPÃO - Gunma-ken - Oura-gun - Oizumi-machi - Sumiyoshi -
18 - 5 - T 370-0521 - Tel.: 090 8942-3669 - E-mail:
gesslval3siren.ocn.ne.jp- Gerente: Gessival Rui Barbosa
LISBOA-CAPU -Av. Almirante Gago Coutinho 158-Apartado
8129- 1700-Lisboa-Portugal-Tol.: 351 (21)842-9190
Fax: 351 (21) 840-9361 - E-mail: portugal@cpad.com.br -
cnpu •'•> capu.pt - Silc1 w.vw.capu p! - Gerente- Silvio lorné da
Silva Júnior
Distribuidores:
MATO GROSSO - Livraria Assembleia de Deus - Av Rubens de
Mc-ndonça. 3.500 - Grande Templo - 78040-400 - Centro - Cuiabá
- MT - Telefax: (65) 644-2136 - E-mail: heliorap@zaz.com.br-
Gerente: Hélio José da Silva
MINAS GERAIS - Nova Sião - Rua Jarbas L. D. Santos, 1651 -
Ij.102-Shopping Santa Cruz - 36013-150 - Juiz de Fora - MG -
Tel.: (32) 3212-7248- Gerente: Daniel Ramos de Oliveira
ESPÍRITO SANTO - Livraria Belém - Av. Marcos de Azevedo,
205- Vila Rubim- 29020-140 -Vitória -ES -Tel.: (27) 3222-1015
- E-mail: Iivrariabelem@excelsanet.com.br-Gercnlc:Nascimen-
to Leão dos Santos
SÃO PAULO - SOCEP - Rua Floriano Peixolo, 103 - Centro - Sta.
Barbara D'Oeste - SP -13450-970 -Tel.: (19) 3459-2000 - E-mail:
vendasCísccep.com.br - Gerente1 António Ribeiro Soares
Telemarketing - (0300-789-7172)
(de segunda a sexta, das 3h30 às 20h.
e aos sábados, das Bh30 às 18h)
SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente)
0800-701-7373
(de segunda a sexta, das 8 às 18h)
Lição l
A IGREJA ANTE OS DESAFIOS
DOS ÚLTIMOS DIAS
2 de outubro de 2OO5
"Porque nele foram criadas todas
as coisas que há nos céus
e na terra, visíveis e invisíveis,
sejam tronos, sejam dominações,
sejam principados, sejam
potestades; tudo foi criado por ele
e para ele" (Cl 1.16).
Precisamos, quais atalaias do
Senhor, anunciar claramente os si-
nais dos tempos assim como Jesus
fez repetidasvezes.
HINOS SUGERIDOS
CD Harpa Cristã 77
(vol.3 - f.2), 107 (vol.3 - f.4) e 47.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
2 TIMÓTEO 3.1-5
1-Sabe, porém, isto: que nos últi-
mos dias sobrevirão tempos traba-
lhosos;
2 -porque haverá homens amantes
de si mesmos, avarentos, presun-
çosos, soberbos, blasfemos, deso-
bedientes a pais e mães, ingratos,
profanos,
Segunda - Cl 1.13-17
O propósito de Deus
para a Criação
Terça - Gn 1.26-31
O lugar do homem na Criação
Quarta - SI 47
Deus em ação através da história
Quinta - Jo 17.14-25
O mundo opõe-se a Deus
e ao seu povo
Sexta -1 Pé 1.23-25
A universalidade dos princípios
bíblicos
Sábado - Ap 11.15-19
O triunfo final do Reino de Deus
Lições Bíblicas
3 -sem afeto natural, irreconciliá-
veis, caluniadores, incontinentes,
cruéis, sem amor para com os
bons,
4-traidores, obstinados, orgulho-
sos, mais amigos dos deleites do
que amigos de Deus,
5 -tendo aparência de piedade, mas
negando aeficácia dela. Destes afas-
ta-te.
PONTO DE CONTATO
Caro professor, nestes três últi-
mos trimestres, estudamos impor-
tantíssimos temas ligados à Teolo-
gia Cristã. O primeiro deles, O Fru-
to do Espírito, está vinculado a
Pneumagiologia (Doutrina do Espí-
rito Santo). O segundo, As Parábo-
las de Jesus, está relacionado à
Exegese Bíblica, enquanto o tercei-
ro, I e IITessalonicenses, ao Comen-
tário Bíblico. No quarto e último
trimestre deste ano, estudaremos
um tema atualíssimo e inédito em
Lições Bíblicas. Trata-se de um as-
sunto referente à Filosofia e à Fé
Cristã intitulado: "E Agora, Como
Viveremos?". Será uma excelente
ocasião para crescermos na graça
e no conhecimento de nosso Senhor
Jesus Cristo e compreendermos os
grandes desafios culturais,religio-
sos e filosóficos de nosso tempo à
luz das Escrituras.Reúna-se com os
outros professores e debata os te-
mas coletivamente, a fim de que
juntos possam trocar informações,
aprender e chegar a um consenso
acerca deste assunto.
Após esta aula, seu aluno deve-
rá estar apto a:
Distinguir a Era Moderna da
Pós-moderna.
Descrever as principaiscarac-
terísticas da pós-modernidade.
Aplicar a moral cristã no coti-
diano.
SÍNTESE TEXTUAL
O objetivo principal desta lição
é enfatizar que as diretrizes bíblicas
para o homem continuam imutá-
veis e pertinentes aos dias de hoje,
mesmo que o secularismo lute para
sufocar a mensagem cristã.
O tema da presente lição divi-
de-se em três tópicos: descrição das
principais características dos tem-
pos pós-modernos; os desafios das
visões conflitantes de mundo
fcosmovisões); e os desafios das
interpretações, visões e atitudes
provenientes de diferentes culturas
(multiculturalismo).
No tópico inicial, são apresenta-
das duas características dos tempos
pós-modernos: a centralização da
sociedade no homem (antropocen-
trismo) e a ausência de verdades e
valores morais absolutos (relativis-
mo). No segundo, o modo como os
naturalistas compreendem o mun-
do (cosmovisão)é contrastado com
a teologia criacionista judaico-cris-
tã. Segundo esta teoria bíblica, o
homem e o mundo foram criados
por Deus com um propósito, no en-
Lições Bíblicas
tanto, conforme os naturalistas, o
homem e o mundo são produtos do
acaso. Por fim, no terceiro tópico, o
multiculturalismo é explicado com
o intuito de o crente ser desafiado
a expressar sua fé em meio à diver-
sidade cultural.
ORIENTAÇÃO DIDATICA
Professor, a fim de que os alunos
compreendam a passagem daModer-
nidade para a Pós-modernidade, su-
gerimos um Quadro Antitéticoa res-
peito desses dois períodos. Como
você já sabe, este recurso procura
apresentar os contrastes entre dois
elementos com o objetivo de ressal-
tar suas qualidades opostas. Procure
adequar a confecção do gráfico abai-
xo aos recursos didáticos de que sua
igreja dispõe.
Antes de apresentar o gráfico,
explique à classe que atualmente os
sociólogos e filósofos estão de acor-
do que o nosso mundo, principal-
mente o Ocidental, está experimen-
tando profundas transformações.
Isto significa que assim como o
mundo passou da Idade Média para
a Idade Moderna, estamos passan-
do da Modernidade para a Pós-
modernidadc. Assegure aos alunos
que por ser este um período de tran-
sição entre uma era e outra, muitos
fatos ainda não estão claros.
INTRODUÇÃO
O texto bíblico da lição desta
semana (2 Tm 3.1-5) tratado modo
de proceder de pessoas da igreja
que, sob o aparente compromisso
com a fé (v.5), fazem dela instru-
mento para acobertar seus pecados,
usos e práticas reprováveis diante
de Deus, na sua conduta pessoal,
no seu testemunho, no procedi-
mento doméstico, no trato com o
Modernismo
1. A verdade é universal e absoluta
2. Propagaçãodo Cristianismo
3. Sociedade industrial
5. Confiança no progresso movido
pela tecnologia e indústria
6. Símbolo: A indústria
7. Cultura judaico-cristã
Pós-Modernismo
1. A verdade é local e relativa
2. Crescimento das religiões orientais
3. Sociedade de informações
4. Sucessivas guerras desacredita-
ram o sonho da modernidade
5. Reconhecimento de que a
tecnologia e a indústria estiveram
a serviço da destruição do homem
e da natureza
6. Símbolo: As novas tecnologias
7.Multiculturalismo
LiçõesBíblicas
próximo e na sua religião simula-
da, como se fosse a verdadeira (Tg
1.21-27). Os tais negam a eficácia
da piedade, isto é, da santidade de
vida. Tudo isto, por si só, demons-
tra os perigos e a gravidade da épo-
ca presente. O fato predito no v.5
só pode ocorrer dentro da igreja.
Pela vívida descrição bíblica já
esboçada, a passagem também re-
trata sem retoques a infeliz reali-
dade dos tempos pós-modernos,
que serão o tema das lições deste
trimestre. Nunca ocorreu, em toda
a história, uma época semelhante
aos dias atuais, onde é nítida a au-
sência de valores, a saber, de sen-
timento, decoro, vergonha, moral,
caráter, respeito e temor de Deus.
Tais atributos constituem os verda-
deiros alicerces para a vida indivi-
dual e em sociedade. Contudo, o
que se vê é o menosprezo a quem
ainda se apega a esses princípios
de vida e conduta estabelecidos por
Deus, tidos pelos opositores da fé
em Cristo como retrógrados, sem
conteúdo ou sentido algum para a
presente geração.
I. CARACTERÍSTICAS DOS
TEMPOS PÓS-MODERNOS
Sabemos que a humanidade ex-
perimentou diferentes momentos ao
longo de sua história, com caracte-
rísticas bastante específicas que
contribuíram para distinguir de for-
ma clara uma época da outra.
A Era Moderna, por exemplo,
teve como marca o avanço do co-
nhecimento humano, o advento
da industrialização, a predomi-
nância da luta ideológica, a expan-
são da fé cristã ao redor do mun-
do, a proliferação das seitas e a
aceitação das religiões orientais
pelo ocidente.
Já os tempos pós-modernos,
nos quais estamos vivendo, são as-
sinalados pelo progresso, mas so-
bretudo pelos conflitos e contra-
dições oriundas da Era Moderna,
e possuem, por isso mesmo, carac-
terísticas"bastante peculiares. Pelo
Espírito, Paulo, o homem de Deus,
viu esses malesda presente era dos
"últimos dias" (v.l), que precedem
a volta do Senhor, e previne os fi-
éis. Em todas essas épocas, e mui-
to mais na atual, o homem vive a
se gabar do seu grande conheci-
mento e de seus feitos tecnoló-
gicos. Todavia, ele continua a
regredir na verdadeira sabedoria,
na retidão e moralidade, em vir-
tude de uma vida sem Deus e de
progressiva prática do pecado. Ver
Rm 3.9-18; Ef 4.17-31.
1. Uma sociedade centrada
no homem. Emprimeiro lugar, a
sociedade pós-moderna tem como
base a célebre declaração de que "o
homem é a medida de todas as coi-
sas". Isto pressupõe a predominân-
cia da filosofia humanista que o co-
loca como o centro do Universo em
flagrante contraste com o ensino
bíblico de que todas as coisas foram
criadas para a glória de Deus{Sí
73.25; l Co 10.31; l Pé 4.11).
A expressão que melhor se
adapta a esse perfil, na leitura bí-
blica em classe, é "amantes de si
mesmos" (v.2). Tais homens consi-
Liçòes Bíblicas
deram-se pequenos deuses capazes
de impor a própria vontade como
se esta fosse completa e suficiente
para as realizações humanas. À se-
melhança de Satanás {Is 14,12-15),
usurpam para si o direito de sobe-
rania que pertence exclusivamen-
te ao Todo-poderoso.
2. Uma sociedade centrada
no relativismo. Em segundo lu-
gar, prevalece na sociedade pós-mo-
derna o relativismo. Sob essa ótica,
não há lugar para os valores absolu-
tos, isto é, os princípios e ensinos
imutáveis da Palavra de Deus, váli-
dos para "todas as pessoas, em qual-
quer época e em todos os lugares".
Estes são qualificadoscomo impró-
prios por aqueles que vivem ao sa-
bor de suas concupiscências e são
prisioneiros do contexto e das con-
venções sociais do momento, pois
"tolhem" a liberdade de tais pesso-
as (Rm 1.18-32).
Não havendo, segundo a visão
humanista pós-moderna, um pa-
drão normativo universal, abre-se
um precedente para a desordem
moral e social tão em voga no
mundo contemporâneo. Cada um
faz o que melhor lhe parece, ao fi-
xar suas próprias normas de con-
duta.
Afinal, como apregoam os que
vivem na zona cinzenta, onde o cer-
ro e o errado se confundem, onde
tudo é relativo (Gn 19.1-11; Jz 2.11;
3.7; 4.1; 10.6), não há nenhuma lei
superior que lhes diga o que fazer.
O que lhes importa é priori/ar o
hedonismo. O prazer e a alegria dos
tais são ilusórios e pecaminosos,
porquanto não provêm de Deus (v.4
da leitura bíblica em classe).
II. O DESAFIO DAS
COSMOVISÕES DA
HUMANIDADE
O quadro caótico tão bem des-
crito pelo apóstolo Paulo na leitu-
ra bíblica em classe retrata o com-
portamento da sociedade nos últi-
mos dias. É o resultado da forma
como as pessoas vêem o mundo.A
isso chamamos cosmovisão. Em li-
nhas gerais, a cosmovisão de cada
indivíduo se constrói a partir de
sua herança cultural, religiosa e so-
cial. Se tal pessoa conhece a Deus,
teme a Ele e vive para Ele, é tudo
muito diferente. O legado recebi-
do pelo homem desde a sua infân-
cia influencia o modo como ele se
relacionará com o mundo (Pv.
22.6). Há duas grandes cosmo-
visões em conflito.
1. A cosmovisão naturalis-
ta. Esta primeira forma de o ser
humano considerar o universo é
humanista, antibíblica e anticristã.
Ela exclui Deus como o Criador de
todas as coisas e acredita que oUni-
verso e o homem são produto do
acaso. Seus seguidores são avessos
ao conceito da soberania divina e
tratam a existência da humanida-
de como decorrente da evolução
das espécies, o que significa igua-
lar a espécie humana a qualquer
outra. Assim, a criação do homem
para os tais não provém de Deus,
mas de fenómenos aleatórios. Isso
é fruto da ignorância e do embrute-
cimento do homem como resulta-
LiçÕes Bíblicas
do do seu afastamento e abandono
de Deus. É a lei da sementeira e
colheita (Gl 6.7-9).
2. A cosmovisão judaico-
cristã. Os pontos principais da
cosmovisão judaico-cristã proce-
dem das Sagradas Escrituras:Deus
é o Criador de todas as coisas (Gn
1.1), há um propósito soberano em
toda a obra criada (Cl 1.13-17; Pv
16.14; Is 43.7; Rm 11.36) e leis
morais como padrão de conduta
para todo o ser humano (Êx 13.9;
Mt 5, 6 e 7).
Por ser fruto da revelação bíbli-
ca, esta cosmovisão é questionada
por aqueles que excluem Deus da
história. "Se o mundo existe inde-
pendente de um Criador - afirmam
- nenhuma reivindicação de plane-
jamento e propósito para oUniver-
so e o homem faz sentido". Contu-
do, a cosmovisão judaico-cristã é a
única que explica com lógica per-
feita a criação de todas as coisas e
retrata na exata perspectiva a exis-
tência humana (Jó 12.9,10; At
17.24-26).
Por que, então, os homens pre-
ferem o tortuoso caminho da
cosmovisão naturalista, ímpia, in-
crédula e herética para explicar o
mundo? Porque o "deus deste sé-
culo" cegou-lhes a mente a fim de
que não compreendam a verdade
da revelação divina (2 Co 4.4).
Não é de estranhar, portanto, que
a humanidade esteja como está,
na podridão moral, pois são pes-
soas com essa visão do mundo (a
cosmovisão naturalista) que ocu-
pam lugares estratégicos na for-
mulação do pensamento nortea-
dor da vida em sociedade (l Jo
5.19).
III. O DESAFIO DO
MULTICULTURAL1SMO
1. A essência do multicul-
turalismo. Umoutro desafio para
o autêntico cristão da atualidade é
o do multiculturaíismo,que é, em
essência, a assimilação mútua de
modelos culturaisdiversos entre os
povos em virtude do fenómeno
mundial da globalização.
Saiba-se que por trás do multi-
culturaíismo está camuflado o pa-
ganismo ímpio e hostil a Deus, a
negação dos valores divinos e a te-
oria maldita e sutil da verdade re-
lativa. O multiculturaíismo deixa
claro que não há nenhuma verda-
de universal. Asverdades são par-
ticulares e relativas e cada povo
tem a sua forma de acatá-las e
expressá-las, contradizendo, assim,
abertamente a verdade de Deus
(Rm 1.24,25).
2. A fé cristã e o multicul-
turaíismo. Surge, então, a grande
pergunta: como expressar a fé bí-
blica e cristã em meio ao generali-
zado multiculturaíismopós-moder-
no? Emborao quadro que acabamos
de pintar mostre uma realidade re-
pulsiva e reprovável, Deus nos cha-
mou para viver a fé cristã nesta épo-
ca da história. Precisamos discernir
em cada cultura aquilo que é "bí-
blico, extrabíblico e antibíblico", e
equiparmo-nos com os necessários
e devidos meiose instrumentos para
a proclamação da verdade divina
Lições Bíblicas
sob a unção do Espírito Santo que
nos capacita para isso.
CONCLUSÃO
Os desafios do pós-modernis-
mo estão aí em resumo. Nas pró-
ximas lições, veremos os seus des-
dobramentos a fim de que nossa
mensagem seja pertinente ao
mundo contemporâneo. Que o
crente não se contamine no seu
múltiplo convívio entre os seus se-
melhantes, nem venha a negar a
eficácia de nossa santíssima fé
(v.5; Jd v.20).
Subsídio Histórico
A expressão "pós-modernidade"
tornou-se jargão entre pregadores e
professores que na maioria das ve-
zes ignoram o sentido filosófico do
termo. Alguns teóricos falam em pós-
modernidade para se referirem àcri-
se do capitalismo e do socialismoen-
tre o fim da 2a Guerra Mundial
(1939-1945) e o início da década de
50. Contudo,o termo é usado a fim
de identificara fase posterior ao mo-
dernismo. Atualmente, aPós-moder-
nidade é entendida em duas pers-
pectivas: como anti-modernidade e
como sobre-modernidade. A pós-
modernidade como anti-moderni-
dade é um movimentode dcsconti-
nuidade — uma ruptura completa
com todos os postulados da EraMo-
derna; considerando os pressupos-
tos e teses desta como mitos e pro-
fetizando sua descentralizaçãoe ru-
ína. Após-modernidade como sobre-
modernidade, entretanto, considera
os aspectos positivos da moderni-
dade, suas conquistas e projetos.
Contudo, procura corrigir seus ex-
cessos fazendo uma crítica aos mi-
tos da modernidade, isto é, do pro-
gresso, do avanço tecnológico e ci-
entífico como necessários a uma exis-
tência mais feliz na terra. Enquanto
a anti-modernidadc procura a com-
pleta ruptura com a modernidade,
a sobre-modernidade procura
redirecioná-la.
O modernismo, como atualmen-
te entendido, rompeu com a Idade
Média e se opôs à estética tradicio-
nal e à metafísica clássica. O pós-
modernismo, por outro lado, é
ecletico, pluralista e misturatendên-
cias opostas.
O conflito da pós-modernidade,
portanto, não afeta apenas a socie-
dade secularizada, influenciada
pelo humanismoanticristão. Como
crise de nossa contemporaneidade,
afeta na rai/ a consciênciareligio-
sa e teologal da cristandade. Mais
que um desafio, a Era Pós-moder-
na é um movimento de desconti-
nuidade da modernidade que não
pode ser ignorado, mas compreen-
dido e avaliado segundo a ótica
cristocêntrica." (BENTHO, Esdras
Costa. Humanismo pós-moderno:
um desafio à educação Cristã.
Ensinador Cristão. Ano 6 - n° 23,
p.49-50.)
Leia mais
Revista Ensinador Cristão
, n"24,pág. 36.
Lições Bíblicas
Cosmovisão: Conjunto de
conceitos, crenças e valoresde que
uma pessoa se utiliza para compre-
ender e formar sua opinião parti-
cular a respeito de si, dos outros, e
do mundo.
Hedonismo: Teoria que con-
sidera o prazer individual e imedi-
ato como princípio e fim da vida
moral.
Multiculturalismo: Teoria
que admite e ensina o reconheci-
mento da diversidade cultural e o
respeito pelas crenças, valores eati-
tudes dos outros.
Relativismo: Teoria que nega
a existência de verdades universais
absolutas, seja na área do conheci-
mento, da moral ou da religião.
Relativo: (,Hie não é absoluto;
sujeito a discussões; inacabado.
: 1 t-
ifí 1 h > 1 l
S COUTO, Geremias do. Fé Cristã e
Pós-modernidade. CPAD, 2005.
,/ PALMER, Michael D. (ed.) Pano-
rama do pensamento cristão. CPAD,
2001.
QUESTIONÁRIO
1. Mencione algumas características dos tempos pós-modernos.
R. Uma sociedade centrada no homem e no relativismo.
2. O que é cosmovisão naturalista?
R. É uma forma humanista, antibiblica e anticristã do ser humano
considerar o universo.
3. Cite os principais pontos ciacosmovisão judaico-cristã.
R. Deus c o Criador de todas as coisas;há um propósito soberano
em toda aobracriada eleismorais comopadrão de conduta para
todo o ser humano.
4. O que é o multiculturalismo?
R. A assimilação mútua de modelos culturais diversos entre os
povos em virtude do fenómeno mundial da globalização.
5. Como expressar nossa fé bíblica e cristã na atualidade<'
R. Precisamos discernir em cada cultura aquilo que é "bíblico,
extrabíblico e antibíblico", c equiparmo-nos com os necessários
meios para a proclamação da Verdade.
10 LiçõesBíblicas
Lição 2
O MUNDO SEM DEUS
VAI DE MAL A PIOR
9 de outubro de 2OO5
"A quem tenho eu no céu senão
a ti?E na terra não há quem eu
deseje além de ti" ,
(SI 73.25). X^
y Ocrente, como sal da terra eluz
do mundo, deve demonstrar à so-
ciedade pós-moderna, através de
seu testemunho, a maravilhosa
transformação efetuada por Cristo
em sua vida.
HINOS SUGERIDOS
CD Harpa Cristã 131
(vol.3 - f.10), 260 e 400.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
SALMO 53.1-4
1 - Disse o néscio no seu coração:
Não háDeus. Têm-se corrompido e
têm cometido abominável iniqui-
dade; não há ninguém que faça o
bem.
2 -Deus olhou desde os céus para os
filhos dos homens, paraverse havia
Segunda - SI 73
Deus c justo para com o homem
Terça - Io 3.16
Deus se interessa pelo homem
Quarta - Io 31.1-4 x
Deus acompanha os passos
do homem
Quinta - 2 Sm 22.1-51
Deus fortalece o homem que
nEle confia
Sexta - Mt 1.18-21 ^
Deus se identifica com o homem
Sábado - Lc 15.1-32
Deus está em busca do homem
Lições Bíblicas 11
algum que tivesse entendimento e
buscasse a Deus.
3 -Desviaram-se todos e juntamen-
te se fizeram imundos; não háquem
faça o bem,não há sequer um.
4 -Acaso não têm conhecimento es-
tes obreiros dainiquidade, os quais
comem omeu povo como se comes-
sem pão? Eles não invocam a Deus.
ONTO DE CONTATQ
Professor, como foi a primeira
aula? Como os alunos reagiram ao
novo tema? Estranharam os termos
técnicos? Como você sabe, a lingua-
gem específica de uma disciplina é
um dos maiores desafios para
compreendê-la. Entretanto, você
pode elaborar com a classe um
"glossário humorado". Sugira idei-
as e ilustrações alegres que exem-
plifiquem o sentido dos termos
relativismo, cosmovisão,multicultu-
ralismo etc. Embora esta não seja
uma atividadc fácil, envolve uma
compreensão adequada do sentido
dos termos (abstração), a reformu-
lação dos conceitos (reelaboracão)
e a materialização do resultado
(concretização). Considere, por
exemplo, a caricatura de um homem
no centro do globo para exempli-
ficar o "antropocentrismo" ou uma
balança com dois pêndulos para
ilustrar o relativismo. ('Ss esta aula, seu aluno deve-
rá estar apto a:
Enunciar as raízes do pensa-
mento pós-moderno.
Resumir os conceitos morais
e religiosos da pós-modernidade.
Contrastar o estilo de vida
pós-moderno com a Bíblia.
SÍNTESE TEXTUAL
Esta lição apresenta o materia-
lismo, a incredulidade e a rebel-
dia humana como sendo as raízes
do pós-modernismo. O pensamen-
to predominante na pós-moderni-
dade é outro tópico abordado.
Constitui-se principalmente em ne-
gar a Deus, suas leis absolutas e a
existência dos conceitos de certo
e errado, afinal tudo é uma ques-
tão de perspectiva, e em valorizar
o paganismo.
Outro aspecto analisado na li-
ção é o estilo de vida pós-moder-
no. Por "estilo" entende-se a manei-
ra ou modo de se tratar, compor-
tar c ser de uma pessoa ou gera-
ção. A pós-modernidade, diferente
de outras eras, não possui um esti-
lo uniforme e coerente seja na filo-
sofia, na moral, na religião, na arte
ou na arquitetura. Ao contrário, é
plural, compraz-se na diversidade
e multiplicidade. Une o antigo ao
novo, o racional ao sobrenatural,
o cientismo às religiões animistas
e assim sucessivamente.
Além disso, as duas caracterís-
ticas marcantes do estilo de vida
pós-moderno são o egocentrismo
(amantes de si mesmo) c o hedonis-
mo (come,bebe e folga). Essas duas
particularidades sempre existiram
12 Lições Bíblicas
nas épocas anteriores, no entanto,
agora são conceituadas e evidenci-
adas de maneirasdistintas.
ORIENTAÇÃODIDATICA
Professor, usaremos mais uma
vez o Quadro Antitético como re-
curso didático para esta lição. En-
tretanto, em vez de contrastar ape-
nas a modernidade com após-
modernidade, incluiremos a Idade
Média. O objetivo principal é apre-
sentar as características ou estilos
peculiares de cada época, a fim de
que haja uma compreensão ade-
quada do tema abordado. Repro-
duza o gráfico abaixo conforme os
recursos de que você dispõe. Se
possível, selecione imagens em li-
vros de história, internet, revistas
ou jornais que ilustrem alguns ele-
mentos específicos de cada época.
Depois, faça a comparação diante
da classe.
INTRODUÇÃO
Na lição anterior, estudamos so-
bre os principais desafios dos tem-
pos pós-modernos no tocante às
Santas Escrituras, a fé em Cristo e a
vida cristã. Vimosque a cosmovisão
humana à parte de Deus determina
o modo como o povo em geral vê o
mundo. Partindo dessa visão geral
deformada e deturpada, o homem
estrutura suas crenças e formula sua
conduta de vida, deixando Deus
fora do seu contexto, como se Ele
não existisse.
Nesta lição,enfocamos principal-
mente o pós-modernismo como uma
filosofia e um estilo de vida. Sua ên-
fase principal, repita-se, é a exclu-
são de Deus da história, expressada
pelo salmista na leitura bíblica em
classe. Como vemos nesse salmo e
em numerosos outros passos bíbli-
cos, os adeptos da antibíblica cosmo-
WiTU.OS lOADííMKOÍA Mon:.:<
SÉCULOS
Arquiielíira
* Rtcionalàmo
* Individualismo
* Humanismo
Descobertas e
i revoluções científicas
XX-XXI
• Estrutura de aço e vidro
• Ressalta a cngenho.sidade humana cm vez
do espírito rcliiiioso
• Descentralização da Religião
• Diversidade Religiosa
• Declínio do Fundamcnlulismo
• Pós-modernismo
• Existencialismo
• Substituição do trabalho humano pela
automatização
Era dos direitos:das crianças e dos
adolescentes; dos idosos; das minorias étnicas.
Desconfiança da razão e da ciência
Lições Bíblicas 13
visão naturalista, embora se decla-
rem sábios, são de mente entene-
brecida. Ver cuidadosamente: Pv 3.7;
9.10; 14.15; Is 5.21; 47.10; Jr 4.22;
Rm 1.22; l Co 3.19,20; Mt 11.25.
I. AS RAÍZES DO PÓS-MODER-
NISMO
A Bíblia declara em Ec 1.9 que
nada há de novo debaixo do sol. O
que aparece de novidade são rou-
pagens da realidade que se repete
desde que Satanás introduziu o pe-
cado no mundo. A iniquidade é tão
antiga quanto a existência do ho-
mem. Mudam os atores, mas o en-
redo é o mesmo, apenas com alguns
toques sutis de "modernidade".
1. As raízes ancestrais.As-
sim, o pós-modernismo tem suas
raízes no Éden, quando o homem
rebelou-se contra Deus a fim de fa-
zer a sua própria vontade. As mar-
cas da incredulidade e do materia-
lismo aparecem nos primeiros even-
tos da história humana, como, por
exemplo, na rivalidade de Caim con-
tra Abel (Gn4.1-16), bem como nos
tempos de Ninrode, com a constru-
ção da torre de Babel {Gn 11.1-6).
Estão presentes também na su-
cessão dos grandes impérios mun-
diais vistos por Nabucodonosor
como uma grande e esplendorosa
estátua em seu sonho (Dn 2.31-45);
entretanto, são mostrados por Deus,
na visão de Daniel (Dn 7.1-14),
como grandes e terríveis monstros
por representarem toda a oposição
humana contra os desígnios do
Altíssimo. Asevidências da rebeldia
humana contra Deus, da infância à
velhice, de modo velado ou osten-
sivo, estão por toda a parte desde
os primórdios da criação.
2. As raízes modernas. Na
atualidade, as raízes do pensamen-
to pós-moderno vêm da denomina-
da Era Moderna. Com o avanço do
conhecimento humano à parte de
Deus, avolumou-se a visão materi-
alista, profana e incrédula da vida
com todas as nuances que prevale-
cem no mundo atual. Em resumo, l y
é o homem querendo assentar-se
no trono em lugar de Deus. Até So no
siástico, como veremos na lição de .
número seis, o pós-modernismo en- '
contra guarida.
Enquanto houve na Era Moder-
na, no âmbito secular, aqueles que
pre/avam os fundamentos justos,
correios, legítimos, inabaláveis e de
inspiração bíblica da cosmovisão ju-
daico-cristã como norma de vida,
inclusive alguns famosos cientistas e
outros tantos intelectuais;outros pro-
curavam rechaçar esses alicerces cris-
tãos em nome de uma falsa razão que
não admitia lugar para a fé em Deus
segundo as Escrituras. Na mente de
tais indivíduos, o espírito satânico de
soberba, presunção, engano e rebel-
dia tem um campo para atuar (Is
14.12-15), resultando no quadro que
hoje aí está na sociedade em geral,
sem Deus, sem salvação.
H. A FILOSOFIA PREDOMINAN- '-/
TE NO PÓS-MODERNISMO
Qual é a falsa filosofia predomi-
nante do pós-modernismo? Quais
os conceitos, bem como as conse-
14 Lições Bíblicas
qúências desse vírus maldito na
sociedade? Que tipo de religiosida-
de caracteriza a época presente?
Quais são os fundamentos?
(). Uma filosofia que nega
Deus e suas leis absolutas. A
essência do pensamento pós-mo-
dernista é a negação de Deus e de
seus desígnios fv.l). Embora al-
guns homens da ciência admitam
que, dada a precisão com que fun-
ciona o Universo, seja impossível
negar a existência de urna mente
superior, os teóricos da astuta
cosmovisão naturalista insistem
em continuar afirmando: "não há
Deus". Eles não cessam de decla-
rar que o homem por si mesmo
está sempre melhorando, progre-
dindo.
1 Só há uma explicação para la-
manha insensatez: a negação da
existência de Deus é uma forma de
escapismo para aqueles que rejei-
tam as leis morais divinas como
referenciais para a vida e pensam
estar livres da prestação de con-
tas de seus atos, naquele Dia, di-
ante do Grande Tribunal do sobe-
rano Deus. Éuma tentativa de ali-
viar suas consciências perturba-
das. Preferem o estado da imundí-
cia a terem de honrar o Criador
(vy.23).
2;7Uma filosofia que nega
os conceitos de "certo" e
"errado". A consequência disso
é a privação do discernimento do
que é certo e do que é errado. A
exatidão desses conceitos deve ter
como ponto de partida, não pri-
meiramente a inteligência, o raci-
ocínio e o julgamento humanos,
mas o conteúdo das Sagradas Es-
crituras, quando corretamente
compreendidas e interpretadas.
Não é o que cada um entende
como certo ou errado para si mes-
mo, ou seja, o que é errado para
um pode ser certo para outro e
vice-versa. No movimento filosó-
fico do pós-modernismo, o concei-
to de "certo" e "errado" é uma
questão de escolha pessoal. Não
custa repetirmos: ignoram os ab-
solutos morais de Deus como re-
ferência para a vida.
Assim, a ideia de família desses
tais alienados de Deus não é o mes-
mo das Escrituras. O conceito de
união conjugal viola os rjadrões bí
blicos, que a delimitam como algo
restrito ao homem e à sua mulher.
A noção de respeito à vida exclui
as pessoas gravemente doentes,
bem como os nascituros. Eo corpo
humano é tratado meramente
como uma questão técnica. Tudo é
reduzido pura e simplesmente a
verdades relativas.
. (T) Uma filosofia que va-
loriza o paganismo. Opós-mo-
dernismo tem um tipo de religio-
sidade adequado às suas crenças.
É o velho paganismo transvestido
de nova roupagem para enganar
e dar a ideia de algo novo, uma
vez que o povo em geral anda
sempre em busca de novidades,
da mesma forma que os gregos
incrédulos citados em At 17.21.
Na tentativa de apaziguar o ser
humano em sua necessidade espi-
ritual, o panteão pós-modernista
Lições Bíblicas 15
tem espaço para deuses de todos
os tipos, preponderando, hoje, a
adoração do que se denominou
equivocadamente de "mãe nature-
za"; atividade comum ao movi-
mento religioso-filosófico Nova
Er.fi, que éjicultista,
A palavra de ordem para esse
tipo de convivência é a chamada to-
lerância religiosa. Só que essa ex-
pressão, ao invés de ser usada para
referir-se apenas ao livre-arbítrio
de cada um em questões de fé, é
empregada, de forma unilateral e
equivocada, contra os crentes em
Cristo a fim de negar-lhes o direito
de propagarem as suas convicções
(At 16.16-40).
III. O PÓS-MODERNISMO
COMO UM ESTILO DE VIDA
Por último, no enganado e tam-
bém enganoso pós-modernismo, a
forma de pensar determina o esti-
lo de vida de cada pessoa. Assim,
o pós-modernismo não é só uma
filosofia. Ele impõe também uma
maneira de viver compatível com
os seus maléficos princípios filo-
sóficos,
(Y) Um estilo egocêntrico.
Trata-se, sobretudo, de uma forma
que privilegia o egocentrismo. Éevi-
dente, à luz da Bíblia, que todo ser
humano tem inerente em si a sua
individualidade. Entretanto,esta não
exclui ninguémda vida em comuni-
dade, dos justos e benéficos interes-
ses coletivos, nem da certeza de que
um dia cada um há de prestar con-
tas a Deus de todos os seus atos (l
Co 10.24; Fp 2.4; Rm 14.12).
Portanto, há enorme diferença
entre a individualidade em si mes-
ma e o estiloegocêntrico que se pro-
paga qual epidemia na sociedade
pós-moderna. Nela o homem é o cen-
tro, o fim de tudo, o topo de todas
as coisas. O "eu" ocupa todo espaço
em todos os lugares.
2. Um estilo hedonista.
Como um abismo conduz a outro
abismo, o egocentrismo leva ao
hedonismo, que é "uma doutrina
filosófica, segundo a qual, o prazer
individual e imediato é o supremo
bem da vida humana". O melhor
símbolo para o hedonismo pós-
modernista é o consumismo, que
envolve quatro atitudes básicas
como finalidade últimada vida: ter,
comer, beber e folgar. ^_
O divino Mestre não só no Ser-
mão da Montanha, mas também
quando proferiu a parábola do rico
insensato (Lc 12.13-21), expressou
o comportamento desta sociedade
materialista que estamos abordan-
do. Veja que o Senhor esclarece,
de início, que a vida do ser huma-
no não consiste na abundância de
seus bens, para, em seguida, apre-
sentar o personagem que é o re-
trato do hedonismo, em cujas ati-
tudes aparecem os elementos há
pouco descritos: ter, comer, beber
e folgar.
CONCLUSÃO
Cabe reiterar que tudo isso de-
corre da ausência de algo bastante
simples, mas ao mesmo tempo ab-
solutamente essencial na vida do
homem: a sua fé em Deus e a certe-
16 Lições Bíblicas
za de que Ele é o seu bem maior,
que o criou com propósitos clara-
mente definidos, entre eles o de
adorá-10 e servi-10 como o Criador
e Sustentador do Universo.
Subsídio Teológico
"Cristianismo em um mun-
do Pós-Moderno
A cultura de hoje não é só pós-
cristã, mas está também se tornan-
do rapidamente pós-moderna, o
que significa que é resistente não
somente às reivindicações das ver-
dades cristãs, mas a qualquer rei-
vindicação da verdade. O pós-mo-
dernismo rejeita qualquer noção de
verdade universal, abrange e reduz
todas as ideias a construções soci-
ais formadas por classe, género e
etnia [...].
A filosofia do existencialismo,
um precursor do pós-modernismo,
varreu as universidades, procla-
mando que a vida é absurda, sem
significado, e que cada indivíduo
deve criar o seu próprio sentido
por meio das próprias escolhas. A
'escolha' foi elevada à posição de
valor último como a única justifi-
cativa para qualquer acão. AAmé-
rica se tornou o que um teólogo
apropriadamente descreveu como
a 'república imperial do ego autó-
nomo'.
Um pequeno passo foi a distân-
cia do existencialismo para o pós-
modernismo, no qual até o ego é
dissolvido na interação das forças
de raça, classe e género. O multi-
culturalismo não é a apreciação
das culturas folclóricas; é a disso-
lução do individual dentro do gru-
po tribal. No pós-modernismo,
não há objetivo ou verdade uni-
versal. Há somente a perspectiva
do grupo, não importa qual seja:
afro-americanos, mulheres, ho-
mossexuais; hispânicos, e a lista
prossegue. No pós-modernismo,
todos os pontos de vista, todos os
estilos de vida, todas as crenças e
todos os comportamentos são con-
siderados igualmenteválidos.Ins-
tituições de ensino superior abra-
çaram essa filosofia tão agressiva-
mente que têm adotado códigos
no campus preferindo o politica-
mente correto. A tolerância tem se
tornado tão importante que ne-
nhuma intolerância é tolerada."
(COLSON, Charles & PEARCEY,
Nancy. E agora, como viveremos?
RJ: CPAD, 2000, p. 41-2.)
Leia mais
Revista Ensinador Cristão
, n"24,pág. 37.
Egocentrismo: Exclusivismo
que faz o indivíduo referir tudo a si
próprio; egoísmo;amor excessivo ao
bem próprio, sem consideração aos
interesses alheios.
Epidemia: Doença que ataca
ao mesmo tempo muitas pessoas;
uso generalizado.
Nova Era: Movimento filosó-
fico, religioso, místico e panteísta
Lições Bíblicas 17
que propõe uma ligação direta do
ser humano com o seu deus interi-
or, usando o autoconhecimento c
dispensando a religião enquanto
instituição organi/ada.
Panteão: Templo dedicado a
vários deuses; politeísmo.
Tolerância Religiosa: É o
ato de respeitar confissões de fé
distintas sem implicar em qual-
quer discriminação, rejeição c
proselitismo.
L :< i i- t- > i
s COLSON, Charles & PEARCEY,
Nancy. E agora, como viveremos?
CPAD, 2000.
QUESTIONÁRIO
1. iguais as raízes modernas do pós-modernismo?
R. O avanço do conhecimento humano à parte de Deus; o cresci-
mento da visão materialista, profana e incrédula da vida com
todas as nuances que prevalecem no mundo atual.
2. Qual é a essência do pensamento pós-modernista?
R. A negação de Deus e de seus desígnios.
3. O que é o conceito de "certo" e "errado" para o movimento
filosófico do pós-modernismo?
R. Não existe certo ou errado. Tudo é uma questão de escolha
pessoal.
4. Qual é o estilo de vida da pós-modernidade?
R. Egocêntrico e hedonista.
5. Defina egocentrismo e hedonismo.
R. Egocentrismo é o homem como o centro, o fim e o topo de todas
as coisas. É o que a Bíblia chama de "amantes de si mesmos".
Hedonismo é uma doutrina filosófica, segundo a qual, o prazer
individual e imediato é o supremo bem da vida humana. O
consumismo hoje é o maior exemplo disso.
18 Lições Bíblicas
Lição 3
A ATUAÇÃO MALIGNA
NO MOVIMENTO POS-MODERNO
16 de outubro de 2OO5
TEXTO ÁUREO
"E o mundo passa, c a sua concu-
piscência; mas aquele que faz a
vontade de Deus permanece para
sempre"(l Jo 2.1 7).
Para termos uma fé invictaperan-
te o mundo,precisamos não somen-
te ter plena convicção no que cre-
mos, mas também demonstrar que
não pertencemos ao mundo, e que
somos cidadãos cio Reino de Deus.
HINOS SUGERIDOS
CD Harpa Cristã 581
(vol.l - f.6), 212 (vol.5 - f.8) e 477.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
l IOÃO 2.15-17; B.19
l João 2
15- Nãoameis o mundo, nem o que
no mundo há. Se alguém ama o
mundo, o amor do Pai não está nele.
16- Porque tudo o que há no mun-
do, a concupiscência da carne, a
Segunda - Mt5.13-16
O mundo e o papel do crente
Terça - Bui 12.9-21
O mundo e os efeitos
da presença do crente
Quarta - Io 17.14-24
O mundo e a segurança
do crente
Quinta - Mt 5.37
O mundo e a palavra do crente
Sexta - Tg 2.14-26
O mundo e a fé do crente
Sábado - Gl 1.3,4
O mundo e o livramento
do crente
Lições Bíblicas 19
concupiscência dosolhos e asober-
ba da vida, não é do Pai, mas do
mundo.
17- E o mundo passa, e a sua con-
cupiscência; mas aquele que faz a
vontade de Deus permanece para
sempre.
l João 5
19- Sabemos que somos de Deus
e que todo o mundo está no ma-
ligno.
ONTO DE CONTATO
Professor, como você já sabe,
a aprendizagem é um processo
contínuo que depende do nível
cognitivo do aluno. Isto significa
que determinado conceito ou
tema precisa ser apresentado ao
nível da capacidade do aluno
para apreender. Este processo
envolve vários conhecimentos
por parte do professor: psicolo-
gia da educação, ensino-aprendi-
zagem, didática, comunicação e o
próprio tema. Assuntos como o
que estamos tratando, que envol-
vem filosofia, linguística,crítica
à modernidade e teologia, possu-
em certo grau de dificuldade, por
isso, o professor eficiente procu-
rará adequar a lição ao nível
cognitivo do aluno. Portanto, to-
das as decisões didáticas — sele-
ção de conteúdo, organização de
atividades de aprendizagem e
procedimentos de avaliação -
devem considerar a capacidade
de cada aluno para assimilar o
conteúdo.
Após esta aula, seu aluno deve-
rá estar apto a:
Enunciar o modo de atuação
do sistema mundano no meiopolí-
tico.
Reconhecer as sutilezas con-
tidas no discurso da tolerância re-
ligiosa.
Resistir à acão do sistema
mundano contemporâneo.
SÍNTESE TEXTUAL
Segundo as Sagradas Escrituras,
todo o sistema mundano está no
maligno (l Jo 5.19) e o deus deste
século, o Diabo, cegou o entendi-
mento dos incrédulospara que não
lhes resplandeça a luz do evange-
lho (2 Co4.4). Entretanto, as estra-
tégias malignastêm semodificado
de tempos em tempos e, especifi-
camente no período pós-moderno,
estão atreladas aos sistemaspolíti-
cos, sociais, filosóficos e linguís-
ticos.
A atuação maligna na pós-
modernidade diferencia-se da for-
ma violenta como os cristãosdo pe-
ríodo greco-romano foram persegui-
dos ou da atroz inquisição. As es-
tratégias estão maissutis,difíceis de
serem detectadas e não pretendem
aniquilar o cristianismo, mas impe-
dir o seu avanço, atenuar a sua men-
sagem e enfraquecer a identidade
cristã.
A mentira está disfarçada de
verdade; a verdade está constante-
20 Lições Bíblicas
mente sob suspeita. Osvalores mo-
rais bíblicos estão perdendo espa-
ço para uma nova moralidade
hedonista e egocêntrica. Contudo,
não se trata de mera ação humana,
mas de nova roupagem para velhos
pecados sob a batuta da Antiga Ser-
pente.
ORIENTAÇÃO DIDATICA
Professor, nesta lição, use um
Quadro de Relações Múltiplas para
explicar a lição à classe. Este recur-
so possibilita ao aluno compreen-
der um conceito por meio de vári-
os exemplos.A lição trata de diver-
sos sistemas mundanos, porém,
como estes se manifestam na polí-
tica, religião, mídia (TV),ciência,
filosofia e ética? O gráfico abaixo
exemplifica algumas dessas mani-
festações. Reproduza-o conforme
os meios de que você dispõe.
Incremente a exposição do recurso
usando ilustrações, reportagens,
pesquisas, exemplos extraídos da
mídia eletrônica etc.
INTRODUÇÃO
As duas primeiras lições visaram
esclarecer as linhas gerais do pensa-
mento e dos ensinos da presente so-
ciedade pós-moderna e de suas funes-
tas consequências para o cristão que
venha adotar tal modo de pensar e
agir. Como seguidores de Cristo, sa-
bemos que, por trás dos ensinos filo-
sóficos pós-modernos, existe uma atu-
ação maligna de abrangência mundi-
al. ODiabo opera no mundo, desde o
princípio, e faz das pessoas que o se-
guem (l Jo 5.19) instrumentos de
oposição aos propósitos de Deus. Éo
que estudaremos nesta lição.
I. O SISTEMA MUNDANO
NO MEIO POLÍTICO
1. O papel dos formadores
de opinião. Umadas estratégias do
inimigo é usar pessoas como forma-
doras de opinião. Sãopessoas que ocu-
pam posições de influência,e que dis-
seminam, com ares de verdade, tudo
MUNDANISMO
Na Política
Na Ciência
Na Filosofia
Na Ética
MANIFESTAÇÕES
Sincretismo; Pluralismo
Religioso; Angelolatria.
Ridicularizacão da Fé Cristã;
Adultérios; Homossexualidade;
A Estética acima da essência.
Materialismo; Evolucionismo.
existencialismo; Humanismo;
Pós-modernismo.
Relativisnio; Pluralismo Sexual;
Hedonismo.
REFERÊNCIAS
Dn 3.10-12; 6.1-9; Et 3-6.
Jz 2.11-14; l Rs 11.6-9; Cl 2.18.
2 Tm 3.2-8; l Tm4.7,8; l Pé 3.l-6.
Lições Bíblicas 21
quanto interessa ao sistema munda-
no e assim motivam, convencem e
persuadem os seus ouvintes e leito-
res. Nopróprio Éden,foia seipente o
canal que o Diabo utilizou para ino-
cular no coração do homem o vene-
no do humanismo (Gn 3.1-7). A for-
ma da linguagem satânicafoibem tra-
balhada para tentar desacreditar a
ordem de Deus ao primeiro casal.
2. A influência dos que de-
têm o poder. Os formadores de
opinião não agem sozinhos.Eles con-
tam com a parceria de muitos parti-
cipantes do mesmo sistema, dotados
de condições para implementar as
propostas das ideias ímpias que di-
fundem. Por trás da torre de Babel,
estava Ninrode(Gn 10.8-11; 11.1-6).
Desenvolvendo o paganismo babiló-
nico estava Nabucodonosor (Dn 3.1-
27). Incitando o ódio ao povo judai-
co estava Hitler.
3. Sutilezas nas mudanças
da legislação. Essas ideias iní-
quas, por sua vez, precisam encon-
trar, em muitos casos, respaldo na
legislação vigente a fim de aparen-
tar legalidade; ainda que sejam mo-
ralmente indefensáveis. Não foi as-
sim com Sadraque, Mesaque e
Abede-Nego, os quais foram lança-
dos na fornalha de fogo ardente por
não se submeterem ao edito do rei
(Dn 3.10-12)? A mesma situação não
experimentou Daniel quando os
seus opositores, por inveja, força-
ram o rei Dario a assinar um decre-
to com o objetivo de atingir o pro-
feta em sua adoração a Deus (Dn
6.1-9)? Foitambém o caso da trama
orquestrada para destruir o povo de
Israel na época do rei Assuero me-
diante um perverso decreto forja-
do pelo mau Hamã (Et 3.8-15).
Assim funciona o sistema mun-
dano em consideração. Ele conta
com ideólogospara tornar palatáveis
suas teses, atrai muitos dos que de-
têm o poder a fim de implementá-
las e reúne emissários com o intuito
de infiltrar nas malhas dalegislação
o respaldo jurídico às práticas repro-
váveis daí decorrentes.
II. O SISTEMA MUNDANO
NO MEIO RELIGIOSO
1. A sutileza da tolerância
religiosa. Afirmar, por outro lado,
que o sistema mundano opera ape-
nas no meio político seria uma visão
restrita do assunto,pois ele atua tam-
bém no ambiente religioso,como vi-
mos na lição anterior. Há uma razão
para isso: tentar preencher a neces-
sidade espiritual inerente ao homem
a fim de ganhar a sua simpatia, e,
assim, demonstrar uma filosofia pós-
modernista com sabor religioso.
O mundo denominado pós-mo-
derno se caracteriza, portanto, por
uma religião sincretista sob o ve-
lho e surrado argumento de que
"todos os caminhos levam a Deus".
O pior é que o meio evangélico vem
sendo contaminado por uma espé-
cie de sincretismo. Este é manifes-
to através de linguagem mântrica
e uso de objetos, aos quais são atri-
buídos significados espirituais.
Estamos no mundo, como disse Je-
sus em sua oração sacerdotal, po-
rém não somos dele; não podemos
amá-lo, nem deixar que seus prin-
22 Lições Bíblicas
cípios religiosos deturpados pau-
tem a nossa fé (v.15).
2. A premissa do Estado
laico. Aqui o assunto é mais com-
plexo. As constituições da maioria
dos países ocidentais asseguram a
separação entre a Religião e o Es-
tado. Isto fica implícito na declara-
ção de Jesus: "Daí, pois, a César o
que é de César e a Deus, o que é de
Deus" (Mt 22.21). Igreja e Estado
trilham caminhos distintos e inde-
pendentes, sem qualquer interfe-
rência institucional mútua.
O mal está no fato de se usar este
princípio quando pretendem calar a
voz da Igreja. Enquanto certas auto-
ridades não se constrangem em ex-
por publicamente a fé religiosa que
professam (ou não professam}, evan-
gélicos que ousam, em seus cargos
públicos, manifestar a sua fé e o seu
compromisso com os princípios e
ensinos do evangelho de Cristo logo
são afrontados, acusados e denun-
ciados sob a tese do Estado laico.
Ora, o Estado não é um ser que
anda com as próprias pernas, ao
contrário, depende dos que o gover-
nam. Ademais, os princípios de vida
respaldados pelas Escrituras estão
acima de qualquer laicidade; são
universais. Todavia, quanto mais o
Estado for materialista, melhor para
a expansão da filosofia pós-moder-
nista. É por aí que o mundo cami-
nha (v.16). Sob a premissa do Esta-
do laico, o sistema mundano amplia
as suas esferas de atuação, buscan-
do sufocar qualquer iniciativa de
pôr Deus como o princípio, o meio
e o fim de todas as coisas.
III. O SISTEMA MUNDANO
NOS MEIOS DE
COMUNICAÇÃO
1. A aniquilação dos valo-
res morais nas programa-
ções. Como uma grande orques-
tra regida pelo Inimigo, o sistema
mundano, que a Bíblia identifica
como "século mau" (Gl 1.4), age
também através dos meios de co-
municação. Basta monitorar as
programações para perceber quais
são os (dês) valores intensamente
propagados pela mídia de manei-
ra cada vez mais indecente, imo-
ral, desavergonhada. Os formado-
res de opinião, que se moldam pela
visão pós-modernista, estão sem-
pre presentes nos espaços que lhes
abre a imprensa a fim de insistir
sistematicamente na mesma tecla:
união entre pessoas do mesmo
sexo, aborto, eutanásia, pesquisas
com células-tronco embrionárias,
clonagem humana, descriminação
das drogas, libertinagem e tudo
mais que se identifique com o sis-
tema mundano (l Jo 2.15-17).
Quem se posiciona clara e firme-
mente em contrário e os que boi-
cotam esse tipo de mídia estão
prestando um grande serviço ao
Reino de Deus.
2. A indução consentida à
desestruturação da família. O
resultado dessa manipulação da
mídia é a desestruturação e destrui-
ção da família nos moldes estabe-
lecidos por Deus.Trata-se da mídia
e seus aliados a serviço de Satanás.
Sem a família biblicamente estabe-
lecida, a sociedade se transforma
Lições Bíblicas
num caos. A história é testemunha
disso no mundo inteiro, em todas
ascivilizações.
IV. COMO VENCER OS MALES
DO SISTEMA MUNDANO
1. Moldando-se ao caráter
de Cristo. O que fazer diante do
conflito entre o que cremos e o sis-
tema mundano atuante no movi-
mento do pós-modernismo? Pode-
mos optar entre três caminhos:
a) Acomodação. É a concordân-
cia com o velho ditado: "deixa tudo
como está para ver como é que fica".
b) Assimilação. Équando, ao in-
vés de influenciarmos, somos influ-
enciados e assimilamos o destrutivo
relativismo do pós-modernismo,
isto é, adotamos os padrões peca-
minosos que regem socialmente o
mundo (w.15,16).
c) Inconformaçãp, Precisamos
permanecer convictos e firmes na
fé em Cristo, conscientes de que te-
mos um papel a cumprir no Reino
de Deus em obediência ao manda-
do do Senhor,conforme Mc 16.15-
18 e Mt 28.18-20, ainda que ve-
nhamos a ser hostilizados (Jo
17.14-17).
2. Estimulando vocações
cristãs para a vida pública.
Assim como o sal adentra em to-
dos os grãos contidos na panela e
a luz alcança todas as frestas de um
ambiente (Mt 5.13-16),é nosso de-
ver também estimular as vocações
cristãs realmente comprometidas
com os valores do Reino, a fim de
que os crentes ocupem espaços em
todos os segmentos da sociedade.
Seja no magistério de nossas esco-
las ou universidades, seja nos mei-
os de comunicação,seja em nossos
parlamentos, seja na hierarquia de
nossas forças militares, seja no ope-
rariado e funcionalismo em geral,
seja em nosso judiciário, seja nos
governos de nossos municípios, es-
tados e país. Vamos estimular os
nossos jovens a crescerem intelec-
tualmente, em conjunto com o cres-
cimento espiritual para que, guia-
dos sobretudo pela Palavra de
Deus, tornem-se agentes de trans-
formação da sociedade em lugares
estratégicos.
3. Mantendo os padrões
bíblicos de vida e testemu-
nho. Por fim, os padrões bíblicos
precisam ser mantidos no nível de
nossas escolhas pessoais. Cada de-
cisão de um crente deve ser toma-
da sempre à luz dos princípiosimu-
táveis da Palavra Deus. Que as nos-
sas tarefas e atividades de cada dia
sejam primeiramentesubmetidas à
vontade de Deus, ao soberano Se-
nhor da nossa vida, embora isso
pareça vulgar para as mentes ma-
terialistas (v.17).
CONCLUSÃO
Muitos utilizam os sinais dos
tempos como pretexto para justifi-
car uma vida cristã apática e indi-
ferente ao que está ocorrendo. "O
mundo vai de mal a pior, não adi-
anta fazer nada", afirmam. Isto é
omissão culposa. Éverdade que não
nos compete interferir na sobera-
nia divina. Deus está agindo atra-
vés da história e vai conduzi-la até
24 Lições Bíblicas
o final. Contudo, também é verda-
de, mediante repetidas referências
nas Escrituras,que nos cabe reagir,
no poder do Espírito que em nós
habita, contra o avanço do mal no
mundo.
Subsídio Devocional
Os Males da Mídia Tele-
visual
Entretenimento e Consumis-
mo. Namídia, as notícias ocupam em
média 10% do espaço de toda comu-
nicação. Os comerciais ocupam em
torno de 30%e os outros 60%são dis-
tribuídos entre novelas, filmes, espor-
tes, shows etc. Mediante as estatísti-
cas, percebe-se que o propósito é
mais entreter do que informar.Em
relação ao consumo, destacam-se
duas formas básicas decomunicação
na propaganda: a comunicação infor-
mal e racional e a afetiva e inconsci-
ente. A primeira é necessária para o
funcionamento de nossa sociedade e
constitui-se, por si mesma, a base do
progresso e desenvolvimento. A se-
gunda, no entanto, apela para dados
subjetivos do indivíduo, tais como: o
desejo de sucesso, de liberdade, de
realização e de estima. A mídia ex-
plora esta segunda forma de consu-
mo gerando uma competitividade
entre os indivíduos, estabelecendo
padrões estéticos ao associar um pro-
duto à imagem de uma pessoa famo-
sa. Os telespectadores se tornaram
meros consumidores e osprogramas
apenas uma mercadoria de péssima
qualidade.
Hedonismo. Na atual socieda-
de pós-moderna, o pra/er constitui-
se um fim cm si mesmo, abrindo
precedente para uma crise moral e
ética, pois o homem postula-se
como referencial de si mesmo.
Como consequência, observamos o
enfraquecimento dos valores fami-
liares, a trivialização da sexualida-
de e a disseminaçãode um estilo de
vida incoerente aos valoresbíblicos
e cristãos. A mídia é uma das prin-
cipais responsáveis pelo hedonismo
predominante nessa atual geração.
À medida que ofusca a moral cris-
tã, dita normas, hábitos, moda, pa-
drões de comportamento e satisfa-
ção à sociedade. Para isso, utiliza-
se das pessoas mais famosas do
momento de acordo com seus inte-
resses espúrios e anticristãos.
A família cristã deve estar atenta
aos males causados pela mídia.Lim-
prescindível substituir os momentos
passados diante da televisão pelo
diálogo, culto doméstico ou ativida-
des recreativas e instrutivas entreos
membros familiares,a fim de que sua
família seja protegida dos ataques e
influências malignasc conseqúentc-
mente preservada. Não permita que
a mídia ensine você c sua família a
se vestir, comportar e ser. Valorize
a moral, o comportamento e o cará-
ter cristão pautados nasEscrituras.
Descriminar: Absolver de cri-
me; inocentar; tirar a culpa.
Disseminar: Semear; difundir;
propagar; espalhar.
Lições Bíblicas 25
Edito: Mandato; decreto; par-
te de umalei.
Ideólogo: Aquele que criaide-
ologias; defensor de uma corrente
de ideias.
Inerente: Que está por natu-
reza inseparavelmente ligado a al-
guma coisa ou pessoa.
Laicidade: Qualidade do que
vive no, ou é próprio do mundo,
do século; secular (por oposição a
eclesiástico).
Premissa: Princípio ou fato que
serve de base para um raciocínio.
Reducionismo: Simplificação;
perda do completo sentidode uma
teoria.
Sincretismo: Sistema religio-
so e plural que defende a coexis-
tência pacífica de ensinos, deuses,
e filosofias religiosas que se contra-
dizem.
j 1 h 1 j 1 [- > i l
•HOLMES, Arthur F. Ética: asdeci-
sões morais à luz da Bíblia. CPAD,
2000.
QUESTIONÁRIO
1. Como o sistema mundano atua no meio político?
R. Usando os formadores de opinião, influenciando os que detêm
o poder e empregando sutilezas para mudar a legislação de
acordo com seus interesses.
2. Qual o papel dos formadores de opinião?
R. Disseminar, com ares de verdade, tudo quanto interessa ao
sistema mundano e assim motivar, convencer e persuadir os
seus ouvintes e leitores.
3. Qual a razão de o sistema mundano atuar no meio religioso?
K. Tentar preencher a necessidade espiritual inerente ao homem a
fim de ganhar sua simpatia, e, assim, demonstrar uma filosofia
pós-modernista com sabor religioso.
4. Como o sistema mundano atua nos meios de comunicação?
R. Aniquilando os valores morais nas programações e induzindo à
desestruturação da família.
5. Como vencer os males do sistema mundano?
R. Moldando-se ao caráter de Cristo,estimulando vocações cristãs
para a vida pública e mantendo os padrões bíblicos de vida e
testemunho.
A â
26 Lições Bíblicas
4^ Lição4
A DIVINIZAÇÃO DO HOMEM
ANTE A SOBERANIA DE DEUS
23 de outubro de 2OO5
TEXTO ÁUREO
"Não vos assombreis, nem temais;
porventura, desde então,
não vo-lo fiz ouvir e não vo-lo
anunciei? Porque vós sois as
minhas testemunhas. Há outro
Deus além de mim? Não! Não há
outra Rocha que eu conheça"
(Is 44.8),
RDADE PRATICA
A busca da comunhão com
Deus, a partir da fé em sua exis-
tência, é o caminho que Cristo ofe-
rece para a verdadeira redenção do
homem.
HINOS SUGERIDOS
CD Harpa Cristã 225
(vol.5 - f.9), 298 {voí.6 - f.8) e 340.
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
LUCAS 12.13-21
13-E disse-lhe um da multidão:
Mestre, d?ze a meu irmáo que repar-
ta comigo a herança.
14- Maselelhe disse:Homem, quem
me pôs amim por juiz ou repartidor
entre vós?
15-E disse-lhes: Acautelai-vos e
guardai-vos da avareza, porque a
vida de qualquer não consiste na
abundância do que possui.
Segunda - Gn1.1-31
Deus como o criador
Terça - SI 91.1-16
Deus como o protetor
Quarta - Gn 22.M4
Deus como o provedor
Quinta - SI 37.1-40
Deus como o abençoador
Sexta - Io 17.1-20
Deus como o santificador
Sábado - Hb12.12-24
Deus como o Justo Juix
Lições Bíblicas 27
16- £ propôs-lhe uma parábola, di-
zendo: aherdade de umhomemrico
tinha produzido com abundância.
17- E arrazoava ele entre si, dizen-
do: Quefarei? Nãotenho onde reco-
lher os meus frutos.
18- Edisse: Fareiisto: derribarei os
meus celeiros, e edificarei outros
maiores, e ali recolherei todas as
minhas novidades e os meus bens;
19- e direi à minha alma: alma, tens
emdepósitomuitos bens, para muitos
anos; descansa, come, bebe efolga.
20- MasDeus lhe disse: Louco, esta
noite te pedirão atuaalma, e oque
tens preparado para quem será?
21- Assim é aquele que para si ajun-
ta tesouros e não é rico para com
Deus.
ONTO DE CONTATO
Professor, atualmente, no contex-
to educacional, a aprendizagem
repetitiva, isto é, memorística está
sendo substituída pela aprendiza-
gem significativa. Nesta, a matériaa
ser ministrada pelo professor e
aprendida pelo aluno precisa fazer
sentido para este último. Isto signi-
fica que a nova informação ou co-
nhecimento transmitidofundamen-
ta-se em conceitos já conhecidos,fa-
cilitando o aprendizado do indiví-
duo. Assim, o conteúdo estudado é
assimilado junto a outros conceitos
que o alunopossui,pois o saber novo
complementa o que já está presente
na estrutura cognitiva dele. O pro-
fessor, portanto, não pode despre-
zar o que o aluno já sabe, mas deve
desenvolver o conteúdo a partir do
conhecimento prévio dele. Faça uma
bateria de perguntas sobre os prin-
cipais temas das lições seguintes e,
a partir das respostas dos alunos,
prepare as próximas aulas.
Após esta aula, seu aluno deve-
rá estar apto a:
Definir o termo antropocen-
trismo,
Explicar a doutrina da ima-
nência e da transcendência de
Deus.
Compreender como a razão,
a natureza e a revelação explicam
a existência de Deus.
SÍNTESE TEXTUAL
O antropocentrismo,em sua for-
ma atual, é consequência do conjun-
to de transformaçõesliterárias, ar-
tísticas e científicas produzidas na
Europa nos séculos XV e XVI conhe-
cido como Renascimento ou Renas-
cença. Entre os aspectos negativos
mais acentuados do antropo-
centrismo de origem renascentista
está a ausência de preocupação com
a vida religiosa. Há dois tipos de
adeptos deste pensamento: os que
consideram a religião cristã e seus
ensinos desnecessários para expli-
car o mundo e o próprio homem, e
os pensadores cristãos que se esfor-
çam para adequar o cristianismo a
essas novas exigências filosóficas,
sociais ereligiosas.
28 Lições Bíblicas
As consequências dessa nova
identidade cultural são o ateísmo, o
deísmo, a deificação do homem, o
materialismo e a negação da doutri-
na da transcendência divina.Contu-
do, a verdadeira identidade humana
não se encontra na cultura pós-mo-
derna, mas nos ensinos dasSagradas
Escrituras,
ORIENTAÇÃO DIDATIÇA
Professor, a presente lição divi-
de-se em dois principais temas ou
blocos: Antropocentrismo e Teo-
centrismo. A fim de que o aluno
observe as diferenças entre esses
dois sistemas, reproduza o gráfico
abaixo de acordo com os recursos
de que você dispõe.
INTRODUÇÃO
Os ensinos da filosofia pós-mo-
dernista, como já vimos, são todos
centrados no homem. Nada têm de
Deus. O termo que define esse com-
portamento materialista é antropo-
centrismo. É o oposto do teocen-
trismo, que é Deus como único so-
berano e Senhor. O antronocentris-
mo considera-se como origem e cau-
sa motivante de toda a atividade
humana, como se Deus não existisse
e não estivesse no controle do Uni-
verso. Esse é o espírito que permeia
e domina o mundo (Ef 2.1,2) e que
age continuamente para que a ver-
dade de Deus seja obstruída, parali-
sada e esquecida de todos.
Contudo, conhecemos, através da
Bíblia, a realidade do fim da histó-
ria e sabemos que "aquele que habi-
ta nos céus se rirá deles" (SI 2.4). O
triunfo final e total do Reino de Deus
já está determinado. Mas enquanto
aguardamos esse ditoso dia, temos
o compromisso de proclamar que
Deus, e não o homem, como vere-
mos nesta lição, tem o leme e o des-
tino final da história em suas mãos
e que Ele está infinitamente acima
do Universo como o grande e subli-
me Criador de todas as coisas.
I. O CULTO DA DEIFICACÃO DO
HOMEM
l, O alvo do antropocen-
trismo. Éde inspiração demoníaca.
Trata-se de deificar ou cultuar o ho-
mem como se fosse um deus; como se
fosse senhor absoluto de si mesmo e
do seu própriodestino. Opersonagem
ÊNFASE
Quanto ao Foco
Quanto à Fé
Quanto à Ética
Quanto à
Religião
ANTROPOCENTRISMO
Centralizado no Homem
Confiança no Homem e
na Ciência
Relativismo Moral
Pluralismo Religioso
TEOCENTRISMO
Centralizado em Deus
Confiança em Deus
Absolutos Morais
Religião Cristocêntrica
LiçõesBíblicas 29
da parábola da leitura bíblicaemclas-
se da presente lição é o retrato perfei-
to dessa deificaçãodo homem. Veja o
uso repetido de termos possessivos
("meus frutos", "meus celeiros", "mi-
nhas novidades", "meus bens"). Ele
vive e trabalha em função de suas pos-
sessões materiais (w.17,18). Em se-
gundo lugar, ele reduz a vida ao ma-
terialismo ao pressupor que os seus
bens são suficientes para lhe dar tudo
o que precisa (v.19), esquecendo-se,
porem, que as necessidades da alma
só Deus pode supri-las (SI 139.1-18).
No versículo 21, o Senhor não conde-
na a riqueza em si mesma, mas o fato
de ela ocupar o lugar de Deus na vida
e propósitos do ser humano.
Mesmo que não haja no antro-
pocentrismo uma divinizaçãoformal
do homem, como acontece em casos
bem específicos, descritos mais adi-
ante, nesta lição, ela revcla-se na
maneira como os atuais antropo-
céntricos procedem. O sentimento
que se apoderou do príncipe de Tiro,
mencionado por Ezequiel (Ez28.1-10;
Is 31.3), numa alusão certamente ao
próprio Diabo, é o mesmo que leva
tais pessoas a se considerarempeque-
nas divindades e senhores absolutos
de si e do mundo que os cerca até
que toda prepotência caia por terra
(v.20), pela falibilidade e limitação da
vida humana (Tg 1.9-11;4.13-17).
2. Emblemas do antropo-
centrismo. O antropocentrismo
tem os seus representantes na his-
tória da civilização.No Antigo Tes-
tamento, Nabucodonosor é o desta-
que entre os personagens nesse sen-
tido. Elejulgou-se um deus quando
construiu uma imponente estátua
de ouro e impôs que todos a ado-
rassem (Dn 3.1-7).
Entre os vários deuses adorados
no panteão romano, na capital da-
quele império, reservava-se ao im-
perador um espaço de honra para
ser cultuado como personagem di-
vino em todos os limites do império.
Com certeza, muitos cristãos fo-
ram martirizados nos primeiros sé-
culos da história da Igreja por se
recusarem a adorar esses deuses do
paganismo e ao próprio imperador.
Mas o espírito tenebroso daquela
época continua operando hoje,
através do movimento filosófico-re-
ligioso denominado Nova Era, que
tem como meta a deificacão do ho-
mem, servindo assim aos propósi-
tos malignos.
II. COMO SE MANIFESTA
O ENDEOSAMENTO
DO HOMEM
1. A transcendência de
Deus sob ataque. Para maior
aceitação do antropocentrismo no
mundo, seus ideólogos e promoto-
res tentam invalidar a doutrina bí-
blica da transcendência de Deus.
Israel no deserto, estando Moisés
ausente durante quarenta dias no
Sinai, por ainda não ter a compre-
ensão exata do Deus Todo-podero-
so, invisível, transcendente, tentou
substituí-lo por um bezerro de
ouro, à moda do politeísmo pagão
egípcio (Êx 32.1-7).
É preciso entender que aimanên-
cia de Deus não exclui a sua
transcendência. São verdades e atri-
30 Lições Bíblicas
butos que se completam. Se,por um
lado, Deus na sua imanência, partici-
pa ativamente da história humana,
conduzindo o seu glorioso plano atra-
vés dos tempos, Eletambém, na sua
transcendência, como Criador e
Todo-Poderoso, é infinitamente supe-
rior à criação e à criatura (Is 57.15).
Ele é Deus sobre todas as coisas; não
há outro além dEle, e não há outra
Rocha que Eleconheça (Is 44.8).
2. O orgulho humano. O
endeusamento e idolatria do homem
advém do seu espírito orgulhoso.
Este é um pecado que atua com for-
ça demolidora no coração humano.
Inclusive, todo cristão deve sempre
vigiar contra isso. O orgulho prece-
de a ruína (Pv 16.18). O orgulhoso
julga-se grande e maior do que to-
dos. Isso atenta contra Deus, pois só
Ele é grande e glorioso. O orgulho e
a soberba formam um todo, sendo
um teórico e outro prático.Voltemos
ao episódio do Éden, anteriormente
abordado. Foia soberba que tornou
o primeiro casal refém da voz da ser-
pente sob a hipótese de que Deuspo-
deria não estar fazendo a coisa cer-
ta (ver Gn 3.1-5). As consequências
todos conhecem.
Quando o homem é levado a pôr
em dúvida os desígnios de Deus, a
arma diabólica logo empregada é a de
que ele pode exercer domínioabsolu-
to sobre a suavida - ser um pequeno
deus - assim como pensou o insensa-
to da parábola em estudo. Sua afir-
mação é extremamente reveladora:
"Tens em depósito muitosbens, para
muitos anos" (v. 19). Noutras pala-
vras, tenho controle absoluto da situ-
ação. Masnão foi isso que ocorreu.Ele
teve de deparar-se comarealidade de
que Deus permanece sempre no tro-
no. Ele é o Criador (v.20). O ser hu-
mano apenas criatura.
III. DEUS E NÃO O HOMEM
1. A existência de Deus -
uma necessidade da razão.
Este é um ponto destacado desta
lição: Deus ao invés do homem. Éo
teocentrismo em teologia. Esta é a
verdade que jamais pode ser remo-
vida da história sob pena de a cri-
ação perder todo o seu significado
(Os 13.4). Como diz Charles Finney,
em sua Teologia Sistemática, a
crença na existência de Deus é uma
necessidade primacial da razão,
sem a qual é impossível dar sequên-
cia coerente a qualquer forma de
raciocínio. A ideia de uma causa,
de onde se origina qualquer pro-
cesso, ou que produ/a qualquer
efeito, precisa sempre estar presen-
te no pensamento humano. Assim,
a própria razão, por depender des-
sa necessidade, aponta para Deus
como a causa de todas as coisas.
2. A existência de Deus -
um testemunho da natureza.
A natureza declara em toda a sua
extensão que só um ser com capa-
cidade infinita teria condições de
criar o Universocom a exata preci-
são e harmonia que o caracteriza.
Em síntese, uma criação inteligente
e perfeita, que pressupõe e requer
um Criador inteligente e perfeito.
No Antigo Testamento, Davi
compreende essa verdade e, exta-
siado diante da magnificência divi-
Lições Bíblicas 31
na, assim a descreve: "Os céus ma-
nifestam a glória de Deus e o
firmamento anuncia a obra de suas
mãos" (SI 19.1). No NovoTestamen-
to, o apóstolo Paulo alude à mesma
ideia, em sintonia com o testemu-
nho da consciência, como prova de
que só se concebe o mundo através
da crença na existência do Criador
(Rm 1.19,20; 2.12-16).
3. A existência de Deus - a
pedra angular da revelação.A
existência de Deus é a pedra angu-
lar da revelação bíblica. Ao apelo da
consciência e ao testemunho do que
vemos à nossa volta, a Bíbliasim-
plesmente responde: "No princípio,
criou Deus os cens e a terra" (Gn
1.1). As Escrituras não se preocu-
pam em provar a existência de Deus,
visto que isso é um fato admitido.
Seria um contra-senso Deus apre-
sentar provas de sua existência à
criação que Elemesmo criou, inclu-
sive o homem. Se hoje, como no
passado, muitos duvidam e descrê-
em na existência de Deus, isso pro-
vém do distanciamento pecamino-
so do homem para com Ele.AsEs-
crituras cumprem o papel de revelá-
lo em toda a sua glória emajestade,
satisfazendo assim, de forma plena
e suficiente, a necessidade da razão
e o testemunho da natureza.
CONCLUSÃO
Conclui-se que a incontida bus-
ca humana pelo endeusamento é
um engano diabólico para afastar o
homem do seu Criador. Entretanto,
diante de evidências tão fortes, a
sua mente não tem como deixar de
ir em busca da existência de Deus.
Se insistir em negá-10, ao final, não
haverá escapatória, pois todos hão
de encontrá-lo como o grande juiz
de toda a Terra (Am 4.12).
Subsídio Teológico
"1. 'A tradição dos ho-
mens', Cm sua defesa do evange-
lho, Paulo referiu-se aos ensinos
dos homens que não observavam a
doutrina de Cristo, considerando-
os "tradição dos homens". Ele ad-
vertiu os colossenses que não se fi-
zessem presa de tais ensinos. Não
só na época em que foi escrita a
epístola, mas, há muito tempo, exis-
te em curso todo um movimentofi-
losófico, chamado humanismo, que
coloca o homem no centro de tudo,
excluindo a Palavra de Deus, e o
próprio Deus, de suas conjecturas.
2. O que ensina o huma-
nismo. Segundo essa filosofia, que
inclui a 'tradição dos homens' a que
se referia Paulo, o homem e o uni-
verso são apenas originários da
energia que se transformou em ma-
téria, por obra do acaso. É filosofia
irmã do evolucionismo biológico.
Nega a existência de um Deus pes-
soal e infinito; nega ser a Bíblia a
revelação inspirada de Deus à raça
humana. Para o humanismo, o ho-
mem é o seu próprio deus;o homem
pode melhorar e evoluir, segundo
tais preceitos, por meio da educa-
ção, redistribuição económica,psi-
cologia moderna ou sabedoria hu-
mana. O humanismo é relaiivLsta,
pois crê que padrões morais não são
Lições Bíblicas
absolutos, c sim relativos e determi-
nados por aquilo que faz as pessoas
sentirem-se felizes... ensina que o ho-
mem não deve ficar preso a ideia de
Deus." (RENOVATO, Elinaldo. Colos-
senses.RJ:CPAD, 2004, Série Comen-
tário Bíblico, p.90-1.)
Imanência: Descreve o modo
como Deus é revelado e manifesta-
do aos homens, sem,contudo, ser
confundido com a criação.
Teocentrismo: Sistema que
concebe Deus como o centro de to-
das as coisas e ser absoluto do qual
todas as normas éticas e morais ab-
solutas procedem.
Transcendência: 'frata da
essência c atributos naturais de
Deus que O tornam infinitamente
superior a tudo que criou.
; 1 !- j ! í- > 1 1
J
^ RENOVATO, Elinaldo. Colos-
senses. CPAD, 2004.
1. Qual o alvo do antropocentrismo?
R. Deificar ou cultuar o homem como se fosse um deus; como se
fosse senhor absoluto de si mesmo e do seu próprio destino.
2. Mencione um representante do antropocentrismo no Antigo
Testamento.
R. Nabucodonosor.
3. Explique a doutrina da transcendência.
R. Esla doutrina apresenta Deus como Criador e Todo-poderoso,
infinitamente superior à criação e à criatura (Is 57.15). Ele é
Deus sobre todas as coisas;não há outro além dEle.
4. Explique a doutrina da imanência.
R, Esta doutrina apresenta Deus como participante ativo da histó-
ria humana, conduzindo o seu glorioso plano através dos
tempos.
5. De que maneira podemos explicar a existência de Deus?
R. Por meio da necessidade da razão, do testemunho da natureza
ou da revelação bíblica.
LiçõesBíblicas 33
Lição 5
O RELATIVISMO MORAL
PREDOMINANTE NO MUNDO
3O de outubro de 2OO5
"Nunca me esquecerei dos teus
preceitos, pois por eles
me tens vivificado" ^
(SI 119.93).
Os preceitos absolutos de Deus
contidos na Bíblia Sagrada são o
referencial necessário para nor-
tear nosso posicionamento e nos-
sas atitudes diante do relativismo
moral predominante em nossa so-
ciedade.
HINOS SUGERIDOS
CD Harpa Cristã 175
(vol.4 - f.8), 205 (vol.5 - f.7)e 247.
Segunda - Gn26.1-6
Os preceitos de Deus abençoam
Terça - SI 19.7,8
Os preceitos de Deus são retos
Quarta - SI 119.9-16
Os preceitos de Deus alegram
am
SALMO 119.89-96
89- Para sempre, ó SENHOR, a tua
palavra permanece no céu.
90- A tua fidelidade estende-se de
geração a geração; tu firmaste a ter-
ra, e firme permanece.
91- Conforme oque ordenaste,tudo
se mantém até hoje; porque todas
as coisas te obedecem.
Quinta - SI 119.25-32
Os preceitos de Deus ensinam
Sexta - SI 119.33-40
Os preceitos de Deus vivificam
Sábado - SI 119.41-48
Os preceitosde Deus libertam
34 Lições Bíblicas
92- Se a tua lei não fora toda a
minha alegria, há muito que teria
perecido na minha angústia.
93- Nuncameesquecereidosteuspre-
ceitos, poisporelesme tens vivificado.
94- Sou teu, salva-me; pois tenho
buscado os teus preceitos.
95- Osímpios me esperam para me
destruírem, mas eu atentarei para
os teus testemunhos.
96- Atodaperfeiçãovi limite, mas o
teu mandamento é amplíssimo.
PONTO DE CONTATO
O pensamento plural é conse-
quência da mudança social provo-
cada pelopensamento pós-moderno.
Para que o pluralismo se estabele-
cesse como teoria e prática, foi ne-
cessário que os homens negassem a
existência de absolutos éticos e mo-
rais. Pois, como se pode falar em
pluralidade se existe verdade, ética
e padrões morais universais? Obser-
ve, no entanto, que, para lograrem
êxito em suas propostas pluralistas,
os pós-modernistas relativizaram a
verdade, a ética e a moral, atribu-
indo-lhes um caráter particular,in-
dividual, circunstancial e não uni-
versal. Foi necessário ainda que ne-
gassem a existência de uma divin-
dade única e absoluta como atesta
a culturajudaico-cristã. Contudo, os
ateus apresentaram o homem dei-
ficado, rumo à perfeição, enquanto
os religiosos apresentaram um
panteão de divindades e literaturas
espiritualistas, budista, hinduístas,
etc, a fim de confirmar a existência
de outras "verdades" e outros ca-
minhos que conduzem ao aperfei-
çoamento do próprio indivíduo.
Após esta aula, seu aluno deve-
rá estar apto a:
Descrever osfundamentos do
relativismo moral.
Explicar as consequências do
relativismo moral.
SÍNTESE TEXTUAL
O relativismo moral é a corren-
te de pensamento humanista que
ensina a inexistência de normas,
verdades e moral procedentes da
vontade absoluta de Deus. Nesta li-
ção, estudaremos os principais fun-
damentos e consequências do
relativismo, e as três características
dos princípios bíblicos que comba-
tem a moral relativista.
Esse pensamento anticristão
está fundamentado em duas cor-
rentes seculares; no materialismo
filosófico e no existencialismo de-
fendido pelo pensador francês
Jean Paul Sartre. Segundo a pri-
meira corrente, a única realidade
no Universo é o mundo físico e
material; nada existe além deles. É
ateísta, nega a realidade espiritu-
al, a existência dos anjos, os mila-
gres e a criação do homem e do
Universo por Deus, Por esta razão,
não cré em qualquer princípio,
verdade, moral ou ética proveni-
ente de Deus. Consequentemente,
o materialismopromove o existen-
Licões Bíblicas 35
cialismo, que por sua vez, é uma das
principais concepções humanistas
pós-modernas. Segundo esta teoria,
o homem existe independente de
qualquer ato divino, porquanto é
responsável por aquilo que é, por
seu destino, pelo seu domínio e pela
sua existência.
Contudo, o cristão não apenas
contesta essas duas filosofias secu-
lares, como também reafirma que
os princípios bíblicos são absolu-
tos, imutáveis euniversais.
ORIENTAÇÃO DIDATICA
Professor, para esta lição, de-
senvolva um Plano Gráfico de todo
o conteúdo da aula. Este recurso
didático apresenta um resumo ge-
ral da lição, fundamentado nos
principais conceitos, tópicos ou
verdades presentes no comentário.
Ao apresentar o gráfico à classe,
explique-o na seguinte ordem: 1)
O relativismo moral subverte os
valores morais e espirituais; 2) O
materialismo e oexistencialismo
são dois sistemas racionais que
fundamentam o relativismo; 3) As
doutrinas fundamentais de cada
teoria; 4) Contraste-os com os ab-
solutos, imutáveis e universais
princípios bíblicos. Este recurso
pode ser usado como uma intro-
dução ao conteúdo da lição, forta-
lecendo o argumento presente na
Síntese Textual. Reproduza o grá-
fico abaixo de acordo com os re-
'cursos disponíveis.
INTRODUÇÃO
Como vimos nas lições anterio-
res, a negação da existência de Deus
e a entronização do homem como o
centro do universo conduz ao
relativismo, um mal predominante
desta era chamada de pós-moder-
na. O relativismoequivale a afirmar
que não há verdades nem preceitos
absolutos. Cada um faz suas própri-
as escolhas e sua própria vontade
como bem lhe parecer, sem atentar
para nenhum padrão de caráter uni-
versal, partindo dos princípios das
Sagradas Escriturascomo norma de
fé, de vida e de conduta humana.
Veremos, a seguir, o conceito de
relativismo, de que forma ele atua
no mundo, as suas funestas conse-
quências e como refutá-lo à luz da
Palavra de Deus, cujos preceitos
permanecem para sempre e são a
base inamovível de uma vida sau-
dável em todas as esferas humanas.
SISTEMAS QUE SUBVERTEM OS VALORES MORAIS E ESPIRITUAIS
Fundamentos Materialistas Fundamentos Existencialistas
36 Lições Bíblicas
I. OS ARDILOSOS FUNDAMEN-
TOS DO RELATIV1SMO
1. O fundamento materia-
lista. O relativismo é a visão ma-
terialista da vida. A partir do mo-
mento em que alguém contempla
o mundo como auto-existente e não
como oriundo da mão criadora de
Deus, tudo mais passa a ser visto
sob essa perspectiva.
Se tudo surgiu do acaso, sem a
ação de um Ser infinitamente su-
perior, ou sem qualquer propósito
elevado, e que tudo se limita à ma-
téria, cada um então tem o direito
de ser absoluto, de ignorar direi-
tos e deveres e de viver a seu bel-
prazer.
Durante a travessia de Israel no
deserto, em direção à Terra Prometi-
da, esta nociva filosofia de vida, de
inspiração totalmente carnal, domi-
nou o povo de Israel, o qual preferiu
fazer o que bem lhe parecia aosolhos,
ao invés de cumprir os estatutos or-
denadospor Deus. Emsuas advertên-
ciasfinais, Moisés fezver aosisraelitas
que por essa razão, após40 anos,ain-
da não tinham entrado em Canaã (Dt
12.8,9; SI 95.10,11).Aobediência aos
preceitos divinos deve ser a alegria
dos cristãos, conforme reconheceu o
salmista (v. 92). Ver também SI
119.24,34,47,127,143,174.
2. O fundamento existen-
cialista. O materialismo descarta
os valores eternos. Os adeptos do
relativismo seguem os princípios
daquilo que a moderna filosofia
chama de existencialismo, cuja es-
sência é a ideia de que "aexistência
humana [é] constituída pelas esco-
lhas feitas pelas pessoas". Enquan-
to o justo vive da fé, segundo a re-
velação divina (Rm 1.17), esses tais
modernistas "vivem" de ideias; não
de realidades por nosso Senhor Je-
sus Cristo (2 Tm 1.9,10).
O conceito de existencialismo
pode ser definido numa frase bas-
tante popular e levemente alterada
pelo comentarista: "cada um por si
e Deus por ninguém". Isto significa
que o existencialismo busca dar sen-
tido à existência mediante a liber-
dade dos atos individuais. Em resu-
mo, cada um constrói o seu momen-
to presente de acordo com o que
vive, pensa e acredita. Repita-se:
(eles dizem) nada há absoluto.
O sábio Salomão viveu algo pa-
recido, como se depreende do livro
de Eclesiastes.Elebuscou motivações
e propósitos para a vida nas rique-
zas, nas grandes realizações pesso-
ais, nos prazeres mundanos, na so-
berba de sua sabedoria, para, ao fim,
concluir que nada faz sentido se
Deus não for o nosso supremo bem
(Ec 5.1,19,20; 11.9,10; 12.1-4). As-
sim fez também Davi: "Nunca me
esquecerei dos teus preceitos, pois
por eles me tens vivificado" (v.93).
Para ele, as diretrizes da sua vida
vinham da Palavra de Deus (SI
119.105).
II. AS CONSEQUÊNCIAS
DO RELATIVISMO
1. Destrói os valores espi-
rituais. Orelativismoarruina avida
em geral. Emprimeiro lugar, porque
os valores espirituais são tidos como
inexistentes, ou, no máximo, como
Lições Bíblicas 37
algo particular de cada indivíduo. Sob
esse prisma, como afirmou de públi-
co determinada autoridade brasilei-
ra, Deus é produto da mente huma-
na, e não o Ser Pessoal e Onipotente
como revelado na Bíblia.
Assim, no relativismo, a crença
no Deus bíblico —o Senhor de todo
o Universo — não é uma necessi-
dade de todo ser humano, mas uma
mera opção pessoal.
Ora, se a crença na existência'do
Criador tem sentido relativo, desapa-
rece também o princípio da autori-
dade, oriundo do próprio Deus.Não
é de estranhar-se que, atualmente,
essa seja uma área sob constante con-
vulsão em todos os níveis da socie-
dade. Se alguém não admite a auto-
ridade de Deussobre o mundo, como
a aceitará nos níveisinstitucionais?
2. Destrói os valores mo-
rais. Em segundo lugar, o relati-
vismo trata os valores morais como
dependentes das circunstâncias do
momento e não como padrões uni-
versais, a transgressão dos quais
produz prejuízos irreparáveis. Para
os adeptos do relativismo, prevale-
ce a tese de que a sociedade detém
o direito de convencionar entre sio
padrão ético que melhor lhe con-
vém, sem admitir como referenciais
inabaláveis e eternos os valores ab-
solutos estabelecidos pelo próprio
Deus nas Santas Escrituras.
Por isso, o crescente rebaixamen-
to moral e ético da sociedade mo-
derna é muito maior do que o do
reino de Judá nos anos que antece-
deram o exílio babilónico. Oprofeta
Jeremias empregou todos os recur-
sos figurados da linguagem hebraica
para descrever como aquele povo se
afastou de Deus e quais as graves
consequências de tal comportamen-
to (Jr 2.1-37;Jr 3.1-5), o que de fato
aconteceu com a invasão de Jerusa-
lém por Nabucodonosor.
Nãoé essa arealidade de hoje, com
a desintegração generalizadada famí-
lia e a anarquia moral predominante
em todo o mundo? Não é essa a for-
ma de viver mais apregoada nos qua-
tro cantos da terra? Não é assim que
se portam aqueles que não valorizam
a união conjugal bíblica e desprezam
o leito sem mácula (Hb 13.4) em tro-
ca da vida adúltera e da prostituição?
Não é esse o espírito de muitas can-
ções mundanas ouvidas, bem como de
vídeos por toda parte (Jr 5.1-9)?
III. OS PRINCÍPIOS
E PRECEITOS BÍBLICOS
E O RELATIVISMO
1. Os princípios e precei-
tos bíblicos são absolutos. Deus
continua e continuará para sempre
no governo do Universo e conta com
aqueles que O amam e que perma-
necem fiéis aos seus estatutos. Estes
adotam os mandamentos de Deus
estabelecidos na Bíblia como abso-
lutos e estão plenamente convictos
de que eles, em qualquer circunstân-
cia, direcionam todos e quaisquer
aspectos da vida humana.
Quando a nossa tradução daBí-
blia usa o superlativo "amplís-
simo" para denotar a excelência
dos mandamentos de Deus, como
escreveu Davi (v.96), a ideia é de
que nenhuma área do nosso coti-
38 Lições Bíblicas
diano ficou esquecida na Palavra
de Deus e de que esses mandamen-
tos são absolutamente necessários.
Deus não deixou de prover sem-
pre o melhor para cada situação.
Ao insistirmos nos absolutos,
não queremos afirmar que não haja
também conceitos relativos. Essa
diversidade se manifesta,por exem-
plo, nas comidas típicas de cada
país, nos estilos da arquitetura, no
estilo da vestimenta e até mesmo em
relação ã hora de dormir, que de-
pende do fuso horário. Mastais cir-
cunstâncias relativas acabam apon-
tando para princípios biológicos
absolutos: todos precisam alimen-
tar-se, todos precisam dormir.
Se assim ocorre com os princí-
pios biológicos, que dirá quanto aos
princípios morais e espirituais!Ver
Js 22.5; 2 Rs 17.37; Rm 13.9.
2. Os princípios e precei-
tos bíblicos são imutáveis.Da
mesma forma que Deus não muda
(Ml 3.6), suas ordenanças também
permanecem para sempre inalte-
radas, pois são plenamente comple-
tas e atuais para o ser humano de
qualquer época.
3. Os princípios e precei-
tos bíblicos são universais. Pre-
cisamos sempre ter em mente que
os princípios e preceitos bíblicossão
universais. Em outras palavras, eles
não foram estabelecidos apenas para
determinado período ou para um
povo específico, mas para a huma-
nidade de todos os tempos.
São princípios irrestritos,inclusi-
ve no tocante à igreja, como, por
exemplo, a autoridade governativa
concedida ao homem nos primórdios
da criação (Gn 1.26-28).Vivê-losdeve
ser a nossa busca constante, princi-
palmente porque estamos sob as bên-
çãos do novo pacto em Cristo Jesus.
CONCLUSÃO
Portanto, diante de uma socie-
dade secular, entregue de corpo e
alma ao relativismo moral, sejam as
palavras de nossa boca o clamor de
Davi: "Sou teu, salva-me; pois te-
nho buscado os teus preceitos"
(v.94). Só assim faremos a diferen-
ça necessária para influenciar de
forma positiva o nosso ambiente.
rriKíP
Subsídio Devocional
"Uma ética acima de qual-
quer suspeita
As implicações éticas absolutas
do Reino de Deus, como se vê no
Sermão do Monte, decorrem de ser
o próprio Deus quem controla e es-
tabelece suas leis. Como um ser mo-
ral, Ele não pode exigir menos do que
impõe a sua própria natureza.Ain-
da que se valham de instrumentos
próprios de cada realidade cultural,
essas leis, como princípios univer-
sais, não se alteram ao sabor das di-
ferentes situações, não se ajustam ao
que pensa o homem e nem se modi-
ficam para adaptar-se ao estilo de
vida de cada um, mas são a exata
expressão do propósito de Deus para
o seu povo. Deus é imutável.Suas
leis também são imutáveis. Deus é
soberano. Suas leis também são so-
Lições Bíblicas 39
beranas. Deus é absoluto. Suas leis
também são absolutas. Por esse mo-
tivo, têm sido fonte de inspiração,
ao longo dos séculos, para que as
nações inteirasformulem sua estru-
tura jurídica e se submetam a ela à
luz desses princípios.
Contudo, por que a ética doRei-
no de Deus éabsoluta?
1. Para definir de modo claro o
ideal a ser incessantemente busca-
do por aqueles que professam a lê
cristã [..."]
2. Para revelar que nenhum es-
forço humano é capaz em si mesmo
de vivê-la, a não ser pelos méritos
da obra redentora de Cristo [...]
3. Para demonstrar, de forma
antecipada, como que por espelho,
o sublime estilo de vida a ser expe-
rimentado na dimensão futura do
Reino de Deus [...]". (COUTO, Gere-
niias do. ,4 transparência da vida
cristã. RJ: CPAD, 2001, p.72-3.)
Existencialismo: Movimen-
to filosófico que engrandece a
existência em detrimento da es-
sência. Seus adeptos acreditam
que o ser humano não deve preo-
cupar-se com questõesespirituais,
mas tirar o máximo proveito da
existência.
Imutável: Não sujeito a mu-
danças ou variações.
Inamovível: (iue não pode ser
removido; absoluto.
Universal: Comum a todos os
homens, ou que é aplicável a to-
dos.
Valores absolutos: Trata-se
do reconhecimento da existência de
normas morais válidas para todas
as pessoas em todas as épocas. Para
os cristãos, são as santas leis mo-
rais da Sagrada Escritura.
os dois fundamentos do relativismo mencionados na lição.
R. O materialismo c o existencialismo.
2. Explique o materialismo.
R. Tudo se limita àmatéria, o mundo é auto-eistente e não oriundo
da mão criadora de Deus.
3. Defina existencialismo.
R. Corrente de pensamento que husca dar sentido à existência
mediante a liberdade dos atos individuais, contrariando toda c
qualquer norma absoluta.
4. Mencione as consequências do relativismo para a igreja e para
a sociedade.
R. Destroi os valores espirituais e morais.
5. Quais as características dos princípios e preceitos bíblicos?
R. São absolutos, imutáveis e universais.
• * â * *
40 Lições Bíblicas
Lição 6
A TEOLOGIA LIBERAL
ò de novembro de 2OO5
"Antes, santificai a Cristo, como
Senhor, em vosso coração;e estai
sempre preparados para responder
com mansidão e temor a qualquer
que vos pedir a razão da esperança
que há em vós" (l Pç 3.15). /
j l 1 1
*" A abolição dos fundamentos da
fé, como os temos na Bíblia, impli-
ca a perda dos valores dessa preci-
osa fé, que c o único meio de aces-
so a Deus mediante a obra reden-
tora de Cristo.
HINOS SUGERIDOS
CD Harpa Cristã 259 (vol.6 - f.3),
506 e 508.
' h -'J '
J
2 TIMÓTEO 3.14-17;
2 PEDRO 1.20,21
2 Timóteo 3
14- Tu,porém,permanecenaquiloque
aprendeste e de que foste inteirado,
sabendo de quem o tens aprendido.
15-E que, desde a tua meninice,
sabes assagradas letras, que podem
fazer-te sábio para a salvação, pela
fé que há em Cristo Jesus.
Segunda - Is 25.1
O fundamento divino produz
firmeza
Terça -1 Co3.10,11
O fundamento divino é imutável
Quarta - Ef 2.20
O fundamento divino
é apostólico
Quinta -1 Tm 6.19
O fundamento divino para
a vida eterna
Sexta - 2 Tm 2.19
O fundamento divino possui
urn selo
Sábado - Hb6.1
O fundamento divino aperfeiçoa
o crente
Lições Bíblicas 41
16- TodaEscrituradivinamente ins-
pirada é proveitosa para ensinar,
para redarguir, para corrigir, para
instruir em justiça,
17- para que o homem de Deus seja
perfeito e perfeitamente instruído
para toda boa obra.
2 Pedro l
20- sabendo primeiramente isto:
que nenhuma profecia da Escritura
é de particular interpretação;
21- porque a profecia nunca foi pro-
duzida porvontade dehomem algum,
masoshomenssantosdeDeusfalaram
inspirados pelo Espírito Santo.
NTO DE GONTATO
Prezado professor, o ministério
docente não é mera repetição de in-
formação. Informarnão significa en-
sinar. Enquanto docente da ED,você
tem uma tríplice missão: salvação,
crescimento e serviço. Como educa-
dores cristãos, a nossa missão pode
ser traduzida da seguinte forma:
1. Compreender as situações difí-
ceis e embaraçosas as quaiso homem
contemporâneo e a sociedade, na
qual está inserido, têm enfrentado.
2. Analisar os desafios da pós-
modcrnidade.
3. Saber interpretar as mensa-
gens subliminares, sutis e malévolas
transmitidas aos alunos, seja por
meio da mídia, seja mediante o en-
sino académico.
4. Examinar,à luz da Bíblia, es-
sas informações na sala de aula, a
fim de que os alunos possam ad-
quirir capacidade autocrítica.
Após esta aula, seu aluno deve-
rá estar apto a:
Refutar os pressupostos da te-
ologia liberal.
Explicar as razões que deram
origem à teologia liberal no sécu-
lo XIX.
Definir o significadode inspi-
ração e inerrância das Sagradas Es-
crituras.
SÍNTESE TEXTUAL
O liberalismo teológico não é algo
novo. Começou a florescer de forma
sistematizada devido à influência do
racionalismo de Descartes eSpinoza,
nos séculos XVII e XVIII, que redun-
dou no iluminismo. O liberalismo
opunha-se ao racionalismo extrema-
do do iluminismo. Segundo Michael
D. Palmer, "o Iluminismo é um mo-
vimento filosófico do século XVIII,
com ênfase no livre uso da razão, no
método empírico da ciência e no
questionamento das doutrinas e va-
lores tradicionais."
A teologia liberal opõe-se a teo-
rias fixas sobre a inspiração das Es-
crituras, favorecendo o uso da crí-
tica histórica. Não obstante a Bíblia
ser escrita por homens, sua inspi-
ração é plenamente divina. Cânon,
quer dizer "medida exata1', ou seja,
esta é uma palavra inspirada por
Deus e cheia de autoridade.
Estamos vivendo uma época onde
estão em evidência várias doutrinas
contrárias à Palavra de Deus. É pre-
42 Lições Bíblicas
ciso estar atento! O liberalismo teo-
lógico tem se infiltradona ortodoxia
cristã de modo sorrateiro, com uma
roupagem moderna c sutil, tendo
aparência de verdade. Aigreja do Se-
nhor não pode abrir espaço ou bre-
chas para o liberalismo, pois acaba-
rá perdendo sua autoridade, deixan-
do de ser "sal e luz". Ahistória pode
provar que aonde o liberalismoteo-
lógico chega, a Igreja perde acomu-
nhão com o Pai. A Palavra de Deus
alerta: "Quem tem ouvidos ouça o
que o Espíritodiz às igrejas".
ORIENTAÇÃO D10ATICA
Por meio desta lição, você terá
uma oportunidade ímpar de cons-
cientizar seus alunos de que o
relativismo pós-moderno tem pro-
porcionado o avanço da teologia li-
beral, que reúne as mais diferentes
tendências. Então, explique o signi-
ficado da palavra teologia (do gr.
Theos "Deus" e logos "estudo"),
que, é a ciência da religião e das
coisas divinas. Para que seus alunos
tenham uma melhor compreensão
da teologia liberal, é imprescindí-
vel conhecer outras correntes ou
tendências teológicas.Reproduza o
quadro abaixo de acordo com os
recursos de que você dispõe.
INTRODUÇÃO
Os falsos ensinos e o relativismo
do movimento filosófico pós-moder-
nista ensejam um ambiente extrema-
mente propício para o avanço da teo-
logia liberal, com suas muitas ramifi-
cações e tendências, cujo alvo princi-
pal é a perversão da santa féevangé-
lica. NoSalmon_.3, a palavra deDeus
para Davi, assim se expressa; "Naver-
dade que já os fundamentos se trans-
tornam: que pode fazer < 'usto?"
Nesse" dias < e ataqv-.-s constan-
tes à Pai; vra da Verdade ^Ef 1.13;
Cl 1.5j_2 Tm_2.15; TgJJ_8), mais"ê
mais os nossos apologistas cristãos
e defensores da fé, tais quais nos
primeiros séculos da história da
Igreja, devem levantar com ousadia
suas vozes para reafirmar os postu-
lados da nossa santíssima fé em
Cristo, seguindo o exemplo do após-
tolo Paulo, que assim escreveu;
CORRENTES TEOLÓGICAS
TEOLOGIA BÍBLICA
TEOLOGIA CATÓLICA
TEOLOGIAPROTESTANTE
TEOLOGIA NATURAL
Estuda as Doutrinas do Velho e Novo Testamentos.
Considera a Palavra de Deus inerrante.
Estuda as teologias moral, bíblica e patrística de acordo
com a interpretação dos pais da Igreja.
Enfatiza o retorno às origens e a reinterpretação das
Escrituras. Seus temas principais são: somente as
Escrituras, Cristo, a fé e a graça.
Busca o conhecimento de Deus baseada na criação e
na razão humana.
s?
Lições Bíblicas 43
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias
A igreja diante dos desafios dos últimos dias

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Adoracao - O Presente do Homem Para Deus - Palestra
Adoracao - O Presente do Homem Para Deus - PalestraAdoracao - O Presente do Homem Para Deus - Palestra
Adoracao - O Presente do Homem Para Deus - PalestraLevi de Paula Tavares
 
Liberalismo Teológico - Seitas e Heresias
Liberalismo Teológico - Seitas e HeresiasLiberalismo Teológico - Seitas e Heresias
Liberalismo Teológico - Seitas e HeresiasLuan Almeida
 
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do Obreiro
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do ObreiroCETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do Obreiro
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do ObreiroEdnilson do Valle
 
Métodos de Estudo Bíblico
Métodos de Estudo BíblicoMétodos de Estudo Bíblico
Métodos de Estudo BíblicoLeialdo Pulz
 
Pentateuco (lições 1 e 2) - EETAD - Pr Gesiel de Souza Oliveira
Pentateuco (lições 1 e 2) - EETAD - Pr Gesiel de Souza OliveiraPentateuco (lições 1 e 2) - EETAD - Pr Gesiel de Souza Oliveira
Pentateuco (lições 1 e 2) - EETAD - Pr Gesiel de Souza OliveiraGesiel Oliveira
 
SLIDES PARA CULTO INFANTIL / TEMA:Filhos de Deus
SLIDES PARA CULTO INFANTIL / TEMA:Filhos de Deus SLIDES PARA CULTO INFANTIL / TEMA:Filhos de Deus
SLIDES PARA CULTO INFANTIL / TEMA:Filhos de Deus Lé Souza
 
Panorama do NT - 1Timóteo
Panorama do NT - 1TimóteoPanorama do NT - 1Timóteo
Panorama do NT - 1TimóteoRespirando Deus
 
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTO
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTOAPOSTILA DO NOVO TESTAMENTO
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTOEli Vieira
 

Mais procurados (20)

Bibliologia - Introdução - Aula 01
Bibliologia - Introdução - Aula 01Bibliologia - Introdução - Aula 01
Bibliologia - Introdução - Aula 01
 
Símbolos do Espírito Santo
Símbolos do Espírito SantoSímbolos do Espírito Santo
Símbolos do Espírito Santo
 
Adoracao - O Presente do Homem Para Deus - Palestra
Adoracao - O Presente do Homem Para Deus - PalestraAdoracao - O Presente do Homem Para Deus - Palestra
Adoracao - O Presente do Homem Para Deus - Palestra
 
7 a cerimônia de casamento
7 a cerimônia de casamento7 a cerimônia de casamento
7 a cerimônia de casamento
 
Introdução ao Novo testamento
Introdução ao Novo testamentoIntrodução ao Novo testamento
Introdução ao Novo testamento
 
Liberalismo Teológico - Seitas e Heresias
Liberalismo Teológico - Seitas e HeresiasLiberalismo Teológico - Seitas e Heresias
Liberalismo Teológico - Seitas e Heresias
 
As sete Igrejas do Apocalipse
As sete Igrejas do ApocalipseAs sete Igrejas do Apocalipse
As sete Igrejas do Apocalipse
 
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do Obreiro
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do ObreiroCETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do Obreiro
CETADEB - Lição 4 e 5 - O Preparo do Obreiro
 
Apocalipse
ApocalipseApocalipse
Apocalipse
 
Métodos de Estudo Bíblico
Métodos de Estudo BíblicoMétodos de Estudo Bíblico
Métodos de Estudo Bíblico
 
Tipologia aula 1
Tipologia aula 1Tipologia aula 1
Tipologia aula 1
 
Doutrina de deus
Doutrina de deusDoutrina de deus
Doutrina de deus
 
Treinamento obreiros e auxiliares
Treinamento obreiros e auxiliaresTreinamento obreiros e auxiliares
Treinamento obreiros e auxiliares
 
Pentateuco (lições 1 e 2) - EETAD - Pr Gesiel de Souza Oliveira
Pentateuco (lições 1 e 2) - EETAD - Pr Gesiel de Souza OliveiraPentateuco (lições 1 e 2) - EETAD - Pr Gesiel de Souza Oliveira
Pentateuco (lições 1 e 2) - EETAD - Pr Gesiel de Souza Oliveira
 
SLIDES PARA CULTO INFANTIL / TEMA:Filhos de Deus
SLIDES PARA CULTO INFANTIL / TEMA:Filhos de Deus SLIDES PARA CULTO INFANTIL / TEMA:Filhos de Deus
SLIDES PARA CULTO INFANTIL / TEMA:Filhos de Deus
 
Bibliologia
BibliologiaBibliologia
Bibliologia
 
Origem do Domingo.pps
Origem do Domingo.ppsOrigem do Domingo.pps
Origem do Domingo.pps
 
Panorama do NT - 1Timóteo
Panorama do NT - 1TimóteoPanorama do NT - 1Timóteo
Panorama do NT - 1Timóteo
 
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTO
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTOAPOSTILA DO NOVO TESTAMENTO
APOSTILA DO NOVO TESTAMENTO
 
A mulher virtuosa
A mulher virtuosaA mulher virtuosa
A mulher virtuosa
 

Destaque

260650469 jesus-cristo-licoes-biblicas-cpad-2t1994
260650469 jesus-cristo-licoes-biblicas-cpad-2t1994260650469 jesus-cristo-licoes-biblicas-cpad-2t1994
260650469 jesus-cristo-licoes-biblicas-cpad-2t1994antonio ferreira
 
Liçoes biblicas 2° trimestre 2012
Liçoes biblicas 2° trimestre 2012Liçoes biblicas 2° trimestre 2012
Liçoes biblicas 2° trimestre 2012jose filho
 
kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus
  kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus   kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus
kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus antonio ferreira
 
Juvenis lição 12 - 2° trimestre 2015
Juvenis   lição 12 - 2° trimestre 2015Juvenis   lição 12 - 2° trimestre 2015
Juvenis lição 12 - 2° trimestre 2015Joel Oliveira
 
Prenúncio do tempo do fim
Prenúncio do tempo do fimPrenúncio do tempo do fim
Prenúncio do tempo do fimMoisés Sampaio
 
A providência divina na fidelidade humana
A providência divina na fidelidade humanaA providência divina na fidelidade humana
A providência divina na fidelidade humanaMoisés Sampaio
 
O ministério do profeta
O ministério do profetaO ministério do profeta
O ministério do profetaMoisés Sampaio
 
Família, criação de Deus
Família, criação de DeusFamília, criação de Deus
Família, criação de DeusMoisés Sampaio
 
A Igreja na Grande Tribulação
A Igreja na Grande TribulaçãoA Igreja na Grande Tribulação
A Igreja na Grande Tribulaçãowww.osEXgays.com
 
O propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituaisO propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituaisMoisés Sampaio
 

Destaque (20)

260650469 jesus-cristo-licoes-biblicas-cpad-2t1994
260650469 jesus-cristo-licoes-biblicas-cpad-2t1994260650469 jesus-cristo-licoes-biblicas-cpad-2t1994
260650469 jesus-cristo-licoes-biblicas-cpad-2t1994
 
Liçoes biblicas 2° trimestre 2012
Liçoes biblicas 2° trimestre 2012Liçoes biblicas 2° trimestre 2012
Liçoes biblicas 2° trimestre 2012
 
kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus
  kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus   kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus
kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus
 
Jesus e o dinheiro
Jesus e o dinheiroJesus e o dinheiro
Jesus e o dinheiro
 
A Igreja está em grande perigo...
A Igreja está em grande perigo...A Igreja está em grande perigo...
A Igreja está em grande perigo...
 
Crescente fé
Crescente féCrescente fé
Crescente fé
 
Juvenis lição 12 - 2° trimestre 2015
Juvenis   lição 12 - 2° trimestre 2015Juvenis   lição 12 - 2° trimestre 2015
Juvenis lição 12 - 2° trimestre 2015
 
Prenúncio do tempo do fim
Prenúncio do tempo do fimPrenúncio do tempo do fim
Prenúncio do tempo do fim
 
A providência divina na fidelidade humana
A providência divina na fidelidade humanaA providência divina na fidelidade humana
A providência divina na fidelidade humana
 
Dons de poder
Dons de poderDons de poder
Dons de poder
 
Dons de revelação
Dons de revelaçãoDons de revelação
Dons de revelação
 
O ministério do pastor
O ministério do pastorO ministério do pastor
O ministério do pastor
 
E deu dons aos homens
E deu dons aos homensE deu dons aos homens
E deu dons aos homens
 
O ministério do profeta
O ministério do profetaO ministério do profeta
O ministério do profeta
 
70 semanas-de-daniel
70 semanas-de-daniel70 semanas-de-daniel
70 semanas-de-daniel
 
Deus é um delírio?
Deus é um delírio?Deus é um delírio?
Deus é um delírio?
 
O nascimento de Jesus
O nascimento de JesusO nascimento de Jesus
O nascimento de Jesus
 
Família, criação de Deus
Família, criação de DeusFamília, criação de Deus
Família, criação de Deus
 
A Igreja na Grande Tribulação
A Igreja na Grande TribulaçãoA Igreja na Grande Tribulação
A Igreja na Grande Tribulação
 
O propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituaisO propósito dos dons espirituais
O propósito dos dons espirituais
 

Semelhante a A igreja diante dos desafios dos últimos dias

Boletim 485 - 29/05/16
Boletim 485 - 29/05/16Boletim 485 - 29/05/16
Boletim 485 - 29/05/16stanaami
 
Vida Pastoral - março-abril de 2021 – ano 62 – número 338
Vida Pastoral - março-abril de 2021 – ano 62 – número 338Vida Pastoral - março-abril de 2021 – ano 62 – número 338
Vida Pastoral - março-abril de 2021 – ano 62 – número 338Bernadetecebs .
 
Boletim 492 - 17/07/16
Boletim 492 - 17/07/16Boletim 492 - 17/07/16
Boletim 492 - 17/07/16stanaami
 
Revista Vida Pastoral - Novembro 2014
Revista Vida Pastoral - Novembro 2014Revista Vida Pastoral - Novembro 2014
Revista Vida Pastoral - Novembro 2014Bernadetecebs .
 
Internet vida.pastoral_304
Internet  vida.pastoral_304Internet  vida.pastoral_304
Internet vida.pastoral_304Sergio Souza
 
Boletim bimba 25-03-2018
Boletim bimba    25-03-2018Boletim bimba    25-03-2018
Boletim bimba 25-03-2018Debora Teixeira
 
Boletim 710 - 06/12/20
Boletim 710 - 06/12/20Boletim 710 - 06/12/20
Boletim 710 - 06/12/20stanaami
 
Vida Pastoral - Março abril-de-2014
Vida Pastoral - Março abril-de-2014Vida Pastoral - Março abril-de-2014
Vida Pastoral - Março abril-de-2014Bernadetecebs .
 
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 01/10/18
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 01/10/18Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 01/10/18
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 01/10/18Igreja Presbiteriana Jardim de Oração
 
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 10/12/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 10/12/17Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 10/12/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 10/12/17Igreja Presbiteriana Jardim de Oração
 
Revista Vida Pastoral - Janeiro fevereiro-de-2014
Revista Vida Pastoral - Janeiro fevereiro-de-2014Revista Vida Pastoral - Janeiro fevereiro-de-2014
Revista Vida Pastoral - Janeiro fevereiro-de-2014Bernadetecebs .
 
Boletim Jovem Abril 2014
Boletim Jovem Abril 2014Boletim Jovem Abril 2014
Boletim Jovem Abril 2014willams
 
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 15/10/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração -  15/10/17Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração -  15/10/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 15/10/17Igreja Presbiteriana Jardim de Oração
 
Boletim Jovem Março 2014
Boletim Jovem Março 2014Boletim Jovem Março 2014
Boletim Jovem Março 2014willams
 

Semelhante a A igreja diante dos desafios dos últimos dias (20)

Boletim 485 - 29/05/16
Boletim 485 - 29/05/16Boletim 485 - 29/05/16
Boletim 485 - 29/05/16
 
Vida Pastoral - março-abril de 2021 – ano 62 – número 338
Vida Pastoral - março-abril de 2021 – ano 62 – número 338Vida Pastoral - março-abril de 2021 – ano 62 – número 338
Vida Pastoral - março-abril de 2021 – ano 62 – número 338
 
Boletim 492 - 17/07/16
Boletim 492 - 17/07/16Boletim 492 - 17/07/16
Boletim 492 - 17/07/16
 
Revista Vida Pastoral - Novembro 2014
Revista Vida Pastoral - Novembro 2014Revista Vida Pastoral - Novembro 2014
Revista Vida Pastoral - Novembro 2014
 
Internet vida.pastoral_304
Internet  vida.pastoral_304Internet  vida.pastoral_304
Internet vida.pastoral_304
 
Boletim 673.pdf
Boletim 673.pdfBoletim 673.pdf
Boletim 673.pdf
 
Boletim bimba 25-03-2018
Boletim bimba    25-03-2018Boletim bimba    25-03-2018
Boletim bimba 25-03-2018
 
Boletim 710 - 06/12/20
Boletim 710 - 06/12/20Boletim 710 - 06/12/20
Boletim 710 - 06/12/20
 
Boletim 22 09
Boletim 22 09Boletim 22 09
Boletim 22 09
 
Boletim Dominical 22-09
Boletim Dominical 22-09Boletim Dominical 22-09
Boletim Dominical 22-09
 
Boletim 16 ago 2015
Boletim 16 ago 2015Boletim 16 ago 2015
Boletim 16 ago 2015
 
Copia de jornal jul ago-2013 pdf (1)
Copia de jornal jul ago-2013 pdf (1)Copia de jornal jul ago-2013 pdf (1)
Copia de jornal jul ago-2013 pdf (1)
 
Anuario da Prelazia
Anuario da Prelazia Anuario da Prelazia
Anuario da Prelazia
 
Vida Pastoral - Março abril-de-2014
Vida Pastoral - Março abril-de-2014Vida Pastoral - Março abril-de-2014
Vida Pastoral - Março abril-de-2014
 
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 01/10/18
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 01/10/18Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 01/10/18
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 01/10/18
 
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 10/12/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 10/12/17Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 10/12/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 10/12/17
 
Revista Vida Pastoral - Janeiro fevereiro-de-2014
Revista Vida Pastoral - Janeiro fevereiro-de-2014Revista Vida Pastoral - Janeiro fevereiro-de-2014
Revista Vida Pastoral - Janeiro fevereiro-de-2014
 
Boletim Jovem Abril 2014
Boletim Jovem Abril 2014Boletim Jovem Abril 2014
Boletim Jovem Abril 2014
 
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 15/10/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração -  15/10/17Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração -  15/10/17
Boletim Informativo da Igreja Presbiteriana Jardim de Oração - 15/10/17
 
Boletim Jovem Março 2014
Boletim Jovem Março 2014Boletim Jovem Março 2014
Boletim Jovem Março 2014
 

Mais de antonio ferreira

A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria
 A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria  A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria
A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria antonio ferreira
 
Don gossett há poder em suas palavras
Don gossett   há poder em suas palavrasDon gossett   há poder em suas palavras
Don gossett há poder em suas palavrasantonio ferreira
 
como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento
  como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento  como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento
como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamentoantonio ferreira
 
jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo
  jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo  jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo
jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigoantonio ferreira
 
evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell
 evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell
evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowellantonio ferreira
 
Características do sacerdócio de samuel
Características do sacerdócio de samuelCaracterísticas do sacerdócio de samuel
Características do sacerdócio de samuelantonio ferreira
 
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabel
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabelCaracteristicas da pessoa sob influência de jezabel
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabelantonio ferreira
 
Campanha obede edom terceira semana
Campanha obede edom terceira semanaCampanha obede edom terceira semana
Campanha obede edom terceira semanaantonio ferreira
 
Buscar me-eis e me achareis
Buscar me-eis e me achareisBuscar me-eis e me achareis
Buscar me-eis e me achareisantonio ferreira
 
Benefícios da obediência
Benefícios da obediênciaBenefícios da obediência
Benefícios da obediênciaantonio ferreira
 
Benção e maldição ml 1
Benção e maldição ml 1Benção e maldição ml 1
Benção e maldição ml 1antonio ferreira
 
Benção das alianças 2010
Benção das alianças 2010Benção das alianças 2010
Benção das alianças 2010antonio ferreira
 
Avidaquevence 110324204737-phpapp02
Avidaquevence 110324204737-phpapp02Avidaquevence 110324204737-phpapp02
Avidaquevence 110324204737-phpapp02antonio ferreira
 

Mais de antonio ferreira (20)

A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria
 A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria  A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria
A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria
 
Don gossett há poder em suas palavras
Don gossett   há poder em suas palavrasDon gossett   há poder em suas palavras
Don gossett há poder em suas palavras
 
como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento
  como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento  como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento
como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento
 
jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo
  jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo  jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo
jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo
 
evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell
 evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell
evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell
 
Carta de amor de deus
Carta de amor de deusCarta de amor de deus
Carta de amor de deus
 
Características do sacerdócio de samuel
Características do sacerdócio de samuelCaracterísticas do sacerdócio de samuel
Características do sacerdócio de samuel
 
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabel
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabelCaracteristicas da pessoa sob influência de jezabel
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabel
 
Cara de leão
Cara de leãoCara de leão
Cara de leão
 
Campanha obede edom terceira semana
Campanha obede edom terceira semanaCampanha obede edom terceira semana
Campanha obede edom terceira semana
 
Buscar me-eis e me achareis
Buscar me-eis e me achareisBuscar me-eis e me achareis
Buscar me-eis e me achareis
 
Caminho no meio do mar
Caminho no meio do marCaminho no meio do mar
Caminho no meio do mar
 
Benefícios da obediência
Benefícios da obediênciaBenefícios da obediência
Benefícios da obediência
 
Bençãos em cristo
Bençãos em cristoBençãos em cristo
Bençãos em cristo
 
Benção e maldição ml 1
Benção e maldição ml 1Benção e maldição ml 1
Benção e maldição ml 1
 
Benção das alianças 2010
Benção das alianças 2010Benção das alianças 2010
Benção das alianças 2010
 
Avidaquevence 110324204737-phpapp02
Avidaquevence 110324204737-phpapp02Avidaquevence 110324204737-phpapp02
Avidaquevence 110324204737-phpapp02
 
Benção apostólica
Benção apostólicaBenção apostólica
Benção apostólica
 
Autoridade
AutoridadeAutoridade
Autoridade
 
Autoridade espiritual
Autoridade espiritualAutoridade espiritual
Autoridade espiritual
 

A igreja diante dos desafios dos últimos dias

  • 1. www.cpad.com.br/escoladominical l$l- Av ' i? CPAD Jovens e Adultos 4° trimestre de 2005 f agora, ^4 resposta cristãpara tempos de crise e calamidade moral ^ sk
  • 2. O que você tem feitoj. • j», -. - . ' • ' . - ' dar o FE CRISTÃ, Pos-Hodernismo Fé Cristã e Pós-Modernismo Geremias do Couto A te cristã não foge à lógica da razão, tem raciocínio honesto e é perfeitamente coerente com o entendimento humano. Este livro faz uma análise da fé cristã no contexto da pós-modernidade e discorre sobre o grande desafio para os dias atuais: a necessidade inadiável de se conhecer a sociedade em que vivemos e compreender de que forma podemos cumprir o nosso papel como sal da terra e luz do mundo. Formato: 14 1 cm ©Ó v<r7HU y^ E Agora, como Viveremos? Charles Colson & Nancy Pearcey Uma obra de grande conteúdo espiritual e também um grande desafio. Um livro que irá sacudir mentes e corações. Os autores tratam, com incrível firmeza, dos conceitos éticos que falam da nossa responsabilidade diante deste mundo caótico. Elequestiona sobre o que cremos e se fazemos diferença neste mundo. Para que sejamos verdadeiros cristãos, precisamos lutar pelos conceitos c valores sociais e morais estabelecidos por Deus na sua Santa Palavra. Nas livrarias evangélicas ou pelo Formato: isPx23cm 0300-789-7172 w w w . c p a d . c o m . b r AGORA COMO VIVEREMOS?
  • 3. coesH-í • Bíblicas Comentário: GEREMIAS DOCOUTO Consultor Doutrinário e Teológico: ANTÓNIO GILBERTO Lições do 4° Trimestre de 2005 SUMÁRIO Lição l A igreja ante os desafios dos últimos dias Lição 2 O mundo sem Deus vai de mal a pior Lição 3 A atuação maligna no movimento pós-moderno Lição 4 Â divinização do homem ante a soberania de Deus Lição 5 O relativismo moral predominante no mundo Lição 6 A teologia liberal Lição 7 A corrupção da doutrina da regeneração Lição 8 O aborto e a eutanásia Lição 9 A permissividade pessoal e social Lição IO O materialismo e o ateísmo Lição II A secularização da igreja Lição 12 O que a Bíbliadiz sobre os fatos sociais dos últimosdias Lição 13 Como escapar dos males ideológicos dos últimos dias Lições Bíblicas
  • 4. MESTRE Publicação Trimestral da Casa Publicaclora das Assembleias de Deus Av. Brasil, 34,401 - Bangu - CEP21852-000 Rio de Janeiro -RJ Tel.: (21) 2406-7373 - Fax: (21) 2406-7326 Livraria Virtual: http://WWW.cpfldxom.br E-mail: comercial(f'- cpad.coni.br Presidente da Convenção Geral das Assembleias de Deus José Wcllington Be/urra da Costa Presidente do Conselho Administrativo José Wdlington Costa Júnior Dirctor Executivo Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente Financeiro Walter Alves de Azevedo Gerente de Produção Ruy Bergsten Gerente de Publicações Claudionor de Andrade Sctor de Educação Crista Marcos Tuíer Hsdras Cosia lientho Débora Ferreira da Costa Míriam .Mendes Keiche Telma Bueno Capa Projeto Gráfico Eduardo Souza Editoração Eletrônica Marlon Soares Gerente Comercial Cícero da Silva Central de Atendimento Livreiros: (21) 2406-7405 / 2406-7330 / 2406-7329 / 2406-7409/2406-7410/2406-7340/2406-7442/7444 Colportores: 0800-21-7373 (ligação gratuita). Tel.: (21) 2406-7328/2406-7320 Igrejas: (21) 2406-7374 / 2406-7397 / 2406-7451 / 2406-7385 / 2406-7439 / 2406-7445 / 7467 Assinaturas: (21) 2406-7416 / 2406-7418 Ouvidoria ouvidoria(ã>cpad.com.br LOJAS CMD Filiais- AMAZONAS - Rua Barroso, 36 - Centro - 69010-050 - Manaus - AM - Telefax. (92) 622-167S - E-mail: manausticpad.com.br - Gerente: Edgard Pereira dos Santos Júnior BAHIA: Av. António Carlos Magalhães, 4009 - Loja A - 40280- 000 - Iguatcmi - Salvador - BA - Telefax: (71) 2104-5300 - E-mail: BalvsdorOcpad.corn.br - Gerente: Eudes Rocha dos Santos BRASÍLIA - Sclor Comercial Sul - Qd-5, BI.-C, Loja 54 - Galeria Nova Ouvidor - Brasília - DF - 70300-500 Tcleiax: (61) 321-9288 - E-mail: brasilia3cpad.com.br - Geren- te: Severino Joaquim da Silva Filho (Bill) PARANÁ: Rua Senador Xavierda Silva. 450 - 80530-060 - Cen- tro Cívico - Curitiba - PR - Tel.: (41) 222-6G1Z - E-mail: curitiba3cpad.corn.br- Gerente: Josras Paz de Magalhães PERNAMBUCO -Av. Dantas Barreio, 1021- São José - 50020- 000 - Recife - PE - Telefax: (31) 3424-6600 - E-mail: recile(3cpad com.br - Gerente: João Batisía G. da Silva RIO DE JANEIRO: Vicente de Carvalho-Av. Vicente de Carvalho, 1033-Vicente de Carvalho-21210-000-Rio de Janeiro-RJ -Tel.: (21) 2481- 2101 / 2481-2350 - Fax: (21)2481-5913 - E-mail: vicentecarvallioticpad.com.br - Gerente: Maria Madalena Pimentel da Silva Niterói - Rua Auíclino Leal. 47 - lojasA o B - 24020-110 - Centro -Niterói-RJ-Tel.: (21) 2620-4318 / Fax: (21)2621-4038- E- mail: niteroi@cpad.com.br - Gerente: Ricardo dos Santos Silva Nova Iguaçu - Av. Governador Amaral Peixoto. 427 - loja 101 e 103 - 26210-060 - Galeria Veplan - Centro - Mova Iguaçu - RJ - To!.: (21) 2667-4061 / Telefax: (21) 2667-8163 - E-mail: novaiguacuCTcpad.com.br- Gerente Jefferson Freilas SANTA CATARINA: Rua Felipe Schmidt, 752 - Loja 1, 2 e 3 - Edifício Bougamvillea - Centro - 88010-002 - Florianópolis - SC - Telefax: (48) 225-3923/225-1128 - E-mail:flofipaGcpad.com.br - Gerente: Max Leal dos Santos SÃO PAULO - Rua Conselheiro Cotegipe, 210 - 03058-000 - Belenzinho - SP - Telelax: (11) 6292-1677 - E-mail: saopaulo@cpad.com.br - Gerente: Paulo GilDerto Baungratz MINAS GERAIS - Rua São Paulo, 1371 - Loja 1 - 30170-131 - Centro. Belo Horizonte - MG - Tel.: (31) 3224-5900 - E-mail: bclor-orizonle1''! cpad.com br-Gerente Geziel Vieira Damasccno FLÓRIDA - 3939 Norlh Federai Higír.vay - Pompano Boach. FL 33064-USA-Tel/ (954)941-9588- Fax: (954)941-4034- E- mail: cpadusa3cs.com - Site: http://wwiv.editpatmos.com - Ge- rente: Jonas Mariano Franquias: CEARÁ - Rua Senador Rompeu, 834 loja 27 - Centro - 60025- 000 - Fortaleza - CE - Tel. (85) 3231-3004 - E-mail: cbiblia3ig.corn.br - Gerente: Jeremias Ferreira PARÁ - E.LGOUVEiA - Av. Gov. José Malcher 1579 - Centro - 66060-230 - Belém - PA - Tel.: (91) 222-7965 - E-mail: gouveia@pastorfirmino.com.br -Gerente: Benedito de Moraes Jr. JAPÃO - Gunma-ken - Oura-gun - Oizumi-machi - Sumiyoshi - 18 - 5 - T 370-0521 - Tel.: 090 8942-3669 - E-mail: gesslval3siren.ocn.ne.jp- Gerente: Gessival Rui Barbosa LISBOA-CAPU -Av. Almirante Gago Coutinho 158-Apartado 8129- 1700-Lisboa-Portugal-Tol.: 351 (21)842-9190 Fax: 351 (21) 840-9361 - E-mail: portugal@cpad.com.br - cnpu •'•> capu.pt - Silc1 w.vw.capu p! - Gerente- Silvio lorné da Silva Júnior Distribuidores: MATO GROSSO - Livraria Assembleia de Deus - Av Rubens de Mc-ndonça. 3.500 - Grande Templo - 78040-400 - Centro - Cuiabá - MT - Telefax: (65) 644-2136 - E-mail: heliorap@zaz.com.br- Gerente: Hélio José da Silva MINAS GERAIS - Nova Sião - Rua Jarbas L. D. Santos, 1651 - Ij.102-Shopping Santa Cruz - 36013-150 - Juiz de Fora - MG - Tel.: (32) 3212-7248- Gerente: Daniel Ramos de Oliveira ESPÍRITO SANTO - Livraria Belém - Av. Marcos de Azevedo, 205- Vila Rubim- 29020-140 -Vitória -ES -Tel.: (27) 3222-1015 - E-mail: Iivrariabelem@excelsanet.com.br-Gercnlc:Nascimen- to Leão dos Santos SÃO PAULO - SOCEP - Rua Floriano Peixolo, 103 - Centro - Sta. Barbara D'Oeste - SP -13450-970 -Tel.: (19) 3459-2000 - E-mail: vendasCísccep.com.br - Gerente1 António Ribeiro Soares Telemarketing - (0300-789-7172) (de segunda a sexta, das 3h30 às 20h. e aos sábados, das Bh30 às 18h) SAC (Serviço de Atendimento ao Cliente) 0800-701-7373 (de segunda a sexta, das 8 às 18h)
  • 5. Lição l A IGREJA ANTE OS DESAFIOS DOS ÚLTIMOS DIAS 2 de outubro de 2OO5 "Porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na terra, visíveis e invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; tudo foi criado por ele e para ele" (Cl 1.16). Precisamos, quais atalaias do Senhor, anunciar claramente os si- nais dos tempos assim como Jesus fez repetidasvezes. HINOS SUGERIDOS CD Harpa Cristã 77 (vol.3 - f.2), 107 (vol.3 - f.4) e 47. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE 2 TIMÓTEO 3.1-5 1-Sabe, porém, isto: que nos últi- mos dias sobrevirão tempos traba- lhosos; 2 -porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presun- çosos, soberbos, blasfemos, deso- bedientes a pais e mães, ingratos, profanos, Segunda - Cl 1.13-17 O propósito de Deus para a Criação Terça - Gn 1.26-31 O lugar do homem na Criação Quarta - SI 47 Deus em ação através da história Quinta - Jo 17.14-25 O mundo opõe-se a Deus e ao seu povo Sexta -1 Pé 1.23-25 A universalidade dos princípios bíblicos Sábado - Ap 11.15-19 O triunfo final do Reino de Deus Lições Bíblicas
  • 6. 3 -sem afeto natural, irreconciliá- veis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, 4-traidores, obstinados, orgulho- sos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, 5 -tendo aparência de piedade, mas negando aeficácia dela. Destes afas- ta-te. PONTO DE CONTATO Caro professor, nestes três últi- mos trimestres, estudamos impor- tantíssimos temas ligados à Teolo- gia Cristã. O primeiro deles, O Fru- to do Espírito, está vinculado a Pneumagiologia (Doutrina do Espí- rito Santo). O segundo, As Parábo- las de Jesus, está relacionado à Exegese Bíblica, enquanto o tercei- ro, I e IITessalonicenses, ao Comen- tário Bíblico. No quarto e último trimestre deste ano, estudaremos um tema atualíssimo e inédito em Lições Bíblicas. Trata-se de um as- sunto referente à Filosofia e à Fé Cristã intitulado: "E Agora, Como Viveremos?". Será uma excelente ocasião para crescermos na graça e no conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo e compreendermos os grandes desafios culturais,religio- sos e filosóficos de nosso tempo à luz das Escrituras.Reúna-se com os outros professores e debata os te- mas coletivamente, a fim de que juntos possam trocar informações, aprender e chegar a um consenso acerca deste assunto. Após esta aula, seu aluno deve- rá estar apto a: Distinguir a Era Moderna da Pós-moderna. Descrever as principaiscarac- terísticas da pós-modernidade. Aplicar a moral cristã no coti- diano. SÍNTESE TEXTUAL O objetivo principal desta lição é enfatizar que as diretrizes bíblicas para o homem continuam imutá- veis e pertinentes aos dias de hoje, mesmo que o secularismo lute para sufocar a mensagem cristã. O tema da presente lição divi- de-se em três tópicos: descrição das principais características dos tem- pos pós-modernos; os desafios das visões conflitantes de mundo fcosmovisões); e os desafios das interpretações, visões e atitudes provenientes de diferentes culturas (multiculturalismo). No tópico inicial, são apresenta- das duas características dos tempos pós-modernos: a centralização da sociedade no homem (antropocen- trismo) e a ausência de verdades e valores morais absolutos (relativis- mo). No segundo, o modo como os naturalistas compreendem o mun- do (cosmovisão)é contrastado com a teologia criacionista judaico-cris- tã. Segundo esta teoria bíblica, o homem e o mundo foram criados por Deus com um propósito, no en- Lições Bíblicas
  • 7. tanto, conforme os naturalistas, o homem e o mundo são produtos do acaso. Por fim, no terceiro tópico, o multiculturalismo é explicado com o intuito de o crente ser desafiado a expressar sua fé em meio à diver- sidade cultural. ORIENTAÇÃO DIDATICA Professor, a fim de que os alunos compreendam a passagem daModer- nidade para a Pós-modernidade, su- gerimos um Quadro Antitéticoa res- peito desses dois períodos. Como você já sabe, este recurso procura apresentar os contrastes entre dois elementos com o objetivo de ressal- tar suas qualidades opostas. Procure adequar a confecção do gráfico abai- xo aos recursos didáticos de que sua igreja dispõe. Antes de apresentar o gráfico, explique à classe que atualmente os sociólogos e filósofos estão de acor- do que o nosso mundo, principal- mente o Ocidental, está experimen- tando profundas transformações. Isto significa que assim como o mundo passou da Idade Média para a Idade Moderna, estamos passan- do da Modernidade para a Pós- modernidadc. Assegure aos alunos que por ser este um período de tran- sição entre uma era e outra, muitos fatos ainda não estão claros. INTRODUÇÃO O texto bíblico da lição desta semana (2 Tm 3.1-5) tratado modo de proceder de pessoas da igreja que, sob o aparente compromisso com a fé (v.5), fazem dela instru- mento para acobertar seus pecados, usos e práticas reprováveis diante de Deus, na sua conduta pessoal, no seu testemunho, no procedi- mento doméstico, no trato com o Modernismo 1. A verdade é universal e absoluta 2. Propagaçãodo Cristianismo 3. Sociedade industrial 5. Confiança no progresso movido pela tecnologia e indústria 6. Símbolo: A indústria 7. Cultura judaico-cristã Pós-Modernismo 1. A verdade é local e relativa 2. Crescimento das religiões orientais 3. Sociedade de informações 4. Sucessivas guerras desacredita- ram o sonho da modernidade 5. Reconhecimento de que a tecnologia e a indústria estiveram a serviço da destruição do homem e da natureza 6. Símbolo: As novas tecnologias 7.Multiculturalismo LiçõesBíblicas
  • 8. próximo e na sua religião simula- da, como se fosse a verdadeira (Tg 1.21-27). Os tais negam a eficácia da piedade, isto é, da santidade de vida. Tudo isto, por si só, demons- tra os perigos e a gravidade da épo- ca presente. O fato predito no v.5 só pode ocorrer dentro da igreja. Pela vívida descrição bíblica já esboçada, a passagem também re- trata sem retoques a infeliz reali- dade dos tempos pós-modernos, que serão o tema das lições deste trimestre. Nunca ocorreu, em toda a história, uma época semelhante aos dias atuais, onde é nítida a au- sência de valores, a saber, de sen- timento, decoro, vergonha, moral, caráter, respeito e temor de Deus. Tais atributos constituem os verda- deiros alicerces para a vida indivi- dual e em sociedade. Contudo, o que se vê é o menosprezo a quem ainda se apega a esses princípios de vida e conduta estabelecidos por Deus, tidos pelos opositores da fé em Cristo como retrógrados, sem conteúdo ou sentido algum para a presente geração. I. CARACTERÍSTICAS DOS TEMPOS PÓS-MODERNOS Sabemos que a humanidade ex- perimentou diferentes momentos ao longo de sua história, com caracte- rísticas bastante específicas que contribuíram para distinguir de for- ma clara uma época da outra. A Era Moderna, por exemplo, teve como marca o avanço do co- nhecimento humano, o advento da industrialização, a predomi- nância da luta ideológica, a expan- são da fé cristã ao redor do mun- do, a proliferação das seitas e a aceitação das religiões orientais pelo ocidente. Já os tempos pós-modernos, nos quais estamos vivendo, são as- sinalados pelo progresso, mas so- bretudo pelos conflitos e contra- dições oriundas da Era Moderna, e possuem, por isso mesmo, carac- terísticas"bastante peculiares. Pelo Espírito, Paulo, o homem de Deus, viu esses malesda presente era dos "últimos dias" (v.l), que precedem a volta do Senhor, e previne os fi- éis. Em todas essas épocas, e mui- to mais na atual, o homem vive a se gabar do seu grande conheci- mento e de seus feitos tecnoló- gicos. Todavia, ele continua a regredir na verdadeira sabedoria, na retidão e moralidade, em vir- tude de uma vida sem Deus e de progressiva prática do pecado. Ver Rm 3.9-18; Ef 4.17-31. 1. Uma sociedade centrada no homem. Emprimeiro lugar, a sociedade pós-moderna tem como base a célebre declaração de que "o homem é a medida de todas as coi- sas". Isto pressupõe a predominân- cia da filosofia humanista que o co- loca como o centro do Universo em flagrante contraste com o ensino bíblico de que todas as coisas foram criadas para a glória de Deus{Sí 73.25; l Co 10.31; l Pé 4.11). A expressão que melhor se adapta a esse perfil, na leitura bí- blica em classe, é "amantes de si mesmos" (v.2). Tais homens consi- Liçòes Bíblicas
  • 9. deram-se pequenos deuses capazes de impor a própria vontade como se esta fosse completa e suficiente para as realizações humanas. À se- melhança de Satanás {Is 14,12-15), usurpam para si o direito de sobe- rania que pertence exclusivamen- te ao Todo-poderoso. 2. Uma sociedade centrada no relativismo. Em segundo lu- gar, prevalece na sociedade pós-mo- derna o relativismo. Sob essa ótica, não há lugar para os valores absolu- tos, isto é, os princípios e ensinos imutáveis da Palavra de Deus, váli- dos para "todas as pessoas, em qual- quer época e em todos os lugares". Estes são qualificadoscomo impró- prios por aqueles que vivem ao sa- bor de suas concupiscências e são prisioneiros do contexto e das con- venções sociais do momento, pois "tolhem" a liberdade de tais pesso- as (Rm 1.18-32). Não havendo, segundo a visão humanista pós-moderna, um pa- drão normativo universal, abre-se um precedente para a desordem moral e social tão em voga no mundo contemporâneo. Cada um faz o que melhor lhe parece, ao fi- xar suas próprias normas de con- duta. Afinal, como apregoam os que vivem na zona cinzenta, onde o cer- ro e o errado se confundem, onde tudo é relativo (Gn 19.1-11; Jz 2.11; 3.7; 4.1; 10.6), não há nenhuma lei superior que lhes diga o que fazer. O que lhes importa é priori/ar o hedonismo. O prazer e a alegria dos tais são ilusórios e pecaminosos, porquanto não provêm de Deus (v.4 da leitura bíblica em classe). II. O DESAFIO DAS COSMOVISÕES DA HUMANIDADE O quadro caótico tão bem des- crito pelo apóstolo Paulo na leitu- ra bíblica em classe retrata o com- portamento da sociedade nos últi- mos dias. É o resultado da forma como as pessoas vêem o mundo.A isso chamamos cosmovisão. Em li- nhas gerais, a cosmovisão de cada indivíduo se constrói a partir de sua herança cultural, religiosa e so- cial. Se tal pessoa conhece a Deus, teme a Ele e vive para Ele, é tudo muito diferente. O legado recebi- do pelo homem desde a sua infân- cia influencia o modo como ele se relacionará com o mundo (Pv. 22.6). Há duas grandes cosmo- visões em conflito. 1. A cosmovisão naturalis- ta. Esta primeira forma de o ser humano considerar o universo é humanista, antibíblica e anticristã. Ela exclui Deus como o Criador de todas as coisas e acredita que oUni- verso e o homem são produto do acaso. Seus seguidores são avessos ao conceito da soberania divina e tratam a existência da humanida- de como decorrente da evolução das espécies, o que significa igua- lar a espécie humana a qualquer outra. Assim, a criação do homem para os tais não provém de Deus, mas de fenómenos aleatórios. Isso é fruto da ignorância e do embrute- cimento do homem como resulta- LiçÕes Bíblicas
  • 10. do do seu afastamento e abandono de Deus. É a lei da sementeira e colheita (Gl 6.7-9). 2. A cosmovisão judaico- cristã. Os pontos principais da cosmovisão judaico-cristã proce- dem das Sagradas Escrituras:Deus é o Criador de todas as coisas (Gn 1.1), há um propósito soberano em toda a obra criada (Cl 1.13-17; Pv 16.14; Is 43.7; Rm 11.36) e leis morais como padrão de conduta para todo o ser humano (Êx 13.9; Mt 5, 6 e 7). Por ser fruto da revelação bíbli- ca, esta cosmovisão é questionada por aqueles que excluem Deus da história. "Se o mundo existe inde- pendente de um Criador - afirmam - nenhuma reivindicação de plane- jamento e propósito para oUniver- so e o homem faz sentido". Contu- do, a cosmovisão judaico-cristã é a única que explica com lógica per- feita a criação de todas as coisas e retrata na exata perspectiva a exis- tência humana (Jó 12.9,10; At 17.24-26). Por que, então, os homens pre- ferem o tortuoso caminho da cosmovisão naturalista, ímpia, in- crédula e herética para explicar o mundo? Porque o "deus deste sé- culo" cegou-lhes a mente a fim de que não compreendam a verdade da revelação divina (2 Co 4.4). Não é de estranhar, portanto, que a humanidade esteja como está, na podridão moral, pois são pes- soas com essa visão do mundo (a cosmovisão naturalista) que ocu- pam lugares estratégicos na for- mulação do pensamento nortea- dor da vida em sociedade (l Jo 5.19). III. O DESAFIO DO MULTICULTURAL1SMO 1. A essência do multicul- turalismo. Umoutro desafio para o autêntico cristão da atualidade é o do multiculturaíismo,que é, em essência, a assimilação mútua de modelos culturaisdiversos entre os povos em virtude do fenómeno mundial da globalização. Saiba-se que por trás do multi- culturaíismo está camuflado o pa- ganismo ímpio e hostil a Deus, a negação dos valores divinos e a te- oria maldita e sutil da verdade re- lativa. O multiculturaíismo deixa claro que não há nenhuma verda- de universal. Asverdades são par- ticulares e relativas e cada povo tem a sua forma de acatá-las e expressá-las, contradizendo, assim, abertamente a verdade de Deus (Rm 1.24,25). 2. A fé cristã e o multicul- turaíismo. Surge, então, a grande pergunta: como expressar a fé bí- blica e cristã em meio ao generali- zado multiculturaíismopós-moder- no? Emborao quadro que acabamos de pintar mostre uma realidade re- pulsiva e reprovável, Deus nos cha- mou para viver a fé cristã nesta épo- ca da história. Precisamos discernir em cada cultura aquilo que é "bí- blico, extrabíblico e antibíblico", e equiparmo-nos com os necessários e devidos meiose instrumentos para a proclamação da verdade divina Lições Bíblicas
  • 11. sob a unção do Espírito Santo que nos capacita para isso. CONCLUSÃO Os desafios do pós-modernis- mo estão aí em resumo. Nas pró- ximas lições, veremos os seus des- dobramentos a fim de que nossa mensagem seja pertinente ao mundo contemporâneo. Que o crente não se contamine no seu múltiplo convívio entre os seus se- melhantes, nem venha a negar a eficácia de nossa santíssima fé (v.5; Jd v.20). Subsídio Histórico A expressão "pós-modernidade" tornou-se jargão entre pregadores e professores que na maioria das ve- zes ignoram o sentido filosófico do termo. Alguns teóricos falam em pós- modernidade para se referirem àcri- se do capitalismo e do socialismoen- tre o fim da 2a Guerra Mundial (1939-1945) e o início da década de 50. Contudo,o termo é usado a fim de identificara fase posterior ao mo- dernismo. Atualmente, aPós-moder- nidade é entendida em duas pers- pectivas: como anti-modernidade e como sobre-modernidade. A pós- modernidade como anti-moderni- dade é um movimentode dcsconti- nuidade — uma ruptura completa com todos os postulados da EraMo- derna; considerando os pressupos- tos e teses desta como mitos e pro- fetizando sua descentralizaçãoe ru- ína. Após-modernidade como sobre- modernidade, entretanto, considera os aspectos positivos da moderni- dade, suas conquistas e projetos. Contudo, procura corrigir seus ex- cessos fazendo uma crítica aos mi- tos da modernidade, isto é, do pro- gresso, do avanço tecnológico e ci- entífico como necessários a uma exis- tência mais feliz na terra. Enquanto a anti-modernidadc procura a com- pleta ruptura com a modernidade, a sobre-modernidade procura redirecioná-la. O modernismo, como atualmen- te entendido, rompeu com a Idade Média e se opôs à estética tradicio- nal e à metafísica clássica. O pós- modernismo, por outro lado, é ecletico, pluralista e misturatendên- cias opostas. O conflito da pós-modernidade, portanto, não afeta apenas a socie- dade secularizada, influenciada pelo humanismoanticristão. Como crise de nossa contemporaneidade, afeta na rai/ a consciênciareligio- sa e teologal da cristandade. Mais que um desafio, a Era Pós-moder- na é um movimento de desconti- nuidade da modernidade que não pode ser ignorado, mas compreen- dido e avaliado segundo a ótica cristocêntrica." (BENTHO, Esdras Costa. Humanismo pós-moderno: um desafio à educação Cristã. Ensinador Cristão. Ano 6 - n° 23, p.49-50.) Leia mais Revista Ensinador Cristão , n"24,pág. 36. Lições Bíblicas
  • 12. Cosmovisão: Conjunto de conceitos, crenças e valoresde que uma pessoa se utiliza para compre- ender e formar sua opinião parti- cular a respeito de si, dos outros, e do mundo. Hedonismo: Teoria que con- sidera o prazer individual e imedi- ato como princípio e fim da vida moral. Multiculturalismo: Teoria que admite e ensina o reconheci- mento da diversidade cultural e o respeito pelas crenças, valores eati- tudes dos outros. Relativismo: Teoria que nega a existência de verdades universais absolutas, seja na área do conheci- mento, da moral ou da religião. Relativo: (,Hie não é absoluto; sujeito a discussões; inacabado. : 1 t- ifí 1 h > 1 l S COUTO, Geremias do. Fé Cristã e Pós-modernidade. CPAD, 2005. ,/ PALMER, Michael D. (ed.) Pano- rama do pensamento cristão. CPAD, 2001. QUESTIONÁRIO 1. Mencione algumas características dos tempos pós-modernos. R. Uma sociedade centrada no homem e no relativismo. 2. O que é cosmovisão naturalista? R. É uma forma humanista, antibiblica e anticristã do ser humano considerar o universo. 3. Cite os principais pontos ciacosmovisão judaico-cristã. R. Deus c o Criador de todas as coisas;há um propósito soberano em toda aobracriada eleismorais comopadrão de conduta para todo o ser humano. 4. O que é o multiculturalismo? R. A assimilação mútua de modelos culturais diversos entre os povos em virtude do fenómeno mundial da globalização. 5. Como expressar nossa fé bíblica e cristã na atualidade<' R. Precisamos discernir em cada cultura aquilo que é "bíblico, extrabíblico e antibíblico", c equiparmo-nos com os necessários meios para a proclamação da Verdade. 10 LiçõesBíblicas
  • 13. Lição 2 O MUNDO SEM DEUS VAI DE MAL A PIOR 9 de outubro de 2OO5 "A quem tenho eu no céu senão a ti?E na terra não há quem eu deseje além de ti" , (SI 73.25). X^ y Ocrente, como sal da terra eluz do mundo, deve demonstrar à so- ciedade pós-moderna, através de seu testemunho, a maravilhosa transformação efetuada por Cristo em sua vida. HINOS SUGERIDOS CD Harpa Cristã 131 (vol.3 - f.10), 260 e 400. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE SALMO 53.1-4 1 - Disse o néscio no seu coração: Não háDeus. Têm-se corrompido e têm cometido abominável iniqui- dade; não há ninguém que faça o bem. 2 -Deus olhou desde os céus para os filhos dos homens, paraverse havia Segunda - SI 73 Deus c justo para com o homem Terça - Io 3.16 Deus se interessa pelo homem Quarta - Io 31.1-4 x Deus acompanha os passos do homem Quinta - 2 Sm 22.1-51 Deus fortalece o homem que nEle confia Sexta - Mt 1.18-21 ^ Deus se identifica com o homem Sábado - Lc 15.1-32 Deus está em busca do homem Lições Bíblicas 11
  • 14. algum que tivesse entendimento e buscasse a Deus. 3 -Desviaram-se todos e juntamen- te se fizeram imundos; não háquem faça o bem,não há sequer um. 4 -Acaso não têm conhecimento es- tes obreiros dainiquidade, os quais comem omeu povo como se comes- sem pão? Eles não invocam a Deus. ONTO DE CONTATQ Professor, como foi a primeira aula? Como os alunos reagiram ao novo tema? Estranharam os termos técnicos? Como você sabe, a lingua- gem específica de uma disciplina é um dos maiores desafios para compreendê-la. Entretanto, você pode elaborar com a classe um "glossário humorado". Sugira idei- as e ilustrações alegres que exem- plifiquem o sentido dos termos relativismo, cosmovisão,multicultu- ralismo etc. Embora esta não seja uma atividadc fácil, envolve uma compreensão adequada do sentido dos termos (abstração), a reformu- lação dos conceitos (reelaboracão) e a materialização do resultado (concretização). Considere, por exemplo, a caricatura de um homem no centro do globo para exempli- ficar o "antropocentrismo" ou uma balança com dois pêndulos para ilustrar o relativismo. ('Ss esta aula, seu aluno deve- rá estar apto a: Enunciar as raízes do pensa- mento pós-moderno. Resumir os conceitos morais e religiosos da pós-modernidade. Contrastar o estilo de vida pós-moderno com a Bíblia. SÍNTESE TEXTUAL Esta lição apresenta o materia- lismo, a incredulidade e a rebel- dia humana como sendo as raízes do pós-modernismo. O pensamen- to predominante na pós-moderni- dade é outro tópico abordado. Constitui-se principalmente em ne- gar a Deus, suas leis absolutas e a existência dos conceitos de certo e errado, afinal tudo é uma ques- tão de perspectiva, e em valorizar o paganismo. Outro aspecto analisado na li- ção é o estilo de vida pós-moder- no. Por "estilo" entende-se a manei- ra ou modo de se tratar, compor- tar c ser de uma pessoa ou gera- ção. A pós-modernidade, diferente de outras eras, não possui um esti- lo uniforme e coerente seja na filo- sofia, na moral, na religião, na arte ou na arquitetura. Ao contrário, é plural, compraz-se na diversidade e multiplicidade. Une o antigo ao novo, o racional ao sobrenatural, o cientismo às religiões animistas e assim sucessivamente. Além disso, as duas caracterís- ticas marcantes do estilo de vida pós-moderno são o egocentrismo (amantes de si mesmo) c o hedonis- mo (come,bebe e folga). Essas duas particularidades sempre existiram 12 Lições Bíblicas
  • 15. nas épocas anteriores, no entanto, agora são conceituadas e evidenci- adas de maneirasdistintas. ORIENTAÇÃODIDATICA Professor, usaremos mais uma vez o Quadro Antitético como re- curso didático para esta lição. En- tretanto, em vez de contrastar ape- nas a modernidade com após- modernidade, incluiremos a Idade Média. O objetivo principal é apre- sentar as características ou estilos peculiares de cada época, a fim de que haja uma compreensão ade- quada do tema abordado. Repro- duza o gráfico abaixo conforme os recursos de que você dispõe. Se possível, selecione imagens em li- vros de história, internet, revistas ou jornais que ilustrem alguns ele- mentos específicos de cada época. Depois, faça a comparação diante da classe. INTRODUÇÃO Na lição anterior, estudamos so- bre os principais desafios dos tem- pos pós-modernos no tocante às Santas Escrituras, a fé em Cristo e a vida cristã. Vimosque a cosmovisão humana à parte de Deus determina o modo como o povo em geral vê o mundo. Partindo dessa visão geral deformada e deturpada, o homem estrutura suas crenças e formula sua conduta de vida, deixando Deus fora do seu contexto, como se Ele não existisse. Nesta lição,enfocamos principal- mente o pós-modernismo como uma filosofia e um estilo de vida. Sua ên- fase principal, repita-se, é a exclu- são de Deus da história, expressada pelo salmista na leitura bíblica em classe. Como vemos nesse salmo e em numerosos outros passos bíbli- cos, os adeptos da antibíblica cosmo- WiTU.OS lOADííMKOÍA Mon:.:< SÉCULOS Arquiielíira * Rtcionalàmo * Individualismo * Humanismo Descobertas e i revoluções científicas XX-XXI • Estrutura de aço e vidro • Ressalta a cngenho.sidade humana cm vez do espírito rcliiiioso • Descentralização da Religião • Diversidade Religiosa • Declínio do Fundamcnlulismo • Pós-modernismo • Existencialismo • Substituição do trabalho humano pela automatização Era dos direitos:das crianças e dos adolescentes; dos idosos; das minorias étnicas. Desconfiança da razão e da ciência Lições Bíblicas 13
  • 16. visão naturalista, embora se decla- rem sábios, são de mente entene- brecida. Ver cuidadosamente: Pv 3.7; 9.10; 14.15; Is 5.21; 47.10; Jr 4.22; Rm 1.22; l Co 3.19,20; Mt 11.25. I. AS RAÍZES DO PÓS-MODER- NISMO A Bíblia declara em Ec 1.9 que nada há de novo debaixo do sol. O que aparece de novidade são rou- pagens da realidade que se repete desde que Satanás introduziu o pe- cado no mundo. A iniquidade é tão antiga quanto a existência do ho- mem. Mudam os atores, mas o en- redo é o mesmo, apenas com alguns toques sutis de "modernidade". 1. As raízes ancestrais.As- sim, o pós-modernismo tem suas raízes no Éden, quando o homem rebelou-se contra Deus a fim de fa- zer a sua própria vontade. As mar- cas da incredulidade e do materia- lismo aparecem nos primeiros even- tos da história humana, como, por exemplo, na rivalidade de Caim con- tra Abel (Gn4.1-16), bem como nos tempos de Ninrode, com a constru- ção da torre de Babel {Gn 11.1-6). Estão presentes também na su- cessão dos grandes impérios mun- diais vistos por Nabucodonosor como uma grande e esplendorosa estátua em seu sonho (Dn 2.31-45); entretanto, são mostrados por Deus, na visão de Daniel (Dn 7.1-14), como grandes e terríveis monstros por representarem toda a oposição humana contra os desígnios do Altíssimo. Asevidências da rebeldia humana contra Deus, da infância à velhice, de modo velado ou osten- sivo, estão por toda a parte desde os primórdios da criação. 2. As raízes modernas. Na atualidade, as raízes do pensamen- to pós-moderno vêm da denomina- da Era Moderna. Com o avanço do conhecimento humano à parte de Deus, avolumou-se a visão materi- alista, profana e incrédula da vida com todas as nuances que prevale- cem no mundo atual. Em resumo, l y é o homem querendo assentar-se no trono em lugar de Deus. Até So no siástico, como veremos na lição de . número seis, o pós-modernismo en- ' contra guarida. Enquanto houve na Era Moder- na, no âmbito secular, aqueles que pre/avam os fundamentos justos, correios, legítimos, inabaláveis e de inspiração bíblica da cosmovisão ju- daico-cristã como norma de vida, inclusive alguns famosos cientistas e outros tantos intelectuais;outros pro- curavam rechaçar esses alicerces cris- tãos em nome de uma falsa razão que não admitia lugar para a fé em Deus segundo as Escrituras. Na mente de tais indivíduos, o espírito satânico de soberba, presunção, engano e rebel- dia tem um campo para atuar (Is 14.12-15), resultando no quadro que hoje aí está na sociedade em geral, sem Deus, sem salvação. H. A FILOSOFIA PREDOMINAN- '-/ TE NO PÓS-MODERNISMO Qual é a falsa filosofia predomi- nante do pós-modernismo? Quais os conceitos, bem como as conse- 14 Lições Bíblicas
  • 17. qúências desse vírus maldito na sociedade? Que tipo de religiosida- de caracteriza a época presente? Quais são os fundamentos? (). Uma filosofia que nega Deus e suas leis absolutas. A essência do pensamento pós-mo- dernista é a negação de Deus e de seus desígnios fv.l). Embora al- guns homens da ciência admitam que, dada a precisão com que fun- ciona o Universo, seja impossível negar a existência de urna mente superior, os teóricos da astuta cosmovisão naturalista insistem em continuar afirmando: "não há Deus". Eles não cessam de decla- rar que o homem por si mesmo está sempre melhorando, progre- dindo. 1 Só há uma explicação para la- manha insensatez: a negação da existência de Deus é uma forma de escapismo para aqueles que rejei- tam as leis morais divinas como referenciais para a vida e pensam estar livres da prestação de con- tas de seus atos, naquele Dia, di- ante do Grande Tribunal do sobe- rano Deus. Éuma tentativa de ali- viar suas consciências perturba- das. Preferem o estado da imundí- cia a terem de honrar o Criador (vy.23). 2;7Uma filosofia que nega os conceitos de "certo" e "errado". A consequência disso é a privação do discernimento do que é certo e do que é errado. A exatidão desses conceitos deve ter como ponto de partida, não pri- meiramente a inteligência, o raci- ocínio e o julgamento humanos, mas o conteúdo das Sagradas Es- crituras, quando corretamente compreendidas e interpretadas. Não é o que cada um entende como certo ou errado para si mes- mo, ou seja, o que é errado para um pode ser certo para outro e vice-versa. No movimento filosó- fico do pós-modernismo, o concei- to de "certo" e "errado" é uma questão de escolha pessoal. Não custa repetirmos: ignoram os ab- solutos morais de Deus como re- ferência para a vida. Assim, a ideia de família desses tais alienados de Deus não é o mes- mo das Escrituras. O conceito de união conjugal viola os rjadrões bí blicos, que a delimitam como algo restrito ao homem e à sua mulher. A noção de respeito à vida exclui as pessoas gravemente doentes, bem como os nascituros. Eo corpo humano é tratado meramente como uma questão técnica. Tudo é reduzido pura e simplesmente a verdades relativas. . (T) Uma filosofia que va- loriza o paganismo. Opós-mo- dernismo tem um tipo de religio- sidade adequado às suas crenças. É o velho paganismo transvestido de nova roupagem para enganar e dar a ideia de algo novo, uma vez que o povo em geral anda sempre em busca de novidades, da mesma forma que os gregos incrédulos citados em At 17.21. Na tentativa de apaziguar o ser humano em sua necessidade espi- ritual, o panteão pós-modernista Lições Bíblicas 15
  • 18. tem espaço para deuses de todos os tipos, preponderando, hoje, a adoração do que se denominou equivocadamente de "mãe nature- za"; atividade comum ao movi- mento religioso-filosófico Nova Er.fi, que éjicultista, A palavra de ordem para esse tipo de convivência é a chamada to- lerância religiosa. Só que essa ex- pressão, ao invés de ser usada para referir-se apenas ao livre-arbítrio de cada um em questões de fé, é empregada, de forma unilateral e equivocada, contra os crentes em Cristo a fim de negar-lhes o direito de propagarem as suas convicções (At 16.16-40). III. O PÓS-MODERNISMO COMO UM ESTILO DE VIDA Por último, no enganado e tam- bém enganoso pós-modernismo, a forma de pensar determina o esti- lo de vida de cada pessoa. Assim, o pós-modernismo não é só uma filosofia. Ele impõe também uma maneira de viver compatível com os seus maléficos princípios filo- sóficos, (Y) Um estilo egocêntrico. Trata-se, sobretudo, de uma forma que privilegia o egocentrismo. Éevi- dente, à luz da Bíblia, que todo ser humano tem inerente em si a sua individualidade. Entretanto,esta não exclui ninguémda vida em comuni- dade, dos justos e benéficos interes- ses coletivos, nem da certeza de que um dia cada um há de prestar con- tas a Deus de todos os seus atos (l Co 10.24; Fp 2.4; Rm 14.12). Portanto, há enorme diferença entre a individualidade em si mes- ma e o estiloegocêntrico que se pro- paga qual epidemia na sociedade pós-moderna. Nela o homem é o cen- tro, o fim de tudo, o topo de todas as coisas. O "eu" ocupa todo espaço em todos os lugares. 2. Um estilo hedonista. Como um abismo conduz a outro abismo, o egocentrismo leva ao hedonismo, que é "uma doutrina filosófica, segundo a qual, o prazer individual e imediato é o supremo bem da vida humana". O melhor símbolo para o hedonismo pós- modernista é o consumismo, que envolve quatro atitudes básicas como finalidade últimada vida: ter, comer, beber e folgar. ^_ O divino Mestre não só no Ser- mão da Montanha, mas também quando proferiu a parábola do rico insensato (Lc 12.13-21), expressou o comportamento desta sociedade materialista que estamos abordan- do. Veja que o Senhor esclarece, de início, que a vida do ser huma- no não consiste na abundância de seus bens, para, em seguida, apre- sentar o personagem que é o re- trato do hedonismo, em cujas ati- tudes aparecem os elementos há pouco descritos: ter, comer, beber e folgar. CONCLUSÃO Cabe reiterar que tudo isso de- corre da ausência de algo bastante simples, mas ao mesmo tempo ab- solutamente essencial na vida do homem: a sua fé em Deus e a certe- 16 Lições Bíblicas
  • 19. za de que Ele é o seu bem maior, que o criou com propósitos clara- mente definidos, entre eles o de adorá-10 e servi-10 como o Criador e Sustentador do Universo. Subsídio Teológico "Cristianismo em um mun- do Pós-Moderno A cultura de hoje não é só pós- cristã, mas está também se tornan- do rapidamente pós-moderna, o que significa que é resistente não somente às reivindicações das ver- dades cristãs, mas a qualquer rei- vindicação da verdade. O pós-mo- dernismo rejeita qualquer noção de verdade universal, abrange e reduz todas as ideias a construções soci- ais formadas por classe, género e etnia [...]. A filosofia do existencialismo, um precursor do pós-modernismo, varreu as universidades, procla- mando que a vida é absurda, sem significado, e que cada indivíduo deve criar o seu próprio sentido por meio das próprias escolhas. A 'escolha' foi elevada à posição de valor último como a única justifi- cativa para qualquer acão. AAmé- rica se tornou o que um teólogo apropriadamente descreveu como a 'república imperial do ego autó- nomo'. Um pequeno passo foi a distân- cia do existencialismo para o pós- modernismo, no qual até o ego é dissolvido na interação das forças de raça, classe e género. O multi- culturalismo não é a apreciação das culturas folclóricas; é a disso- lução do individual dentro do gru- po tribal. No pós-modernismo, não há objetivo ou verdade uni- versal. Há somente a perspectiva do grupo, não importa qual seja: afro-americanos, mulheres, ho- mossexuais; hispânicos, e a lista prossegue. No pós-modernismo, todos os pontos de vista, todos os estilos de vida, todas as crenças e todos os comportamentos são con- siderados igualmenteválidos.Ins- tituições de ensino superior abra- çaram essa filosofia tão agressiva- mente que têm adotado códigos no campus preferindo o politica- mente correto. A tolerância tem se tornado tão importante que ne- nhuma intolerância é tolerada." (COLSON, Charles & PEARCEY, Nancy. E agora, como viveremos? RJ: CPAD, 2000, p. 41-2.) Leia mais Revista Ensinador Cristão , n"24,pág. 37. Egocentrismo: Exclusivismo que faz o indivíduo referir tudo a si próprio; egoísmo;amor excessivo ao bem próprio, sem consideração aos interesses alheios. Epidemia: Doença que ataca ao mesmo tempo muitas pessoas; uso generalizado. Nova Era: Movimento filosó- fico, religioso, místico e panteísta Lições Bíblicas 17
  • 20. que propõe uma ligação direta do ser humano com o seu deus interi- or, usando o autoconhecimento c dispensando a religião enquanto instituição organi/ada. Panteão: Templo dedicado a vários deuses; politeísmo. Tolerância Religiosa: É o ato de respeitar confissões de fé distintas sem implicar em qual- quer discriminação, rejeição c proselitismo. L :< i i- t- > i s COLSON, Charles & PEARCEY, Nancy. E agora, como viveremos? CPAD, 2000. QUESTIONÁRIO 1. iguais as raízes modernas do pós-modernismo? R. O avanço do conhecimento humano à parte de Deus; o cresci- mento da visão materialista, profana e incrédula da vida com todas as nuances que prevalecem no mundo atual. 2. Qual é a essência do pensamento pós-modernista? R. A negação de Deus e de seus desígnios. 3. O que é o conceito de "certo" e "errado" para o movimento filosófico do pós-modernismo? R. Não existe certo ou errado. Tudo é uma questão de escolha pessoal. 4. Qual é o estilo de vida da pós-modernidade? R. Egocêntrico e hedonista. 5. Defina egocentrismo e hedonismo. R. Egocentrismo é o homem como o centro, o fim e o topo de todas as coisas. É o que a Bíblia chama de "amantes de si mesmos". Hedonismo é uma doutrina filosófica, segundo a qual, o prazer individual e imediato é o supremo bem da vida humana. O consumismo hoje é o maior exemplo disso. 18 Lições Bíblicas
  • 21. Lição 3 A ATUAÇÃO MALIGNA NO MOVIMENTO POS-MODERNO 16 de outubro de 2OO5 TEXTO ÁUREO "E o mundo passa, c a sua concu- piscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre"(l Jo 2.1 7). Para termos uma fé invictaperan- te o mundo,precisamos não somen- te ter plena convicção no que cre- mos, mas também demonstrar que não pertencemos ao mundo, e que somos cidadãos cio Reino de Deus. HINOS SUGERIDOS CD Harpa Cristã 581 (vol.l - f.6), 212 (vol.5 - f.8) e 477. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE l IOÃO 2.15-17; B.19 l João 2 15- Nãoameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. 16- Porque tudo o que há no mun- do, a concupiscência da carne, a Segunda - Mt5.13-16 O mundo e o papel do crente Terça - Bui 12.9-21 O mundo e os efeitos da presença do crente Quarta - Io 17.14-24 O mundo e a segurança do crente Quinta - Mt 5.37 O mundo e a palavra do crente Sexta - Tg 2.14-26 O mundo e a fé do crente Sábado - Gl 1.3,4 O mundo e o livramento do crente Lições Bíblicas 19
  • 22. concupiscência dosolhos e asober- ba da vida, não é do Pai, mas do mundo. 17- E o mundo passa, e a sua con- cupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. l João 5 19- Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no ma- ligno. ONTO DE CONTATO Professor, como você já sabe, a aprendizagem é um processo contínuo que depende do nível cognitivo do aluno. Isto significa que determinado conceito ou tema precisa ser apresentado ao nível da capacidade do aluno para apreender. Este processo envolve vários conhecimentos por parte do professor: psicolo- gia da educação, ensino-aprendi- zagem, didática, comunicação e o próprio tema. Assuntos como o que estamos tratando, que envol- vem filosofia, linguística,crítica à modernidade e teologia, possu- em certo grau de dificuldade, por isso, o professor eficiente procu- rará adequar a lição ao nível cognitivo do aluno. Portanto, to- das as decisões didáticas — sele- ção de conteúdo, organização de atividades de aprendizagem e procedimentos de avaliação - devem considerar a capacidade de cada aluno para assimilar o conteúdo. Após esta aula, seu aluno deve- rá estar apto a: Enunciar o modo de atuação do sistema mundano no meiopolí- tico. Reconhecer as sutilezas con- tidas no discurso da tolerância re- ligiosa. Resistir à acão do sistema mundano contemporâneo. SÍNTESE TEXTUAL Segundo as Sagradas Escrituras, todo o sistema mundano está no maligno (l Jo 5.19) e o deus deste século, o Diabo, cegou o entendi- mento dos incrédulospara que não lhes resplandeça a luz do evange- lho (2 Co4.4). Entretanto, as estra- tégias malignastêm semodificado de tempos em tempos e, especifi- camente no período pós-moderno, estão atreladas aos sistemaspolíti- cos, sociais, filosóficos e linguís- ticos. A atuação maligna na pós- modernidade diferencia-se da for- ma violenta como os cristãosdo pe- ríodo greco-romano foram persegui- dos ou da atroz inquisição. As es- tratégias estão maissutis,difíceis de serem detectadas e não pretendem aniquilar o cristianismo, mas impe- dir o seu avanço, atenuar a sua men- sagem e enfraquecer a identidade cristã. A mentira está disfarçada de verdade; a verdade está constante- 20 Lições Bíblicas
  • 23. mente sob suspeita. Osvalores mo- rais bíblicos estão perdendo espa- ço para uma nova moralidade hedonista e egocêntrica. Contudo, não se trata de mera ação humana, mas de nova roupagem para velhos pecados sob a batuta da Antiga Ser- pente. ORIENTAÇÃO DIDATICA Professor, nesta lição, use um Quadro de Relações Múltiplas para explicar a lição à classe. Este recur- so possibilita ao aluno compreen- der um conceito por meio de vári- os exemplos.A lição trata de diver- sos sistemas mundanos, porém, como estes se manifestam na polí- tica, religião, mídia (TV),ciência, filosofia e ética? O gráfico abaixo exemplifica algumas dessas mani- festações. Reproduza-o conforme os meios de que você dispõe. Incremente a exposição do recurso usando ilustrações, reportagens, pesquisas, exemplos extraídos da mídia eletrônica etc. INTRODUÇÃO As duas primeiras lições visaram esclarecer as linhas gerais do pensa- mento e dos ensinos da presente so- ciedade pós-moderna e de suas funes- tas consequências para o cristão que venha adotar tal modo de pensar e agir. Como seguidores de Cristo, sa- bemos que, por trás dos ensinos filo- sóficos pós-modernos, existe uma atu- ação maligna de abrangência mundi- al. ODiabo opera no mundo, desde o princípio, e faz das pessoas que o se- guem (l Jo 5.19) instrumentos de oposição aos propósitos de Deus. Éo que estudaremos nesta lição. I. O SISTEMA MUNDANO NO MEIO POLÍTICO 1. O papel dos formadores de opinião. Umadas estratégias do inimigo é usar pessoas como forma- doras de opinião. Sãopessoas que ocu- pam posições de influência,e que dis- seminam, com ares de verdade, tudo MUNDANISMO Na Política Na Ciência Na Filosofia Na Ética MANIFESTAÇÕES Sincretismo; Pluralismo Religioso; Angelolatria. Ridicularizacão da Fé Cristã; Adultérios; Homossexualidade; A Estética acima da essência. Materialismo; Evolucionismo. existencialismo; Humanismo; Pós-modernismo. Relativisnio; Pluralismo Sexual; Hedonismo. REFERÊNCIAS Dn 3.10-12; 6.1-9; Et 3-6. Jz 2.11-14; l Rs 11.6-9; Cl 2.18. 2 Tm 3.2-8; l Tm4.7,8; l Pé 3.l-6. Lições Bíblicas 21
  • 24. quanto interessa ao sistema munda- no e assim motivam, convencem e persuadem os seus ouvintes e leito- res. Nopróprio Éden,foia seipente o canal que o Diabo utilizou para ino- cular no coração do homem o vene- no do humanismo (Gn 3.1-7). A for- ma da linguagem satânicafoibem tra- balhada para tentar desacreditar a ordem de Deus ao primeiro casal. 2. A influência dos que de- têm o poder. Os formadores de opinião não agem sozinhos.Eles con- tam com a parceria de muitos parti- cipantes do mesmo sistema, dotados de condições para implementar as propostas das ideias ímpias que di- fundem. Por trás da torre de Babel, estava Ninrode(Gn 10.8-11; 11.1-6). Desenvolvendo o paganismo babiló- nico estava Nabucodonosor (Dn 3.1- 27). Incitando o ódio ao povo judai- co estava Hitler. 3. Sutilezas nas mudanças da legislação. Essas ideias iní- quas, por sua vez, precisam encon- trar, em muitos casos, respaldo na legislação vigente a fim de aparen- tar legalidade; ainda que sejam mo- ralmente indefensáveis. Não foi as- sim com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, os quais foram lança- dos na fornalha de fogo ardente por não se submeterem ao edito do rei (Dn 3.10-12)? A mesma situação não experimentou Daniel quando os seus opositores, por inveja, força- ram o rei Dario a assinar um decre- to com o objetivo de atingir o pro- feta em sua adoração a Deus (Dn 6.1-9)? Foitambém o caso da trama orquestrada para destruir o povo de Israel na época do rei Assuero me- diante um perverso decreto forja- do pelo mau Hamã (Et 3.8-15). Assim funciona o sistema mun- dano em consideração. Ele conta com ideólogospara tornar palatáveis suas teses, atrai muitos dos que de- têm o poder a fim de implementá- las e reúne emissários com o intuito de infiltrar nas malhas dalegislação o respaldo jurídico às práticas repro- váveis daí decorrentes. II. O SISTEMA MUNDANO NO MEIO RELIGIOSO 1. A sutileza da tolerância religiosa. Afirmar, por outro lado, que o sistema mundano opera ape- nas no meio político seria uma visão restrita do assunto,pois ele atua tam- bém no ambiente religioso,como vi- mos na lição anterior. Há uma razão para isso: tentar preencher a neces- sidade espiritual inerente ao homem a fim de ganhar a sua simpatia, e, assim, demonstrar uma filosofia pós- modernista com sabor religioso. O mundo denominado pós-mo- derno se caracteriza, portanto, por uma religião sincretista sob o ve- lho e surrado argumento de que "todos os caminhos levam a Deus". O pior é que o meio evangélico vem sendo contaminado por uma espé- cie de sincretismo. Este é manifes- to através de linguagem mântrica e uso de objetos, aos quais são atri- buídos significados espirituais. Estamos no mundo, como disse Je- sus em sua oração sacerdotal, po- rém não somos dele; não podemos amá-lo, nem deixar que seus prin- 22 Lições Bíblicas
  • 25. cípios religiosos deturpados pau- tem a nossa fé (v.15). 2. A premissa do Estado laico. Aqui o assunto é mais com- plexo. As constituições da maioria dos países ocidentais asseguram a separação entre a Religião e o Es- tado. Isto fica implícito na declara- ção de Jesus: "Daí, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus" (Mt 22.21). Igreja e Estado trilham caminhos distintos e inde- pendentes, sem qualquer interfe- rência institucional mútua. O mal está no fato de se usar este princípio quando pretendem calar a voz da Igreja. Enquanto certas auto- ridades não se constrangem em ex- por publicamente a fé religiosa que professam (ou não professam}, evan- gélicos que ousam, em seus cargos públicos, manifestar a sua fé e o seu compromisso com os princípios e ensinos do evangelho de Cristo logo são afrontados, acusados e denun- ciados sob a tese do Estado laico. Ora, o Estado não é um ser que anda com as próprias pernas, ao contrário, depende dos que o gover- nam. Ademais, os princípios de vida respaldados pelas Escrituras estão acima de qualquer laicidade; são universais. Todavia, quanto mais o Estado for materialista, melhor para a expansão da filosofia pós-moder- nista. É por aí que o mundo cami- nha (v.16). Sob a premissa do Esta- do laico, o sistema mundano amplia as suas esferas de atuação, buscan- do sufocar qualquer iniciativa de pôr Deus como o princípio, o meio e o fim de todas as coisas. III. O SISTEMA MUNDANO NOS MEIOS DE COMUNICAÇÃO 1. A aniquilação dos valo- res morais nas programa- ções. Como uma grande orques- tra regida pelo Inimigo, o sistema mundano, que a Bíblia identifica como "século mau" (Gl 1.4), age também através dos meios de co- municação. Basta monitorar as programações para perceber quais são os (dês) valores intensamente propagados pela mídia de manei- ra cada vez mais indecente, imo- ral, desavergonhada. Os formado- res de opinião, que se moldam pela visão pós-modernista, estão sem- pre presentes nos espaços que lhes abre a imprensa a fim de insistir sistematicamente na mesma tecla: união entre pessoas do mesmo sexo, aborto, eutanásia, pesquisas com células-tronco embrionárias, clonagem humana, descriminação das drogas, libertinagem e tudo mais que se identifique com o sis- tema mundano (l Jo 2.15-17). Quem se posiciona clara e firme- mente em contrário e os que boi- cotam esse tipo de mídia estão prestando um grande serviço ao Reino de Deus. 2. A indução consentida à desestruturação da família. O resultado dessa manipulação da mídia é a desestruturação e destrui- ção da família nos moldes estabe- lecidos por Deus.Trata-se da mídia e seus aliados a serviço de Satanás. Sem a família biblicamente estabe- lecida, a sociedade se transforma Lições Bíblicas
  • 26. num caos. A história é testemunha disso no mundo inteiro, em todas ascivilizações. IV. COMO VENCER OS MALES DO SISTEMA MUNDANO 1. Moldando-se ao caráter de Cristo. O que fazer diante do conflito entre o que cremos e o sis- tema mundano atuante no movi- mento do pós-modernismo? Pode- mos optar entre três caminhos: a) Acomodação. É a concordân- cia com o velho ditado: "deixa tudo como está para ver como é que fica". b) Assimilação. Équando, ao in- vés de influenciarmos, somos influ- enciados e assimilamos o destrutivo relativismo do pós-modernismo, isto é, adotamos os padrões peca- minosos que regem socialmente o mundo (w.15,16). c) Inconformaçãp, Precisamos permanecer convictos e firmes na fé em Cristo, conscientes de que te- mos um papel a cumprir no Reino de Deus em obediência ao manda- do do Senhor,conforme Mc 16.15- 18 e Mt 28.18-20, ainda que ve- nhamos a ser hostilizados (Jo 17.14-17). 2. Estimulando vocações cristãs para a vida pública. Assim como o sal adentra em to- dos os grãos contidos na panela e a luz alcança todas as frestas de um ambiente (Mt 5.13-16),é nosso de- ver também estimular as vocações cristãs realmente comprometidas com os valores do Reino, a fim de que os crentes ocupem espaços em todos os segmentos da sociedade. Seja no magistério de nossas esco- las ou universidades, seja nos mei- os de comunicação,seja em nossos parlamentos, seja na hierarquia de nossas forças militares, seja no ope- rariado e funcionalismo em geral, seja em nosso judiciário, seja nos governos de nossos municípios, es- tados e país. Vamos estimular os nossos jovens a crescerem intelec- tualmente, em conjunto com o cres- cimento espiritual para que, guia- dos sobretudo pela Palavra de Deus, tornem-se agentes de trans- formação da sociedade em lugares estratégicos. 3. Mantendo os padrões bíblicos de vida e testemu- nho. Por fim, os padrões bíblicos precisam ser mantidos no nível de nossas escolhas pessoais. Cada de- cisão de um crente deve ser toma- da sempre à luz dos princípiosimu- táveis da Palavra Deus. Que as nos- sas tarefas e atividades de cada dia sejam primeiramentesubmetidas à vontade de Deus, ao soberano Se- nhor da nossa vida, embora isso pareça vulgar para as mentes ma- terialistas (v.17). CONCLUSÃO Muitos utilizam os sinais dos tempos como pretexto para justifi- car uma vida cristã apática e indi- ferente ao que está ocorrendo. "O mundo vai de mal a pior, não adi- anta fazer nada", afirmam. Isto é omissão culposa. Éverdade que não nos compete interferir na sobera- nia divina. Deus está agindo atra- vés da história e vai conduzi-la até 24 Lições Bíblicas
  • 27. o final. Contudo, também é verda- de, mediante repetidas referências nas Escrituras,que nos cabe reagir, no poder do Espírito que em nós habita, contra o avanço do mal no mundo. Subsídio Devocional Os Males da Mídia Tele- visual Entretenimento e Consumis- mo. Namídia, as notícias ocupam em média 10% do espaço de toda comu- nicação. Os comerciais ocupam em torno de 30%e os outros 60%são dis- tribuídos entre novelas, filmes, espor- tes, shows etc. Mediante as estatísti- cas, percebe-se que o propósito é mais entreter do que informar.Em relação ao consumo, destacam-se duas formas básicas decomunicação na propaganda: a comunicação infor- mal e racional e a afetiva e inconsci- ente. A primeira é necessária para o funcionamento de nossa sociedade e constitui-se, por si mesma, a base do progresso e desenvolvimento. A se- gunda, no entanto, apela para dados subjetivos do indivíduo, tais como: o desejo de sucesso, de liberdade, de realização e de estima. A mídia ex- plora esta segunda forma de consu- mo gerando uma competitividade entre os indivíduos, estabelecendo padrões estéticos ao associar um pro- duto à imagem de uma pessoa famo- sa. Os telespectadores se tornaram meros consumidores e osprogramas apenas uma mercadoria de péssima qualidade. Hedonismo. Na atual socieda- de pós-moderna, o pra/er constitui- se um fim cm si mesmo, abrindo precedente para uma crise moral e ética, pois o homem postula-se como referencial de si mesmo. Como consequência, observamos o enfraquecimento dos valores fami- liares, a trivialização da sexualida- de e a disseminaçãode um estilo de vida incoerente aos valoresbíblicos e cristãos. A mídia é uma das prin- cipais responsáveis pelo hedonismo predominante nessa atual geração. À medida que ofusca a moral cris- tã, dita normas, hábitos, moda, pa- drões de comportamento e satisfa- ção à sociedade. Para isso, utiliza- se das pessoas mais famosas do momento de acordo com seus inte- resses espúrios e anticristãos. A família cristã deve estar atenta aos males causados pela mídia.Lim- prescindível substituir os momentos passados diante da televisão pelo diálogo, culto doméstico ou ativida- des recreativas e instrutivas entreos membros familiares,a fim de que sua família seja protegida dos ataques e influências malignasc conseqúentc- mente preservada. Não permita que a mídia ensine você c sua família a se vestir, comportar e ser. Valorize a moral, o comportamento e o cará- ter cristão pautados nasEscrituras. Descriminar: Absolver de cri- me; inocentar; tirar a culpa. Disseminar: Semear; difundir; propagar; espalhar. Lições Bíblicas 25
  • 28. Edito: Mandato; decreto; par- te de umalei. Ideólogo: Aquele que criaide- ologias; defensor de uma corrente de ideias. Inerente: Que está por natu- reza inseparavelmente ligado a al- guma coisa ou pessoa. Laicidade: Qualidade do que vive no, ou é próprio do mundo, do século; secular (por oposição a eclesiástico). Premissa: Princípio ou fato que serve de base para um raciocínio. Reducionismo: Simplificação; perda do completo sentidode uma teoria. Sincretismo: Sistema religio- so e plural que defende a coexis- tência pacífica de ensinos, deuses, e filosofias religiosas que se contra- dizem. j 1 h 1 j 1 [- > i l •HOLMES, Arthur F. Ética: asdeci- sões morais à luz da Bíblia. CPAD, 2000. QUESTIONÁRIO 1. Como o sistema mundano atua no meio político? R. Usando os formadores de opinião, influenciando os que detêm o poder e empregando sutilezas para mudar a legislação de acordo com seus interesses. 2. Qual o papel dos formadores de opinião? R. Disseminar, com ares de verdade, tudo quanto interessa ao sistema mundano e assim motivar, convencer e persuadir os seus ouvintes e leitores. 3. Qual a razão de o sistema mundano atuar no meio religioso? K. Tentar preencher a necessidade espiritual inerente ao homem a fim de ganhar sua simpatia, e, assim, demonstrar uma filosofia pós-modernista com sabor religioso. 4. Como o sistema mundano atua nos meios de comunicação? R. Aniquilando os valores morais nas programações e induzindo à desestruturação da família. 5. Como vencer os males do sistema mundano? R. Moldando-se ao caráter de Cristo,estimulando vocações cristãs para a vida pública e mantendo os padrões bíblicos de vida e testemunho. A â 26 Lições Bíblicas
  • 29. 4^ Lição4 A DIVINIZAÇÃO DO HOMEM ANTE A SOBERANIA DE DEUS 23 de outubro de 2OO5 TEXTO ÁUREO "Não vos assombreis, nem temais; porventura, desde então, não vo-lo fiz ouvir e não vo-lo anunciei? Porque vós sois as minhas testemunhas. Há outro Deus além de mim? Não! Não há outra Rocha que eu conheça" (Is 44.8), RDADE PRATICA A busca da comunhão com Deus, a partir da fé em sua exis- tência, é o caminho que Cristo ofe- rece para a verdadeira redenção do homem. HINOS SUGERIDOS CD Harpa Cristã 225 (vol.5 - f.9), 298 {voí.6 - f.8) e 340. LEITURA BÍBLICA EM CLASSE LUCAS 12.13-21 13-E disse-lhe um da multidão: Mestre, d?ze a meu irmáo que repar- ta comigo a herança. 14- Maselelhe disse:Homem, quem me pôs amim por juiz ou repartidor entre vós? 15-E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui. Segunda - Gn1.1-31 Deus como o criador Terça - SI 91.1-16 Deus como o protetor Quarta - Gn 22.M4 Deus como o provedor Quinta - SI 37.1-40 Deus como o abençoador Sexta - Io 17.1-20 Deus como o santificador Sábado - Hb12.12-24 Deus como o Justo Juix Lições Bíblicas 27
  • 30. 16- £ propôs-lhe uma parábola, di- zendo: aherdade de umhomemrico tinha produzido com abundância. 17- E arrazoava ele entre si, dizen- do: Quefarei? Nãotenho onde reco- lher os meus frutos. 18- Edisse: Fareiisto: derribarei os meus celeiros, e edificarei outros maiores, e ali recolherei todas as minhas novidades e os meus bens; 19- e direi à minha alma: alma, tens emdepósitomuitos bens, para muitos anos; descansa, come, bebe efolga. 20- MasDeus lhe disse: Louco, esta noite te pedirão atuaalma, e oque tens preparado para quem será? 21- Assim é aquele que para si ajun- ta tesouros e não é rico para com Deus. ONTO DE CONTATO Professor, atualmente, no contex- to educacional, a aprendizagem repetitiva, isto é, memorística está sendo substituída pela aprendiza- gem significativa. Nesta, a matériaa ser ministrada pelo professor e aprendida pelo aluno precisa fazer sentido para este último. Isto signi- fica que a nova informação ou co- nhecimento transmitidofundamen- ta-se em conceitos já conhecidos,fa- cilitando o aprendizado do indiví- duo. Assim, o conteúdo estudado é assimilado junto a outros conceitos que o alunopossui,pois o saber novo complementa o que já está presente na estrutura cognitiva dele. O pro- fessor, portanto, não pode despre- zar o que o aluno já sabe, mas deve desenvolver o conteúdo a partir do conhecimento prévio dele. Faça uma bateria de perguntas sobre os prin- cipais temas das lições seguintes e, a partir das respostas dos alunos, prepare as próximas aulas. Após esta aula, seu aluno deve- rá estar apto a: Definir o termo antropocen- trismo, Explicar a doutrina da ima- nência e da transcendência de Deus. Compreender como a razão, a natureza e a revelação explicam a existência de Deus. SÍNTESE TEXTUAL O antropocentrismo,em sua for- ma atual, é consequência do conjun- to de transformaçõesliterárias, ar- tísticas e científicas produzidas na Europa nos séculos XV e XVI conhe- cido como Renascimento ou Renas- cença. Entre os aspectos negativos mais acentuados do antropo- centrismo de origem renascentista está a ausência de preocupação com a vida religiosa. Há dois tipos de adeptos deste pensamento: os que consideram a religião cristã e seus ensinos desnecessários para expli- car o mundo e o próprio homem, e os pensadores cristãos que se esfor- çam para adequar o cristianismo a essas novas exigências filosóficas, sociais ereligiosas. 28 Lições Bíblicas
  • 31. As consequências dessa nova identidade cultural são o ateísmo, o deísmo, a deificação do homem, o materialismo e a negação da doutri- na da transcendência divina.Contu- do, a verdadeira identidade humana não se encontra na cultura pós-mo- derna, mas nos ensinos dasSagradas Escrituras, ORIENTAÇÃO DIDATIÇA Professor, a presente lição divi- de-se em dois principais temas ou blocos: Antropocentrismo e Teo- centrismo. A fim de que o aluno observe as diferenças entre esses dois sistemas, reproduza o gráfico abaixo de acordo com os recursos de que você dispõe. INTRODUÇÃO Os ensinos da filosofia pós-mo- dernista, como já vimos, são todos centrados no homem. Nada têm de Deus. O termo que define esse com- portamento materialista é antropo- centrismo. É o oposto do teocen- trismo, que é Deus como único so- berano e Senhor. O antronocentris- mo considera-se como origem e cau- sa motivante de toda a atividade humana, como se Deus não existisse e não estivesse no controle do Uni- verso. Esse é o espírito que permeia e domina o mundo (Ef 2.1,2) e que age continuamente para que a ver- dade de Deus seja obstruída, parali- sada e esquecida de todos. Contudo, conhecemos, através da Bíblia, a realidade do fim da histó- ria e sabemos que "aquele que habi- ta nos céus se rirá deles" (SI 2.4). O triunfo final e total do Reino de Deus já está determinado. Mas enquanto aguardamos esse ditoso dia, temos o compromisso de proclamar que Deus, e não o homem, como vere- mos nesta lição, tem o leme e o des- tino final da história em suas mãos e que Ele está infinitamente acima do Universo como o grande e subli- me Criador de todas as coisas. I. O CULTO DA DEIFICACÃO DO HOMEM l, O alvo do antropocen- trismo. Éde inspiração demoníaca. Trata-se de deificar ou cultuar o ho- mem como se fosse um deus; como se fosse senhor absoluto de si mesmo e do seu própriodestino. Opersonagem ÊNFASE Quanto ao Foco Quanto à Fé Quanto à Ética Quanto à Religião ANTROPOCENTRISMO Centralizado no Homem Confiança no Homem e na Ciência Relativismo Moral Pluralismo Religioso TEOCENTRISMO Centralizado em Deus Confiança em Deus Absolutos Morais Religião Cristocêntrica LiçõesBíblicas 29
  • 32. da parábola da leitura bíblicaemclas- se da presente lição é o retrato perfei- to dessa deificaçãodo homem. Veja o uso repetido de termos possessivos ("meus frutos", "meus celeiros", "mi- nhas novidades", "meus bens"). Ele vive e trabalha em função de suas pos- sessões materiais (w.17,18). Em se- gundo lugar, ele reduz a vida ao ma- terialismo ao pressupor que os seus bens são suficientes para lhe dar tudo o que precisa (v.19), esquecendo-se, porem, que as necessidades da alma só Deus pode supri-las (SI 139.1-18). No versículo 21, o Senhor não conde- na a riqueza em si mesma, mas o fato de ela ocupar o lugar de Deus na vida e propósitos do ser humano. Mesmo que não haja no antro- pocentrismo uma divinizaçãoformal do homem, como acontece em casos bem específicos, descritos mais adi- ante, nesta lição, ela revcla-se na maneira como os atuais antropo- céntricos procedem. O sentimento que se apoderou do príncipe de Tiro, mencionado por Ezequiel (Ez28.1-10; Is 31.3), numa alusão certamente ao próprio Diabo, é o mesmo que leva tais pessoas a se considerarempeque- nas divindades e senhores absolutos de si e do mundo que os cerca até que toda prepotência caia por terra (v.20), pela falibilidade e limitação da vida humana (Tg 1.9-11;4.13-17). 2. Emblemas do antropo- centrismo. O antropocentrismo tem os seus representantes na his- tória da civilização.No Antigo Tes- tamento, Nabucodonosor é o desta- que entre os personagens nesse sen- tido. Elejulgou-se um deus quando construiu uma imponente estátua de ouro e impôs que todos a ado- rassem (Dn 3.1-7). Entre os vários deuses adorados no panteão romano, na capital da- quele império, reservava-se ao im- perador um espaço de honra para ser cultuado como personagem di- vino em todos os limites do império. Com certeza, muitos cristãos fo- ram martirizados nos primeiros sé- culos da história da Igreja por se recusarem a adorar esses deuses do paganismo e ao próprio imperador. Mas o espírito tenebroso daquela época continua operando hoje, através do movimento filosófico-re- ligioso denominado Nova Era, que tem como meta a deificacão do ho- mem, servindo assim aos propósi- tos malignos. II. COMO SE MANIFESTA O ENDEOSAMENTO DO HOMEM 1. A transcendência de Deus sob ataque. Para maior aceitação do antropocentrismo no mundo, seus ideólogos e promoto- res tentam invalidar a doutrina bí- blica da transcendência de Deus. Israel no deserto, estando Moisés ausente durante quarenta dias no Sinai, por ainda não ter a compre- ensão exata do Deus Todo-podero- so, invisível, transcendente, tentou substituí-lo por um bezerro de ouro, à moda do politeísmo pagão egípcio (Êx 32.1-7). É preciso entender que aimanên- cia de Deus não exclui a sua transcendência. São verdades e atri- 30 Lições Bíblicas
  • 33. butos que se completam. Se,por um lado, Deus na sua imanência, partici- pa ativamente da história humana, conduzindo o seu glorioso plano atra- vés dos tempos, Eletambém, na sua transcendência, como Criador e Todo-Poderoso, é infinitamente supe- rior à criação e à criatura (Is 57.15). Ele é Deus sobre todas as coisas; não há outro além dEle, e não há outra Rocha que Eleconheça (Is 44.8). 2. O orgulho humano. O endeusamento e idolatria do homem advém do seu espírito orgulhoso. Este é um pecado que atua com for- ça demolidora no coração humano. Inclusive, todo cristão deve sempre vigiar contra isso. O orgulho prece- de a ruína (Pv 16.18). O orgulhoso julga-se grande e maior do que to- dos. Isso atenta contra Deus, pois só Ele é grande e glorioso. O orgulho e a soberba formam um todo, sendo um teórico e outro prático.Voltemos ao episódio do Éden, anteriormente abordado. Foia soberba que tornou o primeiro casal refém da voz da ser- pente sob a hipótese de que Deuspo- deria não estar fazendo a coisa cer- ta (ver Gn 3.1-5). As consequências todos conhecem. Quando o homem é levado a pôr em dúvida os desígnios de Deus, a arma diabólica logo empregada é a de que ele pode exercer domínioabsolu- to sobre a suavida - ser um pequeno deus - assim como pensou o insensa- to da parábola em estudo. Sua afir- mação é extremamente reveladora: "Tens em depósito muitosbens, para muitos anos" (v. 19). Noutras pala- vras, tenho controle absoluto da situ- ação. Masnão foi isso que ocorreu.Ele teve de deparar-se comarealidade de que Deus permanece sempre no tro- no. Ele é o Criador (v.20). O ser hu- mano apenas criatura. III. DEUS E NÃO O HOMEM 1. A existência de Deus - uma necessidade da razão. Este é um ponto destacado desta lição: Deus ao invés do homem. Éo teocentrismo em teologia. Esta é a verdade que jamais pode ser remo- vida da história sob pena de a cri- ação perder todo o seu significado (Os 13.4). Como diz Charles Finney, em sua Teologia Sistemática, a crença na existência de Deus é uma necessidade primacial da razão, sem a qual é impossível dar sequên- cia coerente a qualquer forma de raciocínio. A ideia de uma causa, de onde se origina qualquer pro- cesso, ou que produ/a qualquer efeito, precisa sempre estar presen- te no pensamento humano. Assim, a própria razão, por depender des- sa necessidade, aponta para Deus como a causa de todas as coisas. 2. A existência de Deus - um testemunho da natureza. A natureza declara em toda a sua extensão que só um ser com capa- cidade infinita teria condições de criar o Universocom a exata preci- são e harmonia que o caracteriza. Em síntese, uma criação inteligente e perfeita, que pressupõe e requer um Criador inteligente e perfeito. No Antigo Testamento, Davi compreende essa verdade e, exta- siado diante da magnificência divi- Lições Bíblicas 31
  • 34. na, assim a descreve: "Os céus ma- nifestam a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra de suas mãos" (SI 19.1). No NovoTestamen- to, o apóstolo Paulo alude à mesma ideia, em sintonia com o testemu- nho da consciência, como prova de que só se concebe o mundo através da crença na existência do Criador (Rm 1.19,20; 2.12-16). 3. A existência de Deus - a pedra angular da revelação.A existência de Deus é a pedra angu- lar da revelação bíblica. Ao apelo da consciência e ao testemunho do que vemos à nossa volta, a Bíbliasim- plesmente responde: "No princípio, criou Deus os cens e a terra" (Gn 1.1). As Escrituras não se preocu- pam em provar a existência de Deus, visto que isso é um fato admitido. Seria um contra-senso Deus apre- sentar provas de sua existência à criação que Elemesmo criou, inclu- sive o homem. Se hoje, como no passado, muitos duvidam e descrê- em na existência de Deus, isso pro- vém do distanciamento pecamino- so do homem para com Ele.AsEs- crituras cumprem o papel de revelá- lo em toda a sua glória emajestade, satisfazendo assim, de forma plena e suficiente, a necessidade da razão e o testemunho da natureza. CONCLUSÃO Conclui-se que a incontida bus- ca humana pelo endeusamento é um engano diabólico para afastar o homem do seu Criador. Entretanto, diante de evidências tão fortes, a sua mente não tem como deixar de ir em busca da existência de Deus. Se insistir em negá-10, ao final, não haverá escapatória, pois todos hão de encontrá-lo como o grande juiz de toda a Terra (Am 4.12). Subsídio Teológico "1. 'A tradição dos ho- mens', Cm sua defesa do evange- lho, Paulo referiu-se aos ensinos dos homens que não observavam a doutrina de Cristo, considerando- os "tradição dos homens". Ele ad- vertiu os colossenses que não se fi- zessem presa de tais ensinos. Não só na época em que foi escrita a epístola, mas, há muito tempo, exis- te em curso todo um movimentofi- losófico, chamado humanismo, que coloca o homem no centro de tudo, excluindo a Palavra de Deus, e o próprio Deus, de suas conjecturas. 2. O que ensina o huma- nismo. Segundo essa filosofia, que inclui a 'tradição dos homens' a que se referia Paulo, o homem e o uni- verso são apenas originários da energia que se transformou em ma- téria, por obra do acaso. É filosofia irmã do evolucionismo biológico. Nega a existência de um Deus pes- soal e infinito; nega ser a Bíblia a revelação inspirada de Deus à raça humana. Para o humanismo, o ho- mem é o seu próprio deus;o homem pode melhorar e evoluir, segundo tais preceitos, por meio da educa- ção, redistribuição económica,psi- cologia moderna ou sabedoria hu- mana. O humanismo é relaiivLsta, pois crê que padrões morais não são Lições Bíblicas
  • 35. absolutos, c sim relativos e determi- nados por aquilo que faz as pessoas sentirem-se felizes... ensina que o ho- mem não deve ficar preso a ideia de Deus." (RENOVATO, Elinaldo. Colos- senses.RJ:CPAD, 2004, Série Comen- tário Bíblico, p.90-1.) Imanência: Descreve o modo como Deus é revelado e manifesta- do aos homens, sem,contudo, ser confundido com a criação. Teocentrismo: Sistema que concebe Deus como o centro de to- das as coisas e ser absoluto do qual todas as normas éticas e morais ab- solutas procedem. Transcendência: 'frata da essência c atributos naturais de Deus que O tornam infinitamente superior a tudo que criou. ; 1 !- j ! í- > 1 1 J ^ RENOVATO, Elinaldo. Colos- senses. CPAD, 2004. 1. Qual o alvo do antropocentrismo? R. Deificar ou cultuar o homem como se fosse um deus; como se fosse senhor absoluto de si mesmo e do seu próprio destino. 2. Mencione um representante do antropocentrismo no Antigo Testamento. R. Nabucodonosor. 3. Explique a doutrina da transcendência. R. Esla doutrina apresenta Deus como Criador e Todo-poderoso, infinitamente superior à criação e à criatura (Is 57.15). Ele é Deus sobre todas as coisas;não há outro além dEle. 4. Explique a doutrina da imanência. R, Esta doutrina apresenta Deus como participante ativo da histó- ria humana, conduzindo o seu glorioso plano através dos tempos. 5. De que maneira podemos explicar a existência de Deus? R. Por meio da necessidade da razão, do testemunho da natureza ou da revelação bíblica. LiçõesBíblicas 33
  • 36. Lição 5 O RELATIVISMO MORAL PREDOMINANTE NO MUNDO 3O de outubro de 2OO5 "Nunca me esquecerei dos teus preceitos, pois por eles me tens vivificado" ^ (SI 119.93). Os preceitos absolutos de Deus contidos na Bíblia Sagrada são o referencial necessário para nor- tear nosso posicionamento e nos- sas atitudes diante do relativismo moral predominante em nossa so- ciedade. HINOS SUGERIDOS CD Harpa Cristã 175 (vol.4 - f.8), 205 (vol.5 - f.7)e 247. Segunda - Gn26.1-6 Os preceitos de Deus abençoam Terça - SI 19.7,8 Os preceitos de Deus são retos Quarta - SI 119.9-16 Os preceitos de Deus alegram am SALMO 119.89-96 89- Para sempre, ó SENHOR, a tua palavra permanece no céu. 90- A tua fidelidade estende-se de geração a geração; tu firmaste a ter- ra, e firme permanece. 91- Conforme oque ordenaste,tudo se mantém até hoje; porque todas as coisas te obedecem. Quinta - SI 119.25-32 Os preceitos de Deus ensinam Sexta - SI 119.33-40 Os preceitos de Deus vivificam Sábado - SI 119.41-48 Os preceitosde Deus libertam 34 Lições Bíblicas
  • 37. 92- Se a tua lei não fora toda a minha alegria, há muito que teria perecido na minha angústia. 93- Nuncameesquecereidosteuspre- ceitos, poisporelesme tens vivificado. 94- Sou teu, salva-me; pois tenho buscado os teus preceitos. 95- Osímpios me esperam para me destruírem, mas eu atentarei para os teus testemunhos. 96- Atodaperfeiçãovi limite, mas o teu mandamento é amplíssimo. PONTO DE CONTATO O pensamento plural é conse- quência da mudança social provo- cada pelopensamento pós-moderno. Para que o pluralismo se estabele- cesse como teoria e prática, foi ne- cessário que os homens negassem a existência de absolutos éticos e mo- rais. Pois, como se pode falar em pluralidade se existe verdade, ética e padrões morais universais? Obser- ve, no entanto, que, para lograrem êxito em suas propostas pluralistas, os pós-modernistas relativizaram a verdade, a ética e a moral, atribu- indo-lhes um caráter particular,in- dividual, circunstancial e não uni- versal. Foi necessário ainda que ne- gassem a existência de uma divin- dade única e absoluta como atesta a culturajudaico-cristã. Contudo, os ateus apresentaram o homem dei- ficado, rumo à perfeição, enquanto os religiosos apresentaram um panteão de divindades e literaturas espiritualistas, budista, hinduístas, etc, a fim de confirmar a existência de outras "verdades" e outros ca- minhos que conduzem ao aperfei- çoamento do próprio indivíduo. Após esta aula, seu aluno deve- rá estar apto a: Descrever osfundamentos do relativismo moral. Explicar as consequências do relativismo moral. SÍNTESE TEXTUAL O relativismo moral é a corren- te de pensamento humanista que ensina a inexistência de normas, verdades e moral procedentes da vontade absoluta de Deus. Nesta li- ção, estudaremos os principais fun- damentos e consequências do relativismo, e as três características dos princípios bíblicos que comba- tem a moral relativista. Esse pensamento anticristão está fundamentado em duas cor- rentes seculares; no materialismo filosófico e no existencialismo de- fendido pelo pensador francês Jean Paul Sartre. Segundo a pri- meira corrente, a única realidade no Universo é o mundo físico e material; nada existe além deles. É ateísta, nega a realidade espiritu- al, a existência dos anjos, os mila- gres e a criação do homem e do Universo por Deus, Por esta razão, não cré em qualquer princípio, verdade, moral ou ética proveni- ente de Deus. Consequentemente, o materialismopromove o existen- Licões Bíblicas 35
  • 38. cialismo, que por sua vez, é uma das principais concepções humanistas pós-modernas. Segundo esta teoria, o homem existe independente de qualquer ato divino, porquanto é responsável por aquilo que é, por seu destino, pelo seu domínio e pela sua existência. Contudo, o cristão não apenas contesta essas duas filosofias secu- lares, como também reafirma que os princípios bíblicos são absolu- tos, imutáveis euniversais. ORIENTAÇÃO DIDATICA Professor, para esta lição, de- senvolva um Plano Gráfico de todo o conteúdo da aula. Este recurso didático apresenta um resumo ge- ral da lição, fundamentado nos principais conceitos, tópicos ou verdades presentes no comentário. Ao apresentar o gráfico à classe, explique-o na seguinte ordem: 1) O relativismo moral subverte os valores morais e espirituais; 2) O materialismo e oexistencialismo são dois sistemas racionais que fundamentam o relativismo; 3) As doutrinas fundamentais de cada teoria; 4) Contraste-os com os ab- solutos, imutáveis e universais princípios bíblicos. Este recurso pode ser usado como uma intro- dução ao conteúdo da lição, forta- lecendo o argumento presente na Síntese Textual. Reproduza o grá- fico abaixo de acordo com os re- 'cursos disponíveis. INTRODUÇÃO Como vimos nas lições anterio- res, a negação da existência de Deus e a entronização do homem como o centro do universo conduz ao relativismo, um mal predominante desta era chamada de pós-moder- na. O relativismoequivale a afirmar que não há verdades nem preceitos absolutos. Cada um faz suas própri- as escolhas e sua própria vontade como bem lhe parecer, sem atentar para nenhum padrão de caráter uni- versal, partindo dos princípios das Sagradas Escriturascomo norma de fé, de vida e de conduta humana. Veremos, a seguir, o conceito de relativismo, de que forma ele atua no mundo, as suas funestas conse- quências e como refutá-lo à luz da Palavra de Deus, cujos preceitos permanecem para sempre e são a base inamovível de uma vida sau- dável em todas as esferas humanas. SISTEMAS QUE SUBVERTEM OS VALORES MORAIS E ESPIRITUAIS Fundamentos Materialistas Fundamentos Existencialistas 36 Lições Bíblicas
  • 39. I. OS ARDILOSOS FUNDAMEN- TOS DO RELATIV1SMO 1. O fundamento materia- lista. O relativismo é a visão ma- terialista da vida. A partir do mo- mento em que alguém contempla o mundo como auto-existente e não como oriundo da mão criadora de Deus, tudo mais passa a ser visto sob essa perspectiva. Se tudo surgiu do acaso, sem a ação de um Ser infinitamente su- perior, ou sem qualquer propósito elevado, e que tudo se limita à ma- téria, cada um então tem o direito de ser absoluto, de ignorar direi- tos e deveres e de viver a seu bel- prazer. Durante a travessia de Israel no deserto, em direção à Terra Prometi- da, esta nociva filosofia de vida, de inspiração totalmente carnal, domi- nou o povo de Israel, o qual preferiu fazer o que bem lhe parecia aosolhos, ao invés de cumprir os estatutos or- denadospor Deus. Emsuas advertên- ciasfinais, Moisés fezver aosisraelitas que por essa razão, após40 anos,ain- da não tinham entrado em Canaã (Dt 12.8,9; SI 95.10,11).Aobediência aos preceitos divinos deve ser a alegria dos cristãos, conforme reconheceu o salmista (v. 92). Ver também SI 119.24,34,47,127,143,174. 2. O fundamento existen- cialista. O materialismo descarta os valores eternos. Os adeptos do relativismo seguem os princípios daquilo que a moderna filosofia chama de existencialismo, cuja es- sência é a ideia de que "aexistência humana [é] constituída pelas esco- lhas feitas pelas pessoas". Enquan- to o justo vive da fé, segundo a re- velação divina (Rm 1.17), esses tais modernistas "vivem" de ideias; não de realidades por nosso Senhor Je- sus Cristo (2 Tm 1.9,10). O conceito de existencialismo pode ser definido numa frase bas- tante popular e levemente alterada pelo comentarista: "cada um por si e Deus por ninguém". Isto significa que o existencialismo busca dar sen- tido à existência mediante a liber- dade dos atos individuais. Em resu- mo, cada um constrói o seu momen- to presente de acordo com o que vive, pensa e acredita. Repita-se: (eles dizem) nada há absoluto. O sábio Salomão viveu algo pa- recido, como se depreende do livro de Eclesiastes.Elebuscou motivações e propósitos para a vida nas rique- zas, nas grandes realizações pesso- ais, nos prazeres mundanos, na so- berba de sua sabedoria, para, ao fim, concluir que nada faz sentido se Deus não for o nosso supremo bem (Ec 5.1,19,20; 11.9,10; 12.1-4). As- sim fez também Davi: "Nunca me esquecerei dos teus preceitos, pois por eles me tens vivificado" (v.93). Para ele, as diretrizes da sua vida vinham da Palavra de Deus (SI 119.105). II. AS CONSEQUÊNCIAS DO RELATIVISMO 1. Destrói os valores espi- rituais. Orelativismoarruina avida em geral. Emprimeiro lugar, porque os valores espirituais são tidos como inexistentes, ou, no máximo, como Lições Bíblicas 37
  • 40. algo particular de cada indivíduo. Sob esse prisma, como afirmou de públi- co determinada autoridade brasilei- ra, Deus é produto da mente huma- na, e não o Ser Pessoal e Onipotente como revelado na Bíblia. Assim, no relativismo, a crença no Deus bíblico —o Senhor de todo o Universo — não é uma necessi- dade de todo ser humano, mas uma mera opção pessoal. Ora, se a crença na existência'do Criador tem sentido relativo, desapa- rece também o princípio da autori- dade, oriundo do próprio Deus.Não é de estranhar-se que, atualmente, essa seja uma área sob constante con- vulsão em todos os níveis da socie- dade. Se alguém não admite a auto- ridade de Deussobre o mundo, como a aceitará nos níveisinstitucionais? 2. Destrói os valores mo- rais. Em segundo lugar, o relati- vismo trata os valores morais como dependentes das circunstâncias do momento e não como padrões uni- versais, a transgressão dos quais produz prejuízos irreparáveis. Para os adeptos do relativismo, prevale- ce a tese de que a sociedade detém o direito de convencionar entre sio padrão ético que melhor lhe con- vém, sem admitir como referenciais inabaláveis e eternos os valores ab- solutos estabelecidos pelo próprio Deus nas Santas Escrituras. Por isso, o crescente rebaixamen- to moral e ético da sociedade mo- derna é muito maior do que o do reino de Judá nos anos que antece- deram o exílio babilónico. Oprofeta Jeremias empregou todos os recur- sos figurados da linguagem hebraica para descrever como aquele povo se afastou de Deus e quais as graves consequências de tal comportamen- to (Jr 2.1-37;Jr 3.1-5), o que de fato aconteceu com a invasão de Jerusa- lém por Nabucodonosor. Nãoé essa arealidade de hoje, com a desintegração generalizadada famí- lia e a anarquia moral predominante em todo o mundo? Não é essa a for- ma de viver mais apregoada nos qua- tro cantos da terra? Não é assim que se portam aqueles que não valorizam a união conjugal bíblica e desprezam o leito sem mácula (Hb 13.4) em tro- ca da vida adúltera e da prostituição? Não é esse o espírito de muitas can- ções mundanas ouvidas, bem como de vídeos por toda parte (Jr 5.1-9)? III. OS PRINCÍPIOS E PRECEITOS BÍBLICOS E O RELATIVISMO 1. Os princípios e precei- tos bíblicos são absolutos. Deus continua e continuará para sempre no governo do Universo e conta com aqueles que O amam e que perma- necem fiéis aos seus estatutos. Estes adotam os mandamentos de Deus estabelecidos na Bíblia como abso- lutos e estão plenamente convictos de que eles, em qualquer circunstân- cia, direcionam todos e quaisquer aspectos da vida humana. Quando a nossa tradução daBí- blia usa o superlativo "amplís- simo" para denotar a excelência dos mandamentos de Deus, como escreveu Davi (v.96), a ideia é de que nenhuma área do nosso coti- 38 Lições Bíblicas
  • 41. diano ficou esquecida na Palavra de Deus e de que esses mandamen- tos são absolutamente necessários. Deus não deixou de prover sem- pre o melhor para cada situação. Ao insistirmos nos absolutos, não queremos afirmar que não haja também conceitos relativos. Essa diversidade se manifesta,por exem- plo, nas comidas típicas de cada país, nos estilos da arquitetura, no estilo da vestimenta e até mesmo em relação ã hora de dormir, que de- pende do fuso horário. Mastais cir- cunstâncias relativas acabam apon- tando para princípios biológicos absolutos: todos precisam alimen- tar-se, todos precisam dormir. Se assim ocorre com os princí- pios biológicos, que dirá quanto aos princípios morais e espirituais!Ver Js 22.5; 2 Rs 17.37; Rm 13.9. 2. Os princípios e precei- tos bíblicos são imutáveis.Da mesma forma que Deus não muda (Ml 3.6), suas ordenanças também permanecem para sempre inalte- radas, pois são plenamente comple- tas e atuais para o ser humano de qualquer época. 3. Os princípios e precei- tos bíblicos são universais. Pre- cisamos sempre ter em mente que os princípios e preceitos bíblicossão universais. Em outras palavras, eles não foram estabelecidos apenas para determinado período ou para um povo específico, mas para a huma- nidade de todos os tempos. São princípios irrestritos,inclusi- ve no tocante à igreja, como, por exemplo, a autoridade governativa concedida ao homem nos primórdios da criação (Gn 1.26-28).Vivê-losdeve ser a nossa busca constante, princi- palmente porque estamos sob as bên- çãos do novo pacto em Cristo Jesus. CONCLUSÃO Portanto, diante de uma socie- dade secular, entregue de corpo e alma ao relativismo moral, sejam as palavras de nossa boca o clamor de Davi: "Sou teu, salva-me; pois te- nho buscado os teus preceitos" (v.94). Só assim faremos a diferen- ça necessária para influenciar de forma positiva o nosso ambiente. rriKíP Subsídio Devocional "Uma ética acima de qual- quer suspeita As implicações éticas absolutas do Reino de Deus, como se vê no Sermão do Monte, decorrem de ser o próprio Deus quem controla e es- tabelece suas leis. Como um ser mo- ral, Ele não pode exigir menos do que impõe a sua própria natureza.Ain- da que se valham de instrumentos próprios de cada realidade cultural, essas leis, como princípios univer- sais, não se alteram ao sabor das di- ferentes situações, não se ajustam ao que pensa o homem e nem se modi- ficam para adaptar-se ao estilo de vida de cada um, mas são a exata expressão do propósito de Deus para o seu povo. Deus é imutável.Suas leis também são imutáveis. Deus é soberano. Suas leis também são so- Lições Bíblicas 39
  • 42. beranas. Deus é absoluto. Suas leis também são absolutas. Por esse mo- tivo, têm sido fonte de inspiração, ao longo dos séculos, para que as nações inteirasformulem sua estru- tura jurídica e se submetam a ela à luz desses princípios. Contudo, por que a ética doRei- no de Deus éabsoluta? 1. Para definir de modo claro o ideal a ser incessantemente busca- do por aqueles que professam a lê cristã [..."] 2. Para revelar que nenhum es- forço humano é capaz em si mesmo de vivê-la, a não ser pelos méritos da obra redentora de Cristo [...] 3. Para demonstrar, de forma antecipada, como que por espelho, o sublime estilo de vida a ser expe- rimentado na dimensão futura do Reino de Deus [...]". (COUTO, Gere- niias do. ,4 transparência da vida cristã. RJ: CPAD, 2001, p.72-3.) Existencialismo: Movimen- to filosófico que engrandece a existência em detrimento da es- sência. Seus adeptos acreditam que o ser humano não deve preo- cupar-se com questõesespirituais, mas tirar o máximo proveito da existência. Imutável: Não sujeito a mu- danças ou variações. Inamovível: (iue não pode ser removido; absoluto. Universal: Comum a todos os homens, ou que é aplicável a to- dos. Valores absolutos: Trata-se do reconhecimento da existência de normas morais válidas para todas as pessoas em todas as épocas. Para os cristãos, são as santas leis mo- rais da Sagrada Escritura. os dois fundamentos do relativismo mencionados na lição. R. O materialismo c o existencialismo. 2. Explique o materialismo. R. Tudo se limita àmatéria, o mundo é auto-eistente e não oriundo da mão criadora de Deus. 3. Defina existencialismo. R. Corrente de pensamento que husca dar sentido à existência mediante a liberdade dos atos individuais, contrariando toda c qualquer norma absoluta. 4. Mencione as consequências do relativismo para a igreja e para a sociedade. R. Destroi os valores espirituais e morais. 5. Quais as características dos princípios e preceitos bíblicos? R. São absolutos, imutáveis e universais. • * â * * 40 Lições Bíblicas
  • 43. Lição 6 A TEOLOGIA LIBERAL ò de novembro de 2OO5 "Antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração;e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós" (l Pç 3.15). / j l 1 1 *" A abolição dos fundamentos da fé, como os temos na Bíblia, impli- ca a perda dos valores dessa preci- osa fé, que c o único meio de aces- so a Deus mediante a obra reden- tora de Cristo. HINOS SUGERIDOS CD Harpa Cristã 259 (vol.6 - f.3), 506 e 508. ' h -'J ' J 2 TIMÓTEO 3.14-17; 2 PEDRO 1.20,21 2 Timóteo 3 14- Tu,porém,permanecenaquiloque aprendeste e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido. 15-E que, desde a tua meninice, sabes assagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Segunda - Is 25.1 O fundamento divino produz firmeza Terça -1 Co3.10,11 O fundamento divino é imutável Quarta - Ef 2.20 O fundamento divino é apostólico Quinta -1 Tm 6.19 O fundamento divino para a vida eterna Sexta - 2 Tm 2.19 O fundamento divino possui urn selo Sábado - Hb6.1 O fundamento divino aperfeiçoa o crente Lições Bíblicas 41
  • 44. 16- TodaEscrituradivinamente ins- pirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, 17- para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra. 2 Pedro l 20- sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; 21- porque a profecia nunca foi pro- duzida porvontade dehomem algum, masoshomenssantosdeDeusfalaram inspirados pelo Espírito Santo. NTO DE GONTATO Prezado professor, o ministério docente não é mera repetição de in- formação. Informarnão significa en- sinar. Enquanto docente da ED,você tem uma tríplice missão: salvação, crescimento e serviço. Como educa- dores cristãos, a nossa missão pode ser traduzida da seguinte forma: 1. Compreender as situações difí- ceis e embaraçosas as quaiso homem contemporâneo e a sociedade, na qual está inserido, têm enfrentado. 2. Analisar os desafios da pós- modcrnidade. 3. Saber interpretar as mensa- gens subliminares, sutis e malévolas transmitidas aos alunos, seja por meio da mídia, seja mediante o en- sino académico. 4. Examinar,à luz da Bíblia, es- sas informações na sala de aula, a fim de que os alunos possam ad- quirir capacidade autocrítica. Após esta aula, seu aluno deve- rá estar apto a: Refutar os pressupostos da te- ologia liberal. Explicar as razões que deram origem à teologia liberal no sécu- lo XIX. Definir o significadode inspi- ração e inerrância das Sagradas Es- crituras. SÍNTESE TEXTUAL O liberalismo teológico não é algo novo. Começou a florescer de forma sistematizada devido à influência do racionalismo de Descartes eSpinoza, nos séculos XVII e XVIII, que redun- dou no iluminismo. O liberalismo opunha-se ao racionalismo extrema- do do iluminismo. Segundo Michael D. Palmer, "o Iluminismo é um mo- vimento filosófico do século XVIII, com ênfase no livre uso da razão, no método empírico da ciência e no questionamento das doutrinas e va- lores tradicionais." A teologia liberal opõe-se a teo- rias fixas sobre a inspiração das Es- crituras, favorecendo o uso da crí- tica histórica. Não obstante a Bíblia ser escrita por homens, sua inspi- ração é plenamente divina. Cânon, quer dizer "medida exata1', ou seja, esta é uma palavra inspirada por Deus e cheia de autoridade. Estamos vivendo uma época onde estão em evidência várias doutrinas contrárias à Palavra de Deus. É pre- 42 Lições Bíblicas
  • 45. ciso estar atento! O liberalismo teo- lógico tem se infiltradona ortodoxia cristã de modo sorrateiro, com uma roupagem moderna c sutil, tendo aparência de verdade. Aigreja do Se- nhor não pode abrir espaço ou bre- chas para o liberalismo, pois acaba- rá perdendo sua autoridade, deixan- do de ser "sal e luz". Ahistória pode provar que aonde o liberalismoteo- lógico chega, a Igreja perde acomu- nhão com o Pai. A Palavra de Deus alerta: "Quem tem ouvidos ouça o que o Espíritodiz às igrejas". ORIENTAÇÃO D10ATICA Por meio desta lição, você terá uma oportunidade ímpar de cons- cientizar seus alunos de que o relativismo pós-moderno tem pro- porcionado o avanço da teologia li- beral, que reúne as mais diferentes tendências. Então, explique o signi- ficado da palavra teologia (do gr. Theos "Deus" e logos "estudo"), que, é a ciência da religião e das coisas divinas. Para que seus alunos tenham uma melhor compreensão da teologia liberal, é imprescindí- vel conhecer outras correntes ou tendências teológicas.Reproduza o quadro abaixo de acordo com os recursos de que você dispõe. INTRODUÇÃO Os falsos ensinos e o relativismo do movimento filosófico pós-moder- nista ensejam um ambiente extrema- mente propício para o avanço da teo- logia liberal, com suas muitas ramifi- cações e tendências, cujo alvo princi- pal é a perversão da santa féevangé- lica. NoSalmon_.3, a palavra deDeus para Davi, assim se expressa; "Naver- dade que já os fundamentos se trans- tornam: que pode fazer < 'usto?" Nesse" dias < e ataqv-.-s constan- tes à Pai; vra da Verdade ^Ef 1.13; Cl 1.5j_2 Tm_2.15; TgJJ_8), mais"ê mais os nossos apologistas cristãos e defensores da fé, tais quais nos primeiros séculos da história da Igreja, devem levantar com ousadia suas vozes para reafirmar os postu- lados da nossa santíssima fé em Cristo, seguindo o exemplo do após- tolo Paulo, que assim escreveu; CORRENTES TEOLÓGICAS TEOLOGIA BÍBLICA TEOLOGIA CATÓLICA TEOLOGIAPROTESTANTE TEOLOGIA NATURAL Estuda as Doutrinas do Velho e Novo Testamentos. Considera a Palavra de Deus inerrante. Estuda as teologias moral, bíblica e patrística de acordo com a interpretação dos pais da Igreja. Enfatiza o retorno às origens e a reinterpretação das Escrituras. Seus temas principais são: somente as Escrituras, Cristo, a fé e a graça. Busca o conhecimento de Deus baseada na criação e na razão humana. s? Lições Bíblicas 43