1. Aplicação de check list para a análise de riscos industriais
Antonio Fernando Navarro1
Introdução
Sob o título de formulários adotados em seguros especiais, incluímos um
modelo muito empregado no gerenciamento de riscos de máquinas e equipamentos, usualmente
utilizado nas vistorias prévias para a contratação de seguros de Riscos Operacionais. As técnicas
de análise dos riscos para fins de aceitação e de emissão de apólices de seguros são iguais às
técnicas de avaliação para estudos de confiabilidade de processos, segurança de processos,
segurança industrial e segurança do trabalho. O que para um segurador pode ser um elemento que
venha a provocar um sinistro, para o engenheiro de produção pode ser a causa de uma falha que
inviabilize as atividades industriais. Os conceitos de riscos e falhas são análogos. Ambos são
eventos que podem causar perdas e ou danos. Ambos são situações que podem vir a ser avaliadas
precocemente, para fins de correção e mesmo de mitigação dos eventos ou de atenuação.
Atualmente essas análises passam a ser simples na medida em que há inúmeros programas de
computação onde são inseridas informações elementares, e no “clicar” do botão já vem uma
informação, sob a forma gráfica ou numérica.
Todavia, essa aparente simplicidade de análise não dispensa a presença de um
Engenheiro de Riscos, que ao preencher os dados a serem inseridos em um programa computacional
precisam ser aprimorados com a visão do profissional, que, capacitado, enxerga resultados muitas
vezes não inseridos nos programas. Afora isso, a quantidade de variáveis, por mais simples que seja
a análise, é muito grande. Ao enfileirarmos os Dominós (representando os riscos ou as falhas) se
esquecermos de um dado importante poderemos não ter a noção do resultado final.
O formulário proposto é subdividido em três módulos. No primeiro, são indicados
os prováveis riscos incidentes nas instalações industriais, a fim de que se possa comentar à respeito
1
Antonio Fernando Navarro é Físico, Matemático, Engenheiro Civil, Engenheiro de Segurança do Trabalho e Mestre
em Saúde e Meio Ambiente, tendo atuado em atividades de Gerenciamento de Riscos industriais por mais de 30 anos.
Também é professor do curso de Ciências Atuariais da Universidade Federal Fluminense – UFF.
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2. da potencialidade das perdas geradas por esses eventos. Para tanto, existem 4 colunas, com os
seguintes títulos: DMP (Dano Máximo Provável), PNE (Perda Normal Esperada), PMA (Perda
Máxima Admissível) e Afetando Terceiros (quando há possibilidade de gerar um acidente de
grandes proporções e de responsabilidade civil).
No segundo módulo avaliam-se os eventos críticos, devendo ser preenchida uma
folha para cada local ou equipamento inspecionado. O último módulo é uma análise individualizada
de cada um dos equipamentos relevantes, existentes na empresa. Também aqui deverá ser
preenchida uma folha para cada equipamento inspecionado. Nessas análises devem ser consideradas
todas as hipóteses de falhas, ou modos de falha, não só as que afetem o equipamento, instalação ou
edificação, como também as que tenham a capacidade de propagar-se para outros ambientes.
a) DMP - Dano Máximo Provável
É o maior dano que poderá ocorrer em um bem segurado, supondo que entre o
momento do surgimento do evento e a sua completa extinção ou debelação, haverá um socorro
interno ou externo, ou um processo interno ou externo de interrupção das perdas.
Por exemplo, consideremos o evento incêndio, afetando as mercadorias dispostas
no interior de um depósito ou almoxarifado. Caso o fogo se inicie e seja detectado pelos
funcionários da empresa, através da fumaça produzida pela combustão, certamente deverão estar
previstas algumas providências procedimentadas pela empresa, como o alarme geral, convocação da
brigada de incêndio, atuação dos equipamentos fixos ou móveis de combate a incêndios,
desocupação do ambiente, entre outras. Desta maneira, o DMP é o dano avaliado e quantificado
desde o surgimento do incêndio até a sua completa extinção, pelos funcionários da empresa, ou por
equipamentos automáticos de detecção e combate a incêndios. Se o tempo de atendimento ao evento
for de 5 minutos, o DMP será o que for consumido pelo fogo nesses 5 minutos. Não se pode deixar
de lado as paralisações de produção, as mercadorias que mesmo não afetadas pelo o fogo o foram
pela fumaça, pelas mercadorias afetadas pela água, pó ou espuma empregada no combate a
incêndios.
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3. b) PNE - Perda Normal Esperada
É a perda que ocorre normalmente nos processos industriais. É comum o
surgimento de determinadas perdas, em face de ajustes de equipamentos, a retrabalhos devido a
falta de treinamento de funcionários, à queima de fusíveis e queima de pequenos motores, etc. A
troca periódica de gaxetas de válvulas, em função da utilização da mesma, é uma Perda Normal
Esperada, da mesma forma que a substituição de um elemento sensor ao final de sua vida útil..
A Perda Normal Esperada pode ser traduzida como a média das perdas que
costumam ocorrer com uma maior freqüência, produto da própria atividade da empresa ou dos
equipamentos ou instalações nela contidos. A PNE não é uma perda média, e sim, a média das
perdas mais freqüentes. Diferencia-se a perda do dano porque, na maioria das vezes o que se dá é a
substituição de peças que por suas características precisam ser substituídas periodicamente. Em
outro exemplo, após os ajustes dos equipamentos passa a ser normal que no reinício das atividades
surjam produtos defeituosos, que serão eliminados com os reajustes ou a revisão geral.
Usualmente determina-se a PNE, para que se possa fixar os valores sob a
responsabilidade da própria empresa, e que não podem ser repassados a Seguradoras, já que, por se
tratarem de perdas ditas operacionais, são eventos perfeitamente previsíveis de ocorrerem. Assim,
quando uma perda ou um dano é previsível e há um momento ou período em que ocorra, já não se
tem as características básicas para se segurar um bem: eventos possíveis, futuros, independente da
vontade das partes, capaz de gerar uma perda ou um dano e que seja mensurável.
Exemplificando, uma lâmpada queima o filamento com o uso. A queima desse
filamento é uma Perda Normal Esperada. Uma engrenagem desgasta-se com o uso. Os danos
provocados pelo desgaste da engrenagem, limitados ou não à própria engrenagem também podem
ser considerados como perdas normais. Assim, todos os componentes de equipamentos ou de
instalações que sofrem desgaste contínuo e/ou tem limitação de vida útil, estão propensos a gerar
Perdas Normais Esperadas. Entretanto, se a correia de uma polia vier a sofrer danos ou desgastes
prematuros e mesmo acidentais, não será uma perda normal esperada.
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4. Como se observa, a prevenção para as perdas normais esperadas é um programa
de manutenção eficiente, conjugado com uma supervisão compatível com a atividade desenvolvida.
Se o operário, ao perceber o desgaste da correia da polia não a troca no tempo certo, estará
colaborando para o surgimento de um sinistro, o qual assumirá proporções muito maiores das que
usualmente poderia se esperar.
c) PMA - Perda Máxima Admissível
A Perda Máxima Admissível é a maior perda que pode ocorrer em um ambiente,
considerando-se que todos os equipamentos e sistemas de prevenção de perdas venham a falhar, e
que não haja o atendimento externo, ou o socorro externo. A PMA também poderá vir a receber a
denominação de Perda Catastrófica, visto que se espera danos muito maiores dos que os que
normalmente poderiam ocorrer.
Para o dimensionamento da Perda Máxima Admissível, leva-se em consideração
não só os materiais e produtos acondicionados no local, como também a forma de
acondicionamento e o volume desses, as características dos processos, os níveis de manutenção e
supervisão, as características dos equipamentos, entre outras avaliações.
d) Danos afetando a terceiros
A última coluna é a que menciona se os danos podem vir ou não a afetar a
terceiros. A preocupação com os terceiros é devido à responsabilidade civil que as empresas têm,
onde muitas vezes as ações interpostas por terceiros, por danos a eles causados tendem a ser bem
maiores do que as perdas a eles geradas. Também se considera que em perdas catastróficas há risco
de acidentes maiores envolvendo o Ambiente Natural (Meio Ambiente)
O formulário é constituído de 3 quadros, a saber:
• quadro resumo dos riscos incidentes;
• quadro resumo dos eventos críticos;
• equipamentos relevantes - análise individualizada.
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5. Resumidamente, tem-se:
⇒ a PNE é a perda comum, contra a qual, em princípio, nada se pode fazer. Existem mecanismos
que reduzem as Perdas Normais Esperadas, como por exemplo, programas de manutenção
preditiva;
⇒ o DMP é a perda que pode vir a ser controlada externamente. Quanto melhor forem os meios de
controle menor será a perda;
⇒ a PMA é a perda contra a qual, pelo menos em princípio, nada se pode fazer. Pode ser também
conhecida como a perda catastrófica.
Existem métodos já descritos no livro Gerenciamento de Riscos Industriais2,
que possibilitam a redução das Perdas Máximas Admissíveis, as que tendem a causar eventos
catastróficos.
O evento pode ser definido como catastrófico quando atinge a empresa de modo
irrecuperável, tendendo a atingir as edificações adjacentes. Não há um critério para se enquadrar o
evento, mas pode ser dito que esse atinge as instalações de maneira que essa não tenha outra forma
de se recuperar que não seja a substituição de todo o parque fabril.
Uma das maneiras mais fáceis e práticas de se avaliar as condições dos riscos é
através da aplicação de questionários específicos. De posse das informações contidas no relatório o
Gerente de Riscos pode estabelecer critérios específicos para a mensuração das perdas.
2
Navarro, A.F., Gestão de Riscos Industriais, registrado na Biblioteca Nacional sob nº 123.087/1996
Navarro, A.F., Ferramentas Empregadas na Gestão de Riscos Industriais – registrado na Biblioteca Nacional sob nº
128.681/1996
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6. Formulários adotados em riscos industriais
Elaborado por: ______________________________________________________________
Em
:
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7. 1) Quadro resumo dos Riscos Incidentes
(%)
DMP (%)
Riscos Incidentes
PNE (%)
PMA (%)
Afetando
Terceiros
L
N
G
C
L
N
G
C
L
N
G
C
Sim
Não
Incêndio
Explosão química
Explosão física
Danos elétricos
Queda de raios
Descarga elétrica
Arco voltaico
Alagamento
Vendaval/Tornado
Granizo
Tumultos/Motins
Desabamento
Erosão
Corrosão
Sabotagem
Recalques de terreno
Queda de barreiras
Impacto de veículos
Impacto de aeronaves
Vazamento de produtos
Contaminação ambiental
Içamento de cargas
Umidade
Quebra de máquinas
Quebras por defeitos de
material
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8. Quebras por falhas de
montagem
Quebras por falhas de
operação
Roubo de bens
Roubo de tecnologia
Inundação
Desmoronamento
Geada
Impacto com bens
transportados
Sabotagens
Perda de dados dos
sistemas
Falta ou falha de
suprimentos de gás, água,
energia, telefonia, dados
Outros (relacionar)
DMP = Dano Máximo Provável
PNE
= Perda Normal Esperada
PMA = Perda Máxima Admissível
L
= Risco Leve (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens compreendida entre
0,1% a 2,0%)
N
= Risco Normal (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens compreendida
entre 2,1% a 50,0%)
G
= Risco Grave (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens compreendida
entre 50,1% a 80,0%)
C
= Risco Catastrófico (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens
compreendida entre 80,1% a 100,0%)
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9. 2) Quadro resumo dos eventos críticos
Evento
Objeto
DMP
PNE
PMA
(%)
(%)
(%)
Danos
Nº de dias
Materiais
reposição
(US$)
ou reparos
% Valor de
Produção
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10. 3) Equipamentos Relevantes - Análise Individualizada
Características Operacionais do Equipamento (usar uma ficha para cada equipamento)
Característica:
Fabricante:
Ano de fabricação:
nº de identificação:
Potência:
Rotação:
Amperagem:
Voltagem:
Modelo:
nº de série:
Emprego/utilização:
Acionamento:
Localização:
Custo atual (US$):
Custo de novo (US$):
Possibilidade de reposição
imediata
curto prazo
longo prazo
Necessidade de manutenção
imediata
curto prazo
longo prazo
Necessidade de reparos
imediata
curto prazo
longo prazo
Observações durante a inspeção:
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11. Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário
1) Quadro Resumo dos Riscos Incidentes
O quadro apresenta um grupamento de riscos ou de eventos que podem vir a
incidir sobre os bens ou instalações da empresa, isoladamente ou não. Para cada um deles devem ser
informadas as conseqüências advindas, no tocante às perdas que possam vir a se manifestar, bem
como a possibilidade desses danos virem a ser agravados com o alastramento das consequências
para outros locais. Para a verificação da possibilidade de alastramento das perdas a melhor
ferramenta de análise é através do lay out posicional dos equipamentos e o estudo do processo de
produção, dando-se ênfase às energias perigosas (calor, vapor, gás, energia elétrica, energia
mecânica, etc..)
Por exemplo, supondo que se esteja analisando um galpão industrial, construído à
beira de uma encosta, em cujo interior há um almoxarifado de materiais diversos. Pode sem se ter
outras informações que não essas, arbitrar, ou projetar uma série de eventos que poderão vir a ser
causadores de danos ao imóvel e/ou a seu conteúdo. Dentre esses danos citamos:
• deslizamento da encosta;
• danos por água, já que o galpão está à beira da encosta;
• danos por desabamento;
• danos por desmoronamento, e
• danos por incêndio (queda de equipamentos ou de paredes sobre painéis ou circuitos
energizados).
Poderá ocorrer o fato de que a encosta não seja do jeito que a estamos
imaginando. Poderá não ser tão íngreme; poderá estar coberta de vegetação, pode ser que haja uma
eficiente drenagem, enfim, pode não ser que tudo aquilo o quanto imaginamos não seja real, caso as
decisões surjam apenas da interpretação dos elementos informados no relatório. Porém, sempre
existirão riscos potenciais.
A partir do momento em que os eventos causadores de danos já foram
identificados, resta-nos estimar ou dimensionar as perdas, ou os danos daí derivados, classificando-
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12. os como risco leve, risco normal, risco grave ou risco catastrófico, bem como informando se esses
danos podem ser enquadrados dentro de uma das categorias já citadas anteriormente.
Um dano por água de chuva não deve ser enquadrável como uma Perda Normal
Esperada, porque se assim o fosse, a empresa não estaria protegendo adequadamente os seus bens.
Também não deve ser um Dano Máximo Provável, porque a empresa não pode disponibilizar
recursos para, a cada chuva que ocorra proteger mais os bens, evitando um prejuízo maior. Esse
dano somente pode ser enquadrado como uma Perda Máxima Admissível. A perda poderá ser
devida ao encharcamento das mercadorias estocadas pela água que penetrou pelos telhados, ou pela
água empoçada no piso, que não foi adequadamente drenada para fora do prédio. A partir daí, fica
mais fácil classificar o tipo de dano como: risco leve, normal, grave ou catastrófico. Um risco
catastrófico é aquele que tende a gerar uma perda total, ou uma perda na qual a quantidade de bens
não afetados é quase nenhuma. Esse dano por água de chuva pode ser causado pela incidência de
fortes ventos que causem danos nos telhados.
Como se observa, o enquadramento dos riscos não é uma operação tão complexa
quanto possa parecer à primeira vista. O Gerente de Riscos deve ter o bom senso para enquadrar
corretamente as conseqüências dos riscos. Porém, o dimensionamento das perdas requer um
embasamento técnico profundo.
Quando se pretende praticar o auto-seguro, uma operação discutida em nosso livro
Gerenciamento de Riscos Industriais deve-se ter em mente que uma das informações primordiais é a
da definição da extensão das perdas, como uma maneira de estimar o prejuízo financeiro
diretamente daí decorrente. A empresa deve ter instrumentos em mãos que a permitam tomar essa
decisão, embasada em critérios técnicos. O auto-seguro ocorre quando o segurado (empresa) assume
intencionalmente ou não a responsabilidade pelos prejuízos que possa ter com a ocorrência de
eventos danosos.
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13. 2) Quadro Resumo dos eventos críticos
Eventos críticos são todos aqueles que representam um potencial maior de perda
para a empresa. Há uma tendência de esses eventos críticos ficarem restritos a determinado
equipamento ou sistema, ou a determinada edificação.
Por exemplo, quando estamos analisando uma caldeira, um evento crítico é a da
explosão do equipamento, apesar de existirem outros eventos que podem ocorrer no mesmo
equipamento. A caldeira pode estar sujeita a um dano elétrico, que venha a danificar ou paralisar os
motores elétricos dos ventiladores ou insufladores. Da mesma forma que pode estar sujeita a um
dano mecânico, e etc. A explosão, mencionada como o evento crítico, tem uma propensão de
danificar não só a caldeira, onde foi originada, como também os equipamentos, instalações e
edificações ao redor da mesma. Tivemos a oportunidade de atuar enquanto peritos em um evento
em uma caldeira aquatubular. O vazamento de água em um dos tubos atingiu o smelt e provocou
enorme explosão, pois a água, ao vaporizar-se aumenta seu volume em 1.800 vezes em um tempo
bem curto. O vazamento poderia ter sido evitado se a empresa tivesse realizado a manutenção dos
tubos. Como ficaram faltando alguns no almoxarifado não foram todos substituídos. Em um desses
ocorreu o vazamento em um trecho com corrosão. Tratava-se de uma indústria de produção de
celulose e as perdas chegaram a mais de dez milhões de dólares, no início dos anos oitenta.
Havendo o dano crítico esse deverá ser classificado como DMP, PNE ou PMA,
preferencialmente, informando-se:
• qual o percentual do equipamento foi atingido ou danificado pelo evento?
• quais foram os valores correspondentes aos danos materiais?
• quantos serão os dias necessários à reposição do bem atingido ou a seu reparo?
• qual será o percentual do valor da produção total da empresa que ficará reduzido, com a perda ou
a paralisação do equipamento?
• qual o impacto que esse acidente poderá causar no suprimento de bens para os clientes?
Trata-se de informações bastante difíceis de serem conseguidas, sendo, porém, de
importância para um bom gerenciamento de riscos. O Gerente de Riscos deve estar preparado para
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14. buscar esses dados. Nem sempre os operadores dos equipamentos ou os usuários das instalações
estão preparados para dar uma resposta satisfatória aos questionamentos formulados pelo inspetor.
Exemplificando: em uma subestação elétrica o principal equipamento é o
transformador, abaixador ou elevador de tensão. Em certas ocasiões, até mesmo em função da idade
do projeto, já não existirão mais transformadores similares. E, os que podem vir a ser empregados
em substituição ao equipamento danificado, poderão necessitar de adaptações em todo o sistema de
interligação. Qual o tempo disponível para a adaptação do equipamento? É difícil se precisar, já que
a quantidade de parâmetros que conduzirão a esta resposta são vários, tais como:
• existência de pessoal disponível para a realização da adaptação e da substituição do equipamento
danificado;
• existência de espaço físico para a instalação do novo equipamento;
• existência de equipamentos para serem instalados;
• existência de condições para o transporte e instalação do equipamento, etc.
3) Equipamentos relevantes - Análise individualizada
Neste campo de informações pretende-se obter dados acerca dos equipamentos
relevantes ao processo, ou à empresa, com algumas indicações técnicas. No campo destacamos os
quesitos que mencionam:
• possibilidade de reposição;
• condições para a manutenção;
• meios para os reparos.
Cabe ser destacado que todos esses serviços deverão ser avaliados de sorte que a
implantação e a implementação possa se dar: imediatamente, a curto ou a longo prazo. Essas
informações permitirão se avaliar as reais condições de operação dos equipamentos, e o estado em
que se encontram os mesmos.
Um equipamento é considerado como relevante, se a atividade da empresa estiver
conjugada a existência do mesmo. Uma bomba d’água pode não ser um equipamento relevante.
Porém, se essa bomba for empregada para o abastecimento de uma caixa d’água, passa a ser
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15. relevante. O reservatório de água só tem finalidade se existir água em seu interior, o que somente
poderá ser conseguido com uma bomba. A bomba pode estar conjugada ao sistema de refrigeração
de uma máquina de grande porte. Se o bombeio for interrompido a máquina não terá condições de
funcionar.
Um sistema de ar condicionado é um equipamento relevante em uma sala de um
centro de processamento de dados, não sendo tão relevante assim em uma escola ou em um
escritório. Nesses locais é um equipamento gerador de conforto, mas não um equipamento
relevante.
Relatório de Avaliação de Riscos
O Relatório de Avaliação de Riscos é outra ferramenta bastante empregada na
análise e no gerenciamento de riscos.
Trata-se de um formulário de caraterísticas simples, usualmente adotado para
inspeções menos elaboradas, ou para aquelas onde não há uma necessidade de precisão de dados,
seja porque se tratam de riscos previamente conhecidos, seja porque já existe um conceito prévio
acerca deles.
Todo formulário simplificado, com campos de preenchimento tem uma
característica básica, que é a do preenchimento rápido. Porém, essa rapidez no preenchimento não
deverá prejudicar, de forma alguma, a qualidade da informação prestada. Por essa razão, sempre
existirão campos, ao final de cada tópico, onde o inspetor poderá apresentar o seu parecer acerca dos
itens analisados. Por exemplo, saber se há um transformador instalado no local é importante. Porém,
mais relevante é saber-se como esse transformador está instalado e como opera.
Difere dos demais por definir uma linha de questionamentos, mais rápidos e
objetivos. Não permite, entretanto, obter dados para a mensuração matemática dos riscos. Os
quadros contidos no formulário são os seguintes:
1. Análise do Risco;
2. Características físicas do Risco;
3. Equipamentos de segurança contra incêndio;
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16. 4. Principais equipamentos existentes no risco;
5. Características físicas do Risco;
6. Análise quanto à exposição a Riscos;
7. Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação;
8. Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento;
9. Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo;
10. Análise quanto ao risco de Explosão de Aparelhos e de Substâncias;
11. Análise quanto ao risco de Incêndio;
12. Análise quanto ao risco de Danos Elétricos;
13. Análise quanto aos demais riscos.
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17. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS
Elaborado por: _____________________________________________________________
Em
:
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18. Relatório nº
Relatório de Avaliação de Riscos
Segurado:
CGC:
Unidade:
Município:
Endereço:
Estado:
Atividade Principal:
« » Comercial
« » Industrial
« » Residencial
« » Outra
1 - Análise do Risco
Item
Atividade
Enquadramento
Acabamento
Planta
desenvolvida
Tarifário.
construtivo
Área
$/ m2 de
Constr.
Reposi-
(m2)
ção
Importânci
a Segurada
2 - Condições dos Riscos
Itens
Bom
Regular
Ruim
Para a evacuação do Risco
Dos equipamentos e instalações
Das tomadas/quadros/interruptores/painéis elétricos
Dos equipamentos de combate a incêndios
Dos sistemas de segurança locais
Da limpeza operacional
Das portas/janelas/basculantes – condições de segurança
Estado de conservação dos prédios
Distribuição dos equipamentos de incêndio
Aspecto do layout interno
Operacionalidade dos equipamentos e máquinas
Oerdas de equipamentos e processos
Rotinas de treinamento de funcionários
Turn over dos funcionários
Aspecto de segurança contra os demais riscos que não incêndio
Comentários gerais:
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19. 3 - Equipamentos de segurança contra incêndio
Equipamentos
Bem
Recarrega
Sinaliza
posicionados
dos
dos
Obstruídos
Extintores
Hidrantes
Mangotinhos
Detectores
Moto-bombas
Sprinklers
Sistemas de gases
Outros dispositivos
Comentários gerais:
4 - Principais equipamentos existentes no Risco
Elevadores
sim
não
Geradores elétricos
sim
não
Caldeiras
sim
não
Subestações elétricas
sim
não
Compressores de ar
sim
não
Vasos de pressão
sim
não
Tancagem de produtos perigosos
sim
não
Turbinas elétricas
sim
não
Transformadores
sim
não
Ar Condicionado Central
sim
não
Escadas rolantes
sim
não
Antenas coletivas
sim
não
Incineradores
sim
não
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20. Painéis de propaganda
sim
não
Centrais telefônicas
sim
não
Centros de Processamento de Dados
sim
não
Comentários:
5 - Características físicas do risco
Área construída:
m2
Área ocupada:
m2
Estado geral da construção
bom
regular
deficiente
Estado geral das instalações
bom
regular
deficiente
Aspecto de limpeza e conservação
bom
regular
deficiente
Terrenos baldios adjacentes
sim
sim
Estações ferroviárias/ metrô próximas
sim
sim
Quartel nas proximidades
sim
sim
Delegacias policiais nas proximidades
sim
sim
Comentários gerais:
6 - Análise quanto à exposição a Riscos
Incêndios
sim
não
Queda de raios
sim
não
Explosão química
sim
não
Explosão física
sim
não
Vendaval/tornado
sim
não
Alagamento/inundação
sim
não
Granizo
sim
não
Queda de aeronaves
sim
não
Impacto de veículos
sim
não
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21. Danos a terceiros
sim
não
Danos elétricos
sim
não
Desabamento/desmoronamento
sim
não
Outros
sim
não
Ocorrências anteriores
sim
não
Comentários:
7 - Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação
Rios, lagos e canais nas proximidades?
sim
não
Existência de drenos e galerias?
sim
não
Desobstruídos?
sim
não
Proximidade:
Terreno com:
m
drenagem rápida
Nível do piso nas edificações:
drenagem lenta
alagadiço
maior que o terreno
menor que o terreno
Proteção contra a entrada de água?
sim
não
Adequadas?
sim
não
Ocorrências anteriores?
sim
não
Existência de subsolos?
sim
não
Sujeitos a riscos?
sim
não
Comentários:
8 - Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento
Existência de aclives e declives?
sim
não
Trincas na construção
sim
não
Relevantes?
sim
não
drenagem lenta
alagadiço
sim
não
Terreno com:
Erosão no terreno?
drenagem rápida
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22. Proteção de encostas?
sim
não
Adequadas?
sim
não
Ocorrências anteriores?
sim
não
Existência de subsolos?
sim
não
Sujeitos a riscos?
sim
não
Comentários:
9 - Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo
Características das construções:
Características dos ventos dominantes:
Proteções especiais adotadas:
Características dos telhados:
Ocorrências anteriores?
sim
não
Relatar
Comentários:
10 - Análise quanto ao risco de explosão de aparelhos e de substâncias
Existência de caldeiras e de vasos de pressão? (Comentar)
sim
não
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23. Existência de substâncias explosivas ou inflamáveis? (Comentar, inclusive acerca dos cuidados
quanto ao risco de explosão:
Informar as caraterísticas dos depósitos de combustíveis:
Descrever o estado geral das redes de ar comprimido, vapor e de gases:
Informar quais as proteções adotadas para a proteção das caldeiras:
Ocorrências anteriores?
sim
não
Relatar
Comentários:
11 - Análise quanto ao risco de Incêndio
Há equipamentos de proteção suficientes para a proteção
sim
não
sim
não
Há brigada de incêndio?
sim
não
Há CIPA?
sim
não
Há controles sobre as áreas de riscos?
sim
não
Os controles são adequados?
sim
não
Há um ordenamento e limpeza compatível com o grau
sim
não
sim
não
sim
não
do risco?
Os agentes extintores são compatíveis com a classe de
risco incêndio?
de risco?
Há presença de substâncias com risco de reatividade
com a água?
Há
compartimentação
de
áreas,
para
evitar
o
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24. alastramento do incêndio?
Há possibilidade de haver alastramento do incêndio para
sim
não
outros riscos?
Ocorrências anteriores?
sim
não
Relatar
Comentários:
12 - Análise quanto ao risco de Danos Elétricos
Os circuitos elétricos são identificados de acordo com as áreas supridas?
sim
não
Há painéis elétricos para a proteção das redes de distribuição?
sim
não
Os circuitos são adequadamente protegidos?
sim
não
Há circuitos sobrecarregados?
sim
não
Há emendas de condutores sem a adequada proteção?
sim
não
Há aterramento elétrico?
sim
não
Há circuitos elétricos em áreas de risco?
sim
não
Os circuitos são blindados e à prova de explosão?
sim
não
Há circuitos instalados aparentemente?
sim
não
Ocorrências anteriores?
sim
não
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Comentários:
13 - Análise quanto ao risco de ...................................
Ocorrências anteriores?
sim
não
Relatar
Comentários:
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26. Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário
1 - Análise do Risco
O primeiro item do relatório destina-se à classificação dos itens e plantas
seguráveis, como previsto em tarifas de seguros. Acrescentamos ao campo colunas referentes à:
• informações acerca do tipo de acabamento construtivo das edificações;
• área construída, preferencialmente de cada pavimento ou andar do prédio analisado;
• custo de reposição para a edificação, preferencialmente extraído de publicações especializadas, e
não de tabelas de Seguradoras;
• importância segurada total da planta, no que diz respeito ao valor da edificação. Esse total é
obtido multiplicando-se o custo de reposição por metro quadrado de construção vezes a área
construída total.
2 - Condições dos riscos
Riscos aqui significam eventos ou itens que devem ser avaliados. A avaliação
proposta é expedita, enquadrando-se como bom, regular ou ruim.
Um enquadramento regular ensejará o acréscimo de uma recomendação para a
melhoria daquela situação. Um enquadramento ruim poderá significar a recusa, em todo ou em parte
do risco, ou a inclusão de algum tipo de sanção punitiva, ou de uma participação obrigatória da
empresa em cada evento que venha a ocorrer.
Há uma miscelânea de informações, algumas relativas a segurança patrimonial,
outras à segurança contra incêndio, outras relativas a aspectos de conservação. Os grupamentos
avaliados no presente campo de informações são os seguintes:
a) Segurança contra incêndio
• Condições para a desocupação do risco;
• Condições dos equipamentos de combate a incêndios;
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27. • Eficiência e adequação dos equipamentos em relação aos processos e sistemas/equipamentos;
• Capacitação de pessoal;
• Equipamentos ou instalações que possuam meios próprios de controle de velocidade, pessão,
temperatura, sobre corrente, sobre tensão;
• Distribuição dos equipamentos de incêndio.
b) Segurança Operacional
• Controle do turn over dos funcionários;
• Rotinas de treinamento de funcionários;
• Controles de perdas de equipamentos e processos;
• Condições de operacionalidade dos equipamentos e máquinas;
• Condições de conservação e manutenção dos equipamentos e instalações.
c) Segurança Patrimonial
• Conservação das tomadas, quadros, interruptores e painéis elétricos;
• Condições dos sistemas de segurança locais;
• Aspecto da limpeza operacional;
• Conservação das portas, janelas e basculantes;
• Estado de conservação dos prédios;
• Aspecto do layout interno.
3 - Equipamentos de Segurança contra Incêndio
Neste campo do formulário são solicitadas informações sobre os equipamentos de
segurança contra incêndio, no que diz respeito aos quesitos de posicionamento, recarga, sinalização,
obstrução, adequação eficiência, manutenção, funcionamento, adequação às normas, etc.. Para
alguns, a informação referente a recarga de um extintor, carreta ou sistema fixo de pó ou espuma
mecânica fica prejudicada, como por exemplo, quando se tratam de sistemas hidráulicos, sprinklers,
sistemas mulsifyre, protector spray. Pode-se informar, com ressalvas em campo próprio, se esses
equipamentos possuem água em quantidade suficiente para o combate ao incêndio.
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28. Uma legislação de um município de Santa Catarina já apresentava uma
preocupação quanto aos sistemas de proteção, concedendo descontos para instalações existentes em
condições de utilização imediata, como:
Lei Complementar 207/98 | Lei Complementar nº 207 de 22 de dezembro de 1998 de Blumenau
Altera dispositivos da Lei Nº 4.451, de 21 de dezembro de 1994. Décio Nery de Lima, Prefeito Municipal de Blumenau.
Faço saber a todos os habitantes deste Município que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a
seguinte Lei Complementar:
Art. 1º - Ficam incluídos o parágrafo único ao artigo 8º e os §§ 7º e 8º ao artigo 11, ambos da Lei nº 4.451, de 21 de
dezembro de 1994, alterada pela Lei nº 4.595, de 22 de dezembro de 1995, com a seguinte redação:
"Art. 8º - .......
Parágrafo único - Mensalmente serão prestadas contas da movimentação financeira do FUNREBOMPOM."
"Art. 11 - .......
§ 7º - A taxa de vistoria prevista no inciso II do § 2º deste artigo será cobrada:
I - com desconto de 50% (cinqüenta por cento), quando a edificação estiver com todos os sistemas preventivos de
incêndio rigorosamente instalados e em perfeito estado de funcionamento, consoante as Normas de Segurança Contra
Incêndio;
II - com desconto escalonado de até 50% (cinqüenta por cento), por sistema preventivo de incêndio rigorosamente
instalado e em perfeito estado de funcionamento, consoante as Normas de Segurança Contra Incêndio, na forma que
segue:
a) Sistema de Proteção por Extintor (SPE)
2,0%
b) Sistema Hidráulico Preventivo (SHP)
5,0%
c) Instalação de Gás Combustível (IGC)
5,0%
d) Saídas de Emergência (SE)
6,0%
e) Dispositivo para Ancoragem de Cabos
2,0%
f) Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPCDA)
5,0%
g) Iluminação de Emergência (IE)
5,0%
h) Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio (SADI)
5,0%
i) Sistema de Chuveiros Automáticos (Sprinklers)
5,0%
j) Sistema Fixo de Gás Carbônico
5,0%
k) Sistema Água Nebulizada de Alta Velocidade (Sistemas Mulsifyre)
5,0%
§ 8º - Para as edificações com área acima de 1.500 m², a taxa de vistoria prevista no inciso II, do § 2º, deste artigo
poderá ser paga em até 04 (quatro) parcelas mensais, iguais e sucessivas."
Art. 2º - O artigo 9º da Lei nº 4.451 de 21 de dezembro de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 9º - A infringência às Normas de Segurança Contra Incêndio implicará, isolada ou cumulativamente, além das
responsabilidades legais específicas, nas seguintes sanções administrativas:
I - notificação;
II - multa de 30,33 a 909,90 Unidades Fiscais de Referência - UFIR`s, na forma do Anexo IV desta Lei;
III - suspensão, impedimento ou interdição do estabelecimento, prédio ou locação;
IV - denegação ou cancelamento do Alvará de Localização e Funcionamento ou "Habite-se.
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29. Parágrafo único - Precedentemente à aplicação das sanções previstas nos incisos II, III e IV deste artigo, será
concedido, na primeira vistoria, prazo para regularização da respectiva infringência, na forma do Anexo V desta Lei".
Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Blumenau, em 22 de dezembro de 1998.
Décio Nery de Lima
Prefeito Municipal
Anexo IV
Sistemas Preventivos
Nº UFIR`s
1. (SPE) Sistema de proteção por extintor
60,64
2. (SHP) Sistema hidráulico preventivo
Por reservatório superior
454,86
Por reservatório inferior
758,11
Por castelo d`água
606,49
3. (IGC) Instalação de gás combustível
Cabine de proteção para cilindro até 90Kg
303,24
Central de gás (centralizado)
606,49
4. (SF) Saídas de emergência
Portinhola
90,97
Local para resgate aéreo
758,11
Escada comum
121,29
Escada protegida
181,94
Escada enclausurada
303,24
Escada a prova de fumaça
545,84
Elevador de emergência
454,86
Passarela
303,24
5. Porta corta fogo
181,94
6. Parede corta fogo
363,89
7. Dispositivo para ancoragem de cabos
212,27
8. (SPCDA) Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas
576,16
9. (IE) Iluminação de emergência
Conjunto de blocos autônomos
151,62
Sistema central por acumuladores
545,94
Grupo moto gerador
818,76
10. (SADI) Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio
242,59
11. Sistema de chuveiros automáticos (Sprinklers)
363,89
12. Sistema fixo de gás carbônico
454,86
13. Sistema água nebulizada de alta velocidade (Sistema Mulsifyre)
303,24
14. Centro de processamento de dados
303,24
15. Instalações industriais de líquidos inflamáveis
606,49
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30. 16. Instalações para reabastecimento de líquidos inflamáveis (postos de gasolina)
909,73
17. Armazenamento de líquidos inflamáveis em recipientes no interior de edifícios
606,49
18. Depósito, manuseio e armazenamento de explosivos (fogos de artifício)
900,73
Depósito de distribuidoras
909,73
Postos de revenda
606,49
20. Caldeiras estacionárias a vapor
454,86
21. Hidrantes urbanos
151,62
22. Proteção florestal de matas nativas e reflorestamento
909,73
Obs. O número mínimo de UFIR`S não será cumulativo. Caso a mesma edificação e/ou projeto necessite de instalação
de mais de um sistema preventivo, a multa será devida pelo sistema preventivo de maior número de UFIR`S.
Anexo V
Sistemas preventivos
Prazos
1) Sistema preventivo por extintores
15 a 30 dias
2) Sistema hidráulico preventivo
180 a 360 dias
3) Instalação de gás centralizado
120 a 180 dias
4) Instalação de abrigo para gás
15 a 60 dias
5) Dispositivo para ancoragem de cabos
15 a 60 dias
6) Sistema de proteção contra descargas atmosféricas
120 a 180 dias
7) Iluminação de emergência - blocos autônomos
15 a 60 dias
- Acumulador centra
60 a 120 dias
8) Sistema de alarme e detector de incêndio
60 a 120 dias
9) Sinalização para abandono de local
15 a 60 dias
10) Saída de emergência - portinhola
15 a 60 dias
- Escada comum
180 a 360 dias
- Escada protegida
180 a 360 dias
- Escada enclausurada
180 a 360 dias
- Escada a prova de fumaça
180 a 360 dias
- Porta corta fogo
180 a 360 dias
- Passarela
180 a 360 dias
- Elevador de emergência
180 a 360 dias
11) Outros sistemas e/ou exigências
15 a 150 dias
OBS. O prazo total compreende o somatório dos prazos de cada sistema de segurança, incluindo-se a apresentação
dos projetos preventivos de incêndio e a instalação dos sistemas.
A relevância em se apresentar uma legislação específica se deve à cultura
prevencionistas do Município, com residências e edificações em madeira ou enxaimel. O Enxaimel,
ou Fachwerk (originário de "Fach" assim denominavam o espaço preenchido com material
entrelaçado de uma parede feita de caibros), é uma técnica de construção que consiste em paredes
montadas com hastes de madeira encaixadas entre si em posições horizontais, verticais ou
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31. inclinadas, cujos espaços são preenchidos geralmente por pedras ou tijolos. Os tirantes de madeira
dão estilo e beleza às construções do gênero, produzindo um caráter estético privilegiado. Outras
características são a robustez e a grande inclinação dos telhados. Na adaptação do enxaimel às
características climáticas da região, foi necessária a implantação, por conta da elevada umidade
local, de uma estrutura feita de pedra que sustenta as construções evitando que a madeira se molhe.3
Graças a essa preocupação dos governantes conseguiu-se preservar as casas que poderiam ser
facilmente destruídas por um incêndio.
Deve ser levado em consideração que os equipamentos portáteis são eficientes
somente para o combate a princípios de incêndio. Empregar-se um extintor para combater um
incêndio, com uma carga térmica razoável, além de perigoso para o operador, não possibilita o
decréscimo das chamas, já que o volume de agente extintor disponível é insuficiente para tal
empreitada.
4 - Principais equipamentos existentes no risco
Pretende-se obter a informação de quais são os equipamentos empregados nas
atividades industriais, dentre os listados, que existem no local inspecionado. Alguns desses
representam riscos para a própria empresa, para terceiros (responsabilidade civil), e outros são
necessários para o funcionamento com segurança, das instalações. Em uma fábrica de móveis pode
existir lixadeiras planas. O equipamento, mesmo com coifa, libera pó de madeira e esse pode entrar
em combustão rapidamente. Desta maneira, a empresa tem que investir em equipamentos acessórios
ou outros dispositivos, como, por exemplo, o confinamento do equipamento e sistemas de filtragem
eficientes, que possibilitem a coleta do pó:
a) Danos contra terceiros
• Elevadores;
• Escadas rolantes;
• Painéis de propaganda;
• Antenas coletivas.
3
http://pt.wikipedia.org/wiki/Enxaimel
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32. b) Danos contra as próprias instalações
• Compressores de ar;
• Bombas;
• Circuitos de circulação de flúidos;
• Sistemas elétricos;
• Transformadores, painéis e chaves seccionadoras;
• Caldeiras.
c) Danos ambientais
• Incineradores de Lixo;
• Depósito de coleta de materiais;
• Áreas de segregação de resíduos;
• Incompatibilidade das barreiras de contenção para a contenção de fluidos do processo;
• Geração de vapor e poeiras.
d) Danos adicionais aos próprios equipamentos
• Turbinas elétricas;
• Transformadores;
• Ar condicionado central;
• Centros de Processamento de Dados;
• Geradores elétricos;
• Subestações elétricas;
• Centrais telefônicas.
Alguns equipamentos são relevantes para a atividade avaliada. A relevância está
associada à dependência da instalação e processo daquele equipamento específico, como por
exemplo:
⇒ Geradores autônomos para um hospital;
⇒ ar condicionado central para uma instalação de computação;
⇒ compressores de ar para oficinas mecânicas, etc.
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33. Existirão campos próprios, mais adiante, onde poder-se-á comentar a respeito de
determinados riscos. Dentre os riscos habitualmente presentes em quase todas as empresas, poderse-á ter:
• o risco de explosão gerado por caldeiras e compressores, bem como por todos os equipamentos
que trabalhem em regime de vaso de pressão fechado, com pressão interna maior do que a
externa;
• o risco de danos elétricos, produzidos por transformadores e subestações elétricas, como também
pelas instalações que alimentam circuitos de luz e de força;
• o risco de responsabilidade civil, por danos contra terceiros, provocado pelos painéis de
propaganda externos e pelas antenas coletivas, como também por componentes da edificação que
possam vir a ser deslocados por ventos fortes.
Determinados itens segurados possuem taxas de risco especiais, como a existência
de incineradores, de elevadores, de antenas coletivas e de escadas rolantes.
5 - Características físicas do risco
Inicialmente é importante se informar que em alguns segmentos, como o de
seguros, o risco não é só o evento possível de ocorrer. Também representa aquilo que se pretende
segurar através de uma apólice de seguros.
O propósito dos questionamentos é o da obtenção de informações que possibilitem
uma avaliação a mais próxima da realidade das edificações, espaços e áreas, que decontrole ou
mitigação dos riscos. Dentre as caraterísticas mencionadas encontram-se:
a) Área construída e ocupada
Trata-se de informação que permite verificar se os valores atribuídos às
edificações se encontram dentro das margens definidas pelos avaliadores patrimoniais. Através da
verificação das ocupações de espaços pode se avaliar não só o fluxo de produção como também o
layout, que contemple a segregação das atividades mais críticas. Para isso é necessária a existência
de amplos espaços físicos. Nessa atividade de avaliação dos riscos deve ser avaliada também a
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34. conexão ou interligação das edificações. Por medida de cautela e prevenção, as edificações que
representam maiores riscos possuem proteções mais específicas e dispositivos de prevenção e
controle mais eficientes.
b) Estado geral da construção e das instalações
Informações que permitem avaliar se os programas de manutenção existentes na
empresa são adequados ou não, bem como, se os valores pretendidos para se obter as indenizações
nos casos de sinistros são compatíveis com o estado em que se encontram os prédios e as
instalações, e se foram fixados de acordo com as avaliações patrimoniais.
c) Aspecto de limpeza e conservação
Informação que permite avaliar o grau de conscientização da empresa para
programas de segurança e qualidade. Sabe-se da influência da organização e limpeza
comportamento da força de trabalho. O empregado sente-se muito mais a vontade em manter sua
área de trabalho desorganizada quando percebe que na empresa não há preocupações para com isso.
Os padrões de organização e limpeza contribuem para que a empresa não gaste desnecessariamente
os materiais e insumos. Em uma construção civil, com baixos padrões de organização e limpeza, se
um operário precisar de uma ripa para fixar uma forma, é bem capaz de inutilizar uma prancha de
madeira nova do que procurar nos materiais organizados e destinados ao reuso. Com a evolução das
ações de desenvolvimento sustentável, as atividades de organização e limpeza passam a ser cada vez
mais necessárias, inclusive porque é essa a imagem que transmitem para seus clientes e
consumidores.
d) Terrenos baldios adjacentes
Dado relevante para avaliação da segurança patrimonial da empresa, bem como
por se tratar de elemento balizador de taxa de risco relacionado a assaltos, roubos, sabotagens,
sequestros e ações assemelhadas, inclusive com os terrenos baldios sendo ocupados por traficantes e
ou usuários de drogas. Não se deve esquecer que a existência de um terreno baldio ao lado da
empresa, além de ser um local onde poderá se assentar uma futura favela, pode vir a ser foco de
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35. incêndio, se alguém, intencionalmente ou não, provocar incêndio em lixo acumulado ou no mato
seco. Também é relevante se levar em consideração que a insegurança existente pode prejudicar o
vai e vem dos empregados e de fornecedores, receosos em serem afetados pela presença de
comunidades e traficantes.
e) Estações ferroviárias e de metrô nas proximidades, Quartel nas proximidades e Delegacias
Policiais nas proximidades
Essas informações permitem avalia se o risco de tumultos ou de motins é
relevante, bem como saber se para outros riscos poder-se-á contar com o apoio externo no controle
dos incidentes ou acidentes. Locais com grande aglomeração de pessoas é sempre um risco
adicional para as empresas que se situam nas proximidades.
6 - Análise do grau de exposição a riscos
São apresentados alguns riscos que poderão afetar as instalações seguradas, e
avaliado se há possibilidade desses ocorreram. Se por acaso for respondida que já houve ocorrência
anterior, será muito importante a complementação da resposta nos comentários que deverão se
seguir. Aqui entra a análise estatística, tão importante para a determinação das taxas de riscos.
7 - Análise do risco de Alagamento/Inundação
A partir de então passarão a aparecer campos relativos a análises de riscos de uma
série de eventos. A primeira análise refere-se aos riscos de Alagamento e de Inundação.
Basicamente, as perguntas formuladas permitirão saber se há possibilidade de empoçamento de
água, se já ocorreram eventos anteriormente, se há subsolos, e se há proteção contra a entrada de
água. A água poderá atingir o interior da edificação vindo de um telhado mal projetado ou
danificado, da existência de varandas ou marquises que possuam infiltrações por não terem uma
adequada manutenção preventiva e corretiva, do aumento do nível no piso externo deixando o piso
interno mais baixo, e sem se acrescentar uma calha no desnível para o escoamento da água, e pelo
entupimento das valas de drenagem e das galerias de escoamento. O alagamento é um risco
proveniente do excesso de águas de chuva. A inundação é proveniente do transbordamento do leito
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36. de rios e canais. Há que se levar em consideração também que em muitas empresas o mesmo
sistema de drenagem que escoa os óleos e lubrificantes dos equipamentos, e mesmo os provenientes
de vazamentos de tanques, que podem conter produtos perigosos, também se destina ao escoamento
das águas de chuva, sem que se tenha acrescentado ao sistema separadores de água e óleo e estações
de tratamento de resíduos perigosos, principalmente quanto a neutralização dos mesmos (correção
do PH, remoção de fenóis, e outras substancias.
8 - Análise do risco de Desabamento/Desmoronamento
De forma idêntica ao campo anterior, pretende-se avaliar as possibilidades de
ocorrência dos riscos de Desabamento e de Desmoronamento, através das respostas a algumas
perguntas, consideradas relevantes. O desabamento é uma ocorrência que se verifica com o prédio.
O desmoronamento é um evento que ocorre com encostas. Uma das perguntas que chamamos a
atenção é para a existência de trincas nas construções, que sejam ativas, ou seja, estejam
aumentando, e para a existência de erosão no terreno. A erosão em um terreno pode afetar
seriamente as fundações de uma edificação ou ser um ponto de fragilidade de uma encosta.
9 - Análise do risco de Vendaval/Tornado/Granizo
Os riscos elencados referem-se às forças da natureza provenientes de ventos
fortes, com características distintas. Para tanto, especial atenção deve ser dada ao formato e
dimensões da edificação, a posição dessa quanto a direção dos ventos dominantes, e as proteções
adotadas nos telhados, clarabóias, portas, janelas e elementos utilizados para exaustão nos telhados.
10 - Análise do risco de explosão de aparelhos e de substâncias
O risco de explosão pode ser devido ao aumento do volume interno de recipientes,
ou a uma reação química descontrolada. Assim, poder-se-á ter o risco envolvendo somente
equipamentos, como no caso de caldeiras, compressores, tanques fechados de armazenamento de
produtos, ou envolver substâncias, sem que essas estejam necessariamente armazenadas em
recipientes sob pressão.
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37. 11 - Análise do risco de Incêndio
A avaliação do risco de incêndio não deve se prender somente a aspectos da
existência de equipamentos de detecção e combate às chamas, mas também a aspectos operacionais
e de atendimento a situações que exijam rapidez, mobilidade, disponibilidade de equipamentos e
agentes extintores. Chamamos a atenção para perguntas do tipo:
• Há presença de substâncias com risco de explosão ou de reatividade em presença de água?
• Há possibilidade de haver alastramento do incêndio para outros riscos?
• As áreas de maior risco são compartimentadas, a fim de se evitar o alastramento do incêndio?
12 - Análise do risco de Danos Elétricos
Danos elétricos são, com certeza, os eventos que incidem com maior freqüência
em uma instalação industrial. Podem não ser danos que apresentem maior severidade de perdas.
Porém, se computarmos o tempo despendido com a substituição dos equipamentos danificados e
com a paralisação das atividades, esses danos poderão ser bem mais graves pelos impactos
financeiros causados. Em algumas situações o custo de reparação dos danos diretos chega a 1/10 do
custo total devido a paralização. Se o dano vier a ocorrer em um equipamento crítico ao processo,
como misturadores de produtos químicos em processo de batelada, painéis de controle de bombas
para fornecimento de produtos através de linhas de dutos, a relação pode chegar a 1/100.000. Por
essa razão deve-se ter uma atenção especial à proteção dos circuitos e dos equipamentos contra
sobrecargas elétricas e do aterramento elétrico. Em algumas análises de risco percebeu-se que falhas
de conexão ou de execução dos serviços fizeram com que o “neutro” do circuito e o “terra”
encontravam-se conectados à fase do circuito. Ao se desligar o sistema para a substituição de
componentes danificados ocorreram acidentes, causando incêndios e eletrocussão dos trabalhadores.
13 - Análise quanto ao risco de ..................
Deixamos este campo para análise de outros riscos que não sejam os já
comentados anteriormente. Como exemplo, há o risco de perda de receita ou de interrupção de
produção, também dito risco de Lucros Cessantes, que preocupa muita gente. Neste caso, as
perguntas a serem formuladas deverão estar voltadas para aspectos operacionais da empresa,
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38. aspectos de manutenção das instalações, possibilidade de reposição imediata dos equipamentos
danificados, etc.. Nesses casos deseja-se saber se quando ocorrer a paralisação do processo de
fabricação por um acidente, quanto tempo se gastará para se reiniciar as atividades normais?
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39. VIII - Roteiro de inspeção para Riscos Nomeados
Denomina-se Risco Nomeado (named perils) a um conjunto de riscos assegurados
através de uma única apólice (umbrella assurance). Trata-se de seguros especiais, mas que
possibilitam à indústria um maior nível de coberturas. Os meios de contratação não serão objeto
deste artigo, mas podem variar de seguradora para seguradora, se a valor único, se a valores
individualizados, se a primeiro risco, entre outros aspectos. Nesse tipo de cobertura a indústria
participa sempre com uma parte da indenização, assim, fica definido que a seguradora indenizará
uma parcela dos prejuízos e a empresa segurada o restante, semelhante a uma franquia dos seguros
de automóvel.
O roteiro que será apresentado a seguir é um dos inúmeros empregados na análise
de instalações, com vistas à montagem de uma apólice de Riscos Nomeados.
Riscos Nomeados é uma cobertura de seguros especialmente desenvolvida para
empreendimentos, industriais, comerciais ou residenciais, que apresentam a possibilidade de vir a
ser atingidos, isoladamente ou em conjunto, por uma série de eventos. A cobertura tem esse nome
porque nomeia-se o tipo de risco para o qual se quer obter cobertura de seguros. No World Trade
Center o choque de uma aeronave provocou o vazamento de combustível que causou um incêndio,
reduzindo a capacidade de suportação da estrutura metálica do prédio, que por sua vez culminou
com o desabamento do prédio e a morte de milhares de pessoas. Um dano elétrico em um painel no
interior de uma sala onde se está manuseando produtos perigosos, pode terminar em um incêndio. A
extensão do incêndio dependerá da quantidade de materiais combustíveis e ou inflamáveis que
estejam nas proximidades bem como na ineficácia dos dispositivos de proteção contra incêndios.
Pela amplitude da cobertura, são formuladas inúmeras perguntas, todas com o
objetivo de obter subsídios para a taxação dos vários riscos elencados. Por essa razão, o
preenchimento do formulário deve ser feito com extremo rigor, sempre se buscando a máxima
qualidade de informações, de sorte que as taxas que virão a ser adotadas exprimam os verdadeiros
riscos existentes, sejam eles emergenciais ou latentes.
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40. O Gerente de Riscos pode vir a adotar várias outras perguntas, sempre visando
ilustrar melhor os riscos existentes. Também deve ser realçado que quanto melhor é o conhecimento
acerca dos riscos que envolvem a empresa, melhor será o trabalho de gerenciamento de riscos. O
formulário é dividido nos seguintes tópicos:
1) Informações Gerais;
2) Condições geotopomórficas;
3) Produção;
4) Central de energia;
5) Manutenção;
6) Segurança contra incêndio;
7) Segurança Patrimonial;
8) Comunicação;
9) Controle de qualidade/estoque;
10) Parecer do Engenheiro acerca dos pontos para a melhoria do risco;
11) Parecer do Engenheiro acerca da aceitação do risco;
12) Comentários Gerais;
13) Critérios para a taxação do risco.
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41. ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA RISCOS NOMEADOS
Elaborado por :
Em
:
Acompanhantes
:
Solicitante
:
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42. 1) Informações Gerais
a. Razão social:
b. Endereço:
c. Ramo de atividade:
d. Início de operações:
e. Grupo econômico:
f. Área construída:
m2
f.1. Área terreno:
f.2. Área ocupada:
m2
m2
f.3. Área para ampliações:
m2
g. nº de funcionários da administração:
g.1. nº de funcionários da produção:
g.2. nº de funcionários da manutenção:
g.3. nº de funcionários da segurança:
h. jornada de trabalho:
i. Ordem geral/Limpeza (comentários):
j. Arruamento/acessos (comentários):
k. Proibição ao fumo:
l. Sinalizações:
m. Isolamentos:
n. Inspeções do Ressegurador, Processos de Tarifação (informar existência e fornecer cópia):
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43. o. Avaliações patrimoniais (informar existência e data base):
p. Grau de informatização (descrever localização, atividades informatizadas, medidas de proteção,
planos de contingência e dependência):
Considerações gerais:
2) Condições Geotopomórficas
a. Características do terreno:
b. Sistemas de drenagem:
c. Cortes e taludes existentes:
d. Ventos:
d.1. Ocorrências anteriores:
d.2. Freqüência com velocidade > 15 m/s:
d.3. Ocorrências anteriores:
d.4. Velocidade máxima:
d.5. Medidas de proteção:
d.6. Direção predominante:
d.7. Existência de biruta:
e. Raios -
e.1. Ocorrências anteriores:
e.2. Sistema de proteção e sua localização:
e.3. Aterramento elétrico adotado:
e.4. quantidade:
e.5. prédio:
f. Acidente Hidrográfico:
f.1. Distância altimétrica:
f.2. Tipo:
f.3. Ocorrências de inundação:
f.4. Distância planimétrica:
f.5. Medidas de proteção:
g. Vias de acesso principais:
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44. Comentários gerais:
3) Produção
a. Anexar fluxograma de processo:
b. Descrição do processo:
c. Principais equipamentos (anexar layout):
c.1. tipo:
c.2. marca:
c.3. ano:
c.4. capacidade:
d. Nome dos produtos finais e intermediários:
d.1. Utilização dos produtos e substâncias:
d.2. Características físico-químicas dos produtos e substâncias empregados e ou produzidos:
d.3. Volume de produção por ano:
d.4. Grupo químico a que pertencem os principais produtos:
d.5. Estoques mínimos por produtos:
Na utilização identificar o ramo de atividade a qual se destina o produto ou se for produto
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45. intermediário para qual outra produção ele é enviado servindo de matéria prima para que produto.
d.6. Capacidade instalada e capacidade média utilizada no último triênio:
d.7. Capacidade instalada:
d.8. Capacidade média:
e. Estocagem de produtos (anexar relação):
e.1. tipo de produto:
e.2. localização:
e.3. Tipo de material:
e.4. capacidade de estocagem:
f. Bacias de contenção:
sim
não
g. Sistema de drenagem:
sim
não
h. Caixa de coleta:
sim
não
i. Aterramentos (bombas e tanques):
sim
não
j. Proteção contra descargas atmosféricas:
sim
não
k. Bloqueio automático de enchimento por falta do sim
não
aterramento:
l. Medidores de nível com bloqueio automático:
sim
não
m. Sinalização:
sim
não
n. Teto flutuante/válvula de alívio/corta chamas:
sim
não
o. Característica dos arruamentos em relação às edificações e ao terreno:
p1. Temperaturas de processo:
q. Utilização de catalisadores?:
p2. Pressões de processo:
sim
não
r. vida útil/tempo de reposição dos catalisadores:
s. Segurança de processo (detectar existência de processo contínuo que não pode ser interrompido):
t. Identificar os equipamentos que configuram gargalos na produção:
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46. t.1. Equipamento:
t.2. Marca:
t.3. Capacidade nominal:
t.4. Ano de fabricação:
t.5. Opção de reposição:
t.6. Tempo de reposição:
u. Identificar opções de produção / compra do produto no mercado nacional ou importação:
u.1. Opção de produto:
u.2. Opção de compra:
u.3. Fabricação nacional:
u.4. Produto importado:
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47. v. Matérias primas (principais):
v.1. Produto:
v.2. Matéria prima:
v.3. Composição percentual das matérias primas e grau de risco de compatibilidade e sinergia:
x. Estocagem matérias primas:
x.1. Tipo de estocagem:
x.2. Matéria prima:
x.3. Denominação do material:
x.4. Localização da empresa:
x.5. Capacidade de estocagem considerando estocagem intermediária e final nos ambientes internos
e externos:
x.6. Relação de produtos estocados e das fichas FISPQ:
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48. Bacias de contenção?
sim
não
As bacias de contenção contém todos os tanques:
sim
não
Sistema de drenagem?
sim
não
Há sistemas de filtragem dos efluentes?
sim
não
Caixas de coleta?
sim
não
Aterramentos (bombas e tanques):
sim
não
Proteção contra descargas atmosféricas?
sim
não
Bloqueio automático de enchimento por falta do aterramento?
sim
não
Medidores de nível com bloqueio automático?
sim
não
Sinalização?
sim
não
Teto flutuante/válvula de alívio / corta chamas?
sim
não
Existem eventos que paralisam a produção por mais de 15 dias?
sim
não
Características construturais dos prédios de processo:
O prédio foi adaptado para a produção ou projetado especificamente sim
não
para tal?
Foi previsto no projeto condições para a expansão de gases de sim
não
explosão de substâncias?
Condições das instalações elétricas (descrever):
Existência de detectores?
sim
não
Existência de alarmes?
sim
não
Características dos pisos e dos riscos que eles representam:
Apresentar um quadro sinóptico do processo:
Utiliza alguma utilidade em circuito fechado?
sim
não
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49. Recebe as utilidades através de linhas de dutos?
aérea
enterrada
As linhas de dutos são provenientes de instalações externas?
aérea
enterrada
Relacionar as utilidades adotadas na unidade:
Equipamentos ao ar livre (relacionar):
Limpeza e arrumação (comentar):
Comentários gerais:
4) Central de utilidades
Tensão máxima:
Tensão de serviço:
Tensão mínima:
Concessionária:
Forma de distribuição da rede até a subestação elétrica principal:
Formas de distribuição no interior da fábrica:
Geradores de emergência?
sim
Marca:
Tipo:
Modelo:
Acionamento:
Setores que alimenta:
Combustível empregado:
Volume de combustível disponível:
não
Freqüência de manutenção:
Estação de transformação, prédios que alimenta:
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50. Ocorrências de interrupções:
Motivos:
Existência de rede de vapor?
sim
não
Características da geração:
Pressão máxima da linha:
Pressão mínima da linha:
Setores atendidos:
Consumo mínimo e máximo:
Ocorrências de falhas (comentar):
Vapor supersaturado?
sim
não
Vapor superaquecido?
sim
não
Existência de rede de ar comprimido?
sim
não
Características da geração:
Pressão máxima da linha:
Pressão mínima da linha:
Setores atendidos:
Consumo mínimo e máximo:
Ocorrências de falhas (comentar):
Comentários:
Existência de tanques pulmão?
sim
não
Volume de ar dos tanques:
Descrição dos tanques de ar:
Localização dos tanques de ar:
Descrever as caraterísticas do sistema de água industrial:
Ponto de captação:
Características do abastecimento:
Existência de Bombas?
sim
Tipo de bombas:
Marca:
Capacidade das bombas:
Tipo de acionamento:
Combustível dos motores:
não
Setores atendidos:
Tratamento de água?
sim
não
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51. Descrever o sistema de tratamento de água utilizado, e os equipamentos empregados:
Descrever os volumes de água armazenados, informando a destinação final, volumes, caraterísticas
dos reservatórios, elevações, localização, bombeamentos, ocorrências de falhas e os motivos, etc.:
Descrever os sistemas de resfriamento de água industrial, informando os setores atendidos, a
destinação final, volumes resfriados, caraterísticas dos reservatórios, elevações, localização,
bombeamentos, caraterísticas dos circuitos, ocorrências de falhas e os motivos, etc.:
Descrever os sistemas de tratamento de efluentes industriais, tanto sólidos, líquidos quanto gasosos,
informando os setores atendidos, a destinação final, volumes tratados, caraterísticas dos reservatórios
empregados como locais de despejos temporários ou finais, localização das estações, bombeamentos,
caraterísticas dos circuitos, ocorrências de falhas e os motivos, formas de controle empreendidas,
formas de monitoramento e supervisão, existência de planos de emergência e de contingência, etc.:
Há eventos no tratamento de efluentes que paralisam a sim
não
produção?
Descrever os eventos (Informar onde se poderia dar a paralisação):
Informar o tempo de paralisação:
Descrever as medidas adotadas para a prevenção
dos riscos:
São empregadas demais utilidades no processo industrial?
sim
Nitrogênio:
Locais atendidos:
Vácuo:
Locais atendidos:
Hidrogênio:
não
Locais atendidos:
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52. Oxigênio:
Locais atendidos:
Gases Nobres:
Locais atendidos:
Comentários gerais:
5) Manutenção de equipamentos e instalações
Descrever os procedimentos de manutenção adotados:
São empregados processos de manutenção corretiva?
sim
não
São empregados processos de manutenção preventiva?
sim
não
São empregados processos de manutenção preditiva?
sim
não
A manutenção adotada é central?
sim
não
Os serviços de manutenção são terceirizados
sim
não
Existem registros de manutenção?
sim
não
Informar o quadro de funcionários à serviço exclusivo da manutenção da empresa, com
treinamentos, especializações profissionais, caraterísticas da supervisão adotada, etc.:
Informar as oficinas que realizam serviços de reparos e de manutenção, esclarecendo se as mesmas
são próprias ou de terceiros, se os funcionários são da própria empresa ou são de empresas
contratadas, as caraterísticas do ambiente quanto a limpeza e higiene, quanto a disponibilidade de
equipamentos, formação profissional do responsável pelas mesmas, relação dos equipamentos e
principais ferramentas existentes, tipos de serviços executados e serviços repassados a terceiros,
existência de almoxarifados, caraterísticas das peças e componentes sobressalentes estocados,
componentes mais substituídos, controles dos serviços executados, estatísticas adotadas, testes
realizados, planos de emergência adotados, testes e ensaios destrutivos e não destrutivos,
manutenção de supervisores da empresa, certificações recebidas e mantidas atualizadas, etc.:
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53. 6) Segurança contra incêndio
Organograma (fornecer)
Nº brigadistas / turno:
Bombeiros profissionais por turno:
Treinamento, descrição:
Equipamentos disponíveis:
Viaturas?
sim
não
Bombas móveis?
sim
não
Extintores?
sim
não
Tipos:
Marcas:
Capacidades:
Qde de reserva:
Hidrantes?
sim
não
Características do projeto, informando: quantidade de pontos, quantidade de saídas, diâmetros das
canalizações, pressões mínimas e máximas, caraterísticas técnicas das bombas, reservatórios,
manutenção, etc.:
Corpo de bombeiros próprio?
sim
não
Informar o efetivo da brigada de incêndio e da equipe de bombeiros, esclarecendo se é composta por
funcionários ou por pessoal contratado, descrevendo equipamentos disponíveis para situações
emergentes, viaturas à disposição, tipo e periodicidade dos treinamentos, responsável pela equipe,
locais de reuniões, forma de acionamento das equipes, procedimentos adotados em casos de
emergência, tempo para a reunião da equipe em situações emergenciais, planos de auxílio mútuo e
com quais empresas, distância do corpo de bombeiros militar mais próximo, existência de relatórios
de controle dos serviços, estatísticas empregadas, etc.
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54. Empresa encarregada da recarga e dos testes:
Programação / controle:
Desenho da rede:
Reservatórios:
Alarmes / quadro sinóptico (dos hidrantes):
Sinalização / arrumação / acesso:
Sistemas fixos de incêndio?
sim
Tipo:
Localização:
Acionamento:
não
Capacidade:
Descreva procedimento desencadeado:
Inspeções de segurança
Responsável:
Inspeções equipamentos de segurança
Responsável:
Análise de Risco
Responsável:
Plano de emergência
Responsável
CIPA
Responsável:
Brigada de Incêndio
Responsável:
Registro de ocorrências nos últimos 5 anos (data, bens atingidos, causa provável, valor) (requisitar
com valores em US$):
Normas elaboradas para o manuseio e utilização de serviços e substâncias perigosos:
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55. Comentários gerais:
7) Segurança patrimonial
Quantidade e localização de portarias:
Tipos de proteções periféricas adotadas:
Quantidade de vigilantes por turno (informando o quantitativo da equipe em ronda e em postos
fixos):
Descrever os equipamentos em poder de cada vigilante, inclusive os de comunicação:
Informar as caraterísticas do controle e da supervisão da equipe de segurança patrimonial:
Informar os procedimentos adotados pela equipe de segurança para o controle do fluxo interno de
funcionários, de pessoal contratado, de vigilantes, de mercadorias e de veículos:
8) Comunicação
Central telefônica?
nº ramais:
Linhas diretas?
nº de linhas:
Fax?
nº de aparelhos:
sim
não
nº troncos:
sim
não
utilização:
sim
não
locais onde estão localizados:
Comentários gerais:
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56. 9) Controle de qualidade / estoques
Existe um programa de qualidade total? descrever?
sim
não
Há controle de qualidade produtos acabados?
sim
não
Descrever os almoxarifados, suas localizações, grau de arrumação, etc.
10) Parecer do Engenheiro acerca de pontos para a melhoria do risco
11) Parecer do Engenheiro acerca da aceitação do risco
12) Comentários gerais
13) Critérios para a taxação do risco
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57. VIII.I - Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário
1 - Análise do Risco
O formulário é uma das muitas ferramentas empregadas no gerenciamento de
riscos de empresas, com vistas à identificação dos riscos e a viabilização para que se obtenha
cobertura de seguros com múltiplas coberturas, especificamente o de riscos nomeados, razão pela
qual se estende em vários assuntos. A proposta leva em consideração a segregação das análises por
temas específicos, o que facilita a análise global. O primeiro campo, de Informações Gerais, trata de
assuntos de caráter genérico abrangendo a empresa, compreendendo:
• identificação da empresa;
• aspectos gerais sobre a ordem e limpeza;
• formas de acesso às instalações da mesma (deslocamento de pessoas, equipamentos e veículos);
• medidas primárias de segurança contra incêndio, do tipo proibição ao fumo e sinalizações;
• isolamento dos riscos para evitar o alastramento dos eventos, através de dispositivos de proteção
e ou de segregação das atividades perigosas em edificações específicas;
• avaliações patrimoniais;
• grau de informatização (para avaliação do controle patrimonial e contábil), e
• comentários gerais.
Neste primeiro campo o Engenheiro descreve a empresa de modo superficial, e a
situa de maneira que possa ter conhecimento de como essa se encontra, no que diz respeito à
proteções, informatização e isolamentos.
2 - Condições Geotopomórficas
Condições geotopomórficas são todas aquelas que envolvem a geologia, a
topologia e a morfologia do ambiente onde está situada a empresa. Dizem respeito às condições da
natureza, às condições ambientais ao redor da empresa, a existência de elevações ou depressões do
terreno, presença de rios ou lagos, característica do solo, entre outras informações.
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58. Assim, neste campo, procura-se saber à respeito do solo, dos ventos, da topologia
da área da incidência de raios, da existência de rios, lagos ou canais, bem como de todos os fatores
ambientais que possam vir a trazer riscos para a empresa segurada. Especial atenção devem ser
dadas a:
• terrenos constituídos de aterros, em função de problemas que normalmente ocorrem com a
compactação desses mesmos aterros;
• terrenos à margem de rios ou canais, pela possibilidade de virem a ser atingidos pelo
espraiamento da água, durante chuvas fortes;
• terrenos à beira de encostas, com aclives ou declives, pelo potencial risco de deslizamentos de
encostas;
• terrenos erodidos, por já apresentarem riscos de desmoronamento, principalmente se em
encostas;
• terrenos com solos impermeáveis, pelo fato de haver dificuldade da drenagem de águas de
chuvas;
• terrenos alagadiços ou com o nível do lençol freático próximo à superfície;
• locais onde os ventos incidentes tendam a atingir velocidades acima de 30 km/h. Na
classificação de vendaval a velocidade mínima dos ventos é de 54 km/h;
• acidentes hidrográficos a menos de 200 metros dos prédios da empresa;
• terrenos situados em relevos baixos, por haver possibilidade dos mesmos virem a receber águas
de chuvas e não terem capacidade de drenagem compatível com esse volume de água;
• locais onde no subsolo haja uma transição de rochas, etc.
3 - Produção
O tópico relativo à produção é um dos mais extensos do formulário, já que se
procura obter informações abrangendo os riscos inerentes ao processamento. A área de processo é
uma das que concentra os principais riscos da empresa, além de ser também aquela em que uma
ocorrência, de qualquer tipo de evento, poderá prejudicar ou mesmo paralisar a produção. O cuidado
deverá ser redobrado se as áreas de estocagem de matérias primas e de produtos acabados estiverem
junto ao processo industrial. Pela sua relevância, comentaremos os principais itens:
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59. a) Fluxograma do Processo
A leitura do fluxograma do processo possibilita que seja traçada uma avaliação
dos possíveis pontos de estrangulamento da produção, dos momentos em que há desvios para outras
linhas, dos pontos de duplicidade, etc.. O fluxograma é uma peça importante quando se deseja
elaborar um trabalho mais técnico, que envolva a Análise de Árvore de Falhas, a Análise dos Modos
de Falha e Efeitos, bem como de outras ferramentas adotadas no gerenciamento de riscos,
comentadas nos capítulos do livro Gerenciamento de Riscos Industriais.
b) Descrição do processo
A descrição do processo abrange não só os comentários de como se dá o processo
produtivo, ou a cadeia produtiva, como também menciona os produtos ou matérias primas
empregadas, e os produtos derivados, as pressões e temperaturas de cada uma das fases, e outras
informações adicionais. A descrição do processo deve ser a mais clara e concisa possível, com o
foco da análise voltado para possíveis pontos onde possam surgir eventos danosos, ou lugares mais
suscetíveis de serem atingidos por esses mesmos eventos danosos.
c) Principais equipamentos
A descrição e relação dos principais equipamentos empregados no processo é
relevante para a análise do potencial de risco. Entretanto, de nada adianta saber-se que existe um
determinado equipamento e que esse, individualmente apresenta um certo risco, se a avaliação não é
feita em conjunto com a análise do fluxo de produção e do layout da planta. É importante também
que se analise as possibilidades de atenuação ou eliminação das eventuais perdas, como por
exemplo a inserção de válvulas de alívio, a transferência para outras linhas de transporte, ou para
um tanque pulmão, a instalação de válvulas de controle de fluxo ou de pressão, entre tantas outras
medidas de controle. Enfim, o que se espera de um processo industrial é que haja controles e que
esses sejam eficientes e possibilitem que se possa mantê-los em arquivo.
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60. d) Produtos finais e produtos intermediários
A descrição dos produtos é importante para avaliar corretamente os riscos que
esses representam. Dentre esses, citamos: toxidez, reatividade, inflamabilidade, corrosividade,
explosividade. Para facilidade de análise deve ser informado o grupamento químico a que
pertencem e os estoques mínimos por produto. Se houver mistura de substâncias de ser avaliado se
essas passam a representar uma substância perigosa.
e) Estocagem dos produtos
A estocagem é outro ponto de risco relevante, porque representa uma agravação
das condições de armazenamento e um acumulo de “risco”. Na estocagem a ocorrência de
determinado risco pode por a perder o trabalho de dias ou semanas. Há produtos que são sensíveis à
fumaça, ao calor, à luminosidade, que se degradam em função do longo tempo de armazenagem, e
outros que, devido a normas de segurança somente poderão ser estocados de determinada maneira
ou volume. Deve-se considerar também os aspectos relativos à forma de armazenagem, ao local
onde são armazenadas as mercadorias e os procedimentos de segurança adotados para se evitar que
os bens estocados venham a sofrer danos.
f) Arruamentos
As vias de circulação interna possibilitam o livre trânsito de pessoas e de veículos,
bem como o escoamento da produção. Por essa razão, devem ser projetadas de sorte que não
venham a ocorrer impedimentos ao livre trânsito. Deve-se avaliar, inclusive, se os maiores veículos
de combate a incêndios têm livre acesso a todos os prédios da planta segurada. Em indústrias de alto
risco, seja de incêndio ou de explosão, deverão existir áreas de refúgio ou abrigo de pessoas e áreas
para onde poderão ser desviados os equipamentos móveis e os veículos.
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61. g) Segurança do processo
A avaliação da segurança do processo compreende a análise de todos os
procedimentos adotados para se evitar que ocorra o descontrole, seja do próprio processo, seja do
fluxo de produção. A segurança do processo pode compreender a instalação de dispositivos, na
linha de produção, que permitirão aliviar a pressão interna da rede, ou reduzir uma temperatura
crítica. Essa segurança pode ser conseguida via substâncias catalisadoras ou sistemas de drenagem
da rede, com o direcionamento do fluxo de produtos para tanques pulmão. Um ponto importante é o
que se refere aos gargalos ou áreas de estrangulamento da produção. Quando esses pontos estão
centrados sobre determinado equipamento, a análise de riscos abrangerá um minucioso exame desse
equipamento, com vistas a obter informações referentes a:
• tipo de equipamento;
• marca e modelo;
• capacidade nominal ou instalada;
• ano de fabricação;
• opção de reposição;
• tempo necessário para a reposição;
• eventos mais comuns;
• freqüência e severidade das perdas;
• formas de operação;
• tipo de controles efetuados;
• mecanismos de segurança adotados.
Quanto aos produtos ou às substâncias deve-se verificar:
⇒ alternativas de produção, face a eventos ou falhas ocorridos, objetivando determinar o tempo
médio de retorno à atividade pela empresa;
⇒ possibilidade de compra de produtos de terceiros, bem como a determinação do tempo para que
isso venha a ocorrer. Também deve ser verificada a quantidade de opções de compra;
⇒ opção de produtos fabricados e que possam vir a ser adquiridos de terceiros, caso ocorra algo
com os equipamentos de produção da empresa;
⇒ opção de compras de produtos, bens e insumos para a produção;
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62. ⇒ tempo necessário para a reposição da linha de produção afetada, informando as implicações que
essa paralisação poderá gerar para as outras linhas;
⇒ tempo necessário para por em prática as alternativas mais viáveis.
Outro item diz respeito às formas e aos procedimentos de estocagem adotados na
produção. A avaliação deverá compreender os seguintes pontos:
♦ tipo de estocagem;
♦ matérias primas e produtos estocados;
♦ denominação dos materiais estocados;
♦ localização dos pontos de estocagem;
♦ capacidade de estocagem;
♦ rodízio adotado no estoque;
♦ relação dos produtos estocados;
♦ procedimentos de segurança adotados no manuseio dos produtos;
♦ procedimentos de segurança existentes para a preservação dos bens estocados.
h) Análise das condições de segurança dos edifícios
Essa análise compreenderá a verificação dos itens que compõem a segurança das
instalações, contra uma série de eventos que as possam atingir. Dentre esses eventos, os mais
comuns são: incêndio, queda de raios, ventos fortes, água de chuvas. São considerados itens de
segurança, o layout interno, a arrumação e a limpeza, as circulações internas, a iluminação e a
aeração, etc..
4 - Central de Utilidades empregadas na indústria
No tópico pretende-se observar os itens referentes à produção de energia, aqui
entendida como força. A avaliação envolve:
• energia elétrica, recepção, transformação, distribuição e consumo, bem como a forma de
distribuição dos circuitos;
• vapor, geração, distribuição e setores atendidos, como também o processo de proteção dos
dispositivos e dutos, principalmente quanto ao isolamento térmico;
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63. • ar comprimido, geração, distribuição e setores atendidos, e as pressões mínimas e máximas das
linhas. É interessante que se saiba se, havendo problemas em uma das linhas, o setor afetado
pode ser atendido alternativamente por alguma outra linha;
• água industrial e potável, recepção, tratamento, estocagem, distribuição, setores atingidos e
consumo;
• tratamento de efluentes;
• demais utilidades do processo.
5 - Manutenção de equipamentos e instalações
A incidência de danos em instalações e equipamentos depende diretamente da
qualidade dos serviços de manutenção adotados pela empresa. Já está provado que empresas que
trabalham exclusivamente com manutenção corretiva estão muito mais sujeitas a danos expressivos,
isto porque, somente se corrige o que está errado. Não se parte para uma linha preventiva.
As empresas que possuem certificação de qualidade, trabalham com manutenção
preditiva, e no máximo preventiva. Por isso estão sempre se adiantando à ocorrência de acidentes
em suas instalações. Se o motor de um equipamento está apresentando uma vibração anormal, é
muito melhor saber-se o que está ocorrendo do que se esperar que ele pare de vez.
Pergunta-se também neste capítulo, se a manutenção é feita pela própria empresa
ou terceirizada, se existe controle formal dos serviços executados, qual o quadro de funcionários
que trabalha exclusivamente com manutenção e sua especialização, e dados relativos às oficinas de
manutenção e de reparos.
Há uma tendência de se criticar a manutenção terceirizada. Porém, com adequada
supervisão, um bom contrato e severas sanções, pode-se ter maior e melhor controle nesses serviços.
Também uma idéia que tem sido mudada é a da manutenção feita por equipe disponível
exclusivamente para tal serviço. Em empresas que praticam os conceitos de Just in Time, os
próprios operadores dos equipamentos são os responsáveis pela manutenção. São eles que acendem
a luz amarela para a equipe que irá realizar os serviços de maior envergadura.
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64. 6 - Segurança contra incêndio
O capítulo destina-se a colher informações à respeito dos equipamentos,
dispositivos e sistemas empregados na segurança contra incêndio. Nunca é demais chamar a atenção
do inspetor, que mais importante do que existir o equipamento de segurança é esse estar em
condições imediatas de uso. Deve-se verificar a adequação entre os agentes extintores empregados e
os bens que estarão sob a área de cobertura desses mesmos dispositivos.
7 - Segurança Patrimonial
À exemplo do capítulo anterior, aqui se pretende validar os conceitos de segurança
patrimonial empregados pela empresa. Esses conceitos passam necessariamente pelos seguintes
pontos:
• segurança dos processos;
• segurança das instalações;
• segurança das edificações;
• segurança das pessoas;
• segurança das informações;
• segurança dos bens.
A Segurança Patrimonial possibilita que a empresa atue com menos riscos,
provocados por sabotagens, por atos criminosos, por ações isoladas objetivando o roubo ou o furto
de bens e valores, por ações que buscam a espionagem industrial. Com a sofisticação dos meios de
informação e dos processos de transferência de dados, hoje praticamente através de redes de
informática, a segurança patrimonial tem evoluído para atingir o nível de sofisticação requerido.
8 - Comunicação
Os meios e formas de comunicação são importantes, não só para o relacionamento
externo da empresa, como também para comunicação interna e pelos meios de transferência de
informações e de dados. Antigamente, um telefone era um equipamento de segurança contra
incêndio, já que permitia uma comunicação mais rápida com o quartel do Corpo de Bombeiros, da
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65. mesma forma que era um dispositivo de segurança patrimonial, já que possibilitava um acesso
rápido às Delegacias Policiais. Hoje os conceitos são mais abrangentes.
9 - Controle de Qualidade/Estoques
O controle de qualidade e o controle de estoques, neste capítulo avaliados em
conjunto, são determinísticos na verificação de pontos da segurança da empresa. Um bom controle
certamente irá prever planos de contingência e planos de emergência, para implementar-se
alternativas de produção, se essa vier a ser afetada por alguma falha ou evento. Essas mesmas
políticas também se preocupam com:
• processos de fabricação;
• perdas oriundas da fabricação;
• procedimentos de fornecimento dos bens;
• formas de estocagem, etc.
Caberá ao Gerente de Riscos, avaliar e validar os procedimentos adotados,
tecendo as considerações necessárias.
10 - Parecer do Engenheiro acerca de pontos para a melhoria do Risco
Neste capítulo e Engenheiro irá comentar sobre o que viu que possa se constituir
em um entrave para a aceitação do risco, e o que poderá vir a ser feito para a melhoria desses pontos
de risco. É muito importante que em seus comentários, as sugestões tenham um endereço certo, ou
seja, “encontramos uma instalação elétrica desprotegida e sem aterramento, no setor X, atendendo
aos equipamentos Y”. Outra sugestão que fazemos é que os comentários sejam grupados de acordo
com a sua importância, em itens que devam ser implementados a curto prazo, itens a médio prazo, e
itens a longo prazo. Para a aceitação do risco, os pontos de implementação a curto e a médio prazo
são os mais relevantes.
Por exemplo, suponhamos que estamos analisando uma instalação com vistas ao
risco de roubo ou de furto. A colocação de uma grade em uma janela com toda a certeza não deverá
ser um item de implementação a longo prazo. A instalação de um sistema de alarme poderá ser uma
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66. medida a ser implementada a médio prazo. A substituição das portas por portas metálicas pode ser
enquadrada como uma medida a longo prazo.
11 - Parecer do Engenheiro acerca da aceitação do Risco
No tópico o Engenheiro deverá dar o seu parecer acerca da aceitação do risco, de
como essa deve se dar, se haverá algum tipo de agravação de taxas, ou a concessão de algum tipo de
benefício pela existência de dispositivos que venham a reduzir a freqüência de ocorrências ou
diminuir a extensão das perdas. Os riscos poderão vir a ser aceitos com agravação, sem agravação, e
com desconto ou com a inclusão de uma condição especial.
12 - Comentários Gerais
O campo de comentários gerais deve ser o mais amplo possível, no tocante a
sugestões, críticas e comentários que sejam pertinentes. O campo pode vir a ser empregado também
como um espaço complementar, quando os campos específicos não forem suficientes para tal.
13 - Critérios para a taxação do Risco
O campo pode vir a ser preenchido ou não, dependendo das qualificações
profissionais do Engenheiro de Riscos. Normalmente essa seria uma tarefa de um underwriter, ou
de um atuário, já que envolve um grande conhecimento acerca das técnicas de mensuração do risco.
A taxação do risco é matematização da freqüência com que o risco se manifesta e da severidade das
perdas. A multiplicação da freqüência pela severidade das perdas conduz ao custo do risco, ou ao
custo que se deve cobrar ou reservar, durante um determinado período, para fazer face a eventuais
perdas que se verifiquem com os bens assegurados. Quando o risco é transferido para uma
Seguradora, por intermédio da contratação de uma apólice de seguros, os procedimentos para se
calcular o quanto deverá ser cobrado para se garantir os eventos relacionados, são os mesmos do
que em um processo de auto gestão do risco.
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67. IX - Relatório de inspeção para Riscos Diversos
O relatório que iremos apresentar a seguir é muito empregado no gerenciamento
de riscos de alagamento e de desmoronamento.
Esses riscos poderão ser avaliados em conjunto ou isoladamente, dependendo da
necessidade da empresa. Tratam-se de dois riscos com caraterísticas bastante distintas. O primeiro,
refere-se aos danos provocados pelo empoçamento de água de chuva. O segundo, trata dos danos
que podem afetar as encostas próximas das edificações ou de suas partes.
Pelas caraterísticas dos riscos, são formuladas inúmeras perguntas, à exemplo do
questionário de Check List, todas com o objetivo de obter subsídios para a taxação das coberturas.
Por essa razão, o preenchimento do questionário deve ser feito com extremo rigor, sempre
buscando-se a máxima qualidade de informações, de sorte que as taxas que serão adotadas
exprimam os verdadeiros riscos existentes, sejam eles emergenciais ou latentes. O formulário é
dividido nos seguintes tópicos:
1) Informações Gerais;
2) Informações sobre o imóvel inspecionado;
3) Informações sobre as condições do terreno;
4) Informações sobre curso d’água ou adutora nas proximidades;
5) Informações sobre ocorrências anteriores de alagamento;
6) Informações sobre as condições externas - risco de desmoronamento;
7) Conclusão acerca do risco;
8) Observações gerais;
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68. ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA RISCOS DIVERSOS
Elaborado por :
Em
:
Acompanhantes
:
Solicitante
:
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69. 1) Informações Gerais
Cobertura pretendida
Alagamento
Desmoronamento
Segurado:
Endereço:
Atividade desenvolvida nas edificações:
Para os prédios
Para os conteúdos
Para Maquinismos
R$
Valores Pretendidos
R$
R$
Comentários:
2) Informações sobre o imóvel inspecionado
Atividade Principal:
Residencial
Comercial
Industrial
Mista
Boa
Regular
Péssima
Qualidade da construção:
Ótima
Tipo de Construção de acordo com a Tarifa de Incêndio (TSIB):
Superior
Sólida
Mista
Aberta
Regular
Péssimo
Poucas
Muitas
Poucas
Muitas
Estado de conservação do imóvel:
Ótimo
Bom
Lesões estruturais aparentemente estabilizadas:
Recentes
Antigas
Lesões estruturais de estabilidade duvidosa:
Recentes
Antigas
número de pavimentos: (acima e abaixo do solo)
área construída ou ocupada (m2):
idade aparente do imóvel (em anos):
Valor do imóvel, não considerando o valor do terreno e incluindo as benfeitorias:
Valor atual: R$
Valor de novo: R$
Notas:
1) Em se tratando de edifício em condomínio, indicar no campo de observações a área total
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70. construída e a área ocupada por cada pavimento, destacando-se a área do maior pavimento, a área
do pavimento tipo e a área do menor pavimento.
2) Se o bem segurável ou os seus conteúdos estiverem sujeitos apenas a danos parciais, o inspetor
deverá indicar, percentualmente o valor total segurável, ou indicar o valor aproximado, a parcela
correspondente a esses bens que poderão vir a ser atingidos.
Observações:
3) Informações sobre as condições do terreno
Aspectos quanto a natureza do terreno
favorável
desfavorável
muito desfavorável
Aspectos quanto a topografia do terreno
favorável
desfavorável
muito desfavorável
Observações:
4) Informações sobre curso d’água ou adutora nas proximidades
Curso d’água/adutora
sim
não
Nome:
Distância aproximada do risco:
Diferença de nível em relação ao risco:
________________________________metros
___________________________metros
Estado de conservação aparente do sistema de escoamento de água:
bom
regular
deficiente
não existente
Observações:
5) Informações sobre ocorrências anteriores de Alagamento
Data do último Alagamento:
____/____/______
Causa provável:
Nível atingido no interior do prédio:
Nível atingido na rua:
_________________metros
_____________metros
Freqüência anual do evento:
Número de ocorrências nos últimos
5 anos:
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71. Responsável pela informação:
Número de anos de experiência do informante no local:
Proteções especiais adotadas para a prevenção de danos causados pelo evento:
sim
Tipo de proteção adotada:
não
Condições especiais existentes para a prevenção do risco:
portas
vãos abertos
outros tipos
O telhado abrange todo o risco?
sim
não
Existe terraço?
sim
não
ou
sim
não
Há probabilidade do risco vir a
sim
não
Existe
tanque,
piscina
jardim?
ser atingido?
Observações:
6) Informações sobre as condições externas - Risco de Desmoronamento
Existe terreno baldio adjacente ao risco?
sim
não
circundando o risco
Existe barreira e/ou pedreira que ameace o imóvel com deslizamento/escorregamento?
sim
não
ameaça parcial
Distância do prédio ao ponto que constitui ameaça:
Ângulo da encosta ou do talude:
________________________________metros
___________________________graus
Desnível entre o topo da encosta e o imóvel: ___________________________metros
Existem blocos rochosos desagregados nas encostas próximas?
sim
não
em pequena quantidade
em grande quantidade
O imóvel situa-se próximo a aeroporto?
sim
não
Distância: __________ metros
O imóvel situa-se à margem de sistema viário?
sim
não
com danos ao imóvel
sem danos ao imóvel
Observações:
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72. 7) Conclusão acerca do risco
Sobre o Risco de Desmoronamento:
Sobre a aceitação do risco:
bom
regular
sem agravação
Sobre o Risco de Alagamento:
com agravação de _____%
bom
Sobre a aceitação do risco:
regular
sem agravação
Prazo de validade da vistoria:
ruim
1 ano
ruim
com agravação de _____%
2 anos
3 anos
8) Observações gerais
Observações:
Local:
Data:
Engenheiro vistoriador:
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73. IX.I - Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário
Como já dito anteriormente, essa ferramenta de estudo dos riscos de Alagamento e
de Desmoronamento, é muito empregada para análise da forma como prescrita nas Tarifas de
Riscos. As informações contidas no formulário destinam-se a determinar as taxas e condições.
Existem outras informações também importantes, só que não são avaliadas adequadamente, as quais
comentaremos nos momentos oportunos.
1 - Informações gerais
O capítulo de informações gerais abrange exclusivamente os dados de
identificação da empresa, que serão transcritos por quando da emissão da cobertura de seguros.
Recomendamos que quando se fizer menção a valores seguráveis sejam esclarecidas as origens de
tais valores. O Gerente de Riscos poderá também comparar os valores informados pelo Segurado
com os constantes de revistas especializadas no assunto, ou seja os dados constantes de Laudos
Avaliatórios, elaborados por empresas especializadas.
2 - Informações sobre o imóvel inspecionado
As informações sobre o imóvel inspecionado compreendem a descrição dos
seguintes tópicos:
• caracterização da ocupação ou da atividade principal;
• característica construtiva do mesmo, de acordo com os padrões de classificação da Tarifa de
Seguro Incêndio do Brasil;
• informações quanto a qualidade da construção, em seus aspectos gerais e do estado de
conservação em que se encontra;
• informações quanto a área total construída ou ocupada, não só por todo o imóvel, como também
por cada um dos pavimentos do mesmo, acima e abaixo do solo;
• idade aparente do prédio, informação essa que deverá ser confrontada posteriormente com os
tópicos referentes a lesões estruturais a qualidade da construção;
• valor do imóvel, preferencialmente extraído de publicações especializadas;
• perda máxima admissível, decorrente do evento analisado.
No tópico de Observações deverá ser destacado tudo aquilo que possa parecer
contrário às boas normas de aceitação do risco. É muito importante que o Inspetor que inspecionou
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