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Aplicação de check list para a análise de riscos industriais
Antonio Fernando Navarro1

Introdução

Sob o título de formulários adotados em seguros especiais, incluímos um
modelo muito empregado no gerenciamento de riscos de máquinas e equipamentos, usualmente
utilizado nas vistorias prévias para a contratação de seguros de Riscos Operacionais. As técnicas
de análise dos riscos para fins de aceitação e de emissão de apólices de seguros são iguais às
técnicas de avaliação para estudos de confiabilidade de processos, segurança de processos,
segurança industrial e segurança do trabalho. O que para um segurador pode ser um elemento que
venha a provocar um sinistro, para o engenheiro de produção pode ser a causa de uma falha que
inviabilize as atividades industriais. Os conceitos de riscos e falhas são análogos. Ambos são
eventos que podem causar perdas e ou danos. Ambos são situações que podem vir a ser avaliadas
precocemente, para fins de correção e mesmo de mitigação dos eventos ou de atenuação.
Atualmente essas análises passam a ser simples na medida em que há inúmeros programas de
computação onde são inseridas informações elementares, e no “clicar” do botão já vem uma
informação, sob a forma gráfica ou numérica.

Todavia, essa aparente simplicidade de análise não dispensa a presença de um
Engenheiro de Riscos, que ao preencher os dados a serem inseridos em um programa computacional
precisam ser aprimorados com a visão do profissional, que, capacitado, enxerga resultados muitas
vezes não inseridos nos programas. Afora isso, a quantidade de variáveis, por mais simples que seja
a análise, é muito grande. Ao enfileirarmos os Dominós (representando os riscos ou as falhas) se
esquecermos de um dado importante poderemos não ter a noção do resultado final.

O formulário proposto é subdividido em três módulos. No primeiro, são indicados
os prováveis riscos incidentes nas instalações industriais, a fim de que se possa comentar à respeito
1

Antonio Fernando Navarro é Físico, Matemático, Engenheiro Civil, Engenheiro de Segurança do Trabalho e Mestre
em Saúde e Meio Ambiente, tendo atuado em atividades de Gerenciamento de Riscos industriais por mais de 30 anos.
Também é professor do curso de Ciências Atuariais da Universidade Federal Fluminense – UFF.

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da potencialidade das perdas geradas por esses eventos. Para tanto, existem 4 colunas, com os
seguintes títulos: DMP (Dano Máximo Provável), PNE (Perda Normal Esperada), PMA (Perda
Máxima Admissível) e Afetando Terceiros (quando há possibilidade de gerar um acidente de
grandes proporções e de responsabilidade civil).

No segundo módulo avaliam-se os eventos críticos, devendo ser preenchida uma
folha para cada local ou equipamento inspecionado. O último módulo é uma análise individualizada
de cada um dos equipamentos relevantes, existentes na empresa. Também aqui deverá ser
preenchida uma folha para cada equipamento inspecionado. Nessas análises devem ser consideradas
todas as hipóteses de falhas, ou modos de falha, não só as que afetem o equipamento, instalação ou
edificação, como também as que tenham a capacidade de propagar-se para outros ambientes.

a) DMP - Dano Máximo Provável

É o maior dano que poderá ocorrer em um bem segurado, supondo que entre o
momento do surgimento do evento e a sua completa extinção ou debelação, haverá um socorro
interno ou externo, ou um processo interno ou externo de interrupção das perdas.

Por exemplo, consideremos o evento incêndio, afetando as mercadorias dispostas
no interior de um depósito ou almoxarifado. Caso o fogo se inicie e seja detectado pelos
funcionários da empresa, através da fumaça produzida pela combustão, certamente deverão estar
previstas algumas providências procedimentadas pela empresa, como o alarme geral, convocação da
brigada de incêndio, atuação dos equipamentos fixos ou móveis de combate a incêndios,
desocupação do ambiente, entre outras. Desta maneira, o DMP é o dano avaliado e quantificado
desde o surgimento do incêndio até a sua completa extinção, pelos funcionários da empresa, ou por
equipamentos automáticos de detecção e combate a incêndios. Se o tempo de atendimento ao evento
for de 5 minutos, o DMP será o que for consumido pelo fogo nesses 5 minutos. Não se pode deixar
de lado as paralisações de produção, as mercadorias que mesmo não afetadas pelo o fogo o foram
pela fumaça, pelas mercadorias afetadas pela água, pó ou espuma empregada no combate a
incêndios.

Página 2 de 77
b) PNE - Perda Normal Esperada

É a perda que ocorre normalmente nos processos industriais. É comum o
surgimento de determinadas perdas, em face de ajustes de equipamentos, a retrabalhos devido a
falta de treinamento de funcionários, à queima de fusíveis e queima de pequenos motores, etc. A
troca periódica de gaxetas de válvulas, em função da utilização da mesma, é uma Perda Normal
Esperada, da mesma forma que a substituição de um elemento sensor ao final de sua vida útil..

A Perda Normal Esperada pode ser traduzida como a média das perdas que
costumam ocorrer com uma maior freqüência, produto da própria atividade da empresa ou dos
equipamentos ou instalações nela contidos. A PNE não é uma perda média, e sim, a média das
perdas mais freqüentes. Diferencia-se a perda do dano porque, na maioria das vezes o que se dá é a
substituição de peças que por suas características precisam ser substituídas periodicamente. Em
outro exemplo, após os ajustes dos equipamentos passa a ser normal que no reinício das atividades
surjam produtos defeituosos, que serão eliminados com os reajustes ou a revisão geral.

Usualmente determina-se a PNE, para que se possa fixar os valores sob a
responsabilidade da própria empresa, e que não podem ser repassados a Seguradoras, já que, por se
tratarem de perdas ditas operacionais, são eventos perfeitamente previsíveis de ocorrerem. Assim,
quando uma perda ou um dano é previsível e há um momento ou período em que ocorra, já não se
tem as características básicas para se segurar um bem: eventos possíveis, futuros, independente da
vontade das partes, capaz de gerar uma perda ou um dano e que seja mensurável.

Exemplificando, uma lâmpada queima o filamento com o uso. A queima desse
filamento é uma Perda Normal Esperada. Uma engrenagem desgasta-se com o uso. Os danos
provocados pelo desgaste da engrenagem, limitados ou não à própria engrenagem também podem
ser considerados como perdas normais. Assim, todos os componentes de equipamentos ou de
instalações que sofrem desgaste contínuo e/ou tem limitação de vida útil, estão propensos a gerar
Perdas Normais Esperadas. Entretanto, se a correia de uma polia vier a sofrer danos ou desgastes
prematuros e mesmo acidentais, não será uma perda normal esperada.

Página 3 de 77
Como se observa, a prevenção para as perdas normais esperadas é um programa
de manutenção eficiente, conjugado com uma supervisão compatível com a atividade desenvolvida.
Se o operário, ao perceber o desgaste da correia da polia não a troca no tempo certo, estará
colaborando para o surgimento de um sinistro, o qual assumirá proporções muito maiores das que
usualmente poderia se esperar.

c) PMA - Perda Máxima Admissível

A Perda Máxima Admissível é a maior perda que pode ocorrer em um ambiente,
considerando-se que todos os equipamentos e sistemas de prevenção de perdas venham a falhar, e
que não haja o atendimento externo, ou o socorro externo. A PMA também poderá vir a receber a
denominação de Perda Catastrófica, visto que se espera danos muito maiores dos que os que
normalmente poderiam ocorrer.

Para o dimensionamento da Perda Máxima Admissível, leva-se em consideração
não só os materiais e produtos acondicionados no local, como também a forma de
acondicionamento e o volume desses, as características dos processos, os níveis de manutenção e
supervisão, as características dos equipamentos, entre outras avaliações.

d) Danos afetando a terceiros

A última coluna é a que menciona se os danos podem vir ou não a afetar a
terceiros. A preocupação com os terceiros é devido à responsabilidade civil que as empresas têm,
onde muitas vezes as ações interpostas por terceiros, por danos a eles causados tendem a ser bem
maiores do que as perdas a eles geradas. Também se considera que em perdas catastróficas há risco
de acidentes maiores envolvendo o Ambiente Natural (Meio Ambiente)

O formulário é constituído de 3 quadros, a saber:
• quadro resumo dos riscos incidentes;
• quadro resumo dos eventos críticos;
• equipamentos relevantes - análise individualizada.

Página 4 de 77
Resumidamente, tem-se:
⇒ a PNE é a perda comum, contra a qual, em princípio, nada se pode fazer. Existem mecanismos
que reduzem as Perdas Normais Esperadas, como por exemplo, programas de manutenção
preditiva;
⇒ o DMP é a perda que pode vir a ser controlada externamente. Quanto melhor forem os meios de
controle menor será a perda;
⇒ a PMA é a perda contra a qual, pelo menos em princípio, nada se pode fazer. Pode ser também
conhecida como a perda catastrófica.
Existem métodos já descritos no livro Gerenciamento de Riscos Industriais2,
que possibilitam a redução das Perdas Máximas Admissíveis, as que tendem a causar eventos
catastróficos.

O evento pode ser definido como catastrófico quando atinge a empresa de modo
irrecuperável, tendendo a atingir as edificações adjacentes. Não há um critério para se enquadrar o
evento, mas pode ser dito que esse atinge as instalações de maneira que essa não tenha outra forma
de se recuperar que não seja a substituição de todo o parque fabril.

Uma das maneiras mais fáceis e práticas de se avaliar as condições dos riscos é
através da aplicação de questionários específicos. De posse das informações contidas no relatório o
Gerente de Riscos pode estabelecer critérios específicos para a mensuração das perdas.

2

Navarro, A.F., Gestão de Riscos Industriais, registrado na Biblioteca Nacional sob nº 123.087/1996
Navarro, A.F., Ferramentas Empregadas na Gestão de Riscos Industriais – registrado na Biblioteca Nacional sob nº
128.681/1996

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Formulários adotados em riscos industriais

Elaborado por: ______________________________________________________________

Em

:

Página 6 de 77
1) Quadro resumo dos Riscos Incidentes
(%)
DMP (%)

Riscos Incidentes

PNE (%)

PMA (%)

Afetando
Terceiros

L

N

G

C

L

N

G

C

L

N

G

C

Sim

Não

Incêndio
Explosão química
Explosão física
Danos elétricos
Queda de raios
Descarga elétrica
Arco voltaico
Alagamento
Vendaval/Tornado
Granizo
Tumultos/Motins
Desabamento
Erosão
Corrosão
Sabotagem
Recalques de terreno
Queda de barreiras
Impacto de veículos
Impacto de aeronaves
Vazamento de produtos
Contaminação ambiental
Içamento de cargas
Umidade
Quebra de máquinas
Quebras por defeitos de
material

Página 7 de 77
Quebras por falhas de
montagem
Quebras por falhas de
operação
Roubo de bens
Roubo de tecnologia
Inundação
Desmoronamento
Geada
Impacto com bens
transportados
Sabotagens
Perda de dados dos
sistemas
Falta ou falha de
suprimentos de gás, água,
energia, telefonia, dados
Outros (relacionar)

DMP = Dano Máximo Provável
PNE

= Perda Normal Esperada

PMA = Perda Máxima Admissível
L

= Risco Leve (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens compreendida entre
0,1% a 2,0%)

N

= Risco Normal (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens compreendida
entre 2,1% a 50,0%)

G

= Risco Grave (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens compreendida
entre 50,1% a 80,0%)

C

= Risco Catastrófico (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens
compreendida entre 80,1% a 100,0%)

Página 8 de 77
2) Quadro resumo dos eventos críticos
Evento

Objeto

DMP

PNE

PMA

(%)

(%)

(%)

Danos

Nº de dias

Materiais

reposição

(US$)

ou reparos

% Valor de
Produção

Página 9 de 77
3) Equipamentos Relevantes - Análise Individualizada
Características Operacionais do Equipamento (usar uma ficha para cada equipamento)
Característica:

Fabricante:

Ano de fabricação:
nº de identificação:

Potência:

Rotação:

Amperagem:

Voltagem:

Modelo:

nº de série:

Emprego/utilização:

Acionamento:

Localização:

Custo atual (US$):

Custo de novo (US$):

Possibilidade de reposição

imediata

curto prazo

longo prazo

Necessidade de manutenção

imediata

curto prazo

longo prazo

Necessidade de reparos

imediata

curto prazo

longo prazo

Observações durante a inspeção:

Página 10 de 77
Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário
1) Quadro Resumo dos Riscos Incidentes

O quadro apresenta um grupamento de riscos ou de eventos que podem vir a
incidir sobre os bens ou instalações da empresa, isoladamente ou não. Para cada um deles devem ser
informadas as conseqüências advindas, no tocante às perdas que possam vir a se manifestar, bem
como a possibilidade desses danos virem a ser agravados com o alastramento das consequências
para outros locais. Para a verificação da possibilidade de alastramento das perdas a melhor
ferramenta de análise é através do lay out posicional dos equipamentos e o estudo do processo de
produção, dando-se ênfase às energias perigosas (calor, vapor, gás, energia elétrica, energia
mecânica, etc..)

Por exemplo, supondo que se esteja analisando um galpão industrial, construído à
beira de uma encosta, em cujo interior há um almoxarifado de materiais diversos. Pode sem se ter
outras informações que não essas, arbitrar, ou projetar uma série de eventos que poderão vir a ser
causadores de danos ao imóvel e/ou a seu conteúdo. Dentre esses danos citamos:
• deslizamento da encosta;
• danos por água, já que o galpão está à beira da encosta;
• danos por desabamento;
• danos por desmoronamento, e
• danos por incêndio (queda de equipamentos ou de paredes sobre painéis ou circuitos
energizados).
Poderá ocorrer o fato de que a encosta não seja do jeito que a estamos
imaginando. Poderá não ser tão íngreme; poderá estar coberta de vegetação, pode ser que haja uma
eficiente drenagem, enfim, pode não ser que tudo aquilo o quanto imaginamos não seja real, caso as
decisões surjam apenas da interpretação dos elementos informados no relatório. Porém, sempre
existirão riscos potenciais.

A partir do momento em que os eventos causadores de danos já foram
identificados, resta-nos estimar ou dimensionar as perdas, ou os danos daí derivados, classificando-

Página 11 de 77
os como risco leve, risco normal, risco grave ou risco catastrófico, bem como informando se esses
danos podem ser enquadrados dentro de uma das categorias já citadas anteriormente.

Um dano por água de chuva não deve ser enquadrável como uma Perda Normal
Esperada, porque se assim o fosse, a empresa não estaria protegendo adequadamente os seus bens.
Também não deve ser um Dano Máximo Provável, porque a empresa não pode disponibilizar
recursos para, a cada chuva que ocorra proteger mais os bens, evitando um prejuízo maior. Esse
dano somente pode ser enquadrado como uma Perda Máxima Admissível. A perda poderá ser
devida ao encharcamento das mercadorias estocadas pela água que penetrou pelos telhados, ou pela
água empoçada no piso, que não foi adequadamente drenada para fora do prédio. A partir daí, fica
mais fácil classificar o tipo de dano como: risco leve, normal, grave ou catastrófico. Um risco
catastrófico é aquele que tende a gerar uma perda total, ou uma perda na qual a quantidade de bens
não afetados é quase nenhuma. Esse dano por água de chuva pode ser causado pela incidência de
fortes ventos que causem danos nos telhados.

Como se observa, o enquadramento dos riscos não é uma operação tão complexa
quanto possa parecer à primeira vista. O Gerente de Riscos deve ter o bom senso para enquadrar
corretamente as conseqüências dos riscos. Porém, o dimensionamento das perdas requer um
embasamento técnico profundo.

Quando se pretende praticar o auto-seguro, uma operação discutida em nosso livro
Gerenciamento de Riscos Industriais deve-se ter em mente que uma das informações primordiais é a
da definição da extensão das perdas, como uma maneira de estimar o prejuízo financeiro
diretamente daí decorrente. A empresa deve ter instrumentos em mãos que a permitam tomar essa
decisão, embasada em critérios técnicos. O auto-seguro ocorre quando o segurado (empresa) assume
intencionalmente ou não a responsabilidade pelos prejuízos que possa ter com a ocorrência de
eventos danosos.

Página 12 de 77
2) Quadro Resumo dos eventos críticos

Eventos críticos são todos aqueles que representam um potencial maior de perda
para a empresa. Há uma tendência de esses eventos críticos ficarem restritos a determinado
equipamento ou sistema, ou a determinada edificação.

Por exemplo, quando estamos analisando uma caldeira, um evento crítico é a da
explosão do equipamento, apesar de existirem outros eventos que podem ocorrer no mesmo
equipamento. A caldeira pode estar sujeita a um dano elétrico, que venha a danificar ou paralisar os
motores elétricos dos ventiladores ou insufladores. Da mesma forma que pode estar sujeita a um
dano mecânico, e etc. A explosão, mencionada como o evento crítico, tem uma propensão de
danificar não só a caldeira, onde foi originada, como também os equipamentos, instalações e
edificações ao redor da mesma. Tivemos a oportunidade de atuar enquanto peritos em um evento
em uma caldeira aquatubular. O vazamento de água em um dos tubos atingiu o smelt e provocou
enorme explosão, pois a água, ao vaporizar-se aumenta seu volume em 1.800 vezes em um tempo
bem curto. O vazamento poderia ter sido evitado se a empresa tivesse realizado a manutenção dos
tubos. Como ficaram faltando alguns no almoxarifado não foram todos substituídos. Em um desses
ocorreu o vazamento em um trecho com corrosão. Tratava-se de uma indústria de produção de
celulose e as perdas chegaram a mais de dez milhões de dólares, no início dos anos oitenta.

Havendo o dano crítico esse deverá ser classificado como DMP, PNE ou PMA,
preferencialmente, informando-se:
• qual o percentual do equipamento foi atingido ou danificado pelo evento?
• quais foram os valores correspondentes aos danos materiais?
• quantos serão os dias necessários à reposição do bem atingido ou a seu reparo?
• qual será o percentual do valor da produção total da empresa que ficará reduzido, com a perda ou
a paralisação do equipamento?
• qual o impacto que esse acidente poderá causar no suprimento de bens para os clientes?
Trata-se de informações bastante difíceis de serem conseguidas, sendo, porém, de
importância para um bom gerenciamento de riscos. O Gerente de Riscos deve estar preparado para

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buscar esses dados. Nem sempre os operadores dos equipamentos ou os usuários das instalações
estão preparados para dar uma resposta satisfatória aos questionamentos formulados pelo inspetor.

Exemplificando: em uma subestação elétrica o principal equipamento é o
transformador, abaixador ou elevador de tensão. Em certas ocasiões, até mesmo em função da idade
do projeto, já não existirão mais transformadores similares. E, os que podem vir a ser empregados
em substituição ao equipamento danificado, poderão necessitar de adaptações em todo o sistema de
interligação. Qual o tempo disponível para a adaptação do equipamento? É difícil se precisar, já que
a quantidade de parâmetros que conduzirão a esta resposta são vários, tais como:
• existência de pessoal disponível para a realização da adaptação e da substituição do equipamento
danificado;
• existência de espaço físico para a instalação do novo equipamento;
• existência de equipamentos para serem instalados;
• existência de condições para o transporte e instalação do equipamento, etc.
3) Equipamentos relevantes - Análise individualizada

Neste campo de informações pretende-se obter dados acerca dos equipamentos
relevantes ao processo, ou à empresa, com algumas indicações técnicas. No campo destacamos os
quesitos que mencionam:
• possibilidade de reposição;
• condições para a manutenção;
• meios para os reparos.
Cabe ser destacado que todos esses serviços deverão ser avaliados de sorte que a
implantação e a implementação possa se dar: imediatamente, a curto ou a longo prazo. Essas
informações permitirão se avaliar as reais condições de operação dos equipamentos, e o estado em
que se encontram os mesmos.

Um equipamento é considerado como relevante, se a atividade da empresa estiver
conjugada a existência do mesmo. Uma bomba d’água pode não ser um equipamento relevante.
Porém, se essa bomba for empregada para o abastecimento de uma caixa d’água, passa a ser
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relevante. O reservatório de água só tem finalidade se existir água em seu interior, o que somente
poderá ser conseguido com uma bomba. A bomba pode estar conjugada ao sistema de refrigeração
de uma máquina de grande porte. Se o bombeio for interrompido a máquina não terá condições de
funcionar.

Um sistema de ar condicionado é um equipamento relevante em uma sala de um
centro de processamento de dados, não sendo tão relevante assim em uma escola ou em um
escritório. Nesses locais é um equipamento gerador de conforto, mas não um equipamento
relevante.
Relatório de Avaliação de Riscos
O Relatório de Avaliação de Riscos é outra ferramenta bastante empregada na
análise e no gerenciamento de riscos.

Trata-se de um formulário de caraterísticas simples, usualmente adotado para
inspeções menos elaboradas, ou para aquelas onde não há uma necessidade de precisão de dados,
seja porque se tratam de riscos previamente conhecidos, seja porque já existe um conceito prévio
acerca deles.

Todo formulário simplificado, com campos de preenchimento tem uma
característica básica, que é a do preenchimento rápido. Porém, essa rapidez no preenchimento não
deverá prejudicar, de forma alguma, a qualidade da informação prestada. Por essa razão, sempre
existirão campos, ao final de cada tópico, onde o inspetor poderá apresentar o seu parecer acerca dos
itens analisados. Por exemplo, saber se há um transformador instalado no local é importante. Porém,
mais relevante é saber-se como esse transformador está instalado e como opera.

Difere dos demais por definir uma linha de questionamentos, mais rápidos e
objetivos. Não permite, entretanto, obter dados para a mensuração matemática dos riscos. Os
quadros contidos no formulário são os seguintes:
1. Análise do Risco;
2. Características físicas do Risco;
3. Equipamentos de segurança contra incêndio;
Página 15 de 77
4. Principais equipamentos existentes no risco;
5. Características físicas do Risco;
6. Análise quanto à exposição a Riscos;
7. Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação;
8. Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento;
9. Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo;
10. Análise quanto ao risco de Explosão de Aparelhos e de Substâncias;
11. Análise quanto ao risco de Incêndio;
12. Análise quanto ao risco de Danos Elétricos;
13. Análise quanto aos demais riscos.

Página 16 de 77
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS

Elaborado por: _____________________________________________________________

Em

:

Página 17 de 77
Relatório nº

Relatório de Avaliação de Riscos
Segurado:

CGC:

Unidade:

Município:

Endereço:

Estado:

Atividade Principal:

« » Comercial

« » Industrial

« » Residencial

« » Outra

1 - Análise do Risco
Item

Atividade

Enquadramento

Acabamento

Planta

desenvolvida

Tarifário.

construtivo

Área

$/ m2 de

Constr.

Reposi-

(m2)

ção

Importânci
a Segurada

2 - Condições dos Riscos
Itens

Bom

Regular

Ruim

Para a evacuação do Risco
Dos equipamentos e instalações
Das tomadas/quadros/interruptores/painéis elétricos
Dos equipamentos de combate a incêndios
Dos sistemas de segurança locais
Da limpeza operacional
Das portas/janelas/basculantes – condições de segurança
Estado de conservação dos prédios
Distribuição dos equipamentos de incêndio
Aspecto do layout interno
Operacionalidade dos equipamentos e máquinas
Oerdas de equipamentos e processos
Rotinas de treinamento de funcionários
Turn over dos funcionários
Aspecto de segurança contra os demais riscos que não incêndio
Comentários gerais:

Página 18 de 77
3 - Equipamentos de segurança contra incêndio
Equipamentos

Bem

Recarrega

Sinaliza

posicionados

dos

dos

Obstruídos

Extintores
Hidrantes
Mangotinhos
Detectores
Moto-bombas
Sprinklers
Sistemas de gases
Outros dispositivos
Comentários gerais:

4 - Principais equipamentos existentes no Risco
Elevadores

sim

não

Geradores elétricos

sim

não

Caldeiras

sim

não

Subestações elétricas

sim

não

Compressores de ar

sim

não

Vasos de pressão

sim

não

Tancagem de produtos perigosos

sim

não

Turbinas elétricas

sim

não

Transformadores

sim

não

Ar Condicionado Central

sim

não

Escadas rolantes

sim

não

Antenas coletivas

sim

não

Incineradores

sim

não

Página 19 de 77
Painéis de propaganda

sim

não

Centrais telefônicas

sim

não

Centros de Processamento de Dados

sim

não

Comentários:

5 - Características físicas do risco
Área construída:

m2

Área ocupada:

m2

Estado geral da construção

bom

regular

deficiente

Estado geral das instalações

bom

regular

deficiente

Aspecto de limpeza e conservação

bom

regular

deficiente

Terrenos baldios adjacentes

sim

sim

Estações ferroviárias/ metrô próximas

sim

sim

Quartel nas proximidades

sim

sim

Delegacias policiais nas proximidades

sim

sim

Comentários gerais:

6 - Análise quanto à exposição a Riscos
Incêndios

sim

não

Queda de raios

sim

não

Explosão química

sim

não

Explosão física

sim

não

Vendaval/tornado

sim

não

Alagamento/inundação

sim

não

Granizo

sim

não

Queda de aeronaves

sim

não

Impacto de veículos

sim

não

Página 20 de 77
Danos a terceiros

sim

não

Danos elétricos

sim

não

Desabamento/desmoronamento

sim

não

Outros

sim

não

Ocorrências anteriores

sim

não

Comentários:

7 - Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação
Rios, lagos e canais nas proximidades?

sim

não

Existência de drenos e galerias?

sim

não

Desobstruídos?

sim

não

Proximidade:

Terreno com:

m

drenagem rápida

Nível do piso nas edificações:

drenagem lenta

alagadiço

maior que o terreno

menor que o terreno

Proteção contra a entrada de água?

sim

não

Adequadas?

sim

não

Ocorrências anteriores?

sim

não

Existência de subsolos?

sim

não

Sujeitos a riscos?

sim

não

Comentários:

8 - Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento
Existência de aclives e declives?

sim

não

Trincas na construção

sim

não

Relevantes?

sim

não

drenagem lenta

alagadiço

sim

não

Terreno com:
Erosão no terreno?

drenagem rápida

Página 21 de 77
Proteção de encostas?

sim

não

Adequadas?

sim

não

Ocorrências anteriores?

sim

não

Existência de subsolos?

sim

não

Sujeitos a riscos?

sim

não

Comentários:

9 - Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo
Características das construções:

Características dos ventos dominantes:

Proteções especiais adotadas:

Características dos telhados:

Ocorrências anteriores?

sim

não

Relatar

Comentários:

10 - Análise quanto ao risco de explosão de aparelhos e de substâncias
Existência de caldeiras e de vasos de pressão? (Comentar)

sim

não

Página 22 de 77
Existência de substâncias explosivas ou inflamáveis? (Comentar, inclusive acerca dos cuidados
quanto ao risco de explosão:

Informar as caraterísticas dos depósitos de combustíveis:

Descrever o estado geral das redes de ar comprimido, vapor e de gases:

Informar quais as proteções adotadas para a proteção das caldeiras:

Ocorrências anteriores?

sim

não

Relatar

Comentários:

11 - Análise quanto ao risco de Incêndio
Há equipamentos de proteção suficientes para a proteção

sim

não

sim

não

Há brigada de incêndio?

sim

não

Há CIPA?

sim

não

Há controles sobre as áreas de riscos?

sim

não

Os controles são adequados?

sim

não

Há um ordenamento e limpeza compatível com o grau

sim

não

sim

não

sim

não

do risco?
Os agentes extintores são compatíveis com a classe de
risco incêndio?

de risco?
Há presença de substâncias com risco de reatividade
com a água?
Há

compartimentação

de

áreas,

para

evitar

o

Página 23 de 77
alastramento do incêndio?
Há possibilidade de haver alastramento do incêndio para

sim

não

outros riscos?
Ocorrências anteriores?

sim

não

Relatar

Comentários:

12 - Análise quanto ao risco de Danos Elétricos
Os circuitos elétricos são identificados de acordo com as áreas supridas?

sim

não

Há painéis elétricos para a proteção das redes de distribuição?

sim

não

Os circuitos são adequadamente protegidos?

sim

não

Há circuitos sobrecarregados?

sim

não

Há emendas de condutores sem a adequada proteção?

sim

não

Há aterramento elétrico?

sim

não

Há circuitos elétricos em áreas de risco?

sim

não

Os circuitos são blindados e à prova de explosão?

sim

não

Há circuitos instalados aparentemente?

sim

não

Ocorrências anteriores?

sim

não

Relatar

Comentários:

13 - Análise quanto ao risco de ...................................

Ocorrências anteriores?

sim

não

Relatar

Comentários:

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Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário

1 - Análise do Risco

O primeiro item do relatório destina-se à classificação dos itens e plantas
seguráveis, como previsto em tarifas de seguros. Acrescentamos ao campo colunas referentes à:
• informações acerca do tipo de acabamento construtivo das edificações;
• área construída, preferencialmente de cada pavimento ou andar do prédio analisado;
• custo de reposição para a edificação, preferencialmente extraído de publicações especializadas, e
não de tabelas de Seguradoras;
• importância segurada total da planta, no que diz respeito ao valor da edificação. Esse total é
obtido multiplicando-se o custo de reposição por metro quadrado de construção vezes a área
construída total.
2 - Condições dos riscos

Riscos aqui significam eventos ou itens que devem ser avaliados. A avaliação
proposta é expedita, enquadrando-se como bom, regular ou ruim.

Um enquadramento regular ensejará o acréscimo de uma recomendação para a
melhoria daquela situação. Um enquadramento ruim poderá significar a recusa, em todo ou em parte
do risco, ou a inclusão de algum tipo de sanção punitiva, ou de uma participação obrigatória da
empresa em cada evento que venha a ocorrer.

Há uma miscelânea de informações, algumas relativas a segurança patrimonial,
outras à segurança contra incêndio, outras relativas a aspectos de conservação. Os grupamentos
avaliados no presente campo de informações são os seguintes:

a) Segurança contra incêndio
• Condições para a desocupação do risco;
• Condições dos equipamentos de combate a incêndios;
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• Eficiência e adequação dos equipamentos em relação aos processos e sistemas/equipamentos;
• Capacitação de pessoal;
• Equipamentos ou instalações que possuam meios próprios de controle de velocidade, pessão,
temperatura, sobre corrente, sobre tensão;
• Distribuição dos equipamentos de incêndio.
b) Segurança Operacional
• Controle do turn over dos funcionários;
• Rotinas de treinamento de funcionários;
• Controles de perdas de equipamentos e processos;
• Condições de operacionalidade dos equipamentos e máquinas;
• Condições de conservação e manutenção dos equipamentos e instalações.
c) Segurança Patrimonial
• Conservação das tomadas, quadros, interruptores e painéis elétricos;
• Condições dos sistemas de segurança locais;
• Aspecto da limpeza operacional;
• Conservação das portas, janelas e basculantes;
• Estado de conservação dos prédios;
• Aspecto do layout interno.
3 - Equipamentos de Segurança contra Incêndio

Neste campo do formulário são solicitadas informações sobre os equipamentos de
segurança contra incêndio, no que diz respeito aos quesitos de posicionamento, recarga, sinalização,
obstrução, adequação eficiência, manutenção, funcionamento, adequação às normas, etc.. Para
alguns, a informação referente a recarga de um extintor, carreta ou sistema fixo de pó ou espuma
mecânica fica prejudicada, como por exemplo, quando se tratam de sistemas hidráulicos, sprinklers,
sistemas mulsifyre, protector spray. Pode-se informar, com ressalvas em campo próprio, se esses
equipamentos possuem água em quantidade suficiente para o combate ao incêndio.

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Uma legislação de um município de Santa Catarina já apresentava uma
preocupação quanto aos sistemas de proteção, concedendo descontos para instalações existentes em
condições de utilização imediata, como:
Lei Complementar 207/98 | Lei Complementar nº 207 de 22 de dezembro de 1998 de Blumenau
Altera dispositivos da Lei Nº 4.451, de 21 de dezembro de 1994. Décio Nery de Lima, Prefeito Municipal de Blumenau.
Faço saber a todos os habitantes deste Município que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a
seguinte Lei Complementar:
Art. 1º - Ficam incluídos o parágrafo único ao artigo 8º e os §§ 7º e 8º ao artigo 11, ambos da Lei nº 4.451, de 21 de
dezembro de 1994, alterada pela Lei nº 4.595, de 22 de dezembro de 1995, com a seguinte redação:
"Art. 8º - .......
Parágrafo único - Mensalmente serão prestadas contas da movimentação financeira do FUNREBOMPOM."
"Art. 11 - .......
§ 7º - A taxa de vistoria prevista no inciso II do § 2º deste artigo será cobrada:
I - com desconto de 50% (cinqüenta por cento), quando a edificação estiver com todos os sistemas preventivos de
incêndio rigorosamente instalados e em perfeito estado de funcionamento, consoante as Normas de Segurança Contra
Incêndio;
II - com desconto escalonado de até 50% (cinqüenta por cento), por sistema preventivo de incêndio rigorosamente
instalado e em perfeito estado de funcionamento, consoante as Normas de Segurança Contra Incêndio, na forma que
segue:
a) Sistema de Proteção por Extintor (SPE)

2,0%

b) Sistema Hidráulico Preventivo (SHP)

5,0%

c) Instalação de Gás Combustível (IGC)

5,0%

d) Saídas de Emergência (SE)

6,0%

e) Dispositivo para Ancoragem de Cabos

2,0%

f) Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPCDA)

5,0%

g) Iluminação de Emergência (IE)

5,0%

h) Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio (SADI)

5,0%

i) Sistema de Chuveiros Automáticos (Sprinklers)

5,0%

j) Sistema Fixo de Gás Carbônico

5,0%

k) Sistema Água Nebulizada de Alta Velocidade (Sistemas Mulsifyre)

5,0%

§ 8º - Para as edificações com área acima de 1.500 m², a taxa de vistoria prevista no inciso II, do § 2º, deste artigo
poderá ser paga em até 04 (quatro) parcelas mensais, iguais e sucessivas."
Art. 2º - O artigo 9º da Lei nº 4.451 de 21 de dezembro de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação:
"Art. 9º - A infringência às Normas de Segurança Contra Incêndio implicará, isolada ou cumulativamente, além das
responsabilidades legais específicas, nas seguintes sanções administrativas:
I - notificação;
II - multa de 30,33 a 909,90 Unidades Fiscais de Referência - UFIR`s, na forma do Anexo IV desta Lei;
III - suspensão, impedimento ou interdição do estabelecimento, prédio ou locação;
IV - denegação ou cancelamento do Alvará de Localização e Funcionamento ou "Habite-se.

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Parágrafo único - Precedentemente à aplicação das sanções previstas nos incisos II, III e IV deste artigo, será
concedido, na primeira vistoria, prazo para regularização da respectiva infringência, na forma do Anexo V desta Lei".
Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário.
Prefeitura Municipal de Blumenau, em 22 de dezembro de 1998.
Décio Nery de Lima
Prefeito Municipal
Anexo IV
Sistemas Preventivos

Nº UFIR`s

1. (SPE) Sistema de proteção por extintor

60,64

2. (SHP) Sistema hidráulico preventivo
Por reservatório superior

454,86

Por reservatório inferior

758,11

Por castelo d`água

606,49

3. (IGC) Instalação de gás combustível
Cabine de proteção para cilindro até 90Kg

303,24

Central de gás (centralizado)

606,49

4. (SF) Saídas de emergência
Portinhola

90,97

Local para resgate aéreo

758,11

Escada comum

121,29

Escada protegida

181,94

Escada enclausurada

303,24

Escada a prova de fumaça

545,84

Elevador de emergência

454,86

Passarela

303,24

5. Porta corta fogo

181,94

6. Parede corta fogo

363,89

7. Dispositivo para ancoragem de cabos

212,27

8. (SPCDA) Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas

576,16

9. (IE) Iluminação de emergência
Conjunto de blocos autônomos

151,62

Sistema central por acumuladores

545,94

Grupo moto gerador

818,76

10. (SADI) Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio

242,59

11. Sistema de chuveiros automáticos (Sprinklers)

363,89

12. Sistema fixo de gás carbônico

454,86

13. Sistema água nebulizada de alta velocidade (Sistema Mulsifyre)

303,24

14. Centro de processamento de dados

303,24

15. Instalações industriais de líquidos inflamáveis

606,49

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16. Instalações para reabastecimento de líquidos inflamáveis (postos de gasolina)

909,73

17. Armazenamento de líquidos inflamáveis em recipientes no interior de edifícios

606,49

18. Depósito, manuseio e armazenamento de explosivos (fogos de artifício)

900,73

Depósito de distribuidoras

909,73

Postos de revenda

606,49

20. Caldeiras estacionárias a vapor

454,86

21. Hidrantes urbanos

151,62

22. Proteção florestal de matas nativas e reflorestamento

909,73

Obs. O número mínimo de UFIR`S não será cumulativo. Caso a mesma edificação e/ou projeto necessite de instalação
de mais de um sistema preventivo, a multa será devida pelo sistema preventivo de maior número de UFIR`S.
Anexo V
Sistemas preventivos

Prazos

1) Sistema preventivo por extintores

15 a 30 dias

2) Sistema hidráulico preventivo

180 a 360 dias

3) Instalação de gás centralizado

120 a 180 dias

4) Instalação de abrigo para gás

15 a 60 dias

5) Dispositivo para ancoragem de cabos

15 a 60 dias

6) Sistema de proteção contra descargas atmosféricas

120 a 180 dias

7) Iluminação de emergência - blocos autônomos

15 a 60 dias

- Acumulador centra

60 a 120 dias

8) Sistema de alarme e detector de incêndio

60 a 120 dias

9) Sinalização para abandono de local

15 a 60 dias

10) Saída de emergência - portinhola

15 a 60 dias

- Escada comum

180 a 360 dias

- Escada protegida

180 a 360 dias

- Escada enclausurada

180 a 360 dias

- Escada a prova de fumaça

180 a 360 dias

- Porta corta fogo

180 a 360 dias

- Passarela

180 a 360 dias

- Elevador de emergência

180 a 360 dias

11) Outros sistemas e/ou exigências

15 a 150 dias

OBS. O prazo total compreende o somatório dos prazos de cada sistema de segurança, incluindo-se a apresentação
dos projetos preventivos de incêndio e a instalação dos sistemas.

A relevância em se apresentar uma legislação específica se deve à cultura
prevencionistas do Município, com residências e edificações em madeira ou enxaimel. O Enxaimel,
ou Fachwerk (originário de "Fach" assim denominavam o espaço preenchido com material
entrelaçado de uma parede feita de caibros), é uma técnica de construção que consiste em paredes
montadas com hastes de madeira encaixadas entre si em posições horizontais, verticais ou
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inclinadas, cujos espaços são preenchidos geralmente por pedras ou tijolos. Os tirantes de madeira
dão estilo e beleza às construções do gênero, produzindo um caráter estético privilegiado. Outras
características são a robustez e a grande inclinação dos telhados. Na adaptação do enxaimel às
características climáticas da região, foi necessária a implantação, por conta da elevada umidade
local, de uma estrutura feita de pedra que sustenta as construções evitando que a madeira se molhe.3
Graças a essa preocupação dos governantes conseguiu-se preservar as casas que poderiam ser
facilmente destruídas por um incêndio.

Deve ser levado em consideração que os equipamentos portáteis são eficientes
somente para o combate a princípios de incêndio. Empregar-se um extintor para combater um
incêndio, com uma carga térmica razoável, além de perigoso para o operador, não possibilita o
decréscimo das chamas, já que o volume de agente extintor disponível é insuficiente para tal
empreitada.

4 - Principais equipamentos existentes no risco

Pretende-se obter a informação de quais são os equipamentos empregados nas
atividades industriais, dentre os listados, que existem no local inspecionado. Alguns desses
representam riscos para a própria empresa, para terceiros (responsabilidade civil), e outros são
necessários para o funcionamento com segurança, das instalações. Em uma fábrica de móveis pode
existir lixadeiras planas. O equipamento, mesmo com coifa, libera pó de madeira e esse pode entrar
em combustão rapidamente. Desta maneira, a empresa tem que investir em equipamentos acessórios
ou outros dispositivos, como, por exemplo, o confinamento do equipamento e sistemas de filtragem
eficientes, que possibilitem a coleta do pó:

a) Danos contra terceiros
• Elevadores;
• Escadas rolantes;
• Painéis de propaganda;
• Antenas coletivas.

3

http://pt.wikipedia.org/wiki/Enxaimel

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b) Danos contra as próprias instalações
• Compressores de ar;
• Bombas;
• Circuitos de circulação de flúidos;
• Sistemas elétricos;
• Transformadores, painéis e chaves seccionadoras;
• Caldeiras.
c) Danos ambientais
• Incineradores de Lixo;
• Depósito de coleta de materiais;
• Áreas de segregação de resíduos;
• Incompatibilidade das barreiras de contenção para a contenção de fluidos do processo;
• Geração de vapor e poeiras.
d) Danos adicionais aos próprios equipamentos
• Turbinas elétricas;
• Transformadores;
• Ar condicionado central;
• Centros de Processamento de Dados;
• Geradores elétricos;
• Subestações elétricas;
• Centrais telefônicas.
Alguns equipamentos são relevantes para a atividade avaliada. A relevância está
associada à dependência da instalação e processo daquele equipamento específico, como por
exemplo:
⇒ Geradores autônomos para um hospital;
⇒ ar condicionado central para uma instalação de computação;
⇒ compressores de ar para oficinas mecânicas, etc.

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Existirão campos próprios, mais adiante, onde poder-se-á comentar a respeito de
determinados riscos. Dentre os riscos habitualmente presentes em quase todas as empresas, poderse-á ter:
• o risco de explosão gerado por caldeiras e compressores, bem como por todos os equipamentos
que trabalhem em regime de vaso de pressão fechado, com pressão interna maior do que a
externa;
• o risco de danos elétricos, produzidos por transformadores e subestações elétricas, como também
pelas instalações que alimentam circuitos de luz e de força;
• o risco de responsabilidade civil, por danos contra terceiros, provocado pelos painéis de
propaganda externos e pelas antenas coletivas, como também por componentes da edificação que
possam vir a ser deslocados por ventos fortes.
Determinados itens segurados possuem taxas de risco especiais, como a existência
de incineradores, de elevadores, de antenas coletivas e de escadas rolantes.

5 - Características físicas do risco

Inicialmente é importante se informar que em alguns segmentos, como o de
seguros, o risco não é só o evento possível de ocorrer. Também representa aquilo que se pretende
segurar através de uma apólice de seguros.

O propósito dos questionamentos é o da obtenção de informações que possibilitem
uma avaliação a mais próxima da realidade das edificações, espaços e áreas, que decontrole ou
mitigação dos riscos. Dentre as caraterísticas mencionadas encontram-se:

a) Área construída e ocupada

Trata-se de informação que permite verificar se os valores atribuídos às
edificações se encontram dentro das margens definidas pelos avaliadores patrimoniais. Através da
verificação das ocupações de espaços pode se avaliar não só o fluxo de produção como também o
layout, que contemple a segregação das atividades mais críticas. Para isso é necessária a existência
de amplos espaços físicos. Nessa atividade de avaliação dos riscos deve ser avaliada também a
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conexão ou interligação das edificações. Por medida de cautela e prevenção, as edificações que
representam maiores riscos possuem proteções mais específicas e dispositivos de prevenção e
controle mais eficientes.

b) Estado geral da construção e das instalações

Informações que permitem avaliar se os programas de manutenção existentes na
empresa são adequados ou não, bem como, se os valores pretendidos para se obter as indenizações
nos casos de sinistros são compatíveis com o estado em que se encontram os prédios e as
instalações, e se foram fixados de acordo com as avaliações patrimoniais.

c) Aspecto de limpeza e conservação

Informação que permite avaliar o grau de conscientização da empresa para
programas de segurança e qualidade. Sabe-se da influência da organização e limpeza
comportamento da força de trabalho. O empregado sente-se muito mais a vontade em manter sua
área de trabalho desorganizada quando percebe que na empresa não há preocupações para com isso.
Os padrões de organização e limpeza contribuem para que a empresa não gaste desnecessariamente
os materiais e insumos. Em uma construção civil, com baixos padrões de organização e limpeza, se
um operário precisar de uma ripa para fixar uma forma, é bem capaz de inutilizar uma prancha de
madeira nova do que procurar nos materiais organizados e destinados ao reuso. Com a evolução das
ações de desenvolvimento sustentável, as atividades de organização e limpeza passam a ser cada vez
mais necessárias, inclusive porque é essa a imagem que transmitem para seus clientes e
consumidores.

d) Terrenos baldios adjacentes

Dado relevante para avaliação da segurança patrimonial da empresa, bem como
por se tratar de elemento balizador de taxa de risco relacionado a assaltos, roubos, sabotagens,
sequestros e ações assemelhadas, inclusive com os terrenos baldios sendo ocupados por traficantes e
ou usuários de drogas. Não se deve esquecer que a existência de um terreno baldio ao lado da
empresa, além de ser um local onde poderá se assentar uma futura favela, pode vir a ser foco de

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incêndio, se alguém, intencionalmente ou não, provocar incêndio em lixo acumulado ou no mato
seco. Também é relevante se levar em consideração que a insegurança existente pode prejudicar o
vai e vem dos empregados e de fornecedores, receosos em serem afetados pela presença de
comunidades e traficantes.

e) Estações ferroviárias e de metrô nas proximidades, Quartel nas proximidades e Delegacias
Policiais nas proximidades

Essas informações permitem avalia se o risco de tumultos ou de motins é
relevante, bem como saber se para outros riscos poder-se-á contar com o apoio externo no controle
dos incidentes ou acidentes. Locais com grande aglomeração de pessoas é sempre um risco
adicional para as empresas que se situam nas proximidades.

6 - Análise do grau de exposição a riscos

São apresentados alguns riscos que poderão afetar as instalações seguradas, e
avaliado se há possibilidade desses ocorreram. Se por acaso for respondida que já houve ocorrência
anterior, será muito importante a complementação da resposta nos comentários que deverão se
seguir. Aqui entra a análise estatística, tão importante para a determinação das taxas de riscos.

7 - Análise do risco de Alagamento/Inundação

A partir de então passarão a aparecer campos relativos a análises de riscos de uma
série de eventos. A primeira análise refere-se aos riscos de Alagamento e de Inundação.
Basicamente, as perguntas formuladas permitirão saber se há possibilidade de empoçamento de
água, se já ocorreram eventos anteriormente, se há subsolos, e se há proteção contra a entrada de
água. A água poderá atingir o interior da edificação vindo de um telhado mal projetado ou
danificado, da existência de varandas ou marquises que possuam infiltrações por não terem uma
adequada manutenção preventiva e corretiva, do aumento do nível no piso externo deixando o piso
interno mais baixo, e sem se acrescentar uma calha no desnível para o escoamento da água, e pelo
entupimento das valas de drenagem e das galerias de escoamento. O alagamento é um risco
proveniente do excesso de águas de chuva. A inundação é proveniente do transbordamento do leito

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de rios e canais. Há que se levar em consideração também que em muitas empresas o mesmo
sistema de drenagem que escoa os óleos e lubrificantes dos equipamentos, e mesmo os provenientes
de vazamentos de tanques, que podem conter produtos perigosos, também se destina ao escoamento
das águas de chuva, sem que se tenha acrescentado ao sistema separadores de água e óleo e estações
de tratamento de resíduos perigosos, principalmente quanto a neutralização dos mesmos (correção
do PH, remoção de fenóis, e outras substancias.

8 - Análise do risco de Desabamento/Desmoronamento

De forma idêntica ao campo anterior, pretende-se avaliar as possibilidades de
ocorrência dos riscos de Desabamento e de Desmoronamento, através das respostas a algumas
perguntas, consideradas relevantes. O desabamento é uma ocorrência que se verifica com o prédio.
O desmoronamento é um evento que ocorre com encostas. Uma das perguntas que chamamos a
atenção é para a existência de trincas nas construções, que sejam ativas, ou seja, estejam
aumentando, e para a existência de erosão no terreno. A erosão em um terreno pode afetar
seriamente as fundações de uma edificação ou ser um ponto de fragilidade de uma encosta.

9 - Análise do risco de Vendaval/Tornado/Granizo

Os riscos elencados referem-se às forças da natureza provenientes de ventos
fortes, com características distintas. Para tanto, especial atenção deve ser dada ao formato e
dimensões da edificação, a posição dessa quanto a direção dos ventos dominantes, e as proteções
adotadas nos telhados, clarabóias, portas, janelas e elementos utilizados para exaustão nos telhados.

10 - Análise do risco de explosão de aparelhos e de substâncias

O risco de explosão pode ser devido ao aumento do volume interno de recipientes,
ou a uma reação química descontrolada. Assim, poder-se-á ter o risco envolvendo somente
equipamentos, como no caso de caldeiras, compressores, tanques fechados de armazenamento de
produtos, ou envolver substâncias, sem que essas estejam necessariamente armazenadas em
recipientes sob pressão.

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11 - Análise do risco de Incêndio

A avaliação do risco de incêndio não deve se prender somente a aspectos da
existência de equipamentos de detecção e combate às chamas, mas também a aspectos operacionais
e de atendimento a situações que exijam rapidez, mobilidade, disponibilidade de equipamentos e
agentes extintores. Chamamos a atenção para perguntas do tipo:
• Há presença de substâncias com risco de explosão ou de reatividade em presença de água?
• Há possibilidade de haver alastramento do incêndio para outros riscos?
• As áreas de maior risco são compartimentadas, a fim de se evitar o alastramento do incêndio?
12 - Análise do risco de Danos Elétricos

Danos elétricos são, com certeza, os eventos que incidem com maior freqüência
em uma instalação industrial. Podem não ser danos que apresentem maior severidade de perdas.
Porém, se computarmos o tempo despendido com a substituição dos equipamentos danificados e
com a paralisação das atividades, esses danos poderão ser bem mais graves pelos impactos
financeiros causados. Em algumas situações o custo de reparação dos danos diretos chega a 1/10 do
custo total devido a paralização. Se o dano vier a ocorrer em um equipamento crítico ao processo,
como misturadores de produtos químicos em processo de batelada, painéis de controle de bombas
para fornecimento de produtos através de linhas de dutos, a relação pode chegar a 1/100.000. Por
essa razão deve-se ter uma atenção especial à proteção dos circuitos e dos equipamentos contra
sobrecargas elétricas e do aterramento elétrico. Em algumas análises de risco percebeu-se que falhas
de conexão ou de execução dos serviços fizeram com que o “neutro” do circuito e o “terra”
encontravam-se conectados à fase do circuito. Ao se desligar o sistema para a substituição de
componentes danificados ocorreram acidentes, causando incêndios e eletrocussão dos trabalhadores.

13 - Análise quanto ao risco de ..................

Deixamos este campo para análise de outros riscos que não sejam os já
comentados anteriormente. Como exemplo, há o risco de perda de receita ou de interrupção de
produção, também dito risco de Lucros Cessantes, que preocupa muita gente. Neste caso, as
perguntas a serem formuladas deverão estar voltadas para aspectos operacionais da empresa,

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aspectos de manutenção das instalações, possibilidade de reposição imediata dos equipamentos
danificados, etc.. Nesses casos deseja-se saber se quando ocorrer a paralisação do processo de
fabricação por um acidente, quanto tempo se gastará para se reiniciar as atividades normais?

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VIII - Roteiro de inspeção para Riscos Nomeados

Denomina-se Risco Nomeado (named perils) a um conjunto de riscos assegurados
através de uma única apólice (umbrella assurance). Trata-se de seguros especiais, mas que
possibilitam à indústria um maior nível de coberturas. Os meios de contratação não serão objeto
deste artigo, mas podem variar de seguradora para seguradora, se a valor único, se a valores
individualizados, se a primeiro risco, entre outros aspectos. Nesse tipo de cobertura a indústria
participa sempre com uma parte da indenização, assim, fica definido que a seguradora indenizará
uma parcela dos prejuízos e a empresa segurada o restante, semelhante a uma franquia dos seguros
de automóvel.

O roteiro que será apresentado a seguir é um dos inúmeros empregados na análise
de instalações, com vistas à montagem de uma apólice de Riscos Nomeados.

Riscos Nomeados é uma cobertura de seguros especialmente desenvolvida para
empreendimentos, industriais, comerciais ou residenciais, que apresentam a possibilidade de vir a
ser atingidos, isoladamente ou em conjunto, por uma série de eventos. A cobertura tem esse nome
porque nomeia-se o tipo de risco para o qual se quer obter cobertura de seguros. No World Trade
Center o choque de uma aeronave provocou o vazamento de combustível que causou um incêndio,
reduzindo a capacidade de suportação da estrutura metálica do prédio, que por sua vez culminou
com o desabamento do prédio e a morte de milhares de pessoas. Um dano elétrico em um painel no
interior de uma sala onde se está manuseando produtos perigosos, pode terminar em um incêndio. A
extensão do incêndio dependerá da quantidade de materiais combustíveis e ou inflamáveis que
estejam nas proximidades bem como na ineficácia dos dispositivos de proteção contra incêndios.

Pela amplitude da cobertura, são formuladas inúmeras perguntas, todas com o
objetivo de obter subsídios para a taxação dos vários riscos elencados. Por essa razão, o
preenchimento do formulário deve ser feito com extremo rigor, sempre se buscando a máxima
qualidade de informações, de sorte que as taxas que virão a ser adotadas exprimam os verdadeiros
riscos existentes, sejam eles emergenciais ou latentes.

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O Gerente de Riscos pode vir a adotar várias outras perguntas, sempre visando
ilustrar melhor os riscos existentes. Também deve ser realçado que quanto melhor é o conhecimento
acerca dos riscos que envolvem a empresa, melhor será o trabalho de gerenciamento de riscos. O
formulário é dividido nos seguintes tópicos:
1) Informações Gerais;
2) Condições geotopomórficas;
3) Produção;
4) Central de energia;
5) Manutenção;
6) Segurança contra incêndio;
7) Segurança Patrimonial;
8) Comunicação;
9) Controle de qualidade/estoque;
10) Parecer do Engenheiro acerca dos pontos para a melhoria do risco;
11) Parecer do Engenheiro acerca da aceitação do risco;
12) Comentários Gerais;
13) Critérios para a taxação do risco.

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ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA RISCOS NOMEADOS

Elaborado por :

Em

:

Acompanhantes

:

Solicitante

:

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1) Informações Gerais
a. Razão social:
b. Endereço:
c. Ramo de atividade:

d. Início de operações:
e. Grupo econômico:
f. Área construída:

m2

f.1. Área terreno:

f.2. Área ocupada:

m2

m2

f.3. Área para ampliações:

m2

g. nº de funcionários da administração:

g.1. nº de funcionários da produção:

g.2. nº de funcionários da manutenção:

g.3. nº de funcionários da segurança:

h. jornada de trabalho:
i. Ordem geral/Limpeza (comentários):

j. Arruamento/acessos (comentários):

k. Proibição ao fumo:

l. Sinalizações:

m. Isolamentos:

n. Inspeções do Ressegurador, Processos de Tarifação (informar existência e fornecer cópia):

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o. Avaliações patrimoniais (informar existência e data base):

p. Grau de informatização (descrever localização, atividades informatizadas, medidas de proteção,
planos de contingência e dependência):

Considerações gerais:

2) Condições Geotopomórficas
a. Características do terreno:

b. Sistemas de drenagem:

c. Cortes e taludes existentes:

d. Ventos:

d.1. Ocorrências anteriores:

d.2. Freqüência com velocidade > 15 m/s:

d.3. Ocorrências anteriores:

d.4. Velocidade máxima:

d.5. Medidas de proteção:

d.6. Direção predominante:

d.7. Existência de biruta:

e. Raios -

e.1. Ocorrências anteriores:

e.2. Sistema de proteção e sua localização:

e.3. Aterramento elétrico adotado:

e.4. quantidade:

e.5. prédio:

f. Acidente Hidrográfico:

f.1. Distância altimétrica:

f.2. Tipo:

f.3. Ocorrências de inundação:

f.4. Distância planimétrica:

f.5. Medidas de proteção:

g. Vias de acesso principais:

Página 43 de 77
Comentários gerais:

3) Produção
a. Anexar fluxograma de processo:
b. Descrição do processo:

c. Principais equipamentos (anexar layout):

c.1. tipo:

c.2. marca:

c.3. ano:

c.4. capacidade:

d. Nome dos produtos finais e intermediários:

d.1. Utilização dos produtos e substâncias:

d.2. Características físico-químicas dos produtos e substâncias empregados e ou produzidos:

d.3. Volume de produção por ano:

d.4. Grupo químico a que pertencem os principais produtos:

d.5. Estoques mínimos por produtos:

Na utilização identificar o ramo de atividade a qual se destina o produto ou se for produto
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intermediário para qual outra produção ele é enviado servindo de matéria prima para que produto.
d.6. Capacidade instalada e capacidade média utilizada no último triênio:

d.7. Capacidade instalada:

d.8. Capacidade média:

e. Estocagem de produtos (anexar relação):
e.1. tipo de produto:

e.2. localização:

e.3. Tipo de material:

e.4. capacidade de estocagem:

f. Bacias de contenção:

 sim

 não

g. Sistema de drenagem:

 sim

 não

h. Caixa de coleta:

 sim

 não

i. Aterramentos (bombas e tanques):

 sim

 não

j. Proteção contra descargas atmosféricas:

 sim

 não

k. Bloqueio automático de enchimento por falta do  sim

 não

aterramento:
l. Medidores de nível com bloqueio automático:

 sim

 não

m. Sinalização:

 sim

 não

n. Teto flutuante/válvula de alívio/corta chamas:

 sim

 não

o. Característica dos arruamentos em relação às edificações e ao terreno:

p1. Temperaturas de processo:
q. Utilização de catalisadores?:

p2. Pressões de processo:
 sim

 não

r. vida útil/tempo de reposição dos catalisadores:
s. Segurança de processo (detectar existência de processo contínuo que não pode ser interrompido):

t. Identificar os equipamentos que configuram gargalos na produção:

Página 45 de 77
t.1. Equipamento:

t.2. Marca:

t.3. Capacidade nominal:

t.4. Ano de fabricação:

t.5. Opção de reposição:

t.6. Tempo de reposição:

u. Identificar opções de produção / compra do produto no mercado nacional ou importação:

u.1. Opção de produto:

u.2. Opção de compra:

u.3. Fabricação nacional:

u.4. Produto importado:

Página 46 de 77
v. Matérias primas (principais):

v.1. Produto:

v.2. Matéria prima:

v.3. Composição percentual das matérias primas e grau de risco de compatibilidade e sinergia:

x. Estocagem matérias primas:
x.1. Tipo de estocagem:

x.2. Matéria prima:

x.3. Denominação do material:

x.4. Localização da empresa:

x.5. Capacidade de estocagem considerando estocagem intermediária e final nos ambientes internos
e externos:

x.6. Relação de produtos estocados e das fichas FISPQ:

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Bacias de contenção?

 sim

 não

As bacias de contenção contém todos os tanques:

 sim

 não

Sistema de drenagem?

 sim

 não

Há sistemas de filtragem dos efluentes?

 sim

 não

Caixas de coleta?

 sim

 não

Aterramentos (bombas e tanques):

 sim

 não

Proteção contra descargas atmosféricas?

 sim

 não

Bloqueio automático de enchimento por falta do aterramento?

 sim

 não

Medidores de nível com bloqueio automático?

 sim

 não

Sinalização?

 sim

 não

Teto flutuante/válvula de alívio / corta chamas?

 sim

 não

Existem eventos que paralisam a produção por mais de 15 dias?

 sim

 não

Características construturais dos prédios de processo:

O prédio foi adaptado para a produção ou projetado especificamente  sim

 não

para tal?
Foi previsto no projeto condições para a expansão de gases de  sim

 não

explosão de substâncias?
Condições das instalações elétricas (descrever):

Existência de detectores?

 sim

 não

Existência de alarmes?

 sim

 não

Características dos pisos e dos riscos que eles representam:

Apresentar um quadro sinóptico do processo:
Utiliza alguma utilidade em circuito fechado?

 sim

 não

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Recebe as utilidades através de linhas de dutos?

 aérea

 enterrada

As linhas de dutos são provenientes de instalações externas?

 aérea

 enterrada

Relacionar as utilidades adotadas na unidade:

Equipamentos ao ar livre (relacionar):

Limpeza e arrumação (comentar):

Comentários gerais:

4) Central de utilidades
Tensão máxima:

Tensão de serviço:

Tensão mínima:

Concessionária:
Forma de distribuição da rede até a subestação elétrica principal:

Formas de distribuição no interior da fábrica:

Geradores de emergência?

 sim

Marca:

Tipo:

Modelo:

Acionamento:

Setores que alimenta:

Combustível empregado:

Volume de combustível disponível:

 não

Freqüência de manutenção:

Estação de transformação, prédios que alimenta:

Página 49 de 77
Ocorrências de interrupções:

Motivos:

Existência de rede de vapor?

 sim

 não

Características da geração:

Pressão máxima da linha:

Pressão mínima da linha:

Setores atendidos:

Consumo mínimo e máximo:

Ocorrências de falhas (comentar):

Vapor supersaturado?

 sim

 não

Vapor superaquecido?

 sim

 não

Existência de rede de ar comprimido?

 sim

 não

Características da geração:

Pressão máxima da linha:

Pressão mínima da linha:

Setores atendidos:

Consumo mínimo e máximo:

Ocorrências de falhas (comentar):

Comentários:

Existência de tanques pulmão?

 sim

 não

Volume de ar dos tanques:
Descrição dos tanques de ar:

Localização dos tanques de ar:

Descrever as caraterísticas do sistema de água industrial:

Ponto de captação:

Características do abastecimento:

Existência de Bombas?

 sim

Tipo de bombas:

Marca:

Capacidade das bombas:

Tipo de acionamento:

Combustível dos motores:

 não

Setores atendidos:

Tratamento de água?

 sim

 não

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Descrever o sistema de tratamento de água utilizado, e os equipamentos empregados:

Descrever os volumes de água armazenados, informando a destinação final, volumes, caraterísticas
dos reservatórios, elevações, localização, bombeamentos, ocorrências de falhas e os motivos, etc.:

Descrever os sistemas de resfriamento de água industrial, informando os setores atendidos, a
destinação final, volumes resfriados, caraterísticas dos reservatórios, elevações, localização,
bombeamentos, caraterísticas dos circuitos, ocorrências de falhas e os motivos, etc.:

Descrever os sistemas de tratamento de efluentes industriais, tanto sólidos, líquidos quanto gasosos,
informando os setores atendidos, a destinação final, volumes tratados, caraterísticas dos reservatórios
empregados como locais de despejos temporários ou finais, localização das estações, bombeamentos,
caraterísticas dos circuitos, ocorrências de falhas e os motivos, formas de controle empreendidas,
formas de monitoramento e supervisão, existência de planos de emergência e de contingência, etc.:

Há eventos no tratamento de efluentes que paralisam a  sim

 não

produção?
Descrever os eventos (Informar onde se poderia dar a paralisação):

Informar o tempo de paralisação:

Descrever as medidas adotadas para a prevenção
dos riscos:

São empregadas demais utilidades no processo industrial?

 sim

Nitrogênio:

Locais atendidos:

Vácuo:

Locais atendidos:

Hidrogênio:

 não

Locais atendidos:

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Oxigênio:

Locais atendidos:

Gases Nobres:

Locais atendidos:

Comentários gerais:

5) Manutenção de equipamentos e instalações
Descrever os procedimentos de manutenção adotados:

São empregados processos de manutenção corretiva?

 sim

 não

São empregados processos de manutenção preventiva?

 sim

 não

São empregados processos de manutenção preditiva?

 sim

 não

A manutenção adotada é central?

 sim

 não

Os serviços de manutenção são terceirizados

 sim

 não

Existem registros de manutenção?

 sim

 não

Informar o quadro de funcionários à serviço exclusivo da manutenção da empresa, com
treinamentos, especializações profissionais, caraterísticas da supervisão adotada, etc.:

Informar as oficinas que realizam serviços de reparos e de manutenção, esclarecendo se as mesmas
são próprias ou de terceiros, se os funcionários são da própria empresa ou são de empresas
contratadas, as caraterísticas do ambiente quanto a limpeza e higiene, quanto a disponibilidade de
equipamentos, formação profissional do responsável pelas mesmas, relação dos equipamentos e
principais ferramentas existentes, tipos de serviços executados e serviços repassados a terceiros,
existência de almoxarifados, caraterísticas das peças e componentes sobressalentes estocados,
componentes mais substituídos, controles dos serviços executados, estatísticas adotadas, testes
realizados, planos de emergência adotados, testes e ensaios destrutivos e não destrutivos,
manutenção de supervisores da empresa, certificações recebidas e mantidas atualizadas, etc.:

Página 52 de 77
6) Segurança contra incêndio
Organograma (fornecer)
Nº brigadistas / turno:
Bombeiros profissionais por turno:

Treinamento, descrição:

Equipamentos disponíveis:

Viaturas?

 sim

 não

Bombas móveis?

 sim

 não

Extintores?

 sim

 não

Tipos:

Marcas:

Capacidades:

Qde de reserva:

Hidrantes?

 sim

 não

Características do projeto, informando: quantidade de pontos, quantidade de saídas, diâmetros das
canalizações, pressões mínimas e máximas, caraterísticas técnicas das bombas, reservatórios,
manutenção, etc.:

Corpo de bombeiros próprio?

 sim

 não

Informar o efetivo da brigada de incêndio e da equipe de bombeiros, esclarecendo se é composta por
funcionários ou por pessoal contratado, descrevendo equipamentos disponíveis para situações
emergentes, viaturas à disposição, tipo e periodicidade dos treinamentos, responsável pela equipe,
locais de reuniões, forma de acionamento das equipes, procedimentos adotados em casos de
emergência, tempo para a reunião da equipe em situações emergenciais, planos de auxílio mútuo e
com quais empresas, distância do corpo de bombeiros militar mais próximo, existência de relatórios
de controle dos serviços, estatísticas empregadas, etc.

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Empresa encarregada da recarga e dos testes:

Programação / controle:

Desenho da rede:
Reservatórios:
Alarmes / quadro sinóptico (dos hidrantes):
Sinalização / arrumação / acesso:

Sistemas fixos de incêndio?

 sim

Tipo:

Localização:

Acionamento:

 não

Capacidade:

Descreva procedimento desencadeado:

Inspeções de segurança

Responsável:

Inspeções equipamentos de segurança

Responsável:

Análise de Risco

Responsável:

Plano de emergência

Responsável

CIPA

Responsável:

Brigada de Incêndio

Responsável:

Registro de ocorrências nos últimos 5 anos (data, bens atingidos, causa provável, valor) (requisitar
com valores em US$):

Normas elaboradas para o manuseio e utilização de serviços e substâncias perigosos:

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Comentários gerais:

7) Segurança patrimonial
Quantidade e localização de portarias:

Tipos de proteções periféricas adotadas:

Quantidade de vigilantes por turno (informando o quantitativo da equipe em ronda e em postos
fixos):

Descrever os equipamentos em poder de cada vigilante, inclusive os de comunicação:

Informar as caraterísticas do controle e da supervisão da equipe de segurança patrimonial:

Informar os procedimentos adotados pela equipe de segurança para o controle do fluxo interno de
funcionários, de pessoal contratado, de vigilantes, de mercadorias e de veículos:

8) Comunicação
Central telefônica?
nº ramais:
Linhas diretas?
nº de linhas:
Fax?
nº de aparelhos:

 sim

 não

nº troncos:
 sim

 não

utilização:
 sim

 não

locais onde estão localizados:

Comentários gerais:

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9) Controle de qualidade / estoques
Existe um programa de qualidade total? descrever?

 sim

 não

Há controle de qualidade produtos acabados?

 sim

 não

Descrever os almoxarifados, suas localizações, grau de arrumação, etc.

10) Parecer do Engenheiro acerca de pontos para a melhoria do risco

11) Parecer do Engenheiro acerca da aceitação do risco

12) Comentários gerais

13) Critérios para a taxação do risco

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VIII.I - Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário

1 - Análise do Risco

O formulário é uma das muitas ferramentas empregadas no gerenciamento de
riscos de empresas, com vistas à identificação dos riscos e a viabilização para que se obtenha
cobertura de seguros com múltiplas coberturas, especificamente o de riscos nomeados, razão pela
qual se estende em vários assuntos. A proposta leva em consideração a segregação das análises por
temas específicos, o que facilita a análise global. O primeiro campo, de Informações Gerais, trata de
assuntos de caráter genérico abrangendo a empresa, compreendendo:
• identificação da empresa;
• aspectos gerais sobre a ordem e limpeza;
• formas de acesso às instalações da mesma (deslocamento de pessoas, equipamentos e veículos);
• medidas primárias de segurança contra incêndio, do tipo proibição ao fumo e sinalizações;
• isolamento dos riscos para evitar o alastramento dos eventos, através de dispositivos de proteção
e ou de segregação das atividades perigosas em edificações específicas;
• avaliações patrimoniais;
• grau de informatização (para avaliação do controle patrimonial e contábil), e
• comentários gerais.
Neste primeiro campo o Engenheiro descreve a empresa de modo superficial, e a
situa de maneira que possa ter conhecimento de como essa se encontra, no que diz respeito à
proteções, informatização e isolamentos.

2 - Condições Geotopomórficas

Condições geotopomórficas são todas aquelas que envolvem a geologia, a
topologia e a morfologia do ambiente onde está situada a empresa. Dizem respeito às condições da
natureza, às condições ambientais ao redor da empresa, a existência de elevações ou depressões do
terreno, presença de rios ou lagos, característica do solo, entre outras informações.

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Assim, neste campo, procura-se saber à respeito do solo, dos ventos, da topologia
da área da incidência de raios, da existência de rios, lagos ou canais, bem como de todos os fatores
ambientais que possam vir a trazer riscos para a empresa segurada. Especial atenção devem ser
dadas a:
• terrenos constituídos de aterros, em função de problemas que normalmente ocorrem com a
compactação desses mesmos aterros;
• terrenos à margem de rios ou canais, pela possibilidade de virem a ser atingidos pelo
espraiamento da água, durante chuvas fortes;
• terrenos à beira de encostas, com aclives ou declives, pelo potencial risco de deslizamentos de
encostas;
• terrenos erodidos, por já apresentarem riscos de desmoronamento, principalmente se em
encostas;
• terrenos com solos impermeáveis, pelo fato de haver dificuldade da drenagem de águas de
chuvas;
• terrenos alagadiços ou com o nível do lençol freático próximo à superfície;
• locais onde os ventos incidentes tendam a atingir velocidades acima de 30 km/h. Na
classificação de vendaval a velocidade mínima dos ventos é de 54 km/h;
• acidentes hidrográficos a menos de 200 metros dos prédios da empresa;
• terrenos situados em relevos baixos, por haver possibilidade dos mesmos virem a receber águas
de chuvas e não terem capacidade de drenagem compatível com esse volume de água;
• locais onde no subsolo haja uma transição de rochas, etc.
3 - Produção

O tópico relativo à produção é um dos mais extensos do formulário, já que se
procura obter informações abrangendo os riscos inerentes ao processamento. A área de processo é
uma das que concentra os principais riscos da empresa, além de ser também aquela em que uma
ocorrência, de qualquer tipo de evento, poderá prejudicar ou mesmo paralisar a produção. O cuidado
deverá ser redobrado se as áreas de estocagem de matérias primas e de produtos acabados estiverem
junto ao processo industrial. Pela sua relevância, comentaremos os principais itens:

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a) Fluxograma do Processo

A leitura do fluxograma do processo possibilita que seja traçada uma avaliação
dos possíveis pontos de estrangulamento da produção, dos momentos em que há desvios para outras
linhas, dos pontos de duplicidade, etc.. O fluxograma é uma peça importante quando se deseja
elaborar um trabalho mais técnico, que envolva a Análise de Árvore de Falhas, a Análise dos Modos
de Falha e Efeitos, bem como de outras ferramentas adotadas no gerenciamento de riscos,
comentadas nos capítulos do livro Gerenciamento de Riscos Industriais.

b) Descrição do processo

A descrição do processo abrange não só os comentários de como se dá o processo
produtivo, ou a cadeia produtiva, como também menciona os produtos ou matérias primas
empregadas, e os produtos derivados, as pressões e temperaturas de cada uma das fases, e outras
informações adicionais. A descrição do processo deve ser a mais clara e concisa possível, com o
foco da análise voltado para possíveis pontos onde possam surgir eventos danosos, ou lugares mais
suscetíveis de serem atingidos por esses mesmos eventos danosos.

c) Principais equipamentos

A descrição e relação dos principais equipamentos empregados no processo é
relevante para a análise do potencial de risco. Entretanto, de nada adianta saber-se que existe um
determinado equipamento e que esse, individualmente apresenta um certo risco, se a avaliação não é
feita em conjunto com a análise do fluxo de produção e do layout da planta. É importante também
que se analise as possibilidades de atenuação ou eliminação das eventuais perdas, como por
exemplo a inserção de válvulas de alívio, a transferência para outras linhas de transporte, ou para
um tanque pulmão, a instalação de válvulas de controle de fluxo ou de pressão, entre tantas outras
medidas de controle. Enfim, o que se espera de um processo industrial é que haja controles e que
esses sejam eficientes e possibilitem que se possa mantê-los em arquivo.

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d) Produtos finais e produtos intermediários

A descrição dos produtos é importante para avaliar corretamente os riscos que
esses representam. Dentre esses, citamos: toxidez, reatividade, inflamabilidade, corrosividade,
explosividade. Para facilidade de análise deve ser informado o grupamento químico a que
pertencem e os estoques mínimos por produto. Se houver mistura de substâncias de ser avaliado se
essas passam a representar uma substância perigosa.

e) Estocagem dos produtos

A estocagem é outro ponto de risco relevante, porque representa uma agravação
das condições de armazenamento e um acumulo de “risco”. Na estocagem a ocorrência de
determinado risco pode por a perder o trabalho de dias ou semanas. Há produtos que são sensíveis à
fumaça, ao calor, à luminosidade, que se degradam em função do longo tempo de armazenagem, e
outros que, devido a normas de segurança somente poderão ser estocados de determinada maneira
ou volume. Deve-se considerar também os aspectos relativos à forma de armazenagem, ao local
onde são armazenadas as mercadorias e os procedimentos de segurança adotados para se evitar que
os bens estocados venham a sofrer danos.

f) Arruamentos

As vias de circulação interna possibilitam o livre trânsito de pessoas e de veículos,
bem como o escoamento da produção. Por essa razão, devem ser projetadas de sorte que não
venham a ocorrer impedimentos ao livre trânsito. Deve-se avaliar, inclusive, se os maiores veículos
de combate a incêndios têm livre acesso a todos os prédios da planta segurada. Em indústrias de alto
risco, seja de incêndio ou de explosão, deverão existir áreas de refúgio ou abrigo de pessoas e áreas
para onde poderão ser desviados os equipamentos móveis e os veículos.

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g) Segurança do processo

A avaliação da segurança do processo compreende a análise de todos os
procedimentos adotados para se evitar que ocorra o descontrole, seja do próprio processo, seja do
fluxo de produção. A segurança do processo pode compreender a instalação de dispositivos, na
linha de produção, que permitirão aliviar a pressão interna da rede, ou reduzir uma temperatura
crítica. Essa segurança pode ser conseguida via substâncias catalisadoras ou sistemas de drenagem
da rede, com o direcionamento do fluxo de produtos para tanques pulmão. Um ponto importante é o
que se refere aos gargalos ou áreas de estrangulamento da produção. Quando esses pontos estão
centrados sobre determinado equipamento, a análise de riscos abrangerá um minucioso exame desse
equipamento, com vistas a obter informações referentes a:
• tipo de equipamento;
• marca e modelo;
• capacidade nominal ou instalada;
• ano de fabricação;
• opção de reposição;
• tempo necessário para a reposição;
• eventos mais comuns;
• freqüência e severidade das perdas;
• formas de operação;
• tipo de controles efetuados;
• mecanismos de segurança adotados.
Quanto aos produtos ou às substâncias deve-se verificar:
⇒ alternativas de produção, face a eventos ou falhas ocorridos, objetivando determinar o tempo
médio de retorno à atividade pela empresa;
⇒ possibilidade de compra de produtos de terceiros, bem como a determinação do tempo para que
isso venha a ocorrer. Também deve ser verificada a quantidade de opções de compra;
⇒ opção de produtos fabricados e que possam vir a ser adquiridos de terceiros, caso ocorra algo
com os equipamentos de produção da empresa;
⇒ opção de compras de produtos, bens e insumos para a produção;

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⇒ tempo necessário para a reposição da linha de produção afetada, informando as implicações que
essa paralisação poderá gerar para as outras linhas;
⇒ tempo necessário para por em prática as alternativas mais viáveis.
Outro item diz respeito às formas e aos procedimentos de estocagem adotados na
produção. A avaliação deverá compreender os seguintes pontos:
♦ tipo de estocagem;
♦ matérias primas e produtos estocados;
♦ denominação dos materiais estocados;
♦ localização dos pontos de estocagem;
♦ capacidade de estocagem;
♦ rodízio adotado no estoque;
♦ relação dos produtos estocados;
♦ procedimentos de segurança adotados no manuseio dos produtos;
♦ procedimentos de segurança existentes para a preservação dos bens estocados.
h) Análise das condições de segurança dos edifícios

Essa análise compreenderá a verificação dos itens que compõem a segurança das
instalações, contra uma série de eventos que as possam atingir. Dentre esses eventos, os mais
comuns são: incêndio, queda de raios, ventos fortes, água de chuvas. São considerados itens de
segurança, o layout interno, a arrumação e a limpeza, as circulações internas, a iluminação e a
aeração, etc..

4 - Central de Utilidades empregadas na indústria

No tópico pretende-se observar os itens referentes à produção de energia, aqui
entendida como força. A avaliação envolve:
• energia elétrica, recepção, transformação, distribuição e consumo, bem como a forma de
distribuição dos circuitos;
• vapor, geração, distribuição e setores atendidos, como também o processo de proteção dos
dispositivos e dutos, principalmente quanto ao isolamento térmico;
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• ar comprimido, geração, distribuição e setores atendidos, e as pressões mínimas e máximas das
linhas. É interessante que se saiba se, havendo problemas em uma das linhas, o setor afetado
pode ser atendido alternativamente por alguma outra linha;
• água industrial e potável, recepção, tratamento, estocagem, distribuição, setores atingidos e
consumo;
• tratamento de efluentes;
• demais utilidades do processo.
5 - Manutenção de equipamentos e instalações

A incidência de danos em instalações e equipamentos depende diretamente da
qualidade dos serviços de manutenção adotados pela empresa. Já está provado que empresas que
trabalham exclusivamente com manutenção corretiva estão muito mais sujeitas a danos expressivos,
isto porque, somente se corrige o que está errado. Não se parte para uma linha preventiva.

As empresas que possuem certificação de qualidade, trabalham com manutenção
preditiva, e no máximo preventiva. Por isso estão sempre se adiantando à ocorrência de acidentes
em suas instalações. Se o motor de um equipamento está apresentando uma vibração anormal, é
muito melhor saber-se o que está ocorrendo do que se esperar que ele pare de vez.

Pergunta-se também neste capítulo, se a manutenção é feita pela própria empresa
ou terceirizada, se existe controle formal dos serviços executados, qual o quadro de funcionários
que trabalha exclusivamente com manutenção e sua especialização, e dados relativos às oficinas de
manutenção e de reparos.

Há uma tendência de se criticar a manutenção terceirizada. Porém, com adequada
supervisão, um bom contrato e severas sanções, pode-se ter maior e melhor controle nesses serviços.
Também uma idéia que tem sido mudada é a da manutenção feita por equipe disponível
exclusivamente para tal serviço. Em empresas que praticam os conceitos de Just in Time, os
próprios operadores dos equipamentos são os responsáveis pela manutenção. São eles que acendem
a luz amarela para a equipe que irá realizar os serviços de maior envergadura.

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6 - Segurança contra incêndio

O capítulo destina-se a colher informações à respeito dos equipamentos,
dispositivos e sistemas empregados na segurança contra incêndio. Nunca é demais chamar a atenção
do inspetor, que mais importante do que existir o equipamento de segurança é esse estar em
condições imediatas de uso. Deve-se verificar a adequação entre os agentes extintores empregados e
os bens que estarão sob a área de cobertura desses mesmos dispositivos.

7 - Segurança Patrimonial

À exemplo do capítulo anterior, aqui se pretende validar os conceitos de segurança
patrimonial empregados pela empresa. Esses conceitos passam necessariamente pelos seguintes
pontos:
• segurança dos processos;
• segurança das instalações;
• segurança das edificações;
• segurança das pessoas;
• segurança das informações;
• segurança dos bens.
A Segurança Patrimonial possibilita que a empresa atue com menos riscos,
provocados por sabotagens, por atos criminosos, por ações isoladas objetivando o roubo ou o furto
de bens e valores, por ações que buscam a espionagem industrial. Com a sofisticação dos meios de
informação e dos processos de transferência de dados, hoje praticamente através de redes de
informática, a segurança patrimonial tem evoluído para atingir o nível de sofisticação requerido.

8 - Comunicação

Os meios e formas de comunicação são importantes, não só para o relacionamento
externo da empresa, como também para comunicação interna e pelos meios de transferência de
informações e de dados. Antigamente, um telefone era um equipamento de segurança contra
incêndio, já que permitia uma comunicação mais rápida com o quartel do Corpo de Bombeiros, da
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mesma forma que era um dispositivo de segurança patrimonial, já que possibilitava um acesso
rápido às Delegacias Policiais. Hoje os conceitos são mais abrangentes.

9 - Controle de Qualidade/Estoques

O controle de qualidade e o controle de estoques, neste capítulo avaliados em
conjunto, são determinísticos na verificação de pontos da segurança da empresa. Um bom controle
certamente irá prever planos de contingência e planos de emergência, para implementar-se
alternativas de produção, se essa vier a ser afetada por alguma falha ou evento. Essas mesmas
políticas também se preocupam com:
• processos de fabricação;
• perdas oriundas da fabricação;
• procedimentos de fornecimento dos bens;
• formas de estocagem, etc.
Caberá ao Gerente de Riscos, avaliar e validar os procedimentos adotados,
tecendo as considerações necessárias.

10 - Parecer do Engenheiro acerca de pontos para a melhoria do Risco

Neste capítulo e Engenheiro irá comentar sobre o que viu que possa se constituir
em um entrave para a aceitação do risco, e o que poderá vir a ser feito para a melhoria desses pontos
de risco. É muito importante que em seus comentários, as sugestões tenham um endereço certo, ou
seja, “encontramos uma instalação elétrica desprotegida e sem aterramento, no setor X, atendendo
aos equipamentos Y”. Outra sugestão que fazemos é que os comentários sejam grupados de acordo
com a sua importância, em itens que devam ser implementados a curto prazo, itens a médio prazo, e
itens a longo prazo. Para a aceitação do risco, os pontos de implementação a curto e a médio prazo
são os mais relevantes.

Por exemplo, suponhamos que estamos analisando uma instalação com vistas ao
risco de roubo ou de furto. A colocação de uma grade em uma janela com toda a certeza não deverá
ser um item de implementação a longo prazo. A instalação de um sistema de alarme poderá ser uma
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medida a ser implementada a médio prazo. A substituição das portas por portas metálicas pode ser
enquadrada como uma medida a longo prazo.

11 - Parecer do Engenheiro acerca da aceitação do Risco

No tópico o Engenheiro deverá dar o seu parecer acerca da aceitação do risco, de
como essa deve se dar, se haverá algum tipo de agravação de taxas, ou a concessão de algum tipo de
benefício pela existência de dispositivos que venham a reduzir a freqüência de ocorrências ou
diminuir a extensão das perdas. Os riscos poderão vir a ser aceitos com agravação, sem agravação, e
com desconto ou com a inclusão de uma condição especial.

12 - Comentários Gerais

O campo de comentários gerais deve ser o mais amplo possível, no tocante a
sugestões, críticas e comentários que sejam pertinentes. O campo pode vir a ser empregado também
como um espaço complementar, quando os campos específicos não forem suficientes para tal.

13 - Critérios para a taxação do Risco

O campo pode vir a ser preenchido ou não, dependendo das qualificações
profissionais do Engenheiro de Riscos. Normalmente essa seria uma tarefa de um underwriter, ou
de um atuário, já que envolve um grande conhecimento acerca das técnicas de mensuração do risco.
A taxação do risco é matematização da freqüência com que o risco se manifesta e da severidade das
perdas. A multiplicação da freqüência pela severidade das perdas conduz ao custo do risco, ou ao
custo que se deve cobrar ou reservar, durante um determinado período, para fazer face a eventuais
perdas que se verifiquem com os bens assegurados. Quando o risco é transferido para uma
Seguradora, por intermédio da contratação de uma apólice de seguros, os procedimentos para se
calcular o quanto deverá ser cobrado para se garantir os eventos relacionados, são os mesmos do
que em um processo de auto gestão do risco.

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IX - Relatório de inspeção para Riscos Diversos

O relatório que iremos apresentar a seguir é muito empregado no gerenciamento
de riscos de alagamento e de desmoronamento.

Esses riscos poderão ser avaliados em conjunto ou isoladamente, dependendo da
necessidade da empresa. Tratam-se de dois riscos com caraterísticas bastante distintas. O primeiro,
refere-se aos danos provocados pelo empoçamento de água de chuva. O segundo, trata dos danos
que podem afetar as encostas próximas das edificações ou de suas partes.

Pelas caraterísticas dos riscos, são formuladas inúmeras perguntas, à exemplo do
questionário de Check List, todas com o objetivo de obter subsídios para a taxação das coberturas.
Por essa razão, o preenchimento do questionário deve ser feito com extremo rigor, sempre
buscando-se a máxima qualidade de informações, de sorte que as taxas que serão adotadas
exprimam os verdadeiros riscos existentes, sejam eles emergenciais ou latentes. O formulário é
dividido nos seguintes tópicos:
1) Informações Gerais;
2) Informações sobre o imóvel inspecionado;
3) Informações sobre as condições do terreno;
4) Informações sobre curso d’água ou adutora nas proximidades;
5) Informações sobre ocorrências anteriores de alagamento;
6) Informações sobre as condições externas - risco de desmoronamento;
7) Conclusão acerca do risco;
8) Observações gerais;

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ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA RISCOS DIVERSOS

Elaborado por :

Em

:

Acompanhantes

:

Solicitante

:

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1) Informações Gerais
Cobertura pretendida

Alagamento

Desmoronamento

Segurado:
Endereço:
Atividade desenvolvida nas edificações:

Para os prédios

Para os conteúdos

Para Maquinismos

R$

Valores Pretendidos

R$

R$

Comentários:

2) Informações sobre o imóvel inspecionado
Atividade Principal:
Residencial

Comercial

Industrial

Mista

Boa

Regular

Péssima

Qualidade da construção:
Ótima

Tipo de Construção de acordo com a Tarifa de Incêndio (TSIB):
Superior

Sólida

Mista

Aberta

Regular

Péssimo

Poucas

Muitas

Poucas

Muitas

Estado de conservação do imóvel:
Ótimo

Bom

Lesões estruturais aparentemente estabilizadas:
Recentes

Antigas

Lesões estruturais de estabilidade duvidosa:
Recentes

Antigas

número de pavimentos: (acima e abaixo do solo)

área construída ou ocupada (m2):

idade aparente do imóvel (em anos):

Valor do imóvel, não considerando o valor do terreno e incluindo as benfeitorias:
Valor atual: R$

Valor de novo: R$

Notas:
1) Em se tratando de edifício em condomínio, indicar no campo de observações a área total
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construída e a área ocupada por cada pavimento, destacando-se a área do maior pavimento, a área
do pavimento tipo e a área do menor pavimento.
2) Se o bem segurável ou os seus conteúdos estiverem sujeitos apenas a danos parciais, o inspetor
deverá indicar, percentualmente o valor total segurável, ou indicar o valor aproximado, a parcela
correspondente a esses bens que poderão vir a ser atingidos.
Observações:

3) Informações sobre as condições do terreno
Aspectos quanto a natureza do terreno
favorável

desfavorável

muito desfavorável

Aspectos quanto a topografia do terreno
favorável

desfavorável

muito desfavorável

Observações:

4) Informações sobre curso d’água ou adutora nas proximidades
Curso d’água/adutora

sim

não

Nome:
Distância aproximada do risco:

Diferença de nível em relação ao risco:

________________________________metros

___________________________metros

Estado de conservação aparente do sistema de escoamento de água:
bom

regular

deficiente

não existente

Observações:

5) Informações sobre ocorrências anteriores de Alagamento
Data do último Alagamento:

____/____/______
Causa provável:

Nível atingido no interior do prédio:

Nível atingido na rua:

_________________metros

_____________metros

Freqüência anual do evento:

Número de ocorrências nos últimos
5 anos:

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Responsável pela informação:

Número de anos de experiência do informante no local:

Proteções especiais adotadas para a prevenção de danos causados pelo evento:
sim

Tipo de proteção adotada:

não

Condições especiais existentes para a prevenção do risco:
portas

vãos abertos

outros tipos

O telhado abrange todo o risco?

sim

não

Existe terraço?

sim

não

ou

sim

não

Há probabilidade do risco vir a

sim

não

Existe

tanque,

piscina

jardim?

ser atingido?
Observações:

6) Informações sobre as condições externas - Risco de Desmoronamento
Existe terreno baldio adjacente ao risco?
sim

não

circundando o risco

Existe barreira e/ou pedreira que ameace o imóvel com deslizamento/escorregamento?
sim

não

ameaça parcial

Distância do prédio ao ponto que constitui ameaça:

Ângulo da encosta ou do talude:

________________________________metros

___________________________graus

Desnível entre o topo da encosta e o imóvel: ___________________________metros
Existem blocos rochosos desagregados nas encostas próximas?
sim

não

em pequena quantidade

em grande quantidade

O imóvel situa-se próximo a aeroporto?
sim

não

Distância: __________ metros

O imóvel situa-se à margem de sistema viário?
sim

não

com danos ao imóvel

sem danos ao imóvel

Observações:
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7) Conclusão acerca do risco
Sobre o Risco de Desmoronamento:
Sobre a aceitação do risco:

bom

regular

sem agravação

Sobre o Risco de Alagamento:

com agravação de _____%

bom

Sobre a aceitação do risco:

regular

sem agravação

Prazo de validade da vistoria:

ruim

1 ano

ruim

com agravação de _____%
2 anos

3 anos

8) Observações gerais
Observações:

Local:

Data:

Engenheiro vistoriador:

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IX.I - Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário
Como já dito anteriormente, essa ferramenta de estudo dos riscos de Alagamento e
de Desmoronamento, é muito empregada para análise da forma como prescrita nas Tarifas de
Riscos. As informações contidas no formulário destinam-se a determinar as taxas e condições.
Existem outras informações também importantes, só que não são avaliadas adequadamente, as quais
comentaremos nos momentos oportunos.
1 - Informações gerais
O capítulo de informações gerais abrange exclusivamente os dados de
identificação da empresa, que serão transcritos por quando da emissão da cobertura de seguros.
Recomendamos que quando se fizer menção a valores seguráveis sejam esclarecidas as origens de
tais valores. O Gerente de Riscos poderá também comparar os valores informados pelo Segurado
com os constantes de revistas especializadas no assunto, ou seja os dados constantes de Laudos
Avaliatórios, elaborados por empresas especializadas.
2 - Informações sobre o imóvel inspecionado
As informações sobre o imóvel inspecionado compreendem a descrição dos
seguintes tópicos:
• caracterização da ocupação ou da atividade principal;
• característica construtiva do mesmo, de acordo com os padrões de classificação da Tarifa de
Seguro Incêndio do Brasil;
• informações quanto a qualidade da construção, em seus aspectos gerais e do estado de
conservação em que se encontra;
• informações quanto a área total construída ou ocupada, não só por todo o imóvel, como também
por cada um dos pavimentos do mesmo, acima e abaixo do solo;
• idade aparente do prédio, informação essa que deverá ser confrontada posteriormente com os
tópicos referentes a lesões estruturais a qualidade da construção;
• valor do imóvel, preferencialmente extraído de publicações especializadas;
• perda máxima admissível, decorrente do evento analisado.
No tópico de Observações deverá ser destacado tudo aquilo que possa parecer
contrário às boas normas de aceitação do risco. É muito importante que o Inspetor que inspecionou
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Check list para análise de riscos industriais

  • 1. Aplicação de check list para a análise de riscos industriais Antonio Fernando Navarro1 Introdução Sob o título de formulários adotados em seguros especiais, incluímos um modelo muito empregado no gerenciamento de riscos de máquinas e equipamentos, usualmente utilizado nas vistorias prévias para a contratação de seguros de Riscos Operacionais. As técnicas de análise dos riscos para fins de aceitação e de emissão de apólices de seguros são iguais às técnicas de avaliação para estudos de confiabilidade de processos, segurança de processos, segurança industrial e segurança do trabalho. O que para um segurador pode ser um elemento que venha a provocar um sinistro, para o engenheiro de produção pode ser a causa de uma falha que inviabilize as atividades industriais. Os conceitos de riscos e falhas são análogos. Ambos são eventos que podem causar perdas e ou danos. Ambos são situações que podem vir a ser avaliadas precocemente, para fins de correção e mesmo de mitigação dos eventos ou de atenuação. Atualmente essas análises passam a ser simples na medida em que há inúmeros programas de computação onde são inseridas informações elementares, e no “clicar” do botão já vem uma informação, sob a forma gráfica ou numérica. Todavia, essa aparente simplicidade de análise não dispensa a presença de um Engenheiro de Riscos, que ao preencher os dados a serem inseridos em um programa computacional precisam ser aprimorados com a visão do profissional, que, capacitado, enxerga resultados muitas vezes não inseridos nos programas. Afora isso, a quantidade de variáveis, por mais simples que seja a análise, é muito grande. Ao enfileirarmos os Dominós (representando os riscos ou as falhas) se esquecermos de um dado importante poderemos não ter a noção do resultado final. O formulário proposto é subdividido em três módulos. No primeiro, são indicados os prováveis riscos incidentes nas instalações industriais, a fim de que se possa comentar à respeito 1 Antonio Fernando Navarro é Físico, Matemático, Engenheiro Civil, Engenheiro de Segurança do Trabalho e Mestre em Saúde e Meio Ambiente, tendo atuado em atividades de Gerenciamento de Riscos industriais por mais de 30 anos. Também é professor do curso de Ciências Atuariais da Universidade Federal Fluminense – UFF. Página 1 de 77
  • 2. da potencialidade das perdas geradas por esses eventos. Para tanto, existem 4 colunas, com os seguintes títulos: DMP (Dano Máximo Provável), PNE (Perda Normal Esperada), PMA (Perda Máxima Admissível) e Afetando Terceiros (quando há possibilidade de gerar um acidente de grandes proporções e de responsabilidade civil). No segundo módulo avaliam-se os eventos críticos, devendo ser preenchida uma folha para cada local ou equipamento inspecionado. O último módulo é uma análise individualizada de cada um dos equipamentos relevantes, existentes na empresa. Também aqui deverá ser preenchida uma folha para cada equipamento inspecionado. Nessas análises devem ser consideradas todas as hipóteses de falhas, ou modos de falha, não só as que afetem o equipamento, instalação ou edificação, como também as que tenham a capacidade de propagar-se para outros ambientes. a) DMP - Dano Máximo Provável É o maior dano que poderá ocorrer em um bem segurado, supondo que entre o momento do surgimento do evento e a sua completa extinção ou debelação, haverá um socorro interno ou externo, ou um processo interno ou externo de interrupção das perdas. Por exemplo, consideremos o evento incêndio, afetando as mercadorias dispostas no interior de um depósito ou almoxarifado. Caso o fogo se inicie e seja detectado pelos funcionários da empresa, através da fumaça produzida pela combustão, certamente deverão estar previstas algumas providências procedimentadas pela empresa, como o alarme geral, convocação da brigada de incêndio, atuação dos equipamentos fixos ou móveis de combate a incêndios, desocupação do ambiente, entre outras. Desta maneira, o DMP é o dano avaliado e quantificado desde o surgimento do incêndio até a sua completa extinção, pelos funcionários da empresa, ou por equipamentos automáticos de detecção e combate a incêndios. Se o tempo de atendimento ao evento for de 5 minutos, o DMP será o que for consumido pelo fogo nesses 5 minutos. Não se pode deixar de lado as paralisações de produção, as mercadorias que mesmo não afetadas pelo o fogo o foram pela fumaça, pelas mercadorias afetadas pela água, pó ou espuma empregada no combate a incêndios. Página 2 de 77
  • 3. b) PNE - Perda Normal Esperada É a perda que ocorre normalmente nos processos industriais. É comum o surgimento de determinadas perdas, em face de ajustes de equipamentos, a retrabalhos devido a falta de treinamento de funcionários, à queima de fusíveis e queima de pequenos motores, etc. A troca periódica de gaxetas de válvulas, em função da utilização da mesma, é uma Perda Normal Esperada, da mesma forma que a substituição de um elemento sensor ao final de sua vida útil.. A Perda Normal Esperada pode ser traduzida como a média das perdas que costumam ocorrer com uma maior freqüência, produto da própria atividade da empresa ou dos equipamentos ou instalações nela contidos. A PNE não é uma perda média, e sim, a média das perdas mais freqüentes. Diferencia-se a perda do dano porque, na maioria das vezes o que se dá é a substituição de peças que por suas características precisam ser substituídas periodicamente. Em outro exemplo, após os ajustes dos equipamentos passa a ser normal que no reinício das atividades surjam produtos defeituosos, que serão eliminados com os reajustes ou a revisão geral. Usualmente determina-se a PNE, para que se possa fixar os valores sob a responsabilidade da própria empresa, e que não podem ser repassados a Seguradoras, já que, por se tratarem de perdas ditas operacionais, são eventos perfeitamente previsíveis de ocorrerem. Assim, quando uma perda ou um dano é previsível e há um momento ou período em que ocorra, já não se tem as características básicas para se segurar um bem: eventos possíveis, futuros, independente da vontade das partes, capaz de gerar uma perda ou um dano e que seja mensurável. Exemplificando, uma lâmpada queima o filamento com o uso. A queima desse filamento é uma Perda Normal Esperada. Uma engrenagem desgasta-se com o uso. Os danos provocados pelo desgaste da engrenagem, limitados ou não à própria engrenagem também podem ser considerados como perdas normais. Assim, todos os componentes de equipamentos ou de instalações que sofrem desgaste contínuo e/ou tem limitação de vida útil, estão propensos a gerar Perdas Normais Esperadas. Entretanto, se a correia de uma polia vier a sofrer danos ou desgastes prematuros e mesmo acidentais, não será uma perda normal esperada. Página 3 de 77
  • 4. Como se observa, a prevenção para as perdas normais esperadas é um programa de manutenção eficiente, conjugado com uma supervisão compatível com a atividade desenvolvida. Se o operário, ao perceber o desgaste da correia da polia não a troca no tempo certo, estará colaborando para o surgimento de um sinistro, o qual assumirá proporções muito maiores das que usualmente poderia se esperar. c) PMA - Perda Máxima Admissível A Perda Máxima Admissível é a maior perda que pode ocorrer em um ambiente, considerando-se que todos os equipamentos e sistemas de prevenção de perdas venham a falhar, e que não haja o atendimento externo, ou o socorro externo. A PMA também poderá vir a receber a denominação de Perda Catastrófica, visto que se espera danos muito maiores dos que os que normalmente poderiam ocorrer. Para o dimensionamento da Perda Máxima Admissível, leva-se em consideração não só os materiais e produtos acondicionados no local, como também a forma de acondicionamento e o volume desses, as características dos processos, os níveis de manutenção e supervisão, as características dos equipamentos, entre outras avaliações. d) Danos afetando a terceiros A última coluna é a que menciona se os danos podem vir ou não a afetar a terceiros. A preocupação com os terceiros é devido à responsabilidade civil que as empresas têm, onde muitas vezes as ações interpostas por terceiros, por danos a eles causados tendem a ser bem maiores do que as perdas a eles geradas. Também se considera que em perdas catastróficas há risco de acidentes maiores envolvendo o Ambiente Natural (Meio Ambiente) O formulário é constituído de 3 quadros, a saber: • quadro resumo dos riscos incidentes; • quadro resumo dos eventos críticos; • equipamentos relevantes - análise individualizada. Página 4 de 77
  • 5. Resumidamente, tem-se: ⇒ a PNE é a perda comum, contra a qual, em princípio, nada se pode fazer. Existem mecanismos que reduzem as Perdas Normais Esperadas, como por exemplo, programas de manutenção preditiva; ⇒ o DMP é a perda que pode vir a ser controlada externamente. Quanto melhor forem os meios de controle menor será a perda; ⇒ a PMA é a perda contra a qual, pelo menos em princípio, nada se pode fazer. Pode ser também conhecida como a perda catastrófica. Existem métodos já descritos no livro Gerenciamento de Riscos Industriais2, que possibilitam a redução das Perdas Máximas Admissíveis, as que tendem a causar eventos catastróficos. O evento pode ser definido como catastrófico quando atinge a empresa de modo irrecuperável, tendendo a atingir as edificações adjacentes. Não há um critério para se enquadrar o evento, mas pode ser dito que esse atinge as instalações de maneira que essa não tenha outra forma de se recuperar que não seja a substituição de todo o parque fabril. Uma das maneiras mais fáceis e práticas de se avaliar as condições dos riscos é através da aplicação de questionários específicos. De posse das informações contidas no relatório o Gerente de Riscos pode estabelecer critérios específicos para a mensuração das perdas. 2 Navarro, A.F., Gestão de Riscos Industriais, registrado na Biblioteca Nacional sob nº 123.087/1996 Navarro, A.F., Ferramentas Empregadas na Gestão de Riscos Industriais – registrado na Biblioteca Nacional sob nº 128.681/1996 Página 5 de 77
  • 6. Formulários adotados em riscos industriais Elaborado por: ______________________________________________________________ Em : Página 6 de 77
  • 7. 1) Quadro resumo dos Riscos Incidentes (%) DMP (%) Riscos Incidentes PNE (%) PMA (%) Afetando Terceiros L N G C L N G C L N G C Sim Não Incêndio Explosão química Explosão física Danos elétricos Queda de raios Descarga elétrica Arco voltaico Alagamento Vendaval/Tornado Granizo Tumultos/Motins Desabamento Erosão Corrosão Sabotagem Recalques de terreno Queda de barreiras Impacto de veículos Impacto de aeronaves Vazamento de produtos Contaminação ambiental Içamento de cargas Umidade Quebra de máquinas Quebras por defeitos de material Página 7 de 77
  • 8. Quebras por falhas de montagem Quebras por falhas de operação Roubo de bens Roubo de tecnologia Inundação Desmoronamento Geada Impacto com bens transportados Sabotagens Perda de dados dos sistemas Falta ou falha de suprimentos de gás, água, energia, telefonia, dados Outros (relacionar) DMP = Dano Máximo Provável PNE = Perda Normal Esperada PMA = Perda Máxima Admissível L = Risco Leve (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens compreendida entre 0,1% a 2,0%) N = Risco Normal (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens compreendida entre 2,1% a 50,0%) G = Risco Grave (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens compreendida entre 50,1% a 80,0%) C = Risco Catastrófico (perda estimada em relação ao valor de avaliação dos bens compreendida entre 80,1% a 100,0%) Página 8 de 77
  • 9. 2) Quadro resumo dos eventos críticos Evento Objeto DMP PNE PMA (%) (%) (%) Danos Nº de dias Materiais reposição (US$) ou reparos % Valor de Produção Página 9 de 77
  • 10. 3) Equipamentos Relevantes - Análise Individualizada Características Operacionais do Equipamento (usar uma ficha para cada equipamento) Característica: Fabricante: Ano de fabricação: nº de identificação: Potência: Rotação: Amperagem: Voltagem: Modelo: nº de série: Emprego/utilização: Acionamento: Localização: Custo atual (US$): Custo de novo (US$): Possibilidade de reposição imediata curto prazo longo prazo Necessidade de manutenção imediata curto prazo longo prazo Necessidade de reparos imediata curto prazo longo prazo Observações durante a inspeção: Página 10 de 77
  • 11. Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário 1) Quadro Resumo dos Riscos Incidentes O quadro apresenta um grupamento de riscos ou de eventos que podem vir a incidir sobre os bens ou instalações da empresa, isoladamente ou não. Para cada um deles devem ser informadas as conseqüências advindas, no tocante às perdas que possam vir a se manifestar, bem como a possibilidade desses danos virem a ser agravados com o alastramento das consequências para outros locais. Para a verificação da possibilidade de alastramento das perdas a melhor ferramenta de análise é através do lay out posicional dos equipamentos e o estudo do processo de produção, dando-se ênfase às energias perigosas (calor, vapor, gás, energia elétrica, energia mecânica, etc..) Por exemplo, supondo que se esteja analisando um galpão industrial, construído à beira de uma encosta, em cujo interior há um almoxarifado de materiais diversos. Pode sem se ter outras informações que não essas, arbitrar, ou projetar uma série de eventos que poderão vir a ser causadores de danos ao imóvel e/ou a seu conteúdo. Dentre esses danos citamos: • deslizamento da encosta; • danos por água, já que o galpão está à beira da encosta; • danos por desabamento; • danos por desmoronamento, e • danos por incêndio (queda de equipamentos ou de paredes sobre painéis ou circuitos energizados). Poderá ocorrer o fato de que a encosta não seja do jeito que a estamos imaginando. Poderá não ser tão íngreme; poderá estar coberta de vegetação, pode ser que haja uma eficiente drenagem, enfim, pode não ser que tudo aquilo o quanto imaginamos não seja real, caso as decisões surjam apenas da interpretação dos elementos informados no relatório. Porém, sempre existirão riscos potenciais. A partir do momento em que os eventos causadores de danos já foram identificados, resta-nos estimar ou dimensionar as perdas, ou os danos daí derivados, classificando- Página 11 de 77
  • 12. os como risco leve, risco normal, risco grave ou risco catastrófico, bem como informando se esses danos podem ser enquadrados dentro de uma das categorias já citadas anteriormente. Um dano por água de chuva não deve ser enquadrável como uma Perda Normal Esperada, porque se assim o fosse, a empresa não estaria protegendo adequadamente os seus bens. Também não deve ser um Dano Máximo Provável, porque a empresa não pode disponibilizar recursos para, a cada chuva que ocorra proteger mais os bens, evitando um prejuízo maior. Esse dano somente pode ser enquadrado como uma Perda Máxima Admissível. A perda poderá ser devida ao encharcamento das mercadorias estocadas pela água que penetrou pelos telhados, ou pela água empoçada no piso, que não foi adequadamente drenada para fora do prédio. A partir daí, fica mais fácil classificar o tipo de dano como: risco leve, normal, grave ou catastrófico. Um risco catastrófico é aquele que tende a gerar uma perda total, ou uma perda na qual a quantidade de bens não afetados é quase nenhuma. Esse dano por água de chuva pode ser causado pela incidência de fortes ventos que causem danos nos telhados. Como se observa, o enquadramento dos riscos não é uma operação tão complexa quanto possa parecer à primeira vista. O Gerente de Riscos deve ter o bom senso para enquadrar corretamente as conseqüências dos riscos. Porém, o dimensionamento das perdas requer um embasamento técnico profundo. Quando se pretende praticar o auto-seguro, uma operação discutida em nosso livro Gerenciamento de Riscos Industriais deve-se ter em mente que uma das informações primordiais é a da definição da extensão das perdas, como uma maneira de estimar o prejuízo financeiro diretamente daí decorrente. A empresa deve ter instrumentos em mãos que a permitam tomar essa decisão, embasada em critérios técnicos. O auto-seguro ocorre quando o segurado (empresa) assume intencionalmente ou não a responsabilidade pelos prejuízos que possa ter com a ocorrência de eventos danosos. Página 12 de 77
  • 13. 2) Quadro Resumo dos eventos críticos Eventos críticos são todos aqueles que representam um potencial maior de perda para a empresa. Há uma tendência de esses eventos críticos ficarem restritos a determinado equipamento ou sistema, ou a determinada edificação. Por exemplo, quando estamos analisando uma caldeira, um evento crítico é a da explosão do equipamento, apesar de existirem outros eventos que podem ocorrer no mesmo equipamento. A caldeira pode estar sujeita a um dano elétrico, que venha a danificar ou paralisar os motores elétricos dos ventiladores ou insufladores. Da mesma forma que pode estar sujeita a um dano mecânico, e etc. A explosão, mencionada como o evento crítico, tem uma propensão de danificar não só a caldeira, onde foi originada, como também os equipamentos, instalações e edificações ao redor da mesma. Tivemos a oportunidade de atuar enquanto peritos em um evento em uma caldeira aquatubular. O vazamento de água em um dos tubos atingiu o smelt e provocou enorme explosão, pois a água, ao vaporizar-se aumenta seu volume em 1.800 vezes em um tempo bem curto. O vazamento poderia ter sido evitado se a empresa tivesse realizado a manutenção dos tubos. Como ficaram faltando alguns no almoxarifado não foram todos substituídos. Em um desses ocorreu o vazamento em um trecho com corrosão. Tratava-se de uma indústria de produção de celulose e as perdas chegaram a mais de dez milhões de dólares, no início dos anos oitenta. Havendo o dano crítico esse deverá ser classificado como DMP, PNE ou PMA, preferencialmente, informando-se: • qual o percentual do equipamento foi atingido ou danificado pelo evento? • quais foram os valores correspondentes aos danos materiais? • quantos serão os dias necessários à reposição do bem atingido ou a seu reparo? • qual será o percentual do valor da produção total da empresa que ficará reduzido, com a perda ou a paralisação do equipamento? • qual o impacto que esse acidente poderá causar no suprimento de bens para os clientes? Trata-se de informações bastante difíceis de serem conseguidas, sendo, porém, de importância para um bom gerenciamento de riscos. O Gerente de Riscos deve estar preparado para Página 13 de 77
  • 14. buscar esses dados. Nem sempre os operadores dos equipamentos ou os usuários das instalações estão preparados para dar uma resposta satisfatória aos questionamentos formulados pelo inspetor. Exemplificando: em uma subestação elétrica o principal equipamento é o transformador, abaixador ou elevador de tensão. Em certas ocasiões, até mesmo em função da idade do projeto, já não existirão mais transformadores similares. E, os que podem vir a ser empregados em substituição ao equipamento danificado, poderão necessitar de adaptações em todo o sistema de interligação. Qual o tempo disponível para a adaptação do equipamento? É difícil se precisar, já que a quantidade de parâmetros que conduzirão a esta resposta são vários, tais como: • existência de pessoal disponível para a realização da adaptação e da substituição do equipamento danificado; • existência de espaço físico para a instalação do novo equipamento; • existência de equipamentos para serem instalados; • existência de condições para o transporte e instalação do equipamento, etc. 3) Equipamentos relevantes - Análise individualizada Neste campo de informações pretende-se obter dados acerca dos equipamentos relevantes ao processo, ou à empresa, com algumas indicações técnicas. No campo destacamos os quesitos que mencionam: • possibilidade de reposição; • condições para a manutenção; • meios para os reparos. Cabe ser destacado que todos esses serviços deverão ser avaliados de sorte que a implantação e a implementação possa se dar: imediatamente, a curto ou a longo prazo. Essas informações permitirão se avaliar as reais condições de operação dos equipamentos, e o estado em que se encontram os mesmos. Um equipamento é considerado como relevante, se a atividade da empresa estiver conjugada a existência do mesmo. Uma bomba d’água pode não ser um equipamento relevante. Porém, se essa bomba for empregada para o abastecimento de uma caixa d’água, passa a ser Página 14 de 77
  • 15. relevante. O reservatório de água só tem finalidade se existir água em seu interior, o que somente poderá ser conseguido com uma bomba. A bomba pode estar conjugada ao sistema de refrigeração de uma máquina de grande porte. Se o bombeio for interrompido a máquina não terá condições de funcionar. Um sistema de ar condicionado é um equipamento relevante em uma sala de um centro de processamento de dados, não sendo tão relevante assim em uma escola ou em um escritório. Nesses locais é um equipamento gerador de conforto, mas não um equipamento relevante. Relatório de Avaliação de Riscos O Relatório de Avaliação de Riscos é outra ferramenta bastante empregada na análise e no gerenciamento de riscos. Trata-se de um formulário de caraterísticas simples, usualmente adotado para inspeções menos elaboradas, ou para aquelas onde não há uma necessidade de precisão de dados, seja porque se tratam de riscos previamente conhecidos, seja porque já existe um conceito prévio acerca deles. Todo formulário simplificado, com campos de preenchimento tem uma característica básica, que é a do preenchimento rápido. Porém, essa rapidez no preenchimento não deverá prejudicar, de forma alguma, a qualidade da informação prestada. Por essa razão, sempre existirão campos, ao final de cada tópico, onde o inspetor poderá apresentar o seu parecer acerca dos itens analisados. Por exemplo, saber se há um transformador instalado no local é importante. Porém, mais relevante é saber-se como esse transformador está instalado e como opera. Difere dos demais por definir uma linha de questionamentos, mais rápidos e objetivos. Não permite, entretanto, obter dados para a mensuração matemática dos riscos. Os quadros contidos no formulário são os seguintes: 1. Análise do Risco; 2. Características físicas do Risco; 3. Equipamentos de segurança contra incêndio; Página 15 de 77
  • 16. 4. Principais equipamentos existentes no risco; 5. Características físicas do Risco; 6. Análise quanto à exposição a Riscos; 7. Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação; 8. Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento; 9. Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo; 10. Análise quanto ao risco de Explosão de Aparelhos e de Substâncias; 11. Análise quanto ao risco de Incêndio; 12. Análise quanto ao risco de Danos Elétricos; 13. Análise quanto aos demais riscos. Página 16 de 77
  • 17. RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO DE RISCOS Elaborado por: _____________________________________________________________ Em : Página 17 de 77
  • 18. Relatório nº Relatório de Avaliação de Riscos Segurado: CGC: Unidade: Município: Endereço: Estado: Atividade Principal: « » Comercial « » Industrial « » Residencial « » Outra 1 - Análise do Risco Item Atividade Enquadramento Acabamento Planta desenvolvida Tarifário. construtivo Área $/ m2 de Constr. Reposi- (m2) ção Importânci a Segurada 2 - Condições dos Riscos Itens Bom Regular Ruim Para a evacuação do Risco Dos equipamentos e instalações Das tomadas/quadros/interruptores/painéis elétricos Dos equipamentos de combate a incêndios Dos sistemas de segurança locais Da limpeza operacional Das portas/janelas/basculantes – condições de segurança Estado de conservação dos prédios Distribuição dos equipamentos de incêndio Aspecto do layout interno Operacionalidade dos equipamentos e máquinas Oerdas de equipamentos e processos Rotinas de treinamento de funcionários Turn over dos funcionários Aspecto de segurança contra os demais riscos que não incêndio Comentários gerais: Página 18 de 77
  • 19. 3 - Equipamentos de segurança contra incêndio Equipamentos Bem Recarrega Sinaliza posicionados dos dos Obstruídos Extintores Hidrantes Mangotinhos Detectores Moto-bombas Sprinklers Sistemas de gases Outros dispositivos Comentários gerais: 4 - Principais equipamentos existentes no Risco Elevadores sim não Geradores elétricos sim não Caldeiras sim não Subestações elétricas sim não Compressores de ar sim não Vasos de pressão sim não Tancagem de produtos perigosos sim não Turbinas elétricas sim não Transformadores sim não Ar Condicionado Central sim não Escadas rolantes sim não Antenas coletivas sim não Incineradores sim não Página 19 de 77
  • 20. Painéis de propaganda sim não Centrais telefônicas sim não Centros de Processamento de Dados sim não Comentários: 5 - Características físicas do risco Área construída: m2 Área ocupada: m2 Estado geral da construção bom regular deficiente Estado geral das instalações bom regular deficiente Aspecto de limpeza e conservação bom regular deficiente Terrenos baldios adjacentes sim sim Estações ferroviárias/ metrô próximas sim sim Quartel nas proximidades sim sim Delegacias policiais nas proximidades sim sim Comentários gerais: 6 - Análise quanto à exposição a Riscos Incêndios sim não Queda de raios sim não Explosão química sim não Explosão física sim não Vendaval/tornado sim não Alagamento/inundação sim não Granizo sim não Queda de aeronaves sim não Impacto de veículos sim não Página 20 de 77
  • 21. Danos a terceiros sim não Danos elétricos sim não Desabamento/desmoronamento sim não Outros sim não Ocorrências anteriores sim não Comentários: 7 - Análise quanto ao risco de Alagamento/Inundação Rios, lagos e canais nas proximidades? sim não Existência de drenos e galerias? sim não Desobstruídos? sim não Proximidade: Terreno com: m drenagem rápida Nível do piso nas edificações: drenagem lenta alagadiço maior que o terreno menor que o terreno Proteção contra a entrada de água? sim não Adequadas? sim não Ocorrências anteriores? sim não Existência de subsolos? sim não Sujeitos a riscos? sim não Comentários: 8 - Análise quanto ao risco de Desabamento/Desmoronamento Existência de aclives e declives? sim não Trincas na construção sim não Relevantes? sim não drenagem lenta alagadiço sim não Terreno com: Erosão no terreno? drenagem rápida Página 21 de 77
  • 22. Proteção de encostas? sim não Adequadas? sim não Ocorrências anteriores? sim não Existência de subsolos? sim não Sujeitos a riscos? sim não Comentários: 9 - Análise quanto ao risco de Vendaval/Tornado/Granizo Características das construções: Características dos ventos dominantes: Proteções especiais adotadas: Características dos telhados: Ocorrências anteriores? sim não Relatar Comentários: 10 - Análise quanto ao risco de explosão de aparelhos e de substâncias Existência de caldeiras e de vasos de pressão? (Comentar) sim não Página 22 de 77
  • 23. Existência de substâncias explosivas ou inflamáveis? (Comentar, inclusive acerca dos cuidados quanto ao risco de explosão: Informar as caraterísticas dos depósitos de combustíveis: Descrever o estado geral das redes de ar comprimido, vapor e de gases: Informar quais as proteções adotadas para a proteção das caldeiras: Ocorrências anteriores? sim não Relatar Comentários: 11 - Análise quanto ao risco de Incêndio Há equipamentos de proteção suficientes para a proteção sim não sim não Há brigada de incêndio? sim não Há CIPA? sim não Há controles sobre as áreas de riscos? sim não Os controles são adequados? sim não Há um ordenamento e limpeza compatível com o grau sim não sim não sim não do risco? Os agentes extintores são compatíveis com a classe de risco incêndio? de risco? Há presença de substâncias com risco de reatividade com a água? Há compartimentação de áreas, para evitar o Página 23 de 77
  • 24. alastramento do incêndio? Há possibilidade de haver alastramento do incêndio para sim não outros riscos? Ocorrências anteriores? sim não Relatar Comentários: 12 - Análise quanto ao risco de Danos Elétricos Os circuitos elétricos são identificados de acordo com as áreas supridas? sim não Há painéis elétricos para a proteção das redes de distribuição? sim não Os circuitos são adequadamente protegidos? sim não Há circuitos sobrecarregados? sim não Há emendas de condutores sem a adequada proteção? sim não Há aterramento elétrico? sim não Há circuitos elétricos em áreas de risco? sim não Os circuitos são blindados e à prova de explosão? sim não Há circuitos instalados aparentemente? sim não Ocorrências anteriores? sim não Relatar Comentários: 13 - Análise quanto ao risco de ................................... Ocorrências anteriores? sim não Relatar Comentários: Página 24 de 77
  • 26. Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário 1 - Análise do Risco O primeiro item do relatório destina-se à classificação dos itens e plantas seguráveis, como previsto em tarifas de seguros. Acrescentamos ao campo colunas referentes à: • informações acerca do tipo de acabamento construtivo das edificações; • área construída, preferencialmente de cada pavimento ou andar do prédio analisado; • custo de reposição para a edificação, preferencialmente extraído de publicações especializadas, e não de tabelas de Seguradoras; • importância segurada total da planta, no que diz respeito ao valor da edificação. Esse total é obtido multiplicando-se o custo de reposição por metro quadrado de construção vezes a área construída total. 2 - Condições dos riscos Riscos aqui significam eventos ou itens que devem ser avaliados. A avaliação proposta é expedita, enquadrando-se como bom, regular ou ruim. Um enquadramento regular ensejará o acréscimo de uma recomendação para a melhoria daquela situação. Um enquadramento ruim poderá significar a recusa, em todo ou em parte do risco, ou a inclusão de algum tipo de sanção punitiva, ou de uma participação obrigatória da empresa em cada evento que venha a ocorrer. Há uma miscelânea de informações, algumas relativas a segurança patrimonial, outras à segurança contra incêndio, outras relativas a aspectos de conservação. Os grupamentos avaliados no presente campo de informações são os seguintes: a) Segurança contra incêndio • Condições para a desocupação do risco; • Condições dos equipamentos de combate a incêndios; Página 26 de 77
  • 27. • Eficiência e adequação dos equipamentos em relação aos processos e sistemas/equipamentos; • Capacitação de pessoal; • Equipamentos ou instalações que possuam meios próprios de controle de velocidade, pessão, temperatura, sobre corrente, sobre tensão; • Distribuição dos equipamentos de incêndio. b) Segurança Operacional • Controle do turn over dos funcionários; • Rotinas de treinamento de funcionários; • Controles de perdas de equipamentos e processos; • Condições de operacionalidade dos equipamentos e máquinas; • Condições de conservação e manutenção dos equipamentos e instalações. c) Segurança Patrimonial • Conservação das tomadas, quadros, interruptores e painéis elétricos; • Condições dos sistemas de segurança locais; • Aspecto da limpeza operacional; • Conservação das portas, janelas e basculantes; • Estado de conservação dos prédios; • Aspecto do layout interno. 3 - Equipamentos de Segurança contra Incêndio Neste campo do formulário são solicitadas informações sobre os equipamentos de segurança contra incêndio, no que diz respeito aos quesitos de posicionamento, recarga, sinalização, obstrução, adequação eficiência, manutenção, funcionamento, adequação às normas, etc.. Para alguns, a informação referente a recarga de um extintor, carreta ou sistema fixo de pó ou espuma mecânica fica prejudicada, como por exemplo, quando se tratam de sistemas hidráulicos, sprinklers, sistemas mulsifyre, protector spray. Pode-se informar, com ressalvas em campo próprio, se esses equipamentos possuem água em quantidade suficiente para o combate ao incêndio. Página 27 de 77
  • 28. Uma legislação de um município de Santa Catarina já apresentava uma preocupação quanto aos sistemas de proteção, concedendo descontos para instalações existentes em condições de utilização imediata, como: Lei Complementar 207/98 | Lei Complementar nº 207 de 22 de dezembro de 1998 de Blumenau Altera dispositivos da Lei Nº 4.451, de 21 de dezembro de 1994. Décio Nery de Lima, Prefeito Municipal de Blumenau. Faço saber a todos os habitantes deste Município que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte Lei Complementar: Art. 1º - Ficam incluídos o parágrafo único ao artigo 8º e os §§ 7º e 8º ao artigo 11, ambos da Lei nº 4.451, de 21 de dezembro de 1994, alterada pela Lei nº 4.595, de 22 de dezembro de 1995, com a seguinte redação: "Art. 8º - ....... Parágrafo único - Mensalmente serão prestadas contas da movimentação financeira do FUNREBOMPOM." "Art. 11 - ....... § 7º - A taxa de vistoria prevista no inciso II do § 2º deste artigo será cobrada: I - com desconto de 50% (cinqüenta por cento), quando a edificação estiver com todos os sistemas preventivos de incêndio rigorosamente instalados e em perfeito estado de funcionamento, consoante as Normas de Segurança Contra Incêndio; II - com desconto escalonado de até 50% (cinqüenta por cento), por sistema preventivo de incêndio rigorosamente instalado e em perfeito estado de funcionamento, consoante as Normas de Segurança Contra Incêndio, na forma que segue: a) Sistema de Proteção por Extintor (SPE) 2,0% b) Sistema Hidráulico Preventivo (SHP) 5,0% c) Instalação de Gás Combustível (IGC) 5,0% d) Saídas de Emergência (SE) 6,0% e) Dispositivo para Ancoragem de Cabos 2,0% f) Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas (SPCDA) 5,0% g) Iluminação de Emergência (IE) 5,0% h) Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio (SADI) 5,0% i) Sistema de Chuveiros Automáticos (Sprinklers) 5,0% j) Sistema Fixo de Gás Carbônico 5,0% k) Sistema Água Nebulizada de Alta Velocidade (Sistemas Mulsifyre) 5,0% § 8º - Para as edificações com área acima de 1.500 m², a taxa de vistoria prevista no inciso II, do § 2º, deste artigo poderá ser paga em até 04 (quatro) parcelas mensais, iguais e sucessivas." Art. 2º - O artigo 9º da Lei nº 4.451 de 21 de dezembro de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação: "Art. 9º - A infringência às Normas de Segurança Contra Incêndio implicará, isolada ou cumulativamente, além das responsabilidades legais específicas, nas seguintes sanções administrativas: I - notificação; II - multa de 30,33 a 909,90 Unidades Fiscais de Referência - UFIR`s, na forma do Anexo IV desta Lei; III - suspensão, impedimento ou interdição do estabelecimento, prédio ou locação; IV - denegação ou cancelamento do Alvará de Localização e Funcionamento ou "Habite-se. Página 28 de 77
  • 29. Parágrafo único - Precedentemente à aplicação das sanções previstas nos incisos II, III e IV deste artigo, será concedido, na primeira vistoria, prazo para regularização da respectiva infringência, na forma do Anexo V desta Lei". Art. 3º - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário. Prefeitura Municipal de Blumenau, em 22 de dezembro de 1998. Décio Nery de Lima Prefeito Municipal Anexo IV Sistemas Preventivos Nº UFIR`s 1. (SPE) Sistema de proteção por extintor 60,64 2. (SHP) Sistema hidráulico preventivo Por reservatório superior 454,86 Por reservatório inferior 758,11 Por castelo d`água 606,49 3. (IGC) Instalação de gás combustível Cabine de proteção para cilindro até 90Kg 303,24 Central de gás (centralizado) 606,49 4. (SF) Saídas de emergência Portinhola 90,97 Local para resgate aéreo 758,11 Escada comum 121,29 Escada protegida 181,94 Escada enclausurada 303,24 Escada a prova de fumaça 545,84 Elevador de emergência 454,86 Passarela 303,24 5. Porta corta fogo 181,94 6. Parede corta fogo 363,89 7. Dispositivo para ancoragem de cabos 212,27 8. (SPCDA) Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas 576,16 9. (IE) Iluminação de emergência Conjunto de blocos autônomos 151,62 Sistema central por acumuladores 545,94 Grupo moto gerador 818,76 10. (SADI) Sistema de Alarme e Detecção de Incêndio 242,59 11. Sistema de chuveiros automáticos (Sprinklers) 363,89 12. Sistema fixo de gás carbônico 454,86 13. Sistema água nebulizada de alta velocidade (Sistema Mulsifyre) 303,24 14. Centro de processamento de dados 303,24 15. Instalações industriais de líquidos inflamáveis 606,49 Página 29 de 77
  • 30. 16. Instalações para reabastecimento de líquidos inflamáveis (postos de gasolina) 909,73 17. Armazenamento de líquidos inflamáveis em recipientes no interior de edifícios 606,49 18. Depósito, manuseio e armazenamento de explosivos (fogos de artifício) 900,73 Depósito de distribuidoras 909,73 Postos de revenda 606,49 20. Caldeiras estacionárias a vapor 454,86 21. Hidrantes urbanos 151,62 22. Proteção florestal de matas nativas e reflorestamento 909,73 Obs. O número mínimo de UFIR`S não será cumulativo. Caso a mesma edificação e/ou projeto necessite de instalação de mais de um sistema preventivo, a multa será devida pelo sistema preventivo de maior número de UFIR`S. Anexo V Sistemas preventivos Prazos 1) Sistema preventivo por extintores 15 a 30 dias 2) Sistema hidráulico preventivo 180 a 360 dias 3) Instalação de gás centralizado 120 a 180 dias 4) Instalação de abrigo para gás 15 a 60 dias 5) Dispositivo para ancoragem de cabos 15 a 60 dias 6) Sistema de proteção contra descargas atmosféricas 120 a 180 dias 7) Iluminação de emergência - blocos autônomos 15 a 60 dias - Acumulador centra 60 a 120 dias 8) Sistema de alarme e detector de incêndio 60 a 120 dias 9) Sinalização para abandono de local 15 a 60 dias 10) Saída de emergência - portinhola 15 a 60 dias - Escada comum 180 a 360 dias - Escada protegida 180 a 360 dias - Escada enclausurada 180 a 360 dias - Escada a prova de fumaça 180 a 360 dias - Porta corta fogo 180 a 360 dias - Passarela 180 a 360 dias - Elevador de emergência 180 a 360 dias 11) Outros sistemas e/ou exigências 15 a 150 dias OBS. O prazo total compreende o somatório dos prazos de cada sistema de segurança, incluindo-se a apresentação dos projetos preventivos de incêndio e a instalação dos sistemas. A relevância em se apresentar uma legislação específica se deve à cultura prevencionistas do Município, com residências e edificações em madeira ou enxaimel. O Enxaimel, ou Fachwerk (originário de "Fach" assim denominavam o espaço preenchido com material entrelaçado de uma parede feita de caibros), é uma técnica de construção que consiste em paredes montadas com hastes de madeira encaixadas entre si em posições horizontais, verticais ou Página 30 de 77
  • 31. inclinadas, cujos espaços são preenchidos geralmente por pedras ou tijolos. Os tirantes de madeira dão estilo e beleza às construções do gênero, produzindo um caráter estético privilegiado. Outras características são a robustez e a grande inclinação dos telhados. Na adaptação do enxaimel às características climáticas da região, foi necessária a implantação, por conta da elevada umidade local, de uma estrutura feita de pedra que sustenta as construções evitando que a madeira se molhe.3 Graças a essa preocupação dos governantes conseguiu-se preservar as casas que poderiam ser facilmente destruídas por um incêndio. Deve ser levado em consideração que os equipamentos portáteis são eficientes somente para o combate a princípios de incêndio. Empregar-se um extintor para combater um incêndio, com uma carga térmica razoável, além de perigoso para o operador, não possibilita o decréscimo das chamas, já que o volume de agente extintor disponível é insuficiente para tal empreitada. 4 - Principais equipamentos existentes no risco Pretende-se obter a informação de quais são os equipamentos empregados nas atividades industriais, dentre os listados, que existem no local inspecionado. Alguns desses representam riscos para a própria empresa, para terceiros (responsabilidade civil), e outros são necessários para o funcionamento com segurança, das instalações. Em uma fábrica de móveis pode existir lixadeiras planas. O equipamento, mesmo com coifa, libera pó de madeira e esse pode entrar em combustão rapidamente. Desta maneira, a empresa tem que investir em equipamentos acessórios ou outros dispositivos, como, por exemplo, o confinamento do equipamento e sistemas de filtragem eficientes, que possibilitem a coleta do pó: a) Danos contra terceiros • Elevadores; • Escadas rolantes; • Painéis de propaganda; • Antenas coletivas. 3 http://pt.wikipedia.org/wiki/Enxaimel Página 31 de 77
  • 32. b) Danos contra as próprias instalações • Compressores de ar; • Bombas; • Circuitos de circulação de flúidos; • Sistemas elétricos; • Transformadores, painéis e chaves seccionadoras; • Caldeiras. c) Danos ambientais • Incineradores de Lixo; • Depósito de coleta de materiais; • Áreas de segregação de resíduos; • Incompatibilidade das barreiras de contenção para a contenção de fluidos do processo; • Geração de vapor e poeiras. d) Danos adicionais aos próprios equipamentos • Turbinas elétricas; • Transformadores; • Ar condicionado central; • Centros de Processamento de Dados; • Geradores elétricos; • Subestações elétricas; • Centrais telefônicas. Alguns equipamentos são relevantes para a atividade avaliada. A relevância está associada à dependência da instalação e processo daquele equipamento específico, como por exemplo: ⇒ Geradores autônomos para um hospital; ⇒ ar condicionado central para uma instalação de computação; ⇒ compressores de ar para oficinas mecânicas, etc. Página 32 de 77
  • 33. Existirão campos próprios, mais adiante, onde poder-se-á comentar a respeito de determinados riscos. Dentre os riscos habitualmente presentes em quase todas as empresas, poderse-á ter: • o risco de explosão gerado por caldeiras e compressores, bem como por todos os equipamentos que trabalhem em regime de vaso de pressão fechado, com pressão interna maior do que a externa; • o risco de danos elétricos, produzidos por transformadores e subestações elétricas, como também pelas instalações que alimentam circuitos de luz e de força; • o risco de responsabilidade civil, por danos contra terceiros, provocado pelos painéis de propaganda externos e pelas antenas coletivas, como também por componentes da edificação que possam vir a ser deslocados por ventos fortes. Determinados itens segurados possuem taxas de risco especiais, como a existência de incineradores, de elevadores, de antenas coletivas e de escadas rolantes. 5 - Características físicas do risco Inicialmente é importante se informar que em alguns segmentos, como o de seguros, o risco não é só o evento possível de ocorrer. Também representa aquilo que se pretende segurar através de uma apólice de seguros. O propósito dos questionamentos é o da obtenção de informações que possibilitem uma avaliação a mais próxima da realidade das edificações, espaços e áreas, que decontrole ou mitigação dos riscos. Dentre as caraterísticas mencionadas encontram-se: a) Área construída e ocupada Trata-se de informação que permite verificar se os valores atribuídos às edificações se encontram dentro das margens definidas pelos avaliadores patrimoniais. Através da verificação das ocupações de espaços pode se avaliar não só o fluxo de produção como também o layout, que contemple a segregação das atividades mais críticas. Para isso é necessária a existência de amplos espaços físicos. Nessa atividade de avaliação dos riscos deve ser avaliada também a Página 33 de 77
  • 34. conexão ou interligação das edificações. Por medida de cautela e prevenção, as edificações que representam maiores riscos possuem proteções mais específicas e dispositivos de prevenção e controle mais eficientes. b) Estado geral da construção e das instalações Informações que permitem avaliar se os programas de manutenção existentes na empresa são adequados ou não, bem como, se os valores pretendidos para se obter as indenizações nos casos de sinistros são compatíveis com o estado em que se encontram os prédios e as instalações, e se foram fixados de acordo com as avaliações patrimoniais. c) Aspecto de limpeza e conservação Informação que permite avaliar o grau de conscientização da empresa para programas de segurança e qualidade. Sabe-se da influência da organização e limpeza comportamento da força de trabalho. O empregado sente-se muito mais a vontade em manter sua área de trabalho desorganizada quando percebe que na empresa não há preocupações para com isso. Os padrões de organização e limpeza contribuem para que a empresa não gaste desnecessariamente os materiais e insumos. Em uma construção civil, com baixos padrões de organização e limpeza, se um operário precisar de uma ripa para fixar uma forma, é bem capaz de inutilizar uma prancha de madeira nova do que procurar nos materiais organizados e destinados ao reuso. Com a evolução das ações de desenvolvimento sustentável, as atividades de organização e limpeza passam a ser cada vez mais necessárias, inclusive porque é essa a imagem que transmitem para seus clientes e consumidores. d) Terrenos baldios adjacentes Dado relevante para avaliação da segurança patrimonial da empresa, bem como por se tratar de elemento balizador de taxa de risco relacionado a assaltos, roubos, sabotagens, sequestros e ações assemelhadas, inclusive com os terrenos baldios sendo ocupados por traficantes e ou usuários de drogas. Não se deve esquecer que a existência de um terreno baldio ao lado da empresa, além de ser um local onde poderá se assentar uma futura favela, pode vir a ser foco de Página 34 de 77
  • 35. incêndio, se alguém, intencionalmente ou não, provocar incêndio em lixo acumulado ou no mato seco. Também é relevante se levar em consideração que a insegurança existente pode prejudicar o vai e vem dos empregados e de fornecedores, receosos em serem afetados pela presença de comunidades e traficantes. e) Estações ferroviárias e de metrô nas proximidades, Quartel nas proximidades e Delegacias Policiais nas proximidades Essas informações permitem avalia se o risco de tumultos ou de motins é relevante, bem como saber se para outros riscos poder-se-á contar com o apoio externo no controle dos incidentes ou acidentes. Locais com grande aglomeração de pessoas é sempre um risco adicional para as empresas que se situam nas proximidades. 6 - Análise do grau de exposição a riscos São apresentados alguns riscos que poderão afetar as instalações seguradas, e avaliado se há possibilidade desses ocorreram. Se por acaso for respondida que já houve ocorrência anterior, será muito importante a complementação da resposta nos comentários que deverão se seguir. Aqui entra a análise estatística, tão importante para a determinação das taxas de riscos. 7 - Análise do risco de Alagamento/Inundação A partir de então passarão a aparecer campos relativos a análises de riscos de uma série de eventos. A primeira análise refere-se aos riscos de Alagamento e de Inundação. Basicamente, as perguntas formuladas permitirão saber se há possibilidade de empoçamento de água, se já ocorreram eventos anteriormente, se há subsolos, e se há proteção contra a entrada de água. A água poderá atingir o interior da edificação vindo de um telhado mal projetado ou danificado, da existência de varandas ou marquises que possuam infiltrações por não terem uma adequada manutenção preventiva e corretiva, do aumento do nível no piso externo deixando o piso interno mais baixo, e sem se acrescentar uma calha no desnível para o escoamento da água, e pelo entupimento das valas de drenagem e das galerias de escoamento. O alagamento é um risco proveniente do excesso de águas de chuva. A inundação é proveniente do transbordamento do leito Página 35 de 77
  • 36. de rios e canais. Há que se levar em consideração também que em muitas empresas o mesmo sistema de drenagem que escoa os óleos e lubrificantes dos equipamentos, e mesmo os provenientes de vazamentos de tanques, que podem conter produtos perigosos, também se destina ao escoamento das águas de chuva, sem que se tenha acrescentado ao sistema separadores de água e óleo e estações de tratamento de resíduos perigosos, principalmente quanto a neutralização dos mesmos (correção do PH, remoção de fenóis, e outras substancias. 8 - Análise do risco de Desabamento/Desmoronamento De forma idêntica ao campo anterior, pretende-se avaliar as possibilidades de ocorrência dos riscos de Desabamento e de Desmoronamento, através das respostas a algumas perguntas, consideradas relevantes. O desabamento é uma ocorrência que se verifica com o prédio. O desmoronamento é um evento que ocorre com encostas. Uma das perguntas que chamamos a atenção é para a existência de trincas nas construções, que sejam ativas, ou seja, estejam aumentando, e para a existência de erosão no terreno. A erosão em um terreno pode afetar seriamente as fundações de uma edificação ou ser um ponto de fragilidade de uma encosta. 9 - Análise do risco de Vendaval/Tornado/Granizo Os riscos elencados referem-se às forças da natureza provenientes de ventos fortes, com características distintas. Para tanto, especial atenção deve ser dada ao formato e dimensões da edificação, a posição dessa quanto a direção dos ventos dominantes, e as proteções adotadas nos telhados, clarabóias, portas, janelas e elementos utilizados para exaustão nos telhados. 10 - Análise do risco de explosão de aparelhos e de substâncias O risco de explosão pode ser devido ao aumento do volume interno de recipientes, ou a uma reação química descontrolada. Assim, poder-se-á ter o risco envolvendo somente equipamentos, como no caso de caldeiras, compressores, tanques fechados de armazenamento de produtos, ou envolver substâncias, sem que essas estejam necessariamente armazenadas em recipientes sob pressão. Página 36 de 77
  • 37. 11 - Análise do risco de Incêndio A avaliação do risco de incêndio não deve se prender somente a aspectos da existência de equipamentos de detecção e combate às chamas, mas também a aspectos operacionais e de atendimento a situações que exijam rapidez, mobilidade, disponibilidade de equipamentos e agentes extintores. Chamamos a atenção para perguntas do tipo: • Há presença de substâncias com risco de explosão ou de reatividade em presença de água? • Há possibilidade de haver alastramento do incêndio para outros riscos? • As áreas de maior risco são compartimentadas, a fim de se evitar o alastramento do incêndio? 12 - Análise do risco de Danos Elétricos Danos elétricos são, com certeza, os eventos que incidem com maior freqüência em uma instalação industrial. Podem não ser danos que apresentem maior severidade de perdas. Porém, se computarmos o tempo despendido com a substituição dos equipamentos danificados e com a paralisação das atividades, esses danos poderão ser bem mais graves pelos impactos financeiros causados. Em algumas situações o custo de reparação dos danos diretos chega a 1/10 do custo total devido a paralização. Se o dano vier a ocorrer em um equipamento crítico ao processo, como misturadores de produtos químicos em processo de batelada, painéis de controle de bombas para fornecimento de produtos através de linhas de dutos, a relação pode chegar a 1/100.000. Por essa razão deve-se ter uma atenção especial à proteção dos circuitos e dos equipamentos contra sobrecargas elétricas e do aterramento elétrico. Em algumas análises de risco percebeu-se que falhas de conexão ou de execução dos serviços fizeram com que o “neutro” do circuito e o “terra” encontravam-se conectados à fase do circuito. Ao se desligar o sistema para a substituição de componentes danificados ocorreram acidentes, causando incêndios e eletrocussão dos trabalhadores. 13 - Análise quanto ao risco de .................. Deixamos este campo para análise de outros riscos que não sejam os já comentados anteriormente. Como exemplo, há o risco de perda de receita ou de interrupção de produção, também dito risco de Lucros Cessantes, que preocupa muita gente. Neste caso, as perguntas a serem formuladas deverão estar voltadas para aspectos operacionais da empresa, Página 37 de 77
  • 38. aspectos de manutenção das instalações, possibilidade de reposição imediata dos equipamentos danificados, etc.. Nesses casos deseja-se saber se quando ocorrer a paralisação do processo de fabricação por um acidente, quanto tempo se gastará para se reiniciar as atividades normais? Página 38 de 77
  • 39. VIII - Roteiro de inspeção para Riscos Nomeados Denomina-se Risco Nomeado (named perils) a um conjunto de riscos assegurados através de uma única apólice (umbrella assurance). Trata-se de seguros especiais, mas que possibilitam à indústria um maior nível de coberturas. Os meios de contratação não serão objeto deste artigo, mas podem variar de seguradora para seguradora, se a valor único, se a valores individualizados, se a primeiro risco, entre outros aspectos. Nesse tipo de cobertura a indústria participa sempre com uma parte da indenização, assim, fica definido que a seguradora indenizará uma parcela dos prejuízos e a empresa segurada o restante, semelhante a uma franquia dos seguros de automóvel. O roteiro que será apresentado a seguir é um dos inúmeros empregados na análise de instalações, com vistas à montagem de uma apólice de Riscos Nomeados. Riscos Nomeados é uma cobertura de seguros especialmente desenvolvida para empreendimentos, industriais, comerciais ou residenciais, que apresentam a possibilidade de vir a ser atingidos, isoladamente ou em conjunto, por uma série de eventos. A cobertura tem esse nome porque nomeia-se o tipo de risco para o qual se quer obter cobertura de seguros. No World Trade Center o choque de uma aeronave provocou o vazamento de combustível que causou um incêndio, reduzindo a capacidade de suportação da estrutura metálica do prédio, que por sua vez culminou com o desabamento do prédio e a morte de milhares de pessoas. Um dano elétrico em um painel no interior de uma sala onde se está manuseando produtos perigosos, pode terminar em um incêndio. A extensão do incêndio dependerá da quantidade de materiais combustíveis e ou inflamáveis que estejam nas proximidades bem como na ineficácia dos dispositivos de proteção contra incêndios. Pela amplitude da cobertura, são formuladas inúmeras perguntas, todas com o objetivo de obter subsídios para a taxação dos vários riscos elencados. Por essa razão, o preenchimento do formulário deve ser feito com extremo rigor, sempre se buscando a máxima qualidade de informações, de sorte que as taxas que virão a ser adotadas exprimam os verdadeiros riscos existentes, sejam eles emergenciais ou latentes. Página 39 de 77
  • 40. O Gerente de Riscos pode vir a adotar várias outras perguntas, sempre visando ilustrar melhor os riscos existentes. Também deve ser realçado que quanto melhor é o conhecimento acerca dos riscos que envolvem a empresa, melhor será o trabalho de gerenciamento de riscos. O formulário é dividido nos seguintes tópicos: 1) Informações Gerais; 2) Condições geotopomórficas; 3) Produção; 4) Central de energia; 5) Manutenção; 6) Segurança contra incêndio; 7) Segurança Patrimonial; 8) Comunicação; 9) Controle de qualidade/estoque; 10) Parecer do Engenheiro acerca dos pontos para a melhoria do risco; 11) Parecer do Engenheiro acerca da aceitação do risco; 12) Comentários Gerais; 13) Critérios para a taxação do risco. Página 40 de 77
  • 41. ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA RISCOS NOMEADOS Elaborado por : Em : Acompanhantes : Solicitante : Página 41 de 77
  • 42. 1) Informações Gerais a. Razão social: b. Endereço: c. Ramo de atividade: d. Início de operações: e. Grupo econômico: f. Área construída: m2 f.1. Área terreno: f.2. Área ocupada: m2 m2 f.3. Área para ampliações: m2 g. nº de funcionários da administração: g.1. nº de funcionários da produção: g.2. nº de funcionários da manutenção: g.3. nº de funcionários da segurança: h. jornada de trabalho: i. Ordem geral/Limpeza (comentários): j. Arruamento/acessos (comentários): k. Proibição ao fumo: l. Sinalizações: m. Isolamentos: n. Inspeções do Ressegurador, Processos de Tarifação (informar existência e fornecer cópia): Página 42 de 77
  • 43. o. Avaliações patrimoniais (informar existência e data base): p. Grau de informatização (descrever localização, atividades informatizadas, medidas de proteção, planos de contingência e dependência): Considerações gerais: 2) Condições Geotopomórficas a. Características do terreno: b. Sistemas de drenagem: c. Cortes e taludes existentes: d. Ventos: d.1. Ocorrências anteriores: d.2. Freqüência com velocidade > 15 m/s: d.3. Ocorrências anteriores: d.4. Velocidade máxima: d.5. Medidas de proteção: d.6. Direção predominante: d.7. Existência de biruta: e. Raios - e.1. Ocorrências anteriores: e.2. Sistema de proteção e sua localização: e.3. Aterramento elétrico adotado: e.4. quantidade: e.5. prédio: f. Acidente Hidrográfico: f.1. Distância altimétrica: f.2. Tipo: f.3. Ocorrências de inundação: f.4. Distância planimétrica: f.5. Medidas de proteção: g. Vias de acesso principais: Página 43 de 77
  • 44. Comentários gerais: 3) Produção a. Anexar fluxograma de processo: b. Descrição do processo: c. Principais equipamentos (anexar layout): c.1. tipo: c.2. marca: c.3. ano: c.4. capacidade: d. Nome dos produtos finais e intermediários: d.1. Utilização dos produtos e substâncias: d.2. Características físico-químicas dos produtos e substâncias empregados e ou produzidos: d.3. Volume de produção por ano: d.4. Grupo químico a que pertencem os principais produtos: d.5. Estoques mínimos por produtos: Na utilização identificar o ramo de atividade a qual se destina o produto ou se for produto Página 44 de 77
  • 45. intermediário para qual outra produção ele é enviado servindo de matéria prima para que produto. d.6. Capacidade instalada e capacidade média utilizada no último triênio: d.7. Capacidade instalada: d.8. Capacidade média: e. Estocagem de produtos (anexar relação): e.1. tipo de produto: e.2. localização: e.3. Tipo de material: e.4. capacidade de estocagem: f. Bacias de contenção:  sim  não g. Sistema de drenagem:  sim  não h. Caixa de coleta:  sim  não i. Aterramentos (bombas e tanques):  sim  não j. Proteção contra descargas atmosféricas:  sim  não k. Bloqueio automático de enchimento por falta do  sim  não aterramento: l. Medidores de nível com bloqueio automático:  sim  não m. Sinalização:  sim  não n. Teto flutuante/válvula de alívio/corta chamas:  sim  não o. Característica dos arruamentos em relação às edificações e ao terreno: p1. Temperaturas de processo: q. Utilização de catalisadores?: p2. Pressões de processo:  sim  não r. vida útil/tempo de reposição dos catalisadores: s. Segurança de processo (detectar existência de processo contínuo que não pode ser interrompido): t. Identificar os equipamentos que configuram gargalos na produção: Página 45 de 77
  • 46. t.1. Equipamento: t.2. Marca: t.3. Capacidade nominal: t.4. Ano de fabricação: t.5. Opção de reposição: t.6. Tempo de reposição: u. Identificar opções de produção / compra do produto no mercado nacional ou importação: u.1. Opção de produto: u.2. Opção de compra: u.3. Fabricação nacional: u.4. Produto importado: Página 46 de 77
  • 47. v. Matérias primas (principais): v.1. Produto: v.2. Matéria prima: v.3. Composição percentual das matérias primas e grau de risco de compatibilidade e sinergia: x. Estocagem matérias primas: x.1. Tipo de estocagem: x.2. Matéria prima: x.3. Denominação do material: x.4. Localização da empresa: x.5. Capacidade de estocagem considerando estocagem intermediária e final nos ambientes internos e externos: x.6. Relação de produtos estocados e das fichas FISPQ: Página 47 de 77
  • 48. Bacias de contenção?  sim  não As bacias de contenção contém todos os tanques:  sim  não Sistema de drenagem?  sim  não Há sistemas de filtragem dos efluentes?  sim  não Caixas de coleta?  sim  não Aterramentos (bombas e tanques):  sim  não Proteção contra descargas atmosféricas?  sim  não Bloqueio automático de enchimento por falta do aterramento?  sim  não Medidores de nível com bloqueio automático?  sim  não Sinalização?  sim  não Teto flutuante/válvula de alívio / corta chamas?  sim  não Existem eventos que paralisam a produção por mais de 15 dias?  sim  não Características construturais dos prédios de processo: O prédio foi adaptado para a produção ou projetado especificamente  sim  não para tal? Foi previsto no projeto condições para a expansão de gases de  sim  não explosão de substâncias? Condições das instalações elétricas (descrever): Existência de detectores?  sim  não Existência de alarmes?  sim  não Características dos pisos e dos riscos que eles representam: Apresentar um quadro sinóptico do processo: Utiliza alguma utilidade em circuito fechado?  sim  não Página 48 de 77
  • 49. Recebe as utilidades através de linhas de dutos?  aérea  enterrada As linhas de dutos são provenientes de instalações externas?  aérea  enterrada Relacionar as utilidades adotadas na unidade: Equipamentos ao ar livre (relacionar): Limpeza e arrumação (comentar): Comentários gerais: 4) Central de utilidades Tensão máxima: Tensão de serviço: Tensão mínima: Concessionária: Forma de distribuição da rede até a subestação elétrica principal: Formas de distribuição no interior da fábrica: Geradores de emergência?  sim Marca: Tipo: Modelo: Acionamento: Setores que alimenta: Combustível empregado: Volume de combustível disponível:  não Freqüência de manutenção: Estação de transformação, prédios que alimenta: Página 49 de 77
  • 50. Ocorrências de interrupções: Motivos: Existência de rede de vapor?  sim  não Características da geração: Pressão máxima da linha: Pressão mínima da linha: Setores atendidos: Consumo mínimo e máximo: Ocorrências de falhas (comentar): Vapor supersaturado?  sim  não Vapor superaquecido?  sim  não Existência de rede de ar comprimido?  sim  não Características da geração: Pressão máxima da linha: Pressão mínima da linha: Setores atendidos: Consumo mínimo e máximo: Ocorrências de falhas (comentar): Comentários: Existência de tanques pulmão?  sim  não Volume de ar dos tanques: Descrição dos tanques de ar: Localização dos tanques de ar: Descrever as caraterísticas do sistema de água industrial: Ponto de captação: Características do abastecimento: Existência de Bombas?  sim Tipo de bombas: Marca: Capacidade das bombas: Tipo de acionamento: Combustível dos motores:  não Setores atendidos: Tratamento de água?  sim  não Página 50 de 77
  • 51. Descrever o sistema de tratamento de água utilizado, e os equipamentos empregados: Descrever os volumes de água armazenados, informando a destinação final, volumes, caraterísticas dos reservatórios, elevações, localização, bombeamentos, ocorrências de falhas e os motivos, etc.: Descrever os sistemas de resfriamento de água industrial, informando os setores atendidos, a destinação final, volumes resfriados, caraterísticas dos reservatórios, elevações, localização, bombeamentos, caraterísticas dos circuitos, ocorrências de falhas e os motivos, etc.: Descrever os sistemas de tratamento de efluentes industriais, tanto sólidos, líquidos quanto gasosos, informando os setores atendidos, a destinação final, volumes tratados, caraterísticas dos reservatórios empregados como locais de despejos temporários ou finais, localização das estações, bombeamentos, caraterísticas dos circuitos, ocorrências de falhas e os motivos, formas de controle empreendidas, formas de monitoramento e supervisão, existência de planos de emergência e de contingência, etc.: Há eventos no tratamento de efluentes que paralisam a  sim  não produção? Descrever os eventos (Informar onde se poderia dar a paralisação): Informar o tempo de paralisação: Descrever as medidas adotadas para a prevenção dos riscos: São empregadas demais utilidades no processo industrial?  sim Nitrogênio: Locais atendidos: Vácuo: Locais atendidos: Hidrogênio:  não Locais atendidos: Página 51 de 77
  • 52. Oxigênio: Locais atendidos: Gases Nobres: Locais atendidos: Comentários gerais: 5) Manutenção de equipamentos e instalações Descrever os procedimentos de manutenção adotados: São empregados processos de manutenção corretiva?  sim  não São empregados processos de manutenção preventiva?  sim  não São empregados processos de manutenção preditiva?  sim  não A manutenção adotada é central?  sim  não Os serviços de manutenção são terceirizados  sim  não Existem registros de manutenção?  sim  não Informar o quadro de funcionários à serviço exclusivo da manutenção da empresa, com treinamentos, especializações profissionais, caraterísticas da supervisão adotada, etc.: Informar as oficinas que realizam serviços de reparos e de manutenção, esclarecendo se as mesmas são próprias ou de terceiros, se os funcionários são da própria empresa ou são de empresas contratadas, as caraterísticas do ambiente quanto a limpeza e higiene, quanto a disponibilidade de equipamentos, formação profissional do responsável pelas mesmas, relação dos equipamentos e principais ferramentas existentes, tipos de serviços executados e serviços repassados a terceiros, existência de almoxarifados, caraterísticas das peças e componentes sobressalentes estocados, componentes mais substituídos, controles dos serviços executados, estatísticas adotadas, testes realizados, planos de emergência adotados, testes e ensaios destrutivos e não destrutivos, manutenção de supervisores da empresa, certificações recebidas e mantidas atualizadas, etc.: Página 52 de 77
  • 53. 6) Segurança contra incêndio Organograma (fornecer) Nº brigadistas / turno: Bombeiros profissionais por turno: Treinamento, descrição: Equipamentos disponíveis: Viaturas?  sim  não Bombas móveis?  sim  não Extintores?  sim  não Tipos: Marcas: Capacidades: Qde de reserva: Hidrantes?  sim  não Características do projeto, informando: quantidade de pontos, quantidade de saídas, diâmetros das canalizações, pressões mínimas e máximas, caraterísticas técnicas das bombas, reservatórios, manutenção, etc.: Corpo de bombeiros próprio?  sim  não Informar o efetivo da brigada de incêndio e da equipe de bombeiros, esclarecendo se é composta por funcionários ou por pessoal contratado, descrevendo equipamentos disponíveis para situações emergentes, viaturas à disposição, tipo e periodicidade dos treinamentos, responsável pela equipe, locais de reuniões, forma de acionamento das equipes, procedimentos adotados em casos de emergência, tempo para a reunião da equipe em situações emergenciais, planos de auxílio mútuo e com quais empresas, distância do corpo de bombeiros militar mais próximo, existência de relatórios de controle dos serviços, estatísticas empregadas, etc. Página 53 de 77
  • 54. Empresa encarregada da recarga e dos testes: Programação / controle: Desenho da rede: Reservatórios: Alarmes / quadro sinóptico (dos hidrantes): Sinalização / arrumação / acesso: Sistemas fixos de incêndio?  sim Tipo: Localização: Acionamento:  não Capacidade: Descreva procedimento desencadeado: Inspeções de segurança Responsável: Inspeções equipamentos de segurança Responsável: Análise de Risco Responsável: Plano de emergência Responsável CIPA Responsável: Brigada de Incêndio Responsável: Registro de ocorrências nos últimos 5 anos (data, bens atingidos, causa provável, valor) (requisitar com valores em US$): Normas elaboradas para o manuseio e utilização de serviços e substâncias perigosos: Página 54 de 77
  • 55. Comentários gerais: 7) Segurança patrimonial Quantidade e localização de portarias: Tipos de proteções periféricas adotadas: Quantidade de vigilantes por turno (informando o quantitativo da equipe em ronda e em postos fixos): Descrever os equipamentos em poder de cada vigilante, inclusive os de comunicação: Informar as caraterísticas do controle e da supervisão da equipe de segurança patrimonial: Informar os procedimentos adotados pela equipe de segurança para o controle do fluxo interno de funcionários, de pessoal contratado, de vigilantes, de mercadorias e de veículos: 8) Comunicação Central telefônica? nº ramais: Linhas diretas? nº de linhas: Fax? nº de aparelhos:  sim  não nº troncos:  sim  não utilização:  sim  não locais onde estão localizados: Comentários gerais: Página 55 de 77
  • 56. 9) Controle de qualidade / estoques Existe um programa de qualidade total? descrever?  sim  não Há controle de qualidade produtos acabados?  sim  não Descrever os almoxarifados, suas localizações, grau de arrumação, etc. 10) Parecer do Engenheiro acerca de pontos para a melhoria do risco 11) Parecer do Engenheiro acerca da aceitação do risco 12) Comentários gerais 13) Critérios para a taxação do risco Página 56 de 77
  • 57. VIII.I - Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário 1 - Análise do Risco O formulário é uma das muitas ferramentas empregadas no gerenciamento de riscos de empresas, com vistas à identificação dos riscos e a viabilização para que se obtenha cobertura de seguros com múltiplas coberturas, especificamente o de riscos nomeados, razão pela qual se estende em vários assuntos. A proposta leva em consideração a segregação das análises por temas específicos, o que facilita a análise global. O primeiro campo, de Informações Gerais, trata de assuntos de caráter genérico abrangendo a empresa, compreendendo: • identificação da empresa; • aspectos gerais sobre a ordem e limpeza; • formas de acesso às instalações da mesma (deslocamento de pessoas, equipamentos e veículos); • medidas primárias de segurança contra incêndio, do tipo proibição ao fumo e sinalizações; • isolamento dos riscos para evitar o alastramento dos eventos, através de dispositivos de proteção e ou de segregação das atividades perigosas em edificações específicas; • avaliações patrimoniais; • grau de informatização (para avaliação do controle patrimonial e contábil), e • comentários gerais. Neste primeiro campo o Engenheiro descreve a empresa de modo superficial, e a situa de maneira que possa ter conhecimento de como essa se encontra, no que diz respeito à proteções, informatização e isolamentos. 2 - Condições Geotopomórficas Condições geotopomórficas são todas aquelas que envolvem a geologia, a topologia e a morfologia do ambiente onde está situada a empresa. Dizem respeito às condições da natureza, às condições ambientais ao redor da empresa, a existência de elevações ou depressões do terreno, presença de rios ou lagos, característica do solo, entre outras informações. Página 57 de 77
  • 58. Assim, neste campo, procura-se saber à respeito do solo, dos ventos, da topologia da área da incidência de raios, da existência de rios, lagos ou canais, bem como de todos os fatores ambientais que possam vir a trazer riscos para a empresa segurada. Especial atenção devem ser dadas a: • terrenos constituídos de aterros, em função de problemas que normalmente ocorrem com a compactação desses mesmos aterros; • terrenos à margem de rios ou canais, pela possibilidade de virem a ser atingidos pelo espraiamento da água, durante chuvas fortes; • terrenos à beira de encostas, com aclives ou declives, pelo potencial risco de deslizamentos de encostas; • terrenos erodidos, por já apresentarem riscos de desmoronamento, principalmente se em encostas; • terrenos com solos impermeáveis, pelo fato de haver dificuldade da drenagem de águas de chuvas; • terrenos alagadiços ou com o nível do lençol freático próximo à superfície; • locais onde os ventos incidentes tendam a atingir velocidades acima de 30 km/h. Na classificação de vendaval a velocidade mínima dos ventos é de 54 km/h; • acidentes hidrográficos a menos de 200 metros dos prédios da empresa; • terrenos situados em relevos baixos, por haver possibilidade dos mesmos virem a receber águas de chuvas e não terem capacidade de drenagem compatível com esse volume de água; • locais onde no subsolo haja uma transição de rochas, etc. 3 - Produção O tópico relativo à produção é um dos mais extensos do formulário, já que se procura obter informações abrangendo os riscos inerentes ao processamento. A área de processo é uma das que concentra os principais riscos da empresa, além de ser também aquela em que uma ocorrência, de qualquer tipo de evento, poderá prejudicar ou mesmo paralisar a produção. O cuidado deverá ser redobrado se as áreas de estocagem de matérias primas e de produtos acabados estiverem junto ao processo industrial. Pela sua relevância, comentaremos os principais itens: Página 58 de 77
  • 59. a) Fluxograma do Processo A leitura do fluxograma do processo possibilita que seja traçada uma avaliação dos possíveis pontos de estrangulamento da produção, dos momentos em que há desvios para outras linhas, dos pontos de duplicidade, etc.. O fluxograma é uma peça importante quando se deseja elaborar um trabalho mais técnico, que envolva a Análise de Árvore de Falhas, a Análise dos Modos de Falha e Efeitos, bem como de outras ferramentas adotadas no gerenciamento de riscos, comentadas nos capítulos do livro Gerenciamento de Riscos Industriais. b) Descrição do processo A descrição do processo abrange não só os comentários de como se dá o processo produtivo, ou a cadeia produtiva, como também menciona os produtos ou matérias primas empregadas, e os produtos derivados, as pressões e temperaturas de cada uma das fases, e outras informações adicionais. A descrição do processo deve ser a mais clara e concisa possível, com o foco da análise voltado para possíveis pontos onde possam surgir eventos danosos, ou lugares mais suscetíveis de serem atingidos por esses mesmos eventos danosos. c) Principais equipamentos A descrição e relação dos principais equipamentos empregados no processo é relevante para a análise do potencial de risco. Entretanto, de nada adianta saber-se que existe um determinado equipamento e que esse, individualmente apresenta um certo risco, se a avaliação não é feita em conjunto com a análise do fluxo de produção e do layout da planta. É importante também que se analise as possibilidades de atenuação ou eliminação das eventuais perdas, como por exemplo a inserção de válvulas de alívio, a transferência para outras linhas de transporte, ou para um tanque pulmão, a instalação de válvulas de controle de fluxo ou de pressão, entre tantas outras medidas de controle. Enfim, o que se espera de um processo industrial é que haja controles e que esses sejam eficientes e possibilitem que se possa mantê-los em arquivo. Página 59 de 77
  • 60. d) Produtos finais e produtos intermediários A descrição dos produtos é importante para avaliar corretamente os riscos que esses representam. Dentre esses, citamos: toxidez, reatividade, inflamabilidade, corrosividade, explosividade. Para facilidade de análise deve ser informado o grupamento químico a que pertencem e os estoques mínimos por produto. Se houver mistura de substâncias de ser avaliado se essas passam a representar uma substância perigosa. e) Estocagem dos produtos A estocagem é outro ponto de risco relevante, porque representa uma agravação das condições de armazenamento e um acumulo de “risco”. Na estocagem a ocorrência de determinado risco pode por a perder o trabalho de dias ou semanas. Há produtos que são sensíveis à fumaça, ao calor, à luminosidade, que se degradam em função do longo tempo de armazenagem, e outros que, devido a normas de segurança somente poderão ser estocados de determinada maneira ou volume. Deve-se considerar também os aspectos relativos à forma de armazenagem, ao local onde são armazenadas as mercadorias e os procedimentos de segurança adotados para se evitar que os bens estocados venham a sofrer danos. f) Arruamentos As vias de circulação interna possibilitam o livre trânsito de pessoas e de veículos, bem como o escoamento da produção. Por essa razão, devem ser projetadas de sorte que não venham a ocorrer impedimentos ao livre trânsito. Deve-se avaliar, inclusive, se os maiores veículos de combate a incêndios têm livre acesso a todos os prédios da planta segurada. Em indústrias de alto risco, seja de incêndio ou de explosão, deverão existir áreas de refúgio ou abrigo de pessoas e áreas para onde poderão ser desviados os equipamentos móveis e os veículos. Página 60 de 77
  • 61. g) Segurança do processo A avaliação da segurança do processo compreende a análise de todos os procedimentos adotados para se evitar que ocorra o descontrole, seja do próprio processo, seja do fluxo de produção. A segurança do processo pode compreender a instalação de dispositivos, na linha de produção, que permitirão aliviar a pressão interna da rede, ou reduzir uma temperatura crítica. Essa segurança pode ser conseguida via substâncias catalisadoras ou sistemas de drenagem da rede, com o direcionamento do fluxo de produtos para tanques pulmão. Um ponto importante é o que se refere aos gargalos ou áreas de estrangulamento da produção. Quando esses pontos estão centrados sobre determinado equipamento, a análise de riscos abrangerá um minucioso exame desse equipamento, com vistas a obter informações referentes a: • tipo de equipamento; • marca e modelo; • capacidade nominal ou instalada; • ano de fabricação; • opção de reposição; • tempo necessário para a reposição; • eventos mais comuns; • freqüência e severidade das perdas; • formas de operação; • tipo de controles efetuados; • mecanismos de segurança adotados. Quanto aos produtos ou às substâncias deve-se verificar: ⇒ alternativas de produção, face a eventos ou falhas ocorridos, objetivando determinar o tempo médio de retorno à atividade pela empresa; ⇒ possibilidade de compra de produtos de terceiros, bem como a determinação do tempo para que isso venha a ocorrer. Também deve ser verificada a quantidade de opções de compra; ⇒ opção de produtos fabricados e que possam vir a ser adquiridos de terceiros, caso ocorra algo com os equipamentos de produção da empresa; ⇒ opção de compras de produtos, bens e insumos para a produção; Página 61 de 77
  • 62. ⇒ tempo necessário para a reposição da linha de produção afetada, informando as implicações que essa paralisação poderá gerar para as outras linhas; ⇒ tempo necessário para por em prática as alternativas mais viáveis. Outro item diz respeito às formas e aos procedimentos de estocagem adotados na produção. A avaliação deverá compreender os seguintes pontos: ♦ tipo de estocagem; ♦ matérias primas e produtos estocados; ♦ denominação dos materiais estocados; ♦ localização dos pontos de estocagem; ♦ capacidade de estocagem; ♦ rodízio adotado no estoque; ♦ relação dos produtos estocados; ♦ procedimentos de segurança adotados no manuseio dos produtos; ♦ procedimentos de segurança existentes para a preservação dos bens estocados. h) Análise das condições de segurança dos edifícios Essa análise compreenderá a verificação dos itens que compõem a segurança das instalações, contra uma série de eventos que as possam atingir. Dentre esses eventos, os mais comuns são: incêndio, queda de raios, ventos fortes, água de chuvas. São considerados itens de segurança, o layout interno, a arrumação e a limpeza, as circulações internas, a iluminação e a aeração, etc.. 4 - Central de Utilidades empregadas na indústria No tópico pretende-se observar os itens referentes à produção de energia, aqui entendida como força. A avaliação envolve: • energia elétrica, recepção, transformação, distribuição e consumo, bem como a forma de distribuição dos circuitos; • vapor, geração, distribuição e setores atendidos, como também o processo de proteção dos dispositivos e dutos, principalmente quanto ao isolamento térmico; Página 62 de 77
  • 63. • ar comprimido, geração, distribuição e setores atendidos, e as pressões mínimas e máximas das linhas. É interessante que se saiba se, havendo problemas em uma das linhas, o setor afetado pode ser atendido alternativamente por alguma outra linha; • água industrial e potável, recepção, tratamento, estocagem, distribuição, setores atingidos e consumo; • tratamento de efluentes; • demais utilidades do processo. 5 - Manutenção de equipamentos e instalações A incidência de danos em instalações e equipamentos depende diretamente da qualidade dos serviços de manutenção adotados pela empresa. Já está provado que empresas que trabalham exclusivamente com manutenção corretiva estão muito mais sujeitas a danos expressivos, isto porque, somente se corrige o que está errado. Não se parte para uma linha preventiva. As empresas que possuem certificação de qualidade, trabalham com manutenção preditiva, e no máximo preventiva. Por isso estão sempre se adiantando à ocorrência de acidentes em suas instalações. Se o motor de um equipamento está apresentando uma vibração anormal, é muito melhor saber-se o que está ocorrendo do que se esperar que ele pare de vez. Pergunta-se também neste capítulo, se a manutenção é feita pela própria empresa ou terceirizada, se existe controle formal dos serviços executados, qual o quadro de funcionários que trabalha exclusivamente com manutenção e sua especialização, e dados relativos às oficinas de manutenção e de reparos. Há uma tendência de se criticar a manutenção terceirizada. Porém, com adequada supervisão, um bom contrato e severas sanções, pode-se ter maior e melhor controle nesses serviços. Também uma idéia que tem sido mudada é a da manutenção feita por equipe disponível exclusivamente para tal serviço. Em empresas que praticam os conceitos de Just in Time, os próprios operadores dos equipamentos são os responsáveis pela manutenção. São eles que acendem a luz amarela para a equipe que irá realizar os serviços de maior envergadura. Página 63 de 77
  • 64. 6 - Segurança contra incêndio O capítulo destina-se a colher informações à respeito dos equipamentos, dispositivos e sistemas empregados na segurança contra incêndio. Nunca é demais chamar a atenção do inspetor, que mais importante do que existir o equipamento de segurança é esse estar em condições imediatas de uso. Deve-se verificar a adequação entre os agentes extintores empregados e os bens que estarão sob a área de cobertura desses mesmos dispositivos. 7 - Segurança Patrimonial À exemplo do capítulo anterior, aqui se pretende validar os conceitos de segurança patrimonial empregados pela empresa. Esses conceitos passam necessariamente pelos seguintes pontos: • segurança dos processos; • segurança das instalações; • segurança das edificações; • segurança das pessoas; • segurança das informações; • segurança dos bens. A Segurança Patrimonial possibilita que a empresa atue com menos riscos, provocados por sabotagens, por atos criminosos, por ações isoladas objetivando o roubo ou o furto de bens e valores, por ações que buscam a espionagem industrial. Com a sofisticação dos meios de informação e dos processos de transferência de dados, hoje praticamente através de redes de informática, a segurança patrimonial tem evoluído para atingir o nível de sofisticação requerido. 8 - Comunicação Os meios e formas de comunicação são importantes, não só para o relacionamento externo da empresa, como também para comunicação interna e pelos meios de transferência de informações e de dados. Antigamente, um telefone era um equipamento de segurança contra incêndio, já que permitia uma comunicação mais rápida com o quartel do Corpo de Bombeiros, da Página 64 de 77
  • 65. mesma forma que era um dispositivo de segurança patrimonial, já que possibilitava um acesso rápido às Delegacias Policiais. Hoje os conceitos são mais abrangentes. 9 - Controle de Qualidade/Estoques O controle de qualidade e o controle de estoques, neste capítulo avaliados em conjunto, são determinísticos na verificação de pontos da segurança da empresa. Um bom controle certamente irá prever planos de contingência e planos de emergência, para implementar-se alternativas de produção, se essa vier a ser afetada por alguma falha ou evento. Essas mesmas políticas também se preocupam com: • processos de fabricação; • perdas oriundas da fabricação; • procedimentos de fornecimento dos bens; • formas de estocagem, etc. Caberá ao Gerente de Riscos, avaliar e validar os procedimentos adotados, tecendo as considerações necessárias. 10 - Parecer do Engenheiro acerca de pontos para a melhoria do Risco Neste capítulo e Engenheiro irá comentar sobre o que viu que possa se constituir em um entrave para a aceitação do risco, e o que poderá vir a ser feito para a melhoria desses pontos de risco. É muito importante que em seus comentários, as sugestões tenham um endereço certo, ou seja, “encontramos uma instalação elétrica desprotegida e sem aterramento, no setor X, atendendo aos equipamentos Y”. Outra sugestão que fazemos é que os comentários sejam grupados de acordo com a sua importância, em itens que devam ser implementados a curto prazo, itens a médio prazo, e itens a longo prazo. Para a aceitação do risco, os pontos de implementação a curto e a médio prazo são os mais relevantes. Por exemplo, suponhamos que estamos analisando uma instalação com vistas ao risco de roubo ou de furto. A colocação de uma grade em uma janela com toda a certeza não deverá ser um item de implementação a longo prazo. A instalação de um sistema de alarme poderá ser uma Página 65 de 77
  • 66. medida a ser implementada a médio prazo. A substituição das portas por portas metálicas pode ser enquadrada como uma medida a longo prazo. 11 - Parecer do Engenheiro acerca da aceitação do Risco No tópico o Engenheiro deverá dar o seu parecer acerca da aceitação do risco, de como essa deve se dar, se haverá algum tipo de agravação de taxas, ou a concessão de algum tipo de benefício pela existência de dispositivos que venham a reduzir a freqüência de ocorrências ou diminuir a extensão das perdas. Os riscos poderão vir a ser aceitos com agravação, sem agravação, e com desconto ou com a inclusão de uma condição especial. 12 - Comentários Gerais O campo de comentários gerais deve ser o mais amplo possível, no tocante a sugestões, críticas e comentários que sejam pertinentes. O campo pode vir a ser empregado também como um espaço complementar, quando os campos específicos não forem suficientes para tal. 13 - Critérios para a taxação do Risco O campo pode vir a ser preenchido ou não, dependendo das qualificações profissionais do Engenheiro de Riscos. Normalmente essa seria uma tarefa de um underwriter, ou de um atuário, já que envolve um grande conhecimento acerca das técnicas de mensuração do risco. A taxação do risco é matematização da freqüência com que o risco se manifesta e da severidade das perdas. A multiplicação da freqüência pela severidade das perdas conduz ao custo do risco, ou ao custo que se deve cobrar ou reservar, durante um determinado período, para fazer face a eventuais perdas que se verifiquem com os bens assegurados. Quando o risco é transferido para uma Seguradora, por intermédio da contratação de uma apólice de seguros, os procedimentos para se calcular o quanto deverá ser cobrado para se garantir os eventos relacionados, são os mesmos do que em um processo de auto gestão do risco. Página 66 de 77
  • 67. IX - Relatório de inspeção para Riscos Diversos O relatório que iremos apresentar a seguir é muito empregado no gerenciamento de riscos de alagamento e de desmoronamento. Esses riscos poderão ser avaliados em conjunto ou isoladamente, dependendo da necessidade da empresa. Tratam-se de dois riscos com caraterísticas bastante distintas. O primeiro, refere-se aos danos provocados pelo empoçamento de água de chuva. O segundo, trata dos danos que podem afetar as encostas próximas das edificações ou de suas partes. Pelas caraterísticas dos riscos, são formuladas inúmeras perguntas, à exemplo do questionário de Check List, todas com o objetivo de obter subsídios para a taxação das coberturas. Por essa razão, o preenchimento do questionário deve ser feito com extremo rigor, sempre buscando-se a máxima qualidade de informações, de sorte que as taxas que serão adotadas exprimam os verdadeiros riscos existentes, sejam eles emergenciais ou latentes. O formulário é dividido nos seguintes tópicos: 1) Informações Gerais; 2) Informações sobre o imóvel inspecionado; 3) Informações sobre as condições do terreno; 4) Informações sobre curso d’água ou adutora nas proximidades; 5) Informações sobre ocorrências anteriores de alagamento; 6) Informações sobre as condições externas - risco de desmoronamento; 7) Conclusão acerca do risco; 8) Observações gerais; Página 67 de 77
  • 68. ROTEIRO DE INSPEÇÃO PARA RISCOS DIVERSOS Elaborado por : Em : Acompanhantes : Solicitante : Página 68 de 77
  • 69. 1) Informações Gerais Cobertura pretendida Alagamento Desmoronamento Segurado: Endereço: Atividade desenvolvida nas edificações: Para os prédios Para os conteúdos Para Maquinismos R$ Valores Pretendidos R$ R$ Comentários: 2) Informações sobre o imóvel inspecionado Atividade Principal: Residencial Comercial Industrial Mista Boa Regular Péssima Qualidade da construção: Ótima Tipo de Construção de acordo com a Tarifa de Incêndio (TSIB): Superior Sólida Mista Aberta Regular Péssimo Poucas Muitas Poucas Muitas Estado de conservação do imóvel: Ótimo Bom Lesões estruturais aparentemente estabilizadas: Recentes Antigas Lesões estruturais de estabilidade duvidosa: Recentes Antigas número de pavimentos: (acima e abaixo do solo) área construída ou ocupada (m2): idade aparente do imóvel (em anos): Valor do imóvel, não considerando o valor do terreno e incluindo as benfeitorias: Valor atual: R$ Valor de novo: R$ Notas: 1) Em se tratando de edifício em condomínio, indicar no campo de observações a área total Página 69 de 77
  • 70. construída e a área ocupada por cada pavimento, destacando-se a área do maior pavimento, a área do pavimento tipo e a área do menor pavimento. 2) Se o bem segurável ou os seus conteúdos estiverem sujeitos apenas a danos parciais, o inspetor deverá indicar, percentualmente o valor total segurável, ou indicar o valor aproximado, a parcela correspondente a esses bens que poderão vir a ser atingidos. Observações: 3) Informações sobre as condições do terreno Aspectos quanto a natureza do terreno favorável desfavorável muito desfavorável Aspectos quanto a topografia do terreno favorável desfavorável muito desfavorável Observações: 4) Informações sobre curso d’água ou adutora nas proximidades Curso d’água/adutora sim não Nome: Distância aproximada do risco: Diferença de nível em relação ao risco: ________________________________metros ___________________________metros Estado de conservação aparente do sistema de escoamento de água: bom regular deficiente não existente Observações: 5) Informações sobre ocorrências anteriores de Alagamento Data do último Alagamento: ____/____/______ Causa provável: Nível atingido no interior do prédio: Nível atingido na rua: _________________metros _____________metros Freqüência anual do evento: Número de ocorrências nos últimos 5 anos: Página 70 de 77
  • 71. Responsável pela informação: Número de anos de experiência do informante no local: Proteções especiais adotadas para a prevenção de danos causados pelo evento: sim Tipo de proteção adotada: não Condições especiais existentes para a prevenção do risco: portas vãos abertos outros tipos O telhado abrange todo o risco? sim não Existe terraço? sim não ou sim não Há probabilidade do risco vir a sim não Existe tanque, piscina jardim? ser atingido? Observações: 6) Informações sobre as condições externas - Risco de Desmoronamento Existe terreno baldio adjacente ao risco? sim não circundando o risco Existe barreira e/ou pedreira que ameace o imóvel com deslizamento/escorregamento? sim não ameaça parcial Distância do prédio ao ponto que constitui ameaça: Ângulo da encosta ou do talude: ________________________________metros ___________________________graus Desnível entre o topo da encosta e o imóvel: ___________________________metros Existem blocos rochosos desagregados nas encostas próximas? sim não em pequena quantidade em grande quantidade O imóvel situa-se próximo a aeroporto? sim não Distância: __________ metros O imóvel situa-se à margem de sistema viário? sim não com danos ao imóvel sem danos ao imóvel Observações: Página 71 de 77
  • 72. 7) Conclusão acerca do risco Sobre o Risco de Desmoronamento: Sobre a aceitação do risco: bom regular sem agravação Sobre o Risco de Alagamento: com agravação de _____% bom Sobre a aceitação do risco: regular sem agravação Prazo de validade da vistoria: ruim 1 ano ruim com agravação de _____% 2 anos 3 anos 8) Observações gerais Observações: Local: Data: Engenheiro vistoriador: Página 72 de 77
  • 73. IX.I - Considerações gerais acerca do preenchimento do formulário Como já dito anteriormente, essa ferramenta de estudo dos riscos de Alagamento e de Desmoronamento, é muito empregada para análise da forma como prescrita nas Tarifas de Riscos. As informações contidas no formulário destinam-se a determinar as taxas e condições. Existem outras informações também importantes, só que não são avaliadas adequadamente, as quais comentaremos nos momentos oportunos. 1 - Informações gerais O capítulo de informações gerais abrange exclusivamente os dados de identificação da empresa, que serão transcritos por quando da emissão da cobertura de seguros. Recomendamos que quando se fizer menção a valores seguráveis sejam esclarecidas as origens de tais valores. O Gerente de Riscos poderá também comparar os valores informados pelo Segurado com os constantes de revistas especializadas no assunto, ou seja os dados constantes de Laudos Avaliatórios, elaborados por empresas especializadas. 2 - Informações sobre o imóvel inspecionado As informações sobre o imóvel inspecionado compreendem a descrição dos seguintes tópicos: • caracterização da ocupação ou da atividade principal; • característica construtiva do mesmo, de acordo com os padrões de classificação da Tarifa de Seguro Incêndio do Brasil; • informações quanto a qualidade da construção, em seus aspectos gerais e do estado de conservação em que se encontra; • informações quanto a área total construída ou ocupada, não só por todo o imóvel, como também por cada um dos pavimentos do mesmo, acima e abaixo do solo; • idade aparente do prédio, informação essa que deverá ser confrontada posteriormente com os tópicos referentes a lesões estruturais a qualidade da construção; • valor do imóvel, preferencialmente extraído de publicações especializadas; • perda máxima admissível, decorrente do evento analisado. No tópico de Observações deverá ser destacado tudo aquilo que possa parecer contrário às boas normas de aceitação do risco. É muito importante que o Inspetor que inspecionou Página 73 de 77