Este documento proclama o Jubileu extraordinário da misericórdia de 8 de dezembro de 2015 a 20 de novembro de 2016. O Papa Francisco pede que foquemos na misericórdia de Deus, seguindo o exemplo de Jesus, e promovamos obras de misericórdia.
2. ABERTURA:
Dia 08/12/2015
– Festa da Imaculada Conceição
FECHAMENTO:
Dia 20/11/2016
- Solenidade de Cristo Rei
O ANO SANTO DA MISERICÓRDIA
LEMA:
Misericordiosos como o Pai!
3. 1. POR QUE UM ANO SANTO?
Porque celebramos em 2016 o cinquentenário (50 anos) da conclusão
do Concílio Ecumênico Vaticano II: somos convidados a manter viva
sua memória; foi um forte sopro do Espírito sobre a Igreja; sinal da
Bondade de Deus!
Por opção do bispo de cada diocese, outras portas poderão ser
abertas: nas catedrais, nos santuários. Para que os fieis em
peregrinação façam uma experiência da Graça e renovação
espiritual.
A celebração do Ano Jubileu é também um sinal visível da
comunhão da Igreja inteira.
Somos chamados a meditar sobre a
Misericórdia do Pai... Ela torna o
testemunho dos crentes mais eficaz.
No III Domingo de Advento foi aberta a
Porta Santa na Catedral de Roma, a
Basílica de São João de Latrão (mãe das
catedrais).
4. «O Espírito do Senhor está sobre mim, porque
ele me consagrou com a unção, para anunciar a
Boa Notícia aos pobres; enviou-me para
proclamar a libertação aos presos e aos cegos a
recuperação da vista; para libertar os oprimidos,
e para proclamar um ano de graça do Senhor»
(Lc 4,18-20)
2. JESUS É O ROSTO DA MISERICÓRDIA DO PAI
A misericórdia é a síntese do mistério da fé cristã (amor ao
extremo, sem fronteiras!).
O Pai é «RICO EM MISERICÓRDIA» (Ef 2,4); Ele revelou o seu
nome a Moisés como o «Deus misericordioso e clemente, lento
na ira, cheio de bondade e fidelidade » (Ex 34,6);
Jesus de Nazaré nos mostrou a misericórdia de Deus com
sua missão:
5. 3. CONTEMPLAR A MISERICÓRDIA DIVINA
Precisamos contemplar o mistério da
Misericórdia Divina;
Ela é fonte de alegria, serenidade e
paz; é a condição da nossa Salvação;
Misericórdia: é a palavra que revela o
mistério do AMOR da SS. Trindade...
Misericórdia: é o caminho que une Deus e o
homem, porque nos abre o coração à esperança de
sermos amados para sempre, apesar dos nossos
pecados;
A misericórdia é maior do que qualquer pecado, e
ninguém pode colocar um limite no amor de Deus.
6. 4. O MUNDO ESTÁ CARENTE DE MISERICÓRDIA
A nossa cultura está carente de perdão... vai se
rareando cada vez mais; e em certos momentos, até a
própria palavra parece desaparecer;
Sem o testemunho do perdão, resta apenas uma vida
infecunda e estéril, um deserto desolador;
O perdão é uma força que
ressuscita para nova vida e infunde
a coragem para olhar o futuro com
esperança;
A mentalidade contemporânea
tende a separar da vida e a tirar
do coração humano a própria
ideia da misericórdia;
A palavra e o conceito de misericórdia parecem causar mal-
estar ao homem;
7. 5. A MISERICÓRDIA NA SAGRADA ESCRITURA
É com a MISERICÓRDIA que
Deus manifesta a sua
ONIPOTÊNCIA;
Na Sagrada Escritura Deus manifesta: como
Aquele que está sempre presente, próximo,
providente, santo, paciente, misericordioso...
«Deus é amor » (1Jo 4, 8.16).
Assim é a natureza de Deus! profundo, natural, feito
de ternura e compaixão, de indulgência e perdão!
A misericórdia é a palavra-chave para indicar o agir de
Deus para conosco. Ela vence tudo, enche o coração de
amor e consola com o perdão.
8. Trata-se de um amor
«visceral», que provém do
íntimo como um
sentimento....
5. A MISERICÓRDIA NA SAGRADA ESCRITURA
Javé "faz justiça aos oprimidos e dá pão aos famintos.
Javé liberta os prisioneiros. Javé abre os olhos dos
cegos. Javé endireita os encurvados. Javé ama os
justos. Javé protege os estrangeiros, sustenta o órfão
e a viúva, mas transtorna o caminho dos injustos"
(Sl 146,6-7)
9. 6. A MISERICÓRDIA NA IGREJA
A credibilidade da Igreja passa pela
estrada do amor misericordioso e
compassivo;
São João Paulo II afirmava: «A Igreja
vive autenticamente quando professa e
proclama a misericórdia..., quando
aproxima os homens das fontes da
misericórdia Salvadora” (Encíclica Dives in
Misericórdia);
A Igreja vive um desejo inesgotável de oferecer misericórdia;
a Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus,
coração pulsante do Evangelho, que por meio dela deve
chegar ao coração e à mente de cada pessoa...
O tema da misericórdia exige ser reproposto com novo
entusiasmo e uma ação pastoral renovada.
10. PROFETAS:
Miqueias: Deus tira a iniquidade e perdoa o pecado, se
alegra com usar de misericórdia. Deus tem compaixão do
seu povo (cf. Os 7,18-19).
Isaías: Deus quer a prática da Misericórdia acima de tudo.
“O jejum que eu quero é este:
acabar com as prisões injustas,
desfazer as correntes do jugo,
pôr em liberdade os oprimidos e
despedaçar qualquer jugo;
repartir a comida com quem passa
fome,
hospedar em sua casa os pobres sem abrigo,
vestir aquele que se encontra nu,
e não se fechar à sua própria gente...” (Is 58,6-8).
6. A MISERICÓRDIA NA IGREJA
11. 7. DE OLHOS FIXOS EM JESUS
Para viver a misericórdia somos convidados a
aprender com Jesus, observando-o
atentamente, mantendo os olhos fixos Nele (cf.
Lc 4,20; Hb 12,2);
Sua compaixão ressuscitava mortos (cf. Lc 7,15);
Na parábola da misericórdia Jesus revela a natureza de
Deus como Pai que nunca se dá por vencido, superando a
rejeição com a compaixão e a misericórdia (cf. Lc 15, 1-32);
Ele em sua missão foi misericordioso para com os
pecadores, pobres, marginalizadas, doentes,
cegos, atribulados, possuídos, oprimidos,
desprezados, paralíticos, famintos,
desorientados...
Era profundamente movido pela compaixão
(cf. Mt 14,14; Mt 9,1-8; Mt 15,32-37; Mt 20,34; Mc 5, 19; Mc 6,34);
12. 8. JESUS NOS EDUCA PARA A MISERICÓRDIA
Jesus educa seus discípulos ao perdão: «Não te digo até
sete vezes, mas até setenta vezes sete » (Mt 18, 22);
Contou a parábola do «servo sem compaixão». «Não devias
também ter piedade do teu companheiro, como eu tive
de ti?» (Mt 18, 33).
Proclamou: «Felizes os misericordiosos, porque
alcançarão misericórdia » (Mt 5, 7).
Pediu a seus discípulos para não
julgarem e nem condenarem os
outros: «Não julgueis e não sereis
julgados; não condeneis e não
sereis condenados; perdoai e
sereis perdoados... A medida que
usardes com os outros será
usada convosco» (Lc 6, 37-38).
Mateus 18,21-35
13. O anúncio da Misericórdia nos compromete
na linguagem, gestos, atitudes...
Acolhamos, pois, a exortação do Apóstolo:
« Que o sol não se ponha sobre o vosso
ressentimento» (Ef 4, 26).
Que grande mal fazem as
palavras, quando são movidas
por sentimentos de ciúme e
inveja!
Falar mal do irmão, na sua
ausência, equivale a deixá-lo
mal visto, a comprometer a sua
reputação e deixá-lo à mercê
das murmurações;
14. 9. A RELAÇÃO ENTRE JUSTIÇA E MISERICÓRDIA.
Não são dois aspectos em contraste entre si, mas
duas dimensões duma única realidade que se
desenvolve gradualmente até atingir o seu clímax na
plenitude do amor.
Por justiça entende-se que a cada um deve ser dado
o que lhe é devido... também o perdão!
“Por acaso, eu sinto prazer com a
morte do injusto? - oráculo do
Senhor Javé. O que eu quero é que
ele se converta dos seus maus
caminhos, e viva” (Ez 18,23).
Na Bíblia a justiça divina não é legalista... Deus não quer a
morte do pecador: «Eu quero a misericórdia e não os
sacrifícios» (Os 6, 6).
15. APÓSTOLO PAULO: A JUSTIÇA como FRUTO DA FÉ
Após a sua Conversão a Cristo, Paulo afirma aos Gálatas:
«Também nós ACREDITAMOS em Cristo Jesus, PARA
SERMOS JUSTIFICADOS PELA FÉ em Cristo e não pelas
obras da lei» (Gl 2,16).
Salmos: a justiça de Deus é o
seu perdão (cf. Sl 51/50,11-16).
A justiça por si só não é suficiente... Deus, com a
misericórdia e o perdão, passa além (supera) da justiça.
Antes da sua conversão ele colocava em primeiro lugar a
prática da JUSTIÇA LEGAL... E por isso matava!
Após a conversão Paulo muda seu
conceito deJustiça e a ordem:põe em
PRIMEIROLUGAR A FÉ, e já não a lei.
A FÉ se manifesta atravésda
CARIDADEQUEGERAJUSTIÇA.
16. As obras de misericórdia corporal:
dar de comer aos famintos,
dar de beber aos sedentos,
vestir os nus,
acolher os peregrinos,
dar assistência aos enfermos,
visitar os presos,
enterrar os mortos.
10. OBRAS DE MISERICÓRDIA
aconselhar os indecisos,
ensinar os ignorantes,
corrigir os pecadores,
consolar os aflitos,
perdoar as ofensas,
suportar com paciência os defeitos dos
outros,
rezar a Deus pelos vivos e defuntos.
As obras de misericórdia
espiritual:
17. Cada sacerdote recebeu o
dom do Espírito Santo para o
perdão dos pecados;
Nenhum sacerdote é senhor
desse sacramento, mas apenas
servo fiel do perdão de Deus.
11. ORIENTAÇÕES PARA OS CONFESSORES
Cada confessor deverá acolher os fiéis como o pai
na parábola do filho pródigo: um pai que corre ao
encontro do filho, apesar de lhe ter dissipado os bens.
Não fazer perguntas impertinentes, mas como o pai da
parábola (cf. Lc 15), interromper o discurso do penitente
com o sinal do primado da misericórdia.
18. 12. NAS PARÓQUIAS:
GESTOS SIGNIFICATIVOS
Nossas paróquias, nas comunidades, nas associações e
nos movimentos – em suma, onde houver cristãos,
qualquer pessoa deve poder encontrar um oásis de
misericórdia.
Promover PEREGRINAÇÕES: é
símbolo do caminho interior que
cada pessoa realiza na sua
existência. A vida é uma
peregrinação; o ser humano é
“viator”: é um peregrino rumo à
sua casa definitiva;
Abrir o coração àqueles que vivem nas PERIFERIAS
EXISTENCIAIS; cuidar pessoas feridas, aliviá-las com o
óleo da consolação, enfaixá-las com a misericórdia,
tratá-las com a solidariedade e a atenção devida...
19. Acolhida dos Missionários da
Misericórdia...
Organizem-se, nas dioceses, as
«missões populares»...
Celebrem o sacramento da
reconciliação para o povo...
13. NAS PARÓQUIAS:
GESTOS SIGNIFICATIVOS
Promoção de um insistente
convite à conversão: homens e mulheres que
pertencem a algum grupo criminoso, corrupção...
Em nível pessoal e social somos chamados a
promover: a prudência, a vigilância, a
lealdade, a transparência, juntamente com a
coragem da denúncia.
20. A força do poder da Graça de
Deus nos transforma totalmente!
Pelo Sacramento da Reconciliação
Deus perdoa nossos pecados; mas as
marcas negativas dos pecados
permanecem em nós
(comportamentos, memória,
pensamentos...);
14. A INDULGÊNCIA
ATRAVÉS DA INDULGÊNCIA Deus nos LIBERTA DE QUALQUER
RESÍDUO DAS CONSEQUÊNCIAS DO PECADO, habilitando-nos a
agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no
pecado.
"A indulgência é a remissão, perante Deus, da pena temporal
devida aos pecados cuja culpa já foi apagada”
(CDC. cân. 992 e CIC n. 1471).
21. JUDAÍSMO, CRISTIANISMO E ISLAMISMO
A fé na misericórdia de Deus ultrapassa as fronteiras
da Igreja.
O Deus CRIADOR, CLEMENTE E MISERICORDIOSO é
professado também no judaísmo e o islamismo;
No Jubilar somos chamados a
crescer na abertura e no diálogo
com as outras tradições
religiosas superando o
fechamento, desprezo, formas
de violência e discriminação...
(MV 23)..
22. Celebrando o ano da Misericórdia somos convidados a
redescobrir a alegria da ternura de Deus em Maria;
Ela conheceu a profundidade do mistério de Deus feito
homem.
Na sua vida, tudo foi plasmado pela presença da
misericórdia feita carne.
15. CONCLUSÃO
Escolhida para ser a Mãe do
Filho de Deus, Maria foi
preparada desde sempre, pelo
amor do Pai, para ser Arca da
Aliança entre Deus e os
homens.
23. Ela guardou, no seu coração, a misericórdia divina em
perfeita sintonia com o seu Filho Jesus.
No seu cântico de louvor, declarou que
“a misericórdia de Deus se estende de geração
em geração»
(Lc 1,50).
Junto à cruz, Maria testemunha
as últimas palavras de perdão
que saem dos lábios de Jesus!
(cf. Jo 19,25)
24. Obrigado!
SÍNTESE & FORMATAÇÃO:
Antônio de Assis Ribeiro (Pe. Bira) SDB
Email: birasdb@gmail.com
Manaus – Am – Brasil
IMAGENS: Internet (google imagens)
Inspetoria Salesiana Missionária da Amazônia
Pastoral Juvenil Salesiana