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Drogas:
Cartilha
álcool e
jovens
Alerta importante
para você que é jovem e vai ler esta cartilha

      O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA -
proíbe a venda de qualquer tipo de bebida alcoólica para
menores de 18 anos.

	     Portanto,	 fique	 esperto!	 Se	 alguém	 lhe	 oferecer,	
mesmo	que	gratuitamente,	qualquer	bebida	alcoólica,	

                      NÃO ACEITE!

      Essa pessoa estará cometendo um crime.

      É bom lembrar que o uso do álcool pode levar
ao	 alcoolismo,	 uma	 doença	 grave	 que	 atinge	 12,3%	 da	
população	brasileira	com	idade	entre	12	e	65	anos.	Entre	
os	jovens	de	12	a	17	anos,	a	taxa	de	alcoolismo	é	de	7,0%.

							Considere	que	esta	porcentagem	representa	554.000	
jovens	com	sérios	problemas	sociais	e	de	saúde.
Drogas:
Cartilha álcool
   e jovens
Presidência da República



Vice-Presidência da República



Gabinete de Segurança Institucional
e Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas



Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
Presidência da República
    Gabinete de Segurança Institucional
Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas




           Drogas:
        Cartilha álcool
           e jovens


                 2ª edição
             Brasília, DF - 2010
Secretária Adjunta
                                           e Responsável Técnica pela Secretaria
                                           Nacional de Políticas sobre Drogas
                                           Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte

                                           Conteúdo e Texto original
 Copyright	©	2010                          Beatriz	H.	Carlini,	MPH,	PhD
 Secretaria	Nacional	de	
 Políticas	sobre	Drogas                    Adaptação para esta edição
 Disponível	em:	www.senad.gov.br           Secretaria	Nacional	de	
 Tiragem:	51.000	exemplares                Políticas	sobre	Drogas	
 Impresso no Brasil
                                           Projeto Gráfico
 Edição                                    Lew Lara
 Secretaria Nacional de
 Políticas sobre Drogas                    Ilustração
 Endereço para correspondência:            Toninho	Euzébio
 Esplanada	dos	Ministérios
 Bloco	“A”	-	5º	Andar                      Diagramação
 Brasília - DF                             Ponto	Dois	Design	Gráfico
 CEP:70.050-907	                           Bruno	Soares



              Dados	internacionais	de	catalogação	na	publicação	(CIP)

B823d     Brasil.	Presidência	da	República.	Secretaria	Nacional	de	Políticas	sobre	
          Drogas
          	      Drogas	:	cartilha	álcool	e	jovens	/	Secretaria	Nacional
          de	Políticas	sobre	Drogas.	-	Brasília	:	Presidência	da	República,	Secretaria	
          Nacional	de	Políticas	sobre	Drogas,	2010.

          	     40	p.	:	il.	-	(Série	Por	dentro	do	assunto)

          	    Conteúdo	e	texto	original	de	Beatriz	H.	Carlini.
          	    Adaptação	para	esta	edição:	Secretaria	Nacional	de	Políticas	sobre	
          Drogas.
          	    2ª	edição


          	     1.Álcool	-	prevenção.	2.	Alcoolismo.	3.	Jovens	-	orientação.	
          4.	Miopia	alcoólica.	I.	Carlini,	Beatriz	H.	II.	Título.	III.	Série.

                                                                   CDU	613.81-053.6
Apresentação
	      Os	 novos	 tempos	 de	 governo,	 marcados	 pela	 ênfase	
na	participação	social	e	na	organização	da	sociedade,	valori-
zam a descentralização das ações relacionadas à prevenção
do	uso	de	drogas	e	à	atenção	e	reinserção	social	de	usuários	
e dependentes.

	      No	desenvolvimento	de	seu	papel	de	coordenação	e	arti-
culação	de	ações	voltadas	a	esses	temas,	a	Secretaria	Nacional	
de	Políticas	sobre	Drogas	apresenta	a	Série	“Por	Dentro	do	As-
sunto”,	 com	 o	 objetivo	 de	 socializar	 conhecimentos	 dirigidos	 a	
públicos	específicos.

	      Esta	 série,	 construída	 com	 base	 nas	 necessidades	 ex-
pressas	por	múltiplos	setores	da	população	e	em	conhecimen-
tos	 científicos	 atualizados,	 procura	 apresentar	 as	 questões	 de	
forma	leve,	informal	e	interativa	com	os	leitores.

	      A	iniciativa	é	norteada	pela	crença	de	que	o	encaminha-
mento	dos	temas	de	interesse	social	só	será	efetivo	com	a	alian-
ça	entre	as	ações	do	poder	público	e	a	sabedoria	e	o	empenho	
de cada pessoa e de cada comunidade.

	      Acreditamos	 estar,	 dessa	 forma,	 contribuindo	 com	 a	
nossa parte.



               Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
6
Série: Por Dentro do Assunto
Álcool e Jovens
      O que um jovem precisa saber para
                       evitar problemas
	      Cerveja,	vinho,	caipirinha,	chope:	elementos	da	vida	co-
tidiana	de	muita	gente.	Essas	bebidas	ajudam	a	celebrar	datas	
festivas,	 a	 selar	 compromissos,	 a	 completar	 refeições	 nos	 fins	
de	semana,	alegrar	festas,	“criar	um	clima”.	São	a	desculpa	para	
encontrar	os	amigos	num	barzinho,	depois	do	cinema,	ou	mes-
mo só para conversar.

	      Mas,	se	bebida	traz	momentos	bons	e	alegria,	não	é	no-
vidade	para	ninguém	que	pode	trazer	muito	sofrimento	também.	
Acidentes	de	carro,	atropelamentos,	quedas,	violência	familiar	e	
nas	ruas,	além	de	uma	série	de	problemas	de	saúde	são	resul-
tado do consumo abusivo de bebidas.

	      Bebe-se	demais,	no	lugar	errado,	na	hora	errada,	com	a	
companhia	errada.	E	não	estamos	falando	aqui	de	alcoolismo,	
não!	Estamos	falando	de	qualquer	pessoa	que	bebe,	com	qual-
quer idade, que pode acabar se dando mal simplesmente por ter
bebido numa situação indevida.

	      Essa	 cartilha	 discute	 o	 uso	 de	 bebidas	 alcoólicas	 para	
informar	os	jovens,	ajudando	a	desfazer	mitos,	oferecendo	dicas	
e	 fazendo	 algumas	 sugestões	 sobre	 maneiras	 de	 diminuir	 os	
riscos associados ao consumo de álcool.

                                     7
                         Cartilha álcool e jovens
8
Série: Por Dentro do Assunto
Álcool, acidentes e violência
 	      Um	estudo	conduzido	no	Instituto	Médico	Legal	de	São	
 Paulo,	em	1994,	analisou	os	laudos	de	todas	as	pessoas	que	
 morreram por acidentes ou violência na Região Metropolitana
 de São Paulo. Constatou que
     •	 52%	das	vítimas	de	homicídio,
     •	 64%	daqueles	que	morreram	afogados	e
     •	 51%	dos	que	faleceram	em	acidentes	de	trânsito

 apresentaram	álcool	na	corrente	sanguínea	em	níveis	mais	ele-
 vados	do	que	o	permitido	na	época,	por	lei,	para	dirigir	veículos	
 (0,6	gramas	de	álcool	por	litro	no	sangue).

        Um outro estudo, em Curitiba,	encontrou	fortes	evidên-
 cias	de	que	58,9%	dos	autores	dos	crimes	e	53,6%	das	vítimas	
 de	130	processos	de	homicídios,	ocorridos	entre	1990	e	1995	e	
 julgados	nos	Tribunais	de	Júri	da	cidade,	estavam	sob	efeito	de	
 bebida alcoólica no momento da ocorrência.

        Em Recife,	durante	o	Carnaval	de	1997,	88,2%	das	víti-
 mas	fatais	e	80,7%	das	vítimas	não	fatais	de	acidentes	de	trân-
 sito	apresentaram	exame	positivo	para	intoxicação	alcoólica.

 	      Estudos	feitos	em	Pronto-Socorros	em	Brasília, Curitiba,
 Recife, Salvador, São Paulo e Campinas,	por	diferentes	autores	
 e	instituições,	também	encontraram	presença	de	álcool	no	san-
 gue	de	vítimas	em	porcentagens	que	variaram	de	29	a	61%.



                                    9
                        Cartilha álcool e jovens
Efeitos do Álcool:
       mitos e realidade


          Nem sempre mais é melhor
          	       Nem	 todo	 jovem	 usa	 álcool,	
          muitos	 nem	 mesmo	 experimentam.	
          Mas	uma	proporção	grande	vai	be-
          ber	 pela	 primeira	 vez	 nessa	 época	
          da vida, mesmo que mais tarde,
          quando adultos, resolvam não to-
          mar	 bebidas	 alcoólicas,	 exceto	 em	
          ocasiões especiais.




             10
Série: Por Dentro do Assunto
Será que eu sou o(a)
único(a) que não bebe?
 	      Se	levarmos	em	conta	o	que	as	novelas,	propagandas	
 de	 bebidas	 e	 filmes	 nos	 dizem,	 todo	 mundo,	 jovem	 e	 adulto,	
 costuma beber.

 	      Mas,	quando	pesquisadores	indagam	diretamente	à	po-
 pulação,	e	fazem	estatísticas	de	consumo,	a	realidade	revelada	
 é	diferente.

 	      Um	estudo	conduzido	em	2005	envolvendo	as	108	maio-
 res	cidades	do	Brasil	(CEBRID,	2007)	aponta	que,	entre	12	e	17	
 anos,	47%	dos	meninos	e	49%	das	meninas	nunca	experimen-
 taram	bebidas	alcoólicas.	Um	outro	estudo	lançado	em	2007	(I	
 Levantamento	Nacional	sobre	os	Padrões	de	consumo	de	álco-
 ol	na	População	Brasileira)	mostra	que	66%	dos	adolescentes	
 com	idade	entre	14	e	17	anos	nunca	beberam	ou	bebem	menos	
 de uma vez por ano.

 	      No	caso	dos	adultos	acima	de	18	anos,	o	I	Levantamen-
 to	Nacional	sobre	os	Padrões	de	consumo	de	Álcool	na	Popu-
 lação	 Brasileira	 (2007)	 indica	 que	 48%	 dos	 pesquisados	 são	
 abstinentes, ou seja, nunca bebeu ou bebeu menos de uma vez
 por ano.

        Optar por abster-se de bebidas alcoólicas, ou por beber
 apenas	 moderadamente,	 em	 ocasiões	 especiais,	 é	 uma	 deci-
 são	saudável	e	bastante	comum.	Pense	nisso	quando	for	tomar	
 suas próprias decisões nesse campo.


                                    11
                         Cartilha álcool e jovens
Aqueles que começam a beber ainda jovens percebem
que,	depois	de	alguns	drinques,	em	geral,	fica-se	mais	relaxado	
e	alegre.	A	partir	dessa	descoberta,	é	natural	que	se	pense	que	
quanto	mais	se	beber,	mais	relaxada	e	mais	alegre	uma	pessoa	
vai	ficar.

	      No	 entanto,	 não	 é	 isso	 que	 acontece.	 O	 álcool	 é	 uma	
substância	que	não	obedece	à	lógica	simples	de	“quanto	mais	
melhor”.

	      Os	 efeitos	 das	 bebidas	 alcoólicas	 acontecem	 em	 duas	
fases.	Na	primeira	delas	o	álcool	age	como	um	estimulante,	e	
deixa	a	pessoa	mais	eufórica	e	desinibida,	mas	à	medida	que	
as doses vão aumentando e o tempo vai correndo, passa-se à
segunda	fase,	na	qual	começam	a	surgir	os	efeitos	depressores	
do álcool levando à diminuição da coordenação motora, dos re-
flexos	e	deixando	a	pessoa	sonolenta.

	      Isso	 significa	 que,	 enquanto	 nossa	 alcoolemia	 está	 su-
bindo,	ainda	no	primeiro	ou	segundo	copo	de	bebida,	o	álcool	é	
uma	droga	que	nos	faz	sentir	cheios	de	energia,	com	sensação	
de	poder	e	alegria.	No	entanto,	conforme	o	tempo	passa,	o	álco-
ol	provoca	exaustão	e	sono.




                                  12
                     Série: Por Dentro do Assunto
Vale lembrar ainda que, quanto mais se beber, maior será
o cansaço. Quanto mais alta a concentração de álcool no san-
gue	(chamada	de	alcoolemia),	mais	a	bebida	atua	como	depres-
sora	 e	 não	 como	 estimulante.	 Neste	 caso,	 portanto,	 agir	 com	
moderação	é	menos	arriscado	e	mais	divertido.




Teor alcoólico

          As bebidas variam quanto à quantidade de álcool puro
   que	contêm.	Veja	abaixo	o	teor	alcoólico	aproximado	de	cada	
   tipo de bebida:



      •	 Cerveja	e	chope	-	4%	a	6%
      •	 Vinho	-	12%
      •	 Licores	-	15%	a	30%
      •	 Destilados
         (pinga,	vodka,conhaque,	whisky)	-	45%	a	50%



          Mas não se iluda: mesmo tendo menor teor alcoólico, se
   você beber muito pode ficar embriagado.




                                    13
                         Cartilha álcool e jovens
14
Série: Por Dentro do Assunto
Miopia Alcoólica
	      O	míope	é	aquele	que	consegue	enxergar	muito	bem	de	
perto,	mas	tem	dificuldade	de	enxergar	de	longe.

	      O	 termo	 miopia	 alcoólica	 foi	 criado	 exatamente	 para	
descrever	os	efeitos	do	álcool	no	raciocínio	ou	no	processo	de	
aprendizagem	de	quem	bebe:	sob	efeito	do	álcool,	as	pessoas	
tendem	 a	 enxergar	 muito	 bem	 a	 realidade	 imediata,	 mas	 têm	
muita	dificuldade	de	enxergar	longe,	ou	seja,	de	antecipar	con-
sequências	futuras	de	suas	reações	no	presente.

	      Sob	 efeito	 de	 bebidas	 alcoólicas,	 muitos	 respondem	 a	
uma	provocação	com	agressão	física,	ou	acabam	brigando,	com	
resultados	muitas	vezes	trágicos.	Nesses	casos,	a	“miopia	alco-
ólica”	 prevaleceu	 e	 a	 única	 coisa	 que	 pareceu	 importante,	 na-
quele	momento,	foi	aliviar	a	raiva	e	liberar	a	agressividade,	sem	
medir	as	consequências	futuras	desse	ato	(em	geral,	a	pessoa	
embriagada	se	envolve	em	brigas	e	acaba	sendo	a	maior	vítima,	
pois	a	bebida	prejudica	a	agilidade	de	resposta	e	a	coordenação	
motora,	 habilidades	 essenciais	 para	 uma	 pessoa	 ter	 sucesso	
numa	situação	de	enfrentamento	físico).

	      A	“miopia	alcoólica”	explica	também	muitas	relações	se-
xuais	sem	proteção	para	prevenir	a	gravidez	ou	doenças	sexu-
almente	transmissíveis.	Sob	efeito	de	bebidas,	a	realidade	ime-
diata	da	atração	física	predomina	e	as	consequências	futuras	de	
uma	gravidez	indesejada	ou	contaminação	de	doenças	não	são	
processadas	mentalmente	como	algo	significativo.

                                    15
                         Cartilha álcool e jovens
16
Série: Por Dentro do Assunto
Álcool e expectativas
	     A	maioria	das	pessoas	acredita	que	os	efeitos	do	álcool	
são	resultado	exclusivo	de	suas	propriedades	químicas.

	     De	fato,	não	há	nenhuma	dúvida	de	que	o	álcool	age	dire-
tamente sobre nossa coordenação motora e rapidez de reação a
estímulos, prejudicando ambas.

	     Tudo	fica	bem	mais	polêmico,	no	entanto,	quando	o	as-
sunto	é	o	efeito	do	álcool	no	nosso	comportamento	social	e	no	
nosso	estado	de	humor.

        Estudos conduzidos com jovens, na Universidade de Ru-
tgers	 e	 na	 Universidade	 de	 Washington,	 ambas	 nos	 Estados	
Unidos,	sugerem	que	muitas	das	alterações	vivenciadas	sob	o	
efeito	 do	 álcool	 são	 resultado	 mais	 de	 nossas	 mentes	 do	 que	
das	propriedades	farmacológicas	das	bebidas.

	      Esses	 estudos	 repetidos,	 várias	 vezes,	 por	 diferentes	
cientistas, com jovens voluntários, obtiveram sempre os mes-
mos resultados.

	      VEJA	COMO	SÃO	FEITOS	OS	ESTUDOS	(essa	é	uma	
descrição	simulada,	para	ajudar	o	entendimento):

   •	 Estudantes universitários são convidados para participar
      de	uma	festa,	onde	tudo	que	eles	têm	que	fazer	é	conver-
      sar,	tomar	cerveja,	refrigerante	e	ouvir	música.

   •	 Explica-se	claramente	a	esses	jovens	que	o	propósito	da	
      festa	 é	 estudar	 o	 comportamento	 das	 pessoas	 sob	 efei-

                                    17
                         Cartilha álcool e jovens
to de álcool, e que eles devem se comportar da maneira
      mais natural possível. Todos assinam um documento di-
      zendo	que	estão	conscientes	de	que	fazem	parte	de	uma	
      pesquisa e de que irão ser servidos com bebidas alcoóli-
      cas e não alcoólicas.

   •	 A	festa	começa.

   •	 Depois	de	cerca	de	duas	horas	regadas	a	muita	cerveja,	
      muitos	já	estão	falando	bem	mais	alto	do	que	costumam	
      falar,	rindo	à	toa,	um	mais	“saidinho”	está	dançando	em	
      cima da mesa, muita paquera rolando.

   •	 Depois	de	duas	horas	e	meia,	os	cientistas	interrompem	a	
      festa	e	fazem	uma	discussão	em	grupo	com	os	estudan-
      tes.	 Antes	 disso	 revelam	 aquilo	 que	 ninguém	 esperava:	
      metade dos participantes bebeu cerveja sem álcool, em-
      bora	 todos	 achassem	 que	 estivessem	 bebendo	 cerveja	
      com álcool.

   •	 Os	cientistas	convidam	os	participantes	a	tentar	adivinhar	
      quem tomou álcool de verdade e aqueles que não toma-
      ram. Invariavelmente, os resultados têm se repetido: nin-
      guém	consegue	identificar	os	que	beberam	e	os	que	não	
      beberam álcool, estavam todos se comportando de modo
      semelhante,	pelo	simples	motivo	de	que	acreditavam ter
      tomado álcool.


      Esses estudos são uma boa maneira de documentar que
nem	toda	a	mágica	está	na	garrafa.	Muito	está	na	nossa	cabeça,	

                                 18
                    Série: Por Dentro do Assunto
na	nossa	capacidade	de	relaxar	só	porque	estamos	numa	situa-
ção	propícia.	Considere	isso	quando	achar	que	a	única	maneira	
de	se	divertir	é	com	bebida	na	“cabeça”.


Por que as pessoas bebem?
          Há muitos motivos para beber. É praticamente impossí-
  vel	responder	a	essa	questão:	bebe-se	para	ficar	alegre,	para	
  esquecer, para comemorar, para matar a sede. O álcool contido
  nas	 bebidas	 é	 a	 droga	 psicoativa	 mais	 consumida	 no	 mundo,	
  um produto milenar e tradicional, presente em praticamente to-
  das	as	sociedades	contemporâneas.

  	       Mas	a	decisão	de	beber	não	é	só	uma	escolha	individu-
  al. Por trás da nossa vontade de matar a sede com uma cerve-
  jinha,	comemorar	a	vitória	do	nosso	time	com	chope,	oferecer	
  vinho	 ou	 aperitivo	 para	 a	 namorada,	 estamos,	 consciente	 ou	
  inconscientemente,	fazendo	o	que	a	propaganda	sugere.

  	       Todos	 os	 anos,	 somos	 inundados	 por	 propagandas	 di-
  retas	ou	indiretas	(cenas	de	novela,	filmes,	marcas	usadas	por	
  esportistas)	 para	 que	 o	 nosso	 gesto	 de	 abrir	 uma	 latinha	 de	
  cerveja	seja	repetido	o	mais	frequentemente	possível.

  	       A	influência	do	marketing	tem	sido	importante	fator	para	o	
  aumento	da	ingestão	de	bebidas	no	nosso	País.	O	consumo	per	
  capita	de	álcool	cresceu	154,8%,	entre	1961	e	2000,	situando	o	
  Brasil	entre	os	25	países	do	mundo	que	mais	aumentaram	o	con-
  sumo	de	bebidas	durante	esse	período	(dados	da	OMS,	2000).


                                     19
                          Cartilha álcool e jovens
20
Série: Por Dentro do Assunto
Chuveiro gelado e café amargo
	     A	única	maneira	de	curar	embriaguez	é	esperar	o	álcool	
ser	metabolizado	pelo	nosso	corpo.	Não	há	outra	forma,	nunca	
houve,	independente	do	que	você	já	ouviu	falar	por	aí.

	     Em	média,	cada	dose	de	álcool	ingerida	demora	um	pou-
quinho	mais	de	uma	hora	para	ser	totalmente	metabolizada	pelo	
corpo	de	um	homem	sadio,	de	cerca	de	1,70	m	de	altura	e	70	
kg	de	peso.	Este	tempo	pode	variar,	dependendo	do	peso	e	do	
sexo	da	pessoa.

	     Alguém	que	tomou	2	caipirinhas,	3	copos	de	cerveja	e	um	
chope,	precisará	de	seis	horas	para	ficar	totalmente	sóbrio.




                                  21
                       Cartilha álcool e jovens
O que é uma dose?

	      Cada	bebida	contém	uma	quantidade	diferente	de	álcool.	
Numa	 dose	 de	 pinga,	 por	 exemplo,	 quase	 a	 metade	 é	 álcool.	
Mas mesmo a cerveja, tendo menor quantidade de álcool em um
copo,	se	a	pessoa	bebe	muitos	copos,	poderá	ficar	alcoolizada.	
Veja	ao	lado	as	quantidades	de	alguns	tipos	de	bebida	que	con-
têm	uma	dose-padrão	de	álcool,	ou	seja,	aproximadamente	17	
ml de álcool puro:




                                  22
                     Série: Por Dentro do Assunto
40	ml	de	         140	ml	            85	ml	de	        340	ml	de	
 vodka,	     =   de	vinho	     =     Vinho	do	   =     cerveja
whisky	ou	       de mesa             Porto ou        ou	chope	=	
  pinga                               licores           1 lata




                              23
                   Cartilha álcool e jovens
Quando o assunto é bebida,
           mulher é mesmo o sexo frágil
                      As	mulheres	absorvem	o	álcool	conti-
                      do	nas	bebidas	de	forma	diferente	dos	
                      homens	 e	 ficam	 intoxicadas	 (alcooli-
                      zadas)	 muito	 mais	 facilmente.	 Numa	
                      situação	de	grupo,	com	homens	e	mu-
                      lheres	bebendo,	é	importante	que	as	
                      mulheres	 prestem	 atenção,	 não	 sim-
                      plesmente	“acompanhem”	os	homens	
                      mas procurem encontrar seu próprio
                      ritmo	(que	muitas	vezes	consiste	em	
                      simplesmente tomar um delicioso
                      suco	 de	 fruta	 ou	 um	 refrigerante,	 in-
                      tercalado	entre	a	doses	de	álcool).




                      Por que isso acontece?
•	 Os	homens,	em	geral,	pesam	bem	mais	que	as	mulheres.	
  Enquanto	um	jovem	do	sexo	masculino	pesa	em	média	75	
  kg,	uma	jovem	pesa	em	torno	de	55	kg.

•	 Em	média,	a	proporção	de	água	corporal	de	um	homem	
  (55-65%)	é	maior	que	a	de	uma	mulher	(45-55%).	Quanto	
  mais	água	corporal,	maior	a	diluição	do	álcool.

                            24
               Série: Por Dentro do Assunto
•	 Os	níveis	de	uma	enzima	do	estômago	que	auxilia	no	me-
    tabolismo	do	álcool	(desidrogenase	do	álcool)	são	de	70%	
    a	80%	mais	elevados	nos	homens	do	que	nas	mulheres.	
    Isso	faz	com	que	as	mulheres	sejam	muito	mais	vulnerá-
    veis	do	que	os	homens	a	desenvolver	cirrose	hepática	e	a	
    ficarem	perturbadas	cognitivamente	com	o	álcool.

 •	 As	alterações	hormonais	também	afetam	o	nível	de	álcool	no	
    sangue	(alcoolemia).	Estudos	mostraram	que	as	mulheres	fi-
    cam	intoxicadas	por	tempo	mais	longo	no	período	que	vai	de	
    uma semana antes da menstruação a uma semana depois do
    seu início.

Dieta e Álcool. Você sabia que:

   •	 um	 copo	 de	 caipirinha	 representa	 cerca	 de	 10%	 da	
      quantidade	 de	 calorias	 que	 uma	 mulher	 jovem	 precisa	
      para	 se	 manter	 durante	 um	 dia.	 Um	 copo	 de	 caipirinha	
      tem	 250	 calorias,	 ou	 seja,	 mais	 do	 que	 um	 pãozinho	
      francês	(135	cal)	ou	dois	ovos	fritos	(110	calorias	cada).
   •	 uma	garrafa	de	cerveja	tem	300	calorias,	ou	o	equivalente	
      a	 uma	 refeição	 completa.	 Com	 300	 calorias	 você	 pode	
      compor	um	almoço	com	uma	porção	de	arroz,	feijão,	salada	
      verde	e	100	gramas	de	peixe	cozido.
   •	 um	 cálice	 de	 vinho	 branco	 seco,	 uma	 das	 bebidas	
      alcoólicas que tem menos calorias, tem quantidade
      equivalente	 a	 de	 um	 prato	 de	 sopa.	 Um	 copo	 de	 vinho	
      branco	 tem	 85	 calorias	 e	 um	 prato	 de	 sopa	 caseira	 de	
      vegetais	(160	g)	tem	72	calorias.



                                  25
                       Cartilha álcool e jovens
Como diminuir suas chances de
prejudicar a si mesmo e aos outros:
algumas dicas
	     Não	 há	 modo	 de	 transformar	 o	 uso	 de	 bebida	 alcoólica	
    em	 um	 comportamento	 sem	 nenhum	 risco.	 O	 melhor	 e	 o	
                mais	saudável	é	não	tomar	bebidas	alcoólicas	e	
                   desenvolver	 modos	 alternativos	 de	 relaxar,	
                            namorar, celebrar situações, lidar
                                  com o estresse ou mesmo redu-
                                    zir o consumo a poucas e con-
                                       troladas	 situações.	 Tenha	
                                          sempre em mente que
                                            uma	 grande	 proporção	
                                            de jovens e adultos não
                                            bebem e, nem por isso,
                                            suas vidas são menos
                                           agradáveis	 ou	 mais	 es-
                                         tressantes do que a da-
                                     queles que tomam bebidas
                                alcoólicas.

      Mas caso sua decisão seja beber, mesmo que só por um
período	da	sua	vida,	aqui	vão	algumas	orientações	de	como	di-
minuir os riscos e possibilidades de que você prejudique a si
próprio(a)	e	aos	outros:

                                 26
                    Série: Por Dentro do Assunto
•	 Beber	devagar,	sem	pressa.

•	 Beber pouco, moderadamente.

•	 Alternar bebidas alcoólicas com bebidas não alcoólicas
   como	sucos	ou	água.

•	 Comer	 uma	 refeição	 antes	 e	 durante	 os	 momentos	 em	
   que você está bebendo para diminuir a velocidade de ab-
   sorção do álcool.

•	 Antes	 de	 ir	 para	 uma	 festa	 ou	 barzinho,	 decida	 de	 an-
   temão	o	quanto	vai	querer	beber,	escolhendo	uma	dose	
   moderada para você. Embora possa parecer tolice, al-
   guns	estudos	têm	mostrado	que	esse	planejamento	vale	à	
   pena.	Pode	poupá-lo	de	passar	o	resto	do	fim	de	semana	
   com ressaca ou evitar que você se envolva numa situação
   que	não	queria	e	da	qual	não	conseguiu	se	livrar	porque	
   bebeu	demais	e	não	sabia	bem	o	que	estava	fazendo.

•	 Planeje	de	antemão	como	você	vai	fazer	para	voltar	para	
   casa,	 caso	 vá	 sair	 e	 beber.	 NUNCA	 dirija	 sob	 efeito	 de	
   bebidas	alcoólicas,	mesmo	que	você	ache	que	está	bem.	
   Caminhar	 em	 ruas	 de	 grande	 movimento,	 ou	 escuras,	
   também	 não	 é	 uma	 boa	 idéia,	 assim	 como	 resolver	 dar	
   um	 mergulho	 na	 praia	 ou	 na	 piscina.	 Você	 viu	 nos	 qua-
   dros	do	início	desta	cartilha	quanta	gente	leva	a	pior	ao	
   combinar álcool com essas atividades.

                                  27
                       Cartilha álcool e jovens
28
Série: Por Dentro do Assunto
Alcoolismo

 O que é

 Um	quadro	de	saúde	que	os	médicos	chamam	de	Síndrome	de	
 Dependência	 do	 Álcool	 e	 que	 atinge	 uma	 pequena	 proporção	
 daqueles que bebem.


 Como identificar

 Com	algumas	variações,	o	alcoolismo	é	caracterizado	por:
    •	 Compulsão	(necessidade	forte	ou	desejo	incontrolável	de	
       beber)
    •	 Perda	 de	 controle	 (incapacidade	 frequente	 de	 parar	 de	
       beber,	uma	vez	que	já	começou)
    •	 Tolerância	 (necessidade	 de	 aumentar	 a	 quantidade	 de	
       álcool	para	sentir	os	mesmos	efeitos)
    •	 Persistência do uso mesmo sabendo que ele está
       causando problemas
    •	 Sintomas	 de	 abstinência	 (ocorrência	 de	 náusea,	 suor,	
       tremores, ansiedade, quando o indivíduo interrompe o
       uso	da	bebida)




                                   29
                        Cartilha álcool e jovens
30
Série: Por Dentro do Assunto
Alcoolemia: o que é isso?
 	       A	 lei	 11.705/2008,	 popularmente	 conhecida	 como	 “Lei	
 Seca”,	alterou	alguns	dispositivos	do	Código	de	Trânsito	Brasileiro,	
 impondo	penalidades	mais	severas	para	o	condutor	que	dirigir	sob	
 a	influência	de	álcool.

          O motorista que tiver qualquer concentração de álcool
 por	litro	de	sangue	estará	sujeito	às	penalidades	administrativas,	
 como: multa, apreensão do veículo e suspensão do direito de diri-
 gir	por	doze	meses	(art.	165	da	Lei	9503/1997).	

 	      O	 motorista	 que	 apresentar	 concentração	 de	 álcool	 igual	
 ou	superior	a	0,6	g/L	de	sangue,	sofrerá	pena	de	detenção	de	seis	
 meses	a	três	anos,	além	das	penalidades	administrativas.

 	      Mas	 como	 alguém	 vai	 saber	 qual	 é	 o	 seu	 teor	 alcoólico	
 antes	de	dirigir?

         É complicado.

 	      A	 alcoolemia,	 ou	 teor	 de	 álcool	 no	 sangue,	 varia	 depen-
 dendo	da	altura,	peso	e	sexo	de	quem	bebeu.	Uma	lata	de	cer-
 veja	pode	significar	risco	de	acidente	e	multa	para	uma	pessoa	e	
 não muito problema para outra.

 	      A	maneira	mais	precisa	de	conhecermos	nossa	alcoolemia	
 é	por	meio	de	exames	de	sangue	laboratoriais,	que	são	usados	
 como	 peças	 legais	 para	 processos	 contra	 motoristas	 embriaga-
 dos.	Outra	forma	é	por	meio	dos	popularmente	chamados	bafô-
 metros,	que	são	os	etilômetros,	usados	pela	Polícia	para	verificar	
 a	concentração	de	álcool	por	litro	de	ar	expelido	dos	pulmões.

 	       Também	podem	ser	usados	bafômetros	descartáveis	e	tabe-
 las	de	cálculos	que,	em	geral,	incorporam	informações	sobre	o	número	
 de	horas	que	a	pessoa	precisa	para	metabolizar	as	bebidas	ingeridas.


                                     31
                          Cartilha álcool e jovens
Palavras finais
	     Esta	cartilha	procurou	explicar	os	vários	aspectos	envol-
vidos no consumo de bebidas alcoólicas, trazendo dados nem
sempre	disponíveis	em	outras	fontes.

	     Esperamos	que,	de	posse	dessas	informações,	seja	pos-
sível	entender	melhor	as	consequências	de	suas	decisões	e,	so-
bretudo, assumir a responsabilidade pelas ações relacionadas
ao consumo de álcool.




                                32
                   Série: Por Dentro do Assunto
Recursos comunitários

	       Apresentamos,	 abaixo,	 algumas	 indicações	 de	 institui-
ções	públicas,	privadas	e	órgãos	não-governamentais	das	quais	
você	poderá	dispor	na	sua	cidade	ou	região	caso	queira	obter	
maiores	informações	sobre	o	assunto	abordado	nesta	cartilha.


Secretaria Nacional de
Políticas Sobre Drogas - SENAD
    •   SENAD
        Esplanada	dos	Ministérios	Bloco	“A”	-	5º	Andar
        Brasília	-	DF.	CEP:70.050-907
        www.senad.gov.br

    •   Central de Atendimento VIVA VOZ
        0800	510	0015
        http://psicoativas.ufcspa.edu.br/vivavoz/index.php

    •   Observatório Brasileiro de Informações
        Sobre Drogas - OBID
        www.obid.senad.gov.br

        No	 Observatório	 Brasileiro	 de	 informações	 sobre	 Drogas	
(OBID)	 você	 vai	 encontrar	 muitas	 informações	 importantes:	 contatos	
de	 locais	 para	 tratamento	 em	 todo	 o	 país,	 instituições	 que	 fazem	
prevenção,	 grupos	 de	 ajuda-mútua	 e	 outros	 recursos	 comunitários.	
São	 disponibilizadas,	 ainda,	 informações	 atualizadas	 sobre	 drogas,	
cursos, palestras e eventos.

                                      33
                           Cartilha álcool e jovens
Dentro	 do	 OBID,	 há	 	 dois	 sites	 específicos	 voltados	 para	 os	
jovens: Mundo Jovem e Jovem sem Tabaco,	além	de		uma	relação	
de links para outros sites	que	irão	ampliar	o	seu	conhecimento.		

   •   Mundo Jovem
       www.obid.senad.gov.br/portais/mundojovem

   •   Jovem sem Tabaco
       www.obid.senad.gov.br/portais/jovemsemtabaco


Outras Referências
   •   Ministério da Saúde
       www.saude.gov.br
       Disque	Saúde:	0800	61	1997

   •   Centros de Atenção Psicossocial - CAPS
       www.saude.gov.br
       Disque	Saúde:	0800	61	1997

   •   Programa Nacional de DST e AIDS
       www.aids.gov.br

   •   Secretaria Nacional da Juventude- SNJ
       Contatos: juventudenacional@planalto.gov.br
       Tel.:	(61)	3411-	1160

   •   Conselhos Estaduais sobre Drogas
       Para	saber	o	endereço	dos	Conselhos	do	seu	estado	consulte	
       o site: www.obid.senad.gov.br

   •   Conselhos Municipais sobre Drogas
       Para	saber	o	endereço	dos	Conselhos	do	seu	município	
       consulte o site: www.obid.senad.gov.br


                                    34
                       Série: Por Dentro do Assunto
•   Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do
     Adolescente - CONANDA, Conselho Estadual dos Direitos
     da Criança e do Adolescente - CEDCA, Conselho Municipal
     dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA
     www.presidencia.gov.br/sedh




Grupos de auto-ajuda
 •   Alcoólicos Anônimos - AA
     www.alcoolicosanonimos.org.br
     Central	de	Atendimento	24	horas:	(11)	3315	9333
     Caixa	Postal	580	CEP	01060-970	-	São	Paulo

 •   AL-ANON E ALATEEN	(Para	familiares	e	amigos	de	
     alcoólicos)
     www.al-anon.org.br

 •   Amor-exigente (Para	pais	e	familiares	de	usuários	de	drogas)
     www.amorexigente.org.br

 •   Grupos Familiares - NAR - ANON	(Grupos	para	familiares	e	
     amigos	de	usuários	de	drogas)
     www.naranon.org.br

 •   Narcóticos Anônimos - NA
     www.na.org.br

 •   Associação Brasileira de Terapia Comunitária -
     ABRATECOM
     www.abratecom.org.br

 •   Pastoral da Sobriedade
     www.sobriedade.org.br

                                  35
                       Cartilha álcool e jovens
Leituras que ajudam
Série de publicações disponibilizadas pela Senad:
As	 publicações	 listadas	 abaixo	 são	 distribuídas	 gratuitamente	 e	
enviadas	 pelos	 Correios.	 Podem	 ser	 solicitadas	 no	 site	 da	 SENAD	
(www.senad.gov.br)	 ou	 pelo	 telefone	 do	 serviço	 VIVA	 VOZ.	 Estão	
também	disponíveis	no	portal	do	OBID	(www.obid.senad.gov.br)	para	
download.

   •   Cartilhas da Série Por Dentro do Assunto.
       Secretaria	Nacional	de	Políticas	sobre	Drogas,	2010

   •   Glossário de Álcool e Drogas.
       Secretaria	Nacional	de	Políticas	sobre	Drogas,	2010

   •   Livreto Informativo sobre Drogas Psicotrópicas.
       Leitura	recomendada	para	alunos	a	partir	do	7º	ano	do	ensino	
       fundamental.	Secretaria	Nacional	de	Políticas	sobre	Drogas	
       -	SENAD	e	Centro	Brasileiro	de	Informações	sobre	Drogas	-	
       CEBRID,	2010



Outras referências de leituras
   •   123 Respostas Sobre Drogas -
       Coleção Diálogo na Sala de Aula.
       Içami	Tiba.	São	Paulo:	Editora	Scipione,	2003.

   •   Admirável Mundo Novo.
       Aldous	Huxley.	São	Paulo:	Globo,	2001.

   •   Adolescência e drogas.
       Ilana	Pinsky,	Marco	Antônio	Bessa	(orgs).	São	Paulo:	
       Contexto,	2004.

                                   36
                      Série: Por Dentro do Assunto
•   Anjos caídos - Como prevenir e eliminar as
    drogas na vida do adolescente.
    Içami	Tiba.	São	Paulo:	Gente,	1999.

•   A Saúde mental do jovem brasileiro.
    Bacy	Fleitlich-Bilyk,	Enio	Roberto	de	Andrade,	Sandra	
    Scivoletto,	Vanessa	Dentzien	Pinzon.	São	Paulo:	Edições	
    Inteligentes,	2004.

•   Cuidando da Pessoa com Problemas Relacionados com
    Álcool e Outras Drogas - Coleção Guia para Família. v. 1.
    Selma	de	Lourdes	Bordin;	Marine	Meyer;	Sérgio	Nicastri;	Ellen	
    Burd	Nisenbaum	e	Marcelo	Ribeiro.	São	Paulo:	Atheneu,	2004.

•   Desafio da convivência - Pais e Filhos.
    Lídia	Rosenberg	Aratangy.	São	Paulo:	Gente,	1998.

•   Depois Daquela Viagem: Diário de Bordo de uma Jovem
    que Aprendeu a Viver com Aids.
    Valeria	Piassa	Polizzi.	São	Paulo:	Ática,	2003.

•   Doces Venenos: Conversas e desconversas sobre drogas.
    Lídia	Rosenberg	Aratangy.	São	Paulo:	Olho	D’	Água,	1991.

•   Drogas - mitos e verdades.
    Beatriz	Carlini	Cotrim.	São	Paulo:	Ática,	1998.

•   Drogas, Prevenção e Tratamento - O que você queria saber
    sobre drogas e não tinha a quem perguntar.
    Daniela	Maluf	e	cols.	São	Paulo:	Cia	Editora,	2002.

•   Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída.
    Kai	Herman.	Rio	de	Janeiro:	Bertrand	Brasil,	2002.

•   Esmeralda - Por que não dancei.
    Esmeralda	do	Carmo	Ortiz.	São	Paulo:	Editora	Senac,	2001.

                                  37
                       Cartilha álcool e jovens
•   Liberdade é poder decidir.
     Maria	de	Lurdes	Zemel	e	Maria	Elisa	de	Lamboy.	
     São	Paulo:	FTD,	2000.

 •   O que é toxicomania.
     Jandira	Masur.	São	Paulo:	Brasiliense,	1986.

 •   O Vencedor.
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O QUE É O VIVAVOZ?
O	VIVAVOZ	é	uma	central	telefônica	de	orientações	e	informações	sobre	a	
prevenção	do	uso	indevido	de	drogas.	O	telefonema	é	gratuito	e	o	atendi-
mento	é	sigiloso.	A	pessoa	não	precisa	se	identificar.

É BOM FALAR COM QUEM ENTENDE
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ticas	sobre	Drogas	-	SENAD	e	a	Universidade	Federal	de	Ciências	de	Saúde	
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Cartilha alcool e jovens

  • 2. Alerta importante para você que é jovem e vai ler esta cartilha O Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA - proíbe a venda de qualquer tipo de bebida alcoólica para menores de 18 anos. Portanto, fique esperto! Se alguém lhe oferecer, mesmo que gratuitamente, qualquer bebida alcoólica, NÃO ACEITE! Essa pessoa estará cometendo um crime. É bom lembrar que o uso do álcool pode levar ao alcoolismo, uma doença grave que atinge 12,3% da população brasileira com idade entre 12 e 65 anos. Entre os jovens de 12 a 17 anos, a taxa de alcoolismo é de 7,0%. Considere que esta porcentagem representa 554.000 jovens com sérios problemas sociais e de saúde.
  • 4. Presidência da República Vice-Presidência da República Gabinete de Segurança Institucional e Conselho Nacional de Políticas sobre Drogas Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
  • 5. Presidência da República Gabinete de Segurança Institucional Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Drogas: Cartilha álcool e jovens 2ª edição Brasília, DF - 2010
  • 6. Secretária Adjunta e Responsável Técnica pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Paulina do Carmo Arruda Vieira Duarte Conteúdo e Texto original Copyright © 2010 Beatriz H. Carlini, MPH, PhD Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Adaptação para esta edição Disponível em: www.senad.gov.br Secretaria Nacional de Tiragem: 51.000 exemplares Políticas sobre Drogas Impresso no Brasil Projeto Gráfico Edição Lew Lara Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Ilustração Endereço para correspondência: Toninho Euzébio Esplanada dos Ministérios Bloco “A” - 5º Andar Diagramação Brasília - DF Ponto Dois Design Gráfico CEP:70.050-907 Bruno Soares Dados internacionais de catalogação na publicação (CIP) B823d Brasil. Presidência da República. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas Drogas : cartilha álcool e jovens / Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. - Brasília : Presidência da República, Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010. 40 p. : il. - (Série Por dentro do assunto) Conteúdo e texto original de Beatriz H. Carlini. Adaptação para esta edição: Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas. 2ª edição 1.Álcool - prevenção. 2. Alcoolismo. 3. Jovens - orientação. 4. Miopia alcoólica. I. Carlini, Beatriz H. II. Título. III. Série. CDU 613.81-053.6
  • 7. Apresentação Os novos tempos de governo, marcados pela ênfase na participação social e na organização da sociedade, valori- zam a descentralização das ações relacionadas à prevenção do uso de drogas e à atenção e reinserção social de usuários e dependentes. No desenvolvimento de seu papel de coordenação e arti- culação de ações voltadas a esses temas, a Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas apresenta a Série “Por Dentro do As- sunto”, com o objetivo de socializar conhecimentos dirigidos a públicos específicos. Esta série, construída com base nas necessidades ex- pressas por múltiplos setores da população e em conhecimen- tos científicos atualizados, procura apresentar as questões de forma leve, informal e interativa com os leitores. A iniciativa é norteada pela crença de que o encaminha- mento dos temas de interesse social só será efetivo com a alian- ça entre as ações do poder público e a sabedoria e o empenho de cada pessoa e de cada comunidade. Acreditamos estar, dessa forma, contribuindo com a nossa parte. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas
  • 8. 6 Série: Por Dentro do Assunto
  • 9. Álcool e Jovens O que um jovem precisa saber para evitar problemas Cerveja, vinho, caipirinha, chope: elementos da vida co- tidiana de muita gente. Essas bebidas ajudam a celebrar datas festivas, a selar compromissos, a completar refeições nos fins de semana, alegrar festas, “criar um clima”. São a desculpa para encontrar os amigos num barzinho, depois do cinema, ou mes- mo só para conversar. Mas, se bebida traz momentos bons e alegria, não é no- vidade para ninguém que pode trazer muito sofrimento também. Acidentes de carro, atropelamentos, quedas, violência familiar e nas ruas, além de uma série de problemas de saúde são resul- tado do consumo abusivo de bebidas. Bebe-se demais, no lugar errado, na hora errada, com a companhia errada. E não estamos falando aqui de alcoolismo, não! Estamos falando de qualquer pessoa que bebe, com qual- quer idade, que pode acabar se dando mal simplesmente por ter bebido numa situação indevida. Essa cartilha discute o uso de bebidas alcoólicas para informar os jovens, ajudando a desfazer mitos, oferecendo dicas e fazendo algumas sugestões sobre maneiras de diminuir os riscos associados ao consumo de álcool. 7 Cartilha álcool e jovens
  • 10. 8 Série: Por Dentro do Assunto
  • 11. Álcool, acidentes e violência Um estudo conduzido no Instituto Médico Legal de São Paulo, em 1994, analisou os laudos de todas as pessoas que morreram por acidentes ou violência na Região Metropolitana de São Paulo. Constatou que • 52% das vítimas de homicídio, • 64% daqueles que morreram afogados e • 51% dos que faleceram em acidentes de trânsito apresentaram álcool na corrente sanguínea em níveis mais ele- vados do que o permitido na época, por lei, para dirigir veículos (0,6 gramas de álcool por litro no sangue). Um outro estudo, em Curitiba, encontrou fortes evidên- cias de que 58,9% dos autores dos crimes e 53,6% das vítimas de 130 processos de homicídios, ocorridos entre 1990 e 1995 e julgados nos Tribunais de Júri da cidade, estavam sob efeito de bebida alcoólica no momento da ocorrência. Em Recife, durante o Carnaval de 1997, 88,2% das víti- mas fatais e 80,7% das vítimas não fatais de acidentes de trân- sito apresentaram exame positivo para intoxicação alcoólica. Estudos feitos em Pronto-Socorros em Brasília, Curitiba, Recife, Salvador, São Paulo e Campinas, por diferentes autores e instituições, também encontraram presença de álcool no san- gue de vítimas em porcentagens que variaram de 29 a 61%. 9 Cartilha álcool e jovens
  • 12. Efeitos do Álcool: mitos e realidade Nem sempre mais é melhor Nem todo jovem usa álcool, muitos nem mesmo experimentam. Mas uma proporção grande vai be- ber pela primeira vez nessa época da vida, mesmo que mais tarde, quando adultos, resolvam não to- mar bebidas alcoólicas, exceto em ocasiões especiais. 10 Série: Por Dentro do Assunto
  • 13. Será que eu sou o(a) único(a) que não bebe? Se levarmos em conta o que as novelas, propagandas de bebidas e filmes nos dizem, todo mundo, jovem e adulto, costuma beber. Mas, quando pesquisadores indagam diretamente à po- pulação, e fazem estatísticas de consumo, a realidade revelada é diferente. Um estudo conduzido em 2005 envolvendo as 108 maio- res cidades do Brasil (CEBRID, 2007) aponta que, entre 12 e 17 anos, 47% dos meninos e 49% das meninas nunca experimen- taram bebidas alcoólicas. Um outro estudo lançado em 2007 (I Levantamento Nacional sobre os Padrões de consumo de álco- ol na População Brasileira) mostra que 66% dos adolescentes com idade entre 14 e 17 anos nunca beberam ou bebem menos de uma vez por ano. No caso dos adultos acima de 18 anos, o I Levantamen- to Nacional sobre os Padrões de consumo de Álcool na Popu- lação Brasileira (2007) indica que 48% dos pesquisados são abstinentes, ou seja, nunca bebeu ou bebeu menos de uma vez por ano. Optar por abster-se de bebidas alcoólicas, ou por beber apenas moderadamente, em ocasiões especiais, é uma deci- são saudável e bastante comum. Pense nisso quando for tomar suas próprias decisões nesse campo. 11 Cartilha álcool e jovens
  • 14. Aqueles que começam a beber ainda jovens percebem que, depois de alguns drinques, em geral, fica-se mais relaxado e alegre. A partir dessa descoberta, é natural que se pense que quanto mais se beber, mais relaxada e mais alegre uma pessoa vai ficar. No entanto, não é isso que acontece. O álcool é uma substância que não obedece à lógica simples de “quanto mais melhor”. Os efeitos das bebidas alcoólicas acontecem em duas fases. Na primeira delas o álcool age como um estimulante, e deixa a pessoa mais eufórica e desinibida, mas à medida que as doses vão aumentando e o tempo vai correndo, passa-se à segunda fase, na qual começam a surgir os efeitos depressores do álcool levando à diminuição da coordenação motora, dos re- flexos e deixando a pessoa sonolenta. Isso significa que, enquanto nossa alcoolemia está su- bindo, ainda no primeiro ou segundo copo de bebida, o álcool é uma droga que nos faz sentir cheios de energia, com sensação de poder e alegria. No entanto, conforme o tempo passa, o álco- ol provoca exaustão e sono. 12 Série: Por Dentro do Assunto
  • 15. Vale lembrar ainda que, quanto mais se beber, maior será o cansaço. Quanto mais alta a concentração de álcool no san- gue (chamada de alcoolemia), mais a bebida atua como depres- sora e não como estimulante. Neste caso, portanto, agir com moderação é menos arriscado e mais divertido. Teor alcoólico As bebidas variam quanto à quantidade de álcool puro que contêm. Veja abaixo o teor alcoólico aproximado de cada tipo de bebida: • Cerveja e chope - 4% a 6% • Vinho - 12% • Licores - 15% a 30% • Destilados (pinga, vodka,conhaque, whisky) - 45% a 50% Mas não se iluda: mesmo tendo menor teor alcoólico, se você beber muito pode ficar embriagado. 13 Cartilha álcool e jovens
  • 16. 14 Série: Por Dentro do Assunto
  • 17. Miopia Alcoólica O míope é aquele que consegue enxergar muito bem de perto, mas tem dificuldade de enxergar de longe. O termo miopia alcoólica foi criado exatamente para descrever os efeitos do álcool no raciocínio ou no processo de aprendizagem de quem bebe: sob efeito do álcool, as pessoas tendem a enxergar muito bem a realidade imediata, mas têm muita dificuldade de enxergar longe, ou seja, de antecipar con- sequências futuras de suas reações no presente. Sob efeito de bebidas alcoólicas, muitos respondem a uma provocação com agressão física, ou acabam brigando, com resultados muitas vezes trágicos. Nesses casos, a “miopia alco- ólica” prevaleceu e a única coisa que pareceu importante, na- quele momento, foi aliviar a raiva e liberar a agressividade, sem medir as consequências futuras desse ato (em geral, a pessoa embriagada se envolve em brigas e acaba sendo a maior vítima, pois a bebida prejudica a agilidade de resposta e a coordenação motora, habilidades essenciais para uma pessoa ter sucesso numa situação de enfrentamento físico). A “miopia alcoólica” explica também muitas relações se- xuais sem proteção para prevenir a gravidez ou doenças sexu- almente transmissíveis. Sob efeito de bebidas, a realidade ime- diata da atração física predomina e as consequências futuras de uma gravidez indesejada ou contaminação de doenças não são processadas mentalmente como algo significativo. 15 Cartilha álcool e jovens
  • 18. 16 Série: Por Dentro do Assunto
  • 19. Álcool e expectativas A maioria das pessoas acredita que os efeitos do álcool são resultado exclusivo de suas propriedades químicas. De fato, não há nenhuma dúvida de que o álcool age dire- tamente sobre nossa coordenação motora e rapidez de reação a estímulos, prejudicando ambas. Tudo fica bem mais polêmico, no entanto, quando o as- sunto é o efeito do álcool no nosso comportamento social e no nosso estado de humor. Estudos conduzidos com jovens, na Universidade de Ru- tgers e na Universidade de Washington, ambas nos Estados Unidos, sugerem que muitas das alterações vivenciadas sob o efeito do álcool são resultado mais de nossas mentes do que das propriedades farmacológicas das bebidas. Esses estudos repetidos, várias vezes, por diferentes cientistas, com jovens voluntários, obtiveram sempre os mes- mos resultados. VEJA COMO SÃO FEITOS OS ESTUDOS (essa é uma descrição simulada, para ajudar o entendimento): • Estudantes universitários são convidados para participar de uma festa, onde tudo que eles têm que fazer é conver- sar, tomar cerveja, refrigerante e ouvir música. • Explica-se claramente a esses jovens que o propósito da festa é estudar o comportamento das pessoas sob efei- 17 Cartilha álcool e jovens
  • 20. to de álcool, e que eles devem se comportar da maneira mais natural possível. Todos assinam um documento di- zendo que estão conscientes de que fazem parte de uma pesquisa e de que irão ser servidos com bebidas alcoóli- cas e não alcoólicas. • A festa começa. • Depois de cerca de duas horas regadas a muita cerveja, muitos já estão falando bem mais alto do que costumam falar, rindo à toa, um mais “saidinho” está dançando em cima da mesa, muita paquera rolando. • Depois de duas horas e meia, os cientistas interrompem a festa e fazem uma discussão em grupo com os estudan- tes. Antes disso revelam aquilo que ninguém esperava: metade dos participantes bebeu cerveja sem álcool, em- bora todos achassem que estivessem bebendo cerveja com álcool. • Os cientistas convidam os participantes a tentar adivinhar quem tomou álcool de verdade e aqueles que não toma- ram. Invariavelmente, os resultados têm se repetido: nin- guém consegue identificar os que beberam e os que não beberam álcool, estavam todos se comportando de modo semelhante, pelo simples motivo de que acreditavam ter tomado álcool. Esses estudos são uma boa maneira de documentar que nem toda a mágica está na garrafa. Muito está na nossa cabeça, 18 Série: Por Dentro do Assunto
  • 21. na nossa capacidade de relaxar só porque estamos numa situa- ção propícia. Considere isso quando achar que a única maneira de se divertir é com bebida na “cabeça”. Por que as pessoas bebem? Há muitos motivos para beber. É praticamente impossí- vel responder a essa questão: bebe-se para ficar alegre, para esquecer, para comemorar, para matar a sede. O álcool contido nas bebidas é a droga psicoativa mais consumida no mundo, um produto milenar e tradicional, presente em praticamente to- das as sociedades contemporâneas. Mas a decisão de beber não é só uma escolha individu- al. Por trás da nossa vontade de matar a sede com uma cerve- jinha, comemorar a vitória do nosso time com chope, oferecer vinho ou aperitivo para a namorada, estamos, consciente ou inconscientemente, fazendo o que a propaganda sugere. Todos os anos, somos inundados por propagandas di- retas ou indiretas (cenas de novela, filmes, marcas usadas por esportistas) para que o nosso gesto de abrir uma latinha de cerveja seja repetido o mais frequentemente possível. A influência do marketing tem sido importante fator para o aumento da ingestão de bebidas no nosso País. O consumo per capita de álcool cresceu 154,8%, entre 1961 e 2000, situando o Brasil entre os 25 países do mundo que mais aumentaram o con- sumo de bebidas durante esse período (dados da OMS, 2000). 19 Cartilha álcool e jovens
  • 22. 20 Série: Por Dentro do Assunto
  • 23. Chuveiro gelado e café amargo A única maneira de curar embriaguez é esperar o álcool ser metabolizado pelo nosso corpo. Não há outra forma, nunca houve, independente do que você já ouviu falar por aí. Em média, cada dose de álcool ingerida demora um pou- quinho mais de uma hora para ser totalmente metabolizada pelo corpo de um homem sadio, de cerca de 1,70 m de altura e 70 kg de peso. Este tempo pode variar, dependendo do peso e do sexo da pessoa. Alguém que tomou 2 caipirinhas, 3 copos de cerveja e um chope, precisará de seis horas para ficar totalmente sóbrio. 21 Cartilha álcool e jovens
  • 24. O que é uma dose? Cada bebida contém uma quantidade diferente de álcool. Numa dose de pinga, por exemplo, quase a metade é álcool. Mas mesmo a cerveja, tendo menor quantidade de álcool em um copo, se a pessoa bebe muitos copos, poderá ficar alcoolizada. Veja ao lado as quantidades de alguns tipos de bebida que con- têm uma dose-padrão de álcool, ou seja, aproximadamente 17 ml de álcool puro: 22 Série: Por Dentro do Assunto
  • 25. 40 ml de 140 ml 85 ml de 340 ml de vodka, = de vinho = Vinho do = cerveja whisky ou de mesa Porto ou ou chope = pinga licores 1 lata 23 Cartilha álcool e jovens
  • 26. Quando o assunto é bebida, mulher é mesmo o sexo frágil As mulheres absorvem o álcool conti- do nas bebidas de forma diferente dos homens e ficam intoxicadas (alcooli- zadas) muito mais facilmente. Numa situação de grupo, com homens e mu- lheres bebendo, é importante que as mulheres prestem atenção, não sim- plesmente “acompanhem” os homens mas procurem encontrar seu próprio ritmo (que muitas vezes consiste em simplesmente tomar um delicioso suco de fruta ou um refrigerante, in- tercalado entre a doses de álcool). Por que isso acontece? • Os homens, em geral, pesam bem mais que as mulheres. Enquanto um jovem do sexo masculino pesa em média 75 kg, uma jovem pesa em torno de 55 kg. • Em média, a proporção de água corporal de um homem (55-65%) é maior que a de uma mulher (45-55%). Quanto mais água corporal, maior a diluição do álcool. 24 Série: Por Dentro do Assunto
  • 27. • Os níveis de uma enzima do estômago que auxilia no me- tabolismo do álcool (desidrogenase do álcool) são de 70% a 80% mais elevados nos homens do que nas mulheres. Isso faz com que as mulheres sejam muito mais vulnerá- veis do que os homens a desenvolver cirrose hepática e a ficarem perturbadas cognitivamente com o álcool. • As alterações hormonais também afetam o nível de álcool no sangue (alcoolemia). Estudos mostraram que as mulheres fi- cam intoxicadas por tempo mais longo no período que vai de uma semana antes da menstruação a uma semana depois do seu início. Dieta e Álcool. Você sabia que: • um copo de caipirinha representa cerca de 10% da quantidade de calorias que uma mulher jovem precisa para se manter durante um dia. Um copo de caipirinha tem 250 calorias, ou seja, mais do que um pãozinho francês (135 cal) ou dois ovos fritos (110 calorias cada). • uma garrafa de cerveja tem 300 calorias, ou o equivalente a uma refeição completa. Com 300 calorias você pode compor um almoço com uma porção de arroz, feijão, salada verde e 100 gramas de peixe cozido. • um cálice de vinho branco seco, uma das bebidas alcoólicas que tem menos calorias, tem quantidade equivalente a de um prato de sopa. Um copo de vinho branco tem 85 calorias e um prato de sopa caseira de vegetais (160 g) tem 72 calorias. 25 Cartilha álcool e jovens
  • 28. Como diminuir suas chances de prejudicar a si mesmo e aos outros: algumas dicas Não há modo de transformar o uso de bebida alcoólica em um comportamento sem nenhum risco. O melhor e o mais saudável é não tomar bebidas alcoólicas e desenvolver modos alternativos de relaxar, namorar, celebrar situações, lidar com o estresse ou mesmo redu- zir o consumo a poucas e con- troladas situações. Tenha sempre em mente que uma grande proporção de jovens e adultos não bebem e, nem por isso, suas vidas são menos agradáveis ou mais es- tressantes do que a da- queles que tomam bebidas alcoólicas. Mas caso sua decisão seja beber, mesmo que só por um período da sua vida, aqui vão algumas orientações de como di- minuir os riscos e possibilidades de que você prejudique a si próprio(a) e aos outros: 26 Série: Por Dentro do Assunto
  • 29. • Beber devagar, sem pressa. • Beber pouco, moderadamente. • Alternar bebidas alcoólicas com bebidas não alcoólicas como sucos ou água. • Comer uma refeição antes e durante os momentos em que você está bebendo para diminuir a velocidade de ab- sorção do álcool. • Antes de ir para uma festa ou barzinho, decida de an- temão o quanto vai querer beber, escolhendo uma dose moderada para você. Embora possa parecer tolice, al- guns estudos têm mostrado que esse planejamento vale à pena. Pode poupá-lo de passar o resto do fim de semana com ressaca ou evitar que você se envolva numa situação que não queria e da qual não conseguiu se livrar porque bebeu demais e não sabia bem o que estava fazendo. • Planeje de antemão como você vai fazer para voltar para casa, caso vá sair e beber. NUNCA dirija sob efeito de bebidas alcoólicas, mesmo que você ache que está bem. Caminhar em ruas de grande movimento, ou escuras, também não é uma boa idéia, assim como resolver dar um mergulho na praia ou na piscina. Você viu nos qua- dros do início desta cartilha quanta gente leva a pior ao combinar álcool com essas atividades. 27 Cartilha álcool e jovens
  • 30. 28 Série: Por Dentro do Assunto
  • 31. Alcoolismo O que é Um quadro de saúde que os médicos chamam de Síndrome de Dependência do Álcool e que atinge uma pequena proporção daqueles que bebem. Como identificar Com algumas variações, o alcoolismo é caracterizado por: • Compulsão (necessidade forte ou desejo incontrolável de beber) • Perda de controle (incapacidade frequente de parar de beber, uma vez que já começou) • Tolerância (necessidade de aumentar a quantidade de álcool para sentir os mesmos efeitos) • Persistência do uso mesmo sabendo que ele está causando problemas • Sintomas de abstinência (ocorrência de náusea, suor, tremores, ansiedade, quando o indivíduo interrompe o uso da bebida) 29 Cartilha álcool e jovens
  • 32. 30 Série: Por Dentro do Assunto
  • 33. Alcoolemia: o que é isso? A lei 11.705/2008, popularmente conhecida como “Lei Seca”, alterou alguns dispositivos do Código de Trânsito Brasileiro, impondo penalidades mais severas para o condutor que dirigir sob a influência de álcool. O motorista que tiver qualquer concentração de álcool por litro de sangue estará sujeito às penalidades administrativas, como: multa, apreensão do veículo e suspensão do direito de diri- gir por doze meses (art. 165 da Lei 9503/1997). O motorista que apresentar concentração de álcool igual ou superior a 0,6 g/L de sangue, sofrerá pena de detenção de seis meses a três anos, além das penalidades administrativas. Mas como alguém vai saber qual é o seu teor alcoólico antes de dirigir? É complicado. A alcoolemia, ou teor de álcool no sangue, varia depen- dendo da altura, peso e sexo de quem bebeu. Uma lata de cer- veja pode significar risco de acidente e multa para uma pessoa e não muito problema para outra. A maneira mais precisa de conhecermos nossa alcoolemia é por meio de exames de sangue laboratoriais, que são usados como peças legais para processos contra motoristas embriaga- dos. Outra forma é por meio dos popularmente chamados bafô- metros, que são os etilômetros, usados pela Polícia para verificar a concentração de álcool por litro de ar expelido dos pulmões. Também podem ser usados bafômetros descartáveis e tabe- las de cálculos que, em geral, incorporam informações sobre o número de horas que a pessoa precisa para metabolizar as bebidas ingeridas. 31 Cartilha álcool e jovens
  • 34. Palavras finais Esta cartilha procurou explicar os vários aspectos envol- vidos no consumo de bebidas alcoólicas, trazendo dados nem sempre disponíveis em outras fontes. Esperamos que, de posse dessas informações, seja pos- sível entender melhor as consequências de suas decisões e, so- bretudo, assumir a responsabilidade pelas ações relacionadas ao consumo de álcool. 32 Série: Por Dentro do Assunto
  • 35. Recursos comunitários Apresentamos, abaixo, algumas indicações de institui- ções públicas, privadas e órgãos não-governamentais das quais você poderá dispor na sua cidade ou região caso queira obter maiores informações sobre o assunto abordado nesta cartilha. Secretaria Nacional de Políticas Sobre Drogas - SENAD • SENAD Esplanada dos Ministérios Bloco “A” - 5º Andar Brasília - DF. CEP:70.050-907 www.senad.gov.br • Central de Atendimento VIVA VOZ 0800 510 0015 http://psicoativas.ufcspa.edu.br/vivavoz/index.php • Observatório Brasileiro de Informações Sobre Drogas - OBID www.obid.senad.gov.br No Observatório Brasileiro de informações sobre Drogas (OBID) você vai encontrar muitas informações importantes: contatos de locais para tratamento em todo o país, instituições que fazem prevenção, grupos de ajuda-mútua e outros recursos comunitários. São disponibilizadas, ainda, informações atualizadas sobre drogas, cursos, palestras e eventos. 33 Cartilha álcool e jovens
  • 36. Dentro do OBID, há dois sites específicos voltados para os jovens: Mundo Jovem e Jovem sem Tabaco, além de uma relação de links para outros sites que irão ampliar o seu conhecimento. • Mundo Jovem www.obid.senad.gov.br/portais/mundojovem • Jovem sem Tabaco www.obid.senad.gov.br/portais/jovemsemtabaco Outras Referências • Ministério da Saúde www.saude.gov.br Disque Saúde: 0800 61 1997 • Centros de Atenção Psicossocial - CAPS www.saude.gov.br Disque Saúde: 0800 61 1997 • Programa Nacional de DST e AIDS www.aids.gov.br • Secretaria Nacional da Juventude- SNJ Contatos: juventudenacional@planalto.gov.br Tel.: (61) 3411- 1160 • Conselhos Estaduais sobre Drogas Para saber o endereço dos Conselhos do seu estado consulte o site: www.obid.senad.gov.br • Conselhos Municipais sobre Drogas Para saber o endereço dos Conselhos do seu município consulte o site: www.obid.senad.gov.br 34 Série: Por Dentro do Assunto
  • 37. Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - CONANDA, Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente - CMDCA www.presidencia.gov.br/sedh Grupos de auto-ajuda • Alcoólicos Anônimos - AA www.alcoolicosanonimos.org.br Central de Atendimento 24 horas: (11) 3315 9333 Caixa Postal 580 CEP 01060-970 - São Paulo • AL-ANON E ALATEEN (Para familiares e amigos de alcoólicos) www.al-anon.org.br • Amor-exigente (Para pais e familiares de usuários de drogas) www.amorexigente.org.br • Grupos Familiares - NAR - ANON (Grupos para familiares e amigos de usuários de drogas) www.naranon.org.br • Narcóticos Anônimos - NA www.na.org.br • Associação Brasileira de Terapia Comunitária - ABRATECOM www.abratecom.org.br • Pastoral da Sobriedade www.sobriedade.org.br 35 Cartilha álcool e jovens
  • 38. Leituras que ajudam Série de publicações disponibilizadas pela Senad: As publicações listadas abaixo são distribuídas gratuitamente e enviadas pelos Correios. Podem ser solicitadas no site da SENAD (www.senad.gov.br) ou pelo telefone do serviço VIVA VOZ. Estão também disponíveis no portal do OBID (www.obid.senad.gov.br) para download. • Cartilhas da Série Por Dentro do Assunto. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010 • Glossário de Álcool e Drogas. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, 2010 • Livreto Informativo sobre Drogas Psicotrópicas. Leitura recomendada para alunos a partir do 7º ano do ensino fundamental. Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas - SENAD e Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas - CEBRID, 2010 Outras referências de leituras • 123 Respostas Sobre Drogas - Coleção Diálogo na Sala de Aula. Içami Tiba. São Paulo: Editora Scipione, 2003. • Admirável Mundo Novo. Aldous Huxley. São Paulo: Globo, 2001. • Adolescência e drogas. Ilana Pinsky, Marco Antônio Bessa (orgs). São Paulo: Contexto, 2004. 36 Série: Por Dentro do Assunto
  • 39. Anjos caídos - Como prevenir e eliminar as drogas na vida do adolescente. Içami Tiba. São Paulo: Gente, 1999. • A Saúde mental do jovem brasileiro. Bacy Fleitlich-Bilyk, Enio Roberto de Andrade, Sandra Scivoletto, Vanessa Dentzien Pinzon. São Paulo: Edições Inteligentes, 2004. • Cuidando da Pessoa com Problemas Relacionados com Álcool e Outras Drogas - Coleção Guia para Família. v. 1. Selma de Lourdes Bordin; Marine Meyer; Sérgio Nicastri; Ellen Burd Nisenbaum e Marcelo Ribeiro. São Paulo: Atheneu, 2004. • Desafio da convivência - Pais e Filhos. Lídia Rosenberg Aratangy. São Paulo: Gente, 1998. • Depois Daquela Viagem: Diário de Bordo de uma Jovem que Aprendeu a Viver com Aids. Valeria Piassa Polizzi. São Paulo: Ática, 2003. • Doces Venenos: Conversas e desconversas sobre drogas. Lídia Rosenberg Aratangy. São Paulo: Olho D’ Água, 1991. • Drogas - mitos e verdades. Beatriz Carlini Cotrim. São Paulo: Ática, 1998. • Drogas, Prevenção e Tratamento - O que você queria saber sobre drogas e não tinha a quem perguntar. Daniela Maluf e cols. São Paulo: Cia Editora, 2002. • Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída. Kai Herman. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2002. • Esmeralda - Por que não dancei. Esmeralda do Carmo Ortiz. São Paulo: Editora Senac, 2001. 37 Cartilha álcool e jovens
  • 40. Liberdade é poder decidir. Maria de Lurdes Zemel e Maria Elisa de Lamboy. São Paulo: FTD, 2000. • O que é toxicomania. Jandira Masur. São Paulo: Brasiliense, 1986. • O Vencedor. Frei Betto. São Paulo: Ática, 2000. • Pais e Filhos - companheiros de Viagem. Roberto Shinyashiki. São Paulo: Gente, 1992. • Satisfaçam minha curiosidade - Drogas. Susana Leote. São Paulo: Impala Editores, 2003. • Tabebuias: ou Histórias Reais daqueles que se livraram das drogas na Fazenda da Esperança. Christiane Suplicy Teixeira. São Paulo: Cidade Nova, 2001. Filmes sobre o tema • 28 dias, 2000. Direção: Betty Thomas • A corrente do bem, 2000. Direção: Mini Leder • Bicho de sete cabeças, 2000. Direção: Laís Bodanzky • Diário de um adolescente, 1995. Direção: Scott Kalvert • Despedida em Las Vegas, 1996. Direção: Mike Figgis 38 Série: Por Dentro do Assunto
  • 41. Eu, Christiane F., 13 anos, drogada e prostituída, 1981. Direção: Uli Edel • Ironweed, 1987. Direção: Hector Babenco • La Luna, 1979. Direção: Bernardo Bertolucci • Maria cheia de graça, 2004. Direção: Joshua Marston • Meu nome não é Johnny, 2008. Direção: Mauro Lima • Notícias de uma guerra particular, 1999. Direção: João Moreira Salles e Kátia Lund • O Casamento de Rachel, 2008. Direção: Jonathan Demme • O Informante, 1999. Direção: Michael Mann • Por volta da meia noite, 1986. Direção: Bertrand Tavernier • Quando um homem ama uma mulher, 1994. Direção: Luis Mandoki • Ray, 2004. Direção: Taylor Hackford • Réquiem para um sonho, 2000. Direção: Darren Aronofsky • Todos os corações do mundo, 1995. Direção: Murillo Salles 39 Cartilha álcool e jovens
  • 42. O QUE É O VIVAVOZ? O VIVAVOZ é uma central telefônica de orientações e informações sobre a prevenção do uso indevido de drogas. O telefonema é gratuito e o atendi- mento é sigiloso. A pessoa não precisa se identificar. É BOM FALAR COM QUEM ENTENDE • O atendimento é realizado por consultores capacitados e supervisionados por profissionais, mestres e doutores, da área da saúde • Os profissionais indicam locais para tratamento • Oferecem aconselhamento por meio de intervenção breve para pessoas que usam drogas e seus familiares • Prestam informações científicas sobre drogas • O horário de funcionamento: segunda a sexta, das 8h às 24h O VIVAVOZ é resultado de uma parceria entre a Secretaria Nacional de Polí- ticas sobre Drogas - SENAD e a Universidade Federal de Ciências de Saúde de Porto Alegre. Após 4 anos de funcionamento, os resultados positivos e a demanda do público para o teleatendimento apontaram para a necessidade de ampliação do serviço. Para isto, uma parceria com o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (PRONASCI), do Ministério da Justiça, permitiu a ampliação do período de atendimento. 40 Série: Por Dentro do Assunto
  • 43. DROGAS Cartilha para pais de crianças Cartilha para pais de adolescentes Cartilha álcool e jovens Cartilha para educadores Cartilha sobre tabaco Cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes Cartilha mudando comportamentos