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POBREZA: RESULTADO DE UMA MÁQUINA POLÍTICA DESUMANIZADA

                                                                 José Aniervson Souza dos Santos1




Poderíamos definir pobreza, neste artigo, partindo de diversos princípios filosóficos, tais
quais: carência social, envolvendo as necessidades básicas da vida como vestuário,
alojamento, cuidados de saúde e alimentação. Poderíamos também partir do princípio que a
pobreza viria a ser a falta de recursos econômicos, ou seja, a carência de rendimento, não
significando necessariamente a falta de dinheiro, mas seus níveis de insuficiência.
Usaremos, porém, para tratar da pobreza neste artigo, a mesma como sendo principalmente
uma Carência Social. Isto inclui além de tantas outras coisas a educação e a informação.
Trataremos, dessa forma, das relações sociais como elemento chave para compreender a
pobreza, pois a mesma está para além da economia (WIKIPÉDIA, 2012).

Somos levados constantemente a pensar na pobreza como uma situação imediatista. Que
oferecendo pão, água e dinheiro acabaram-se os problemas. Porém não é tão simples assim.
Se apenas a distribuição de capital fosse a solução, não viríamos a pobreza de forma tão
acentuada como a temos hoje. Além do investimento, do dinheiro, do capital de giro é
importante pensar na disposição de Recursos Humanos, pois este é fundamental para que se
possam produzir resultados (FISCHER, 2012).

Alguns acontecimentos, chamados por mim de processos de desenvolvimento global,
também interferem para que estes fatores, referentes à pobreza, aconteçam. O
desenvolvimento urbano acelerado; a grande marcha industrial com seus recentes avanços
tecnológico; o crescimento demográfico desproporcional; a escassez de emprego digno e
decente, etc. são alguns agentes promotores de desigualdades sociais. Portanto assim,
produtores da pobreza.




1
 Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – UPE e Pós-Graduação em
Juventude no Mundo Contemporâneo pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE. Ativista de
movimentos sociais e líder de organizações juvenis. Instrutor de Desenvolvimento na Humana People to
People.
Se, portanto olharmos a questão do crescimento demográfico, como cita Fischer (2012)
“especialmente nas camadas de menor poder aquisitivo, gera um ônus que dificulta a
capitalização para promover o progresso econômico e assim melhorar o bem estar das
pessoas”. Isso nos dá uma ideia da incapacidade técnica de acompanhar esses avanços.
Algumas políticas sociais como educação e saúde talvez pudessem ajudar nesse “controle”
acelerado. Alguns estudiosos falam a respeito da educação sexual ou orientação social
como controle da natalidade. Isso, porém, não responde a questão do crescimento
demográfico acelerado. Ao menos não por completo. Outros fatores, como uma equidade
na distribuição de renda também deve ser levado em conta nesta discussão.

Com foco então na oportunização de trabalho como forma de acesso a renda e diminuição
das diferenças entre ricos e pobres enxergamos essa dimensão do mercado de trabalho para
além da aquisição financeira. O trabalho tem significados como empoderamento social e
pessoal, independência, experimentação da convivência comunitária, entre outros fatores.
Assim, imaginamos como sendo um fator desencadeador de pobreza, a falta de trabalho
e/ou a falta de oportunidades. Poderíamos citar que contribuíram e/ou contribuem com esse
fator de desemprego a revolução tecnológica junto com seus inúmeros avanços. Dessa
forma, pensamos que com a “globalização da economia, tem-se gerado desemprego que
requer uma reciclagem e geração de novas oportunidades de produção” com isso nos
reforça a ideia de que “a migração para novas fronteiras, na mesma profissão não existe
mais” (FISCHER, 2012). O que chama atenção dentro desse viés é o que afirma Fischer ao
dizer que “a falta de capacidade de produzir essa reciclagem faz com que a pobreza
aumente (...) o desespero aumenta a insegurança, criando mais gastos para a sobrevivência
do bem-estar ainda existente” então, ela (a pobreza) torna-se resultado de uma interação, ou
a falta dela, entre alguns fatores socioeconômicos, dentre eles as oportunidades de emprego
(2012).

A pobreza, portanto, é “um fato e um sentimento” afirma Salama e Destremau (1999). Fato,
talvez porque ela existe e é real. Podemos ver rastros destruidores da fome em diversos
lugares ao redor do mundo, mesmo em países desenvolvidos, como é o caso dos Estados
Unidos, por exemplo. Este é um fato que não podemos negar. A pobreza passa a ser um
sentimento, pois muitas vezes, “debaixo dessa fronteira” – entre fato e sentimento -, “os
indivíduos e sua família serão qualificados como pobres, quer percebam esta situação
assim, quer não”. Por sua vez, a pobreza causa situações desumanas como a fome, as
desigualdades e as violências, por exemplo.

Parece soar um pouco estranho tratar de violências quando estamos falando de pobreza. Em
que contexto social ambas se cruzam e são capazes de produzirem desigualdades?
Tomando como base o que afirma Pellegrino, certos tipos de crises sociais são possíveis
fazer surgir à criminalidade (1984). É fato que a pobreza é uma crise social, visto suas
implicações socioeconômicas já abordadas neste material, dessa forma a mesma “se torna
apta a fomentar a criminalidade quando chega a lesar, por apodrecimento grave, os valores
sociais capazes de promover uma identificação agregadora entre os membros de uma
comunidade” (PELLEGRINO, 1984). Sendo assim, ainda citando Pellegrino, para que
possamos caracterizar a vida social de uma forma que seja capaz de sobressair os índices de
desrespeito e miséria essa experiência social “precisa estar irrigada e vivificada por
princípios mínimos de justiça, de equidade, de legitimidade do poder político, de respeito
pelo trabalho e pela pessoa humana” (1984).

Talvez diante do que já foi exposto é possível afirmar que a criminalidade exprime uma
faceta da distorção social, neste caso a pobreza. Esta criminalidade em que está submerso
os países, principalmente os classificados “em desenvolvimento”, é resultado, porém, de
uma tentativa de afirmação de identidade como afirma Pellegrino: “ao cometer seu crime (o
pobre), não pretende nenhuma transformação na sociedade, ao contrário, busca identificar-
se imaginariamente com o seu inimigo de classe (...) na verdade, ele quer ocupar o lugar do
milionário, usurpando-lhe o status e os privilégios” (1984).

Em contrapartida um modelo econômico em que cria uma disparidade social entre os que
possuem tudo – ricos -, e os que nada possuem – pobres, e cria um sistema excludente na
distribuição da renda imposto aos países tornou-se conhecido pelo nome de capitalismo
selvagem (SALAMA; DESTREMAU, 1999). Este último, porém se apresenta tanto quanto
usurpador do que a própria criminalidade, na forma em que a mesma é pensada. Se,
portanto a criminalidade é uma forma distorcida e perversa de protesto social,
empoderamento e auto identificação, as estruturas de dominação desse capitalismo
selvagem também são formas que criminalizam o relacionamento social (PELLEGRINO,
1984). Pois, exemplifica Pellegrino, o assalto a um banco é um ato criminoso, e quem o
pratica está se colocando fora da lei, porém o dono do banco, quando pratica a usura,
cobrando altos juros, que são capazes de parar a produção, este também comete ato
criminoso, sem ao menos pagar o mesmo preço do assaltante (1984).

               Dinheiro gera dinheiro, para os que o possuem, ao passo que o trabalho cria a pobreza para
               os que trabalham - quando conseguem trabalhar. E, para coroar tudo, o poder arbitrário, a
               impunidade triunfante, a cupidez sem limite, o consumismo sem freio, tudo isto, de um só
               lado - o dos donos da vida. Do outro lado, o rosto anônimo da miséria: milhões de
               (indivíduos) (...) condenados à penúria absoluta (PELLEGRINO, p. 9, 1984).

Pensar então que o dinheiro não é, em sua atuação isolada, o caminho pelo qual se acaba de
fato com a pobreza, embora o mesmo possa solucionar imediatamente uma de suas
consequências – a fome, é afirmar que muito mais que ausência de “pão e água” que são
causadores da miséria. Se pensarmos, portanto na pobreza como o resultado de diferentes
fatores sistemáticos que foram e/ou estão sendo corrompidos ao longo da história será
possível arriscar uma alternativa plausível que tenta explicar as causas, fundamentos e
consequências da pobreza nos dias atuais, visto o crescente poder econômico a que os
países estão sendo submetidos.

Se é, porém a pobreza, uma engrenagem social, como então pensar uma forma de torna-la
possível de ser solucionada, se apenas a distribuição de comida não é capaz de atingir a raiz
do problema? Como afirmou Pellegrino em seu escrito sobre o estudo da Psicanálise da
Criminalidade Brasileira entre Ricos e Pobres “é preciso derrotar o arbítrio, a corrupção, a
indignidade, a incompetência. É preciso acabar com a recessão, o desemprego e ao arrocho
salarial que matam o povo de fome” (1984).

Apenas quando houver de fato Políticas Sociais sendo efetivadas na forma de Políticas
Públicas; quando a distribuição de renda conseguir atingir a todos com igualdade; quando
os avanços tecnológicos não sobressaírem a capacidade humana de o possuí-los; quando o
crescimento demográfico crescer na mesma proporção que os demais instrumentos sociais e
quando os indivíduos já não sentirem necessidade de se auto afirmarem a partir da
usurpação de status e privilégios alheios teremos então uma máquina política humanizada e
como consequência a tão sonhada erradicação da pobreza.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS



FISCHER, João. Pobreza: o problema, causas e consequências. Disponível em
http://www.al.rs.gov.br/diario/diarios_anteriores/980615/opiniao.htm, Acesso em: 23 de
out. 2012.
PELLEGRINO, Hélio. Psicanálise da Criminalidade Brasileira: ricos e pobres. São Paulo:
Jornal Folha de São Paulo: Folhetim, 07 de out. 1984.
POBREZA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2012.
Disponível em:        http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pobreza&oldid=32532993.
Acesso em: 23 out. 2012.
SALAMA, Pierre; DESTREMAU, Blandine. O tamanho da Pobreza. Economia Política
da Distribuição de Renda. Rio de Janeiro: Garamond Universitária, 1999.

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Pobreza Resultado de Uma Máquina Política Desumanizada

  • 1. POBREZA: RESULTADO DE UMA MÁQUINA POLÍTICA DESUMANIZADA José Aniervson Souza dos Santos1 Poderíamos definir pobreza, neste artigo, partindo de diversos princípios filosóficos, tais quais: carência social, envolvendo as necessidades básicas da vida como vestuário, alojamento, cuidados de saúde e alimentação. Poderíamos também partir do princípio que a pobreza viria a ser a falta de recursos econômicos, ou seja, a carência de rendimento, não significando necessariamente a falta de dinheiro, mas seus níveis de insuficiência. Usaremos, porém, para tratar da pobreza neste artigo, a mesma como sendo principalmente uma Carência Social. Isto inclui além de tantas outras coisas a educação e a informação. Trataremos, dessa forma, das relações sociais como elemento chave para compreender a pobreza, pois a mesma está para além da economia (WIKIPÉDIA, 2012). Somos levados constantemente a pensar na pobreza como uma situação imediatista. Que oferecendo pão, água e dinheiro acabaram-se os problemas. Porém não é tão simples assim. Se apenas a distribuição de capital fosse a solução, não viríamos a pobreza de forma tão acentuada como a temos hoje. Além do investimento, do dinheiro, do capital de giro é importante pensar na disposição de Recursos Humanos, pois este é fundamental para que se possam produzir resultados (FISCHER, 2012). Alguns acontecimentos, chamados por mim de processos de desenvolvimento global, também interferem para que estes fatores, referentes à pobreza, aconteçam. O desenvolvimento urbano acelerado; a grande marcha industrial com seus recentes avanços tecnológico; o crescimento demográfico desproporcional; a escassez de emprego digno e decente, etc. são alguns agentes promotores de desigualdades sociais. Portanto assim, produtores da pobreza. 1 Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Universidade de Pernambuco – UPE e Pós-Graduação em Juventude no Mundo Contemporâneo pela Faculdade Jesuíta de Filosofia e Teologia – FAJE. Ativista de movimentos sociais e líder de organizações juvenis. Instrutor de Desenvolvimento na Humana People to People.
  • 2. Se, portanto olharmos a questão do crescimento demográfico, como cita Fischer (2012) “especialmente nas camadas de menor poder aquisitivo, gera um ônus que dificulta a capitalização para promover o progresso econômico e assim melhorar o bem estar das pessoas”. Isso nos dá uma ideia da incapacidade técnica de acompanhar esses avanços. Algumas políticas sociais como educação e saúde talvez pudessem ajudar nesse “controle” acelerado. Alguns estudiosos falam a respeito da educação sexual ou orientação social como controle da natalidade. Isso, porém, não responde a questão do crescimento demográfico acelerado. Ao menos não por completo. Outros fatores, como uma equidade na distribuição de renda também deve ser levado em conta nesta discussão. Com foco então na oportunização de trabalho como forma de acesso a renda e diminuição das diferenças entre ricos e pobres enxergamos essa dimensão do mercado de trabalho para além da aquisição financeira. O trabalho tem significados como empoderamento social e pessoal, independência, experimentação da convivência comunitária, entre outros fatores. Assim, imaginamos como sendo um fator desencadeador de pobreza, a falta de trabalho e/ou a falta de oportunidades. Poderíamos citar que contribuíram e/ou contribuem com esse fator de desemprego a revolução tecnológica junto com seus inúmeros avanços. Dessa forma, pensamos que com a “globalização da economia, tem-se gerado desemprego que requer uma reciclagem e geração de novas oportunidades de produção” com isso nos reforça a ideia de que “a migração para novas fronteiras, na mesma profissão não existe mais” (FISCHER, 2012). O que chama atenção dentro desse viés é o que afirma Fischer ao dizer que “a falta de capacidade de produzir essa reciclagem faz com que a pobreza aumente (...) o desespero aumenta a insegurança, criando mais gastos para a sobrevivência do bem-estar ainda existente” então, ela (a pobreza) torna-se resultado de uma interação, ou a falta dela, entre alguns fatores socioeconômicos, dentre eles as oportunidades de emprego (2012). A pobreza, portanto, é “um fato e um sentimento” afirma Salama e Destremau (1999). Fato, talvez porque ela existe e é real. Podemos ver rastros destruidores da fome em diversos lugares ao redor do mundo, mesmo em países desenvolvidos, como é o caso dos Estados Unidos, por exemplo. Este é um fato que não podemos negar. A pobreza passa a ser um sentimento, pois muitas vezes, “debaixo dessa fronteira” – entre fato e sentimento -, “os
  • 3. indivíduos e sua família serão qualificados como pobres, quer percebam esta situação assim, quer não”. Por sua vez, a pobreza causa situações desumanas como a fome, as desigualdades e as violências, por exemplo. Parece soar um pouco estranho tratar de violências quando estamos falando de pobreza. Em que contexto social ambas se cruzam e são capazes de produzirem desigualdades? Tomando como base o que afirma Pellegrino, certos tipos de crises sociais são possíveis fazer surgir à criminalidade (1984). É fato que a pobreza é uma crise social, visto suas implicações socioeconômicas já abordadas neste material, dessa forma a mesma “se torna apta a fomentar a criminalidade quando chega a lesar, por apodrecimento grave, os valores sociais capazes de promover uma identificação agregadora entre os membros de uma comunidade” (PELLEGRINO, 1984). Sendo assim, ainda citando Pellegrino, para que possamos caracterizar a vida social de uma forma que seja capaz de sobressair os índices de desrespeito e miséria essa experiência social “precisa estar irrigada e vivificada por princípios mínimos de justiça, de equidade, de legitimidade do poder político, de respeito pelo trabalho e pela pessoa humana” (1984). Talvez diante do que já foi exposto é possível afirmar que a criminalidade exprime uma faceta da distorção social, neste caso a pobreza. Esta criminalidade em que está submerso os países, principalmente os classificados “em desenvolvimento”, é resultado, porém, de uma tentativa de afirmação de identidade como afirma Pellegrino: “ao cometer seu crime (o pobre), não pretende nenhuma transformação na sociedade, ao contrário, busca identificar- se imaginariamente com o seu inimigo de classe (...) na verdade, ele quer ocupar o lugar do milionário, usurpando-lhe o status e os privilégios” (1984). Em contrapartida um modelo econômico em que cria uma disparidade social entre os que possuem tudo – ricos -, e os que nada possuem – pobres, e cria um sistema excludente na distribuição da renda imposto aos países tornou-se conhecido pelo nome de capitalismo selvagem (SALAMA; DESTREMAU, 1999). Este último, porém se apresenta tanto quanto usurpador do que a própria criminalidade, na forma em que a mesma é pensada. Se, portanto a criminalidade é uma forma distorcida e perversa de protesto social, empoderamento e auto identificação, as estruturas de dominação desse capitalismo selvagem também são formas que criminalizam o relacionamento social (PELLEGRINO,
  • 4. 1984). Pois, exemplifica Pellegrino, o assalto a um banco é um ato criminoso, e quem o pratica está se colocando fora da lei, porém o dono do banco, quando pratica a usura, cobrando altos juros, que são capazes de parar a produção, este também comete ato criminoso, sem ao menos pagar o mesmo preço do assaltante (1984). Dinheiro gera dinheiro, para os que o possuem, ao passo que o trabalho cria a pobreza para os que trabalham - quando conseguem trabalhar. E, para coroar tudo, o poder arbitrário, a impunidade triunfante, a cupidez sem limite, o consumismo sem freio, tudo isto, de um só lado - o dos donos da vida. Do outro lado, o rosto anônimo da miséria: milhões de (indivíduos) (...) condenados à penúria absoluta (PELLEGRINO, p. 9, 1984). Pensar então que o dinheiro não é, em sua atuação isolada, o caminho pelo qual se acaba de fato com a pobreza, embora o mesmo possa solucionar imediatamente uma de suas consequências – a fome, é afirmar que muito mais que ausência de “pão e água” que são causadores da miséria. Se pensarmos, portanto na pobreza como o resultado de diferentes fatores sistemáticos que foram e/ou estão sendo corrompidos ao longo da história será possível arriscar uma alternativa plausível que tenta explicar as causas, fundamentos e consequências da pobreza nos dias atuais, visto o crescente poder econômico a que os países estão sendo submetidos. Se é, porém a pobreza, uma engrenagem social, como então pensar uma forma de torna-la possível de ser solucionada, se apenas a distribuição de comida não é capaz de atingir a raiz do problema? Como afirmou Pellegrino em seu escrito sobre o estudo da Psicanálise da Criminalidade Brasileira entre Ricos e Pobres “é preciso derrotar o arbítrio, a corrupção, a indignidade, a incompetência. É preciso acabar com a recessão, o desemprego e ao arrocho salarial que matam o povo de fome” (1984). Apenas quando houver de fato Políticas Sociais sendo efetivadas na forma de Políticas Públicas; quando a distribuição de renda conseguir atingir a todos com igualdade; quando os avanços tecnológicos não sobressaírem a capacidade humana de o possuí-los; quando o crescimento demográfico crescer na mesma proporção que os demais instrumentos sociais e quando os indivíduos já não sentirem necessidade de se auto afirmarem a partir da usurpação de status e privilégios alheios teremos então uma máquina política humanizada e como consequência a tão sonhada erradicação da pobreza.
  • 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS FISCHER, João. Pobreza: o problema, causas e consequências. Disponível em http://www.al.rs.gov.br/diario/diarios_anteriores/980615/opiniao.htm, Acesso em: 23 de out. 2012. PELLEGRINO, Hélio. Psicanálise da Criminalidade Brasileira: ricos e pobres. São Paulo: Jornal Folha de São Paulo: Folhetim, 07 de out. 1984. POBREZA. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2012. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Pobreza&oldid=32532993. Acesso em: 23 out. 2012. SALAMA, Pierre; DESTREMAU, Blandine. O tamanho da Pobreza. Economia Política da Distribuição de Renda. Rio de Janeiro: Garamond Universitária, 1999.