Artigo: Safety culture and crisis resource management in airway management
Estratificação de Risco Cirúrgico e Anestésico - Dra. Cláudia Marquez Simões
1. Anestesia segura
Estratificação de risco cirúrgico
e anestésico
Recomendação de monitorização guiada pela
estratificação
2. Anestesia segura
Objetivos:
• Manejo de situações críticas em anestesiologia
considerando:
– Otimização do preparo pré-operatório
– Reconhecimento dos principais riscos
– Padronizar condutas de acordo com gravidade
– Minimizar risco anestésico-cirúrgico
• Construção de linhas do cuidado perioperatório
Pré-op
Pré-op intra-op
intra-op pós-op
pós-op
3. Anestesia segura
Anestesia
• Sociedade Americana de Anestesiologia
• 1940
– Saklad, Rovenstine, Taylor
– 1ª. Especialidade a estratificar risco
– “Risco cirúrgico” ???
– Estratifica o estado físico do paciente
Saklad M. Grading of patients for surgical procedures. Anesthesiology 1941; 2:281-4.
4. Anestesia segura
Estado físico - ASA
Estado Definição Mortalidade
físico (p)
I Paciente sadio sem alterações orgânicas 0,06 - 0,08%
II Paciente com alteração sistêmica leve ou 0,27 - 0,40%
moderada causada pela doença cirúrgica ou
doença sistêmica
III Paciente com alteração sistêmica grave de 1,8-4,3%
qualquer causa com limitação funcional
IV Paciente com alteração sistêmica grave que 7,8 - 23%
representa risco de vida
V Paciente moribundo que não é esperado 9,4 - 51%
sobreviver sem cirurgia
VI Paciente doador de órgãos -
5. Anestesia segura
ASA: um bom preditor de
mortalidade?
• Desvantagens:
– Leva em consideração somente as
características do paciente
– Interpretação individual e muito variada
– Não avalia os riscos cirúrgicos propriamente
ditos
• Vantagens
– Facilidade de classificação
– Amplamente difundido
6. Anestesia segura
• Abordagem multimodal
• Otimização perioperatória individualizada
– Tipo de paciente
– Tipo de cirurgia
7. Anestesia segura
Physiological and Operative
Severity Score “POSSUM”
Parâmetros fisiológicos Parâmetros operatórios
Idade
Complexidade cirurgica
•
• Estado funcional cardiaco •
• ECG Multiplos procedimentos
Estado funcional respiratorio
•
• Perda sanguinea
Pressao arterial sistolica
•
Contaminacao peritoneal
•
Frequencia cardiaca
•
Disseminacao oncologica
•
Escala de coma de Glasgow •
Cirurgia eletiva ou de urgencia
•
• Hemoglobina •
• Leucograma
• Ureia
• Potassio
• Sodio
9. Anestesia segura
• POSSUM: maior sensibilidade
• APACHE: maior especificidade
– Não correlaciona eventos
cirúrgicos
– Único estudo brasileiro que
utilizou POSSUM e mostrou boa
correlação com a população
nacional
12. Anestesia segura
Chapter 24. The Impact Of Intraoperative Monitoring On Patient Safety
Salim D. Islam, M.D.
Andrew D. Auerbach, M.D., M.P.H.
University of California, San Francisco School of Medicine
A monitorização adequada permite
diagnósticos e intervenções precoces,
podendo aumentar a segurança do
paciente e otimizar os resultados.
14. Anestesia segura
• 1980: programa gerenciamento de risco e qualidade
– Implementação de recomendações mínimas para monitorização
– Permite individualização
• Otimizar cuidado anestésico
• Reduzir intercorrencias
• Avaliação objetiva para comparação ! auditoria
16. Anestesia segura
Porte cirúrgico
• Não há consenso da definição de porte
cirúrgico:
– Definição por duração de cirurgia
– Definição por abordagem de cavidade
abdominal, torácica e SNC
– Definição por potencial de perdas volêmicas e
alterações hemodinâmica e respiratória.
ria
17. x
N
4.2
4
Y
05
Anestesia segura
As tecnologias não invasivas atualmente disponíveis
ainda não são tão acuradas a ponto de permitir a
substituição de técnicas invasivas
18. Anestesia segura
Padronização por porte
cirúrgico e estado físico
19. Anestesia segura
Padronização por porte
cirúrgico e estado físico
20. Anestesia segura
Padronização por porte
cirúrgico e estado físico
22. Anestesia segura
Padronização por porte
cirúrgico e estado físico
Problemas: Benefícios:
◦ ASA leva em conta somente ◦ Melhor estratificação do
características do paciente doente
◦ O ideal é utilizar uma escala ◦ Redução de mortalidade
que contemple aspectos
fisiológicos do paciente e da ◦ Linha de cuidado nos
cirurgia (ex.: POSSUM, pacientes com necessidade
APACHE, SOFA, de cuidados intensivos
Euroscore, etc...)
◦ Adesão ao protocolo
23. Anestesia segura
Padronização por porte
cirúrgico e estado físico
Linha de cuidado
• P- POSSUM pode ser um melhor indicador da
necessidade de monitorização invasiva
• Mais complexo, menos habituados
• Inicialmente ASA " P-POSSUM
• Criação cultura de estratificação de risco e
recomendações de acordo com risco
24. Anestesia segura
Padronização por porte
cirúrgico e estado físico
Linha de cuidado
Linha de cuidado horizontal: segurança e continuidade do cuidado
Padronização institucional
25. Anestesia segura
Monitorização
Recomendações
• Temperatura
– Cirurgias com duração superior a duas horas
• Consciência (BIS)
– Antecedentes pessoais de “recall” intra-operatório
– Cirurgias com grandes variações volêmicas
– Cirurgias com monitorização de potencial evocado
• Bloqueio neuromuscular
– Em todas cirurgias que utilizem BNM
26. Anestesia segura
Monitorização -
Recomendações
• Débito cardíaco
– Catéter de artéria pulmonar
• Valvulopatias graves
• Hipertensão pulmonar grave
• Cardiopatia congênita complexa
• Disfunções graves do VE (Insuficiência cardíaca e/ou
coronariopatia severas)
– Minimamente invasivo
• Disfunção cardíaca (sistólica e diastólica)
• Cirurgias com grandes variações volêmicas