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SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL
SENAC – MG

ESTATÍSTICA SOBRE
ACIDENTES DE TRABALHO NO ANO DE 2011

Daniel Lúcio
Edson Moura
Gisele Quadros
Suely Pereira
Susana Machado

Sete Lagoas
2013
4
SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL
SENAC – MG

ESTATÍSTICA SOBRE
ACIDENTES DE TRABALHO NO ANO DE 2011

Trabalho apresentado com pré-requisito
para obtenção do título de Técnico em
Segurança do Trabalho.
Orientação: André Tavares

Daniel Lúcio
Edson Moura
Gisele Quadros
Suely Pereira
Susana Machado

Sete Lagoas
2013
5
SUMÁRIO

1. Introdução

4

1.1. Apresentação

4

2. Acidentes de Trabalho no Brasil no Ano de 2011

6

2.1. Tabela de Medidas de Tendência Central

6

2.2. Análise

6

2.3. Medidas de Dispersão

7

2.4. Análise

7

2.5. Tabela Intervalos de Classe

7

2.6. Tabela Frequência Absoluta e Frequência Relativa

8

3. Gráficos

9

3.1. Gráfico de Frequência Absoluta

9

3.2. Análise

9

3.3. Gráfico de Frequência Relativa

10

3.4. Análise

10

4. Conclusão

12

5. Referências

13

6
1- INTRODUÇÃO

1.1 Apresentação

Cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho são registrados em média no Brasil
todos os anos, sem contar os casos não notificados oficialmente, de acordo com o
Ministério da Previdência. O País gasta cerca de R$ 70 bilhões nesse tipo de acidente
anualmente.
Entre as causas desses acidentes estão maquinário velho e desprotegido, tecnologia
ultrapassada, mobiliário inadequado, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança
exagerada e desrespeito a diversos direitos.
A aplicação do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), a partir de 2010, obrigou as
empresas a pagarem mais impostos sobre a folha de pagamentos conforme o índice de
acidentes de trabalho. Esses recursos servem para financiar o Seguro Acidente de
Trabalho (SAT), para custear benefícios ou aposentadorias decorrentes de acidentes de
trabalho.
Uma nova Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho foi criada em 2011.
Antes focada em reabilitação e tratamento, agora ela visa à prevenção, com ações
combinadas de três ministérios: Previdência, Trabalho e Saúde.
Embora o número de acidentes esteja caindo gradativamente, ainda acontece de
empregadores e trabalhadores acharem que as medidas de segurança atrapalham o
serviço e não levarem as normas a sério.
Esse trabalho visa expor o número de acidentes ocorridos durante o ano de 2011 em
diversos setores da economia, tais como: Construção Civil, Produtos Têxteis e artigos
de vestuário, Metalurgia, Agropecuária e Fabricação de veículos e equipamentos de
transportes.
Os resultados serão demonstrados através de análise de medidas de tendência central
emedidas de dispersão em tabelas e gráficos de acordo com estatísticas de acidentes de
trabalho de 2011 divulgados pelo Ministério da Previdência Social.

7
Em ambos os segmentos, salientando que entre os informais a situação é mais
gravosa, os trabalhadores consideram sua atividade de pouco risco, sem consciência dos
riscos a que estão expostos, além de revelarem conhecer muito pouco sobre as normas e
procedimentos referentes aos acidentes de trabalho.
Para muitos trabalhadores brasileiros, qualidade de vida no trabalho parece ser um
sonho distante. Primeiro precisamos alcançar os patamares mínimos de trabalho
decente, com jornadas de trabalho adequadas, remuneração justa, tratamento humano e
risco muito baixo de acidentes e doenças.

8
2- ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL NO ANO DE 2011

2.1 TABELA DE MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL

Nº ACIDENTES 2011
SETOR ATIVIDADE ECONÔMICA
Construção Civil

58.808

Produtos Têxteis e artigos de vestuário

22.824

Metalurgia

10.870

Agropecuária

26.305

Fabricação de veículos e equipamentos de transportes

25.893

Total

144.700

Moda:

Não existe

Mediana:

25.893

Média:

28.940

2.2 ANÁLISE:

Analisando os cinco setores de atividade econômica o maior número de acidentes
de trabalho foi o da construção civil, com um total de 58.808 acidentes. Em seguida,
vem o setor da agropecuária com 26.330 acidentes e o setor de fabricação de veículos e
equipamentos de transportes com 25.893 acidentes. Na sequência temos o setor de
produtos têxteis com o registro de 22.824 acidentes e o setor da metalurgia com 10.870
acidentes.
O número de acidentes de trabalho na construção civil não para de aumentar porque
os operários passaram a trabalhar em regime de empreitada, com excesso de carga
horária por causa da falta de mão de obra especializada.Esses números de acordo com a
Organização Internacional do Trabalho – OIT, coloca o Brasil em quarto lugar no
ranking mundial em acidentes de trabalho.

9
2.3 MEDIDAS DE DISPERSÃO

Variância:

254.451.042,80

Desvio Padrão:
Coeficiente de Variação:

15.951,52
55,12%

2.4 ANÁLISE:
Os dados analisados mostram o alto índice de acidentes de trabalho na construção
civil em comparação aos outros setores causando uma discrepância. O problema é que
vários estudos apontam que os acidentes de trabalho são mais comuns entre
funcionários de empresas terceirizadas. Uma pesquisa divulgada recentemente pela
CUT mostra que, quatro em cada cinco acidentes de trabalho, inclusive os que resultam
em mortes, envolvem trabalhadores terceirizados.
2.5 TABELAINTERVALOS DE CLASSE

Intervalos de Classe

Setor

0 I---- 10.000

Freq. Média

4.999,50

10.000 I----- 20.000

Metalurgia

14.999,50

20.000 I----- 30.000

Agropecuária/Veículos/Têxtil

24.999,50

30.000 I---- 40.000

34.999,50

40.000 I---- 50.000

44.999,50

50.000 I---- 60.000

Construção Civil

Amplitude total:

47.938

Amplitude relativa total:

54.999,50

33,12923289%
10
2.6 TABELA FREQUÊNCIA ABSOLUTA E FREQUÊNCIA RELATIVA

SETOR ATIVIDADE ECONÔMICA

Freq. Absoluta

Freq. Relativa

%

58.808

0,406413269

40,64132688

vestuário

22.824

0,157733241

15,77332412

Metalurgia

10.870

0,07512094

7,512093988

Agropecuária

26.305

0,18178991

18,17899102

25.893

0,17894264

17,89426399

144.700

1

100

Construção Civil
Produtos Têxteis e artigos de

Fabricação de veículos e equip.
transportes

Total

11
3- GRÁFICOS

3.1 GRÁFICO DE FREQUÊNCIA ABSOLUTA

3.2 ANÁLISE:

Observando os dados conclui-se que houve discrepânciano setor da construção civil
onde o número de acidentes de trabalho não para de crescer. O crescimento acentuado
de acidentes nesse setor, verificado nos últimos anos em todo o país, tem sido
acompanhado pelo aumento do número de acidentes de trabalho e de mortes de
operários.
Por outro lado, o índice para o ramo como um todo, assim como para a indústria da
siderurgia e metalurgia básica é baixo se comparado com os outros setores analisados,
principalmente em relação à construção civil. O setor siderúrgico é um dos mais
importantes na economia nacional não só por concentrar em sua cadeia parcela
relevante da produção nacional – agregando diversos outros segmentos da indústria –
como também por ser parte integrante de diversos produtos de segmentos estratégicos
para o desenvolvimento econômico.

12
3.3 GRÁFICO DE FREQUÊNCIA RELATIVA

3.4 ANÁLISE:

A Organização Internacional do Trabalho, a OIT, diz que anualmente acontecem
270 milhões de acidentes de trabalho no mundo, com quase 1% de óbitos, o que supera
muitas guerras em saldos de mortos. A responsabilidade da segurança no ambiente de
trabalho, principalmente na construção civil, que é um setor rico, tem que ser das
empresas. O governo deve fiscalizar e fazer valer as leis e ainda investigar e
responsabilizar com os rigores da legislação os casos de culpa ou dolo. A sociedade
deve conhecer o problema e cobrar do governo eleito as ações necessárias. Os sindicatos
não podem dar trégua ao descaso e devem ter uma presença constante na denúncia das
irregularidades e na cobrança da aplicação da lei.
É importante destacar que a economia brasileira vem passando por anos de
aceleração nas atividades econômicas, apresentando inclusive recordes de geração de
novos postos de trabalho. Isso contribui para o maior percentual de acidentes na
construção civil, devido ao grande número de trabalhadores com pouca qualificação
13
profissional e baixo grau de instrução. É inacreditável que em pleno século 21, com toda
a modernidade e com todo o dinheiro e lucro produzido pelo trabalhador, não haja
maiores investimentos na prevenção de acidentes. Os equipamentos de segurança estão
caducos, velhos e obsoletos.

14
4- CONCLUSÃO

De acordo com estudos relacionados a segurança no trabalho, à medida que a economia
progride, é fundamental que a segurança e saúde no trabalho se integrem às políticas da
geração de emprego e renda. Quando há um acidente de trabalho, o somatório dos
prejuízos humanos, sociais e econômicos é irreparável. Como se não bastasse, para
agravar ainda mais o quadro, os acidentes atingem, principalmente, pessoas na faixa dos
20 aos 30 anos, justamente quando estão em plena condição física. Esses jovens
trabalhadores desfalcam as empresas e oneram a sociedade, já que passam a necessitar
de socorro e medicação de urgência, mais leitos nos hospitais, intervenção cirúrgica e
benefícios previdenciários.
O Brasil na última década evoluiu de maneira significativa no âmbito geral da
segurança e saúde do trabalho, as ações de fiscalização, trabalhadores alcançados e as
diversas variáveis analisadas na presente pesquisa evidenciam essa afirmativa no
tocante a acidentes de trabalho.
Na década de 2000 a atividade da construção civil no Brasil foi uma das áreas que mais
expandiu devido ao bom momento econômico do país e com a ampliação desse setor
torna-se também necessário a intensificação no trabalho de fiscalização dessas obras e
pode-se notadamente observar que as ações de fiscalização cresceram junto com a
ampliação do setor. No entanto, esse crescimento na fiscalização não acompanhou a
evolução na quantidade de obras no Brasil. Portanto pode-se concluir que as ações do
poder público na tentativa de minimizar e solucionar essa problemática da grande
quantidade de acidentes de trabalho no Brasil deu resultado, mas por outro lado ainda
são insuficientes.
Em suma, é de fundamental relevância a intensificação das ações de fiscalização e
investimento nos órgãos responsáveis pela aplicação da política brasileira de segurança
e saúde no trabalho.

15
5- REFERÊNCIAS

•

- www.mpas.gov.br – Ministério da Previdência e Assistência Social

•

www.previdencia.gov.br – Previdência Social

•

www.fundacentro.gov.br – Instituto do Trabalho e Emprego

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Trabalho edson

  • 1. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL SENAC – MG ESTATÍSTICA SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO NO ANO DE 2011 Daniel Lúcio Edson Moura Gisele Quadros Suely Pereira Susana Machado Sete Lagoas 2013 4
  • 2. SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM COMERCIAL SENAC – MG ESTATÍSTICA SOBRE ACIDENTES DE TRABALHO NO ANO DE 2011 Trabalho apresentado com pré-requisito para obtenção do título de Técnico em Segurança do Trabalho. Orientação: André Tavares Daniel Lúcio Edson Moura Gisele Quadros Suely Pereira Susana Machado Sete Lagoas 2013 5
  • 3. SUMÁRIO 1. Introdução 4 1.1. Apresentação 4 2. Acidentes de Trabalho no Brasil no Ano de 2011 6 2.1. Tabela de Medidas de Tendência Central 6 2.2. Análise 6 2.3. Medidas de Dispersão 7 2.4. Análise 7 2.5. Tabela Intervalos de Classe 7 2.6. Tabela Frequência Absoluta e Frequência Relativa 8 3. Gráficos 9 3.1. Gráfico de Frequência Absoluta 9 3.2. Análise 9 3.3. Gráfico de Frequência Relativa 10 3.4. Análise 10 4. Conclusão 12 5. Referências 13 6
  • 4. 1- INTRODUÇÃO 1.1 Apresentação Cerca de 700 mil casos de acidentes de trabalho são registrados em média no Brasil todos os anos, sem contar os casos não notificados oficialmente, de acordo com o Ministério da Previdência. O País gasta cerca de R$ 70 bilhões nesse tipo de acidente anualmente. Entre as causas desses acidentes estão maquinário velho e desprotegido, tecnologia ultrapassada, mobiliário inadequado, ritmo acelerado, assédio moral, cobrança exagerada e desrespeito a diversos direitos. A aplicação do Fator Acidentário de Prevenção (FAP), a partir de 2010, obrigou as empresas a pagarem mais impostos sobre a folha de pagamentos conforme o índice de acidentes de trabalho. Esses recursos servem para financiar o Seguro Acidente de Trabalho (SAT), para custear benefícios ou aposentadorias decorrentes de acidentes de trabalho. Uma nova Política Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho foi criada em 2011. Antes focada em reabilitação e tratamento, agora ela visa à prevenção, com ações combinadas de três ministérios: Previdência, Trabalho e Saúde. Embora o número de acidentes esteja caindo gradativamente, ainda acontece de empregadores e trabalhadores acharem que as medidas de segurança atrapalham o serviço e não levarem as normas a sério. Esse trabalho visa expor o número de acidentes ocorridos durante o ano de 2011 em diversos setores da economia, tais como: Construção Civil, Produtos Têxteis e artigos de vestuário, Metalurgia, Agropecuária e Fabricação de veículos e equipamentos de transportes. Os resultados serão demonstrados através de análise de medidas de tendência central emedidas de dispersão em tabelas e gráficos de acordo com estatísticas de acidentes de trabalho de 2011 divulgados pelo Ministério da Previdência Social. 7
  • 5. Em ambos os segmentos, salientando que entre os informais a situação é mais gravosa, os trabalhadores consideram sua atividade de pouco risco, sem consciência dos riscos a que estão expostos, além de revelarem conhecer muito pouco sobre as normas e procedimentos referentes aos acidentes de trabalho. Para muitos trabalhadores brasileiros, qualidade de vida no trabalho parece ser um sonho distante. Primeiro precisamos alcançar os patamares mínimos de trabalho decente, com jornadas de trabalho adequadas, remuneração justa, tratamento humano e risco muito baixo de acidentes e doenças. 8
  • 6. 2- ACIDENTES DE TRABALHO NO BRASIL NO ANO DE 2011 2.1 TABELA DE MEDIDAS DE TENDÊNCIA CENTRAL Nº ACIDENTES 2011 SETOR ATIVIDADE ECONÔMICA Construção Civil 58.808 Produtos Têxteis e artigos de vestuário 22.824 Metalurgia 10.870 Agropecuária 26.305 Fabricação de veículos e equipamentos de transportes 25.893 Total 144.700 Moda: Não existe Mediana: 25.893 Média: 28.940 2.2 ANÁLISE: Analisando os cinco setores de atividade econômica o maior número de acidentes de trabalho foi o da construção civil, com um total de 58.808 acidentes. Em seguida, vem o setor da agropecuária com 26.330 acidentes e o setor de fabricação de veículos e equipamentos de transportes com 25.893 acidentes. Na sequência temos o setor de produtos têxteis com o registro de 22.824 acidentes e o setor da metalurgia com 10.870 acidentes. O número de acidentes de trabalho na construção civil não para de aumentar porque os operários passaram a trabalhar em regime de empreitada, com excesso de carga horária por causa da falta de mão de obra especializada.Esses números de acordo com a Organização Internacional do Trabalho – OIT, coloca o Brasil em quarto lugar no ranking mundial em acidentes de trabalho. 9
  • 7. 2.3 MEDIDAS DE DISPERSÃO Variância: 254.451.042,80 Desvio Padrão: Coeficiente de Variação: 15.951,52 55,12% 2.4 ANÁLISE: Os dados analisados mostram o alto índice de acidentes de trabalho na construção civil em comparação aos outros setores causando uma discrepância. O problema é que vários estudos apontam que os acidentes de trabalho são mais comuns entre funcionários de empresas terceirizadas. Uma pesquisa divulgada recentemente pela CUT mostra que, quatro em cada cinco acidentes de trabalho, inclusive os que resultam em mortes, envolvem trabalhadores terceirizados. 2.5 TABELAINTERVALOS DE CLASSE Intervalos de Classe Setor 0 I---- 10.000 Freq. Média 4.999,50 10.000 I----- 20.000 Metalurgia 14.999,50 20.000 I----- 30.000 Agropecuária/Veículos/Têxtil 24.999,50 30.000 I---- 40.000 34.999,50 40.000 I---- 50.000 44.999,50 50.000 I---- 60.000 Construção Civil Amplitude total: 47.938 Amplitude relativa total: 54.999,50 33,12923289% 10
  • 8. 2.6 TABELA FREQUÊNCIA ABSOLUTA E FREQUÊNCIA RELATIVA SETOR ATIVIDADE ECONÔMICA Freq. Absoluta Freq. Relativa % 58.808 0,406413269 40,64132688 vestuário 22.824 0,157733241 15,77332412 Metalurgia 10.870 0,07512094 7,512093988 Agropecuária 26.305 0,18178991 18,17899102 25.893 0,17894264 17,89426399 144.700 1 100 Construção Civil Produtos Têxteis e artigos de Fabricação de veículos e equip. transportes Total 11
  • 9. 3- GRÁFICOS 3.1 GRÁFICO DE FREQUÊNCIA ABSOLUTA 3.2 ANÁLISE: Observando os dados conclui-se que houve discrepânciano setor da construção civil onde o número de acidentes de trabalho não para de crescer. O crescimento acentuado de acidentes nesse setor, verificado nos últimos anos em todo o país, tem sido acompanhado pelo aumento do número de acidentes de trabalho e de mortes de operários. Por outro lado, o índice para o ramo como um todo, assim como para a indústria da siderurgia e metalurgia básica é baixo se comparado com os outros setores analisados, principalmente em relação à construção civil. O setor siderúrgico é um dos mais importantes na economia nacional não só por concentrar em sua cadeia parcela relevante da produção nacional – agregando diversos outros segmentos da indústria – como também por ser parte integrante de diversos produtos de segmentos estratégicos para o desenvolvimento econômico. 12
  • 10. 3.3 GRÁFICO DE FREQUÊNCIA RELATIVA 3.4 ANÁLISE: A Organização Internacional do Trabalho, a OIT, diz que anualmente acontecem 270 milhões de acidentes de trabalho no mundo, com quase 1% de óbitos, o que supera muitas guerras em saldos de mortos. A responsabilidade da segurança no ambiente de trabalho, principalmente na construção civil, que é um setor rico, tem que ser das empresas. O governo deve fiscalizar e fazer valer as leis e ainda investigar e responsabilizar com os rigores da legislação os casos de culpa ou dolo. A sociedade deve conhecer o problema e cobrar do governo eleito as ações necessárias. Os sindicatos não podem dar trégua ao descaso e devem ter uma presença constante na denúncia das irregularidades e na cobrança da aplicação da lei. É importante destacar que a economia brasileira vem passando por anos de aceleração nas atividades econômicas, apresentando inclusive recordes de geração de novos postos de trabalho. Isso contribui para o maior percentual de acidentes na construção civil, devido ao grande número de trabalhadores com pouca qualificação 13
  • 11. profissional e baixo grau de instrução. É inacreditável que em pleno século 21, com toda a modernidade e com todo o dinheiro e lucro produzido pelo trabalhador, não haja maiores investimentos na prevenção de acidentes. Os equipamentos de segurança estão caducos, velhos e obsoletos. 14
  • 12. 4- CONCLUSÃO De acordo com estudos relacionados a segurança no trabalho, à medida que a economia progride, é fundamental que a segurança e saúde no trabalho se integrem às políticas da geração de emprego e renda. Quando há um acidente de trabalho, o somatório dos prejuízos humanos, sociais e econômicos é irreparável. Como se não bastasse, para agravar ainda mais o quadro, os acidentes atingem, principalmente, pessoas na faixa dos 20 aos 30 anos, justamente quando estão em plena condição física. Esses jovens trabalhadores desfalcam as empresas e oneram a sociedade, já que passam a necessitar de socorro e medicação de urgência, mais leitos nos hospitais, intervenção cirúrgica e benefícios previdenciários. O Brasil na última década evoluiu de maneira significativa no âmbito geral da segurança e saúde do trabalho, as ações de fiscalização, trabalhadores alcançados e as diversas variáveis analisadas na presente pesquisa evidenciam essa afirmativa no tocante a acidentes de trabalho. Na década de 2000 a atividade da construção civil no Brasil foi uma das áreas que mais expandiu devido ao bom momento econômico do país e com a ampliação desse setor torna-se também necessário a intensificação no trabalho de fiscalização dessas obras e pode-se notadamente observar que as ações de fiscalização cresceram junto com a ampliação do setor. No entanto, esse crescimento na fiscalização não acompanhou a evolução na quantidade de obras no Brasil. Portanto pode-se concluir que as ações do poder público na tentativa de minimizar e solucionar essa problemática da grande quantidade de acidentes de trabalho no Brasil deu resultado, mas por outro lado ainda são insuficientes. Em suma, é de fundamental relevância a intensificação das ações de fiscalização e investimento nos órgãos responsáveis pela aplicação da política brasileira de segurança e saúde no trabalho. 15
  • 13. 5- REFERÊNCIAS • - www.mpas.gov.br – Ministério da Previdência e Assistência Social • www.previdencia.gov.br – Previdência Social • www.fundacentro.gov.br – Instituto do Trabalho e Emprego 16