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O HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS
COISAS
PROTÁGORAS (c.490-420 a.C.)
É Primavera em Atenas
Um visitante da Suécia diz que o tempo
está quente.
Um visitante do Egito diz que o tempo está
frio.
Ambos estão falando a verdade.
A verdade depende da perspectiva e,
portanto, é relativa.
O Homem é a medida de todas as
coisas.
Nasceu em Abdera, na Grécia, viajou muito
como professor. Morou em Atenas onde se
tornou conselheiro do governante Péricles,
escreveu a constituição de uma colônia em
444 a.C., defendia o agnosticismo.
No século V a.C., Atenas entrou em sua
“Era do Ouro” da erudição e da cultura, isso
atraiu pessoas de toda a Grécia, e aquelas
que conheciam e sabiam interpretar a lei
tinham vantagens.
Administrada por princípios democráticos,
com um sistema legal estabelecido.
Qualquer pessoa levada a corte defendia
sua causa, como não haviam advogados,
um grupo de conselheiros surgiu.
“Muitas coisas impedem o conhecimento,
incluindo a obscuridade do tema e a
brevidade da vida humana.”
Protágoras
Protágoras ensinava legislação e retórica,
com ensinamentos objetivos, preparava
alguém para debater e ganhar uma causa,
em vez de provar um ponto de vista.
Para Protágoras:
Todo argumento tem dois lados e ambos
podem ser válidos.
Afirmou que podia:
“Transformar o argumento mais fraco em
mais forte”,
Provando não o valor do argumento, mas a
persuasão de seu proponente.
Reconheceu a crença como subjetiva:
O homem, mantendo um ponto de vista ou
opinião, é que dá medida de seu valor.
Estilo de raciocínio comum na justiça e na
política daquele tempo, novo na filosofia.
Ao colocar seres humanos no centro,
seguiu a tradição de retirar a religião do
argumento filosófico, e também mudou o
foco da compreensão da natureza do
universo para o comportamento humano.
Protágoras era atraído por questões
práticas, especulações filosóficas sobre a
substância do cosmos ou a existência dos
deuses soavam sem sentido para ele,
considerava tais coisas incognoscíveis.
A principal implicação de “O homem é a
medida de todas as coisas” é que a crença
é subjetiva e relativa.
Protágoras rejeitava definições absolutas
de verdade, justiça e virtude.
O que é verdadeiro para uma pessoa pode
ser falso para outra.
Esse relativismo também se aplicava a
valores morais, como certo e errado.
Para Protágoras, nada é inerentemente
bom em si mesmo.
Algo é ético ou certo apenas porque uma
pessoa (ou sociedade) o julga assim.
Protágoras foi o mais influente de um grupo
de professores itinerantes de legislação e
retórica que ficaram conhecidos como
sofistas (do grego sophia, sabedoria).
Sócrates e Platão ridicularizavam os
sofistas como mero retóricos, mas com
Protágoras a ética avançou rumo a uma
visão que não há absolutos e que todos os
julgamentos são subjetivos.
Protágoras diz que todo o argumento
permite sempre a discussão de duas teses
contrárias, inclusive este de que a tese
favorável e contrária são igualmente
defensáveis.
Protágoras

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Protágoras

  • 1. O HOMEM É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS PROTÁGORAS (c.490-420 a.C.)
  • 3. Um visitante da Suécia diz que o tempo está quente.
  • 4. Um visitante do Egito diz que o tempo está frio.
  • 5. Ambos estão falando a verdade.
  • 6. A verdade depende da perspectiva e, portanto, é relativa.
  • 7. O Homem é a medida de todas as coisas.
  • 8.
  • 9. Nasceu em Abdera, na Grécia, viajou muito como professor. Morou em Atenas onde se tornou conselheiro do governante Péricles, escreveu a constituição de uma colônia em 444 a.C., defendia o agnosticismo.
  • 10. No século V a.C., Atenas entrou em sua “Era do Ouro” da erudição e da cultura, isso atraiu pessoas de toda a Grécia, e aquelas que conheciam e sabiam interpretar a lei tinham vantagens.
  • 11.
  • 12. Administrada por princípios democráticos, com um sistema legal estabelecido. Qualquer pessoa levada a corte defendia sua causa, como não haviam advogados, um grupo de conselheiros surgiu.
  • 13. “Muitas coisas impedem o conhecimento, incluindo a obscuridade do tema e a brevidade da vida humana.” Protágoras
  • 14. Protágoras ensinava legislação e retórica, com ensinamentos objetivos, preparava alguém para debater e ganhar uma causa, em vez de provar um ponto de vista.
  • 15. Para Protágoras: Todo argumento tem dois lados e ambos podem ser válidos.
  • 16. Afirmou que podia: “Transformar o argumento mais fraco em mais forte”, Provando não o valor do argumento, mas a persuasão de seu proponente.
  • 17. Reconheceu a crença como subjetiva: O homem, mantendo um ponto de vista ou opinião, é que dá medida de seu valor. Estilo de raciocínio comum na justiça e na política daquele tempo, novo na filosofia.
  • 18. Ao colocar seres humanos no centro, seguiu a tradição de retirar a religião do argumento filosófico, e também mudou o foco da compreensão da natureza do universo para o comportamento humano.
  • 19. Protágoras era atraído por questões práticas, especulações filosóficas sobre a substância do cosmos ou a existência dos deuses soavam sem sentido para ele, considerava tais coisas incognoscíveis.
  • 20. A principal implicação de “O homem é a medida de todas as coisas” é que a crença é subjetiva e relativa.
  • 21. Protágoras rejeitava definições absolutas de verdade, justiça e virtude.
  • 22. O que é verdadeiro para uma pessoa pode ser falso para outra.
  • 23. Esse relativismo também se aplicava a valores morais, como certo e errado.
  • 24. Para Protágoras, nada é inerentemente bom em si mesmo. Algo é ético ou certo apenas porque uma pessoa (ou sociedade) o julga assim.
  • 25. Protágoras foi o mais influente de um grupo de professores itinerantes de legislação e retórica que ficaram conhecidos como sofistas (do grego sophia, sabedoria).
  • 26. Sócrates e Platão ridicularizavam os sofistas como mero retóricos, mas com Protágoras a ética avançou rumo a uma visão que não há absolutos e que todos os julgamentos são subjetivos.
  • 27. Protágoras diz que todo o argumento permite sempre a discussão de duas teses contrárias, inclusive este de que a tese favorável e contrária são igualmente defensáveis.