O documento fornece informações sobre a avaliação cinesiológica funcional realizada por fisioterapeutas. A avaliação envolve anamnese, exame físico e determinação de objetivos e plano de tratamento. O exame físico inclui inspecção, palpação e testes de mobilidade e força muscular para identificar problemas e limitações funcionais.
3. Avaliação: consiste em formar um inventário destinado a registrar um
certo número de elementos clínicos e através disto determinar
precisamente o local da lesão e a importância da mesma (qual o grau,
intensidade...).
O estágio de avaliação do paciente envolve tanto os dados objetivos,
como os subjetivos do nível atual da função e do grau de disfunção.
Os registros médicos são uma boa fonte de informação sobre a história
da doença do paciente e de seu estado atual.
Durante a entrevista com o paciente é importante estabelecer uma boa
afinidade para que ele (paciente) possa adquirir confiança no terapeuta.
Isto ajuda a obter a cooperação do paciente e faz com que as observações
do terapeuta sejam seguidas promovendo desenvolvimento de objetivos
mútuos.
Uma avaliação completa do paciente evita o perigo de deixar passar
alguns fatores de contribuição importante e permite a definição das
limitações funcionais do paciente.
5. Exigências básicas:
1ª - Baseado no conhecimento da patologia (evolução
provável, estágio atual) e estado do paciente (grau de
disfunção ou incapacidade). Determinar objetivos e
estabelecer métodos e técnicas para estabelecer estes
objetivos.
2ª - Registro – dados qualitativos e quantitativos para
fundamentar a ação terapêutica (qualitativo – tipo de
alteração, quantitativo – o quanto dói e o quanto
melhorou).
6. ETAPAS DE AVALIAÇÃOETAPAS DE AVALIAÇÃO
1.1. Dados pessoaisDados pessoais
2. Anamnese2. Anamnese
3. Exame objetivo3. Exame objetivo
4. Relato por extenso4. Relato por extenso
5. Determinação dos objetivos5. Determinação dos objetivos
6. Plano de tratamento6. Plano de tratamento
7. DADOS INICIAIS
Informações administrativas devem encabeçar a ficha de
avaliação.
Exemplo:
Nome
Endereço
Data
Data de Nascimento – DN
Idade
Sexo
Profissão
Diagnóstico clínico
9. Anamnese: Queixa Principal
É a base da anamnese. O paciente fala o que
sente.
As queixas referem-se normalmente à:
* dor
* disfunção
* observações do paciente ( estalido, rigidez, falseio,
desequilíbrio, tremor, ardência, queimação, inchaço,
dificuldade para caminhar ou subir escadas entre
outros)
12. História da Doença Atual
Perguntas Básicas:
Onde?
Como?
Quando?
Quanto?
DICA: Organize as informações em ordem cronológica.
13.
14. Anamnese: História da doença atual
1. Local anatômico
2. Descrição da sensação
3. Freqüência e duração da dor
4. Quando começou as alterações percebidas
5. Quais os efeitos do repouso, AVDs e atividades ocupacionais
sobre a dor ou disfunção?
6. Há manifestações articulares?
7. Investigar sobre sintomas motores ou sensoriais
8. O que já foi feito para este caso? Medicações, outras terapias?
15. História Pregressa
Por que é importante?
1. Analisar o estado geral do paciente
2. Informar sobre a cronicidade, hereditariedade
ou qualquer evento passado que possa ser
relacionado ao caso.
3. Buscar dados sobre patologias associadas,
traumatismos e ou cirurgias precedentes que
possam ter produzido seqüelas.
16. HISTÓRIA FAMILIAR
Pesquisar antecedentes familiares em
doenças hereditárias.
Na ortopedia: tumores ósseos, alterações
posturais, fibromialgia.
Doenças associadas: depressão
17. HISTÓRIA SOCIAL
Conhecer os hábitos e condições de vida,
assim como o meio social em que o
paciente está inserido auxilia na
identificação da causa da doença e na
adequação do plano de tratamento.
18. EXAME OBJETIVOEXAME OBJETIVO
OBJETIVOS
• Buscar sintomas ou sinais que significam desvio
da estrutura normal
• Identificar alterações secundárias
• Verificar alterações nos sistemas ou partes de
sistemas não afetados diretamente.
19. EXAME FÍSICO:
Aspectos Analisados
Sinais vitais
Estado mental e
psicológico
Inspeção
Palpação
Exame da mobilidade
Provas de função
muscular
Integridade da resposta
motora e sensibilidade
Testes especiais
Marcha
Avaliação funcional
21. ESTADO MENTAL E PSICOLÓGICO
Avaliar quanto a orientação do paciente em relação ao tempo, lugar,
espaço, capacidade de comunicação, percepção da realidade, nível de
cooperação, ansiedade, insegurança, revolta, conscientização ou “ilusão”
frente a sua realidade.
Depressão – é a ausência de esperança, dificuldade para tomar decisões,
perdas de contato e períodos de reclamações e lamúrias excessivas.
Negação – agem como se nada está errado, esperando curas milagrosas,
assumindo uma atitude de que todos os médicos estão errados e que
aquilo é um castigo temporário e assim por diante.
Angústia – está associada a um período de tristeza, geralmente seguindo
à morte de alguma pessoa querida.
Raiva – pode tomar a forma de agressão e abuso físico e verbal àqueles
envolvidos com o paciente ou de uma auto-destruição.
23. INSPEÇÃO:
Postura – inspeção visual das partes corporais nos planos sagital
(D/E), frontal (A/P) e horizontal.
Observação da pele – se a coloração é pálida, branca ou marmórea,
avermelhada, violácea ou cianótica, Sensibilidade cutânea – nos
permite coletar certas informações sobre a sensibilidade
extereoceptiva e proprioceptiva, assim como sensações térmicas e
álgicas através de determinadas manobras, Manobras: pressões
diferentes, temperaturas diferentes e locais diferentes com objetos de
diferentes textura;
Palpação: elasticidade, sensibilidade, flexibilidade (aderências) e
densidade dos tecidos. Objetivos: identificar zonas dolorosas,
presença de nódulos, alteração de linhas articulares.
24. Espasmo muscular: é o estado contínuo de contração de um
músculo. É a resposta a uma agressão de um trauma direto, frio
ou tensão emocional. Características: aumento da tensão, dor ao
toque ou pressão, dor ao movimento de alongamento, porém
permanece a amplitude.
Contratura: é o encurtamento dos tecidos moles, diminuição da
ADM devido as limitações articulares ou de partes moles,
diminuição no comprimento do tecido mole e o movimento no
sentido do alongamento dos músculos ficam limitados.
Retração/encurtamento: leve diminuição do comprimento dos
tecidos moles, dificuldade para atingir limites extremos (ex.:
ísquio-tibiais, reto femural, peitorais – cifose) e dor nos limites
extremos do movimento da musculatura em extensão.
25. AVALIAÇÃO DE AMPLITUDE DE MOVIMENTO
A estrutura das articulações, assim como a integridade e flexibilidade
dos tecidos moles que passam pelas articulações, afetam a quantidade de
movimento que pode ocorrer entre os segmentos. O movimento
completo possível é chamado de amplitude máxima de movimento
(AMM). Quando um segmento se move em sua AMM, todas as
estruturas da região são afetadas.
Pode-se avaliar a AMM através de movimentos ativos, ativos assistidos e
passivos podendo-se assim quantificar, ou seja, medir através da
goniometria.
VERIFICAÇÃO ATIVA DA ADM: é solicitada ao paciente que mova
parte do corpo que está sendo avaliado em sua AMM (total).
VERIFICAÇÃO PASSIVA DA ADM: os mesmos movimentos que o
paciente realizou ativamente são repetidos passivamente.
26. TESTE DE MOBILIDADE PASSIVA
Através das cápsulas, ligamentos, bursas e fáscias.
Movimento passivo: estruturas inertes (alongamento muscular).
Movimento ativo: estrutura contrátil (compressão da estrutura intra-
articular).
Tração dor e mobilidade
Compressão dor ( intra-articular)
Deslizamento dor e mobilidade
ESTABILIDADE E MOBILIDADE ARTICULAR
anquilosada (não movimenta)
hipomobilidade considerável
leve
normal
hipermobilidade leve
considerável
instável
27. MEDIDAS DE MOVIMENTOS COM FITA MÉTRICA
A avaliação centimétrica como é chamada, também permite
apreciar a mobilidade articular normal ou diminuída ou mesmo a
posição segmentar fixada que traduz a ausência de mobilidade.
1. Este instrumento é bastante usado nas medidas de mobilidade de
coluna, que põe em ação vários estágios articulares.
2.Também na apreciação dos movimentos da abdução da escápula.
Nos movimentos de oponência dos dedos.
Na avaliação do grau de limitação ou contratura de uma
articulação, dado pela distância entre os dois segmentos ósseos em
angulação.
Na avaliação da ADM (AMM) da ATM (articulação têmporo-
mandiblar).
28. PERIMETRIA
É a avaliação da circunferência ou medida do perímetro de um segmento
corporal realizada com fita métrica, através desta técnica podemos
verificar se há uma hipertrofia muscular, uma hipotrofia muscular ou
um edema.
MENSURAÇÃO
É usada para medidas de comprimento de um segmento corporal. Usa-se
fita métrica e é preciso que se use ponto de referências ósseo.
CIRTOMETRIA
A cirtometria é a medida da circunferência do tórax e tem por finalidade
avaliar a diferença da circunferência torácica entre as posições de
expiração máxima, repouso e inspiração máxima.
29. FATORES QUE PODEM LEVAR A DIMINUIÇÃO DA ADM
Doença ou lesão articular, edema, dor, espasticidade, hipotonia ( a
ADM), cicatrizes, encurtamento articular ou de tendão, ruptura muscular
e fraturas.
Uma limitação significativa é aquela que pode levar a uma
deformidade ou diminuição da função.
TESTES NEUROLÓGICOS
Teremos envolvimento de nervo, raíz nervosa ou sistema nervoso
quando houver qualquer indicação de fraqueza muscular ou alteração de
sensibilidade, tendo assim, que avaliar com testes específicos.
Avaliaremos:
músculos-chave: determine força e reflexos dos músculos relacionados a
níveis espinhais específicos e padrões nervosos.
habilidade motora: determine controle muscular central versus
periférico.
30. teste de sensibilidade: note mudanças de sensibilidade para temperatura,
tato, pressão superficial e profunda, padrões dolorosos e propriocepção.
tronco nervoso: determine se há dor ao pressionar ou estirar troncos.
integridade dos nervos cranianos.
CONDIÇÃO CARDIOVASCULAR
testes de resistência, tais como determinar um batimento cardíaco alvo
e então monitorizar o pulso antes, durante e depois do exercício.
integridade circulatória, como verificação de pulso, edema e cor de
um membro inferior.
verificação de sintomas como síncope.
31. CAPACIDADE E FUNÇÃO RESPIRATÓRIA
ausculta
padrão respiratório
habilidade para tossir efetivamente
limitações ou restrições funcionais
capacidade vital e fluxo
mobilidade torácica