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CLÁUDIA FONSECA ROCHA -RA: 3810642290;
DÉSIA MARIA DINIZ- RA: 4301782159;
FLÁVIO NARCISO DOS SANTOS – RA: 4708900589
MARCELODE JESUS LELES - RA: 4586877950
JOHN KENNEDY SILVESTRE - RA:5532125641
INTRODUÇÃO
O objetivo deste trabalho é correlacionar as reflexões sobre a
possibilidade de adoção ajustável das propostas de gestão pública na realidade latino-
americana, especificamente, no Brasil. Tendo como ponto de partida uma visão dos
artigos e capítulos dos livros sugeridos, parte-se de uma possível interpretação sobre as
representações e as visões de mundo para assentar que cada paradigma pauta o
respectivo agir administrativo, segundo sua compreensão de homem, conhecimento,
sociedade, Estado e direito. Para tanto, foram feitos os eixos metodológicos para a
análise da temática objeto do trabalho. Após rever o prisma weberiano acerca do
paradigma burocrático, construído no decorrer da modernidade ocidental, a abordagem
volta-se para as críticas dos tempos de ruptura paradigmática, a que as teorias de gestão
pública respondem com o desenvolvimento de uma Nova Administração Pública, muito
mais próxima da lógica operacional do setor privado. Pretende-se mostrar o conceito de
paradigma como motor e modelador da produção científica, como o conceito de
paradigma é visto sob a ótica de Thomas Samuel Kuhn.
Em observância ao projeto de emancipação das realidades periféricas,
questiona-se, então, se a aplicação das propostas hegemônicas de gestão pública no
Brasil e no mundo podem favorecer a participação do cidadão no agir político-
administrativo e a consequente abertura democratizante da Administração Pública.
Novos Horizontes para a Gestão Pública
A gestão pública no Brasil significa percorrer um caminho traçado por
ideias, imaginários, temores e esperanças, um percurso repleto de representações que
antecedem qualquer análise jurídico-positiva do tema. O uso da expressão é difundido
no cotidiano: tudo indica que o termo seria mais ajustável aos novos campos
discursivos. Tanto na esfera privada, quanto no setor público, fala-se em gestão de
negócios, gestão imobiliária, gestão do ensino, gestão da saúde, gestão portuária, gestão
urbana, gestão do meio ambiente, gestão dos custos sociais. No entanto, existe certo
receio quando se deixa a perspectiva pontual desses setores especializados, que lidam
com problemas organizacionais do cotidiano, para se falar em gestão pública ou gestão
da coisa pública, quiçá porque isso questione a lógica padrão de atuação administrativa
na esfera pública.
Por um lado, muitos agentes públicos que trabalham em órgãos do
núcleo burocrático da Administração Pública já adotam práticas de gestão no cotidiano
de trabalho, realizando fluxogramas de desempenho, balancetes, projetos de serviço,
sistemas de pilotagem, painéis de controle, reunião anual de atividades, incentivos de
formação dos agentes, ou seja, usam várias ferramentas de gerenciamento público, sem
saber que o fazem. Novas práticas são aplicadas no cotidiano sob as vestes de antigas
representações do agir administrativo, como se tais práticas integrassem originalmente o
modelo burocrático de organização pública.
Por outro lado, muitos agentes públicos defendem o avanço das
práticas de gestão pública, asseverando os benefícios da flexibilização quanto aos
entraves lógico-formais da burocracia, mas se apegam a procedimentos estanques, em
detrimento da capacitação dos agentes públicos e dos próprios cidadãos. Velhos
métodos são usados no cotidiano aparente gerencialismo. Em ambos os casos, os
hábitos divergem dos discursos. Frente à carga simbólica que adere à temática da gestão
pública, a pesquisa opera metodologicamente pela interpretação de paradigmas,
escolhendo, na multicausalidade que permeia o real, cinco eixos de representações de
mundo: homem, conhecimento, sociedade, Estado e direito. Em cada paradigma, o agir
administrativo delineia-se conforme esse conjunto de representações. Afinal, são as
representações que os homens têm da realidade que orientarão suas práticas, seus
hábitos e seus padrões de comportamento. Como a mudança da realidade requer
oreajuste das representações sobre o real, representações diferentes em termos de tempo
e de espaço podem indicar a impossibilidade de manutenção do modelo burocrático e a
impossibilidade de mera importação das propostas hegemônicas de gestão pública.
No segundo capítulo do livro, o paradigma burocrático de agir
administrativo, erigido no curso da modernidade ocidental, caracterizava-se por
burocratas encerrados numa racionalidade hermética, fechando-se à sociedade para
promover a monopolização dos meios administrativos de produção por meio do
legalismo lógico-formal. Se o objetivo é compreender a burocracia no tempo em que
foi concebida, nada melhor que recorrer ao autor que vivenciou e estudou sua ascensão
na modernidade ocidental. Para não criar um descompasso entre o estudo de burocracia,
em sua gênese moderna, e a própria contextualização da modernidade ocidental, será
adotada o mesmo referencial teórico para os dois propósitos: a sociologia de Max
Weber.
Quando Max Weber trata da racionalidade intrínseca ao
confucionismo típico dos letrados chineses, ele mostra que a racionalidade não é
fenômeno exclusivo da modernidade ocidental e nem tem um sentido unívoco, pois um
fenômeno não é racional em si mesmo, por depender do critério de valor eleito como
referencial. Assim, o que é racional para a racionalidade material, pode não ser racional
para a racionalidade formal; o que é racional para uma sociedade e um tempo, pode não
ser para outros. Ao se enfocar no racionalismo ocidental, o sociólogo alemão notou que
o termo racionalismo pode abrigar vários sentidos.
Entre diletantismo e burocratização, Max WEBER opta pela
burocracia por seu caráter técnico-racional, capaz de administrar as massas, pois, como
estrutura permanente com um sistema de regras racionais, a burocracia é modelada de
forma a atender as necessidades previstas e repetidas por meio de uma rotina normal.
Voltada ao aprimoramento dos meios, a burocracia segue a
racionalidade formal e instrumental, já que fica, na pureza do tipo, circunscrita à
execução dos deveres funcionais.
No entendimento weberiano, a esfera social foi racionalizada por meio
de uma burocratização apta do agir cotidiano, seja na esfera estatal-administrativa, seja
no âmbito da empresa privada. A racionalização torna a vida cotidiana previsível por
meio de regras racionais pré-estabelecidas, de forma afastar o autoritarismo
desestabilizador de outrora, que impedia o desenvolvimento de situações calculáveis e
permanentes. Ao provocar a rotinização da vida, a racionalização instrumental
autonomiza os meios em relação a seus respectivos fins, resultando na restrição da
liberdade de agir diante do mundo. Desponta a perda de liberdade, pois o homem fica
aprisionado numa jaula de ferro”.
A definição weberiana de Estado enfoca-se nos meios, mas nem por
isso ela esquece que o uso constante da força desgasta o poder, ou seja, a faculdade da
autoridade de impor sua vontade aos demais. Por isso, o Estado teria que pautar sua
dominação na obediência, legitimando-se ou na dominação tradicional, ou na
dominação carismática ou, ainda, na dominação legal-racional. Dentre os três tipos
puros de dominação, é na dominação racional-legal que o Estado moderno encontra sua
legitimidade, pois ali prevalece a crença na validade e na legitimidade de um estatuto
legal construído por regras racionalmente criadas que informam as ações racionais
orientadas a fins ou valores.
Em sua sociologia do direito, Max WEBER tem por objetivo expor
como o processo de racionalização da modernidade ocidental reflete-se no âmbito
jurídico. Além disso, ele pretende mostrar até que ponto as pessoas orientam o sentido
de suas condutas de acordo com as regras de direito, verificando a eficácia das normas
jurídicas. Na seara sociológica, eficácia significa a efetiva observação social do preceito
jurídico e não se o dever-ser está apto a produzir consequências jurídicas. Dessa forma,
sua sociologia do direito diverge dos fins da dogmática jurídica: enquanto esta se
preocupa com a validade formal dos preceitos jurídicos, segundo um método lógico-
normativo de viés abstrato e formal, aquela se volta para a compreensão das causas e
dos efeitos de uma ordem jurídica.
Os aspectos apresentados no decorrer do artigo CARA E COROA: OS
DOIS LADOS DA BUROCRACIA, temos a plena percepção como a burocracia
proporciona duas situações, sendo ambas antagônicas. A questão do sistema ideal está
relacionada à necessidade da organização, ou seja, a capacidade de notar qual o meio
para se obter o fim. É óbvio se sabe que não existe um sistema ideal para todas as
organizações, assim como elas são flexíveis, deve haver um sistema burocrático
maleável a cada tipo de organização. No decorrer do artigo explica-se que a ação de um
sistema burocrático em uma organização requer uma análise não apenas do ambiente
interno, mas do meio externo junto com os procedimentos de expansão e comunicação.
O que Weber deixa de essencial para a administração não é a existência de uma
burocracia ideal como a que ele referiu a um sistema perfeito, mas que a mesma é um
meio para se obter um devido fim, logo sé uma burocracia que consegue a máxima
eficiência ao tal sistema ideal que ele deixou de herança, ou seja, mesmo com
disfunções o que é primordial é a obtenção do objetivo, pois sem esse a organização está
destinada à morte.
Hannah Arendt tratou da TEORIA DO DENTE DA ENGRENAGEM
para lembrar que, cada dente da engrenagem, isto é, cada pessoa, deve ser descartável
sem mudar o sistema, uma pressuposição subjacente a todas as burocracias, a todo
serviço público e a todas as funções propriamente dita.
Uma vez que a burocracia demanda a alocação de responsabilidades
encargos e, não em pessoas, as ações e omissões administrativas tendem a encontrar
abrigo nas falhasdo sistema burocrático. Para se resguardar de julgamentos e
responsabilizações, o burocrata procura seguir estritamente as regras abstratas que
orientam o sentido de sua ação, em detrimento da singularidade de cada situação fática.
Uma ação não abrigada por regulamentos não pode ser acobertada por “falhas” que são
inerentes à engrenagem burocrática. Assim, é possível relacionar o burocrata ao animal
laborans , porque tanto um quanto o outro perderiam a singularidade humana para se
imiscuir, homogeneamente, num movimento cíclico, repetitivo e rotineiro de produção,
denunciando, ainda mais, a ascensão do labor. No âmbito da vitaactiva,a elevação do
labor à categoria de atividade suprema levou, ainda, à alienação e ao isolamento do
homem em relação ao mundo das aparências. Embora os homens passem a laborar
conjuntamente, a satisfação corporal e o gozo hedonista são essencialmente
egocêntricos, razão por que o animal laborans foge do mundo circundante. Equiparando
os homens naquilo que lhes é comum, isto é, nas necessidades vitais, a uniformização
imposta pelo movimento cíclico do labor faz com que os homens protejam-se dela por
meio do isolamento radical dentro da esfera íntima.
Na visão de Hannah, essa fuga do homem em relação ao mundo das
aparências é corroborada pela dúvida cartesiana, uma vez que a descoberta do
telescópio por Galileu e a ascensão do sistema heliocêntrico colocaram em xeque a
veracidade dos sentidos e das percepções, fazendo com que o homem se refugiasse
numa subjetividade interna, isolada e abstrata. Nas palavras da autora, o grande
apanágio da filosofia moderna residiria na preocupação exclusiva com o ego, em
oposição à alma ou à pessoa ou ao homem em geral, uma tentativa de reduzir todas as
experiências, com o mundo e com os outros seres humanos, a experiências entre o
homem e si mesmo.
Na medida em que o homem isola-se na subjetividade abstrata, ele
procura,por processos cognitivos, reduzir toda a realidade em leis gerais que lhe
permitam prever as reações da natureza e do próprio homem, espelhando-se na lógica
do labor quanto ao movimento cíclico e repetitivo das leis cósmicas. O homem deixa de
construir ativamente seu mundo-artifício a partir de eventos dignos de lembrança,para
se submeter ao mundo regido por leis aferidas pela razão humana, ensejando seu
lançamento na circularidade repetitiva de eventos previsíveis. Ao invés de delimitar o
espaço de atuação livre dos homens, as leis acabam por uniformizar o comportamento
do sujeito abstrato, em benefício da previsibilidade rotineira.
Agente Público e suas capacitações
Na era da informação, o conhecimento singulariza o recurso
organizacional mais importante, o que permite o entendimento de que o capital
intelectual pode ser considerado uma riqueza organizacional.
A capacitação reveste-se de importância na gestão de pessoas. O
termo 'capacitação', é utilizado no sentido de ser um processo para preparar, capacitar os
Agentes Públicos a fim de melhorar a qualidade do desempenho das suas funções e o
tratamento com os usuários, beneficiários do serviço público.Nas palavras de, o modo
de produção de hoje requer informações rápidas, exigindo das pessoas formação sempre
atualizadas, sem o que não será possível entender e acompanhar as mudanças. Verifica-
se que esse contexto exige dos Estados adotarem uma postura de enfrentamento
considerando essas novas transformações que se configuram no cenário mundial, pois o
setor público não pode ficar imune e alheio a esses movimentos que determinam sua
dinâmica na contemporaneidade.
Neste sentido, explica que a capacitação tem um enorme papel a
cumprir no sentido de reposicionar o setor público, sem falar na motivação que a
capacitação pode promover.O Estado é uma das maiores organizações existentes neste
país dotada de uma pluralidade de funções que estão se transformando continuamente; o
que demanda um processo e requalificação no mesmo ritmo, tendo em vista as grandes
transformações que vêm ocorrendo na sociedade do conhecimento.
Torna-se necessário estar permanentemente atento para o fato de que
em uma época em que a capacitação gerencial necessita ser compreendida como
educação continuada, faz-se necessário, também repensar o conceito que se tem do ser
humano no espaço das organizações. De nada adianta falar-se em educação continuada
se não houver uma nova percepção do que é ser gente e do que é educação continuada
para os seres humanos.A nova administração pública põe fim à arbitrariedade
burocrática. Assim surge a figura do novo agente público, que identifica os cidadãos,
presta-lhes contas, enfim, ajustando-se para atender aos cidadãos, usuários dos serviços
públicos em suas reais necessidades. Sua orientação é para o cidadão e para a obtenção
de resultados: como estratégia, faz uso da descentralização e do incentivo à criatividade
e inovação e envolve, ainda, uma mudança na estratégia de gerência, que, entretanto,
tem de ser posta em ação em uma estrutura administrativa reformada, cuja ênfase seja a
descentralização e a delegação de autoridade.
O motivo para o surgimento de uma nova administração pública é a de
desenvolver nos funcionários um compromisso com a construção de uma sociedade
mais preparada para enfrentar as novas demandas contextualizadas em uma era de
mudanças. A grande tarefa a ser realizada compreende, entre outros aspectos, a revisão
dos serviços de atendimento ao público com vistas a sua maior eficiência e
humanização.Uma prova disso tudo é o artigode olho no futuro do País, jovens mudam
a cara do funcionalismo público o qual menciona em seu texto a realidade a qual o novo
agente público se insere, que se traduz na vontade de mudar a cara do serviço público
do País, aliado ao desejo de ajudar de fato a população e à possibilidade de traçar um
plano de carreira concreto. Essas são umas das características da nova geração do
funcionalismo público.
Modelo de sucesso de Gestão Pública no Brasil
O Governo Federal possui implementado desde 2005 o Programa
Nacional de Gestão Pública e Desburocratização ,decorrente da evolução de iniciativas
voltadas à missão de contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços públicos
prestados ao cidadão e ao aumento da competitividade do País. O Gestão Pública se
caracteriza por possuir uma abrangência nacional e por se direcionar às organizações
públicas em geral, sendo aberto a todas as esferas de governo e a todos os poderes.
Dentre as principais realizações da GestãoPública atéo momento destacam-se a
constituição de uma rede de pessoas físicas e de instituições comprometidas com a
causa da gestão pública, responsável pelo desenvolvimento e pelo compartilhamento de
conhecimentos, ferramentas e soluções que auxiliam no cumprimento da missão do
Programa. A partir de sua gerência executiva exercida pela Secretaria de Gestão do
Ministério do Planejamento e da atuação das organizações que coordenam os núcleos
regionais e setoriais Gestão Pública nas unidades da federação, houve um positivo
trabalho de capacitação e de disseminação gratuitas dos critérios de excelência da gestão
pública e de instrumentos correlatos, tais como a Pesquisa de Satisfação dos Clientes
(para que as instituições possam manter o alinhamento às necessidades da sociedade), a
Carta de Serviços ao Cidadão demonstrando o compromisso de prestação de serviços de
qualidade e de transparência, o Instrumento de Auto-Avaliaçãopermitindo que as
organizações verifiquem seus níveis de gestão e adotem as respectivas ações de
melhoria e os Guias de Simplificação Administrativa e de Gestão de Processos (para
que as rotinas e a gestão internas sejam aprimoradas. Em outra vertente, observamos a
consolidação do Prêmio Nacional da Gestão Pública como uma instância reconhecida
de verificação do nível de gestão das instituições públicas, estando prevista a divulgação
dos resultados do ciclo 2009 para o mês de setembro próximo.
A principal referência do Programa Gestão Pública é o Modelo de
Excelência em Gestão Pública MEGP, baseado no atendimento aos princípios
constitucionais do ser público impessoalidade, legalidade, moralidade, publicidade e
eficiência e em fundamentos contemporâneos de boa gestão tais comogestão
participativa, gestão baseada em processos e informações, valorização das pessoas,
visão de futuro, aprendizado organizacional, foco em resultados e inovação. Um modelo
de gestão, para ser efetivo, deve contemplar um conjunto de diretrizes que apontem o
rumo a ser seguido, bem como as técnicas e as tecnologias disponíveis e as práticas de
sucesso aplicadas pelos agentes que fazem parte da cadeia da gestão pública.
Modelo de sucesso de Gestão Pública no mundo
O estudo Makingthetransition – outcome-basedbudgeting: a
sixnationstudy (Fazendo a transição – orçamento baseado em resultados: um estudo de
seis nações, em português), produzido pela área de Governo e Infraestrutura da KPMG
Internacional, descreve a experiência de seis governos que melhoraram ou estão
melhorando sua gestão após adotarem o formato de orçamento baseado em resultados
(OBB, da sigla em inglês).O modelo substitui os tradicionais orçamentos
governamentais elaborados com base na previsão do balanço entre receitas e despesas
do Estado. Basicamente, o OBB é elaborado de maneira a estabelecer prioridades
estratégicas para a alocação de recursos, a partir do estabelecimento de metas e
cobrança de resultados para sua execução.
O documento da KPMG relata as experiências com o OBB
desenvolvidas ou em desenvolvimento no Panamá, Malásia, África do Sul, Canadá,
Nova Zelândia e no Estado de Minas Gerais, e conclui que, diante das mudanças
adotadas com esse modelo e dos resultados significativos já obtidos ou esperados para
essas localidades, pode-se esperar que o OBB viesse a se tornar universalmente aceito
como padrão para o setor.
De acordo com o estudo, a adoção do modelo de OBB e a reforma na
gestão exigida por sua implementação melhora a transparência financeira e contábil do
setor público, permite um alinhamento mais adequado entre as instâncias e
departamentos governamentais ao estabelecer regras e expectativas claras, estimula o
comprometimento sustentável dentro do governo e fortalece lideranças.
O exemplo da Malásia nos mostra a experiência de um país em pleno
processo de mudança para um modelo de OBB, ao estabelecer metas ambiciosas para os
próximos anos, como a elevação da renda de seus cidadãos da média atual de US$ 7.000
para US$ 17.000 em 2020. Por outro lado, a África do Sul começou sua reforma para o
modelo em 1994, ainda no período do apartheid, que afetou profundamente a economia
local em razão dos embargos internacionais ao regime segregacionista, e prosseguiu no
processo em 2002, já sob o governo liderado pelo Congresso Nacional Africano (ANC,
da sigla em inglês), permitindo a redução gradativa de desigualdades que vitimavam a
maior parte da população do país.
Características de Gestão Pública realizada fora do país e suas
adaptações.Entre as observações apuradas pelo estudo para os Estados que se preparam
para adotar o OBB, destacam-se: é preciso uma liderança forte e decidida, além de
engajamento sustentado das instâncias; reformas provocam desarranjos, e é necessário
desenvolver a habilidade de "aprender fazendo" para lidar com isso; apoio é essencial
na adoção do OBB, pois trata-se de um modelo complexo, que pode exigir reformas
legais, regulatórias e contábeis; adotar a contabilidade de exercício em lugar da
contabilidade de caixa é um elemento importante no processo; e medir a qualidade e
efetividade da gestão torna-se obrigatório para o sucesso da transformação.
A existência de uma profunda diversidade cultural, regimes políticos
diferentes e formações históricas específicas que existem de país para país imprime em
cada um deles uma feição única, o que explica as variações sobre os objetivos, estilos
administrativos, funções e papel da administração pública no mundo. Observa-se que na
administração empresarial busca-se de forma incessante modelos considerados
universalmente válidos, enquanto no estudo da administração pública ocorre, em geral,
uma perspectiva comparada. Desde o parlamentarismo ao presidencialismo, dos
modelos de funcionários de confiança aos modelos de burocracia plena e permanente,
culturas e sociedades diferentes propiciam opções e estratégias institucionais
diferenciadas de organização política e de ação pública. Vê-se que, muitas das vezes, ao
invés de surgirem problemas ao implantarmos um modelo de gestão pública realizada
fora do país, encontramos soluções, visto que a tendência a olhar para outras realidades
traz vantagensque, ao se adotar uma perspectiva comparativa e global, evita-se o erro de
tecer generalizações apenas com base no estudo de uma realidade administrativa restrita
a administração pública dos EUA, por exemplo. Registre-se que existe uma tendência
de que os problemas que muitos países possuem são comuns aos demais, para os quais
também se poderão encontrar soluções semelhantes. Assim, despesa pública elevada na
economia, baixo nível de efetividade na administração pública, o crescente nível de
insatisfação dos cidadãos com a qualidade dos serviços prestados pela administração
pública, são problemas inerentes a quase todos os países. Nesse sentido, a utilização do
método comparativo nos estudos que visam à resolução desses problemas poderá ser
bastante útil na busca de resolver esses problemas comuns.
Conclusão
Neste trabalho acadêmico, que objetivou debater a cientificidade da
administração, verificou-se que, é possível caracterizar a administração como uma
atividade científica. Isso porque se observa que estudos dessa área desenvolvem
hipóteses passíveis de que a administração atende aos pressupostos da ciência
paradigmática de Kuhn, apesar de não existir consenso sobre em que etapa se encontra,
e que se adéqua aos moldes dos programas de pesquisa apresentados por Lakatos.
Apesar do exposto, nota-se que parte da academia questiona a cientificidade da
administração, o que pode ser explicado pela existência de múltiplos paradigmas e
teorias. Assim, essa questão da fragmentação da administração dificulta a efetiva
consolidação do status científico dessa área, já atribuído a outras áreas das ciências
sociais. Contudo, como apresentado neste estudo, isso pode ser explicado por meio da
estratégia dos programas de pesquisa explorada por Lakatos. Além disso, a
característica multidisciplinar e multifacetada que leva os estudos organizacionais à
fragmentação não pode ser considerada fator determinante para descaracterizar a ciência
da administração, visto que se observa que, sendo a administração uma área do
conhecimento que trabalha com variáveis sociais em constante mudança, é
compreensível admitir que essa ciência seja fragmentada por natureza e por necessidade
de que fenômenos que a envolvem, justificando a seleção de novas maneiras de
gerenciar tais variáveis.
No mesmo sentido referido, outra questão que tem levado parte da
academia a questionar a administração e sua atividade enquanto ciência são os
modismos que dão forma a ela. Talvez essa característica possa ser explicada pela
própria evolução dos cenários onde as organizações se inserem: ambientes incertos e em
constante mudança conduzem a atividade administrativa a se adaptar constantemente,
exigindo novas abordagens e modelos que suportem tais mudanças.
Observa-se que a administração ainda possui um longo caminho a
percorrer em busca da ampliação de seu rigor metodológico e de seu amadurecimento.
No entanto, desconsiderá-la como ciência, além de não auxiliar na consolidação desse
processo, acaba por desprestigiar um amplo grupo de atores sociais que não pode ser
estudado por outras ciências: as organizações. Dessa forma, mesmo se utilizando de
conhecimentos desenvolvidos em outras ciências, a administração possui suas
características, pesquisadas apenas em contexto de gestão. Estudos relacionados à
contribuição do campo estratégico na sustentabilidade e em desempenhos superiores, os
arranjos produtivos, dos tempos e movimentos na atividade industrial, os impactos da
atividade humana nas atividades organizacionais e outros são intrínsecos a essa área de
conhecimento.Assim, mais do que em assuntos empíricos e subjetivos, a administração
pauta-se nos estudos organizacionais, nas relações com a riqueza, com o ser humano e
com os ambientes onde a empresa atua. Avaliando sob esta ótica, é visível compreender
que, se de um lado, existe um ambiente dotado de pessoas que necessitam de produtos e
serviços, e de outro, uma entidade que atenda a esses anseios, existe uma área em
particular que se preocupa em estudar essa relação, que se entende ser o seu objeto: o
estudo da organização e suas relações com o mercado e pessoas. Nesse contexto, todas
as organizações necessitam de apoio de uma inteligência diretiva que, atualmente, se
pode denominar de administrativa, face ao seu valor científico e social.Considerando o
valor dessa ciência, torna-se importante incitar, nos meios acadêmicos, os debates de
natureza epistemológica, assim como a responsabilidade que comunidade acadêmica
necessita ter no sentido da construção de conhecimento lógico e racional, rejeitando o
relativismo radical, intencionando, dessa forma, a construção de leis gerais ou, no
mínimo, a busca por predições relativamente concretas e acertadas no sentido de
desenvolver e consolidar a administração como ciência.
Referências Bibliográficas
 BALDO, Rafael. Novos Horizontes para a Gestão Pública. 1ª Ed.
Curitiba: Juruá, 2011.
 KUHN, Thomas S. A Estrutura das Revoluções Científicas. 7. ed.
São Paulo: Perspectiva, 2003

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Gestão pública no Brasil e paradigmas de administração

  • 1. CLÁUDIA FONSECA ROCHA -RA: 3810642290; DÉSIA MARIA DINIZ- RA: 4301782159; FLÁVIO NARCISO DOS SANTOS – RA: 4708900589 MARCELODE JESUS LELES - RA: 4586877950 JOHN KENNEDY SILVESTRE - RA:5532125641
  • 2. INTRODUÇÃO O objetivo deste trabalho é correlacionar as reflexões sobre a possibilidade de adoção ajustável das propostas de gestão pública na realidade latino- americana, especificamente, no Brasil. Tendo como ponto de partida uma visão dos artigos e capítulos dos livros sugeridos, parte-se de uma possível interpretação sobre as representações e as visões de mundo para assentar que cada paradigma pauta o respectivo agir administrativo, segundo sua compreensão de homem, conhecimento, sociedade, Estado e direito. Para tanto, foram feitos os eixos metodológicos para a análise da temática objeto do trabalho. Após rever o prisma weberiano acerca do paradigma burocrático, construído no decorrer da modernidade ocidental, a abordagem volta-se para as críticas dos tempos de ruptura paradigmática, a que as teorias de gestão pública respondem com o desenvolvimento de uma Nova Administração Pública, muito mais próxima da lógica operacional do setor privado. Pretende-se mostrar o conceito de paradigma como motor e modelador da produção científica, como o conceito de paradigma é visto sob a ótica de Thomas Samuel Kuhn. Em observância ao projeto de emancipação das realidades periféricas, questiona-se, então, se a aplicação das propostas hegemônicas de gestão pública no Brasil e no mundo podem favorecer a participação do cidadão no agir político- administrativo e a consequente abertura democratizante da Administração Pública.
  • 3. Novos Horizontes para a Gestão Pública A gestão pública no Brasil significa percorrer um caminho traçado por ideias, imaginários, temores e esperanças, um percurso repleto de representações que antecedem qualquer análise jurídico-positiva do tema. O uso da expressão é difundido no cotidiano: tudo indica que o termo seria mais ajustável aos novos campos discursivos. Tanto na esfera privada, quanto no setor público, fala-se em gestão de negócios, gestão imobiliária, gestão do ensino, gestão da saúde, gestão portuária, gestão urbana, gestão do meio ambiente, gestão dos custos sociais. No entanto, existe certo receio quando se deixa a perspectiva pontual desses setores especializados, que lidam com problemas organizacionais do cotidiano, para se falar em gestão pública ou gestão da coisa pública, quiçá porque isso questione a lógica padrão de atuação administrativa na esfera pública. Por um lado, muitos agentes públicos que trabalham em órgãos do núcleo burocrático da Administração Pública já adotam práticas de gestão no cotidiano de trabalho, realizando fluxogramas de desempenho, balancetes, projetos de serviço, sistemas de pilotagem, painéis de controle, reunião anual de atividades, incentivos de formação dos agentes, ou seja, usam várias ferramentas de gerenciamento público, sem saber que o fazem. Novas práticas são aplicadas no cotidiano sob as vestes de antigas representações do agir administrativo, como se tais práticas integrassem originalmente o modelo burocrático de organização pública. Por outro lado, muitos agentes públicos defendem o avanço das práticas de gestão pública, asseverando os benefícios da flexibilização quanto aos entraves lógico-formais da burocracia, mas se apegam a procedimentos estanques, em detrimento da capacitação dos agentes públicos e dos próprios cidadãos. Velhos métodos são usados no cotidiano aparente gerencialismo. Em ambos os casos, os hábitos divergem dos discursos. Frente à carga simbólica que adere à temática da gestão pública, a pesquisa opera metodologicamente pela interpretação de paradigmas, escolhendo, na multicausalidade que permeia o real, cinco eixos de representações de mundo: homem, conhecimento, sociedade, Estado e direito. Em cada paradigma, o agir administrativo delineia-se conforme esse conjunto de representações. Afinal, são as representações que os homens têm da realidade que orientarão suas práticas, seus hábitos e seus padrões de comportamento. Como a mudança da realidade requer oreajuste das representações sobre o real, representações diferentes em termos de tempo
  • 4. e de espaço podem indicar a impossibilidade de manutenção do modelo burocrático e a impossibilidade de mera importação das propostas hegemônicas de gestão pública. No segundo capítulo do livro, o paradigma burocrático de agir administrativo, erigido no curso da modernidade ocidental, caracterizava-se por burocratas encerrados numa racionalidade hermética, fechando-se à sociedade para promover a monopolização dos meios administrativos de produção por meio do legalismo lógico-formal. Se o objetivo é compreender a burocracia no tempo em que foi concebida, nada melhor que recorrer ao autor que vivenciou e estudou sua ascensão na modernidade ocidental. Para não criar um descompasso entre o estudo de burocracia, em sua gênese moderna, e a própria contextualização da modernidade ocidental, será adotada o mesmo referencial teórico para os dois propósitos: a sociologia de Max Weber. Quando Max Weber trata da racionalidade intrínseca ao confucionismo típico dos letrados chineses, ele mostra que a racionalidade não é fenômeno exclusivo da modernidade ocidental e nem tem um sentido unívoco, pois um fenômeno não é racional em si mesmo, por depender do critério de valor eleito como referencial. Assim, o que é racional para a racionalidade material, pode não ser racional para a racionalidade formal; o que é racional para uma sociedade e um tempo, pode não ser para outros. Ao se enfocar no racionalismo ocidental, o sociólogo alemão notou que o termo racionalismo pode abrigar vários sentidos. Entre diletantismo e burocratização, Max WEBER opta pela burocracia por seu caráter técnico-racional, capaz de administrar as massas, pois, como estrutura permanente com um sistema de regras racionais, a burocracia é modelada de forma a atender as necessidades previstas e repetidas por meio de uma rotina normal. Voltada ao aprimoramento dos meios, a burocracia segue a racionalidade formal e instrumental, já que fica, na pureza do tipo, circunscrita à execução dos deveres funcionais. No entendimento weberiano, a esfera social foi racionalizada por meio de uma burocratização apta do agir cotidiano, seja na esfera estatal-administrativa, seja no âmbito da empresa privada. A racionalização torna a vida cotidiana previsível por meio de regras racionais pré-estabelecidas, de forma afastar o autoritarismo desestabilizador de outrora, que impedia o desenvolvimento de situações calculáveis e permanentes. Ao provocar a rotinização da vida, a racionalização instrumental autonomiza os meios em relação a seus respectivos fins, resultando na restrição da
  • 5. liberdade de agir diante do mundo. Desponta a perda de liberdade, pois o homem fica aprisionado numa jaula de ferro”. A definição weberiana de Estado enfoca-se nos meios, mas nem por isso ela esquece que o uso constante da força desgasta o poder, ou seja, a faculdade da autoridade de impor sua vontade aos demais. Por isso, o Estado teria que pautar sua dominação na obediência, legitimando-se ou na dominação tradicional, ou na dominação carismática ou, ainda, na dominação legal-racional. Dentre os três tipos puros de dominação, é na dominação racional-legal que o Estado moderno encontra sua legitimidade, pois ali prevalece a crença na validade e na legitimidade de um estatuto legal construído por regras racionalmente criadas que informam as ações racionais orientadas a fins ou valores. Em sua sociologia do direito, Max WEBER tem por objetivo expor como o processo de racionalização da modernidade ocidental reflete-se no âmbito jurídico. Além disso, ele pretende mostrar até que ponto as pessoas orientam o sentido de suas condutas de acordo com as regras de direito, verificando a eficácia das normas jurídicas. Na seara sociológica, eficácia significa a efetiva observação social do preceito jurídico e não se o dever-ser está apto a produzir consequências jurídicas. Dessa forma, sua sociologia do direito diverge dos fins da dogmática jurídica: enquanto esta se preocupa com a validade formal dos preceitos jurídicos, segundo um método lógico- normativo de viés abstrato e formal, aquela se volta para a compreensão das causas e dos efeitos de uma ordem jurídica. Os aspectos apresentados no decorrer do artigo CARA E COROA: OS DOIS LADOS DA BUROCRACIA, temos a plena percepção como a burocracia proporciona duas situações, sendo ambas antagônicas. A questão do sistema ideal está relacionada à necessidade da organização, ou seja, a capacidade de notar qual o meio para se obter o fim. É óbvio se sabe que não existe um sistema ideal para todas as organizações, assim como elas são flexíveis, deve haver um sistema burocrático maleável a cada tipo de organização. No decorrer do artigo explica-se que a ação de um sistema burocrático em uma organização requer uma análise não apenas do ambiente interno, mas do meio externo junto com os procedimentos de expansão e comunicação. O que Weber deixa de essencial para a administração não é a existência de uma burocracia ideal como a que ele referiu a um sistema perfeito, mas que a mesma é um meio para se obter um devido fim, logo sé uma burocracia que consegue a máxima eficiência ao tal sistema ideal que ele deixou de herança, ou seja, mesmo com
  • 6. disfunções o que é primordial é a obtenção do objetivo, pois sem esse a organização está destinada à morte. Hannah Arendt tratou da TEORIA DO DENTE DA ENGRENAGEM para lembrar que, cada dente da engrenagem, isto é, cada pessoa, deve ser descartável sem mudar o sistema, uma pressuposição subjacente a todas as burocracias, a todo serviço público e a todas as funções propriamente dita. Uma vez que a burocracia demanda a alocação de responsabilidades encargos e, não em pessoas, as ações e omissões administrativas tendem a encontrar abrigo nas falhasdo sistema burocrático. Para se resguardar de julgamentos e responsabilizações, o burocrata procura seguir estritamente as regras abstratas que orientam o sentido de sua ação, em detrimento da singularidade de cada situação fática. Uma ação não abrigada por regulamentos não pode ser acobertada por “falhas” que são inerentes à engrenagem burocrática. Assim, é possível relacionar o burocrata ao animal laborans , porque tanto um quanto o outro perderiam a singularidade humana para se imiscuir, homogeneamente, num movimento cíclico, repetitivo e rotineiro de produção, denunciando, ainda mais, a ascensão do labor. No âmbito da vitaactiva,a elevação do labor à categoria de atividade suprema levou, ainda, à alienação e ao isolamento do homem em relação ao mundo das aparências. Embora os homens passem a laborar conjuntamente, a satisfação corporal e o gozo hedonista são essencialmente egocêntricos, razão por que o animal laborans foge do mundo circundante. Equiparando os homens naquilo que lhes é comum, isto é, nas necessidades vitais, a uniformização imposta pelo movimento cíclico do labor faz com que os homens protejam-se dela por meio do isolamento radical dentro da esfera íntima. Na visão de Hannah, essa fuga do homem em relação ao mundo das aparências é corroborada pela dúvida cartesiana, uma vez que a descoberta do telescópio por Galileu e a ascensão do sistema heliocêntrico colocaram em xeque a veracidade dos sentidos e das percepções, fazendo com que o homem se refugiasse numa subjetividade interna, isolada e abstrata. Nas palavras da autora, o grande apanágio da filosofia moderna residiria na preocupação exclusiva com o ego, em oposição à alma ou à pessoa ou ao homem em geral, uma tentativa de reduzir todas as experiências, com o mundo e com os outros seres humanos, a experiências entre o homem e si mesmo. Na medida em que o homem isola-se na subjetividade abstrata, ele procura,por processos cognitivos, reduzir toda a realidade em leis gerais que lhe
  • 7. permitam prever as reações da natureza e do próprio homem, espelhando-se na lógica do labor quanto ao movimento cíclico e repetitivo das leis cósmicas. O homem deixa de construir ativamente seu mundo-artifício a partir de eventos dignos de lembrança,para se submeter ao mundo regido por leis aferidas pela razão humana, ensejando seu lançamento na circularidade repetitiva de eventos previsíveis. Ao invés de delimitar o espaço de atuação livre dos homens, as leis acabam por uniformizar o comportamento do sujeito abstrato, em benefício da previsibilidade rotineira.
  • 8. Agente Público e suas capacitações Na era da informação, o conhecimento singulariza o recurso organizacional mais importante, o que permite o entendimento de que o capital intelectual pode ser considerado uma riqueza organizacional. A capacitação reveste-se de importância na gestão de pessoas. O termo 'capacitação', é utilizado no sentido de ser um processo para preparar, capacitar os Agentes Públicos a fim de melhorar a qualidade do desempenho das suas funções e o tratamento com os usuários, beneficiários do serviço público.Nas palavras de, o modo de produção de hoje requer informações rápidas, exigindo das pessoas formação sempre atualizadas, sem o que não será possível entender e acompanhar as mudanças. Verifica- se que esse contexto exige dos Estados adotarem uma postura de enfrentamento considerando essas novas transformações que se configuram no cenário mundial, pois o setor público não pode ficar imune e alheio a esses movimentos que determinam sua dinâmica na contemporaneidade. Neste sentido, explica que a capacitação tem um enorme papel a cumprir no sentido de reposicionar o setor público, sem falar na motivação que a capacitação pode promover.O Estado é uma das maiores organizações existentes neste país dotada de uma pluralidade de funções que estão se transformando continuamente; o que demanda um processo e requalificação no mesmo ritmo, tendo em vista as grandes transformações que vêm ocorrendo na sociedade do conhecimento. Torna-se necessário estar permanentemente atento para o fato de que em uma época em que a capacitação gerencial necessita ser compreendida como educação continuada, faz-se necessário, também repensar o conceito que se tem do ser humano no espaço das organizações. De nada adianta falar-se em educação continuada se não houver uma nova percepção do que é ser gente e do que é educação continuada para os seres humanos.A nova administração pública põe fim à arbitrariedade burocrática. Assim surge a figura do novo agente público, que identifica os cidadãos, presta-lhes contas, enfim, ajustando-se para atender aos cidadãos, usuários dos serviços públicos em suas reais necessidades. Sua orientação é para o cidadão e para a obtenção de resultados: como estratégia, faz uso da descentralização e do incentivo à criatividade e inovação e envolve, ainda, uma mudança na estratégia de gerência, que, entretanto,
  • 9. tem de ser posta em ação em uma estrutura administrativa reformada, cuja ênfase seja a descentralização e a delegação de autoridade. O motivo para o surgimento de uma nova administração pública é a de desenvolver nos funcionários um compromisso com a construção de uma sociedade mais preparada para enfrentar as novas demandas contextualizadas em uma era de mudanças. A grande tarefa a ser realizada compreende, entre outros aspectos, a revisão dos serviços de atendimento ao público com vistas a sua maior eficiência e humanização.Uma prova disso tudo é o artigode olho no futuro do País, jovens mudam a cara do funcionalismo público o qual menciona em seu texto a realidade a qual o novo agente público se insere, que se traduz na vontade de mudar a cara do serviço público do País, aliado ao desejo de ajudar de fato a população e à possibilidade de traçar um plano de carreira concreto. Essas são umas das características da nova geração do funcionalismo público.
  • 10. Modelo de sucesso de Gestão Pública no Brasil O Governo Federal possui implementado desde 2005 o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização ,decorrente da evolução de iniciativas voltadas à missão de contribuir para a melhoria da qualidade dos serviços públicos prestados ao cidadão e ao aumento da competitividade do País. O Gestão Pública se caracteriza por possuir uma abrangência nacional e por se direcionar às organizações públicas em geral, sendo aberto a todas as esferas de governo e a todos os poderes. Dentre as principais realizações da GestãoPública atéo momento destacam-se a constituição de uma rede de pessoas físicas e de instituições comprometidas com a causa da gestão pública, responsável pelo desenvolvimento e pelo compartilhamento de conhecimentos, ferramentas e soluções que auxiliam no cumprimento da missão do Programa. A partir de sua gerência executiva exercida pela Secretaria de Gestão do Ministério do Planejamento e da atuação das organizações que coordenam os núcleos regionais e setoriais Gestão Pública nas unidades da federação, houve um positivo trabalho de capacitação e de disseminação gratuitas dos critérios de excelência da gestão pública e de instrumentos correlatos, tais como a Pesquisa de Satisfação dos Clientes (para que as instituições possam manter o alinhamento às necessidades da sociedade), a Carta de Serviços ao Cidadão demonstrando o compromisso de prestação de serviços de qualidade e de transparência, o Instrumento de Auto-Avaliaçãopermitindo que as organizações verifiquem seus níveis de gestão e adotem as respectivas ações de melhoria e os Guias de Simplificação Administrativa e de Gestão de Processos (para que as rotinas e a gestão internas sejam aprimoradas. Em outra vertente, observamos a consolidação do Prêmio Nacional da Gestão Pública como uma instância reconhecida de verificação do nível de gestão das instituições públicas, estando prevista a divulgação dos resultados do ciclo 2009 para o mês de setembro próximo. A principal referência do Programa Gestão Pública é o Modelo de Excelência em Gestão Pública MEGP, baseado no atendimento aos princípios constitucionais do ser público impessoalidade, legalidade, moralidade, publicidade e eficiência e em fundamentos contemporâneos de boa gestão tais comogestão participativa, gestão baseada em processos e informações, valorização das pessoas, visão de futuro, aprendizado organizacional, foco em resultados e inovação. Um modelo
  • 11. de gestão, para ser efetivo, deve contemplar um conjunto de diretrizes que apontem o rumo a ser seguido, bem como as técnicas e as tecnologias disponíveis e as práticas de sucesso aplicadas pelos agentes que fazem parte da cadeia da gestão pública.
  • 12. Modelo de sucesso de Gestão Pública no mundo O estudo Makingthetransition – outcome-basedbudgeting: a sixnationstudy (Fazendo a transição – orçamento baseado em resultados: um estudo de seis nações, em português), produzido pela área de Governo e Infraestrutura da KPMG Internacional, descreve a experiência de seis governos que melhoraram ou estão melhorando sua gestão após adotarem o formato de orçamento baseado em resultados (OBB, da sigla em inglês).O modelo substitui os tradicionais orçamentos governamentais elaborados com base na previsão do balanço entre receitas e despesas do Estado. Basicamente, o OBB é elaborado de maneira a estabelecer prioridades estratégicas para a alocação de recursos, a partir do estabelecimento de metas e cobrança de resultados para sua execução. O documento da KPMG relata as experiências com o OBB desenvolvidas ou em desenvolvimento no Panamá, Malásia, África do Sul, Canadá, Nova Zelândia e no Estado de Minas Gerais, e conclui que, diante das mudanças adotadas com esse modelo e dos resultados significativos já obtidos ou esperados para essas localidades, pode-se esperar que o OBB viesse a se tornar universalmente aceito como padrão para o setor. De acordo com o estudo, a adoção do modelo de OBB e a reforma na gestão exigida por sua implementação melhora a transparência financeira e contábil do setor público, permite um alinhamento mais adequado entre as instâncias e departamentos governamentais ao estabelecer regras e expectativas claras, estimula o comprometimento sustentável dentro do governo e fortalece lideranças. O exemplo da Malásia nos mostra a experiência de um país em pleno processo de mudança para um modelo de OBB, ao estabelecer metas ambiciosas para os próximos anos, como a elevação da renda de seus cidadãos da média atual de US$ 7.000 para US$ 17.000 em 2020. Por outro lado, a África do Sul começou sua reforma para o modelo em 1994, ainda no período do apartheid, que afetou profundamente a economia local em razão dos embargos internacionais ao regime segregacionista, e prosseguiu no processo em 2002, já sob o governo liderado pelo Congresso Nacional Africano (ANC, da sigla em inglês), permitindo a redução gradativa de desigualdades que vitimavam a maior parte da população do país.
  • 13. Características de Gestão Pública realizada fora do país e suas adaptações.Entre as observações apuradas pelo estudo para os Estados que se preparam para adotar o OBB, destacam-se: é preciso uma liderança forte e decidida, além de engajamento sustentado das instâncias; reformas provocam desarranjos, e é necessário desenvolver a habilidade de "aprender fazendo" para lidar com isso; apoio é essencial na adoção do OBB, pois trata-se de um modelo complexo, que pode exigir reformas legais, regulatórias e contábeis; adotar a contabilidade de exercício em lugar da contabilidade de caixa é um elemento importante no processo; e medir a qualidade e efetividade da gestão torna-se obrigatório para o sucesso da transformação. A existência de uma profunda diversidade cultural, regimes políticos diferentes e formações históricas específicas que existem de país para país imprime em cada um deles uma feição única, o que explica as variações sobre os objetivos, estilos administrativos, funções e papel da administração pública no mundo. Observa-se que na administração empresarial busca-se de forma incessante modelos considerados universalmente válidos, enquanto no estudo da administração pública ocorre, em geral, uma perspectiva comparada. Desde o parlamentarismo ao presidencialismo, dos modelos de funcionários de confiança aos modelos de burocracia plena e permanente, culturas e sociedades diferentes propiciam opções e estratégias institucionais diferenciadas de organização política e de ação pública. Vê-se que, muitas das vezes, ao invés de surgirem problemas ao implantarmos um modelo de gestão pública realizada fora do país, encontramos soluções, visto que a tendência a olhar para outras realidades traz vantagensque, ao se adotar uma perspectiva comparativa e global, evita-se o erro de tecer generalizações apenas com base no estudo de uma realidade administrativa restrita a administração pública dos EUA, por exemplo. Registre-se que existe uma tendência de que os problemas que muitos países possuem são comuns aos demais, para os quais também se poderão encontrar soluções semelhantes. Assim, despesa pública elevada na economia, baixo nível de efetividade na administração pública, o crescente nível de insatisfação dos cidadãos com a qualidade dos serviços prestados pela administração pública, são problemas inerentes a quase todos os países. Nesse sentido, a utilização do método comparativo nos estudos que visam à resolução desses problemas poderá ser bastante útil na busca de resolver esses problemas comuns.
  • 14. Conclusão Neste trabalho acadêmico, que objetivou debater a cientificidade da administração, verificou-se que, é possível caracterizar a administração como uma atividade científica. Isso porque se observa que estudos dessa área desenvolvem hipóteses passíveis de que a administração atende aos pressupostos da ciência paradigmática de Kuhn, apesar de não existir consenso sobre em que etapa se encontra, e que se adéqua aos moldes dos programas de pesquisa apresentados por Lakatos. Apesar do exposto, nota-se que parte da academia questiona a cientificidade da administração, o que pode ser explicado pela existência de múltiplos paradigmas e teorias. Assim, essa questão da fragmentação da administração dificulta a efetiva consolidação do status científico dessa área, já atribuído a outras áreas das ciências sociais. Contudo, como apresentado neste estudo, isso pode ser explicado por meio da estratégia dos programas de pesquisa explorada por Lakatos. Além disso, a característica multidisciplinar e multifacetada que leva os estudos organizacionais à fragmentação não pode ser considerada fator determinante para descaracterizar a ciência da administração, visto que se observa que, sendo a administração uma área do conhecimento que trabalha com variáveis sociais em constante mudança, é compreensível admitir que essa ciência seja fragmentada por natureza e por necessidade de que fenômenos que a envolvem, justificando a seleção de novas maneiras de gerenciar tais variáveis. No mesmo sentido referido, outra questão que tem levado parte da academia a questionar a administração e sua atividade enquanto ciência são os modismos que dão forma a ela. Talvez essa característica possa ser explicada pela própria evolução dos cenários onde as organizações se inserem: ambientes incertos e em constante mudança conduzem a atividade administrativa a se adaptar constantemente, exigindo novas abordagens e modelos que suportem tais mudanças. Observa-se que a administração ainda possui um longo caminho a percorrer em busca da ampliação de seu rigor metodológico e de seu amadurecimento. No entanto, desconsiderá-la como ciência, além de não auxiliar na consolidação desse processo, acaba por desprestigiar um amplo grupo de atores sociais que não pode ser estudado por outras ciências: as organizações. Dessa forma, mesmo se utilizando de conhecimentos desenvolvidos em outras ciências, a administração possui suas
  • 15. características, pesquisadas apenas em contexto de gestão. Estudos relacionados à contribuição do campo estratégico na sustentabilidade e em desempenhos superiores, os arranjos produtivos, dos tempos e movimentos na atividade industrial, os impactos da atividade humana nas atividades organizacionais e outros são intrínsecos a essa área de conhecimento.Assim, mais do que em assuntos empíricos e subjetivos, a administração pauta-se nos estudos organizacionais, nas relações com a riqueza, com o ser humano e com os ambientes onde a empresa atua. Avaliando sob esta ótica, é visível compreender que, se de um lado, existe um ambiente dotado de pessoas que necessitam de produtos e serviços, e de outro, uma entidade que atenda a esses anseios, existe uma área em particular que se preocupa em estudar essa relação, que se entende ser o seu objeto: o estudo da organização e suas relações com o mercado e pessoas. Nesse contexto, todas as organizações necessitam de apoio de uma inteligência diretiva que, atualmente, se pode denominar de administrativa, face ao seu valor científico e social.Considerando o valor dessa ciência, torna-se importante incitar, nos meios acadêmicos, os debates de natureza epistemológica, assim como a responsabilidade que comunidade acadêmica necessita ter no sentido da construção de conhecimento lógico e racional, rejeitando o relativismo radical, intencionando, dessa forma, a construção de leis gerais ou, no mínimo, a busca por predições relativamente concretas e acertadas no sentido de desenvolver e consolidar a administração como ciência.
  • 16. Referências Bibliográficas  BALDO, Rafael. Novos Horizontes para a Gestão Pública. 1ª Ed. Curitiba: Juruá, 2011.  KUHN, Thomas S. A Estrutura das Revoluções Científicas. 7. ed. São Paulo: Perspectiva, 2003