Este documento apresenta uma análise comparativa entre o YouTube e o Vimeo considerando a acessibilidade, usabilidade e desejabilidade destas plataformas para utilizadores de conteúdo de vídeo musical. A análise inclui testes de acessibilidade, avaliação da usabilidade com base em objetivos dos utilizadores e avaliação da desejabilidade com base em adjetivos positivos e negativos. Os resultados sugerem que o Vimeo oferece melhores índices de acessibilidade, usabilidade e desejabilidade do que o YouTube para este tipo de

1. YOUTUBE VS.VIMEO
UMA ANÁLISE COMPARATIVA
DE ACESSIBILIDADE, USABILIDADE E DESEJABILIDADE
PARA OS UTILIZADORES DE FLUXOS VIDEOMUSICAIS
João Pedro da Costa
Análise e Design de Interacção
Informação e Comunicação em Plataformas Digitais
Universidade do Porto / Universidade de Aveiro
2010

2. YOUTUBE VS.VIMEO
> O quê? Uma análise comparativa de acessibilidade,
usabilidade e desejabilidade entre o YouTube e o Vimeo para
os utilizadores de fluxos videomusicais.
Como? Através de uma heurística baseada em princípios
orientadores de acessibilidade, usabilidade e desejabilidade
aplicada a três objectivos dos utilizadores de fluxos
videomusicais: o carregamento e a propagação de um vídeo
(via portal e via embedded).
Para quê? Identificar a usabilidade como uma das causas
para o crescente protagonismo do Vimeo face ao YouTube
no universo dos fluxos videomusicais.

3. YOUTUBE VS.VIMEO: DADOS
Facto #1 O Vimeo é um anão quando comparado ao
YouTube ao nível do número de visualizações e de massa
crítica de conteúdos.
Facto #2 O Vimeo não faz parte do Top 10 dos portais de
partilha de vídeos com mais visualizações e com mais
conteúdos.

4. YOUTUBE VS.VIMEO: DADOS
Facto #3 O YouTube é o líder destacado dos portais de
partilha de vídeos. Estima-se que 1 em cada 3 vídeos
visualizados no mundo são vistos no YouTube e que o portal
terá actualmente perto de 350 milhões de vídeos.
Facto #4 Apesar disso, o Vimeo tem ganho cada vez mais
protagonismo face ao YouTube junto das comunidades de fãs
de fluxos videomusicais (e não só).

5. VIMEO YOUTUBE (FVM)
Facto #5 No mês de Janeiro, dos 221 fluxos videomusicais
publicados no Antville, 87 (40%) eram oriundos do Vimeo, 69
(31%) do YouTube.
Facto #6 A Wired (fev.10) não hesita em indicar o Vimeo
como a única alternativa ou complemento ao YouTube para a
disseminação de um fluxo videomusical viral.

6. VIMEO YOUTUBE (FVM)
Facto #7 Artistas mainstream e alternativos de primeiro
plano como a Britney Spears, Kanye West, Nine Inch Nails,
Moby e Royksopp, entre outros, possuem páginas no Vimeo
onde estreiam os seus fluxos videomusicais.
Facto #8 Outros sinais do crescente prestígio do Vimeo: a
Casa Branca tem uma página no portal e o Disposable Film
Festival (São Francisco, EUA), o maior evento de new media
filmmaking, tem os seus vídeos exclusivamente no portal.

7. VIMEO YOUTUBE (FVM) – PORQUÊ?
Hipótese #1 O Vimeo oferece mais funcionalidades que o
YouTube? FALSO. Oferece menos funcionalidades, como
provam os testes especializados.
Hipótese #2 O Vimeo não tem censura contrariamente ao
YouTube? FALSO. Ambos censuram os vídeo porno.
Hipótese #3 O Vimeo oferece uma maior diversidade de
conteúdos? FALSO. Os gaming videos estão banidos do Vimeo.

8. VIMEO YOUTUBE (FVM) – PORQUÊ?
Hipótese #4 O Vimeo suporta mais formatos e codecs de
vídeo que o YouTube? FALSO. Suporta menos: o YouTube já
disponibiliza tecnologia para o carregamento de vídeos 3D.
Hipótese #5 A resolução do streaming dos vídeos do Vimeo
é superior à do YouTube? FALSO. O YouTube tem maior
resolução, video bitrate e limite máximo de tamanho dos
ficheiros.
Hipótese #6 O Vimeo é grátis como o YouTube? FALSO.
O Vimeo possui um pacote PLUS que é pago.

9. VIMEO YOUTUBE (FVM) – PORQUÊ?
Hipótese-Tese: O Vimeo possui índices de acessibilidade,
usabilidade e de desejabilidade superiores ao YouTube.
Como provar? Análise comparativa de acessibilidade,
usabilidade e desejabilidade entre os dois portais para os
utilizadores de fluxos videomusicais.
Método?
 Definição de uma heurística baseada em princípios
orientadores de acessibilidade, usabilidade e desejabilidade.
 Aplicação da heurística aos dois portais.
 Conclusão: verificação (ou não) da hipótese-tese.

10. ANÁLISE #1
Acessibilidade HCI (VIMEO vs YouTube):
 8 testes de acessibilidade em 4 GUI browsers.
 Análise via 2 ferramentas online de acessibilidade (WAVE e
TAW).
 Confrontação dos resultados obtidos com as WCAG 2.0.
 Sumário e comparação dos problemas detectados.
 Recomendações.

11. ANÁLISE #2
Usabilidade HCI (VIMEO vs YouTube):
 Definição de 3 objectivos relevantes para os utilizadores de
fluxos videomusicais: carregamento de um vídeo +
propagação de um vídeo via portal + propagação de um
vídeo via embedded.
 Decomposição de cada objectivo em tarefas e acções.
 Análise heurística de usabilidade a partir dos 10 princípios
orientadores de Jakob Nielsen (1994).
 Síntese comparativa da análise e recomendações.

12. ANÁLISE #3
Desejabilidade HCI (VIMEO vs YouTube):
 Definição de um estojo de desejabilidade com binómios
portadores de antonímia contendo 18 adjectivos (9 com
carga semântica positiva e 9 com negativa), adaptado do
Desirability Toolkit de Joey Benedek e Trish Miner (2002).
 Aplicação articulada do estojo de desejabilidade com as
noções de eficácia e eficiência (ISO 9241-11) a cada um das
acções da Análise #2.
 Resultados da análise comparativa.
 Conclusões e interpretação dos resultados obtidos.