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Relatório de Ensaio
de Tração
Flávia Maria de Almeida Siqueira NUSP 5433617
Mariana de Paiva Azevedo Guimarães NUSP 5436259
Rafael Augusto Moreno Gonçalves NUSP 5437413
Renato Pignatari NUSP 5437389
Guilherme Salvador Veiga NUSP 5433256
PMR 2202 – Introdução à Manufatura Mecânica
Escola Politécnica da Universidade de São Paulo
SETEMBRO/2006
2
Índice
1. Introdução pág 3
2. Objetivos pág 4
3. Metodologia
3.1. Preparação do Corpo de Prova pág 5
3.2. Método de Ensaio pág 5
3.3 Propriedades a serem obtidas no ensaio de tração pág 6
4. Resultados pág 9
5. Comentários e Conclusões pág 13
6. Referências Bibliográficas pág 14
7. Anexo A: Fatores de Conversão pág 15
3
1. Introdução
A partir de uma chapa de aço 1020 confeccionamos o corpo de prova, como será
descrito com mais detalhes adiante. Realizamos em seguida o ensaio de tração, segundo a
norma ASTM E8M 90a, esse ensaio plotará um gráfico de tensão-deformação que junto
com cálculos matemáticos determinará as seguintes propriedades do material: módulo de
elasticidade, limite de escoamento, limite de resistência mecânica, limite de ruptura,
módulo de tenacidade, módulo de resiliência, alongamento total, estricção e determinação
dos coeficientes da curva verdadeira.
Para que os valores obtidos no ensaio possam ser utilizados de forma comparativa, é
necessário a utilização de uma norma que caracteriza as dimensões do corpo de prova e
equipamentos utilizados.
4
2. Objetivos
Com os dados coletados na curva é possível fazer uma análise preliminar da
adequação do material a um projeto, determinando entre outras coisas qual o grau de
deformação dado um certo esforço estrutural, a resistência e a tensão de ruptura do
dispositivo projetado. Ou seja, o grupo aprende a determinar as características de um
material para que em projetos futuros possa fazer a melhor opção. O uso das máquinas,
supervisionado pelos técnicos especializados, nos familiariza com o procedimento técnico
do ensaio. Desde a usinagem da peça, na fresa, até o ensaio propriamente dito.
Depois do cálculo das propriedades do material, a confecção do relatório
proporciona ao grupo a conclusão do projeto e a apresentação clara dos dados.
5
3. Metodologia
3.1. Preparação do Corpo de Prova
O material utilizado foi o aço 1020. Recebemos uma chapa metálica de
espessura 1mm, a partir da qual confeccionamos o corpo de prova. Com as seguintes
dimensões:
que seguem a norma ASTM E8M 90a. Instruções na norma:. Para fabricar o corpo de
prova, cortamos, a principio, uma pequena chapa de dimensões 200 mm x 40 mm, depois
fixamos esta em um dispositivo apropriado da fresadora e realizamos os cortes, com avanço
30 mm/min em 175 rpm, da secção de elongamento utilizando uma broca de raio 12,5 mm.
Para realização do teste foi necessário ajustar o comprimento da cabeça, superfície de
fixação, para 30 mm adequando-o à capacidade da máquina.
3.2. Método de Ensaio
O método de ensaio segundo a teoria o corpo de prova deve ser preso pelas suas
extremidades nas garras de fixação do dispositivo de testes. A máquina de ensaio de tração
é projetada para alongar o corpo de prova a uma taxa constante, além de medir contínua e
simultaneamente a carga instantânea aplicada e os alongamentos resultantes (usando um
extensômetro). A amostra testada é deformada de maneira permanente, sendo geralmente
66 mm
12,3 mm
37,3 mm
141 mm
12,5 mm
6
fraturada. O resultado é registrado em um registrador gráfico na forma de carga em função
do alongamento, essas características são dependentes do tamanho da amostra.
O ensaio de tração realizado por nós foi executado em aula no laboratório da
disciplina como já foi citado anteriormente. Utilizou-se a máquina hidráulica de tração, um
relógio e um plotter.
A máquina de ensaio de tração que tem garras para prender o corpo de prova
permite que o operador varie a carga aplicada durante o ensaio. O relógio fornece o
elongamento da peça em uma escala de 0.01 mm. Os valores extraídos do relógio serão
tratados mais adiante. O plotter nos fornece a curva que servirá mais adiante para realizar
todos os cálculos e atingir os nossos objetivos previamente citados.
O método de ensaio foi o seguinte: prendemos a pequena chapa pelas suas
extremidades. Como as garras da máquina hidráulica já estão gastas, tivemos que fazer uma
pequena adaptação: aplicamos um pouco de carga no corpo de prova e tentamos prendê-lo
mais ainda às garras. Feito isso, marcamos pontos no papel milimetrado através do plotter
para determinar a escala do diagrama que será usada mais adiante nos cálculos. O ensaio
estava pronto para ser iniciado. Um integrante de nosso grupo foi aplicando carga e
anotamos dados durante o comportamento elástico que mais adiante serão mostrados,
depois passamos pelo regime plástico e finalmente o corpo de prova rompeu-se.
3.3 Propriedades a serem obtidas no ensaio de tração
Como já foi citado anteriormente, este projeto tem como objetivo definir algumas
das características do material estudado para que estes dados possam ser usados em algum
projeto futuro. Antes dos cálculos destas características, é necessário entendê-las e o que
elas nos trazem. Para isso, vamos explicar sucintamente as características que serão
definidas logo mais.
A partir da curva tensão-deformação (figura 3) é possível extrair uma série de
informações. Comecemos pelo módulo de elasticidade. Em um ensaio de tração, a primeira
parte do diagrama apresenta-se como uma reta e é chamada de fase linear. O módulo de
elasticidade (D) é o coeficiente angular desta reta e também pode ser escrito como o
quociente entre a tensão e a deformação. Na fase linear, o objeto não sofre deformação
7
definitiva, pois apresenta deformação elástica. É partir de uma certa tensão que o objeto
passa a apresentar um comportamento plástico implicando na deformação definitiva do
material e esta tensão é chamada de tensão de escoamento (A). Depois de iniciada a fase
plástica, a carga eventualmente atinge seu valor máximo e a tensão correspondente é
chamada de tensão de resistência mecânica (B). Um maior estiramento da chapa é na
verdade acompanhado por uma redução na carga e a fratura finalmente ocorre no ponto
chamada de tensão de ruptura (C). Depois da ruptura mede-se o corpo de prova e o
aumento de comprimento verificado na tração até a ruptura é chamado de alongamento
total. E também pode ser calculado pelo quociente da diferença de comprimentos inicial e
final e do comprimento inicial.
A tenacidade é a capacidade que o material tem de deformar-se plasticamente e
também reter energia antes da ruptura. O módulo de tenacidade pode ser calculado através
da área total do gráfico (figura 3).
A resiliência é a capacidade que o material tem de reter energia enquanto se
deforma elasticamente e quando livre da tensão devolver esta energia. O módulo de
resiliência é calculado através da área do gráfico onde ocorre o comportamento elástico.
Quando o corpo de prova é estirado, uma contração lateral ocorre e com a redução
da área pode-se observar a estricção de uma certa região da chapa.
8
É importante lembrar que a curva de tensão-deformação de engenharia é montada
considerando-se a área da secção constante, o que é uma aproximação. Na verdade com a
diminuição da área de secção as tensões aplicadas no corpo de prova aumentam, desta
forma pode ser necessário construir uma curva real para uma analise mais detalhada. Para
isso é necessário obter certos coeficientes como explicado adiante.
9
4. Resultados
Tabela de Medidas Experimentais
Deslocamento (mm) Deformação KGF Força (N) Tensão (MPa)
0 0,00000 0 0 0,00000
0,01 0,00015 40 400 32,52033
0,02 0,00030 80 800 65,04065
0,03 0,00045 120 1200 97,56098
0,04 0,00061 160 1600 130,08130
0,035 0,00053 120 1200 97,56098
0,025 0,00038 80 800 65,04065
0,015 0,00023 40 400 32,52033
0,005 0,00008 0 0 0,00000
Propriedades Obtidas
Módulo de Elasticidade: É dado pela tangente do ângulo da reta de inclinação do gráfico
de deformação no regime linear, E = tan(α).
Logo, E = 214,634 GPa
L0 66 mm
Área de Secção 12,3 mm²
Regime Elástico
y = 214634x - 2E-14
0,00000
20,00000
40,00000
60,00000
80,00000
100,00000
120,00000
140,00000
0,00000 0,00010 0,00020 0,00030 0,00040 0,00050 0,00060 0,00070
Deformação
Tensão(MPa)
10
Limite de Escoamento: Determinado a partir da curva obtida no ensaio de deformação,
traçando-se uma paralela àquela do regime elástico com início no ponto de deformação
0,002 e encontrando o ponto em que esta intercepta a curva.
Logo, σe = 200,017 MPa
Limite de Resistência Mecânica: Corresponde a tensão referente ao ponto máximo da
curva obtida.
Dado, no ponto de tensão máxima, uma cota vertical de 122 mm e o fator de transformação
calculado de 14,38848921 N/mm, temos:
σu = 122 * 35,97122302 / 12,3 = 356,788 MPa
Limite de Ruptura: Corresponde a tensão referente no ponto de ruptura do corpo de
prova.
σr = 97 * 35,97122302 / 12,3 = 283,66 MPa
Limite de Escoamento
0
50
100
150
200
250
300
0,00000 0,00500 0,01000 0,01500 0,02000 0,02500 0,03000 0,03500
Deformação
Tensão(MPa)
11
Módulo de Tenacidade: Corresponde a integral da curva obtida, ou seja, a área sob esta
até o ponto de fratura.
No entanto, o módulo de tenacidade também pode ser escrito como:
UT = (σe + σr)/2 *ξf
Assim UT = 72,55 MPa
Módulo de Resiliência: Corresponde a integral da curva obtida em regime elástico, ou
seja, a área sob esta até o limite de escoamento.
No entanto, o módulo de resiliência também pode ser escrito como:
Ur = σe2
/2E
Assim Ur = 0,0932 MPa
Alongamento Total: Aumento de comprimento até o ponto de ruptura, adimensional.
∈ = (Lf - L0) / L0 * 100
∈ =(89,5 - 66)/66 * 100
∈ =35,6 %
Estricção: Medida do estrangulamento da secção.
φ= (So – Sf)/ So * 100%
φ = (12,3 – 5,91)/ 12,3 * 100
φ = 51,95 %
Determinação dos Coeficientes da Curva Verdadeira: Faz-se através das seguintes
relações:
∈
real
= ln (L/L
0
)
∫
UT =
0
∈ (r)
σd∈
∫
Ur =
0
∈ (e)
σd∈
12
A
real
= A
0
/ exp(ε
real
)
σ
real
= F / A
real
Para efeito de determinar os coeficientes da curva real, σ
real
= K * (E
real
)n
, iremos resolver o
seguinte sistema linear resultante da equação abaixo para os pontos de limite de
escoamento e de resistência mecânica.
log(σ
real
) = log(K) + n*log(E
real
)
log(σe) = log(K) + n*log(ln(Le/L0))
log(σu) = log(K) + n*log(ln(Lu/L0))
Resultando em:
n = 0,14776
k = 458,9866
Adiante, apresentamos uma aproximação da curva real:
Deformação Real
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7
Deformação Real
TensãoReal(MPa)
13
5. Comentários e Conclusões
Para as algumas das diversas propriedades da liga 1020 de aço, material analisado,
existem valores padrão na literatura. Faz-se necessário uma comparação destes com os
obtidos no experimento a fim de avaliá-lo corretamente.
Valor da Literatura Valor Obtido
Módulo de Elasticidade 190-210 GPa 214,634 GPa
Limite de Escoamento 294.8 MPa 200,017 MPa
Limite de Resistência Mecânica 394.7 MPa 356,788 MPa
Limite de Ruptura 283,66 MPa
Módulo de Tenacidade 72,55 MPa
Módulo de Resiliência 0,0932 MPa
Alongamento Total 36.5 % 35,6 %
Estricção 66.0 % 51,95 %
Dadas as condições de realização do ensaio − máquinas pouco precisas,
especialmente pela má fixação nas garras da maquina de tração, e a imprecisão das medidas
de alongamento resultantes deste problema, bem como as dimensões em, alguns casos, um
pouco fora daquelas exigidas pelas normas (em especial a necessidade dos cortes nas
cabeças do corpo de prova a fim de permitir a fixação) − esperávamos resultados ainda
mais discrepantes que aqueles encontrados, podemos então considerar a conclusão deste
projeto bastante satisfatória.
Gostaríamos de agradecer a dedicação dos professores e dos técnicos de laboratório
que, como todos puderam observar, preocuparam-se não apenas em fazer seu trabalho, mas
também em garantir que nós, alunos, entendêssemos cada etapa dos processos.
14
6. Referências Bibliográficas
- Sérgio A de Souza, ENSAIOS MECÂNICOS DE MATERIAS METÁLICOS
- Normas de Ensaio de Tração: ASTM E8M
- James M Gere, MECÂNICA DOS MATERIAIS
- Engineering Fundamentals Website, http://efunda.globalspec.com/
15
6. Anexo A: Fatores de Conversão
Para o cálculo dos fatores de conversão primeiro calculamos a média dos segmentos de
escala plotados no gráfico, depois dividimos as medidas reais (5 mm para o deslocamento e
100KGF para a força pelas médias obtidas, obtendo assim os fatores de conversão):
Escalas
Deslocamento Força
40 Ponto 1 28
38 Ponto 2 27
40 Ponto 2 29
44 Ponto 2 27
47 Ponto 2 28
41,8 Média 27,8
0,119617225 Fator 3,597122302

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Ensaio de tração aço 1020

  • 1. Relatório de Ensaio de Tração Flávia Maria de Almeida Siqueira NUSP 5433617 Mariana de Paiva Azevedo Guimarães NUSP 5436259 Rafael Augusto Moreno Gonçalves NUSP 5437413 Renato Pignatari NUSP 5437389 Guilherme Salvador Veiga NUSP 5433256 PMR 2202 – Introdução à Manufatura Mecânica Escola Politécnica da Universidade de São Paulo SETEMBRO/2006
  • 2. 2 Índice 1. Introdução pág 3 2. Objetivos pág 4 3. Metodologia 3.1. Preparação do Corpo de Prova pág 5 3.2. Método de Ensaio pág 5 3.3 Propriedades a serem obtidas no ensaio de tração pág 6 4. Resultados pág 9 5. Comentários e Conclusões pág 13 6. Referências Bibliográficas pág 14 7. Anexo A: Fatores de Conversão pág 15
  • 3. 3 1. Introdução A partir de uma chapa de aço 1020 confeccionamos o corpo de prova, como será descrito com mais detalhes adiante. Realizamos em seguida o ensaio de tração, segundo a norma ASTM E8M 90a, esse ensaio plotará um gráfico de tensão-deformação que junto com cálculos matemáticos determinará as seguintes propriedades do material: módulo de elasticidade, limite de escoamento, limite de resistência mecânica, limite de ruptura, módulo de tenacidade, módulo de resiliência, alongamento total, estricção e determinação dos coeficientes da curva verdadeira. Para que os valores obtidos no ensaio possam ser utilizados de forma comparativa, é necessário a utilização de uma norma que caracteriza as dimensões do corpo de prova e equipamentos utilizados.
  • 4. 4 2. Objetivos Com os dados coletados na curva é possível fazer uma análise preliminar da adequação do material a um projeto, determinando entre outras coisas qual o grau de deformação dado um certo esforço estrutural, a resistência e a tensão de ruptura do dispositivo projetado. Ou seja, o grupo aprende a determinar as características de um material para que em projetos futuros possa fazer a melhor opção. O uso das máquinas, supervisionado pelos técnicos especializados, nos familiariza com o procedimento técnico do ensaio. Desde a usinagem da peça, na fresa, até o ensaio propriamente dito. Depois do cálculo das propriedades do material, a confecção do relatório proporciona ao grupo a conclusão do projeto e a apresentação clara dos dados.
  • 5. 5 3. Metodologia 3.1. Preparação do Corpo de Prova O material utilizado foi o aço 1020. Recebemos uma chapa metálica de espessura 1mm, a partir da qual confeccionamos o corpo de prova. Com as seguintes dimensões: que seguem a norma ASTM E8M 90a. Instruções na norma:. Para fabricar o corpo de prova, cortamos, a principio, uma pequena chapa de dimensões 200 mm x 40 mm, depois fixamos esta em um dispositivo apropriado da fresadora e realizamos os cortes, com avanço 30 mm/min em 175 rpm, da secção de elongamento utilizando uma broca de raio 12,5 mm. Para realização do teste foi necessário ajustar o comprimento da cabeça, superfície de fixação, para 30 mm adequando-o à capacidade da máquina. 3.2. Método de Ensaio O método de ensaio segundo a teoria o corpo de prova deve ser preso pelas suas extremidades nas garras de fixação do dispositivo de testes. A máquina de ensaio de tração é projetada para alongar o corpo de prova a uma taxa constante, além de medir contínua e simultaneamente a carga instantânea aplicada e os alongamentos resultantes (usando um extensômetro). A amostra testada é deformada de maneira permanente, sendo geralmente 66 mm 12,3 mm 37,3 mm 141 mm 12,5 mm
  • 6. 6 fraturada. O resultado é registrado em um registrador gráfico na forma de carga em função do alongamento, essas características são dependentes do tamanho da amostra. O ensaio de tração realizado por nós foi executado em aula no laboratório da disciplina como já foi citado anteriormente. Utilizou-se a máquina hidráulica de tração, um relógio e um plotter. A máquina de ensaio de tração que tem garras para prender o corpo de prova permite que o operador varie a carga aplicada durante o ensaio. O relógio fornece o elongamento da peça em uma escala de 0.01 mm. Os valores extraídos do relógio serão tratados mais adiante. O plotter nos fornece a curva que servirá mais adiante para realizar todos os cálculos e atingir os nossos objetivos previamente citados. O método de ensaio foi o seguinte: prendemos a pequena chapa pelas suas extremidades. Como as garras da máquina hidráulica já estão gastas, tivemos que fazer uma pequena adaptação: aplicamos um pouco de carga no corpo de prova e tentamos prendê-lo mais ainda às garras. Feito isso, marcamos pontos no papel milimetrado através do plotter para determinar a escala do diagrama que será usada mais adiante nos cálculos. O ensaio estava pronto para ser iniciado. Um integrante de nosso grupo foi aplicando carga e anotamos dados durante o comportamento elástico que mais adiante serão mostrados, depois passamos pelo regime plástico e finalmente o corpo de prova rompeu-se. 3.3 Propriedades a serem obtidas no ensaio de tração Como já foi citado anteriormente, este projeto tem como objetivo definir algumas das características do material estudado para que estes dados possam ser usados em algum projeto futuro. Antes dos cálculos destas características, é necessário entendê-las e o que elas nos trazem. Para isso, vamos explicar sucintamente as características que serão definidas logo mais. A partir da curva tensão-deformação (figura 3) é possível extrair uma série de informações. Comecemos pelo módulo de elasticidade. Em um ensaio de tração, a primeira parte do diagrama apresenta-se como uma reta e é chamada de fase linear. O módulo de elasticidade (D) é o coeficiente angular desta reta e também pode ser escrito como o quociente entre a tensão e a deformação. Na fase linear, o objeto não sofre deformação
  • 7. 7 definitiva, pois apresenta deformação elástica. É partir de uma certa tensão que o objeto passa a apresentar um comportamento plástico implicando na deformação definitiva do material e esta tensão é chamada de tensão de escoamento (A). Depois de iniciada a fase plástica, a carga eventualmente atinge seu valor máximo e a tensão correspondente é chamada de tensão de resistência mecânica (B). Um maior estiramento da chapa é na verdade acompanhado por uma redução na carga e a fratura finalmente ocorre no ponto chamada de tensão de ruptura (C). Depois da ruptura mede-se o corpo de prova e o aumento de comprimento verificado na tração até a ruptura é chamado de alongamento total. E também pode ser calculado pelo quociente da diferença de comprimentos inicial e final e do comprimento inicial. A tenacidade é a capacidade que o material tem de deformar-se plasticamente e também reter energia antes da ruptura. O módulo de tenacidade pode ser calculado através da área total do gráfico (figura 3). A resiliência é a capacidade que o material tem de reter energia enquanto se deforma elasticamente e quando livre da tensão devolver esta energia. O módulo de resiliência é calculado através da área do gráfico onde ocorre o comportamento elástico. Quando o corpo de prova é estirado, uma contração lateral ocorre e com a redução da área pode-se observar a estricção de uma certa região da chapa.
  • 8. 8 É importante lembrar que a curva de tensão-deformação de engenharia é montada considerando-se a área da secção constante, o que é uma aproximação. Na verdade com a diminuição da área de secção as tensões aplicadas no corpo de prova aumentam, desta forma pode ser necessário construir uma curva real para uma analise mais detalhada. Para isso é necessário obter certos coeficientes como explicado adiante.
  • 9. 9 4. Resultados Tabela de Medidas Experimentais Deslocamento (mm) Deformação KGF Força (N) Tensão (MPa) 0 0,00000 0 0 0,00000 0,01 0,00015 40 400 32,52033 0,02 0,00030 80 800 65,04065 0,03 0,00045 120 1200 97,56098 0,04 0,00061 160 1600 130,08130 0,035 0,00053 120 1200 97,56098 0,025 0,00038 80 800 65,04065 0,015 0,00023 40 400 32,52033 0,005 0,00008 0 0 0,00000 Propriedades Obtidas Módulo de Elasticidade: É dado pela tangente do ângulo da reta de inclinação do gráfico de deformação no regime linear, E = tan(α). Logo, E = 214,634 GPa L0 66 mm Área de Secção 12,3 mm² Regime Elástico y = 214634x - 2E-14 0,00000 20,00000 40,00000 60,00000 80,00000 100,00000 120,00000 140,00000 0,00000 0,00010 0,00020 0,00030 0,00040 0,00050 0,00060 0,00070 Deformação Tensão(MPa)
  • 10. 10 Limite de Escoamento: Determinado a partir da curva obtida no ensaio de deformação, traçando-se uma paralela àquela do regime elástico com início no ponto de deformação 0,002 e encontrando o ponto em que esta intercepta a curva. Logo, σe = 200,017 MPa Limite de Resistência Mecânica: Corresponde a tensão referente ao ponto máximo da curva obtida. Dado, no ponto de tensão máxima, uma cota vertical de 122 mm e o fator de transformação calculado de 14,38848921 N/mm, temos: σu = 122 * 35,97122302 / 12,3 = 356,788 MPa Limite de Ruptura: Corresponde a tensão referente no ponto de ruptura do corpo de prova. σr = 97 * 35,97122302 / 12,3 = 283,66 MPa Limite de Escoamento 0 50 100 150 200 250 300 0,00000 0,00500 0,01000 0,01500 0,02000 0,02500 0,03000 0,03500 Deformação Tensão(MPa)
  • 11. 11 Módulo de Tenacidade: Corresponde a integral da curva obtida, ou seja, a área sob esta até o ponto de fratura. No entanto, o módulo de tenacidade também pode ser escrito como: UT = (σe + σr)/2 *ξf Assim UT = 72,55 MPa Módulo de Resiliência: Corresponde a integral da curva obtida em regime elástico, ou seja, a área sob esta até o limite de escoamento. No entanto, o módulo de resiliência também pode ser escrito como: Ur = σe2 /2E Assim Ur = 0,0932 MPa Alongamento Total: Aumento de comprimento até o ponto de ruptura, adimensional. ∈ = (Lf - L0) / L0 * 100 ∈ =(89,5 - 66)/66 * 100 ∈ =35,6 % Estricção: Medida do estrangulamento da secção. φ= (So – Sf)/ So * 100% φ = (12,3 – 5,91)/ 12,3 * 100 φ = 51,95 % Determinação dos Coeficientes da Curva Verdadeira: Faz-se através das seguintes relações: ∈ real = ln (L/L 0 ) ∫ UT = 0 ∈ (r) σd∈ ∫ Ur = 0 ∈ (e) σd∈
  • 12. 12 A real = A 0 / exp(ε real ) σ real = F / A real Para efeito de determinar os coeficientes da curva real, σ real = K * (E real )n , iremos resolver o seguinte sistema linear resultante da equação abaixo para os pontos de limite de escoamento e de resistência mecânica. log(σ real ) = log(K) + n*log(E real ) log(σe) = log(K) + n*log(ln(Le/L0)) log(σu) = log(K) + n*log(ln(Lu/L0)) Resultando em: n = 0,14776 k = 458,9866 Adiante, apresentamos uma aproximação da curva real: Deformação Real 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 Deformação Real TensãoReal(MPa)
  • 13. 13 5. Comentários e Conclusões Para as algumas das diversas propriedades da liga 1020 de aço, material analisado, existem valores padrão na literatura. Faz-se necessário uma comparação destes com os obtidos no experimento a fim de avaliá-lo corretamente. Valor da Literatura Valor Obtido Módulo de Elasticidade 190-210 GPa 214,634 GPa Limite de Escoamento 294.8 MPa 200,017 MPa Limite de Resistência Mecânica 394.7 MPa 356,788 MPa Limite de Ruptura 283,66 MPa Módulo de Tenacidade 72,55 MPa Módulo de Resiliência 0,0932 MPa Alongamento Total 36.5 % 35,6 % Estricção 66.0 % 51,95 % Dadas as condições de realização do ensaio − máquinas pouco precisas, especialmente pela má fixação nas garras da maquina de tração, e a imprecisão das medidas de alongamento resultantes deste problema, bem como as dimensões em, alguns casos, um pouco fora daquelas exigidas pelas normas (em especial a necessidade dos cortes nas cabeças do corpo de prova a fim de permitir a fixação) − esperávamos resultados ainda mais discrepantes que aqueles encontrados, podemos então considerar a conclusão deste projeto bastante satisfatória. Gostaríamos de agradecer a dedicação dos professores e dos técnicos de laboratório que, como todos puderam observar, preocuparam-se não apenas em fazer seu trabalho, mas também em garantir que nós, alunos, entendêssemos cada etapa dos processos.
  • 14. 14 6. Referências Bibliográficas - Sérgio A de Souza, ENSAIOS MECÂNICOS DE MATERIAS METÁLICOS - Normas de Ensaio de Tração: ASTM E8M - James M Gere, MECÂNICA DOS MATERIAIS - Engineering Fundamentals Website, http://efunda.globalspec.com/
  • 15. 15 6. Anexo A: Fatores de Conversão Para o cálculo dos fatores de conversão primeiro calculamos a média dos segmentos de escala plotados no gráfico, depois dividimos as medidas reais (5 mm para o deslocamento e 100KGF para a força pelas médias obtidas, obtendo assim os fatores de conversão): Escalas Deslocamento Força 40 Ponto 1 28 38 Ponto 2 27 40 Ponto 2 29 44 Ponto 2 27 47 Ponto 2 28 41,8 Média 27,8 0,119617225 Fator 3,597122302