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O Que é Isso?
a) Ausência de políticas
 lingüísticas;

b) Implantação de turmas de 5ª a
 8ª Séries e ensino médio nas
 escolas indígenas.(VI ELESI – 15º
 COLE )
o uso equilibrado de duas línguas, em todos
 os domínios, sem interferência de uma
 língua na outra;
o controle de duas línguas tal como tem o
 falante nativo dessas línguas;
habilidade de uma pessoa de usar duas
 línguas como meio de comunicação na
 maior parte das situações e de mudar de
 uma língua pra outra se necessário. (Maher,
 2005)
fenômeno multidimencional;
capacidade fazer uso de mais de uma
 língua. (Maher, 2005)
a escola indígena, desde que não
 sendo monolíngue e faça uso de duas
 línguas – a indígena e a portuguesa –
 é bilíngue e possui alunos com
 diferentes níveis de proficiência em
 língua indígena e em língua
 portuguesa.
se o ensino bilíngue das escolas
 indígenas tem contribuído ou não
 para o fortalecimento e
 manutenção das línguas
 indígenas?
O terceiro período da história da
 educação escolar indígena no Brasil
 (D’Angelis, 2005) é o do “Ensino
 Bilíngue” que vai dos anos 1970 até o
 século 21, cuja primeira fase
 caracteriza-se pela presença
 hegemônica da FUNAI, do SIL com a
 “educação bilíngue de transição”.
a) "Bilinguismo de Transição” onde a língua
 minoritária é usada apenas inicialmente para
 depois ser completamente substituída pela
 língua majoritária;
b) "Bilinguismo de Manutenção ou de
 Resistência", onde a língua minoritária é
 estimulada e empregada efetivamente em todo
 o ensino escolar;
c) "Bilinguismo de Imersão", onde o convívio
 total com a língua majoritária (ou a língua
 alvo) leva ao desuso da língua minoritária.
 (D’Angelis, 2001)
Adotar medidas planejadas para revigorar,
 fortalecer, dinamizar e atualizar a lingua
 indígena para que ela possa fazer frente à força
 da lingua portuguesa:
1) pela ocupação de espaços ainda não
 ocupados pela leitura e escrita em Português;
2) pela tomada de "lugares" hoje ocupados pela
 escrita do Português para a escrita em língua
 indígena;
3) pela tomada ou criação de lugares "nobres"
 de veiculação da língua indígena falada.
 (D’Angelis, 2001)

Carências profissionais dos professores;
Estado de atrofia e empobrecimento das
 línguas vernáculas;
Atitudes desfavoráveis das comunidades;
Dificuldades institucionais e
 burocráticas dos projetos;
Corte temporal mais amplo da EBI;
Problemas gerais dos sistemas
 educativos nacionais. (Chiodi, 1993)
Métodos bilingues eficazes e
 criativos (pedagógica);

Compromisso com a promoção e
 revitalização das línguas e culturas
 indígenas (político-cultural).
Política de formação de professores bilingues;
Planejamento linguístico que conduza à atualização e
 modernização das línguas indígenas;
Planificação de corpus de línguas indígenas como condição
 prévia e indissociável para que possam atuar no plano
 escolar;
Falta de estandardização (alfabeto, normas ortográficas,
 normalização de léxico supradialetal)
Linguagem pedagógica;
Tratamento dos empréstimos, correção do processo de
 sobreposição e mistura L1 e L2 a nível morfossintático
 (Chiodi, 1993)
Planificando o corpus e o status da língua
 (Monserrat, 2001)
Se a escola sozinha, não consegue, infelizmente,
 reverter tendências sociolingüísticas (Maher,
 2005), o que a escola tem feito com o corpus e com
 o status da língua indígena? De que bilinguismo
 falamos?
A Linguística sozinha não dá conta de responder
 aos desafios do bilinguismo. Para alguns deles, a
 Pedagogia pode ajudar. Para outros, nem a escola
 ajuda muito.

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  • 3. a) Ausência de políticas lingüísticas; b) Implantação de turmas de 5ª a 8ª Séries e ensino médio nas escolas indígenas.(VI ELESI – 15º COLE )
  • 4. o uso equilibrado de duas línguas, em todos os domínios, sem interferência de uma língua na outra; o controle de duas línguas tal como tem o falante nativo dessas línguas; habilidade de uma pessoa de usar duas línguas como meio de comunicação na maior parte das situações e de mudar de uma língua pra outra se necessário. (Maher, 2005)
  • 5. fenômeno multidimencional; capacidade fazer uso de mais de uma língua. (Maher, 2005) a escola indígena, desde que não sendo monolíngue e faça uso de duas línguas – a indígena e a portuguesa – é bilíngue e possui alunos com diferentes níveis de proficiência em língua indígena e em língua portuguesa.
  • 6. se o ensino bilíngue das escolas indígenas tem contribuído ou não para o fortalecimento e manutenção das línguas indígenas?
  • 7. O terceiro período da história da educação escolar indígena no Brasil (D’Angelis, 2005) é o do “Ensino Bilíngue” que vai dos anos 1970 até o século 21, cuja primeira fase caracteriza-se pela presença hegemônica da FUNAI, do SIL com a “educação bilíngue de transição”.
  • 8. a) "Bilinguismo de Transição” onde a língua minoritária é usada apenas inicialmente para depois ser completamente substituída pela língua majoritária; b) "Bilinguismo de Manutenção ou de Resistência", onde a língua minoritária é estimulada e empregada efetivamente em todo o ensino escolar; c) "Bilinguismo de Imersão", onde o convívio total com a língua majoritária (ou a língua alvo) leva ao desuso da língua minoritária. (D’Angelis, 2001)
  • 9. Adotar medidas planejadas para revigorar, fortalecer, dinamizar e atualizar a lingua indígena para que ela possa fazer frente à força da lingua portuguesa: 1) pela ocupação de espaços ainda não ocupados pela leitura e escrita em Português; 2) pela tomada de "lugares" hoje ocupados pela escrita do Português para a escrita em língua indígena; 3) pela tomada ou criação de lugares "nobres" de veiculação da língua indígena falada. (D’Angelis, 2001) 
  • 10. Carências profissionais dos professores; Estado de atrofia e empobrecimento das línguas vernáculas; Atitudes desfavoráveis das comunidades; Dificuldades institucionais e burocráticas dos projetos; Corte temporal mais amplo da EBI; Problemas gerais dos sistemas educativos nacionais. (Chiodi, 1993)
  • 11. Métodos bilingues eficazes e criativos (pedagógica); Compromisso com a promoção e revitalização das línguas e culturas indígenas (político-cultural).
  • 12. Política de formação de professores bilingues; Planejamento linguístico que conduza à atualização e modernização das línguas indígenas; Planificação de corpus de línguas indígenas como condição prévia e indissociável para que possam atuar no plano escolar; Falta de estandardização (alfabeto, normas ortográficas, normalização de léxico supradialetal) Linguagem pedagógica; Tratamento dos empréstimos, correção do processo de sobreposição e mistura L1 e L2 a nível morfossintático (Chiodi, 1993)
  • 13. Planificando o corpus e o status da língua (Monserrat, 2001) Se a escola sozinha, não consegue, infelizmente, reverter tendências sociolingüísticas (Maher, 2005), o que a escola tem feito com o corpus e com o status da língua indígena? De que bilinguismo falamos? A Linguística sozinha não dá conta de responder aos desafios do bilinguismo. Para alguns deles, a Pedagogia pode ajudar. Para outros, nem a escola ajuda muito.