2. História do livro
•A história do livro é a história da
humanidade, ao passo em que é a história dos
suportes em que estão os registros do pensamento
humano.
•Pode ser definida como a história das inovações
técnicas que permitiram a melhora da
conservação dos suportes de
informação, ampliaram o acesso à
informação, possibilitaram maior facilidade em
manusear e produzir esses suportes.
3. A sociedade suméria utilizava a
escrita inicialmente apenas para
realizar transações
comerciais, porém, com o
tempo, outros registros foram
surgindo até que escrever se
tornaria numa posição social de
alto status na sociedade
suméria: os escribas
História do livro
8. Prensa de Gutemberg
Para Silveira (2006) e a maioria dos autores da área, a
invenção dos tipos móveis de Gutenberg e dos prelos de
impressão que são o marco divisor de águas da história
do livro, pois foi através deles que os métodos de
manufatura do livro passam por uma transformação
radical, dando início à história da produção gráfica em
larga escala e modificando não só a concepção estrutural
e estética do livro como criando também todo um círculo
de profissionais ligados às artes gráficas envolvidos na
produção do livro.
9. História do livro no Brasil
1808 - A corte portuguesa se transfere para o Brasil: com D. João VI
vêm, além de seu séquito, o primeiro prelo, de madeira e fabricação
inglesa e a Biblioteca Real. D. João ordenou a instalação da Imprensa
Régia.
Era proibida a impressão fora das oficinas da corte e publicava-se
apenas o que era autorizado: o que não ofendia o Estado, a religião, os
costumes.
1821 - revogada a proibição de imprimir, multiplicaram-se os
jornais, folhetos, revistas. Surgiu a primeira revista, As variedades ou
ensaios de literatura.
10. História do livro no Brasil
1808 - A corte portuguesa se transfere para o Brasil: com D. João VI
vêm, além de seu séquito, o primeiro prelo, de madeira e fabricação
inglesa e a Biblioteca Real. D. João ordenou a instalação da Imprensa
Régia.
Era proibida a impressão fora das oficinas da corte e publicava-se
apenas o que era autorizado: o que não ofendia o Estado, a religião, os
costumes.
1811 - O governo autorizou a instalação de uma tipografia na
Bahia, comandada por Manuel da Silva Serva.
1821 - revogada a proibição de imprimir, multiplicaram-se os
jornais, folhetos, revistas. Surgiu a primeira revista, As variedades ou
ensaios de literatura.
11. O que é um livro raro?
Obstáculos para determinar a raridade :
•O princípio de que cada livro tem sua própria
identidade constituída de uma série de variáveis
que podem ou não ser levadas em conta;
•A fragilidade dos argumentos colocados em
evidência quando se tenta provar que um livro é
raro.
12. As obras raras podem ser divididas em duas
grandes categorias :
•Obras comprovadamente raras
•Obras circunstancialmente raras
13. Biblioteca de obras raras
Uma biblioteca instituição possui diversos
setores e dentre eles se encontra o setor de
obras raras, que tem por objetivo reunir
obras que na maioria das vezes não tem
relação com a mesma área de conhecimento
do resto do acervo, mas que tem como fator
determinante a sua raridade.
14. Formação e desenvolvimento de acervo
A formação e desenvolvimento de acervos é um trabalho que exige
planejamento e comprometimento com atividades de processamento
técnico, como avaliação, estudo de usuário, seleção, desbastamento e
aquisição.
Portanto faz-se necessário a formalização dessas atividades através de uma
política que norteie o processo decisório de uma instituição com o objetivo de
garantir o desenvolvimento continuo de uma coleção.
Segundo Rodrigues (2006, p. 115),
Atualmente não existe uma política nacional que oriente a identificação e
qualificação de acervos raros. Cada instituição, particularmente, elabora seus
próprios procedimentos, relacionando critérios, muitas vezes baseados nas
experiências de outras instituições.
15. Seleção: critérios de raridade
Pinheiro (1999, p. 29-32), sugere recomendações gerais
para a observação de raridade, definindo aspectos que
devem ser uma obra rara:
•Limite histórico;
•Aspectos bibliológicos;
•Valor cultural;
•Pesquisa bibliográfica;
•Características do exemplar.
16. No Brasil os critérios são definidos observando
principalmente os interesses da instituição e
frequentemente usando documentos criados por
outras instituições. Não existe um padrão exato
para a formação das coleções, desde que estas são
criadas obedecendo às particularidades da
organização, sendo assim, uma obra considerada
sob algum aspecto rara em uma biblioteca pode
ser descartada em outra.
17. PLANOR
O Plano Nacional de Recuperação de Obras Raras -
PLANOR foi criado em 1983 pela portaria nº19 da
Secretaria da Cultura, do então Ministério da Educação e
Cultura. O Ministério da Cultura tornou-se órgão
independente dois anos após, em 1985.
18. PLANOR
Objetivos :
•identificar, coletar, reunir e disseminar através da Fundação
Biblioteca Nacional informações sobre acervos raros existentes no
Brasil;
•fornecer orientações sobre procedimentos técnicos na
identificação, organização, tratamento técnico e gestão desse
patrimônio, conforme normas adotadas pela Fundação Biblioteca
Nacional;
•prestar assessoria técnica a outras instituições com a finalidade de
orientar quanto à organização e preservação de acervos raros existentes
no País, além de desenvolver programas de formação e aperfeiçoamento
de mão de obra especializada.
19. PLANOR
•Elaboração e execução de projetos no âmbito do acervo raro.
•Realização de visita técnica, a convite das instituições
curadoras de acervos raros; e posterior emissão de parecer
técnico, contendo as informações e impressões coletadas
durante a visita.
•Promoção de Eventos e Cursos, que visam a capacitação
profissional na identificação, processamento técnico e gestão
de acervos raros e de memória.
•Gerenciamento do Catálogo do Patrimônio Bibliográfico
Nacional – CPBN
•Realização do Encontro Nacional de Acervo Raro – ENAR
20. Tipos de obras raras previstas no PLANOR
•Primeiras impressões (incunábulos);
•Impressões dos séculos XVII e XVIII;
•Brasil século XIX;
•Edições clandestinas;
•Edições de tiragens reduzidas;
•Edições especiais;
•Exemplares de coleções especiais;
•Exemplares com anotações manuscritas de
importância e
•Obras esgotadas.
27. Aquisição
Coleções de livros raros são em sua maior
parte formadas a partir de processos de
compra. Portanto, a biblioteca deve
possuir recursos orçamentários suficientes
e disponíveis para poder adquirir obras em
antiquários, sebos e até mesmo em leilões.
28. Aquisição
Outra forma de aquisição de obras raras é por meio do
processo de doação. Como já mencionado anteriormente é
comum coleções completas de bibliófilos serem leiloadas
após a sua morte, muitas vezes podendo acontecer
também a sua doação. Existem outros diversos tipos de
doações e dentre eles podem ocorrer tanto uma simples
doação direta pelo proprietário, doações em dinheiro e até
mesmo doações de acervos inteiros.
29. Organização
A organização de livros em uma biblioteca depende de
suas principais características, como
assunto, data, formato e autoridade, de tal modo que
torne o acervo mais acessível. No caso de um acervo de
obras raras a classificação nas estantes deve ser feita
visando a sua preservação, devido à fragilidade de seu
conteúdo, e a longevidade dos documentos. Portanto, é
extremamente importante ter um espaço específico para a
coleção.
31. Organização
A necessidade de manter esse tipo de acervo
separado do acervo geral é devido a sua
importância para a preservação da memória, valor
de mercado e valor cultural. Estando separado do
acervo geral, um livro classificado como obra rara
deve ser submetido a cuidados diferenciados que
preveem uma maior durabilidade e a proteção
contra furtos.
32. Catalogação
A catalogação, prática típica das
bibliotecas, constitui uma atividade
especializada que precisa ser desenvolvida por
profissionais, principalmente quando se trata de
catalogação de livros raros. Estes possuem uma
sorte de peculiaridades que precisam ser
observadas no momento da representação do
documento.
33. Existem diversos manuais que fornecem regras
de catalogação especializada para vários
formatos de obras raras:
• AACR2;
• ISBD (A);
• DCRM (B)
Catalogação
34. Bibliotecário de obras raras
• Formação histórica, crítica, cultural, técnica e
profissional
• Procurar especialização de estudos em áreas afins e/ou
específicas
• Conscientizar-se sobre a necessidade de formação e de
integração de equipes interdisciplinares e
multidisciplinares
35. Avaliação de coleção de obras raras
Constitui uma atividade complexa ocorrida
durante o processo de planejamento, com o
intuito de determinar a importância e
adequação do acervo com os objetivos da
biblioteca e da instituição.
36. Metodologias de avaliação
Lancaster classifica três metodologias para
avaliação de acervos: quantitativas, qualitativas
e fatores de uso:
• Quantitativas
• Qualitativas
• Fatores de uso
37. Metodologias de avaliação
Uma metodologia para a avaliação de
Coleção de Obras Raras deve levar em conta a
etapa de seleção, e principalmente os critérios
de raridade definidos pela instituição, ou
seja, deve ser um procedimento essencialmente
qualitativo.
38. Preservação, conservação e restauração
Preservação: possui um sentido mais abrangente, diz
respeito aos aspectos administrativos dos sistemas de
informação, como recursos humanos e financeiros, decisões
políticas, instalações físicas, além de métodos e técnicas
específicos para preservação da integridade física dos
documentos.
Conservação: A conservação envolve práticas específicas
para proteger os materiais de danos e degradação.
Restauração: A restauração é o conjunto de procedimentos
adotados por especialistas para recuperar o material
deteriorado
39. Programa de preservação
O programa de preservação necessita de um
planejamento para preservação e conservação, que
consiste em avaliação do acervo, para determinar
medidas de curto e longo prazo. A curto prazo, seria
destinado a materiais que já apresentam sinais de
deterioração, devido a sua composição. A longo
prazo, para materiais que ainda não estão
danificados, mas que tem que ser protegidos contra
danos.
40. Segurança contra roubos
A obra rara constitui um item de valor cultural e
histórico imensurável, cuja importância muitas vezes é
revertida em valor financeiro, podendo alcançar
número milionários. Essa característica torna o acervo
de obras raras um local de alto risco para roubos, tanto
de documentos completos como de partes destes.Por
isso, a preocupação com a segurança da coleção de
livros raros é cotidiana e imprescindível.
42. Conclusão
Após escrever o trabalho, foi visto que o livro raro é
um objeto tão específico que possui valores
intrínsecos e extrínsecos que o tornam único e, por
isso, demanda também um tratamento individual
três vezes mais cuidadoso por ser muitas vezes frágil
e por ser considerado patrimônio intelectual da
humanidade, se tornando imprescindível a busca
pormétodos de preservação de sua integridade
física, intelectual e histórica.
43. Alanna Gianin Torres
Beatriz Nascimento
Gessyca Lago
Universidade de Brasília
Faculdade de Ciência da Informação
Formação e desenvolvimento de acervo