O documento discute conceitos e princípios relacionados à usabilidade e ao projeto de interfaces do usuário. Define usabilidade como a capacidade de um sistema de ser usado de forma eficaz, eficiente e satisfatória. Apresenta princípios de design como visibilidade, feedback, restrições, mapeamento e consistência. Define metas de usabilidade como eficácia, eficiência, segurança, utilidade e capacidade de aprendizado.
2. INTRODUÇÃO
Terminologias, conceitos e princípios relacionados à engenharia de usabilidade e
ao projeto de interfaces do usuário:
•Conceitos sobre usabilidade
•Princípios de design
•Mandamentos de usabilidade
2
4. Definições:
“Capacidade que um sistema
interativo oferece a seu usuário, em
um determinado contexto de
operação, para a realização de
tarefas de maneira eficaz, eficiente
e agradável”
(norma ISO 9241: requisitos ergonômicos
para trabalho em escritório).
Introdução
5. Definições:
segundo a norma ISO 9126, a usabilidade é
definida como
“a capacidade do produto de
software de ser entendido, usado e
atrativo para o usuário, quando
utilizado em condições específicas”
Visa a adequação de um sistema
às características de utilização
Introdução
6. Engenharia de
UsabilidadeEngenharia de
Software Ergonomia
Introdução
A Usabilidade trata de fatores humanos
relacionados ao desenvolvimento de software:
o objetivo principal é
otimizar a performance
humana, incluindo
redução de
erros, aumento da
produtividade e
satisfação do
usuário.
Trata de aspectos
funcionais do produto e
de processo.
7. Usabilidade
Engenharia de
Software Ergonomia
Introdução
A Usabilidade trata de fatores humanos
relacionados ao desenvolvimento de software:
o objetivo principal é
otimizar a performance
humana, incluindo
redução de
erros, aumento da
produtividade e
satisfação do
usuário.
Trata de aspectos
funcionais do produto e
de processo.
A Usabilidade é um requisito não funcional!
8. Introdução
8
Usabilidade Engenharia de software
O que está sendo
desenvolvido
Componente de interação da Interface. Software de interface.
Qual visão é
adotada
Visão do usuário. Visão do sistema.
O que é
descrito
Ações, percepções e tarefas do usuário. Ações do sistema em resposta ao que o
usuário faz.
O que está
envolvido
Fatores humanos, especificações de usabilidade,
erros dos usuários, avaliação da adequação ao uso.
Programas, algoritmos, elementos de
interface (widgtes), requisitos de sistema,
avaliação de programas, erros de programação.
O local Onde o projetista de interação e avaliadores fazem
seu trabalho.
Onde implementadores do software de
interface fazem seu trabalho.
O teste Tarefas realizadas pelos usuários usando o sistema. Procedimentos executados pelo sistema
Usabilidade x Engenharia de Software
no desenvolvimento da interface com o usuário
10. Introdução
A Usabilidade é um requisito não funcional!
“Atendemos a todas as especificações de requisitos”
“Na minha máquina funciona”
“Com o tempo, a gente se acostuma, né?”
Se você já ouviu essas frases,
é sinal que falta Usabilidade
11. Introdução
A Usabilidade é um requisito não funcional!
Não basta “apenas funcionar”.
É preciso ter qualidade de uso.
12. Introdução
12
Subcaracterísticas – modelo ISO 9126
Inteligibilidade:
Capacidade de permitir ao usuário entender se o software é adequado, e como ele
pode ser usado para tarefas e condições de uso particulares.
Capacidade de se aprender a utilizar (learnability):
Capacidade do produto de software de permitir ao usuário aprender a utilizar sua
aplicação.
Operabilidade:
Capacidade do produto de software de permitir ao usuário operá-lo e controlá-lo.
Operabilidade corresponde a eficiência no uso, controlabilidade, tolerância a
erros, e conformidade com as expectativas dos usuários.
Atratividade:
Capacidade do produto de software de ser atraente para o usuário.
13. Introdução
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Desenvolvedor Cliente Usuário
Diminuição de custos e tempo de
desenvolvimento.
Mais segurança no produto, a partir das
evidências oriundas dos testes e da
prototipação, com a confiança que o
produto foi desenhado para suprir suas
necessidades.
Facilidade de uso e de aprendizado.
Satisfação do seu cliente. Melhora a produtividade do trabalho de
seus usuários utilizando os produtos
desenvolvidos, que tendem a ser mais
rápidos e requerem menos esforço de
uso.
Usuário pode trabalhar de maneira mais
produtiva com uma ferramenta mais
adequada às suas necessidades.
Melhoria em credibilidade no mercado. Diminui o risco de ter que trocar de
produto por não atender às suas
necessidades
Menos tempo “perdido” lendo manuais ou
helps e consultando o suporte, com mais
tempo sendo produtivo.
Melhora a gerência de riscos:
alternativas de desenho são testadas e
melhoradas muito antes que a codificação
prossiga.
Melhoria radical de chances de sucesso
no mercado.
Menos stress na utilização já que o
produto terá sido construído em torno das
necessidades dos usuários e usando sua
terminologia e conceitos.
Maiores vendas: produto tem melhor
aceitação já que são mais indutivos de se
usar, mais rápidos e mais efetivos.
Benefícios
14. Introdução
14
Benefícios internos – Gerência de projeto
1. Melhora a gerência de riscos: alternativas de desenho são testadas e
melhoradas muito antes que a codificação prossiga.
2. Simplifica o planejamento: permite o cálculo mais preciso de
necessidade de esforço já que reduz drasticamente a necessidade de re-
trabalho devido a desenhos não satisfatórios e problemas de comunicação
com o usuário.
3. Provê evidências de sucesso mais cedo: as avaliações e relatórios com
definições de requisitos de usabilidade e registros em vídeos confirmam a
validade dos desenho ainda em estágios iniciais de desenvolvimento.
15. Introdução
15
Benefícios internos – Processo de desenvolvimento
1. Confiança em que o design funciona: usuários reais validam o design muito antes que
ele seja construído.
2. Propicia o teste de múltiplos conceitos rapidamente: torna mais fácil e rápido tentar
várias soluções de desenho para verificar-se qual a melhor.
3. Evita-se alterações de última hora: Stress associado aos atropelos e esforço
concentrado de última hora.
4. Diminui-se o stress associados aos testes de aceitação: Como as soluções de
desenho são bem testadas antes de sua implementação, os testes de aceitação tornam-
se tarefas mais suaves.
5. Pode levar a desenho mais acurados: com os diversos aspectos da interação modelado
e documentado, pode-se obter um quadro mais acurado do produto a ser construído.
1. Isso porque a análise do contexto de uso do produto em desenvolvimento leva a
uma visão mais acurada e documentada de como os usuários trabalham, sem
suposições não fundamentadas de como os usuários vão usar a interface.
16. Introdução
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Benefícios internos – Documentação
1. Começa-se a documentação mais cedo: com mais tempo para correções e para se
produzir todos os aspectos envolvendo documentação, help e treinamento.
2. Diminui a necessidade de documentação e material de suporte já que a interface é
mais intuitiva e utilização mais fácil.
17. Introdução
17
Atributos principais (Nielsen, 93)
1. Produtividade do usuário (eficácia com eficiência).
2. Facilidade de aprendizado (learnability).
3. Retenção do aprendizado com uso intermitente (memorização).
4. Prevenção de erros do usuário.
5. Satisfação.
18. PRINCÍPIOS DE DESIGN:
DE ONDE VIEMOS
Princípios inspirados no senso comum, nas experiências
adquiridas e na psicologia cognitiva.
20. Princípios de Design
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Motivação
...OS OBJETOS
NÃO FORAM
BEM DESENHADOS!
Dificuldades para se entender o
funcionamento dos objetos (aparelhos, etc)
nos dias de hoje já que...
22. Princípios de Design
22
Motivação
• Síndrome “painel de avião”;
• Algumas funções ficam sub-utilizadas;
• Torna-se impossível entender para
que servem tantas teclas;
• Opções desnecessárias para a
maioria das pessoas;
• Necessidades de manuais.
23. Princípios de Design
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Psicologia das ações
Golfo de execução
Formulação
da intenção
Especificação
da sequencia
de ações
Execução das
ações
Percepção do
estado do
sistema
Interpretação
do estado do
sistema
Avaliação em
relação à
intenção
Golfo de avaliação
24. Princípios de Design
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Psicologia das ações
• A dificuldade de lidar com dispositivos
• Culpando a causa errada: falsas casualidades
• Ocorrem quando um erro acontece após uma sequencia de atividades do
usuario e este fica confuso sobre qual teria sido sua causa.
• Sensação de incapacidade “aprendida” por fracassos sucessivos
• Distância (“Golfo”) entre a execução e a avaliação de nossas atividades.
25. Princípios de Design
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Os princípios de design (Donald Norman)
1. Visibilidade;
2. Feedback;
3. Restrições;
4. Mapeamento;
5. Consistência;
6. Affordance;
26. Princípios de Design
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1- Visibilidade
Quanto mais soubermos sobre as possibilidades de interação, melhor.
27. Princípios de Design
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1- Visibilidade
Quanto mais soubermos sobre as possibilidades de interação, melhor.
28. Princípios de Design
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1- Visibilidade
Às vezes, não sabemos onde estão os elementos de interação
Os problemas com a Visibilidade
aparecem quando “não podermos ver”
os elementos de interação do produto.
Neste exemplo, temos que adivinhar
onde colocar as mãos. Torneiras e
botões visíveis foram substituídos por
“zonas ativas” que são invisíveis e
ambíguas.
29. Princípios de Design
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1- Visibilidade
Esconder algumas funcionalidades pode ser benéfico
A busca do Google se
mantém limpa a ponto de
deixar óbvio o que é pra
ser feito.
Algumas funções se
mantém invisíveis até que
sejam necessárias
30. Princípios de Design
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2- Feedback
Toda ação (usuário) requer uma reação (sistema)
O som, neste caso, pode sim
ser um exemplo de feedback.
33. Princípios de Design
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4- Mapeamento
Deve haver coerência entre os controles e suas funções.
Neste caso, existem 4
possibilidades de interação.
Não é possível saber qual
elemento realiza as funções:
a) Abrir as paletas (corrente)
b) Fechar as paletas (corrente)
c) Abrir toda a cortina (corda)
d) Fechar toda a cortina (corda)
36. Princípios de Design
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5- Consistência
Consistência estética
Aparência e estilo bem definidos
e facilmente reconhecidos pelo
público.
O
fabricante, consistentemente, colo
ca seu emblema nos capôs de
seus carros
O reconhecimento é associado à
qualidade, prestígio, fino
acabamento e confiabilidade.
37. Princípios de Design
37
5- Consistência
Consistência interna
Consistência visual com os demais elementos dentro do
sistema.
Reforça o senso de orientação e confiabilidade.
Indica que o sistema é bem desenhado e bem planejado.
38. Princípios de Design
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5- Consistência
Consistência externa
Consistência com outros elementos no ambiente.
Reforça a consistência interna para sistemas múltiplos.
Mais difícil de se alcançar, já que diferentes produtos raramente observam
os mesmos padrões de design.
Ex.: Ícone de “Salvar”
39. Princípios de Design
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6- Affordance
Os elementos de interação devem “falar por si” sobre como operá-los.
Bons exemplos:
Tanto a maçaneta, quanto a tesoura, dão
dicas sobre como usá-las, mesmo só
olhando para elas.
40. Princípios de Design
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6- Affordance
Os elementos de interação devem “falar por si” sobre como operá-los.
Maus exemplos:
Para que lado giramos a maçaneta?
Nos exemplos abaixo, os elementos têm aspectos
semelhantes, mas não possuem a mesma função.
Isso é clicável
Mas isso não é
Este elemento
parece um
checkbox
41. Princípios de Design
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6- Affordance
Os elementos de interação não devem “mentir” sobre como operá-los.
Argola do VW Fox. Este seria um bom ou um mau exemplo?
http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EDG81441-6014-507,00.html
42. METAS DE USABILIDADE:
PARA ONDE VAMOS
Com os princípios já definidos, agora vamos em busca dos objetivos.
43. Metas de usabilidade
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Quais atributos o produto precisa ter para
assegurar a sua qualidade de uso.
1. Eficácia;
2. Eficiência;
3. Segurança;
4. Utilidade;
5. Capacidade de aprendizagem (learnability);
6. Capacidade de memorização (memorability).
44. Metas de usabilidade
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1- Eficácia:
O sistema precisa ser bom naquilo que se espera dele.
• Eu consigo concluir a declaração do IRPF e ficar
tranquilo depois?
• Caso desista, eu consigo cancelar uma impressão?
• Esse antivírus é bom mesmo?
• Autoatendimento BB pela Internet me dá autonomia?
45. Metas de usabilidade
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2- Eficiência:
Uma vez que os usuários já sabem como operar o sistema, sua
produtividade tem que ser melhorada.
• A urna eletrônica agiliza o processo de voto?
• A funcionária da companhia aérea consegue
despachar a bagagem e realizar o check-in com
rapidez?
• O caixa eletrônico ajuda mesmo a diminuir as filas?
• Comprar ingressos de cinema no terminal é mais
rápido que comprar direto no caixa?
46. Metas de usabilidade
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3- Segurança (de uso):
O sistema deve prevenir que o usuário cometa erros e, caso os
cometa, a ação deve ser reversível.
• O internet banking possui máscaras nos campos
para que eu não erre os valores digitados?
• Ao excluir um documento, o sistema me pede
alguma confirmação?
• Quando faço um depósito num caixa eletrônico, eu
tenho plena certeza de que o dinheiro vai para a
conta certa?
47. Metas de usabilidade
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4- Utilidade:
O sistema deve fornecer funcionalidades úteis para que o usuário
realize suas tarefas.
• Ao pagar um boleto pelo internet banking, o sistema
permite que eu possa realizar outro pagamento em
seguida, ou terei que recomeçar o processo desde o
início?
• Posso usar o drag-and-drop para anexar um arquivo
no email? (Gmail)
48. Metas de usabilidade
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5- Capacidade de aprendizagem (learnability)
As funções fundamentais do sistema devem ser de fácil
assimilação.
• Preciso ler o manual toda vez que vou utilizar o
sistema?
• Mesmo após um treinamento, eu ainda preciso
anotar num papelzinho os comandos mais comuns
do sistema?
49. Metas de usabilidade
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6- Capacidade de memorização (memorability)
Os usuários devem poder lembrar ou, ao menos, rapidamente
serem lembrados das funções fundamentais do sistema.
• Preciso ler o manual se eu ficar mais de 30 dias sem
usar o sistema?
• As ações menos frequentes possuem alguma
documentação de fácil acesso?
50. OBRIGADO!
Nessa apresentação aprendemos sobre terminologias, conceitos e princípios
relacionados à engenharia de usabilidade e ao projeto de interfaces do usuário,
além de:
• Conceitos sobre usabilidade
• Princípios de design
• Metas de usabilidade
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51. Introdução
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Referências
Prof.: Clarindo Isaías Pereira da Silva e Pádua
Hix, D.; Hartson, H. R. Developing User Interfaces: ensuring
usability through product & process, John Wiley and Sons, 1993.
Hackos, J.T. , Redish, J.C. User and Task Analysis for Interface
Design. John Wiley &Sons, 1998.
Nielsen, J. Usability Engineering. Chestnut Hill, MA, Academic
Press, 1993.
ISO/DIS 13407 :1999 Human-centred design processes for
interactive systems.
ISO 9241: Requisitos ergonômicos para trabalho de escritório com
exibição visual.
ISO/IEC 9126: Software Engineering – product quality.
Notas do Editor
Visibilidade serve paramostrar-nos o status de um dispositivo e suaspossíveisações.
Geralmente, os comandos dos painéis de um carro são visíveis de de fácil acesso para o motorista.