Seminário sobre Pé Diabético, referente à disciplina de Cínica Médica do Internato, Faculdade de Medicina, Universidade de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil.
1. PÉ DIABÉTICO
FACULDADE DE MEDICINA – UNIC
INTERNATO – CLÍNICA MÉDICA
TURMA XXIII
AILLYN FERNANDA BIANCHIAILLYN FERNANDA BIANCHI
2. Problema de saúde pública.
Elevada prevalência e morbimortalidade.
Redução da capacidade de trabalho de indivíduos em idade
produtiva.
Estima-se que, globalmente, 120 milhões de indivíduos são
diabéticos, e que entre 4 a 10% destes desenvolvem lesões no pé.
O pé diabético constitui a causa mais frequente de complicações,
com uma alta taxa de amputação, internação prolongada e custo
hospitalar elevado.
INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO
3. De etiologia multifatorial, oDe etiologia multifatorial, o pépé
diabéticodiabético caracteriza-se por umacaracteriza-se por uma
variedade de anormalidadesvariedade de anormalidades
resultantes da combinação deresultantes da combinação de
neuropatianeuropatia
ee vasculopatiavasculopatia em pacientes portadoresem pacientes portadores
crônicos do diabetes melitos I e II.crônicos do diabetes melitos I e II.
CONCEITOCONCEITO
5. VASCULOPATIAVASCULOPATIA
MICROANGIOPATIAMICROANGIOPATIA
Espessamento da membrana basal capilar, comprometendo a redução do fluxo
sangüíneo para o pé no diabético.
MACROANGIOPATIAMACROANGIOPATIA
Resulta em processo aterosclerótico que, no diabético, é mais frequente, prematuro,
progressivo e mais grave.
No membro inferior, os vasos mais comumente afetados por arteriosclerose são as artérias
tibiais.
A calcificação arterial pode estar presente em grande parte dos pacientes.
CONCEITOCONCEITO
6. VASCULOPATIAVASCULOPATIA
FORMA MISTAFORMA MISTA (neuroisquêmica), em
que tanto a neuropatianeuropatia como a
angiopatiaangiopatia contribuem para o
desenvolvimento de lesões no pé.
CONCEITOCONCEITO
8. Neuropatia Autonômica (Lesão do Sistema NervosoNeuropatia Autonômica (Lesão do Sistema Nervoso
Autônomo, em particular dos Nervos Simpáticos)Autônomo, em particular dos Nervos Simpáticos)
Perda do tônus vascularPerda do tônus vascular vaso-dilatação aumento da
abertura de comunicações arterio-venosa passagem
direta de fluxo sanguíneo da rede arterial para a venosa
nutrição tecidual comprometida!!
AnidroseAnidrose ressecamento da pele formação de
fissuras portas de entrada para infecções.
CONCEITOCONCEITO
9. NEUROPATIA SENSITIVO-MOTORANEUROPATIA SENSITIVO-MOTORA
Acarreta perda gradual da sensibilidadeperda gradual da sensibilidade tátil e dolorosatátil e dolorosa que torna os pés
vulneráveis a traumas, denominada de “perda da sensação protetora” .
Atrofia da musculatura intrínseca do pé, causando desequilíbrio entre
músculos flexores e extensores, desencadeando deformidades osteoarti-culares
(exemplos: dedos “em garra”, dedos “em marte-lo”, dedos sobrepostos, etc.
DEFORMIDADESDEFORMIDADES alteração dos pontos de pressão na região plantar
levando à sobrecarga e reação da pele com hiperceratose local (calo), que com
a contínua deambulação evolui para ulceração (mal perfurante plantar).
CONCEITOCONCEITO
10. O “Pé de Charcot” (neuro-osteoartropatia)O “Pé de Charcot” (neuro-osteoartropatia)
“Entidade clínica relacionada à polineuropatia perifé-rica do diabético.”
A neuropatia autonômica provoca a perda da regulação das comunicações
arteriove-nosas com aumento de fluxo sangüíneo levando à reabsorção óssea, com
decorrente osteopenia e fra-gilidade do tecido ósseo, que associada à perda da
sensação dolorosa e ao próprio “trauma” repetitivo da deambulação, pode levar a
múltiplas fraturas.
Pé de Charcot Agudo: Presença dos sinais da inflamação (edema,
hiperemia, hipertermia e dor) sem infecção.
Pé de Charcot Crônico: Fase avançada da complicação, caracterizada
por deformidades osteoarticulares importan-tes, principalmente do
médio-pé, com desenvolvimento de calos e úlceras plantares.
CONCEITOCONCEITO
11. A maior suscetibilidade do diabético à infecção é
decorrente do prejuízo da resposta inflamatória e do sistema
antioxidante, da alteração da migração, fagocitose e quimiotaxia
de leucócitos e da menor produção de citocinas. A hiperglicemia é
o sinal mais precoce de infecção, enquanto que a febre, a
leucocitose, os calafrios e os sinais de inflamação podem estar
ausentes em até 2/3 dos casos, devido à presença concomitante de
alterações neuropáticas e/ou vasculares.
CONCEITOCONCEITO
12. • ANAMNESE + EXAME FÍSICOANAMNESE + EXAME FÍSICO
História familiar, tipo de tratamento e tempo de diag-
nóstico do diabetes.
Fazer sempre a pesquisa ativa do mecanismo da lesão:
trauma direto, repetitivo, fissura infectada, etc.
História de úlcera e/ou amputação prévia colocam o
paciente em grupo de risco elevado para a extremidade
afe-tada e para o membro contralateral.
PÉ DIABÉTICOPÉ DIABÉTICO
13. DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
Sinais e SintomasSinais e Sintomas
a)Sensoriais:Sensoriais: queimação, pontadas, agulhadas, formigamentos,
dormência, dor que varia de leve a forte intensidade (predominantemente
noturna), sensação de frio, cãibras. Ausência de dor.
b) Motores:Motores: atrofia da musculatura intrínseca do pé e deformidades
como: dedos em martelo, dedos em garra, hálux valgo, pé cavo,
proeminências ósseas, calosidades (em áreas de pressões anômalas) e
úlcera plantar (mal perfurante plantar).
c) Autonômicos:Autonômicos: ressecamento da pele (pé seco) e fissuras, hiperemia,
hipertermia, edema.
14. DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
Muito usado por nãoMuito usado por não
especialistas.especialistas.
Grande sensibilidade.Grande sensibilidade.
Simples execução.Simples execução.
Baixo custo.Baixo custo.
Determina um riscoDetermina um risco
aumentado de ulceraçãoaumentado de ulceração..
TESTE DOTESTE DO
MONOFILAMENTOMONOFILAMENTO
15. DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
O diagnóstico precoce e o tratamento rápido e agressivo evitam
perda do membro e reduzem tempo e custo da internação.
As principais portas de entrada das infecções agudas são através
de micoses interdigitais, pequenas lesões por sapatos inadequados,
traumas banais e úlceras crônicas.
TESTE DIAPASÃOTESTE DIAPASÃO
16. DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
RxRx
FASE AGUDA - há predominância de reabsorção óssea, osteólise,
fraturas.
FASE CRÔNICA - há predominância da esclerose, exu-berante
formação óssea (neoformação), deformação com estabilidade, fusão
de fragmentos ósseos, alinhamento anormal das articulações,
deslocamentos, erosão da cartilagem.
17. EXAMES HEMATOLÓGICOSEXAMES HEMATOLÓGICOS
•A leucocitose e os níveis de glicemia elevados emA leucocitose e os níveis de glicemia elevados em
paciente previamente bem controlado sugerempaciente previamente bem controlado sugerem
infecçãoinfecção..
•Exames gerais voltados ao estado nutricional-Exames gerais voltados ao estado nutricional-
imunológico e função renal são importantes paraimunológico e função renal são importantes para
orientar a antibioticoterapia.orientar a antibioticoterapia.
DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO
27. PREVENÇÃO!!!PREVENÇÃO!!! As medidas preventivas são
essenciais na assistência ao pé diabético.
O controlecontrole do diabetes melito, as orientaçõesorientações para evitar
ulcerações através de cuidado adequado dos pés e visitasvisitas
regularesregulares ao médico, assim como a colaboraçãocolaboração do
paciente e de seus familiares são fundamentais na
prevenção de incapacidades e deformidades por pé
diabético.
PÉ DIABÉTICO - CONCLUSÕESPÉ DIABÉTICO - CONCLUSÕES
28. Caiaa, J et al. Jornal Vascular Brasileiro - Pé Diabético.
2011, Vol. 10, Nº 4, suplemento 2.
JL et alii. Pé diabético: aspectos clínicos. Jornal
Vascular Brasileiro, 2005. Vol. 4, Nº1
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASREFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS