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Introdução à Pesquisa Social,
de Hubert Morse Blalock, Jr.
Metodologia das Ciências Sociais
Ciência Política – Unirio
Abril 2014
2
O quarto capítulo do livro, “Explicação e Teoria”, começa lembrando que a confusão
de vozes presente nos fatos precisa ser simplificada e reduzida a proporções
controláveis. Entende-se que toda explicação teórica tem suposições. Algumas não
podem ser testadas seja por inerência seja por condições peculiares que se tenha em
mãos. As suposições são, ainda, possíveis de falhas e suscetíveis a modificações. Para
desenvolver uma ciência, precisa-se de suposições realistas e úteis a fim de a
explicação teórica sustentar mais fatos e fornecer previsões mais precisas e passíveis
de testes.
O cientista social precisa fazer escolhas para definir o objeto de pesquisa e o recorte
dele a ser usado. Em caso de mais correlatos de um fenômeno do que causas
existentes, o profissional deve reduzir a quantidade de variáveis explicativas,
principalmente, daquelas em razão da influência comum de outra variável ou ligadas à
variável dependente por situações causais. O autor indica, assim, a seleção de alguns
correlatos, que devem ser defendidos pelo cientista social. A escolha de determinados
correlatos, porém, vale-se de juízos de valor, tendências e interesses daquele
profissional. Seria natural, portanto, se outra pessoa discordasse daquela seleção.
Quando o cientista social não consegue controlar as variáveis independentes, mas
métodos quantitativos ou qualitativos são usados como uma combinação para chegar
a um ponto específico, chamamos de pesquisa não-experimental. Já a pesquisa
experimental ocorre quando o profissional determina o objeto de estudo, seleciona
variáveis capazes de identificá-lo e escolhe as formas de observação dos efeitos que a
variável produz no objeto e de controle. Vale lembrar que, em qualquer situação
relativamente complexa, há diversas variáveis e, por isso, precisa-se analisar
diferentes tipos ou classes de fatores.
Apesar de todos os fatores serem importantes, pode-se atribuir pesos numéricos para
cada conjunto deles. Antes, o cientista social precisa, porém, conceitualizar os
conjuntos e medir o valor das variáveis. O planejamento prévio é, portanto,
importante para a pesquisa ser realizada com precisão.
A crítica pode, porém, encontrar uma fonte de espuriosidade (vem de “espúria”,
aquilo que é ilegítimo, que não é verdadeiro) e contra-argumentar a análise feita pelo
3
pesquisador. E nem sempre o pesquisador consegue encontrar uma prova de
causalidade, ou seja, de relação causa e efeito. Isso ocorre, porque não há como
controlar todas as causas possíveis, já que é uma limitação fundamental da pesquisa
científica. O autor ressalva, no entanto, que o estudo deve sempre fazer o controle de
possíveis fontes de relações espúrias, isto é, relações ilegítimas.
Já na parte sobre dificuldades, mais especificamente no trecho sobre modelos
alternativos, o texto destaca que, para cada conjunto de dados, haverá mais de uma
explicação. Para escolher entre essas explicações, o pesquisador precisará, escreve
ele, de informações suplementares – sequências temporais, correlações. Em variáveis
adicionais, quando há duas ou mais fontes de relações espúrias, o autor alerta para a
importância de fazer a pesquisa em tabelas separadas para uma não contaminar o
resultado e o entrevistado da outra. Este é uma situação na qual a mostra grande seria
necessária. Nas variáveis independentes correlacionadas, o texto ressalva que as inter-
correlações não serão perfeitas e alerta que, geralmente, os efeitos componentes não
podem ser separados, de forma segura, das variáveis individuais. Por isso os efeitos
componentes devem ser tratados como um grupo de variáveis consideradas todas ao
mesmo tempo.
Outra problemática apontada são os erros de mensuração, que induzem incógnitas
adicionais na situação testada e podem levar a distorções mais sérias. O quinto tipo de
dificuldade é a possibilidade da existência de efeitos de interação de combinações
particulares. E, por último, o autor cita a causação recíproca, ou influência mútua,
entre algumas das variáveis. Ele exemplifica a afirmação com uma pesquisa na qual
há muitas incógnitas, mas nenhuma delas fornece dados. Sendo a coleta de números
uma atividade essencial para o cientista social, isso seria um grave problema. As
bases regulares de dados, disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), por exemplo, são
ferramentas que avançam a pesquisa. Informações ligadas à previsão do tempo, ou
mesmo variáveis que dependam desse dado, passam a estar sob o controle dos seres
humanos.
Para concluir, o autor faz uma crítica aos cientistas sociais. Para ele, os profissionais
têm de se concentrar mais em teorias de “médio alcance”, ou seja, “teorias que tentam
4
explicar tipos particulares de fenômenos, com clareza e concretização suficientes para
sugerir um conjunto de hipóteses inter-relacionadas, aplicáveis a vários fenômenos
aparentemente diversos.” Tal foco se contrapõe às discussões teóricas sobre
organizações de longo alcance e comportamento burocrático, cujos objetivos e
limitações, segundo o autor, são relativamente restritos, enquanto as proposições
seriam “razoavelmente específicas”. Ele termina o texto afirmando que, apesar de ser
desejável ter uma explicação única para todas as formas de desvio, não seria realista
ter uma teoria que se adequasse para todas as formas de desvio ao mesmo tempo. Isso
ocorre, porque independentemente da ciência sempre haverá distorções entre a
necessidade de explicações gerais e teorias mais específicas de alcance e
aplicabilidade mais limitadas.

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Metodologia das Ciências Sociais - Cristiane Batista - Unirio

  • 1. 1 Introdução à Pesquisa Social, de Hubert Morse Blalock, Jr. Metodologia das Ciências Sociais Ciência Política – Unirio Abril 2014
  • 2. 2 O quarto capítulo do livro, “Explicação e Teoria”, começa lembrando que a confusão de vozes presente nos fatos precisa ser simplificada e reduzida a proporções controláveis. Entende-se que toda explicação teórica tem suposições. Algumas não podem ser testadas seja por inerência seja por condições peculiares que se tenha em mãos. As suposições são, ainda, possíveis de falhas e suscetíveis a modificações. Para desenvolver uma ciência, precisa-se de suposições realistas e úteis a fim de a explicação teórica sustentar mais fatos e fornecer previsões mais precisas e passíveis de testes. O cientista social precisa fazer escolhas para definir o objeto de pesquisa e o recorte dele a ser usado. Em caso de mais correlatos de um fenômeno do que causas existentes, o profissional deve reduzir a quantidade de variáveis explicativas, principalmente, daquelas em razão da influência comum de outra variável ou ligadas à variável dependente por situações causais. O autor indica, assim, a seleção de alguns correlatos, que devem ser defendidos pelo cientista social. A escolha de determinados correlatos, porém, vale-se de juízos de valor, tendências e interesses daquele profissional. Seria natural, portanto, se outra pessoa discordasse daquela seleção. Quando o cientista social não consegue controlar as variáveis independentes, mas métodos quantitativos ou qualitativos são usados como uma combinação para chegar a um ponto específico, chamamos de pesquisa não-experimental. Já a pesquisa experimental ocorre quando o profissional determina o objeto de estudo, seleciona variáveis capazes de identificá-lo e escolhe as formas de observação dos efeitos que a variável produz no objeto e de controle. Vale lembrar que, em qualquer situação relativamente complexa, há diversas variáveis e, por isso, precisa-se analisar diferentes tipos ou classes de fatores. Apesar de todos os fatores serem importantes, pode-se atribuir pesos numéricos para cada conjunto deles. Antes, o cientista social precisa, porém, conceitualizar os conjuntos e medir o valor das variáveis. O planejamento prévio é, portanto, importante para a pesquisa ser realizada com precisão. A crítica pode, porém, encontrar uma fonte de espuriosidade (vem de “espúria”, aquilo que é ilegítimo, que não é verdadeiro) e contra-argumentar a análise feita pelo
  • 3. 3 pesquisador. E nem sempre o pesquisador consegue encontrar uma prova de causalidade, ou seja, de relação causa e efeito. Isso ocorre, porque não há como controlar todas as causas possíveis, já que é uma limitação fundamental da pesquisa científica. O autor ressalva, no entanto, que o estudo deve sempre fazer o controle de possíveis fontes de relações espúrias, isto é, relações ilegítimas. Já na parte sobre dificuldades, mais especificamente no trecho sobre modelos alternativos, o texto destaca que, para cada conjunto de dados, haverá mais de uma explicação. Para escolher entre essas explicações, o pesquisador precisará, escreve ele, de informações suplementares – sequências temporais, correlações. Em variáveis adicionais, quando há duas ou mais fontes de relações espúrias, o autor alerta para a importância de fazer a pesquisa em tabelas separadas para uma não contaminar o resultado e o entrevistado da outra. Este é uma situação na qual a mostra grande seria necessária. Nas variáveis independentes correlacionadas, o texto ressalva que as inter- correlações não serão perfeitas e alerta que, geralmente, os efeitos componentes não podem ser separados, de forma segura, das variáveis individuais. Por isso os efeitos componentes devem ser tratados como um grupo de variáveis consideradas todas ao mesmo tempo. Outra problemática apontada são os erros de mensuração, que induzem incógnitas adicionais na situação testada e podem levar a distorções mais sérias. O quinto tipo de dificuldade é a possibilidade da existência de efeitos de interação de combinações particulares. E, por último, o autor cita a causação recíproca, ou influência mútua, entre algumas das variáveis. Ele exemplifica a afirmação com uma pesquisa na qual há muitas incógnitas, mas nenhuma delas fornece dados. Sendo a coleta de números uma atividade essencial para o cientista social, isso seria um grave problema. As bases regulares de dados, disponibilizadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), por exemplo, são ferramentas que avançam a pesquisa. Informações ligadas à previsão do tempo, ou mesmo variáveis que dependam desse dado, passam a estar sob o controle dos seres humanos. Para concluir, o autor faz uma crítica aos cientistas sociais. Para ele, os profissionais têm de se concentrar mais em teorias de “médio alcance”, ou seja, “teorias que tentam
  • 4. 4 explicar tipos particulares de fenômenos, com clareza e concretização suficientes para sugerir um conjunto de hipóteses inter-relacionadas, aplicáveis a vários fenômenos aparentemente diversos.” Tal foco se contrapõe às discussões teóricas sobre organizações de longo alcance e comportamento burocrático, cujos objetivos e limitações, segundo o autor, são relativamente restritos, enquanto as proposições seriam “razoavelmente específicas”. Ele termina o texto afirmando que, apesar de ser desejável ter uma explicação única para todas as formas de desvio, não seria realista ter uma teoria que se adequasse para todas as formas de desvio ao mesmo tempo. Isso ocorre, porque independentemente da ciência sempre haverá distorções entre a necessidade de explicações gerais e teorias mais específicas de alcance e aplicabilidade mais limitadas.