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15/08/2013
Sugestão de leitura
BERMAN, Marshall
Tudo que é sólido desmancha no ar (introdução)
A visão de modernidade e os estudos da cultura
1) Contexto histórico: o espírito moderno e a expansão capitalista
2) O “ser” moderno: eterno “vir a ser” {
Transformação;
Angústia
3) Três fases da modernidade
a) Primeira fase: séculos XVI ao XVIII
b) Segunda fase: século XIX
i. Consciência do “ser” moderno;
ii. Contradição >> Marx/Nietzsche {
Crítica;
Entusiasmo}
c) Terceira fase: século XX
i.
Consolidação / expansão-inexorabilidade;
ii. Polarização {
Entusiasmo;
Negação}
4) Os Estudos Culturais
a) Por quê?
b) Quando?
c) Como?
d) O papel social da cultura – hegemonia
-Explicação:
Processo de urbanização (pessoas são arrancadas do campo e são transferidos
para a condição de trabalhadores urbanos). Cidades enchem rapidamente. Vida
na cidade provoca esse choque. Século 19 é o momento da transformação, ao
contrário do século 20, que já nasce com o contato com o capitalismo. Processo
de modernização e tecnologia no século 19, enquanto pessoas ainda estão
vivendo em condições anteriores, numa conjuntura totalmente diferente.
Exemplo disso é a diferença na vida na cidade e a vida no campo. Processo de
formação de grandes metrópoles. E o elemento angustiado.
O desenvolvimento dos sistemas de comunicação que aproximam os caras um
dos outros e também do mercado mundial industrializado. Ajudam a formar a
subjetividade moderna. Século 19 também foi o grande momento da expansão
imperialista. Na segunda metade do século 19, alguns países europeus passam a
expandir para conseguir mais territórios. Encurtamento das distâncias não só
por causa dos sistemas de comunicação, mas também por causa dos transportes.
E um fortalecimento dos Estados Nacionais e sensação de poder institucional
que pressiona, enjaula e de alguma forma gera sentimento opressivo. Essa forma
de organização política gera impacto e faz as pessoas pensarem o que é esse ser
moderno; o homem; a arte; na construção do sistema capitalista. No fim do
século 18 até o fim do século 19 há a criação de movimentos de massa. Passa a
existir uma indefinição do que é o indivíduo. Esses movimentos quebram essa
ideia; vai regar as inspirações desses novos modernos. O ser moderno tem várias
definições, dependendo do autor, etc, e a própria modernidade se caracteriza
dessa forma.
O que tem em comum entre os atores é o sentimento da transformação muito
acelerada do processo social, transformação das experiências. Antes eles vinham
de um processo social ligado ao sistema feudal, ao feudalismo. No século 19, os
processos de modernização ocorrem de forma muito rápido. No século 20,
transformação vem a ser progresso. Os caras do século 19 entendem que eles
estão no meio de processo de ruptura. E de certa forma estão. Isso gera uma
angústia moderna, pois estão angustiados.
Primeira fase. Os elementos que vão constituir a realidade já estão sendo
gerados, mas esses caras ainda não se veem como modernos. Uma série de
sementes que depois vão gerar o espírito da modernidade. Esses caras ainda
vivem num mundo, numa sociedade dos privilégios. Ao mesmo tempo que
criticam a religião, refletindo sobre a razão, etc, passando por todo esse processo
mental, eles vivem numa sociedade absolutista. A ideia de o homem precisa se
jogar no mundo, etc, tudo está sendo agitado mentalmente no século 16, mas eles
não têm noção do processo de ruptura e não têm a visão que a galera do século
19 vai ter, por conta do processo em que vive, por causa da distância.
Segunda fase. O apogeu do espírito moderno. O século do positivismo, o século
de formação, desenvolvimento da história, das ciências sociais, das ciências
naturais. Criam consciência da modernidade; passam a refletir de como ser
moderno e como atuar no mundo. Com o espírito da modernidade, ele passa a
ser desenhado por intelectuais e artistas. O grande século da modernidade.
Grande entusiasmo. Costumam encontrar dentro do processo de modernização a
solução dos problemas. Existe um espírito crítico entre os grandes autores; eles
buscam encontrar dentro da estrutura da modernidade a solução.
O proletariado vai ser o novo homem que vai gerar uma nova cultura que não é a
cultura da exploração entre as classes; novo processo econômico; novo processo
político.
Ele busca solucionar o problema entre as classes, mas em momento nenhum ele
diz vamos voltar para a outra época.
Nietzsche:
Diz que o espírito do homem moderno faz com que o homem critique e perca a
crença em todos os valores já existentes. A busca pela verdade faz com que
homens questionem as crenças e, a partir disso, o homem começa a atuar no
meio do caos. Para alguns a solução é abraçar a mediocridade. Dentro desse
mundo de caos é impossível você se mover. No meio desse caos vão surgir novos
homens que, no meio desse caos, vão surgir novos valores com a potência de
reformular as ações dele no mundo.
A crítica dos dois se resolve dentro dela mesmo. Criticam a modernidade, mas ela
tema solução dentro dela mesma.
Terceira fase.Enquanto o século 19, você tem críticas quanto ao processo de
modernização, no século 20 essa crítica vai minguando. No século 20, eles não
convivem mais com o processo de consolidação da modernidade. Não têm mais
aquela memória recente. A modernidade alcançou quase o mundo inteiro. As três
últimas décadas do século 19 são quando as revoluções imperialistas engolem
quase o mundo inteiro. A expansão do imperialismo e a consolidação da
modernidade mudam a visão.
A Primeira Guerra Mundial vai ter um impacto imenso; produz números de
mortos como não existia antes, etc. Ela vai gerar um baque na ideia de
modernização e produz duas visões que são mais ou menos novidade. Ela amplia
essas visões que não existiam no século 19; e se existam, elas eram minoritárias.
A primeira é totalmente entusiasta, um entusiasmo diferente do anterior, mas
sem nenhuma crítica: o futurismo. Falam da força, da velocidade, das artes
plásticas. Falam de trem, vapor, violência, guerra, sempre de uma maneira
elogiosa.
O futurismo italiano, que nasce no fim da Primeira Guerra Mundial, elogia a
guerra; e a abraça o desenvolvimento tecnológico com todas as suas dores, todo
o sofrimento. A modernidade é isso; é isso que a gente precisa, e cada um com os
seus problemas. Há a ampliação desses pensamentos, a valorização da
modernidade sem críticas.
No outro extremo, há aqueles que negam a modernidade. Não querer falar sobre
a realidade em que vida. Achavam que a solução para resolver o caos da
modernidade seria negar a modernidade e qualquer avanço que a modernidade
teria gerado.
Esses pensamentos crescem depois da Primeira Guerra Mundial, e o segundo dá
para entender, depois de tudo o que ocorreu na guerra. Onde vamos parar? Veja
onde chegamos. Durante o século 20 temos aprofundamento dessas formas de
pensamento que não tinham espaço no século 19. As duas geram uma ausência
de crítica do processo de desigualdade social na sociedade capitalista. Quando
você nega, você busca algo de fora, de outra estrutura social. Eles se negam a
fazer a reflexão do processo capitalista. O processo de transformação social
precisa nascer na sociedade, mas eles não refletem sobre o capitalismo,
diferentemente do século 19, quando havia a reflexão crítica do que eles estavam
vivendo. Por isso, o processo do século 20 se torna inexorável.
Não há saída para o capitalismo, e isso eles vão ver com o fracasso dos países
socialistas. Esse discurso é gerado pelo processo de modernização em que eles
vivem.
Por esse motivo e também por causa da Indústria Cultural, os estudos sobre a
cultura vão ganhar mais espaço no começo do século 20. A partir do século 20,
como é que o conhecimento que está sendo produzido, consumido, recebido, isso
tudo vai ser interessante no século 20? No século 19, papo de cultura era papo
literatura, mesmo entre historiadores. Entre os cientistas sociais, você não tem
mais só a discussão dos grandes sistemas. No século 19, eles discutem sobre
poder, Estado, grandes sistemas sociais pelos quais a sociedade ia evoluindo.
A cultura passa a mediar vários processos sociais; formação de identidade,
política; seja de informação, conhecimento, propaganda, arte. Os processos
passam a ser cada vez mais mediados pela cultura. Ganham mais relevância por
causa do paradigma da sociedade. A cultura te permite entender como cada
individuo se relaciona com o social. No século 19, a cultura estava relacionada à
arte, à filosofia. No século 20, entendem a cultura como conjunto de artes,
saberes, conhecimentos, hábitos, valores, processos sociais que passam a ser
visto com uma ótica social. Vai ser pela cultura que vamos tentar entender como
os homens de carne e osso se comportam. Uma reflexão maior sobre o papel da
cultura na sociedade. O papel da cultura está muito ligado à hegemonia. Quando
a gente começa a estudar como os projetos sociais alternativos estavam tão
preocupados com a cultura, porque a cultura serve também para isso. No
momento em que você produz uma obra de arte e tal, você mexe com
consciências. E ao longa da história e, principalmente, a partir da segunda
metade do século 20, tenta-se entender como a cultura contribui para construir
esses processos sociais. Tudo que ocorre na cultura não é só uma espelho. Ele
mexe com a forma com que as pessoas veem o mundo. Esse papel vai ser muito
estudo para saber como ele influencia a maneira com que as pessoas vão se
comportar na sociedade.
Modernidade alterativa: socialismo soviético; os regimes autoritários; os
modelos que não são capitalistas.
Rio, 20/08/2013
Século 19 foi relativamente, entre muitas aspas, um século de paz. As batalhas
não ocorreram com frequência e as batalhas não tiveram grandes efeitos. Muitas
vezes as batalhas ocorreram na África e na Ásia. Tirando uma batalha na Europa,
Larissa não se lembra de outro que tenha ocorrido no século 19 na Europa. A
Primeira Guerra mundial mobilizou quase a Europa inteira. Não só pela duração,
mas também por causa da violência e do impacto. E também porque, naquela
época, a Europa era considerada o centro do mundo. Uso de novos armamentos.
A Primeira Guerra foi uma guerra mal resolvida, e aí as tensões na Europa
continuavam, o que depois culmina na segunda guerra mundial. Do início da
primeira guerra, em 1914, até o fim da primeira guerra, em 1918, então as
questões do século 20 nascem com a Primeira Guerra e com a Guerra Fria, em
1941, as questões começam a ser superadas. A Segunda Guerra acaba resgatando
temas da primeira, principalmente, a questão territorial e ???. A primeira guerra
vai ter muitos elementos novos e vai afetar a vida das pessoas de uma maneira
absurda.
Século 19 é de desenvolvimento e gera tensões. Primeira revolução industrial era
restrita à Inglaterra, que ocupa lugar almejado por outras potências europeias. A
implantação do capitalismo na Inglaterra fez com que ela se torne rica, poderosa
e estabelecesse divisões do trabalho. A Inglaterra mandava algo, e a América
Latina, por exemplo, envia produtos agrícolas e recursos naturais. A França
tentou correr atrás da Inglaterra, mas não conseguiu, e todo mundo depende dos
tais industrializados que a Inglaterra poderia fornecer. Antes a Inglaterra era o
único pais industrializado e tinha boas relações com outros países, mas a partir
de 1850 os países começam a se industrializar e dispensam produtos inglesas.
Para a Inglaterra isso era um baque, pois eram os maiores comprados. A
Inglaterra perde esse mercado, e os países da Europa começam a disputar os
outros mercados com a Inglaterra. Cria-se o capitalismo monopolista. Eles
tentam proteger os seus mercados. Para fazer isso, eles vão com tudo para as
Américas e para a África. Esses países competem entre si por mercado e
principalmente por territórios. A primeira guerra mundial é uma guerra
imperialista; ela ocorreu muito em razão dessa disputa de territórios.
Quando o imperalismo se torna um problema de fato?
Surgem dois novos países. Tradicionalmente a Itália era vista como um pais de
peso. Nesse período, a Itália e a Alemanha, que era formadas por reinos
fragmentados, se unificam. Nesse processo de unificação, ha duas questões: o
sentimento nacionalista, o nacionalismo também é muito importante para a
primeira guerra. Nacionalismo que busca encontrar passado de gloria; espírito
germânico; etc. desenvolver sentimento entre os cidadãos; vão investir muito na
educação, principalmente em historia. A economia da Itália continua frágil até o
século 20. A Rússia também era um pais eminentemente rural, apesar de ser
imensa e com exército forte. A Alemanha investe muito, muito no
desenvolvimento científico e também em indústria. A Alemanha, com o
investimento do estado em ferrovias, nas indústrias, etc, nasce como potência
industrial, não só como pais industrializado. Num intervalo de muito pouco
tempo, a Alemanha se unifica e se transforma na única potencia capaz de
competir com a economia inglesa. Qual é a primeira questão que a Alemanha
traz? Tensões diplomáticas por causa da divisão da África. Havia colonização
portuguesas no litoral da África, que era usado como escravos.
Os Estados Unidos já tinha a doutrina “América para os americanos”; América
Latina já estava independente. Europa tinha que ir para cima da África e da Ásia.
Já tinham, porém, garfado as melhores regiões da África. Regiões da Bélgica, da
franca, da Inglaterra. A Alemanha diz que teria de fazer uma nova divisão. A
Alemanha pressiona e começa a gerar uma crise diplomática e, por outro lado,
começa a invadir. Há conflitos por causa da invasões de outras potências, como a
Alemanha. A Alemanha e a Itália têm esse problema, porque o imperialismo foi
financiado pelo Estado.
A expansão da Espanha para a América Latina demorou muito tempo; vários
anos; foram várias expedições. Para os portugueses chegarem ao Brasil e até a
Amazônia, por exemplo, demorou-se tempo também. Com a África foi mais
rápido, porque foi noutro período, quando havia mais competitividade na
Europa. Dominar os reinos africanos (muitas já tinham reino), associando-se a
essas elites, montar a máquina burocracia e principalmente a militar (para
dominar os africanos). Depois de reivindicação da Alemanha e da Itália, eles
sentam e redividem a África. Todos os países começam a investir em indústria
bélica. E eles voltaram com a obrigatoriedade do serviço militar, que tinha
deixado de ser obrigatório. Vários países da Europa abrem mão do serviço
militar, como a Inglaterra, por exemplo. Todos os países estavam se preparando
para o conflito que ia ter.
Temos o problema entre a França e a Alemanha, por causa da questão territorial
Alsácia-Lorena. Vai e vem de um país para o outro. Essa região era também o
principal local de conflito entre os dois países.
Temos o problema entre Inglaterra e Alemanha, por causa da questão territorial
na África.
Rivalidade entre Rússia e Império Áustro-Húngaro. A Rússia tinha região dentro
do império. Queriam construir uma passagem ali. Eles não conseguiram negociar
com o império, que veta a exploração do território deles por outro império. O
império começa a apoiar a independência das minorias. Um evento bastante
particular da realidade do império deu origem à guerra. Um sérvio de uma
organização politica comete um atentado ao Império Áustro-Hungaro. Ele foi
preso e tal, e o império reprime violentamente essa organização. A sérvio,
exigindo o seu direito de autodenominação dos povos, reage contra essa
repressão e são reativadas as coligações. Alemanha fica do lado do império.
Rússia fica em defesa da Sérvia, etc. num intervalo curto, as alianças bilaterais
são acionadas. Em dois anos, a Europa inteira está em guerra. Há algumas
exceções como países da Escandinávia, talvez países baixos e tal. Isso foi a gota
d`água.
Havia acordos mútuos entre a Alemanha e o Império Áustro-Hungaro, etc.
Todos os chefes tinham certeza de que a guerra seria curtíssima. Essa geração
não tinha ideia do que era uma guerra generalizada. Eles acreditavam que os
ganhos tecnológicos seriam importantes para uma guerra rápida. Todos os
países europeus acreditavam que sua superioridade conseguiria neutralizar os
inimigos.
Exército alemão fortemente armado. Exército francês com a ideia de resistência.
Exército russo tinha uma coisa que os exércitos modernos não tinham, a ideia de
fidelidade ao imperador. Quando eles chegam e encontram esses exércitos, um
avança, o outro recusa, um recua, o outro avança. Fica num vai e vem, sem que
ninguém consiga olhar para dizer que ela estava chegando ao fim.
Tríplice aliança
Alemanha
Itália
Imperío Áustro-Hungaro
Tríplice entente
França
Inglaterra
Rússia
o vai e vem estava levando a um gasto que esses estados não estavam
conseguindo arcar. Os soldados ficavam em trincheiras à espera do inimigo. Nas
trincheiras, você poderia ficar semanas esperando o exército inimigo, sem que
nada acontecesse, sem que ninguém fosse capturado ou rendido. Os próprios
países se surpreenderam com os gastos, e as trincheiras acabaram custando mais
vidas que os confrontos. Alguns ficavam doentes e morriam de fome. Quando
morria de fome, você não podia sair para se livrar do cadáver. A presença dos
cadáveis acabava atraindo doenças, e o número de mortes aumentava mais
ainda. Há relatos de soldados da época que muita gente morria nas trincheiras
que os novos exércitos não conseguiam suprir. Isso deu à guerra uma duração
maior.
Alemanha ousou. Invadiu por um lado o território francês (e para isso, entrou na
Bélgica, que não participava da guerra) e por outro, o russo.
O exército alemão gasto 6 milhões com almofada de carimbo. E quanto gastou
com papel?? Os gastos não são somente com armas, suprimentos, etc, mas
também com várias outras coisas. Momento de racionamento, porque os estados
tinham que cuidar e distribuir porque a fome chegou também à sociedade civil. A
indústria de vestimenta, por exemplo, tinha produção para roupas do exército. A
Alemanha impôs o bloqueio naval para afundar os navios que eram para seus
inimigos. Algodão, por exemplo, era trazido das américas. O pessoal que
trabalhava na agricultura na Rússia, por exemplo, foi mandado para a guerra. E
quem vai cuidar da agricultura na Rússia? Daí passam a faltar coisas do dia a dia.
E depois, quando a guerra acabar, para quem eles vão vender toda essa
produção? Para ninguém, então vai entrar em crise com a queda das vendas. A
guerra estimula também forte desenvolvimento tecnológico; o investimento em
tecnologia vai acabar popularizando para fazer objetos para a vida civil.
Eletrodomésticos; meios de comunicação, etc. a primeira guerra foi a primeira
guerra em que usaram gás e foi desenvolvimento tecnológico da indústria
química. Fizeram uso de aviões com perigo de bombardeio. Depois, uma parte é
apropriada para a vida civil e outra parte para a indústria bélica. Toda a indústria
montada afeta o dia a dia do cidadão comum.
Seminário sobre Futurismo (terça e quinta da semana que vem)
Textos sobre as vanguardas artísticas (esse é um dos primeiros trabalhos, sendo
que o total vale 3 de 10. A prova vale 7 de 10) principais pressupostos estéticos e
políticos (como os caras veem o mundo; em alguns casos eles têm filiação
explicita; o que criticam no mundo; duração de uns 20 minutos; produzir uma
páginas para explicitar quais são os pressupostos estéticos ou político)
Rio, 22/08/2013
Contingente populacional nas forças armadas:
12,5% dos homens da Grã-Bretanha;
15,4% na Alemanha;
17% na França.
Uma parte desses soldados voltam completamente deslocados. Outros com
problemas físicos, psicológicos, etc. Só 1/3 dos soldados franceses volta
“produtivo” da guerra.
Nesse período começa período de propaganda (que depois vai se intensificar na
segunda guerra), principalmente voltada às mulheres, com o objetivo de elas
fortaleceram a guerra da maneira que pudessem. Por exemplo, a mulher
incentivasse os maridos, namorados, filhos a entrar no exército e ir para a
guerra. Se cada um fizer e der a sua contribuição, a gente vence a guerra. Cartaz
pedindo que as mulheres comprasse o segundo lote de empréstimo para “ajudar
os filhos da América a ganharem a guerra”.
Depois da primeira guerra, essas mulheres vão ter que ocupar os postos de
emprego que os maridos tinham deixado. E as mulheres começam a entrar no
mercado de trabalho. A ideia de que a mulher tem de ficar restrita ao espaço
doméstico passa a ser flexibilidade. As mulheres passam a ficar conhecidas como
viúvas de guerra. E os filhos cujos pais morreram na guerra são conhecidos como
pupilos da nação.
Associação direta de modernidade ao horror. O horror fica claro em expressões
artísticas e em livros com os relatos dos soldados. No século 19, a guerra era um
assunto estatal. Em geral, no século 19, a sociedade civil sentia pouco. Na
primeira guerra, a guerra estava presente ali o dia todo.
A simples ideia de entrar em guerra de novo era pavorosa. Então o partido
nazista é criado em 1918. Hitler chega ao poder em 1933 e não há guerra. As
pessoas estavam com péssimas ideias da primeira guerra e não queriam aquilo
de novo.
Depois da guerra, há grande mudança política nos países. Na Italia, por exemplo,
há várias crises; guerras; e fortalecimento dos comunistas. Na Alemanha, há o
outro extremo. Na Rússia também há grande mudança. Os Estados Unidos é que
tiveram poucas mudanças econômicas, mas vai sofrer depois com a Crise de 29.
Na primeira guerra, novas armas são introduzidas. Entre elas, o avião que
permitia que você bombardeasse qualquer lugar. Medo vira constante. O Gás, o
tanque que foi desenvolvido nessa época, apesar de ser mais utilizado na
segunda guerra e principalmente o bloqueio naval.
A Alemanha bloqueia portos da Inglaterra, da Rússia e da França. Não chega
algodão, comida, nada. Essa tática atinge diretamente a sociedade civil – agora
não só os soldados estavam passando fome. Em 1917, um navio dos Estados
Unidos vinha para trazer mantimentos para – eu tenho quase certeza –
Inglaterra, e a Alemanha bombardeia. Aí os Estados Unidos entram na guerra.
Na Rússia havia filas enormes para conseguir comida. A fome passa a estar
presente em todas essas grandes cidades, principalmente, nas da tríplice entente.
Essa é a geração dos racionais. Depois é que vem a geração consumista, que vai
nascer em 1950 e não viveu a primeira nem a segunda guerra, é que vai ser
consumista.
Não há só carência de comida, mas como os preços também ficam loucos. O
Estado vai ter que controlar a situação dos preços, quem cobra, etc. Senão o
comerciante vai seguir os princípios liberais e vender. Isso gera o retorno da
intervenção do Estado na economia. Os princípios liberais passam a ser
flexibilizados na guerra.
Há o retorno da tortura e não só da tortura. O fluxo de pessoas que circulam na
Europa é maior por conta de alguma situação da guerra. O exílio, que também
tem um impacto muito grande na subjetividade, e a tortura mudam essa
subjetividade e afetam diretamente a população civil. Há a brutalização da
política; o discurso político é agressivo, bruto; a política é militarizada na década
de 20 (tática e estratégica) e, num extremo, o Hitler ao dizer que a guerra é a
única solução para resolver a questão da Alemanha. O vocabulário político é
semelhante ao da guerra. As palavras tática e estratégia, que eram muito usadas
pelo exército em conflito, passam para a política.
Há a redefinição da política. Os ideais liberais passam a ser questionados. A ideia
da intervenção do Estado na economia, etc. Todos os ideais liberais que estavam
enraizados na Europa, nos países desenvolvidos, passam a ser repensados.
Revolução Socialista e também o que aconteceu na Alemanha. Partido único,
intervenção na vida civil, ditadura, intervenção do Estado, etc, na Alemanha com
o nazismo.
A primeira guerra mundial termina por causa do esgotamento, mas ela não
resolve o que ela deveria ter resolvido. Há acordo de paz, mas não há reedição da
tríplice aliança nesse caso. Os conflitos vão retornas no século 20 e serão motivos
semelhantes para desembocar a segunda guerra mundial.
Em 1917, a Rússia sai da guerra. Há a Revolução Social e atende a demanda para
sair da guerra. Rússia faz acordo de paz com a Alemanha e abre mão de alguns
territórios que a Alemanha já tinha conquistado em nome de sair da guerra e não
ser mais atacada. A tríplice entente se enfraquece com a saída da Rússia. A
Alemanha pode se preocupar só em atacar a França. Aí os Estados Unidos
interferem. Para eles não era interessante que a situação ali se alterasse. A
Alemanha ficaria muito, muito forte se ela conseguisse tomar mais territórios e
isso preocupava os Estados Unidos. A Alemanha tinha se tornado pica com tão
poucos territórios. Imagina se tivesse todos aqueles territórios? Os Estados
Unidos entram na guerra, e o jogo vira para o lado da Inglaterra e da França.
Nesse mesmo período, a Itália sai da guerra, mas ela já não tinha peso na guerra.
Observação: a Itália começa no lado da Alemanha, depois passa para o outro lado
e depois sai da guerra.
Os Estados Unidos viram no pós-primeira guerra que eram “OS” Estados Unidos.
Antes, não interferiam na Europa ou na América. Essa atitude de mediação que
depois vira atitude intervencionista vai nascer ali e continua até hoje. Ocupam o
papel de principal economia e de grande mediador nas relações internacionais.
14 pontos de Wilson (que na época era o presidente) pedia:
abolição da diplomacia secreta;
plena liberdade de navegação, tanto em período de paz quanto na guerra (por
causa do bloqueio que a Alemanha andava fazendo);
remoção, quando possível, de todas as barreiras econômicas entre as nações e o
estabelecimento de uma igualdade de condições de comércio entre as nações
(não interessava aos parceiros da tríplice entente);
limitações dos armamentos nacionais, reduzidos ao menor nível, coerentes com
a segurança nacional;
etc.
Tratado de Versalhes:
Paz punitiva (a Alemanha não teria perdido a guerra, mas seria a responsável
pela guerra. E, por isso, ela teria de arcar com a guerra); perdas de territórios
(perde Alsácia-Lorena, parte da Polônia e mais alguma parte); perda das colônias
no ultramar (África); diminuição da marinha e força aérea; limitação do exército
a 100 mil homens (só poucos caras no exército, na aeronáutica e na marinha);
reparações: pagamento pelos custos da guerra aos países vitoriosos
(principalmente Inglaterra e França); lidar com o colapso das organizações
políticas até então existentes; controlar a Alemanha; preencher o vazio de poder
deixado pela dissolução dos grandes impérios; Cordão sanitário (Finlândia,
Letônia, Lituânia, Estônia, Romênia, Polônia).
Na década de 20, a Alemanha começa a encher de novo o exército. E Hitler,
quando está no poder, começa a armar a Alemanha. Com o discurso da situação
do Tratado de Versalhes, a Alemanha volta com tudo.
Consequências da primeira guerra:
Revolução russa e os novos marcos da política internacional; declínio da
hegemonia política e econômica das potencias europeias; movimentos
antiimperalistas; a crise econômica e o fim do liberalismo.
O contexto da cultura:
Mudança na visão de mundo; redefinição do papel social do artista – vanguarda;
mimesis, retrato, espaço e objeto;
Rio, 27/08/2013
Futurismo: meu grupo.
Expressionismo surge na Alemanha e vai ganhar força depois da guerra.
Expressionistas são considerados os primeiros artistas modernos. Os artistas
pegam todas as angústias, essa subjetividade e esfregar na cara da sociedade. A
arte coloca a questão da subjetividade dentro da obra de arte. Isso não ocorria
antes do século 19, quando a arte era baseada em conhecimentos matemáticos,
cálculos para ver a sombra, profundidade, etc. Os quadros expressionistas não
são para embelezar, eles vão para despertar a angústia, a dor. Valorizam a
questão da subjetividade, do interno. O que é o homem, qual é a mentalidade do
período. Eles vieram romper com a modalidade artística anterior.
Cubismo: divido em duas fases. A primeira é analítica ou hermética. Depois vem
a fase sintética.
Tem discussão de ir buscar arte fora da Europa. Por isso, trazem máscaras, cores,
que não eram comuns nas artes europeias. Os temas também, como o quadro de
cinco prostitutas, têm esse impacto. A experiência plástica, o estudo da forma, a
perspectiva é quebrada pelo cubismo. Alguns artistas depois vão para outros
estilos, mas Picasso continua.
A principal questão do cubismo é eles estarem mais preocupados com uma
questão de romper com a forma de ver o mundo da Europa. Entre os artistas
cubistas está muito presente o objetivo de buscar visões de mundo, visões
artísticas fora da Europa. Valorizam as visões que vêm de fora; da África, com as
máscaras; as paisagens, as cores.
Alguns artistas do cubismo eram filiados a partidos comunistas, como o próprio
Picasso. Não é questão muito forte para o cubismo como é para o realismo. O
que eles querem é novas experiências. Qual é o uso feito pela ciência, do
conhecimento e propor outro uso: mais criativo, mais propositivo e tal. A França
é o país principal do Cubismo.
Quanto mais a situação na Europa se agrava, mais eles problematizam.
29/08/2013
Dadaísmo
++ algo
03/09/2013
++ outros estilos
A construção do socialismo soviético e a cultura
A Revolução Russa teve papel bastante impactante nas relações internacionais.
Marca conflito entre países europeus com ... antagônicos. Ameaça a outros países
e remanejamento total das relações internacionais. Lembrança real e diária de
que era possível adotar outro regime, outro tipo de sociedade. A partir de 1917,
ela vira uma ameaça constante para outros países europeus até 1991. Já em
1918, eles têm a preocupação em formar um cordão para impedir o avanço do
socialismo.
Até a revolução, a Rússia era um Estado de inspiração absolutista. Enquanto
Europa se modernizava (no sentido do liberalismo) no século 19, a Rússia
mantinha relação muito próxima com a estrutura do absolutismo. Exército era
fiel ao imperador. Dificuldade muito grande de mobilização social. Estado em
1860 militarizado, autoritário, sem abertura para organização política. Não podia
fazer oposição direta ao Imperador. Com uma sociedade predominantemente
agrária (85% da população morava no campo), analfabeta. Relações capitalistas
com outras nações, mas não com a própria população. Rússia era vista como país
promissor, pois tinha bastante agricultura. A agricultura russa, porém, não era
capitalista, porque as relações de trabalho ainda eram servis, da idade média e
do início da idade moderna. Ao mesmo tempo que era potencia moderna, ela
ainda não tinha saído de relações de trabalho antigas. Elite controla maior parte
das terras, da riqueza, da arte erudita, e a maior parte da população vive no
campo. Período de grandes tensões. No fim do século 19, as pessoas começam a
pressionar o Czar. Faz modernização conservadora.
Liberais: a galera que defende o capitalista, o livre mercado, estavam ligados a
esse início de industrialização.
Populistas: aproximação ao marxismo, mas não são os comunistas. Defendem a
modernização industrial, o constitucionalismo, mas querem igualdade social,
reforma agrária, melhor distribuição das terras e da renda.
Sociais-democratas, que depois vão ser os bolcheviques e. sovietes grupo mais
próximo da ideologia marxista. Defendem o fim da propriedade privada.
Democratização da sociedade e tal e depois socialismo >>> ... . Chuta a porta e
instala o socialismo: bolcheviques.
Faz esforço de industrialização. Explica por que a Rússia entra na guerra, mas
não sai da guerra. Uma vez dentro da guerra, a Rússia não consegue sair porque
os principais parceiros econômicos, França e Inglaterra, tinham emprestado
dinheiro. A Rússia se atrela de maneira mais significava ao capital estrangeiro.
As reivindicações daquela época não eram as socialistas. Fim da propriedade
privada não era uma questão assim tào batida. As principais pautas eram
democratização e tal.
Ensaio revolucionário: em 1905 a Rússia entra em guerra com o Japão por
questões territoriais. A guerra desestrutura o fornecimento dos itens básicos.
Problemas de transporte, de distribuição de alimentos, etc. A população
reivindica o fim da guerra, mas não é ouvida. População se organiza em comitê
político chamados sovietes com o objetivo de resolver os problemas em imediato
e trabalhar junto com o Estado. Eles passam a controlar a distribuição e
abastecimento.
Sovietes que a principio não eram ligados a partido politico. Eles fazem a função
de reorganizar os itens básicos de vida nesse contexto com o Japão. A população
começa a se manifestar. As manifestações duramente reprimidas pelo exercito
do império. Nilo sangrento, por exemplo. Czar se vê obrigado a negociar. Assina
tratado de paz com Japão, cria.... nesse momento em que as demandas dos
trabalhadores começam a ganhar visibilidade. Eles exigem regulamentação da
jornada de trabalho, questão do salario, do custo de vida, da previdência.
Reinvindicações trabalhistas. Começam a se organizar para reivindicar as sua
demandas. Parte das manifestações morre. Vários são exilados, e czar volta a
estabelecer relativa paz na sociedade. Em 1905, quando acaba guerra com Japão,
e 1914, ha relativa....
A Rússia entra na guerra. País agrário. Que dinheiro ela tem para entrar na
guerra com Inglaterra, franca e Alemanha? Contribuía com exercito enorme. Se
não tem agricultura mecanizada, ela depende de mão de obra. Pega toda a
juventude, gente com idade produtiva, e tira esses homens da lavoura e joga no
exercito. Cria uma crise de produção na agricultura. A questão de homens
deixando postos de trabalho para ir para a guerra é um problema também na
França, na Alemanha. Na Rússia, eles dependiam mais dessa mão de obra. Rússia
sente isso desde o começo da guerra. População exige de novo a saída da Rússia
da Primeira Guerra Mundial. Czar não pode abandonar os seus principais
investidores, sendo que ele enviava uma quantidade enorme de exércitos.
Conseguem a renúncia do Czar do império em fevereiro de 1917. É uma
Revolução Liberal. Liberais entram no governo e diz que a Rússia vai sair da
guerra. Os conflitos se multiplicam por mil. Agora é uma autoridade totalmente
contestada. Liberdade de expressão, de organização política. Czar segurava na
forma e na censura. Os liberais não podem fazer isso. A saída da Rússia na guerra
precipita a entrada dos Estados Unidos na guerra.
Os liberais prometiam reformulação das terras. Em 1917, camponeses começam
a fazer reforma agrária na marra. Os camponeses não vão esperar mais. Os
sovietes começam a se organizar contra o governo. A galera que tinha sido
exilada pelo Czar começa a voltar. Lenin, por exemplo, volta a se reaproximar.
Antes de os sovietes programarem o golpe de estado, duas coisas ocorrem. O
governo liberal lida com a crise econômica e crise política. Passa por duas
tentativas de golpe. A primeira, em maio de 1917, vinha de dentro da Marinha,
mas o governo consegue minimizar. Ela não surte efeito, porque não tem adesão.
A segunda tentativa, acho que em agosto de 1917, também conservadora, é
parada pelo povo. O povo, já armado, começa a se organizar dentro dos sovietes.
Eles estruturam plano estratégico, saem ao mesmo tempo, chegam à sede do
Estado e prendem os liberais em outubro de 1917. Em no poder o
socialdemocratas. O principal lema era “todo poder era os sovietes” e querem
“paz, terra e pão”.
Quando a Rússia sai da guerra, ela dá territórios para a Alemanha e começa a
pensar: como vamos construir o Estado? De 1917 a 1921, a Rússia ainda passa
pelo processo de guerra civil. Socialdemocrata: mencheviques, exército branco;
e os bolcheviques, exército vermelho. O outro grupo, os anarquistas, não faziam
parte do socialdemocratas.
O projeto que sai vitorioso é o projeto bolchevique, mas ainda passa por
conjunto de reformulações. Em 1921, o Lênin, importante no bolcheviques, fica
como chefe de Estado. É para reorganizar o Estado. A crise econômica estava
apavorante. Em 1921, a Rússia perde investimento de parceiros. Passou três
anos na primeira guerra e mais três anos de guerra civil. A situação estava
destroçada. Abrem pequenas exceções capitalistas, como permitir a existência de
propriedade privada no campo, para tentar melhorar a situação econômica. (dá
um passo para trás para dar dois para frente) Quando Lênin morre, há processo
de centralização intenso.
As decisões do Estado eram decididas no local de encontro do partido. A
separação entre partido e Estado diminuem.
A arte começa a ser propaganda política direta. Tudo centralizado dentro do
partido comunista da Rússia. A Rússia expande o socialismo para as repúblicas
vizinhas, por convencimento ou não, e aí surge a União Soviética.
Trotski versus Stalin
Trotski: revolução permanente e expansão do socialismo para vários países no
mundo. se a gente ficar com o socialismo, a gente não vai fortalecer o socialismo,
com países capitalistas ao redor da gente. Socialismo da Rússia deveria apoiar os
partidos socialistas de outros países. Não vai mudar de uma hora para outra. A
revolução rumo ao comunismo é construída lentamente.
Stalin: Cercados por repúblicas capitalistas para quando a URSS se tornasse
grande potência, as outras nações viriam e alcançaria a revolução também.
Socialismo num só país. Fortalecimento do socialismo na URSS.
No debate há uma votação, e o projeto do Stalin sai vitorioso e ele consegue o
cargo de secretário-geral da URSS. Trotski é expulso do partido, exilado. E aí
começa o processo de stalinização da URSS de 1927 (expulsão de Trotski e Stalin
assume) a 1956, quando Stalin morre e surgem as denúncias de crimes dele.
05/09/2013
Estatização dos meios de produção e das terras e investimento na indústria de
base. Ideia de crescimento rápido do socialismo. Primeiro, processo de
industrialização pesada da URSS. A URSS não era país para fazer frente com os
capitalistas. Com investimento nas industrias de base, para permitir que as
outras industrias se desenvolvesse. Os planos quinquenais tinham metas para as
economias alcancem alvos. Stalin coloca metas muito altas. Ele diz que depende
do esforço de cada um para a URSS crescer. Era trabalho muito intenso. Os
trabalhadores eram explorados pelo próprio Estado. Ideia de esforço coletivo
para a construção do socialismo. Isso representou retorno de exploração muito
intensa dos trabalhadores. Precisavam convencer os trabalhadores que eles
precisavam dar o sangue pela URSS. Os planos não alcançam as metas, mas
conseguem dinamização da economia. Essa dinamização vai ser revertida para
investimentos sociais. Trabalhadores tinham de trabalhar exaustivamente para
alcançar as metas, e o Estado investia em social.
O analfabetismo começa a ser superado. Entre 1928 e 1941, o investimento em
ensino secundário aumenta de 288 mil para 1,49 milhão. Universitários: de 233
mil para 908 mil. Rabfaks (ensino voltado para os trabalhadores): 50 mil para
288 mil em quatro anos.
Em 1928, quando começam os planos quinquenais, era 20 mil médicos em todo
país. Em 1937, eram 105 mil. Conquistas sociais são importantes para entender a
adesão ao stalinismo.
Em 1924 (acha), no processo de guerra civil, eles vão anexando outros Estados.
Ali eles foram a URSS. Você um secretário-geral mas cada país mantém mais ou
menos a sua autonomia. As regras de um pais não podia sobrepor as regras da
união.
Stalinismo vai da década de 20 até 1953. Usa muito o uso da força. Expurgos
dentro do próprio partido começam em 1936, quando 16 acusados são fuzilados.
Reprimir a oposição. Não podia existir oposição. Foi centralizado na década de
20 e só havia um partido. Havia parte que consentia e parte contra.
A repressão para eliminar a oposição dentro do Estado é principalmente nos
anos 1936, 1937 e 1938. Pessoas desaparecem, eram atingidas de alguma forma,
são acusadas e condenadas, são fuziladas principalmente de 1934 a 1938. A
partir de 1939, há a Segunda Guerra Mundial, e o Estado passa a ter que se
preocupar com ela.
O regime é mantido em cima de dois pilares: a força/a coerção/o medo e o
consenso (hegemonia). Uma parte da população acredita que aquele regime é o
projeto social mais adequado para aquele momento. Propaganda minimiza os
crimes. Só foram descobrir a quantidade de morte depois. População adere por
causa da propaganda e porque a qualidade de vida de alguns melhorou. Você
pega a propaganda política do stalinismo e compara com a do nazismo e vê como
são parecidas, apesar de serem ideologias absolutamente diferentes.
Para construir hegemonia, eles atacam em várias áreas. Influenciam nas
universidades, na sociologia, entre os artistas. Na década de 20: veem a cultura
como papel estratégico de construir o consenso. Quem vai dizer o que são os
novos valores socialistas. Precisamos eliminar todos os valores burgueses e
construir, colocar na cabeça do povo o que são os valores socialistas. Essa é a
grande crítica do socialismo à política cultural do partido, por tentar impor essa
cultura. Discutem muito do partido o que seria uma arte revolucionário, o que é
uma arte do proletariado. Existia dentro do partido vários pensamentos de como
construir a cultura do proletariado. Uma delas era o Proletkut, que vai ser o
primeiro organismo do partido para começar a pensar a ideia de cultura
proletária. A arte deveria falar sobre a vida, etc, do proletariado. Em 1934: você
já tem a arte oficial.
Teoria do reflexo: uma arte era proletária se ela fosse feita por proletários. Ela
seria elitista se ela fosse feita pela elite. A caracterização da arte dependia do
lugar onde estava sendo feita. Como você quer fazer arte proletária se você não é
um? Como a elite, bem educada etc, pode falar pelos proletários?
A arte tinha que ser antes de tudo engajada nos ideais do partido. O conteúdo é
mais importante do que a forma.
Exemplo da arte construtivista na pré URSS em 1920, 1921, 1930. Não eram
propaganda, mas arte política. Na década de 1930 as propagandas começam a
ser encomendadas. A utilidade política da arte é muito mais importante que a
forma.
Arte tinha função pedagógica. Arte passa a ser voltada para ensinar os ideais
socialistas. Pegam arte que não é figurativa, não é didática e tiram de circulação.
Realismo socialista: Arte clara, direta e simples de ser compreendida. Você
rebaixa o grau da arte para ela ficar didática. Arte que não abre para educação, e
educação no mundo das artes também. A oposição de esquerda quer o contrário.
Características do realismo socialista: politização da arte e da cultura; confecção
da obra de arte partindo da realidade concreta; verossimilhança; lugar do artista
como engenheiros de alma; vanguardismo (artistas pensam e fornecem as ideias
para o processo histórico) e partidarismo (arte feita dentro do partido);
princípio educativo.
Primavera de Praga
Rosa Luxemburgo, Alemanha
10/09/2013
dependendo do historiador, o stalinismo começa em datas diferentes: pode ser
quando lênin teve o AVC, quando ele morreu ou quando houve a implantação do
plano stalinista.
depois da primeira guerra, nós vamos ter três tipos de solução, alteração para a
crise liberal:
1. negação do capitalismo
2. estado de bem estar social
3. regimes de extrema direita; os regimes fascistas (haverá quatro na europa>>
o italiano (com Mussolini); os outros vêm depois da crise 29, salazarismo,
franquismo e nazismo.
Fascismo: regime com favorecimento do capital monopolista, concentração
capital, conteúdo social conservador com máscara de modernização, ideologia de
pragmatismo radical, características míticas na política (nos cartazes, líderes
políticos eram apresentados como redentores da nação; é ele quem vai salvar a
Alemanha; situação política centralizada numa única pessoa), propaganda
manipulatória (função de vender projeto nacional), antiliberal (sem previdência,
aposentadoria, sem o bem estar social), xenófobo/chauvinista, antidemocrático,
antissocialista, anti-operário. Em geral esse regime surge em momento de crise.
Recebem dinheiro de grandes empresas. As economias europeias estão
totalmente destruídas.
Ao mesmo tempo que o nazismo cresce na Alemanha, o socialismo também
cresce.As pessoas tinham medo, pavor, pânico que ocorre lá o que tinha
acontecido na Rússia. Discurso anti-comunista era muito forte. Militantes
comunistas eram perseguidos, e quando Mussolini chegou ao poder, ele prendeu
vários deles. Restringem a participação dos operários. Minimizam relações com
EUA e Inglaterra, que eram muito mais fortes, para solucionar a crise e ter
melhorias na qualidade de vida da população.
Na Itália há o Biênio Vermelho, quando vários socialistas foram eleitos; havia
greves gerais, e faziam as pessoas acreditarem que estavam à beira de uma
revolução socialista.
Esses regimes de extrema direita ou ultranacionalista buscam no império
romano um histórico de glória da Itália e da Alemanha para vangloriar e criar um
ideal de superioridade aos vizinhos. A presença dos estrangeiros é sempre um
problema a essas nações, principalmente por conta do nacionalismo.
Características gerais: tende a emergir em momentos de crise, minadas as
possibilidades e forças antifascistas, sociedade de massas e consumo dirigido,
dependência do capital financeiro. Colocada como a única solução para a crise.
A República de Weimar (1919-1933)
A República que assinou o Tratado de Versalhes (devolução da Alsácia-Lorena,
devolução de regiões à Polônia, destituição das colônias, proibição de união com
a Áustria, redução do exército alemão, exigência da entrega dos “criminosos de
guerra, inclusive o ex-imperador, para julgamento, responsabilização pela
agressão”) e matou a Alemanha. Regime de centro-direita, mas regime liberal.
Durante década de 1920, república tenta se recuperar economicamente com
solicitação de créditos. República Alemanha estava dependente dos empréstimos
norte-americanos, mas eles não solucionavam a crise. Nesse período a crise foi
muito acentuada e houve mobilização dos trabalhadores.
Crise de 29, crise de superprodução e subconsumo: dívidas contraídas durante a
guerra, altíssimo desenvolvimento da economia dos EUA, falta de demanda para
uma expansão duradoura, expansão do crédito, inadimplência e maior
diminuição da demanda. A queda no padrão é muito grande, e eles começam a
não pagar os empréstimos, as casas, etc, e o grau de inadimplência aumenta
muito.
EUA era fornecedor da Primeira Guerra (no início para os dois lados; depois só
para a tríplice aliança) e inexistiam batalhas no seu território. União Europeia
consumia muita coisa que era produzida nos EUA. A demanda era muito grande
e, com a melhor da Inglaterra, da França, a demanda começa a diminuir.
Como consequência da Primeira Guerra, os EUA assumem a liderança e passam a
ser mais fortes que os países da Europa. Antes da Primeira Guerra, eles não
interferiam em conflitos fora do território.
Quando os EUA quebram, todas as economias que dependiam deles quebram
também. A URSS, como não tinha relação dependente com EUA, não quebra e
apresenta crescimento econômico.
New Deal: presidente cria pacote para sair da crise.
Retração econômica >> desemprego >> subconsumo >> retração econômica
Em 1932 houve eleições, e Hitler perdeu. Como o partido de Hitler tinha poder, o
presidente chama Hitler para ocupar o cargo de primeiro ministro. Em 1933,
quando o presidente morre, o Hitler funde os dois cargos, de legislativo e
executivo, e encerra a República de Weimar. Acaba com o Congresso e está com o
Estado todo na mão em 1934.
Condições do crescimento do partido: regime democrático ineficaz diante da
crise, poderoso movimento dos trabalhadores, nacionalismo hipertrofiado –
glórias de um passado remoto, crise econômica, liderança política que encarnou
os sentimentos nacionais.
12/09/2013
25 pontos (sintetizados) do nazismo, de 1920, quando o partido foi fundado:
reunião de todos os alemães na Grande Alemanha; abolição do Tratado de
Versalhes; reivindicação do espaço vital; definição de cidadão: só quem for de
sangue alemão; exclusão dos judeus da comunidade alemã; quem não for cidadão
estará sujeito às leis dos estrangeiros; quem não for cidadão será expulso no
caso do Estado não estar em condições de assegurar alimento à comunidade
alemã; os cargos públicos estão reservados aos cidadão; direito e dever de
trabalho iguais para os cidadãos; todo cidadão deve produzir em nível intelectual
e manual a favor da comunidade; abolição das rendas não derivadas do trabalho
(crítica a bancos, juros, empréstimos; você tem que ganhar dinheiro com o seu
trabalho, seu esforço e não com o lucro; de acordo com os nazistas, eram os
judeus que internacionalizam o capital, jogavam o dinheiro para fora do país;
judeu é estrangeiro, desnacionalizado); recuperação total de todos os lucros
oriundos da guerra; nacionalização das indústrias monopolistas; participação no
lucro das grandes empresas; ampliação da aposentadoria; fortalecimento
econômico e físico da classe média – incremento de sua qualidade de vida;
reforma agrária de acordo com os interesses nacionais; punição (pena de morte)
aos usurários, traficantes; substituição do direito romano pelo germânico;
reforma no sistema educacional num sentido de nacionalismo voltado aos
setores médios e baixos (desenvolvimento do nacionalismo e aptidão física e
perde caráter humanista e conteudista); proteção da mãe, da criança e do jovem
(fortalecido pela educação física); criação de um exército popular; controle da
imprensa e cultura; liberdade de credo dentro do cristianismo, combate ao
judaísmo e reforço da ideia da coletividade nacional acima da individual; criação
de um Reich com autoridade forte e centralizada.
Conceito de cidadania dada pela raça. Leis, políticas diferentes para cidadãos e
estrangeiros.
Contra os judeus por quê: partido nazista era cristão. Comunidade
desnacionalizada, que estava espalhada pelo mundo e usava o capital para
usufruto da comunidade judaica e não da nação alemã.
Rio, 17/09/2013
Testemunhas de jeová, homossexuais, adversários políticos, etc, também eram
perseguidos e enviados a KZ. A exclusividade dos judeus era a solução final/a
câmara de gás.
A nação está à frente do indivíduo. A nação é uma entidade supraindividual. Os
indivíduos devem orientar os esforços de trabalho, a ideologia, etc, em prol da
comunidade nacional, pautada pela raça. O sacrifício, o esforço vale para a
comunidade ariana.
Raça como um conceito biológico, e não como identidade cultural e étnica. Raça
como conceito biológico e hierarquizada. Ideia de moral nacional, e não moral
individual.
Os arianos era considerados homens. Os outros eram subhomem ou não-homem.
Mein Kampf: o objetivo supremo do judeu é desnacionalizar os outros povos,
abastardá-los através de uma mistura geral, baixar o nível racional das elites,
dominar esse caos étnico, eliminando as inteligências racistas e substituindo-as
por elementos do seu próprio povo. (...) O judeu vive como um parasita que
prospera com os recursos das outras nações.”
Usar os meios da cultura para consolidar uma sustentação política. Domínio dos
meios para controlar os espaços de debate e a circulação de informações.
Propaganda do Hitler trabalha com censura e massificação das ideias. Desde o
Mein Kampf, a propaganda tem papel forte dentro do partido de difundir a
cultura. Assim eles querem disseminar as ideias e consolidá-las. Agitação,
repetição, propaganda. Contexto de crise, crise da democracia, do livre mercado,
de representatividade.
Propaganda dirigida às massas. No século 19, a política era muito elitizada. A
elite falando para a elite. Aquele discurso foi substituído para o discurso prático
voltado para as massas. Convencimento pelo sentimento, e não pela reflexão,
pela razão.
Temas da propaganda: modernização promovida pelo partido nazista, os
programas do partido (mulheres ligadas a Igreja, cozinha e criança, por
exemplo), orgulho nacional, paradas e festivais grandiosos.
Faz reforma total do ensino básico e caça professores e alunos do ensino
superior problemáticos (esquerdistas, comunistas, judeus) . “A meta do Estado
popular tem de ser a orientação de seu trabalho educacional não para o simples
fim de ministrar conhecimentos, mas para criar e treinar corpos saudáveis”.
Queriam que as pessoas fossem saudáveis não só para poder participar da
guerra, ser trabalhador ou soldado, mas também para ter filhos saudáveis, etc.
Mais vale uma pessoa fisicamente saudável, caráter bom e estável mais vale do
que uma pessoa fraca e de elevada cultura.
Novas escolas: Escola Adolf Hitler; Escolas Superiores de Chefia (NAPOLA; para
formar pessoas que iam gerir o capital e o Estado).
Filmes “O triunfo da vontade” e “Arquitetura da destruição”.
Discurso do Hitler para a juventude: obediência, sacrifício nacional,
juventude.
Em fevereiro de 1933, toda a Alemanha se encontrava em campanha eleitoral. o
povo estava convocado para definir, no dia 5 de março, a nova composição do
Reichstag, o parlamento nacional. No entanto, apenas um único assunto
dominava o debate político: o recente incêndio da sede do Reichstag e a suposta
tentativa de golpe por parte dos comunistas.
O chanceler do Reich Adolf Hitler e outras lideranças nacional-socialistas
exploraram esse tema em suas campanhas, atiçando propositalmente o temor de
uma revolução comunista. Numa onda de terror nunca antes vista, Hitler e seus
asseclas disseminavam o medo e o pânico por todo o país.
No país reinava o estado de exceção político, desde o incêndio do Reichstag, em
27 de fevereiro de 1933. Seguranças altamente armados patrulhavam prédios
públicos, a polícia procurava por suspeitos nos trens de passageiros. Nas ruas,
soldados da tropa de ataque nazista SA caçavam os inimigos do regime, com a
ajuda de policiais.
E achar inimigos era coisa fácil. Pois, desde que o presidente do Reich, Paul von
Hindenburg, assinara o documento que ficou conhecido como "Decreto do
Incêndio do Reichstag", os direitos fundamentais garantidos pela Constituição
estavam suspensos e nulos.
Os comunistas eram o principal alvo dos nacional-socialistas. O patrimônio do
Partido Comunista da Alemanha (KPD) fora confiscado e os jornais comunistas
sumariamente proibidos. Milhares de partidários do KPD, mas também socialdemocratas, foram presos ou obrigados a fugir para o exterior. "Aqui não tenho
que exercer justiça, mas apenas que exterminar e erradicar", afirmava Hermann
Göring, então chefe da polícia prussiana.
Ao mesmo tempo, os nazistas ativavam sua máquina de propaganda. O ministro
Joseph Goebbels declarou o 5 de março, data das eleições, "Dia da Nação que
Desperta". Enquanto se atiçava o medo de um golpe comunista, Adolf Hitler era
estilizado como salvador da pátria. Com grande sucesso: "É preciso apoiá-lo
agora em sua causa, com todos os meios", exortava em Hamburgo uma adepta do
NSDAP, o partido nacional-socialista.
Os nazistas empregavam todos os meios modernos em sua campanha eleitoral.
No rádio, no cinema ou por via aérea, Hitler era onipresente em todo o território
do Reich. Em 4 de março, um dia antes da fatídica votação, ele proferiu um
discurso final em Kaliningrado, Prússia Oriental.
Por sua vez, os adversários políticos, como os social-democratas, tinham sua
campanha eleitoral dificultada com violência: membros da SA invadiam seus
comícios e espancavam os participantes, enquanto a polícia assistia impassível.
Redações dos jornais de oposição eram devastadas e destruídas. Esses atos de
terror deixaram um saldo de 69 mortos.

O "popular" Hitler
No dia 5 de março de 1933, um domingo, hordas de alemães se deslocaram rumo
às urnas. A participação nas eleições foi elevada, quase 89%. Hitler contava com
uma vitória esmagadora, mas os alemães iriam decepcioná-lo: apenas 43,9% dos
votos foram para o NSDAP, o que significava 288 dos 647 assentos do Reichstag.
Embora os nazistas tivessem obtido um crescimento de quase 11% em relação ao
pleito anterior, também dessa vez o percentual atingido não bastava que
governassem sozinhos. Além disso, apesar de todo o terror pré-eleições, o KPD
saiu com 12,3% dos votos, e os social-democratas do SPD com admiráveis 18,3%.
No entanto, a oposição não conseguiu tirar das mãos dos nazistas o poder
parlamentar. Junto com seus outros parceiros, os nazistas dispunham de maioria
estável para governar. E Hitler ainda tinha a seu favor o fato de o partido ter sido
eleito com votos de todas as classes e camadas sociais. O NSDAP se tornara um
verdadeiro Volkspartei, um "partido do povo". Grande parte dos antigos
abstinentes haviam agora apoiado a legenda nazista.

Caráter puramente simbólico

Paul von Hindenburg: também presente na
propaganda dos nazistas

Mas o resultado das últimas eleições do Reich alemão ainda meio livres, embora
antecedidas por um terror sem precedentes, só teve significado simbólico: os
mandatos dos deputados comunistas foram cassados, e o SPD viria a ser proibido
pouco depois. Enquanto isso, o regime nazista ampliava sua política de terror,
que em breve se estenderia também aos judeus.
Em seu diário, o então professor alemão de origem judaica Victor Klemperer
descreveu com resignação o ocaso da moral e da liberdade dos alemães, que se
dava praticamente sem qualquer resistência: "É surpreendente como tudo pode
desmoronar tão rapidamente".
Afinal de contas, no pleito do 5 de março, os alemães ainda haviam podido
escolher entre diferentes facções políticas. Nas eleições seguintes, em novembro
de 1933, só havia um único partido: o dos nazistas.

Rio, 19/09/2013
Estereótipo dos judeus construído nos cartazes: gordo, narigudo, rosto feio,
cartola de banqueiro, estrela de david.
Universum Film Aktien Gesellschaft – UFA
Produtora que faz filmes culturais começou cobrindo grandes eventos, paradas
cívicas, convenções que também serviam de propaganda. Depois fez filmes, como
O Judeu, etc. Na década de 30, começou a fazer outro tipo de filme, filme de
entretenimento que retratavam um ideal de família, de trabalhador. Todos os
conceitos que estavam sendo ali reproduzidos todos os dias. Conjunto de valores
é repetido. Trabalhador herói, que trabalha pela pátria, que trabalha mais do que
precisa pela Alemanha, valorização da família, da Alemanha, da raça ariana, etc.
Os alemães Adorno e Benjamin falam da reprodutibilidade técnica, falam da
mídia na década de 30. Adorno passa muito tempo falando sobre cinema. Como
as imagens pesam, como funciona o fato de você estar desarmado para o debate
político, etc. O Benjamin já vai por outro caminho.
Os principais meios são as técnicas mais ágeis e velozes com aparência mais
moderna. Rádio, cartaz, cinema, etc. Não é pintura, quadro, etc. O grande braço
direito do Hitler era o ministro da Propaganda.
Principais características: estética romântica e tradicional; o mito da beleza na
construção do novo homem; valorização do trabalhador heroico –
enobrecimento; construção de auto-identificação do povo; caricaturas dos
“inimigos” do povo (judeus e comunistas); e panos de fundo – modernidade.
Ideia do nazismo como religião cívica. Recuperação da Alemanha, os mitos.
Modelo político pautado pela esperança, pelo sentimento, e não pela reflexão,
pela razão.
Filme “Eu fui secretária do Hitler/Hitler’s secretary (2002)”.
O processo de convencimento foi muito grande. Tomava a consciência. Dizia para
as pessoas não se preocupassem, porque ele tomaria a culpa. Ele se dizia
responsável pelo ocorrido.
Militarização da política, uma das características do nazismo. Obediência,
sacrifício nacional, disciplina. Doutrinação das pessoas. Super-positivista por
causa do nacionalismo, da ideia de união, etc.
Texto: “chegaram, pegaram um comunista. Eu não sou comunista; não me
importei. Chegaram, pegaram um judeu. Eu não sou judeu; não me importei, etc”
Características principais do nazismo: coletivista (diferente de igualitária.
Comunidade do povo. A nação era a principal maneira de você se realizar
socialmente); transpersonalismo (comunidade como forma de vida. Você
trabalha pela transformação da Alemanha); Estado como um meio (conservar e
melhorar a raça); culto da força e da vontade de poder; etc. As massas são
femininas e burras e, portanto, não sabem refletir
Reflexão para comparar o filme “A Onda” com o nazismo. Outra ideia é fazer
reflexão sobre a literatura de oposição (Bertolt Brecht – Cruz de Giz, Primo Levi).
A data de entrega é dia 01/10/2013.
A Segunda Guerra Mundial (1939-1945)
Como a política se efetivou e se expandiu na Europa? Durante os dois primeiros
anos da guerra, Hitler se espalhava e só a partir de 1942 começa a se retrair.
Os problemas colocados na Primeira Guerra têm uma essência que se repete na
Segunda Guerra. Em alguma medida, esses problemas se repetem. A solução da
Primeira Guerra não garantiu a paz, não garantiu a solução dos problemas.
Questão do território que precisam resolver para o desenvolvimento. Questão
nacional também. Isso empurra a Alemanha para a guerra.
Há a Revolução Russa, a Crise de 29. A expansão nazista começa em 1935 e dá
sinais em 1934. O período entre guerra não foi de paz garantida. Era equilíbrio
muito estável. Os EUA não reconhecem a Liga das Nações, o embrião da ONU. E
se retiram da liga. O acordo proposto por ele, 14 pontos, não foi aceito pelos
países. A URSS também não entra. Esses dois não reconhecem aquele acordo de
paz. Tratado de Versalhes é problema para nacionalismo alemão. Alemanha era
subestimada.
Não reação dos países não-europeus, porque uma crise econômica que faz com
estados não queiram arcar com nova guerra. Ter um país anticomunista vizinho
da URSS para bloquear o avanço do comunismo era interessante para Inglaterra
e França. A presença soviética é um problema para a Europa até 1991. Essa nova
geopolítica europeia estilo a não-reação dos países europeus.
Em outubro de 1933, Hitler dá indícios de que iria começar a expansão nazista.
Ele retira a Alemanha da Conferência de Genebra sobre o desarmamento e
depois, da Liga das Nações. Descumpre o Tratado de Versalhes ao invadir a
Áustria.
Em março de 1935, ele apoia em aliança com Mussolini a invasão da Etiópia.
Inglaterra reconhece o direito da Alemanha a ter Marinha. Não tinha desde o
Bloqueio de Guerra, quando a Alemanha bombardeava navios com alimentos,
etc, que iam para a Inglaterra com o objetivo de enfraquecer o país e fazê-lo
desistir.
(ver no power point sobre alianças, nazismo na europa, aliança roma-berlim em
1936; e março de 1935)
Na Conferência de Munique, em 1938, Hitler pede o território dos Sudetos, onde,
de acordo com ele, viviam vários arianos. França e Inglaterra cedem. Era a
expansão da Alemanha sobre a Tchecoslováquia.
Stalin vê e pensa que a Europa está se unindo contra ele e sugere um pacto.
Alemanha não entra na URSS. E URSS não entra na Alemanha. Isso foi assinado
logo depois da Conferência de Munique. URSS só entra na guerra em 1941,
quando Hitler quebra o pacto. Consegue segurar a URSS um tempão enquanto ele
se expande na Europa. Quando ele invade a Polônia dá em guerra.
Até 1939, havia a política do apazinguamento. Os países do ocidente preferiam
ceder a Hitler para evitar chances de guerra. A Inglaterra tenta dar um freio. Diz
que, se invadir Polônia, ela iria invadir a Alemanha. Ela é seguida pela França.
Neste momento Japão e EUA não estavam envolvidos na guerra. As colônias têm
papel importante, porque eles usam muitos recursos humanos – soldados, etc.
Há uma liga, por exemplo, que começa a enviar exército para os Aliados. Antes da
Primeira Guerra, tinha sido colônia da Alemanha, e eles diziam que eram mais
explorados. Não queriam voltar a ser da Alemanha e reforçaram os Aliados.
Inglaterra e França tentam bloquear economicamente a Alemanha, em vez de
gastar mais recursos para o confronto. Daí a Alemanha parte para outros
territórios estratégicos, como a região da Noruega, e essa política não adianta
nada. Lá tinha materiais importantes para a indústria bélica. Alemanha ocupa
esses territórios e usufrui dos recursos. Arma-se para invadir a França. Em 1940,
entram em território francês. Nesse mesmo ano de 1940, Churchill é eleito na
Inglaterra e diz que bloqueio não está adiantando. Churchill é quem rompe com
política do apazinguamento e sugere aliança contra o nazismo.
Em 1940, entramos na segunda etapa da Guerra. França fica dividida em duas
partes. Norte ocupado. Primeiro ministro tenta transferir a capital para o Sul e
pensa em transferir a cede do Estado francês para a África. Primeiro ministro
renuncia por conta da crise econômica e da incapacidade de lidar com o processo
de invasão. França colaboracionista, chamada de Vichy, francês que colaboravam
com o nazismo. França da África, os resistentes, tem se organizar com o general
De Boille.
Inglaterra fica isolada nesse contexto europeu. Tentam ofensivas para conter o
exército alemão. Hitler quebra o pacto de não agressão à URSS em 1941 e abre a
frente oriental. O exército alemão tinha superioridade bélica grande e tática de
guerra do Blitzkrieg. Concentravam-se num ou poucos pontos e invadiam nesse
ponto absurdamente.
O pessoal da URSS saqueava os lugares, queimava abrigos e, quando os alemão
chegavam à cidade, eles não arrumavam forma de subsistência. Os alemães vão
entrando na URSS e os soviéticos também.
Stalin vai expurgar o partido aqueles que participaram da revolução, os
principais comandantes do exército. Temperatura era muito fria na Rússia, e
exército alemão não estava preparado para tanto frio. O tanque alemão não
funcionava direito nesse frio, etc, então a guerra ia se transformando numa
guerra normal. E o exército soviético ganha do exército de Hitler. Hitler começa a
recuar.
Em 1940, Japão já tinha se aproximado da Alemanha. Ele só vai fazer os
principais movimentos, porém, em 1941, quando ele ataca a base no Oceano
Pacífico.
Japão foi um dos dois (o outro foi a URSS) que cresceu na década de 1930.
Precisa, porém, de matérias primas porque estava sempre na mão de outros
países, como os Estados Unidos. Começa a se interessar em garantir esse
mercado com colônia. Ele vai para cima das ilhas do Pacífico para expandir o
território. Japão entra na guerra ao lado da Alemanha porque era contra a URSS.
O Japão invade a base militar dos EUA e mata 3700 pessoas em 1941. Com a
invasão de um território sem declaração de guerra e a Alemanha tenho
conquistado todos os territórios da Europa à exceção da Inglaterra (medo de ela
partir para o Oceano Atlântico), os EUA rompem com política de isolacionismo e
entram na guerra. A Inglaterra, os EUA e URSS assinam em janeiro de 1942 pacto
Declaração das Nações Unidas que vai dar origem à ONU. Roosevelt, Statin e
Churchill juntos.
Em 1942, começam a conseguir a derrota do Eixo. Os EUA no Pacífico com a
política “saltar de ilha em ilha”. URSS ataca Berlim. Já a Inglaterra vai pela África.
Ocorre também o Dia D (dia do desembarque na Normandia, França, quando
quantidade imensa de soldados desembarcavam para tirar o nazismo. 3,5
milhões soldados. Inglaterra, EUA e URSS estão unido. Em 1944, conseguem
entrar no território alemão) com mais invasões do território alemão.
Inglaterra sobe pela Itália e começam a desfascilização da Itália. Mussolini é pego
e assassinado pela própria resistência quando tentava fugir em 1943. A
resistência entrega o corpo dele para a população. Guerra começa a se
encaminhar para o fim. Alemanha vai ser dividida em quatro (França, Inglaterra,
URSS e EUA). Berlin também é dividida em quatro. Neste momento, os EUA e a
Inglaterra cedem para a URSS territórios como a Polônia, Lituânia, Letônia,
Tchecoslováquia. Os EUA ficam com o resto da Europa, com mais vantagens que
a URSS. Divisão das zonas de influências.
Em 1944, entram no território alemão, Hitler se mata, Alemanha se rende.
Passam a negociar com Japão. Japão já tinha demonstrado interesse em assinar
tratado de paz sem militarização. EUA recebem notícia sobre o Projeto
Manhattan. EUA lançam duas bombas atômicas sobre o Japão, que estava
absolutamente controlado. EUA lançam bombas no Japão demonstrando força
para, especialmente, a URSS. Depois Japão assina tratado. Projeto Manhattan era
projeto de pesquisa secreta sobre a bomba atômica. Roosevelt recebe a notícia
que ele tinha sido bem sucedido, daí eles resolvem usar a bomba atômica.
Significados históricos:
Países que entraram em guerra: 72;
Mobilizados: 110 milhões;
Mortos: 50 milhões;
Mutilados: 28 milhões;
Bombardeios aéreos: 74.172 sobre a Inglaterra e 1.352.000 sobre o Terceiro
Reich;
Baixas gerais: 28.630.000;
Gastos militares: 1 trilhão e 385 bilhões de dólares.
Rio, 26/09/2013
Doutor Fantástico: filme na próxima aula + comentário.
Significados históricos do fim da 2a Guerra: aumento do território da URSS (em
fevereiro de 1945 há conferência que será ratificada pela de junho de 1945,
antes das bombas, antes de acabar a guerra, para a divisão do mundo para a
URSS conseguir repúblicas do cordão sanitário como zona de influência);
aumento da importância histórica da URSS; divisão da Alemanha em quatro
zonas de influência [divisão da Alemanha em quatro influências. Em 1949, as
partes capitalistas se juntam formando uma parte da Alemanha chamada
Budesrepublik Deutschland (BRD); e a da URSS formando a Deutsche
Demokratische Republik (DDR)]; estabilização da democracia liberal (antes
havia crise de representação); participação civil e ampliação do uso da
propaganda.
Cartaz de incentivo a japonês tirar dia de folga, porque naquela época
precisavam as indústrias movendo a todo o vapor. Então a Texaco fez campanha
para debochar dos japoneses e incentivá-los a diminuir o ritmo. Capaz de
incentivo para as mulheres saírem de casa e irem para o cargo de trabalho já que
os homens tinham ido para a guerra. Capaz de incentivo às pessoas a darem
carona, a gastar menos combustível para o exército poder ter mais petróleo e
usar na guerra. Portanto, “quanto você dirige sozinho, você dirige com Hitler”, ou
seja, você está ajudando aos nazistas. “Participe de um clube de
compartilhamento de carro hoje”.
Outros significados históricos: generalização do anti-imperalismo na Ásia
(sentimento anticoloniar; Inglaterra e França saem da guerra devendo tanto.
Começam a lutar pela independência. Até então a África era quase toda
colonizada e várias partes da Ásia, daí o sentimento de anti-imperalismo se
fortalece. Guerras civis lá vêm mais depois já da formação do Estado do que
durante a independência); fortalecimento dos movimentos internacionais –
resistência (começam lutas de descolonização, libertação); guerra ideológica
(primeiro conflito com características ideológicas, e não somente disputa por
recursos ou territórios).
Vantagens dos EUA no pós-1945:
Militares;
Financeira-comercial:
Conferência de Bretton Woods (1944);
Criação do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (1946);
Avanço tecnológico e monopólio dos bens materiais, inclusive de estoques de
alimentos;
Diplomáticas-ONU:
Organiza relações diplomáticas e intervenções americanas nos países
capitalistas; muitos países ainda não eram signatários da organização; restrito a
países parceiros dos EUA
Territoriais:
Conferência de Yalta, fevereiro de 1945 (dá à URSS o cordão sanitário);
Conferência de Potsdam, julho de 1945 (o conflito se torna explícito, apesar
de as raízes serem anteriores):
Afirmação da bomba atômica contra a URSS (Truman);
Memorandum secreto (Churchill);
Divisão das áreas de influência.
Anos 1940 – PAX (significa período de maior expansão) Americana:
Suspensão da ajuda à URSS e do pagamento de indenizações da Alemanha para a
URSS;
Brado anticomunista de Churchill (celebra vitória dos conservadores no
Congresso o que estimula a intervenção noutros países e o armamento);
Criação da CIA – Agência de Informação e Espionagem;
Planos de apoio econômico:
Doutrina Truman, 1947;
Plano Marshall (plano de ajuda econômica para a restruturação dos países
europeus. Empréstimos com baixos juros para a compra de materiais
americanos; matérias primas, maquinário, etc, americanos. Ajuda condicionada
que eles eliminassem quaisquer membros dos partidos socialista ou comunista.
Em 1961, fazem outro plano com medo da Revolução Cubana chamado Aliança
xxx?!):
Empréstimos a juros baixos para a Europa;
Parceria e abertura econômica para os EUA;
Divisão internacional do trabalho na Europa;
Mitos mobilizadores:
“A ameaça soviética”;
“Defesa do mundo livre”.
Ajuda condicional
Propaganda capitalista:
O apoio da opinião pública à política de rearmamento;
Ideia de um inimigo externo como eixo da união do bloco.
OTAN – 1949:
Organização militar formada principalmente por soldados dos EUA, mas tida
como organização mundial com gente de vários países. Tropas da OTAN que
impedem avanços comunistas. Interferem na Correia, em Portugal, etc.
Documentário Spartacus (1960) exibido. Pessoas ligadas à esquerda
(perseguição política) foram presos por desacato já que não responderam a
perguntas. Daí fizeram esse filme questionando a prisão desses caras (há
provas?) com depoimentos.
Filme “Boa noite, boa sorte”.
Rio, 1/10/2013
Guerra Fria: aprofundamento e mundialização do conflito (anos 1950/1960)
1. Anos 1950
1949 – Revolução Popular na China;
1950/53 – Guerra da Coreia (recuo dos EUA; distensão);
1955 – Conferência Bandung (3o mundo – não-alinhamento);
Pós 1955 – recuperação Europa e Japão;
Bloco capitalista, Estado de bem-estar social / consumismo / cultura de massa.

2. Anos 1960
1959 – Revolução Cubana;
Baía dos Porcos (1961) e Crise dos Mísseis (1962);
Operação Condor e ditaduras latino-americanas;
Corrida espacial;
1961: Muro de Berlim;
Independência África;
Contracultura;
Guerra do Viatnã.
No período da Guerra Fria, mais perto do dia 1949, os Estados Unidos criam
ambiente favorável ao armamento. De 1935 a 1947, a URSS não aposta num
conflito real. Não acredita que pode haver conflito direto. A União Soviética tinha
um dos maiores exércitos e, quando acaba a guerra, a URSS quer deslocar esses
caras e colocá-los no setor produtivo. Queriam fazer frente ao bloco capitalista
fortalecendo a URSS, daí os países se inspirariam no socialismo, e a URSS auxiliar
na mudança para o socialismo. A estratégia muda porque os EUA ocupam uma
parte do Irã perto da URSS, em 1946, aliado ao governo iraniano do período. Os
EUA estavam armados. Efeito Irã: a URSS fica com medo de eles entrarem pelas
fronteiras via Irã e corre atrás de se armar. Esse armamento começa em 1947 e
já em 1948, ela tem a bomba atômica. A URSS começa as respostas já em 1947,
quando há a Criação da Kominform, uma espécie de CIA da união, uma agência
de informação a respeito de movimentação de países comunistas e tentar
descobrir as políticas de países capitalistas. Em 1949, criam o Comecon, um
plano econômico para ajudar demais países socialistas. O Comecon, em menor
escala, já que tinha menos dinheiro envolvido, é uma espécie de Plano Marshall.
Em 1948, a parte BRD da Alemanha começa a se armar, e Stalin decide fazer
bloqueio terrestre em Berlim. O episódio de Praga ocorre, em 1948, quando há
troca de governo. Membros do partido socialista são eleitos, e isso é
propagandeado no mundo capitalista como golpe de estado. Os episódios de
Praga e Berlim lembram a expansão territorial, e eles associam isso ao nazismo.
Já tinham consciência de levar democracia, defender o mundo livre, etc, e esse
discurso vai ser batido na Guerra Fria pelos EUA.
Período de maior austeridade econômica na URSS, porque vão ter que desviar
recursos para a produção de armamentos, etc. Investimento é direcionado para
gastos militares. Cria rompo na economia, e eles não conseguem mais se
recuperar. Ficam para trás depois na corrida tecnológica. Até então não existia
uma defasagem muito grande.
Em 1949, China promove socialismo popular. Tem política relativamente
independente da URSS. A presença da China no contexto da guerra fria é
importante para os socialistas nesse período. Durante década de 50 e parte da
década de 60, ela é importante aliada da URSS.
Coreia estava ocupada pelo Japão. As zonas de influências do Japão foi divida
entre URSS e EUA. O Japão é dividido em duas partes, duas zonas de influências.
O Norte fica com a URSS; o Sul, com os EUA. O conflito começa quando a parte Sul
não começa as eleições. O povo do Norte estava com expectativa de ganhar as
eleições e promover a unificação. O Norte começa intervenção militar no Sul.
Várias tropas da OTAN (soldados americanos) intervém no conflito. Tiram tropas
do Norte da parte do Sul e começam a empurrar para cima. Quando chegam
perto da fronteira com a China, o exército chinês começam a descer a Coreia.
Nesse período, a opinião pública começa a se voltar contra a Guerra Fria. Mais de
4 milhões de pessoas morrem. Pessoas passam a ser contra a intervenção, o
armamento, etc. Vem o movimento hippie, o pacifismo, etc. Depois da Guerra da
Coreia, esse pensamento aumenta muito.
Na década de 1950, a Alemanha Ocidental passa a ter relações diplomáticas com
a Alemanha Oriental.
Conferência de Bandung: 29 países recém independentes da Ásia, África e alguns
da América Latina declaram que não vão se alinhar ao bloco capitalista nem ao
socialista. Criam o terceiro mundo.
As tensões se acirram quando Kennedy era o presidente. Cuba vivia uma
ditadura bastante próxima dos EUA. Em 1959, eles conseguem chegar ao poder,
marcham sobre Havana, conquistam cidade e chegar a Havana e conquistam o
poder. É o auge da Revolução Cubana. É um problema para os EUA, pois está ali
próximo. Caras tinha discurso anti-imperalista, anti-imperalista americano. A
revolução vira o exemplo para a América Latina e passa a ser exemplo de que é
possível se livrar das influências americanas. Em 1961, há episódio da Baía dos
Portos, quando EUA tentam invadir, mas são impedidos. Cuba se alinha
diretamente à URSS. EUA criam o bloqueio econômico. Em 1962, Cuba permite
que URSS coloque mísseis apontam para os EUA. Em troca de tirá-los, os EUA
fazem acordo de não fazer testes no mar (rsrs?!). A URSS se compromete a
diminuir as influências na América Latina. EUA criam a Aliança para o Progresso,
com o objetivo de “auxiliar o desenvolvimento”, ou seja, investimento americano
para deixar a mercê deles os países da latino americanos. Eles arquitetam as
ditaduras latino-americana. Operação Condor: sistema entre as ditaduras
militares da América Latina, Chile, Argentina, Uruguai, Brasil e ?. Ditaduras
trocavam experiências de técnicas de tortura, caça aos comunistas. Comunistas
fugiam para países vizinhos, então o povo do outro país tinha que pegá-lo.
Ou mesmo tempo, tinham que lutar contra movimento hippie, pacifismo,
movimentos de contra-cultura, etc.
No fim da Segunda Guerra Mundial,
Quando Hitler sai e a França é restabelecida, o povo do Vietnã começa a exigir
mais direito, independência. Desde 1945, o Vietnã está em guerra. Os EUA
começam a intervir na década de 1960 não só via OTAN, mas também
diretamente.
Década de 1960 é a época de corrida espacial e, em 1961, constroem o Muro de
Berlim.
Filme “Doutor Fantástico”: como o corpo de intelectuais está lidando com o
período da Guerra Fria.
Filme “O dia que durou 21 anos”, “Condor”.
Rio, 08/10/2013
Anos 1950: sociedade de consumo, indústria cultural e “anos dourados” do
capitalismo
Contexto histórico:
1) Consolidação do Estado de bem-estar social:
a) Garantias sociais contra o comunismo;
b) “Riqueza” popular: pleno emprego e capacidade de consumo.
2) Fortíssimo desenvolvimento econômico:
a) Crescimento da produção industrial e exportações;
b) Aumento da produção agrícola/expectativa de vida e demográfico;
c) Desenvolvimento tecnológico;
Consequência:
Sociedade de consumo: produção em série para o mercado de massa altera até
mesmo as formas de lazer.
3) Indústria cultural e sociedade de massas
Estado garantia o emprego/salário/aposentadoria das pessoas, daí elas passam a
poder começar a consumir. Nos outros países, o Estado garantia isso. Aqui, as
pessoas tinham o emprego para ganhar dinheiro e pagar educação, saúde, etc.
Anos dourados, porque capitalismo ascendeu e ideia de que capitalismo tinha
sido reformado (menos selvagem e mais humanidade) para chegar a esse ideal.
Tinha bem estar social, etc, e cria ideia de que o capitalismo tinha alcançado o
momento ideal. Países socialistas começam a focar na legislação que protege o
trabalhador, em vez de estatização, etc. A revolução está mais distante. O Estado
de bem estar social começa a ser a busca desses socialistas. Ideia de que
capitalismo estava dando certo passa a ser muito difundida.
Fazem propaganda do capitalismo via consumo. Uso de televisão e propaganda
para difundir esse desejo de consumo.
Anos 50 é época de altíssimo desenvolvimento econômico. Garantias dadas aos
trabalhadores aumentam o consumo. Desenvolvimento econômico bélico é
adaptado para a vida civil, incorporado na vida civil. Também há aumento da
produção agrícola, que cresce mais do que a taxa demográfica. Aumento na
expectativa de vida por causa da facilidade de acesso à comida. Ou seja, há
aumento demográfico. Esses três fatos (crescimento da produção industrial e
exportações; aumento da produção agrícola/expectativa de vida e demográfico; e
desenvolvimento tecnológico) geram a sociedade de consumo.
Observam qual é o papel da cultura nos anos 20, 30. Como as formas de
dominação ou de resistência estão emprenhadas na sociedade. Adorno está no
contexto de formação.
22/10/2013
Contracultura: cultura contra o senso comum; negar tradição ocidental.
Movimento marcado pela atuação da juventude, sendo a maior parte desses
jovens universitários. Geração hippie. Uso das drogas e das artes como libertação
da consciência (experiência sensitiva e não racional). Forma experimental de
conhecer a realidade. Psicodelia nas músicas, nas artes, nas expressões desses
caras. Liberdade sexual, de gênero, política. Sociedade que quer participar e
decidir o rumo dela. Maio de 1968, na França, é o auge desse processo.
Jovens criticam o American Way of Life, sociedade consumista. Busca alternativa
de vida nas culturas marginalizadas das Américas. A ideia de uma refundação do
que é o estilo de vida americano e, por isso, vamos para a cultura marginalizada,
como os guetos. Havia separação espacial bem grande entre a população branca
e a negra nos Estados Unidos. Vamos buscar no jazz, na música uma alternativa
para essas relações sociais plásticas. “On the road”, de Jack Kerouac, mostra os
caras atravessando a América para a conquista do Oeste, que faz parte da
identidade nacional americana no processo de formação do país. O livro é a
história de um jovem que tem um amigo que vive no underground, já foi preso,
usa drogas. Os caras viajam e vão chegando ao Oeste, ao outro lado do país.
Nessas viagens, eles relatam a história do país.
Jovens se aproximam dos movimentos socialistas. Esse juventude tinha como
principal meio de ação as passeatas, as manifestações pacíficas. Desobediência
civil, resistência pacífica e método de ação mais localizado.
Filme “Estados Unidos sobre John Lennon”
Indicação de filme de aluno sobre decepção com socialismo: “Depois de maio”
Rock é principal meio de expressão artística. Na década de 1960, o rock não tem
relação tão íntima com a expressão política quanto em 1970. Música com crítica
ao consumismo, à guerra, a temas que preocupavam a juventude, experiência
com drogas. Criticar moral conservadora da década anterior. Defesa dos direitos
civis e da liberdade de consciência. Exemplo de música é “Masters of War”, de
Bob Dylan.
Festivais eram grandes eventos políticos. Coletivismo, vida simples. Os cabelos,
as roupas, os pelos são formas de negar a cultura. Discutiam política, usavam
drogas, etc, por vários dias. Em Woodstock, você tem aquela cena clássica dos
monstros do rock presentes fazendo demonstrações políticas. Aqui no caso,
Jimmy Radrix tocando com o som de bomba no fundo.
Cinco questões
1. modernidade (desmancha no ar + movimentos artísticos)
2. abordagens da indústria cultural (os meios e as mediações)
3. contra-cultura; movimentos sociais na década de 1960
4. propaganda nazista e realismo/socialismo (texto opcional)
5. maio de 1968 (opcional)
Vai ter uma pergunta obrigatória de um dos três textos obrigatórios. A turma
tem que escolher mais um outra pergunta.
1. Ideia de modernidade, impactos da primeira guerra, vanguardas artísticas.
Saber de ideia geral impacto e o que foi a Primeira Guerra. Vanguardas artísticas.
2. A ideologia nazista a partir da propaganda de Hitler para disseminar. O uso da
propaganda pelo Stalin. Em qual contexto isso ocorreu e o uso da cultura.
3. Contexto histórico e o produto cultural daquele contexto. Como ao longo do
século a abordagem no século 20 muda. Por que ela muda? Qual é o contexto do
Adorno e o de Roosevelt? O que o Barbeiro fala? Nos contextos históricos, por
que essa abordagem cultural muda? Entender o processo de modificação do
conceito.
4. Comparação entre o American Way of Life e a contracultura. Anos dourados do
capitalismo, mostrar como contracultura ataca pilares do senso comum,
movimento negro, feminista, homossexualidade, movimento pacifista, ataque ao
status quo.
5. Como o Maio de 1968 é o símbolo de toda a década de 60? Inserir o maio de 68
na década de 60 e relacionar o que ocorria na década de 60.

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  • 1. 15/08/2013 Sugestão de leitura BERMAN, Marshall Tudo que é sólido desmancha no ar (introdução) A visão de modernidade e os estudos da cultura 1) Contexto histórico: o espírito moderno e a expansão capitalista 2) O “ser” moderno: eterno “vir a ser” { Transformação; Angústia 3) Três fases da modernidade a) Primeira fase: séculos XVI ao XVIII b) Segunda fase: século XIX i. Consciência do “ser” moderno; ii. Contradição >> Marx/Nietzsche { Crítica; Entusiasmo} c) Terceira fase: século XX i. Consolidação / expansão-inexorabilidade; ii. Polarização { Entusiasmo; Negação} 4) Os Estudos Culturais a) Por quê? b) Quando? c) Como? d) O papel social da cultura – hegemonia -Explicação: Processo de urbanização (pessoas são arrancadas do campo e são transferidos para a condição de trabalhadores urbanos). Cidades enchem rapidamente. Vida na cidade provoca esse choque. Século 19 é o momento da transformação, ao contrário do século 20, que já nasce com o contato com o capitalismo. Processo de modernização e tecnologia no século 19, enquanto pessoas ainda estão vivendo em condições anteriores, numa conjuntura totalmente diferente. Exemplo disso é a diferença na vida na cidade e a vida no campo. Processo de formação de grandes metrópoles. E o elemento angustiado. O desenvolvimento dos sistemas de comunicação que aproximam os caras um dos outros e também do mercado mundial industrializado. Ajudam a formar a subjetividade moderna. Século 19 também foi o grande momento da expansão imperialista. Na segunda metade do século 19, alguns países europeus passam a expandir para conseguir mais territórios. Encurtamento das distâncias não só
  • 2. por causa dos sistemas de comunicação, mas também por causa dos transportes. E um fortalecimento dos Estados Nacionais e sensação de poder institucional que pressiona, enjaula e de alguma forma gera sentimento opressivo. Essa forma de organização política gera impacto e faz as pessoas pensarem o que é esse ser moderno; o homem; a arte; na construção do sistema capitalista. No fim do século 18 até o fim do século 19 há a criação de movimentos de massa. Passa a existir uma indefinição do que é o indivíduo. Esses movimentos quebram essa ideia; vai regar as inspirações desses novos modernos. O ser moderno tem várias definições, dependendo do autor, etc, e a própria modernidade se caracteriza dessa forma. O que tem em comum entre os atores é o sentimento da transformação muito acelerada do processo social, transformação das experiências. Antes eles vinham de um processo social ligado ao sistema feudal, ao feudalismo. No século 19, os processos de modernização ocorrem de forma muito rápido. No século 20, transformação vem a ser progresso. Os caras do século 19 entendem que eles estão no meio de processo de ruptura. E de certa forma estão. Isso gera uma angústia moderna, pois estão angustiados. Primeira fase. Os elementos que vão constituir a realidade já estão sendo gerados, mas esses caras ainda não se veem como modernos. Uma série de sementes que depois vão gerar o espírito da modernidade. Esses caras ainda vivem num mundo, numa sociedade dos privilégios. Ao mesmo tempo que criticam a religião, refletindo sobre a razão, etc, passando por todo esse processo mental, eles vivem numa sociedade absolutista. A ideia de o homem precisa se jogar no mundo, etc, tudo está sendo agitado mentalmente no século 16, mas eles não têm noção do processo de ruptura e não têm a visão que a galera do século 19 vai ter, por conta do processo em que vive, por causa da distância. Segunda fase. O apogeu do espírito moderno. O século do positivismo, o século de formação, desenvolvimento da história, das ciências sociais, das ciências naturais. Criam consciência da modernidade; passam a refletir de como ser moderno e como atuar no mundo. Com o espírito da modernidade, ele passa a ser desenhado por intelectuais e artistas. O grande século da modernidade. Grande entusiasmo. Costumam encontrar dentro do processo de modernização a solução dos problemas. Existe um espírito crítico entre os grandes autores; eles buscam encontrar dentro da estrutura da modernidade a solução. O proletariado vai ser o novo homem que vai gerar uma nova cultura que não é a cultura da exploração entre as classes; novo processo econômico; novo processo político. Ele busca solucionar o problema entre as classes, mas em momento nenhum ele diz vamos voltar para a outra época. Nietzsche: Diz que o espírito do homem moderno faz com que o homem critique e perca a crença em todos os valores já existentes. A busca pela verdade faz com que
  • 3. homens questionem as crenças e, a partir disso, o homem começa a atuar no meio do caos. Para alguns a solução é abraçar a mediocridade. Dentro desse mundo de caos é impossível você se mover. No meio desse caos vão surgir novos homens que, no meio desse caos, vão surgir novos valores com a potência de reformular as ações dele no mundo. A crítica dos dois se resolve dentro dela mesmo. Criticam a modernidade, mas ela tema solução dentro dela mesma. Terceira fase.Enquanto o século 19, você tem críticas quanto ao processo de modernização, no século 20 essa crítica vai minguando. No século 20, eles não convivem mais com o processo de consolidação da modernidade. Não têm mais aquela memória recente. A modernidade alcançou quase o mundo inteiro. As três últimas décadas do século 19 são quando as revoluções imperialistas engolem quase o mundo inteiro. A expansão do imperialismo e a consolidação da modernidade mudam a visão. A Primeira Guerra Mundial vai ter um impacto imenso; produz números de mortos como não existia antes, etc. Ela vai gerar um baque na ideia de modernização e produz duas visões que são mais ou menos novidade. Ela amplia essas visões que não existiam no século 19; e se existam, elas eram minoritárias. A primeira é totalmente entusiasta, um entusiasmo diferente do anterior, mas sem nenhuma crítica: o futurismo. Falam da força, da velocidade, das artes plásticas. Falam de trem, vapor, violência, guerra, sempre de uma maneira elogiosa. O futurismo italiano, que nasce no fim da Primeira Guerra Mundial, elogia a guerra; e a abraça o desenvolvimento tecnológico com todas as suas dores, todo o sofrimento. A modernidade é isso; é isso que a gente precisa, e cada um com os seus problemas. Há a ampliação desses pensamentos, a valorização da modernidade sem críticas. No outro extremo, há aqueles que negam a modernidade. Não querer falar sobre a realidade em que vida. Achavam que a solução para resolver o caos da modernidade seria negar a modernidade e qualquer avanço que a modernidade teria gerado. Esses pensamentos crescem depois da Primeira Guerra Mundial, e o segundo dá para entender, depois de tudo o que ocorreu na guerra. Onde vamos parar? Veja onde chegamos. Durante o século 20 temos aprofundamento dessas formas de pensamento que não tinham espaço no século 19. As duas geram uma ausência de crítica do processo de desigualdade social na sociedade capitalista. Quando você nega, você busca algo de fora, de outra estrutura social. Eles se negam a fazer a reflexão do processo capitalista. O processo de transformação social precisa nascer na sociedade, mas eles não refletem sobre o capitalismo, diferentemente do século 19, quando havia a reflexão crítica do que eles estavam vivendo. Por isso, o processo do século 20 se torna inexorável.
  • 4. Não há saída para o capitalismo, e isso eles vão ver com o fracasso dos países socialistas. Esse discurso é gerado pelo processo de modernização em que eles vivem. Por esse motivo e também por causa da Indústria Cultural, os estudos sobre a cultura vão ganhar mais espaço no começo do século 20. A partir do século 20, como é que o conhecimento que está sendo produzido, consumido, recebido, isso tudo vai ser interessante no século 20? No século 19, papo de cultura era papo literatura, mesmo entre historiadores. Entre os cientistas sociais, você não tem mais só a discussão dos grandes sistemas. No século 19, eles discutem sobre poder, Estado, grandes sistemas sociais pelos quais a sociedade ia evoluindo. A cultura passa a mediar vários processos sociais; formação de identidade, política; seja de informação, conhecimento, propaganda, arte. Os processos passam a ser cada vez mais mediados pela cultura. Ganham mais relevância por causa do paradigma da sociedade. A cultura te permite entender como cada individuo se relaciona com o social. No século 19, a cultura estava relacionada à arte, à filosofia. No século 20, entendem a cultura como conjunto de artes, saberes, conhecimentos, hábitos, valores, processos sociais que passam a ser visto com uma ótica social. Vai ser pela cultura que vamos tentar entender como os homens de carne e osso se comportam. Uma reflexão maior sobre o papel da cultura na sociedade. O papel da cultura está muito ligado à hegemonia. Quando a gente começa a estudar como os projetos sociais alternativos estavam tão preocupados com a cultura, porque a cultura serve também para isso. No momento em que você produz uma obra de arte e tal, você mexe com consciências. E ao longa da história e, principalmente, a partir da segunda metade do século 20, tenta-se entender como a cultura contribui para construir esses processos sociais. Tudo que ocorre na cultura não é só uma espelho. Ele mexe com a forma com que as pessoas veem o mundo. Esse papel vai ser muito estudo para saber como ele influencia a maneira com que as pessoas vão se comportar na sociedade. Modernidade alterativa: socialismo soviético; os regimes autoritários; os modelos que não são capitalistas. Rio, 20/08/2013 Século 19 foi relativamente, entre muitas aspas, um século de paz. As batalhas não ocorreram com frequência e as batalhas não tiveram grandes efeitos. Muitas vezes as batalhas ocorreram na África e na Ásia. Tirando uma batalha na Europa, Larissa não se lembra de outro que tenha ocorrido no século 19 na Europa. A Primeira Guerra mundial mobilizou quase a Europa inteira. Não só pela duração, mas também por causa da violência e do impacto. E também porque, naquela época, a Europa era considerada o centro do mundo. Uso de novos armamentos. A Primeira Guerra foi uma guerra mal resolvida, e aí as tensões na Europa continuavam, o que depois culmina na segunda guerra mundial. Do início da primeira guerra, em 1914, até o fim da primeira guerra, em 1918, então as questões do século 20 nascem com a Primeira Guerra e com a Guerra Fria, em 1941, as questões começam a ser superadas. A Segunda Guerra acaba resgatando
  • 5. temas da primeira, principalmente, a questão territorial e ???. A primeira guerra vai ter muitos elementos novos e vai afetar a vida das pessoas de uma maneira absurda. Século 19 é de desenvolvimento e gera tensões. Primeira revolução industrial era restrita à Inglaterra, que ocupa lugar almejado por outras potências europeias. A implantação do capitalismo na Inglaterra fez com que ela se torne rica, poderosa e estabelecesse divisões do trabalho. A Inglaterra mandava algo, e a América Latina, por exemplo, envia produtos agrícolas e recursos naturais. A França tentou correr atrás da Inglaterra, mas não conseguiu, e todo mundo depende dos tais industrializados que a Inglaterra poderia fornecer. Antes a Inglaterra era o único pais industrializado e tinha boas relações com outros países, mas a partir de 1850 os países começam a se industrializar e dispensam produtos inglesas. Para a Inglaterra isso era um baque, pois eram os maiores comprados. A Inglaterra perde esse mercado, e os países da Europa começam a disputar os outros mercados com a Inglaterra. Cria-se o capitalismo monopolista. Eles tentam proteger os seus mercados. Para fazer isso, eles vão com tudo para as Américas e para a África. Esses países competem entre si por mercado e principalmente por territórios. A primeira guerra mundial é uma guerra imperialista; ela ocorreu muito em razão dessa disputa de territórios. Quando o imperalismo se torna um problema de fato? Surgem dois novos países. Tradicionalmente a Itália era vista como um pais de peso. Nesse período, a Itália e a Alemanha, que era formadas por reinos fragmentados, se unificam. Nesse processo de unificação, ha duas questões: o sentimento nacionalista, o nacionalismo também é muito importante para a primeira guerra. Nacionalismo que busca encontrar passado de gloria; espírito germânico; etc. desenvolver sentimento entre os cidadãos; vão investir muito na educação, principalmente em historia. A economia da Itália continua frágil até o século 20. A Rússia também era um pais eminentemente rural, apesar de ser imensa e com exército forte. A Alemanha investe muito, muito no desenvolvimento científico e também em indústria. A Alemanha, com o investimento do estado em ferrovias, nas indústrias, etc, nasce como potência industrial, não só como pais industrializado. Num intervalo de muito pouco tempo, a Alemanha se unifica e se transforma na única potencia capaz de competir com a economia inglesa. Qual é a primeira questão que a Alemanha traz? Tensões diplomáticas por causa da divisão da África. Havia colonização portuguesas no litoral da África, que era usado como escravos. Os Estados Unidos já tinha a doutrina “América para os americanos”; América Latina já estava independente. Europa tinha que ir para cima da África e da Ásia. Já tinham, porém, garfado as melhores regiões da África. Regiões da Bélgica, da franca, da Inglaterra. A Alemanha diz que teria de fazer uma nova divisão. A Alemanha pressiona e começa a gerar uma crise diplomática e, por outro lado, começa a invadir. Há conflitos por causa da invasões de outras potências, como a Alemanha. A Alemanha e a Itália têm esse problema, porque o imperialismo foi financiado pelo Estado.
  • 6. A expansão da Espanha para a América Latina demorou muito tempo; vários anos; foram várias expedições. Para os portugueses chegarem ao Brasil e até a Amazônia, por exemplo, demorou-se tempo também. Com a África foi mais rápido, porque foi noutro período, quando havia mais competitividade na Europa. Dominar os reinos africanos (muitas já tinham reino), associando-se a essas elites, montar a máquina burocracia e principalmente a militar (para dominar os africanos). Depois de reivindicação da Alemanha e da Itália, eles sentam e redividem a África. Todos os países começam a investir em indústria bélica. E eles voltaram com a obrigatoriedade do serviço militar, que tinha deixado de ser obrigatório. Vários países da Europa abrem mão do serviço militar, como a Inglaterra, por exemplo. Todos os países estavam se preparando para o conflito que ia ter. Temos o problema entre a França e a Alemanha, por causa da questão territorial Alsácia-Lorena. Vai e vem de um país para o outro. Essa região era também o principal local de conflito entre os dois países. Temos o problema entre Inglaterra e Alemanha, por causa da questão territorial na África. Rivalidade entre Rússia e Império Áustro-Húngaro. A Rússia tinha região dentro do império. Queriam construir uma passagem ali. Eles não conseguiram negociar com o império, que veta a exploração do território deles por outro império. O império começa a apoiar a independência das minorias. Um evento bastante particular da realidade do império deu origem à guerra. Um sérvio de uma organização politica comete um atentado ao Império Áustro-Hungaro. Ele foi preso e tal, e o império reprime violentamente essa organização. A sérvio, exigindo o seu direito de autodenominação dos povos, reage contra essa repressão e são reativadas as coligações. Alemanha fica do lado do império. Rússia fica em defesa da Sérvia, etc. num intervalo curto, as alianças bilaterais são acionadas. Em dois anos, a Europa inteira está em guerra. Há algumas exceções como países da Escandinávia, talvez países baixos e tal. Isso foi a gota d`água. Havia acordos mútuos entre a Alemanha e o Império Áustro-Hungaro, etc. Todos os chefes tinham certeza de que a guerra seria curtíssima. Essa geração não tinha ideia do que era uma guerra generalizada. Eles acreditavam que os ganhos tecnológicos seriam importantes para uma guerra rápida. Todos os países europeus acreditavam que sua superioridade conseguiria neutralizar os inimigos. Exército alemão fortemente armado. Exército francês com a ideia de resistência. Exército russo tinha uma coisa que os exércitos modernos não tinham, a ideia de fidelidade ao imperador. Quando eles chegam e encontram esses exércitos, um avança, o outro recusa, um recua, o outro avança. Fica num vai e vem, sem que ninguém consiga olhar para dizer que ela estava chegando ao fim. Tríplice aliança
  • 7. Alemanha Itália Imperío Áustro-Hungaro Tríplice entente França Inglaterra Rússia o vai e vem estava levando a um gasto que esses estados não estavam conseguindo arcar. Os soldados ficavam em trincheiras à espera do inimigo. Nas trincheiras, você poderia ficar semanas esperando o exército inimigo, sem que nada acontecesse, sem que ninguém fosse capturado ou rendido. Os próprios países se surpreenderam com os gastos, e as trincheiras acabaram custando mais vidas que os confrontos. Alguns ficavam doentes e morriam de fome. Quando morria de fome, você não podia sair para se livrar do cadáver. A presença dos cadáveis acabava atraindo doenças, e o número de mortes aumentava mais ainda. Há relatos de soldados da época que muita gente morria nas trincheiras que os novos exércitos não conseguiam suprir. Isso deu à guerra uma duração maior. Alemanha ousou. Invadiu por um lado o território francês (e para isso, entrou na Bélgica, que não participava da guerra) e por outro, o russo. O exército alemão gasto 6 milhões com almofada de carimbo. E quanto gastou com papel?? Os gastos não são somente com armas, suprimentos, etc, mas também com várias outras coisas. Momento de racionamento, porque os estados tinham que cuidar e distribuir porque a fome chegou também à sociedade civil. A indústria de vestimenta, por exemplo, tinha produção para roupas do exército. A Alemanha impôs o bloqueio naval para afundar os navios que eram para seus inimigos. Algodão, por exemplo, era trazido das américas. O pessoal que trabalhava na agricultura na Rússia, por exemplo, foi mandado para a guerra. E quem vai cuidar da agricultura na Rússia? Daí passam a faltar coisas do dia a dia. E depois, quando a guerra acabar, para quem eles vão vender toda essa produção? Para ninguém, então vai entrar em crise com a queda das vendas. A guerra estimula também forte desenvolvimento tecnológico; o investimento em tecnologia vai acabar popularizando para fazer objetos para a vida civil. Eletrodomésticos; meios de comunicação, etc. a primeira guerra foi a primeira guerra em que usaram gás e foi desenvolvimento tecnológico da indústria química. Fizeram uso de aviões com perigo de bombardeio. Depois, uma parte é apropriada para a vida civil e outra parte para a indústria bélica. Toda a indústria montada afeta o dia a dia do cidadão comum. Seminário sobre Futurismo (terça e quinta da semana que vem) Textos sobre as vanguardas artísticas (esse é um dos primeiros trabalhos, sendo que o total vale 3 de 10. A prova vale 7 de 10) principais pressupostos estéticos e políticos (como os caras veem o mundo; em alguns casos eles têm filiação
  • 8. explicita; o que criticam no mundo; duração de uns 20 minutos; produzir uma páginas para explicitar quais são os pressupostos estéticos ou político) Rio, 22/08/2013 Contingente populacional nas forças armadas: 12,5% dos homens da Grã-Bretanha; 15,4% na Alemanha; 17% na França. Uma parte desses soldados voltam completamente deslocados. Outros com problemas físicos, psicológicos, etc. Só 1/3 dos soldados franceses volta “produtivo” da guerra. Nesse período começa período de propaganda (que depois vai se intensificar na segunda guerra), principalmente voltada às mulheres, com o objetivo de elas fortaleceram a guerra da maneira que pudessem. Por exemplo, a mulher incentivasse os maridos, namorados, filhos a entrar no exército e ir para a guerra. Se cada um fizer e der a sua contribuição, a gente vence a guerra. Cartaz pedindo que as mulheres comprasse o segundo lote de empréstimo para “ajudar os filhos da América a ganharem a guerra”. Depois da primeira guerra, essas mulheres vão ter que ocupar os postos de emprego que os maridos tinham deixado. E as mulheres começam a entrar no mercado de trabalho. A ideia de que a mulher tem de ficar restrita ao espaço doméstico passa a ser flexibilidade. As mulheres passam a ficar conhecidas como viúvas de guerra. E os filhos cujos pais morreram na guerra são conhecidos como pupilos da nação. Associação direta de modernidade ao horror. O horror fica claro em expressões artísticas e em livros com os relatos dos soldados. No século 19, a guerra era um assunto estatal. Em geral, no século 19, a sociedade civil sentia pouco. Na primeira guerra, a guerra estava presente ali o dia todo. A simples ideia de entrar em guerra de novo era pavorosa. Então o partido nazista é criado em 1918. Hitler chega ao poder em 1933 e não há guerra. As pessoas estavam com péssimas ideias da primeira guerra e não queriam aquilo de novo. Depois da guerra, há grande mudança política nos países. Na Italia, por exemplo, há várias crises; guerras; e fortalecimento dos comunistas. Na Alemanha, há o outro extremo. Na Rússia também há grande mudança. Os Estados Unidos é que tiveram poucas mudanças econômicas, mas vai sofrer depois com a Crise de 29. Na primeira guerra, novas armas são introduzidas. Entre elas, o avião que permitia que você bombardeasse qualquer lugar. Medo vira constante. O Gás, o tanque que foi desenvolvido nessa época, apesar de ser mais utilizado na segunda guerra e principalmente o bloqueio naval.
  • 9. A Alemanha bloqueia portos da Inglaterra, da Rússia e da França. Não chega algodão, comida, nada. Essa tática atinge diretamente a sociedade civil – agora não só os soldados estavam passando fome. Em 1917, um navio dos Estados Unidos vinha para trazer mantimentos para – eu tenho quase certeza – Inglaterra, e a Alemanha bombardeia. Aí os Estados Unidos entram na guerra. Na Rússia havia filas enormes para conseguir comida. A fome passa a estar presente em todas essas grandes cidades, principalmente, nas da tríplice entente. Essa é a geração dos racionais. Depois é que vem a geração consumista, que vai nascer em 1950 e não viveu a primeira nem a segunda guerra, é que vai ser consumista. Não há só carência de comida, mas como os preços também ficam loucos. O Estado vai ter que controlar a situação dos preços, quem cobra, etc. Senão o comerciante vai seguir os princípios liberais e vender. Isso gera o retorno da intervenção do Estado na economia. Os princípios liberais passam a ser flexibilizados na guerra. Há o retorno da tortura e não só da tortura. O fluxo de pessoas que circulam na Europa é maior por conta de alguma situação da guerra. O exílio, que também tem um impacto muito grande na subjetividade, e a tortura mudam essa subjetividade e afetam diretamente a população civil. Há a brutalização da política; o discurso político é agressivo, bruto; a política é militarizada na década de 20 (tática e estratégica) e, num extremo, o Hitler ao dizer que a guerra é a única solução para resolver a questão da Alemanha. O vocabulário político é semelhante ao da guerra. As palavras tática e estratégia, que eram muito usadas pelo exército em conflito, passam para a política. Há a redefinição da política. Os ideais liberais passam a ser questionados. A ideia da intervenção do Estado na economia, etc. Todos os ideais liberais que estavam enraizados na Europa, nos países desenvolvidos, passam a ser repensados. Revolução Socialista e também o que aconteceu na Alemanha. Partido único, intervenção na vida civil, ditadura, intervenção do Estado, etc, na Alemanha com o nazismo. A primeira guerra mundial termina por causa do esgotamento, mas ela não resolve o que ela deveria ter resolvido. Há acordo de paz, mas não há reedição da tríplice aliança nesse caso. Os conflitos vão retornas no século 20 e serão motivos semelhantes para desembocar a segunda guerra mundial. Em 1917, a Rússia sai da guerra. Há a Revolução Social e atende a demanda para sair da guerra. Rússia faz acordo de paz com a Alemanha e abre mão de alguns territórios que a Alemanha já tinha conquistado em nome de sair da guerra e não ser mais atacada. A tríplice entente se enfraquece com a saída da Rússia. A Alemanha pode se preocupar só em atacar a França. Aí os Estados Unidos interferem. Para eles não era interessante que a situação ali se alterasse. A Alemanha ficaria muito, muito forte se ela conseguisse tomar mais territórios e isso preocupava os Estados Unidos. A Alemanha tinha se tornado pica com tão poucos territórios. Imagina se tivesse todos aqueles territórios? Os Estados
  • 10. Unidos entram na guerra, e o jogo vira para o lado da Inglaterra e da França. Nesse mesmo período, a Itália sai da guerra, mas ela já não tinha peso na guerra. Observação: a Itália começa no lado da Alemanha, depois passa para o outro lado e depois sai da guerra. Os Estados Unidos viram no pós-primeira guerra que eram “OS” Estados Unidos. Antes, não interferiam na Europa ou na América. Essa atitude de mediação que depois vira atitude intervencionista vai nascer ali e continua até hoje. Ocupam o papel de principal economia e de grande mediador nas relações internacionais. 14 pontos de Wilson (que na época era o presidente) pedia: abolição da diplomacia secreta; plena liberdade de navegação, tanto em período de paz quanto na guerra (por causa do bloqueio que a Alemanha andava fazendo); remoção, quando possível, de todas as barreiras econômicas entre as nações e o estabelecimento de uma igualdade de condições de comércio entre as nações (não interessava aos parceiros da tríplice entente); limitações dos armamentos nacionais, reduzidos ao menor nível, coerentes com a segurança nacional; etc. Tratado de Versalhes: Paz punitiva (a Alemanha não teria perdido a guerra, mas seria a responsável pela guerra. E, por isso, ela teria de arcar com a guerra); perdas de territórios (perde Alsácia-Lorena, parte da Polônia e mais alguma parte); perda das colônias no ultramar (África); diminuição da marinha e força aérea; limitação do exército a 100 mil homens (só poucos caras no exército, na aeronáutica e na marinha); reparações: pagamento pelos custos da guerra aos países vitoriosos (principalmente Inglaterra e França); lidar com o colapso das organizações políticas até então existentes; controlar a Alemanha; preencher o vazio de poder deixado pela dissolução dos grandes impérios; Cordão sanitário (Finlândia, Letônia, Lituânia, Estônia, Romênia, Polônia). Na década de 20, a Alemanha começa a encher de novo o exército. E Hitler, quando está no poder, começa a armar a Alemanha. Com o discurso da situação do Tratado de Versalhes, a Alemanha volta com tudo. Consequências da primeira guerra: Revolução russa e os novos marcos da política internacional; declínio da hegemonia política e econômica das potencias europeias; movimentos antiimperalistas; a crise econômica e o fim do liberalismo. O contexto da cultura: Mudança na visão de mundo; redefinição do papel social do artista – vanguarda; mimesis, retrato, espaço e objeto;
  • 11. Rio, 27/08/2013 Futurismo: meu grupo. Expressionismo surge na Alemanha e vai ganhar força depois da guerra. Expressionistas são considerados os primeiros artistas modernos. Os artistas pegam todas as angústias, essa subjetividade e esfregar na cara da sociedade. A arte coloca a questão da subjetividade dentro da obra de arte. Isso não ocorria antes do século 19, quando a arte era baseada em conhecimentos matemáticos, cálculos para ver a sombra, profundidade, etc. Os quadros expressionistas não são para embelezar, eles vão para despertar a angústia, a dor. Valorizam a questão da subjetividade, do interno. O que é o homem, qual é a mentalidade do período. Eles vieram romper com a modalidade artística anterior. Cubismo: divido em duas fases. A primeira é analítica ou hermética. Depois vem a fase sintética. Tem discussão de ir buscar arte fora da Europa. Por isso, trazem máscaras, cores, que não eram comuns nas artes europeias. Os temas também, como o quadro de cinco prostitutas, têm esse impacto. A experiência plástica, o estudo da forma, a perspectiva é quebrada pelo cubismo. Alguns artistas depois vão para outros estilos, mas Picasso continua. A principal questão do cubismo é eles estarem mais preocupados com uma questão de romper com a forma de ver o mundo da Europa. Entre os artistas cubistas está muito presente o objetivo de buscar visões de mundo, visões artísticas fora da Europa. Valorizam as visões que vêm de fora; da África, com as máscaras; as paisagens, as cores. Alguns artistas do cubismo eram filiados a partidos comunistas, como o próprio Picasso. Não é questão muito forte para o cubismo como é para o realismo. O que eles querem é novas experiências. Qual é o uso feito pela ciência, do conhecimento e propor outro uso: mais criativo, mais propositivo e tal. A França é o país principal do Cubismo. Quanto mais a situação na Europa se agrava, mais eles problematizam. 29/08/2013 Dadaísmo ++ algo 03/09/2013 ++ outros estilos A construção do socialismo soviético e a cultura A Revolução Russa teve papel bastante impactante nas relações internacionais. Marca conflito entre países europeus com ... antagônicos. Ameaça a outros países e remanejamento total das relações internacionais. Lembrança real e diária de que era possível adotar outro regime, outro tipo de sociedade. A partir de 1917,
  • 12. ela vira uma ameaça constante para outros países europeus até 1991. Já em 1918, eles têm a preocupação em formar um cordão para impedir o avanço do socialismo. Até a revolução, a Rússia era um Estado de inspiração absolutista. Enquanto Europa se modernizava (no sentido do liberalismo) no século 19, a Rússia mantinha relação muito próxima com a estrutura do absolutismo. Exército era fiel ao imperador. Dificuldade muito grande de mobilização social. Estado em 1860 militarizado, autoritário, sem abertura para organização política. Não podia fazer oposição direta ao Imperador. Com uma sociedade predominantemente agrária (85% da população morava no campo), analfabeta. Relações capitalistas com outras nações, mas não com a própria população. Rússia era vista como país promissor, pois tinha bastante agricultura. A agricultura russa, porém, não era capitalista, porque as relações de trabalho ainda eram servis, da idade média e do início da idade moderna. Ao mesmo tempo que era potencia moderna, ela ainda não tinha saído de relações de trabalho antigas. Elite controla maior parte das terras, da riqueza, da arte erudita, e a maior parte da população vive no campo. Período de grandes tensões. No fim do século 19, as pessoas começam a pressionar o Czar. Faz modernização conservadora. Liberais: a galera que defende o capitalista, o livre mercado, estavam ligados a esse início de industrialização. Populistas: aproximação ao marxismo, mas não são os comunistas. Defendem a modernização industrial, o constitucionalismo, mas querem igualdade social, reforma agrária, melhor distribuição das terras e da renda. Sociais-democratas, que depois vão ser os bolcheviques e. sovietes grupo mais próximo da ideologia marxista. Defendem o fim da propriedade privada. Democratização da sociedade e tal e depois socialismo >>> ... . Chuta a porta e instala o socialismo: bolcheviques. Faz esforço de industrialização. Explica por que a Rússia entra na guerra, mas não sai da guerra. Uma vez dentro da guerra, a Rússia não consegue sair porque os principais parceiros econômicos, França e Inglaterra, tinham emprestado dinheiro. A Rússia se atrela de maneira mais significava ao capital estrangeiro. As reivindicações daquela época não eram as socialistas. Fim da propriedade privada não era uma questão assim tào batida. As principais pautas eram democratização e tal. Ensaio revolucionário: em 1905 a Rússia entra em guerra com o Japão por questões territoriais. A guerra desestrutura o fornecimento dos itens básicos. Problemas de transporte, de distribuição de alimentos, etc. A população reivindica o fim da guerra, mas não é ouvida. População se organiza em comitê político chamados sovietes com o objetivo de resolver os problemas em imediato e trabalhar junto com o Estado. Eles passam a controlar a distribuição e abastecimento. Sovietes que a principio não eram ligados a partido politico. Eles fazem a função de reorganizar os itens básicos de vida nesse contexto com o Japão. A população
  • 13. começa a se manifestar. As manifestações duramente reprimidas pelo exercito do império. Nilo sangrento, por exemplo. Czar se vê obrigado a negociar. Assina tratado de paz com Japão, cria.... nesse momento em que as demandas dos trabalhadores começam a ganhar visibilidade. Eles exigem regulamentação da jornada de trabalho, questão do salario, do custo de vida, da previdência. Reinvindicações trabalhistas. Começam a se organizar para reivindicar as sua demandas. Parte das manifestações morre. Vários são exilados, e czar volta a estabelecer relativa paz na sociedade. Em 1905, quando acaba guerra com Japão, e 1914, ha relativa.... A Rússia entra na guerra. País agrário. Que dinheiro ela tem para entrar na guerra com Inglaterra, franca e Alemanha? Contribuía com exercito enorme. Se não tem agricultura mecanizada, ela depende de mão de obra. Pega toda a juventude, gente com idade produtiva, e tira esses homens da lavoura e joga no exercito. Cria uma crise de produção na agricultura. A questão de homens deixando postos de trabalho para ir para a guerra é um problema também na França, na Alemanha. Na Rússia, eles dependiam mais dessa mão de obra. Rússia sente isso desde o começo da guerra. População exige de novo a saída da Rússia da Primeira Guerra Mundial. Czar não pode abandonar os seus principais investidores, sendo que ele enviava uma quantidade enorme de exércitos. Conseguem a renúncia do Czar do império em fevereiro de 1917. É uma Revolução Liberal. Liberais entram no governo e diz que a Rússia vai sair da guerra. Os conflitos se multiplicam por mil. Agora é uma autoridade totalmente contestada. Liberdade de expressão, de organização política. Czar segurava na forma e na censura. Os liberais não podem fazer isso. A saída da Rússia na guerra precipita a entrada dos Estados Unidos na guerra. Os liberais prometiam reformulação das terras. Em 1917, camponeses começam a fazer reforma agrária na marra. Os camponeses não vão esperar mais. Os sovietes começam a se organizar contra o governo. A galera que tinha sido exilada pelo Czar começa a voltar. Lenin, por exemplo, volta a se reaproximar. Antes de os sovietes programarem o golpe de estado, duas coisas ocorrem. O governo liberal lida com a crise econômica e crise política. Passa por duas tentativas de golpe. A primeira, em maio de 1917, vinha de dentro da Marinha, mas o governo consegue minimizar. Ela não surte efeito, porque não tem adesão. A segunda tentativa, acho que em agosto de 1917, também conservadora, é parada pelo povo. O povo, já armado, começa a se organizar dentro dos sovietes. Eles estruturam plano estratégico, saem ao mesmo tempo, chegam à sede do Estado e prendem os liberais em outubro de 1917. Em no poder o socialdemocratas. O principal lema era “todo poder era os sovietes” e querem “paz, terra e pão”. Quando a Rússia sai da guerra, ela dá territórios para a Alemanha e começa a pensar: como vamos construir o Estado? De 1917 a 1921, a Rússia ainda passa pelo processo de guerra civil. Socialdemocrata: mencheviques, exército branco; e os bolcheviques, exército vermelho. O outro grupo, os anarquistas, não faziam parte do socialdemocratas.
  • 14. O projeto que sai vitorioso é o projeto bolchevique, mas ainda passa por conjunto de reformulações. Em 1921, o Lênin, importante no bolcheviques, fica como chefe de Estado. É para reorganizar o Estado. A crise econômica estava apavorante. Em 1921, a Rússia perde investimento de parceiros. Passou três anos na primeira guerra e mais três anos de guerra civil. A situação estava destroçada. Abrem pequenas exceções capitalistas, como permitir a existência de propriedade privada no campo, para tentar melhorar a situação econômica. (dá um passo para trás para dar dois para frente) Quando Lênin morre, há processo de centralização intenso. As decisões do Estado eram decididas no local de encontro do partido. A separação entre partido e Estado diminuem. A arte começa a ser propaganda política direta. Tudo centralizado dentro do partido comunista da Rússia. A Rússia expande o socialismo para as repúblicas vizinhas, por convencimento ou não, e aí surge a União Soviética. Trotski versus Stalin Trotski: revolução permanente e expansão do socialismo para vários países no mundo. se a gente ficar com o socialismo, a gente não vai fortalecer o socialismo, com países capitalistas ao redor da gente. Socialismo da Rússia deveria apoiar os partidos socialistas de outros países. Não vai mudar de uma hora para outra. A revolução rumo ao comunismo é construída lentamente. Stalin: Cercados por repúblicas capitalistas para quando a URSS se tornasse grande potência, as outras nações viriam e alcançaria a revolução também. Socialismo num só país. Fortalecimento do socialismo na URSS. No debate há uma votação, e o projeto do Stalin sai vitorioso e ele consegue o cargo de secretário-geral da URSS. Trotski é expulso do partido, exilado. E aí começa o processo de stalinização da URSS de 1927 (expulsão de Trotski e Stalin assume) a 1956, quando Stalin morre e surgem as denúncias de crimes dele. 05/09/2013 Estatização dos meios de produção e das terras e investimento na indústria de base. Ideia de crescimento rápido do socialismo. Primeiro, processo de industrialização pesada da URSS. A URSS não era país para fazer frente com os capitalistas. Com investimento nas industrias de base, para permitir que as outras industrias se desenvolvesse. Os planos quinquenais tinham metas para as economias alcancem alvos. Stalin coloca metas muito altas. Ele diz que depende do esforço de cada um para a URSS crescer. Era trabalho muito intenso. Os trabalhadores eram explorados pelo próprio Estado. Ideia de esforço coletivo para a construção do socialismo. Isso representou retorno de exploração muito intensa dos trabalhadores. Precisavam convencer os trabalhadores que eles precisavam dar o sangue pela URSS. Os planos não alcançam as metas, mas conseguem dinamização da economia. Essa dinamização vai ser revertida para
  • 15. investimentos sociais. Trabalhadores tinham de trabalhar exaustivamente para alcançar as metas, e o Estado investia em social. O analfabetismo começa a ser superado. Entre 1928 e 1941, o investimento em ensino secundário aumenta de 288 mil para 1,49 milhão. Universitários: de 233 mil para 908 mil. Rabfaks (ensino voltado para os trabalhadores): 50 mil para 288 mil em quatro anos. Em 1928, quando começam os planos quinquenais, era 20 mil médicos em todo país. Em 1937, eram 105 mil. Conquistas sociais são importantes para entender a adesão ao stalinismo. Em 1924 (acha), no processo de guerra civil, eles vão anexando outros Estados. Ali eles foram a URSS. Você um secretário-geral mas cada país mantém mais ou menos a sua autonomia. As regras de um pais não podia sobrepor as regras da união. Stalinismo vai da década de 20 até 1953. Usa muito o uso da força. Expurgos dentro do próprio partido começam em 1936, quando 16 acusados são fuzilados. Reprimir a oposição. Não podia existir oposição. Foi centralizado na década de 20 e só havia um partido. Havia parte que consentia e parte contra. A repressão para eliminar a oposição dentro do Estado é principalmente nos anos 1936, 1937 e 1938. Pessoas desaparecem, eram atingidas de alguma forma, são acusadas e condenadas, são fuziladas principalmente de 1934 a 1938. A partir de 1939, há a Segunda Guerra Mundial, e o Estado passa a ter que se preocupar com ela. O regime é mantido em cima de dois pilares: a força/a coerção/o medo e o consenso (hegemonia). Uma parte da população acredita que aquele regime é o projeto social mais adequado para aquele momento. Propaganda minimiza os crimes. Só foram descobrir a quantidade de morte depois. População adere por causa da propaganda e porque a qualidade de vida de alguns melhorou. Você pega a propaganda política do stalinismo e compara com a do nazismo e vê como são parecidas, apesar de serem ideologias absolutamente diferentes. Para construir hegemonia, eles atacam em várias áreas. Influenciam nas universidades, na sociologia, entre os artistas. Na década de 20: veem a cultura como papel estratégico de construir o consenso. Quem vai dizer o que são os novos valores socialistas. Precisamos eliminar todos os valores burgueses e construir, colocar na cabeça do povo o que são os valores socialistas. Essa é a grande crítica do socialismo à política cultural do partido, por tentar impor essa cultura. Discutem muito do partido o que seria uma arte revolucionário, o que é uma arte do proletariado. Existia dentro do partido vários pensamentos de como construir a cultura do proletariado. Uma delas era o Proletkut, que vai ser o primeiro organismo do partido para começar a pensar a ideia de cultura proletária. A arte deveria falar sobre a vida, etc, do proletariado. Em 1934: você já tem a arte oficial.
  • 16. Teoria do reflexo: uma arte era proletária se ela fosse feita por proletários. Ela seria elitista se ela fosse feita pela elite. A caracterização da arte dependia do lugar onde estava sendo feita. Como você quer fazer arte proletária se você não é um? Como a elite, bem educada etc, pode falar pelos proletários? A arte tinha que ser antes de tudo engajada nos ideais do partido. O conteúdo é mais importante do que a forma. Exemplo da arte construtivista na pré URSS em 1920, 1921, 1930. Não eram propaganda, mas arte política. Na década de 1930 as propagandas começam a ser encomendadas. A utilidade política da arte é muito mais importante que a forma. Arte tinha função pedagógica. Arte passa a ser voltada para ensinar os ideais socialistas. Pegam arte que não é figurativa, não é didática e tiram de circulação. Realismo socialista: Arte clara, direta e simples de ser compreendida. Você rebaixa o grau da arte para ela ficar didática. Arte que não abre para educação, e educação no mundo das artes também. A oposição de esquerda quer o contrário. Características do realismo socialista: politização da arte e da cultura; confecção da obra de arte partindo da realidade concreta; verossimilhança; lugar do artista como engenheiros de alma; vanguardismo (artistas pensam e fornecem as ideias para o processo histórico) e partidarismo (arte feita dentro do partido); princípio educativo. Primavera de Praga Rosa Luxemburgo, Alemanha 10/09/2013 dependendo do historiador, o stalinismo começa em datas diferentes: pode ser quando lênin teve o AVC, quando ele morreu ou quando houve a implantação do plano stalinista. depois da primeira guerra, nós vamos ter três tipos de solução, alteração para a crise liberal: 1. negação do capitalismo 2. estado de bem estar social 3. regimes de extrema direita; os regimes fascistas (haverá quatro na europa>> o italiano (com Mussolini); os outros vêm depois da crise 29, salazarismo, franquismo e nazismo. Fascismo: regime com favorecimento do capital monopolista, concentração capital, conteúdo social conservador com máscara de modernização, ideologia de pragmatismo radical, características míticas na política (nos cartazes, líderes políticos eram apresentados como redentores da nação; é ele quem vai salvar a Alemanha; situação política centralizada numa única pessoa), propaganda
  • 17. manipulatória (função de vender projeto nacional), antiliberal (sem previdência, aposentadoria, sem o bem estar social), xenófobo/chauvinista, antidemocrático, antissocialista, anti-operário. Em geral esse regime surge em momento de crise. Recebem dinheiro de grandes empresas. As economias europeias estão totalmente destruídas. Ao mesmo tempo que o nazismo cresce na Alemanha, o socialismo também cresce.As pessoas tinham medo, pavor, pânico que ocorre lá o que tinha acontecido na Rússia. Discurso anti-comunista era muito forte. Militantes comunistas eram perseguidos, e quando Mussolini chegou ao poder, ele prendeu vários deles. Restringem a participação dos operários. Minimizam relações com EUA e Inglaterra, que eram muito mais fortes, para solucionar a crise e ter melhorias na qualidade de vida da população. Na Itália há o Biênio Vermelho, quando vários socialistas foram eleitos; havia greves gerais, e faziam as pessoas acreditarem que estavam à beira de uma revolução socialista. Esses regimes de extrema direita ou ultranacionalista buscam no império romano um histórico de glória da Itália e da Alemanha para vangloriar e criar um ideal de superioridade aos vizinhos. A presença dos estrangeiros é sempre um problema a essas nações, principalmente por conta do nacionalismo. Características gerais: tende a emergir em momentos de crise, minadas as possibilidades e forças antifascistas, sociedade de massas e consumo dirigido, dependência do capital financeiro. Colocada como a única solução para a crise. A República de Weimar (1919-1933) A República que assinou o Tratado de Versalhes (devolução da Alsácia-Lorena, devolução de regiões à Polônia, destituição das colônias, proibição de união com a Áustria, redução do exército alemão, exigência da entrega dos “criminosos de guerra, inclusive o ex-imperador, para julgamento, responsabilização pela agressão”) e matou a Alemanha. Regime de centro-direita, mas regime liberal. Durante década de 1920, república tenta se recuperar economicamente com solicitação de créditos. República Alemanha estava dependente dos empréstimos norte-americanos, mas eles não solucionavam a crise. Nesse período a crise foi muito acentuada e houve mobilização dos trabalhadores. Crise de 29, crise de superprodução e subconsumo: dívidas contraídas durante a guerra, altíssimo desenvolvimento da economia dos EUA, falta de demanda para uma expansão duradoura, expansão do crédito, inadimplência e maior diminuição da demanda. A queda no padrão é muito grande, e eles começam a não pagar os empréstimos, as casas, etc, e o grau de inadimplência aumenta muito. EUA era fornecedor da Primeira Guerra (no início para os dois lados; depois só para a tríplice aliança) e inexistiam batalhas no seu território. União Europeia
  • 18. consumia muita coisa que era produzida nos EUA. A demanda era muito grande e, com a melhor da Inglaterra, da França, a demanda começa a diminuir. Como consequência da Primeira Guerra, os EUA assumem a liderança e passam a ser mais fortes que os países da Europa. Antes da Primeira Guerra, eles não interferiam em conflitos fora do território. Quando os EUA quebram, todas as economias que dependiam deles quebram também. A URSS, como não tinha relação dependente com EUA, não quebra e apresenta crescimento econômico. New Deal: presidente cria pacote para sair da crise. Retração econômica >> desemprego >> subconsumo >> retração econômica Em 1932 houve eleições, e Hitler perdeu. Como o partido de Hitler tinha poder, o presidente chama Hitler para ocupar o cargo de primeiro ministro. Em 1933, quando o presidente morre, o Hitler funde os dois cargos, de legislativo e executivo, e encerra a República de Weimar. Acaba com o Congresso e está com o Estado todo na mão em 1934. Condições do crescimento do partido: regime democrático ineficaz diante da crise, poderoso movimento dos trabalhadores, nacionalismo hipertrofiado – glórias de um passado remoto, crise econômica, liderança política que encarnou os sentimentos nacionais. 12/09/2013 25 pontos (sintetizados) do nazismo, de 1920, quando o partido foi fundado: reunião de todos os alemães na Grande Alemanha; abolição do Tratado de Versalhes; reivindicação do espaço vital; definição de cidadão: só quem for de sangue alemão; exclusão dos judeus da comunidade alemã; quem não for cidadão estará sujeito às leis dos estrangeiros; quem não for cidadão será expulso no caso do Estado não estar em condições de assegurar alimento à comunidade alemã; os cargos públicos estão reservados aos cidadão; direito e dever de trabalho iguais para os cidadãos; todo cidadão deve produzir em nível intelectual e manual a favor da comunidade; abolição das rendas não derivadas do trabalho (crítica a bancos, juros, empréstimos; você tem que ganhar dinheiro com o seu trabalho, seu esforço e não com o lucro; de acordo com os nazistas, eram os judeus que internacionalizam o capital, jogavam o dinheiro para fora do país; judeu é estrangeiro, desnacionalizado); recuperação total de todos os lucros oriundos da guerra; nacionalização das indústrias monopolistas; participação no lucro das grandes empresas; ampliação da aposentadoria; fortalecimento econômico e físico da classe média – incremento de sua qualidade de vida; reforma agrária de acordo com os interesses nacionais; punição (pena de morte) aos usurários, traficantes; substituição do direito romano pelo germânico; reforma no sistema educacional num sentido de nacionalismo voltado aos setores médios e baixos (desenvolvimento do nacionalismo e aptidão física e
  • 19. perde caráter humanista e conteudista); proteção da mãe, da criança e do jovem (fortalecido pela educação física); criação de um exército popular; controle da imprensa e cultura; liberdade de credo dentro do cristianismo, combate ao judaísmo e reforço da ideia da coletividade nacional acima da individual; criação de um Reich com autoridade forte e centralizada. Conceito de cidadania dada pela raça. Leis, políticas diferentes para cidadãos e estrangeiros. Contra os judeus por quê: partido nazista era cristão. Comunidade desnacionalizada, que estava espalhada pelo mundo e usava o capital para usufruto da comunidade judaica e não da nação alemã. Rio, 17/09/2013 Testemunhas de jeová, homossexuais, adversários políticos, etc, também eram perseguidos e enviados a KZ. A exclusividade dos judeus era a solução final/a câmara de gás. A nação está à frente do indivíduo. A nação é uma entidade supraindividual. Os indivíduos devem orientar os esforços de trabalho, a ideologia, etc, em prol da comunidade nacional, pautada pela raça. O sacrifício, o esforço vale para a comunidade ariana. Raça como um conceito biológico, e não como identidade cultural e étnica. Raça como conceito biológico e hierarquizada. Ideia de moral nacional, e não moral individual. Os arianos era considerados homens. Os outros eram subhomem ou não-homem. Mein Kampf: o objetivo supremo do judeu é desnacionalizar os outros povos, abastardá-los através de uma mistura geral, baixar o nível racional das elites, dominar esse caos étnico, eliminando as inteligências racistas e substituindo-as por elementos do seu próprio povo. (...) O judeu vive como um parasita que prospera com os recursos das outras nações.” Usar os meios da cultura para consolidar uma sustentação política. Domínio dos meios para controlar os espaços de debate e a circulação de informações. Propaganda do Hitler trabalha com censura e massificação das ideias. Desde o Mein Kampf, a propaganda tem papel forte dentro do partido de difundir a cultura. Assim eles querem disseminar as ideias e consolidá-las. Agitação, repetição, propaganda. Contexto de crise, crise da democracia, do livre mercado, de representatividade. Propaganda dirigida às massas. No século 19, a política era muito elitizada. A elite falando para a elite. Aquele discurso foi substituído para o discurso prático voltado para as massas. Convencimento pelo sentimento, e não pela reflexão, pela razão.
  • 20. Temas da propaganda: modernização promovida pelo partido nazista, os programas do partido (mulheres ligadas a Igreja, cozinha e criança, por exemplo), orgulho nacional, paradas e festivais grandiosos. Faz reforma total do ensino básico e caça professores e alunos do ensino superior problemáticos (esquerdistas, comunistas, judeus) . “A meta do Estado popular tem de ser a orientação de seu trabalho educacional não para o simples fim de ministrar conhecimentos, mas para criar e treinar corpos saudáveis”. Queriam que as pessoas fossem saudáveis não só para poder participar da guerra, ser trabalhador ou soldado, mas também para ter filhos saudáveis, etc. Mais vale uma pessoa fisicamente saudável, caráter bom e estável mais vale do que uma pessoa fraca e de elevada cultura. Novas escolas: Escola Adolf Hitler; Escolas Superiores de Chefia (NAPOLA; para formar pessoas que iam gerir o capital e o Estado). Filmes “O triunfo da vontade” e “Arquitetura da destruição”. Discurso do Hitler para a juventude: obediência, sacrifício nacional, juventude. Em fevereiro de 1933, toda a Alemanha se encontrava em campanha eleitoral. o povo estava convocado para definir, no dia 5 de março, a nova composição do Reichstag, o parlamento nacional. No entanto, apenas um único assunto dominava o debate político: o recente incêndio da sede do Reichstag e a suposta tentativa de golpe por parte dos comunistas. O chanceler do Reich Adolf Hitler e outras lideranças nacional-socialistas exploraram esse tema em suas campanhas, atiçando propositalmente o temor de uma revolução comunista. Numa onda de terror nunca antes vista, Hitler e seus asseclas disseminavam o medo e o pânico por todo o país. No país reinava o estado de exceção político, desde o incêndio do Reichstag, em 27 de fevereiro de 1933. Seguranças altamente armados patrulhavam prédios públicos, a polícia procurava por suspeitos nos trens de passageiros. Nas ruas, soldados da tropa de ataque nazista SA caçavam os inimigos do regime, com a ajuda de policiais. E achar inimigos era coisa fácil. Pois, desde que o presidente do Reich, Paul von Hindenburg, assinara o documento que ficou conhecido como "Decreto do
  • 21. Incêndio do Reichstag", os direitos fundamentais garantidos pela Constituição estavam suspensos e nulos. Os comunistas eram o principal alvo dos nacional-socialistas. O patrimônio do Partido Comunista da Alemanha (KPD) fora confiscado e os jornais comunistas sumariamente proibidos. Milhares de partidários do KPD, mas também socialdemocratas, foram presos ou obrigados a fugir para o exterior. "Aqui não tenho que exercer justiça, mas apenas que exterminar e erradicar", afirmava Hermann Göring, então chefe da polícia prussiana. Ao mesmo tempo, os nazistas ativavam sua máquina de propaganda. O ministro Joseph Goebbels declarou o 5 de março, data das eleições, "Dia da Nação que Desperta". Enquanto se atiçava o medo de um golpe comunista, Adolf Hitler era estilizado como salvador da pátria. Com grande sucesso: "É preciso apoiá-lo agora em sua causa, com todos os meios", exortava em Hamburgo uma adepta do NSDAP, o partido nacional-socialista. Os nazistas empregavam todos os meios modernos em sua campanha eleitoral. No rádio, no cinema ou por via aérea, Hitler era onipresente em todo o território do Reich. Em 4 de março, um dia antes da fatídica votação, ele proferiu um discurso final em Kaliningrado, Prússia Oriental. Por sua vez, os adversários políticos, como os social-democratas, tinham sua campanha eleitoral dificultada com violência: membros da SA invadiam seus comícios e espancavam os participantes, enquanto a polícia assistia impassível. Redações dos jornais de oposição eram devastadas e destruídas. Esses atos de terror deixaram um saldo de 69 mortos. O "popular" Hitler No dia 5 de março de 1933, um domingo, hordas de alemães se deslocaram rumo às urnas. A participação nas eleições foi elevada, quase 89%. Hitler contava com uma vitória esmagadora, mas os alemães iriam decepcioná-lo: apenas 43,9% dos votos foram para o NSDAP, o que significava 288 dos 647 assentos do Reichstag. Embora os nazistas tivessem obtido um crescimento de quase 11% em relação ao pleito anterior, também dessa vez o percentual atingido não bastava que governassem sozinhos. Além disso, apesar de todo o terror pré-eleições, o KPD saiu com 12,3% dos votos, e os social-democratas do SPD com admiráveis 18,3%.
  • 22. No entanto, a oposição não conseguiu tirar das mãos dos nazistas o poder parlamentar. Junto com seus outros parceiros, os nazistas dispunham de maioria estável para governar. E Hitler ainda tinha a seu favor o fato de o partido ter sido eleito com votos de todas as classes e camadas sociais. O NSDAP se tornara um verdadeiro Volkspartei, um "partido do povo". Grande parte dos antigos abstinentes haviam agora apoiado a legenda nazista. Caráter puramente simbólico Paul von Hindenburg: também presente na propaganda dos nazistas Mas o resultado das últimas eleições do Reich alemão ainda meio livres, embora antecedidas por um terror sem precedentes, só teve significado simbólico: os mandatos dos deputados comunistas foram cassados, e o SPD viria a ser proibido pouco depois. Enquanto isso, o regime nazista ampliava sua política de terror, que em breve se estenderia também aos judeus. Em seu diário, o então professor alemão de origem judaica Victor Klemperer descreveu com resignação o ocaso da moral e da liberdade dos alemães, que se dava praticamente sem qualquer resistência: "É surpreendente como tudo pode desmoronar tão rapidamente".
  • 23. Afinal de contas, no pleito do 5 de março, os alemães ainda haviam podido escolher entre diferentes facções políticas. Nas eleições seguintes, em novembro de 1933, só havia um único partido: o dos nazistas. Rio, 19/09/2013 Estereótipo dos judeus construído nos cartazes: gordo, narigudo, rosto feio, cartola de banqueiro, estrela de david. Universum Film Aktien Gesellschaft – UFA Produtora que faz filmes culturais começou cobrindo grandes eventos, paradas cívicas, convenções que também serviam de propaganda. Depois fez filmes, como O Judeu, etc. Na década de 30, começou a fazer outro tipo de filme, filme de entretenimento que retratavam um ideal de família, de trabalhador. Todos os conceitos que estavam sendo ali reproduzidos todos os dias. Conjunto de valores é repetido. Trabalhador herói, que trabalha pela pátria, que trabalha mais do que precisa pela Alemanha, valorização da família, da Alemanha, da raça ariana, etc. Os alemães Adorno e Benjamin falam da reprodutibilidade técnica, falam da mídia na década de 30. Adorno passa muito tempo falando sobre cinema. Como as imagens pesam, como funciona o fato de você estar desarmado para o debate político, etc. O Benjamin já vai por outro caminho. Os principais meios são as técnicas mais ágeis e velozes com aparência mais moderna. Rádio, cartaz, cinema, etc. Não é pintura, quadro, etc. O grande braço direito do Hitler era o ministro da Propaganda. Principais características: estética romântica e tradicional; o mito da beleza na construção do novo homem; valorização do trabalhador heroico – enobrecimento; construção de auto-identificação do povo; caricaturas dos “inimigos” do povo (judeus e comunistas); e panos de fundo – modernidade. Ideia do nazismo como religião cívica. Recuperação da Alemanha, os mitos. Modelo político pautado pela esperança, pelo sentimento, e não pela reflexão, pela razão. Filme “Eu fui secretária do Hitler/Hitler’s secretary (2002)”. O processo de convencimento foi muito grande. Tomava a consciência. Dizia para as pessoas não se preocupassem, porque ele tomaria a culpa. Ele se dizia responsável pelo ocorrido. Militarização da política, uma das características do nazismo. Obediência, sacrifício nacional, disciplina. Doutrinação das pessoas. Super-positivista por causa do nacionalismo, da ideia de união, etc. Texto: “chegaram, pegaram um comunista. Eu não sou comunista; não me importei. Chegaram, pegaram um judeu. Eu não sou judeu; não me importei, etc”
  • 24. Características principais do nazismo: coletivista (diferente de igualitária. Comunidade do povo. A nação era a principal maneira de você se realizar socialmente); transpersonalismo (comunidade como forma de vida. Você trabalha pela transformação da Alemanha); Estado como um meio (conservar e melhorar a raça); culto da força e da vontade de poder; etc. As massas são femininas e burras e, portanto, não sabem refletir Reflexão para comparar o filme “A Onda” com o nazismo. Outra ideia é fazer reflexão sobre a literatura de oposição (Bertolt Brecht – Cruz de Giz, Primo Levi). A data de entrega é dia 01/10/2013. A Segunda Guerra Mundial (1939-1945) Como a política se efetivou e se expandiu na Europa? Durante os dois primeiros anos da guerra, Hitler se espalhava e só a partir de 1942 começa a se retrair. Os problemas colocados na Primeira Guerra têm uma essência que se repete na Segunda Guerra. Em alguma medida, esses problemas se repetem. A solução da Primeira Guerra não garantiu a paz, não garantiu a solução dos problemas. Questão do território que precisam resolver para o desenvolvimento. Questão nacional também. Isso empurra a Alemanha para a guerra. Há a Revolução Russa, a Crise de 29. A expansão nazista começa em 1935 e dá sinais em 1934. O período entre guerra não foi de paz garantida. Era equilíbrio muito estável. Os EUA não reconhecem a Liga das Nações, o embrião da ONU. E se retiram da liga. O acordo proposto por ele, 14 pontos, não foi aceito pelos países. A URSS também não entra. Esses dois não reconhecem aquele acordo de paz. Tratado de Versalhes é problema para nacionalismo alemão. Alemanha era subestimada. Não reação dos países não-europeus, porque uma crise econômica que faz com estados não queiram arcar com nova guerra. Ter um país anticomunista vizinho da URSS para bloquear o avanço do comunismo era interessante para Inglaterra e França. A presença soviética é um problema para a Europa até 1991. Essa nova geopolítica europeia estilo a não-reação dos países europeus. Em outubro de 1933, Hitler dá indícios de que iria começar a expansão nazista. Ele retira a Alemanha da Conferência de Genebra sobre o desarmamento e depois, da Liga das Nações. Descumpre o Tratado de Versalhes ao invadir a Áustria. Em março de 1935, ele apoia em aliança com Mussolini a invasão da Etiópia. Inglaterra reconhece o direito da Alemanha a ter Marinha. Não tinha desde o Bloqueio de Guerra, quando a Alemanha bombardeava navios com alimentos, etc, que iam para a Inglaterra com o objetivo de enfraquecer o país e fazê-lo desistir. (ver no power point sobre alianças, nazismo na europa, aliança roma-berlim em 1936; e março de 1935)
  • 25. Na Conferência de Munique, em 1938, Hitler pede o território dos Sudetos, onde, de acordo com ele, viviam vários arianos. França e Inglaterra cedem. Era a expansão da Alemanha sobre a Tchecoslováquia. Stalin vê e pensa que a Europa está se unindo contra ele e sugere um pacto. Alemanha não entra na URSS. E URSS não entra na Alemanha. Isso foi assinado logo depois da Conferência de Munique. URSS só entra na guerra em 1941, quando Hitler quebra o pacto. Consegue segurar a URSS um tempão enquanto ele se expande na Europa. Quando ele invade a Polônia dá em guerra. Até 1939, havia a política do apazinguamento. Os países do ocidente preferiam ceder a Hitler para evitar chances de guerra. A Inglaterra tenta dar um freio. Diz que, se invadir Polônia, ela iria invadir a Alemanha. Ela é seguida pela França. Neste momento Japão e EUA não estavam envolvidos na guerra. As colônias têm papel importante, porque eles usam muitos recursos humanos – soldados, etc. Há uma liga, por exemplo, que começa a enviar exército para os Aliados. Antes da Primeira Guerra, tinha sido colônia da Alemanha, e eles diziam que eram mais explorados. Não queriam voltar a ser da Alemanha e reforçaram os Aliados. Inglaterra e França tentam bloquear economicamente a Alemanha, em vez de gastar mais recursos para o confronto. Daí a Alemanha parte para outros territórios estratégicos, como a região da Noruega, e essa política não adianta nada. Lá tinha materiais importantes para a indústria bélica. Alemanha ocupa esses territórios e usufrui dos recursos. Arma-se para invadir a França. Em 1940, entram em território francês. Nesse mesmo ano de 1940, Churchill é eleito na Inglaterra e diz que bloqueio não está adiantando. Churchill é quem rompe com política do apazinguamento e sugere aliança contra o nazismo. Em 1940, entramos na segunda etapa da Guerra. França fica dividida em duas partes. Norte ocupado. Primeiro ministro tenta transferir a capital para o Sul e pensa em transferir a cede do Estado francês para a África. Primeiro ministro renuncia por conta da crise econômica e da incapacidade de lidar com o processo de invasão. França colaboracionista, chamada de Vichy, francês que colaboravam com o nazismo. França da África, os resistentes, tem se organizar com o general De Boille. Inglaterra fica isolada nesse contexto europeu. Tentam ofensivas para conter o exército alemão. Hitler quebra o pacto de não agressão à URSS em 1941 e abre a frente oriental. O exército alemão tinha superioridade bélica grande e tática de guerra do Blitzkrieg. Concentravam-se num ou poucos pontos e invadiam nesse ponto absurdamente. O pessoal da URSS saqueava os lugares, queimava abrigos e, quando os alemão chegavam à cidade, eles não arrumavam forma de subsistência. Os alemães vão entrando na URSS e os soviéticos também. Stalin vai expurgar o partido aqueles que participaram da revolução, os principais comandantes do exército. Temperatura era muito fria na Rússia, e
  • 26. exército alemão não estava preparado para tanto frio. O tanque alemão não funcionava direito nesse frio, etc, então a guerra ia se transformando numa guerra normal. E o exército soviético ganha do exército de Hitler. Hitler começa a recuar. Em 1940, Japão já tinha se aproximado da Alemanha. Ele só vai fazer os principais movimentos, porém, em 1941, quando ele ataca a base no Oceano Pacífico. Japão foi um dos dois (o outro foi a URSS) que cresceu na década de 1930. Precisa, porém, de matérias primas porque estava sempre na mão de outros países, como os Estados Unidos. Começa a se interessar em garantir esse mercado com colônia. Ele vai para cima das ilhas do Pacífico para expandir o território. Japão entra na guerra ao lado da Alemanha porque era contra a URSS. O Japão invade a base militar dos EUA e mata 3700 pessoas em 1941. Com a invasão de um território sem declaração de guerra e a Alemanha tenho conquistado todos os territórios da Europa à exceção da Inglaterra (medo de ela partir para o Oceano Atlântico), os EUA rompem com política de isolacionismo e entram na guerra. A Inglaterra, os EUA e URSS assinam em janeiro de 1942 pacto Declaração das Nações Unidas que vai dar origem à ONU. Roosevelt, Statin e Churchill juntos. Em 1942, começam a conseguir a derrota do Eixo. Os EUA no Pacífico com a política “saltar de ilha em ilha”. URSS ataca Berlim. Já a Inglaterra vai pela África. Ocorre também o Dia D (dia do desembarque na Normandia, França, quando quantidade imensa de soldados desembarcavam para tirar o nazismo. 3,5 milhões soldados. Inglaterra, EUA e URSS estão unido. Em 1944, conseguem entrar no território alemão) com mais invasões do território alemão. Inglaterra sobe pela Itália e começam a desfascilização da Itália. Mussolini é pego e assassinado pela própria resistência quando tentava fugir em 1943. A resistência entrega o corpo dele para a população. Guerra começa a se encaminhar para o fim. Alemanha vai ser dividida em quatro (França, Inglaterra, URSS e EUA). Berlin também é dividida em quatro. Neste momento, os EUA e a Inglaterra cedem para a URSS territórios como a Polônia, Lituânia, Letônia, Tchecoslováquia. Os EUA ficam com o resto da Europa, com mais vantagens que a URSS. Divisão das zonas de influências. Em 1944, entram no território alemão, Hitler se mata, Alemanha se rende. Passam a negociar com Japão. Japão já tinha demonstrado interesse em assinar tratado de paz sem militarização. EUA recebem notícia sobre o Projeto Manhattan. EUA lançam duas bombas atômicas sobre o Japão, que estava absolutamente controlado. EUA lançam bombas no Japão demonstrando força para, especialmente, a URSS. Depois Japão assina tratado. Projeto Manhattan era projeto de pesquisa secreta sobre a bomba atômica. Roosevelt recebe a notícia que ele tinha sido bem sucedido, daí eles resolvem usar a bomba atômica. Significados históricos: Países que entraram em guerra: 72;
  • 27. Mobilizados: 110 milhões; Mortos: 50 milhões; Mutilados: 28 milhões; Bombardeios aéreos: 74.172 sobre a Inglaterra e 1.352.000 sobre o Terceiro Reich; Baixas gerais: 28.630.000; Gastos militares: 1 trilhão e 385 bilhões de dólares. Rio, 26/09/2013 Doutor Fantástico: filme na próxima aula + comentário. Significados históricos do fim da 2a Guerra: aumento do território da URSS (em fevereiro de 1945 há conferência que será ratificada pela de junho de 1945, antes das bombas, antes de acabar a guerra, para a divisão do mundo para a URSS conseguir repúblicas do cordão sanitário como zona de influência); aumento da importância histórica da URSS; divisão da Alemanha em quatro zonas de influência [divisão da Alemanha em quatro influências. Em 1949, as partes capitalistas se juntam formando uma parte da Alemanha chamada Budesrepublik Deutschland (BRD); e a da URSS formando a Deutsche Demokratische Republik (DDR)]; estabilização da democracia liberal (antes havia crise de representação); participação civil e ampliação do uso da propaganda. Cartaz de incentivo a japonês tirar dia de folga, porque naquela época precisavam as indústrias movendo a todo o vapor. Então a Texaco fez campanha para debochar dos japoneses e incentivá-los a diminuir o ritmo. Capaz de incentivo para as mulheres saírem de casa e irem para o cargo de trabalho já que os homens tinham ido para a guerra. Capaz de incentivo às pessoas a darem carona, a gastar menos combustível para o exército poder ter mais petróleo e usar na guerra. Portanto, “quanto você dirige sozinho, você dirige com Hitler”, ou seja, você está ajudando aos nazistas. “Participe de um clube de compartilhamento de carro hoje”. Outros significados históricos: generalização do anti-imperalismo na Ásia (sentimento anticoloniar; Inglaterra e França saem da guerra devendo tanto. Começam a lutar pela independência. Até então a África era quase toda colonizada e várias partes da Ásia, daí o sentimento de anti-imperalismo se fortalece. Guerras civis lá vêm mais depois já da formação do Estado do que durante a independência); fortalecimento dos movimentos internacionais – resistência (começam lutas de descolonização, libertação); guerra ideológica (primeiro conflito com características ideológicas, e não somente disputa por recursos ou territórios). Vantagens dos EUA no pós-1945: Militares; Financeira-comercial: Conferência de Bretton Woods (1944); Criação do Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (1946);
  • 28. Avanço tecnológico e monopólio dos bens materiais, inclusive de estoques de alimentos; Diplomáticas-ONU: Organiza relações diplomáticas e intervenções americanas nos países capitalistas; muitos países ainda não eram signatários da organização; restrito a países parceiros dos EUA Territoriais: Conferência de Yalta, fevereiro de 1945 (dá à URSS o cordão sanitário); Conferência de Potsdam, julho de 1945 (o conflito se torna explícito, apesar de as raízes serem anteriores): Afirmação da bomba atômica contra a URSS (Truman); Memorandum secreto (Churchill); Divisão das áreas de influência. Anos 1940 – PAX (significa período de maior expansão) Americana: Suspensão da ajuda à URSS e do pagamento de indenizações da Alemanha para a URSS; Brado anticomunista de Churchill (celebra vitória dos conservadores no Congresso o que estimula a intervenção noutros países e o armamento); Criação da CIA – Agência de Informação e Espionagem; Planos de apoio econômico: Doutrina Truman, 1947; Plano Marshall (plano de ajuda econômica para a restruturação dos países europeus. Empréstimos com baixos juros para a compra de materiais americanos; matérias primas, maquinário, etc, americanos. Ajuda condicionada que eles eliminassem quaisquer membros dos partidos socialista ou comunista. Em 1961, fazem outro plano com medo da Revolução Cubana chamado Aliança xxx?!): Empréstimos a juros baixos para a Europa; Parceria e abertura econômica para os EUA; Divisão internacional do trabalho na Europa; Mitos mobilizadores: “A ameaça soviética”; “Defesa do mundo livre”. Ajuda condicional Propaganda capitalista: O apoio da opinião pública à política de rearmamento; Ideia de um inimigo externo como eixo da união do bloco.
  • 29. OTAN – 1949: Organização militar formada principalmente por soldados dos EUA, mas tida como organização mundial com gente de vários países. Tropas da OTAN que impedem avanços comunistas. Interferem na Correia, em Portugal, etc. Documentário Spartacus (1960) exibido. Pessoas ligadas à esquerda (perseguição política) foram presos por desacato já que não responderam a perguntas. Daí fizeram esse filme questionando a prisão desses caras (há provas?) com depoimentos. Filme “Boa noite, boa sorte”. Rio, 1/10/2013 Guerra Fria: aprofundamento e mundialização do conflito (anos 1950/1960) 1. Anos 1950 1949 – Revolução Popular na China; 1950/53 – Guerra da Coreia (recuo dos EUA; distensão); 1955 – Conferência Bandung (3o mundo – não-alinhamento); Pós 1955 – recuperação Europa e Japão; Bloco capitalista, Estado de bem-estar social / consumismo / cultura de massa. 2. Anos 1960 1959 – Revolução Cubana; Baía dos Porcos (1961) e Crise dos Mísseis (1962); Operação Condor e ditaduras latino-americanas; Corrida espacial; 1961: Muro de Berlim; Independência África; Contracultura; Guerra do Viatnã. No período da Guerra Fria, mais perto do dia 1949, os Estados Unidos criam ambiente favorável ao armamento. De 1935 a 1947, a URSS não aposta num conflito real. Não acredita que pode haver conflito direto. A União Soviética tinha um dos maiores exércitos e, quando acaba a guerra, a URSS quer deslocar esses caras e colocá-los no setor produtivo. Queriam fazer frente ao bloco capitalista fortalecendo a URSS, daí os países se inspirariam no socialismo, e a URSS auxiliar na mudança para o socialismo. A estratégia muda porque os EUA ocupam uma parte do Irã perto da URSS, em 1946, aliado ao governo iraniano do período. Os EUA estavam armados. Efeito Irã: a URSS fica com medo de eles entrarem pelas fronteiras via Irã e corre atrás de se armar. Esse armamento começa em 1947 e já em 1948, ela tem a bomba atômica. A URSS começa as respostas já em 1947, quando há a Criação da Kominform, uma espécie de CIA da união, uma agência de informação a respeito de movimentação de países comunistas e tentar
  • 30. descobrir as políticas de países capitalistas. Em 1949, criam o Comecon, um plano econômico para ajudar demais países socialistas. O Comecon, em menor escala, já que tinha menos dinheiro envolvido, é uma espécie de Plano Marshall. Em 1948, a parte BRD da Alemanha começa a se armar, e Stalin decide fazer bloqueio terrestre em Berlim. O episódio de Praga ocorre, em 1948, quando há troca de governo. Membros do partido socialista são eleitos, e isso é propagandeado no mundo capitalista como golpe de estado. Os episódios de Praga e Berlim lembram a expansão territorial, e eles associam isso ao nazismo. Já tinham consciência de levar democracia, defender o mundo livre, etc, e esse discurso vai ser batido na Guerra Fria pelos EUA. Período de maior austeridade econômica na URSS, porque vão ter que desviar recursos para a produção de armamentos, etc. Investimento é direcionado para gastos militares. Cria rompo na economia, e eles não conseguem mais se recuperar. Ficam para trás depois na corrida tecnológica. Até então não existia uma defasagem muito grande. Em 1949, China promove socialismo popular. Tem política relativamente independente da URSS. A presença da China no contexto da guerra fria é importante para os socialistas nesse período. Durante década de 50 e parte da década de 60, ela é importante aliada da URSS. Coreia estava ocupada pelo Japão. As zonas de influências do Japão foi divida entre URSS e EUA. O Japão é dividido em duas partes, duas zonas de influências. O Norte fica com a URSS; o Sul, com os EUA. O conflito começa quando a parte Sul não começa as eleições. O povo do Norte estava com expectativa de ganhar as eleições e promover a unificação. O Norte começa intervenção militar no Sul. Várias tropas da OTAN (soldados americanos) intervém no conflito. Tiram tropas do Norte da parte do Sul e começam a empurrar para cima. Quando chegam perto da fronteira com a China, o exército chinês começam a descer a Coreia. Nesse período, a opinião pública começa a se voltar contra a Guerra Fria. Mais de 4 milhões de pessoas morrem. Pessoas passam a ser contra a intervenção, o armamento, etc. Vem o movimento hippie, o pacifismo, etc. Depois da Guerra da Coreia, esse pensamento aumenta muito. Na década de 1950, a Alemanha Ocidental passa a ter relações diplomáticas com a Alemanha Oriental. Conferência de Bandung: 29 países recém independentes da Ásia, África e alguns da América Latina declaram que não vão se alinhar ao bloco capitalista nem ao socialista. Criam o terceiro mundo. As tensões se acirram quando Kennedy era o presidente. Cuba vivia uma ditadura bastante próxima dos EUA. Em 1959, eles conseguem chegar ao poder, marcham sobre Havana, conquistam cidade e chegar a Havana e conquistam o poder. É o auge da Revolução Cubana. É um problema para os EUA, pois está ali próximo. Caras tinha discurso anti-imperalista, anti-imperalista americano. A revolução vira o exemplo para a América Latina e passa a ser exemplo de que é possível se livrar das influências americanas. Em 1961, há episódio da Baía dos
  • 31. Portos, quando EUA tentam invadir, mas são impedidos. Cuba se alinha diretamente à URSS. EUA criam o bloqueio econômico. Em 1962, Cuba permite que URSS coloque mísseis apontam para os EUA. Em troca de tirá-los, os EUA fazem acordo de não fazer testes no mar (rsrs?!). A URSS se compromete a diminuir as influências na América Latina. EUA criam a Aliança para o Progresso, com o objetivo de “auxiliar o desenvolvimento”, ou seja, investimento americano para deixar a mercê deles os países da latino americanos. Eles arquitetam as ditaduras latino-americana. Operação Condor: sistema entre as ditaduras militares da América Latina, Chile, Argentina, Uruguai, Brasil e ?. Ditaduras trocavam experiências de técnicas de tortura, caça aos comunistas. Comunistas fugiam para países vizinhos, então o povo do outro país tinha que pegá-lo. Ou mesmo tempo, tinham que lutar contra movimento hippie, pacifismo, movimentos de contra-cultura, etc. No fim da Segunda Guerra Mundial, Quando Hitler sai e a França é restabelecida, o povo do Vietnã começa a exigir mais direito, independência. Desde 1945, o Vietnã está em guerra. Os EUA começam a intervir na década de 1960 não só via OTAN, mas também diretamente. Década de 1960 é a época de corrida espacial e, em 1961, constroem o Muro de Berlim. Filme “Doutor Fantástico”: como o corpo de intelectuais está lidando com o período da Guerra Fria. Filme “O dia que durou 21 anos”, “Condor”. Rio, 08/10/2013 Anos 1950: sociedade de consumo, indústria cultural e “anos dourados” do capitalismo Contexto histórico: 1) Consolidação do Estado de bem-estar social: a) Garantias sociais contra o comunismo; b) “Riqueza” popular: pleno emprego e capacidade de consumo. 2) Fortíssimo desenvolvimento econômico: a) Crescimento da produção industrial e exportações; b) Aumento da produção agrícola/expectativa de vida e demográfico; c) Desenvolvimento tecnológico; Consequência: Sociedade de consumo: produção em série para o mercado de massa altera até mesmo as formas de lazer. 3) Indústria cultural e sociedade de massas
  • 32. Estado garantia o emprego/salário/aposentadoria das pessoas, daí elas passam a poder começar a consumir. Nos outros países, o Estado garantia isso. Aqui, as pessoas tinham o emprego para ganhar dinheiro e pagar educação, saúde, etc. Anos dourados, porque capitalismo ascendeu e ideia de que capitalismo tinha sido reformado (menos selvagem e mais humanidade) para chegar a esse ideal. Tinha bem estar social, etc, e cria ideia de que o capitalismo tinha alcançado o momento ideal. Países socialistas começam a focar na legislação que protege o trabalhador, em vez de estatização, etc. A revolução está mais distante. O Estado de bem estar social começa a ser a busca desses socialistas. Ideia de que capitalismo estava dando certo passa a ser muito difundida. Fazem propaganda do capitalismo via consumo. Uso de televisão e propaganda para difundir esse desejo de consumo. Anos 50 é época de altíssimo desenvolvimento econômico. Garantias dadas aos trabalhadores aumentam o consumo. Desenvolvimento econômico bélico é adaptado para a vida civil, incorporado na vida civil. Também há aumento da produção agrícola, que cresce mais do que a taxa demográfica. Aumento na expectativa de vida por causa da facilidade de acesso à comida. Ou seja, há aumento demográfico. Esses três fatos (crescimento da produção industrial e exportações; aumento da produção agrícola/expectativa de vida e demográfico; e desenvolvimento tecnológico) geram a sociedade de consumo. Observam qual é o papel da cultura nos anos 20, 30. Como as formas de dominação ou de resistência estão emprenhadas na sociedade. Adorno está no contexto de formação. 22/10/2013 Contracultura: cultura contra o senso comum; negar tradição ocidental. Movimento marcado pela atuação da juventude, sendo a maior parte desses jovens universitários. Geração hippie. Uso das drogas e das artes como libertação da consciência (experiência sensitiva e não racional). Forma experimental de conhecer a realidade. Psicodelia nas músicas, nas artes, nas expressões desses caras. Liberdade sexual, de gênero, política. Sociedade que quer participar e decidir o rumo dela. Maio de 1968, na França, é o auge desse processo. Jovens criticam o American Way of Life, sociedade consumista. Busca alternativa de vida nas culturas marginalizadas das Américas. A ideia de uma refundação do que é o estilo de vida americano e, por isso, vamos para a cultura marginalizada, como os guetos. Havia separação espacial bem grande entre a população branca e a negra nos Estados Unidos. Vamos buscar no jazz, na música uma alternativa para essas relações sociais plásticas. “On the road”, de Jack Kerouac, mostra os caras atravessando a América para a conquista do Oeste, que faz parte da identidade nacional americana no processo de formação do país. O livro é a história de um jovem que tem um amigo que vive no underground, já foi preso,
  • 33. usa drogas. Os caras viajam e vão chegando ao Oeste, ao outro lado do país. Nessas viagens, eles relatam a história do país. Jovens se aproximam dos movimentos socialistas. Esse juventude tinha como principal meio de ação as passeatas, as manifestações pacíficas. Desobediência civil, resistência pacífica e método de ação mais localizado. Filme “Estados Unidos sobre John Lennon” Indicação de filme de aluno sobre decepção com socialismo: “Depois de maio” Rock é principal meio de expressão artística. Na década de 1960, o rock não tem relação tão íntima com a expressão política quanto em 1970. Música com crítica ao consumismo, à guerra, a temas que preocupavam a juventude, experiência com drogas. Criticar moral conservadora da década anterior. Defesa dos direitos civis e da liberdade de consciência. Exemplo de música é “Masters of War”, de Bob Dylan. Festivais eram grandes eventos políticos. Coletivismo, vida simples. Os cabelos, as roupas, os pelos são formas de negar a cultura. Discutiam política, usavam drogas, etc, por vários dias. Em Woodstock, você tem aquela cena clássica dos monstros do rock presentes fazendo demonstrações políticas. Aqui no caso, Jimmy Radrix tocando com o som de bomba no fundo. Cinco questões 1. modernidade (desmancha no ar + movimentos artísticos) 2. abordagens da indústria cultural (os meios e as mediações) 3. contra-cultura; movimentos sociais na década de 1960 4. propaganda nazista e realismo/socialismo (texto opcional) 5. maio de 1968 (opcional) Vai ter uma pergunta obrigatória de um dos três textos obrigatórios. A turma tem que escolher mais um outra pergunta. 1. Ideia de modernidade, impactos da primeira guerra, vanguardas artísticas. Saber de ideia geral impacto e o que foi a Primeira Guerra. Vanguardas artísticas. 2. A ideologia nazista a partir da propaganda de Hitler para disseminar. O uso da propaganda pelo Stalin. Em qual contexto isso ocorreu e o uso da cultura. 3. Contexto histórico e o produto cultural daquele contexto. Como ao longo do século a abordagem no século 20 muda. Por que ela muda? Qual é o contexto do Adorno e o de Roosevelt? O que o Barbeiro fala? Nos contextos históricos, por que essa abordagem cultural muda? Entender o processo de modificação do conceito. 4. Comparação entre o American Way of Life e a contracultura. Anos dourados do capitalismo, mostrar como contracultura ataca pilares do senso comum, movimento negro, feminista, homossexualidade, movimento pacifista, ataque ao status quo.
  • 34. 5. Como o Maio de 1968 é o símbolo de toda a década de 60? Inserir o maio de 68 na década de 60 e relacionar o que ocorria na década de 60.