O documento discute tópicos relacionados à gestão financeira de uma empresa, incluindo auditoria de estoques, conferência de caixa, fluxo de caixa, conciliação de cartões e ponto de equilíbrio. Fornece detalhes sobre os procedimentos e importância de cada um destes tópicos para o controle e planejamento financeiro.
3. AUDITORIA DE ESTOQUE
A ênfase deste trabalho se destina aos cuidados que se
deve tomar quando do acompanhamento das contagens
físicas dos estoques, aspectos relacionados à compras,
procedimentos de controle interno adotados pela
empresa, e a importância dos inventários físicos. A
auditoria de estoques requer muito da atenção , pois os
efeitos dos estoques se fazem repercutir na
determinação do capital de giro e no resultado do
exercício, e a determinação de seu valor que envolve
alguns procedimentos contábeis complexos.
4. AUDITORIA DE ESTOQUE
O controle adequado e uma boa organização de estoque permite uma série de
vantagens:
Reduz perdas e furtos materiais
Possibilita conhecer a quantidade necessária de mercadoria para um
determinado período
Evita compras desnecessárias
Garante o suprimento de materiais e evita perda de vendas
Assegura a qualidade e conservação dos materiais
A má administração dos estoques resulta:
Dificuldade para realização dos inventários
Desperdício de espaços físicos
Deteriorização de mercadorias
5. AUDITORIA DE ESTOQUE
Na Afins Cosméticos trabalhamos com dois tipos de contagem:
Contagem Parcial
Feita por amostragem, escolhe de 20 a 30% dos itens
aleatoriamente dando preferência para os produtos de curva A,
em seguida faz uma recontagem dos itens divergentes e ajusta o
estoque parcialmente, contabilizando os custos dentro do DRE e
se necessário penalizando os responsáveis.
Contagem Mensal
Feita a cada três meses com todos os produtos, lançada
diretamente no sistema Jetro, contabilizando os custos dentro do
DRE e se necessário penalizando os responsáveis.
6. CURVA ABC DE PRODUTOS
A Curva ABC de produtos significa ordem de prioridades
dos materiais estocados, que são separados em três
classe distintas:
Classe A: de maior importância, valor ou quantidade,
correspondendo a 20% do total;
Classe B: com importância, quantidade ou valor
intermediário, correspondendo a 30% do total;
Classe C: de menor importância, valor ou quantidade,
correspondendo a 50% do total.
É importante ressaltar que os parâmetros descritos
acima não podem ser encarados como uma regra
matematicamente fixa e exata. Estes itens podem variar
de acordo com o mês, datas comemorativas nos
percentuais descritos. Por isso, é preciso muita atenção
na hora de realizar a análise. Seu objetivo é buscar a
redução de custos sem comprometer o nível de
atendimento ao cliente.
7. CONFERÊNCIA DE CAIXA
A conferência de caixa é um ponto importante para ser analisado pois através dele se
pode ver todas as divergências ocorridas.
Ao final do expediente, conte todos os valores e movimentações realizadas:
Dinheiro (notas e moedas);
Cheques;
Tickets;
Cartões de crédito/débito;
Vale funcionário;
Pagamentos diversos.
Durante a contagem podem aparecer algumas divergências devido a vários motivos,
como: troco incorreto, troca de mercadoria em que não houve baixa, sangrias não
registradas, ausências de outros registros etc.
Justamente pelas divergências que podem ocorrer, é aconselhável que o fechamento de
caixa seja feito no mesmo dia, para diminuir as chances de esquecimento do que foi feito
durante o trabalho.
8. FUNDO DE CAIXA
O fundo de caixa é importante para que as vendedoras não percam
vendas por falta de troco. Tem que ser conferido diariamente na
abertura, passagem de plantão e fechamento para não haver faltas.
Como não trabalhamos com caixa, a própria vendedora é
responsável por passar os produtos no sistema e conferir os valores
constantes no caixa, em caso de faltas a mesma deve repor o valor
da falta.
9. FLUXO DE CAIXA
Fluxo de caixa é um instrumento de que se utiliza o
empresário para conhecer antecipadamente a
capacidade de pagamento ou liquidez da empresa,
através de recursos financeiros, dentro de um
determinado período de tempo .
10. FLUXO DE CAIXA
Desta forma, podemos definir:
Entradas: são receitas de origem
operacional(vendas efetuadas), financeiras(juros
recebidos e empréstimos contraídos) ou outras
quaisquer, por exemplo a venda de algum
bem(imobilizado).
Saídas: são todos os pagamentos realizados pela
empresa, quer seja para cobrir gastos, quer para
pagar investimentos realizados..
Obs: é importante não confundir receita com
faturamento. Exemplo: se foi realizado uma
venda em Julho com o prazo de recebimento para
30 dias, esse valor deverá entrar com receita
apenas em Agosto.
11. OBJETIVO DO FLUXO DE CAIXA
O objetivo do fluxo de caixa é conhecer com antecedência as
dificuldades financeiras, possibilitando o levantamento dos
recursos suficientes para superá-las, com o fim de não
transtornar as operações econômico-financeiras da empresa;
Aplicar os recursos financeiros da melhor forma possível,
ocasionalmente ociosos, visualizando previamente a melhor
opção oferecida pelo mercado especializado;
Manter a adimplência da empresa, saldando as obrigações
financeiras rigorosamente na data do vencimento ;
Desenvolver o controle dos saldos de caixa e dos créditos a
receber pela empresa.
12. IMPORTÂNCIA DO FLUXO DE CAIXA
O fluxo de caixa é um instrumento fundamental para qualquer
empresa porque:
Obriga a empresa a se auto planejar e a trabalhar utilizando-se de
dados estatísticos;
Proporciona uma visão a curto e médio prazo sobre o
desempenho da empresa;
Oferece uma visão para imobilização, quando os dados, mês a
mês, apresentarem índices de crescimento acentuado;
Proporciona tomadas de decisões rápidas, fundamentadas diante
do surgimento de dificuldades financeiras.
13. EQUILÍBRIO FINANCEIRO
Podemos dizer que uma empresa encontra-se em equilíbrio
financeiro quando:
Há permanente equilíbrio entre as entradas e saídas do caixa;
O capital próprio tende a aumentar em relação ao capital de
terceiros;
A rentabilidade do capital empregado é satisfatória;
Há menor necessidade de capital de giro;
Apresenta tendência para aumentar o índice de rotação dos
estoques;
Os prazos médios de recebimento e pagamento tendem a
estabilizar-se;
Não há imobilização excessiva de capital e a existente é
suficiente para o volume necessário de produção e
comercialização;
Não apresenta falta de mercadorias para o atendimento das
vendas.
14. DESEQUILÍBRIO FINANCEIRO
CAUSAS
Excessos de investimentos em estoques ou
itens de baixa rotação;
Prazo médio de recebimento é maior que o
prazo médio de pagamento;
Excesso de imobilizações.
SINTOMAS
Insuficiência crônica de caixa;
Captação sistemática de recursos através de
empréstimos;
Sensação de esforço desmedido.
16. CONCILIAÇÃO DE CARTÕES
A preferência cada vez maior dos consumidores pela utilização dos cartões de
crédito e débito como meio de pagamento, e o crescente aumento das vendas
mediante a facilidade de pagamento, obrigou as empresas do mercado varejista
a investir na conciliação das vendas, ou conciliação das transações de
venda. Afinal, em meio a centenas de transações diárias:
Como ter certeza de que os recebimentos estão corretos?
Será que a taxa de aluguel dos POS está sendo descontada
corretamente?
As taxas aplicadas são as mesmas negociadas em contrato?
Quantos cancelamentos ocorrem por dia?
Quantos estornos ocorrem por dia?
Quantas transações as operadoras deixaram de repassar?
Como comprovarei meus direitos a todos estes recebimentos?
18. CONCILIAÇÃO DE CARTÕES
Etapa 1 – Conciliação de Vendas
A conciliação de vendas consiste em confrontar as informações
contidas no sistema de vendas das empresas com o extrato de
vendas das operadoras de cartão.
O resultado da conciliação de vendas permite acompanhar todas as
transações realizadas no dia anterior, baseando as análises em:
Divergência de valores
Divergência de datas
Vendas canceladas
Chargebacks (estornos)
19. CONCILIAÇÃO DE CARTÕES
Etapa 2 – Conciliação de Pagamentos
A conciliação de pagamentos consiste em confrontar as
informações registradas e projetadas no extrato de vendas das
operadoras, com o extrato de pagamentos das próprias
operadoras de cartão, evidenciando o recebimento de cada
transação projetada.
O resultado da conciliação de Pagamento permite apurar todas
as evidências em relação à todos os aspectos acima da
conciliação de vendas, além de:
Divergências de taxas
Antecipações de pagamentos
20. CONCILIAÇÃO DE CARTÕES
Etapa 3 – Conciliação bancária ou de recebimentos
A conciliação bancária, ou de recebimento, consiste em
confrontar as informações contidas no extrato de pagamento das
operadoras de cartão com extrato de recebimento dos bancos.
O resultado da conciliação bancária informa possíveis
divergências nos valores recebidos em conta, em relação aos
valores informados pelas operadoras nos extratos de pagamento
detalhados. Esta conciliação bancária serve para atestar se toda a
projeção de recebimentos para aquela data corresponde com os
créditos disponibilizados em conta corrente, considerando todos
os descontos possíveis e já previstos nas demais conciliações.
21. CONCILIAÇÃO DE CARTÕES
Mediante ao predomínio dos cartões como meio de pagamentos e
ao crescente aumento das vendas em função da facilidade do
pagamento via cartão, as conciliações de cartão tornaram-se
imprescindíveis para a gestão financeira e principalmente em
relação às obrigações fiscais.
Porém, este cenário revela um grave problema que as empresas
estão enfrentando atualmente, pois uma empresa sem conciliação
de cartão, ou com conciliação manual ineficiente, está exposta a
grandes perdas financeiras, conforme verificados nos vários tipos
de inconsistências possíveis, tais como divergências de valores,
taxas, cancelamentos e principalmente estornos.
23. PONTO DE EQUILÍBRIO
O Ponto de Equilíbrio (PE ou Break Even Point, em
inglês) é o ponto de igualdade financeira entre as
despesas e as receitas totais em um mesmo período.
Por meio dele, você saberá qual deve ser seu
faturamento mínimo mensal para cobrir seus
gastos fixos e variáveis. Esse número é que determinará
qual será a quantidade de vendas a ser alcançada para
obter lucro.
24. PONTO DE EQUILÍBRIO
CUSTOS FIXOS
De uma maneira bem simples, podemos definir os custos fixos
como aqueles que não sofrem alterações influenciadas pelo
volume de vendas. Apesar do nome, não se pode afirmar que estes
custos – que podem também ser classificados como “custos de
estrutura” – jamais estarão sujeitos a qualquer modificação. Um
exemplo clássico é o aluguel, que pode sofrer reajustes em
determinados momentos e ainda assim continuar pertencendo ao
grupo dos custos fixos, já que tais reajustes não estarão
relacionados às oscilações na venda da empresa.
Além do aluguel, são também classificados como custos fixos os
gastos com telefonia, limpeza, manutenção e afins.
25. PONTO DE EQUILÍBRIO
CUSTOS VARIÁVEIS
Os custos variáveis, por sua vez, estão diretamente ligados à
produção da empresa, sofrendo alterações de um período para
outro. O melhor exemplo deste tipo de custo vem das
mercadorias: quanto mais se vende, mais produtos tem que ser
comprados e, portanto, maior é o gasto.
Outros exemplos de custos variáveis são a mão-de-obra direta,
comissões e fretes de venda e insumos diretos.
27. DRE
O que significa uma DRE?
Dentro do meio contábil, uma DRE é a sigla para Demonstração do Resultado do
Exercício. Mas o que seria exatamente isso? Uma DRE é uma ferramenta contábil
em que se reproduz o resumo financeiro dos resultados operacionais e não
operacionais de uma empresa em certo período. Na grande maioria das vezes, o
período determinado corresponde ao ciclo anual de janeiro a dezembro (doze
meses), como exercício financeiro da empresa.
Uma DRE, portanto, vai confrontar os indicadores de receitas, despesas,
investimentos, custos e provisões apurados, evidenciando a formação do
resultado líquido da empresa na ocasião. Para fins legais, basta cumprir a DRE
anualmente, mas não é incomum que sejam feitas DREs mensais simplificadas
para fins administrativos e DREs trimestrais para o monitoramento dos gastos
fiscais.
28. DRE
Como é montada uma DRE?
Uma DRE tem uma sequência bem ordenada de cálculos, que acaba se repetindo em
qualquer demonstração contábil feita para qualquer empresa, independentemente do
porte ou do volume dos fatores ocorridos naquele exercício. Começa-se com o quadro da
receita bruta de vendas, de onde se deduzem as devoluções de vendas, os abatimentos e
descontos comerciais cedidos e os impostos. Já no quadro da receita líquida de vendas,
deduz-se o custo das mercadorias vendidas chegando-se ao lucro bruto.
A partir do montante do lucro bruto, subtraem-se todas as despesas operacionais,
financeiras, comerciais e aquelas gerais ou administrativas. Acrescentam-se aí outras
receitas operacionais, e o resultado será o lucro (ou prejuízo) operacional líquido. A partir
desse saldo, deduzem-se (ou acrescentam-se) os resultados não operacionais, como as
participações de empregados, administradores e partes beneficiárias, por exemplo. Com
isso, chega-se enfim ao lucro (ou prejuízo) líquido do exercício.
Cumprir uma boa gestão financeira na sua empresa vai ajudar a controlar melhor os seus
gastos, a prever certos cenários futuros e a se preparar melhor.
29. IMPORTANTE
A DRE é um procedimento de suma importância
para avaliar a saúde financeira da empresa. Por ser
um relatório relativamente detalhado
a DRE fornece aos administradores importantes
elementos que são fundamentais para tomada de
decisão. Sem as informações fornecidas pela DRE o
administrador não será capaz de avaliar a
verdadeira realidade da empresa.