SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 5
Baixar para ler offline
A primeira forma primitiva de um moinho de vento surgiu com o avanço da 
agricultura e a necessidade de ferramentas auxiliassem o homem a realizar as 
diversas etapas do seu dia a dia, como o beneficiamento dos produtos agrícolas. 
Historicamente, o uso das rodas d’água precede a utilização dos moinhos de 
ventos devido a sua concepção mais simplista de utilização de cursos naturais 
de rios como força motriz. Como não se dispunha de rios em todos os lugares 
para o aproveitamento em rodas d’água, a percepção do vento como fonte 
natural de energia possibilitou o surgimento de moinhos de ventos substituindo 
a força motriz humana ou animal nas atividades agrícolas (Aneel -Agência 
Nacional de Energia Elétrica, apud 
http://www.revistaecoenergia.com.br/images/revistas/edicao13/pg14a19.pdf ). 
O interesse pela energia dos ventos reapareceu, na década de 70, por dois 
motivos principais: a alta dos preços do petróleo nesse período e as dificuldades 
encontradas na operação segura das centrais nucleares. Essas razões fizeram 
com que muitos países se lançassem à procura de novas fontes de energia, 
como alternativas viáveis às fontes tradicionalmente utilizadas. A energia eólica 
apresentou-se como uma das mais viáveis e vários países formularam 
programas muito bem elaborados para o aproveitamento racional dessa fonte de 
energia (VENTOS DO SUL ENERGIA, 2007). 
Atualmente em termos de geração de energia, procura-se auto suficiência em 
geração de energia, aliada a fontes de energias alternativas que supram a 
demanda interna dos países, no caso de uma escassez de combustíveis fósseis 
(IGNATIOS, 2006). 
Esta questão energética vem gerando uma apreensão mundial e ganhando 
sempre mais importância, seja pela questão ambiental, com a necessidade de 
se reduzir a emissão de gases poluentes, e, conseqüentemente, o consumo de 
combustíveis fósseis, seja pelo fato de uma possível e não muito distante, 
diminuição significativa das fontes de energia não-renováveis, o que ocorre com 
o petróleo, um bem finito e que atualmente não mais consegue acompanhar o 
crescimento da demanda (PACHECO, 2006). 
Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em 
movimento. 
A evolução da energia eólica ao longo dos últimos 20 anos mostrou 
significativos progressos tecnológicos e importantes reduções no custo da 
energia gerada. 
O fato de que a energia eólica necessite de políticas específicas para o seu 
desenvolvimento é justificável por duas razões inerentes à sua tecnologia. A 
primeira razão está na sua característica de Fonte Alternativa de Energia – 
FAE e, como já apresentado, a maioria das barreiras que uma FAE precisa 
superar para adquirir amadurecimento no mercado energético de fontes 
convencionais também se enquadra para a energia eólica. A segunda razão é 
que a energia eólica apresenta vantagens que justificam o seu incentivo, 
principalmente as vantagens relativas às externalidades positivas1 da energia 
eólica. Assim, não se deve incentivar a energia eólica somente porque existem 
barreiras para seu desenvolvimento, mas também porque ela apresenta
vantagens que trazem benefícios ao meio ambiente, à otimização do sistema 
de geração de eletricidade, à geração de empregos, entre outras. 
A energia eólica apresenta-se como uma importante opção energética visto os 
baixos impactos ambientais por ela produzidos. O aproveitamento dos ventos 
para geração de energia elétrica apresenta impactos ambientais desfavoráveis 
como por exemplo: impacto visual, ruído, interferência eletromagnética, 
ofuscamento e danos à fauna (EWEA, 2003; DEWI, 1996, 1998; EWEA, 2004; 
ISET, 2004). Essas características aparentemente negativas podem ser 
significativamente minimizadas, e até mesmo eliminadas, através de 
planejamento adequado e também da aplicação de novas tecnologias. Das 
características ambientais positivas da energia eólica podem ser citadas a não 
necessidade do uso da água como elemento motriz ou mesmo como fluido de 
refrigeração, e também a não produção de resíduos radioativos e emissões de 
poluentes atmosféricos. Além disso, 99% de uma área usada em um parque 
eólico pode ser utilizada para outros fins, como a pecuária e atividades 
agrícolas (DEWI, 1996, 2005; CUSTÓDIO, 2004; CARVALHO, 2003). 
Além da utilização de um recurso renovável e abundante, a energia eólica 
também apresenta uma importante característica da não emissão de gases de 
efeito estufa2 durante sua operação. Estudo apresentado pela European Wind 
Energy Association – EWEA (1997) mostra que, quando comparada a outras 
tecnologias renováveis, a turbinas eólicas mostra-se como uma das 
alternativas mais baratas de redução das emissões de CO2 emitido em centrais 
termelétricas convencionais (entre 10 – 12 €/ton CO2 evitados para turbinas 
eólicas acima de 500 kW). 
1 O termo externalidade é utilizado para definir os benefícios ou danos 
causados pela geração de energia elétrica que não são contabilizados nos 
custos privados e consequentemente nos preços da eletricidade gerada. A não 
contabilização de tais custos pode mascarar o real custo da geração, desta 
forma, uma ponderação das externalidades ambientais do mercado 
convencional de energia deve ser realizada de forma a agregar valor aos 
benefícios ao meio ambiente advindos do uso de fontes renováveis como a 
energia eólica. 
2 Gases de efeito estufa são assim denominados porque têm a propriedade de 
reter o calor irradiante da Terra.Existem mais de 70 desses gases, sendo os 
mais importantes, pelas características que possuem, o vapor d’água (H2O), o 
dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o ozônio 
troposférico (O3), o hexafloureto de enxofre (SF6), os clorofluorcarbono 
(CFCs), os hidrofluorcarbonos (HFCs) e os perfluorcarbonos (PFCs) (REIS, 
2004). 
Muitas das limitações tecnológicas da energia eólica no que diz respeito a 
aspectos ambientais foram superadas tornando-a ainda mais favorável sob 
aspectos ambientais. Novas concepções de sistemas de geração e o 
desenvolvimento de ferramentas computacionais para otimização dos 
componentes aerodinâmicos das turbinas eólicas possibilitaram o surgimento 
de máquinas mais potentes, mais silenciosas e mais eficientes4. O
desenvolvimento de ferramentas computacionais possibilita ao projetista uma 
avaliação dos impactos ambientais antes da execução do projeto. Desta forma, 
questões como ruído (turbinas eólicas que utilizam caixa multiplicadora 
apresentam ruído na faixa de 90 a 100 dB no alto da nacele5, (OHDE, 2004)) 
efeito sombra (projeção da turbina eólica no solo ao longo do dia) e impacto 
visual (mudança na paisagem local) podem ser avaliadas e seus impactos 
minimizados através de uma melhor adequação do posicionamento das 
turbinas eólicas no parque.(EWEA, 2004; MANWELL, 2002; RISO, 2006; EMD, 
2006; RESoft, 2006). 
4 Maiores informações sobre o desenvolvimento de turbinas eólicas podem ser 
obtidas através do tutorial tecnológico apresentado no Anexo 1. 
A utilização de ferramentas computacionais de planejamento que apresente 
banco de dados sobre a fauna também possibilita a redução dos riscos de 
mortandade de pássaros através de colisões nas turbinas eólicas. Segundo 
MANWELL (2002), alguns critérios adotados na fase inicial de projeto podem 
reduzir significativamente as probabilidades de ocorrência de mortandades de 
pássaros em turbinas eólicas tais como: evitar corredores migratórios, evitar 
instalações de plantas eólicas em micro-habitats ou reservas; uso de torres 
apropriadas e o uso de transmissão de energia de forma subterrânea. Apesar 
dos dois exemplos mais críticos de mortalidade de pássaros por impactos 
devido a turbinas eólicas em Altamont Pass Califórnia - USA e La Tarifa – 
Espanha onde o planejamento dos projetos não levou em consideração as 
rotas migratórias (BIRDLIFE, 2003; SEGRILLO, 2003; WEC, 1993), a questão 
da mortalidade de pássaros é sujeita à grande discussão (YOUTH, 2003, 
EWEA, 2004). A Western EcoSystems Technology Inc. (2001) mostra estudos 
que entre 100 milhões e 1 bilhão de aves mortas nos Estados Unidos são 
provenientes de colisões em estruturas artificiais como veículos, prédios, 
janelas e torres de comunicação e transmissão de energia. Os valores 
apontados para plantas eólicas representam cerca de 0,01 a 0,02% das 
mortalidades anuais de pássaros nos Estados Unidos. Apesar de ser um 
percentual reduzido, a questão dos pássaros pode ser minimizada através de 
boas práticas já consagradas (EWEA, 2004; UNITED NATIONS, 2002; EU 
Directive 85/337/EEC). 
Ademais, uma importante característica da energia eólica é a possibilidade de 
que, em alguns sítios, o regime dos ventos complemente o regime hídrico de 
rios e bacias nos períodos de seca. Esta complementaridade entre o recurso 
eólico e o hídrico, já constatado em vários países, possibilita que a oferta de 
energia elétrica a partir de hidrelétricas possa ser regulada também por uma 
fonte renovável. 
Apesar de não ser a fonte energética que mais gera empregos, o 
desenvolvimento de indústrias locais para o fornecimento de turbinas eólicas 
pode ser realizado a partir da adoção de políticas de longo prazo. 
Finalmente, uma das mais importantes qualidades da energia eólica está 
justamente da geração de energia elétrica a partir do recurso renovável vento. 
A utilização de recursos renováveis provenientes dos diversos ciclos da 
natureza tem assumido relevância, principalmente devido aos conflitos
geopolíticos que envolvem as fontes de origem fósseis e pelos efeitos de 
aquecimento global. A energia eólica tem se mostrada madura o suficiente para 
uma participação mais agressiva na matriz de geração de energia elétrica 
mundial. Estudos realizados por EWEA e GREENPEACE (2004) mostram a 
viabilidade tanto na disponibilidade de recursos quanto no desenvolvimento 
tecnológico, sendo a energia eólica capar de prover 12% da demanda mundial 
por energia elétrica até 2020. 
Atualmente, as fontes renováveis de energia elétrica, de uma forma geral, 
mostram-se como uma das soluções energéticas para as mudanças climáticas 
globais. Durante o último século, as concentrações de CO2 na atmosfera têm 
aumentado substancialmente. Isto ocorre, em grande parte, devido ao 
incremento do uso dos combustíveis fósseis ao longo do processo do 
desenvolvimento humano, bem como por outros fatores que estão relacionados 
com o aumento da população e ampliação do consumo de bens e serviços, 
além das mudanças registradas quanto ao uso do solo (SILVA, 2006). 
A energia eólica é uma fonte de energia abundante, limpa e renovável, ou seja, 
não existem restrições de extinção do recurso e não causa nenhum tipo de 
impacto ao meio após a implantação de sua estrutura, seja estrutura individual 
ou um parque eólico. No que se refere, a energia eólica, cabe ressaltar que 
pode ser implementada em praticamente todo o planeta, sendo de relativa 
facilidade de implantação, dependendo, é claro, do potencial de ventos, 
incidência solar da região e outras características do espaço geográfico. Esta 
fonte, assim, pode atender tanto a países desenvolvidos quanto a 
subdesenvolvidos. 
No campo legislativo, existem diversas leis, inclusive a Constituição Federal, 
que prevêem que o ambiente deve ser preservado e definem o que é impacto 
ambiental e crime ambiental. Além disso, o Governo Federal, através do 
Ministério de Minas e Energia, possui programas de incentivo, como o 
PROINFA – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica5 
– a introdução de fontes alternativas renováveis na matriz energética 
(Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Escola De Administração 
Departamento De Ciências Administrativas Ana Carolina Lourenzi Barbosa 
AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO USO DA ENERGIA EÓLICA PARA 
USUÁRIOS DE PEQUENO PORTE Porto Alegre 2008). 
O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a éolo, deus dos 
ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento. A 
energia dos ventos é uma abundante fonte de energia renovável, limpa e 
disponível em todos os lugares10. O vento pode ser entendido como 
deslocamentos de massas de ar causados pelas diferenças de aquecimento da 
Terra pela radiação solar, o que constitui, de maneira indireta, uma forma de 
energia solar e representa o resultado da transformação de energia térmica em 
cinética. O aproveitamento da energia dos ventos é chamado de energia eólica. 
O vento usado pela energia eólica é o vento próximo a superfície terrestre 
(CARVALHO, 2003). O vento, atmosfera em movimento, tem sua origem na 
associação entre a energia solar e a rotação planetária. Os regimes de ventos 
são causados pela desigual distribuição de incidência de energia solar na 
superfície da Terra. Todos os planetas envoltos por gases em nosso sistema
solar demonstram a existência de distintas formas de circulação atmosférica e 
apresentam ventos em suas superfícies (MINISTÉRIO DE MINAS E 
ENERGIAS, ELETROBRÁS, 2001). 
Os ventos são gerados pela diferença de temperatura da terra e das águas, 
das planícies e das montanhas, das regiões equatoriais e dos pólos do planeta 
Terra. A quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com as 
estações do ano e as horas do dia. A topografia e a rugosidade do solo têm 
grande influência na distribuição de freqüência de ocorrência dos ventos e de 
sua velocidade em um local. No caso eólico, o relevo exerce distintas 
influências conforme o caso e a região: como obstáculo ao movimento da 
camada atmosférica inferior, como indutor de fenômenos de mesoescala 
(brisas montanha-vale) e como gerador de ondas e acelerações orográficas. 
Pela sua extensão em latitude, o Brasil apresenta diferentes climas que variam 
do equatorial, na região Norte, ao subtropical, na região Sul. Entre os grandes 
fatores que influem no clima brasileiro estão a Zona de Convergência 
Intertropical ao norte, móvel ao longo do ano e para a qual convergem os 
ventos alísios; as distintas ações exercidas pelo relevo continental, incluindo-se 
a formidável muralha à circulação atmosférica exercida pelo maciço dos Andes 
no extremo oeste do continente sul-americano; a ação contínua da alta pressão 
do Anticiclone Tropical Atlântico; e a ação periódica irregular das massas de ar 
polares que adentram as regiões Sul e Sudeste em maior intensidade 
(MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIAS, ELETROBRÁS, 2001).

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Novas fontes de energia e eficiência energética para evitar a catastrófica mu...
Novas fontes de energia e eficiência energética para evitar a catastrófica mu...Novas fontes de energia e eficiência energética para evitar a catastrófica mu...
Novas fontes de energia e eficiência energética para evitar a catastrófica mu...Fernando Alcoforado
 
Trabalho Portugues
Trabalho PortuguesTrabalho Portugues
Trabalho PortuguesCarolinamsb
 
A GESTÃO AMBIENTAL DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS COM ABORDAGEM PELA ABNT ISO 14001...
A GESTÃO AMBIENTAL DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS COM ABORDAGEM PELA ABNT ISO 14001...A GESTÃO AMBIENTAL DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS COM ABORDAGEM PELA ABNT ISO 14001...
A GESTÃO AMBIENTAL DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS COM ABORDAGEM PELA ABNT ISO 14001...Jutair Rios
 
Políticas Públicas para Conservação de Energia
Políticas Públicas para Conservação de EnergiaPolíticas Públicas para Conservação de Energia
Políticas Públicas para Conservação de EnergiaHabitante Verde
 
Conceitos energias renováveis
Conceitos energias renováveisConceitos energias renováveis
Conceitos energias renováveisjuniorpsouza
 
Fontes de energia
Fontes de energiaFontes de energia
Fontes de energiafeluvadagd
 
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e Eletrobrás
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e EletrobrásProcel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e Eletrobrás
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e EletrobrásAmpla Energia S.A.
 
Eficiência energética de biocombustíveis compressão de biogás
Eficiência energética de biocombustíveis compressão de biogásEficiência energética de biocombustíveis compressão de biogás
Eficiência energética de biocombustíveis compressão de biogásJose de Souza
 
Viterbo Artigo Sinergia Entre Eolica E Petroleo
Viterbo   Artigo   Sinergia Entre Eolica E PetroleoViterbo   Artigo   Sinergia Entre Eolica E Petroleo
Viterbo Artigo Sinergia Entre Eolica E PetroleoJean Viterbo
 
Críticas ao SIN (Sistema Interligado Nacional)
Críticas ao SIN (Sistema Interligado Nacional)Críticas ao SIN (Sistema Interligado Nacional)
Críticas ao SIN (Sistema Interligado Nacional)Jim Naturesa
 
A produção mundial de energia e as fontes de energia no brasil parte ii
A produção mundial de energia e as fontes de energia no brasil   parte iiA produção mundial de energia e as fontes de energia no brasil   parte ii
A produção mundial de energia e as fontes de energia no brasil parte iiRenata Rodrigues
 
Apresentação pece 22mar2013
Apresentação pece 22mar2013Apresentação pece 22mar2013
Apresentação pece 22mar2013roranje
 
Energias alternativas
Energias alternativasEnergias alternativas
Energias alternativasEspa Cn 8
 
tese ACV PV em portugal guilherme adriano
tese ACV PV em portugal guilherme adrianotese ACV PV em portugal guilherme adriano
tese ACV PV em portugal guilherme adrianoGuilherme Adriano
 

Mais procurados (20)

Novas fontes de energia e eficiência energética para evitar a catastrófica mu...
Novas fontes de energia e eficiência energética para evitar a catastrófica mu...Novas fontes de energia e eficiência energética para evitar a catastrófica mu...
Novas fontes de energia e eficiência energética para evitar a catastrófica mu...
 
Trabalho Portugues
Trabalho PortuguesTrabalho Portugues
Trabalho Portugues
 
A GESTÃO AMBIENTAL DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS COM ABORDAGEM PELA ABNT ISO 14001...
A GESTÃO AMBIENTAL DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS COM ABORDAGEM PELA ABNT ISO 14001...A GESTÃO AMBIENTAL DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS COM ABORDAGEM PELA ABNT ISO 14001...
A GESTÃO AMBIENTAL DOS SISTEMAS ENERGÉTICOS COM ABORDAGEM PELA ABNT ISO 14001...
 
Políticas Públicas para Conservação de Energia
Políticas Públicas para Conservação de EnergiaPolíticas Públicas para Conservação de Energia
Políticas Públicas para Conservação de Energia
 
Conceitos energias renováveis
Conceitos energias renováveisConceitos energias renováveis
Conceitos energias renováveis
 
Fontes de energia
Fontes de energiaFontes de energia
Fontes de energia
 
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e Eletrobrás
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e EletrobrásProcel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e Eletrobrás
Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica) e Eletrobrás
 
Brasil energia
Brasil energiaBrasil energia
Brasil energia
 
Pdf document (8845)
Pdf document (8845)Pdf document (8845)
Pdf document (8845)
 
Felipe colturato
Felipe colturatoFelipe colturato
Felipe colturato
 
Eficiência energética de biocombustíveis compressão de biogás
Eficiência energética de biocombustíveis compressão de biogásEficiência energética de biocombustíveis compressão de biogás
Eficiência energética de biocombustíveis compressão de biogás
 
Viterbo Artigo Sinergia Entre Eolica E Petroleo
Viterbo   Artigo   Sinergia Entre Eolica E PetroleoViterbo   Artigo   Sinergia Entre Eolica E Petroleo
Viterbo Artigo Sinergia Entre Eolica E Petroleo
 
Críticas ao SIN (Sistema Interligado Nacional)
Críticas ao SIN (Sistema Interligado Nacional)Críticas ao SIN (Sistema Interligado Nacional)
Críticas ao SIN (Sistema Interligado Nacional)
 
A produção mundial de energia e as fontes de energia no brasil parte ii
A produção mundial de energia e as fontes de energia no brasil   parte iiA produção mundial de energia e as fontes de energia no brasil   parte ii
A produção mundial de energia e as fontes de energia no brasil parte ii
 
Biomassa brasil
Biomassa brasilBiomassa brasil
Biomassa brasil
 
Apresentação pece 22mar2013
Apresentação pece 22mar2013Apresentação pece 22mar2013
Apresentação pece 22mar2013
 
A05v30n1
A05v30n1A05v30n1
A05v30n1
 
Aproveitamento
AproveitamentoAproveitamento
Aproveitamento
 
Energias alternativas
Energias alternativasEnergias alternativas
Energias alternativas
 
tese ACV PV em portugal guilherme adriano
tese ACV PV em portugal guilherme adrianotese ACV PV em portugal guilherme adriano
tese ACV PV em portugal guilherme adriano
 

Destaque

Destaque (16)

Conexiones A Internet
Conexiones A InternetConexiones A Internet
Conexiones A Internet
 
Digitalization of Educational Institutes In Bangladesh by Greyscale IT
Digitalization of Educational Institutes In Bangladesh by Greyscale ITDigitalization of Educational Institutes In Bangladesh by Greyscale IT
Digitalization of Educational Institutes In Bangladesh by Greyscale IT
 
Iktimed 2 g-med09-152-partnership agreement (1)
Iktimed 2 g-med09-152-partnership agreement (1)Iktimed 2 g-med09-152-partnership agreement (1)
Iktimed 2 g-med09-152-partnership agreement (1)
 
dte_4q06_ER
dte_4q06_ERdte_4q06_ER
dte_4q06_ER
 
El cambio climático
El cambio climáticoEl cambio climático
El cambio climático
 
Powerpoint
PowerpointPowerpoint
Powerpoint
 
H - Dog's Life
H - Dog's LifeH - Dog's Life
H - Dog's Life
 
Tipos De Conexiones A Internet
Tipos De Conexiones A InternetTipos De Conexiones A Internet
Tipos De Conexiones A Internet
 
Tests
TestsTests
Tests
 
CF Card
CF CardCF Card
CF Card
 
Biografía
BiografíaBiografía
Biografía
 
Virtuele Tour Door Disneyland Resort Parijs
Virtuele Tour Door Disneyland Resort ParijsVirtuele Tour Door Disneyland Resort Parijs
Virtuele Tour Door Disneyland Resort Parijs
 
How can collaboration and communications tools effectively drive business per...
How can collaboration and communications tools effectively drive business per...How can collaboration and communications tools effectively drive business per...
How can collaboration and communications tools effectively drive business per...
 
Equipment
Equipment Equipment
Equipment
 
Slideshare defense mechanisms
Slideshare   defense mechanismsSlideshare   defense mechanisms
Slideshare defense mechanisms
 
Anatomy of a Paper
Anatomy of a PaperAnatomy of a Paper
Anatomy of a Paper
 

Semelhante a Energia Eólica

fontesalternativasdeenergia-150415091846-conversion-gate01.pdf
fontesalternativasdeenergia-150415091846-conversion-gate01.pdffontesalternativasdeenergia-150415091846-conversion-gate01.pdf
fontesalternativasdeenergia-150415091846-conversion-gate01.pdfFoxHunter8
 
Fontes Alternativas de Energia
Fontes Alternativas de EnergiaFontes Alternativas de Energia
Fontes Alternativas de EnergiaSinara Lustosa
 
O FUTURO DA ENERGIA REQUERIDO PARA O MUNDO.pdf
O FUTURO DA ENERGIA REQUERIDO PARA O MUNDO.pdfO FUTURO DA ENERGIA REQUERIDO PARA O MUNDO.pdf
O FUTURO DA ENERGIA REQUERIDO PARA O MUNDO.pdfFaga1939
 
Energia e meio ambiente apresentação no curso de planejamento ambiental
Energia e meio ambiente   apresentação no curso de planejamento ambientalEnergia e meio ambiente   apresentação no curso de planejamento ambiental
Energia e meio ambiente apresentação no curso de planejamento ambientalUniversidade Federal Fluminense
 
Trabalho 2 (1).docxddd
Trabalho 2 (1).docxdddTrabalho 2 (1).docxddd
Trabalho 2 (1).docxdddfernandavf
 
História Da Energia Eólica
História Da Energia EólicaHistória Da Energia Eólica
História Da Energia EólicaInstituto Monitor
 
Viterbo e Brinati sinergia eolica offshore petroleo e gas
Viterbo e Brinati  sinergia eolica offshore petroleo e gasViterbo e Brinati  sinergia eolica offshore petroleo e gas
Viterbo e Brinati sinergia eolica offshore petroleo e gasJean Carlo Viterbo
 
06 energia eolica(3)
06 energia eolica(3)06 energia eolica(3)
06 energia eolica(3)ciceroweyne
 
Artigo Científico sobre "A Evolução da Energia Eólica"
Artigo Científico sobre "A Evolução da Energia Eólica"Artigo Científico sobre "A Evolução da Energia Eólica"
Artigo Científico sobre "A Evolução da Energia Eólica"Klayton Clemente
 
COMO O GOVERNO DO BRASIL PODERÁ TORNAR SUSTENTÁVEL O SETOR DE ENERGIA.pdf
COMO O GOVERNO DO BRASIL PODERÁ TORNAR SUSTENTÁVEL O SETOR DE ENERGIA.pdfCOMO O GOVERNO DO BRASIL PODERÁ TORNAR SUSTENTÁVEL O SETOR DE ENERGIA.pdf
COMO O GOVERNO DO BRASIL PODERÁ TORNAR SUSTENTÁVEL O SETOR DE ENERGIA.pdfFaga1939
 
Intro à er e aspectos sócio ambientais
Intro à er e aspectos sócio ambientaisIntro à er e aspectos sócio ambientais
Intro à er e aspectos sócio ambientaisDaniel Moura
 
G7 energia eólica (trabalho de fisica)
G7   energia eólica (trabalho de fisica)G7   energia eólica (trabalho de fisica)
G7 energia eólica (trabalho de fisica)cristbarb
 
Apresentação da amareleja
Apresentação da amarelejaApresentação da amareleja
Apresentação da amarelejaAna Lu Ribeiro
 

Semelhante a Energia Eólica (20)

fontesalternativasdeenergia-150415091846-conversion-gate01.pdf
fontesalternativasdeenergia-150415091846-conversion-gate01.pdffontesalternativasdeenergia-150415091846-conversion-gate01.pdf
fontesalternativasdeenergia-150415091846-conversion-gate01.pdf
 
Fontes Alternativas de Energia
Fontes Alternativas de EnergiaFontes Alternativas de Energia
Fontes Alternativas de Energia
 
Energia e meio ambiente
Energia e meio ambienteEnergia e meio ambiente
Energia e meio ambiente
 
Energia e meio ambiente
Energia e meio ambienteEnergia e meio ambiente
Energia e meio ambiente
 
O FUTURO DA ENERGIA REQUERIDO PARA O MUNDO.pdf
O FUTURO DA ENERGIA REQUERIDO PARA O MUNDO.pdfO FUTURO DA ENERGIA REQUERIDO PARA O MUNDO.pdf
O FUTURO DA ENERGIA REQUERIDO PARA O MUNDO.pdf
 
Energia e meio ambiente apresentação no curso de planejamento ambiental
Energia e meio ambiente   apresentação no curso de planejamento ambientalEnergia e meio ambiente   apresentação no curso de planejamento ambiental
Energia e meio ambiente apresentação no curso de planejamento ambiental
 
Trabalho 2 (1).docxddd
Trabalho 2 (1).docxdddTrabalho 2 (1).docxddd
Trabalho 2 (1).docxddd
 
História Da Energia Eólica
História Da Energia EólicaHistória Da Energia Eólica
História Da Energia Eólica
 
Viterbo e Brinati sinergia eolica offshore petroleo e gas
Viterbo e Brinati  sinergia eolica offshore petroleo e gasViterbo e Brinati  sinergia eolica offshore petroleo e gas
Viterbo e Brinati sinergia eolica offshore petroleo e gas
 
Brasil energia
Brasil energiaBrasil energia
Brasil energia
 
06 energia eolica(3)
06 energia eolica(3)06 energia eolica(3)
06 energia eolica(3)
 
06 energia eolica(3)
06 energia eolica(3)06 energia eolica(3)
06 energia eolica(3)
 
06 energia eolica(3)
06 energia eolica(3)06 energia eolica(3)
06 energia eolica(3)
 
Artigo Científico sobre "A Evolução da Energia Eólica"
Artigo Científico sobre "A Evolução da Energia Eólica"Artigo Científico sobre "A Evolução da Energia Eólica"
Artigo Científico sobre "A Evolução da Energia Eólica"
 
Geração heliotérmica
Geração heliotérmicaGeração heliotérmica
Geração heliotérmica
 
COMO O GOVERNO DO BRASIL PODERÁ TORNAR SUSTENTÁVEL O SETOR DE ENERGIA.pdf
COMO O GOVERNO DO BRASIL PODERÁ TORNAR SUSTENTÁVEL O SETOR DE ENERGIA.pdfCOMO O GOVERNO DO BRASIL PODERÁ TORNAR SUSTENTÁVEL O SETOR DE ENERGIA.pdf
COMO O GOVERNO DO BRASIL PODERÁ TORNAR SUSTENTÁVEL O SETOR DE ENERGIA.pdf
 
Energias renováveis 3 A
Energias renováveis  3 AEnergias renováveis  3 A
Energias renováveis 3 A
 
Intro à er e aspectos sócio ambientais
Intro à er e aspectos sócio ambientaisIntro à er e aspectos sócio ambientais
Intro à er e aspectos sócio ambientais
 
G7 energia eólica (trabalho de fisica)
G7   energia eólica (trabalho de fisica)G7   energia eólica (trabalho de fisica)
G7 energia eólica (trabalho de fisica)
 
Apresentação da amareleja
Apresentação da amarelejaApresentação da amareleja
Apresentação da amareleja
 

Mais de Adriana Heloisa

Jogo biomas caderno pistas norte
Jogo biomas caderno  pistas  norteJogo biomas caderno  pistas  norte
Jogo biomas caderno pistas norteAdriana Heloisa
 
Jogo biomas orientações professor
Jogo biomas orientações professorJogo biomas orientações professor
Jogo biomas orientações professorAdriana Heloisa
 
Jogo biomas orientações aluno
Jogo biomas orientações alunoJogo biomas orientações aluno
Jogo biomas orientações alunoAdriana Heloisa
 
Jogo biomas caderno pistas sul
Jogo biomas caderno pistas sulJogo biomas caderno pistas sul
Jogo biomas caderno pistas sulAdriana Heloisa
 
Líquens como bioindicadores qualidade do ar em centros urbanos
Líquens como bioindicadores qualidade do ar em centros urbanosLíquens como bioindicadores qualidade do ar em centros urbanos
Líquens como bioindicadores qualidade do ar em centros urbanosAdriana Heloisa
 
A importância da arborização nos centros urbanos
A importância da arborização nos centros urbanosA importância da arborização nos centros urbanos
A importância da arborização nos centros urbanosAdriana Heloisa
 

Mais de Adriana Heloisa (12)

Jogo biomas caderno pistas norte
Jogo biomas caderno  pistas  norteJogo biomas caderno  pistas  norte
Jogo biomas caderno pistas norte
 
Jogo biomas orientações professor
Jogo biomas orientações professorJogo biomas orientações professor
Jogo biomas orientações professor
 
Jogo biomas orientações aluno
Jogo biomas orientações alunoJogo biomas orientações aluno
Jogo biomas orientações aluno
 
Jogo biomas caderno pistas sul
Jogo biomas caderno pistas sulJogo biomas caderno pistas sul
Jogo biomas caderno pistas sul
 
Opiliones
OpilionesOpiliones
Opiliones
 
Abuso de medicamentos
Abuso de medicamentosAbuso de medicamentos
Abuso de medicamentos
 
Sistema Hídrico
Sistema HídricoSistema Hídrico
Sistema Hídrico
 
Pragas urbanas
Pragas urbanasPragas urbanas
Pragas urbanas
 
Líquens como bioindicadores qualidade do ar em centros urbanos
Líquens como bioindicadores qualidade do ar em centros urbanosLíquens como bioindicadores qualidade do ar em centros urbanos
Líquens como bioindicadores qualidade do ar em centros urbanos
 
A importância da arborização nos centros urbanos
A importância da arborização nos centros urbanosA importância da arborização nos centros urbanos
A importância da arborização nos centros urbanos
 
Genética na escola
Genética na escolaGenética na escola
Genética na escola
 
roteiro filme Rio
roteiro filme Rioroteiro filme Rio
roteiro filme Rio
 

Último

Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Colaborar Educacional
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegrafernando846621
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresEu Prefiro o Paraíso.
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxLuzia Gabriele
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdfRitoneltonSouzaSanto
 
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfItaloAtsoc
 
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiCruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiMary Alvarenga
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxLuizHenriquedeAlmeid6
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaBenigno Andrade Vieira
 
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptxQUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptxAntonioVieira539017
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)profesfrancleite
 
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofiaaula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino FilosofiaLucliaResende1
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .WAGNERJESUSDACUNHA
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024gilmaraoliveira0612
 
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...Colaborar Educacional
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123JaineCarolaineLima
 

Último (20)

Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
Apresente de forma sucinta as atividades realizadas ao longo do semestre, con...
 
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegraTermo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
Termo de audiência de Mauro Cid na ìntegra
 
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de GestoresComo fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
Como fazer um Feedback Eficaz - Comitê de Gestores
 
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsxDepende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
Depende De Nós! José Ernesto Ferraresso.ppsx
 
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
1. CIENCIAS-HUMANAS-GLOBALIZAÇÃO, TEMPO E ESPAÇO-V1.pdf
 
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdfAbordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
Abordagem 2. Análise temática (Severino, 2013)_PdfToPowerPoint.pdf
 
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdfAbordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
Abordagem 1. Análise textual (Severino, 2013).pdf
 
(42-ESTUDO - LUCAS) DISCIPULO DE JESUS
(42-ESTUDO - LUCAS)  DISCIPULO  DE JESUS(42-ESTUDO - LUCAS)  DISCIPULO  DE JESUS
(42-ESTUDO - LUCAS) DISCIPULO DE JESUS
 
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdfARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
ARTE BARROCA E ROCOCO BRASILEIRO-min.pdf
 
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
Abordagens 4 (Problematização) e 5 (Síntese pessoal) do texto de Severino (20...
 
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegyptiCruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
Cruzadinha da dengue - Mosquito Aedes aegypti
 
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptxSlides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
Slides Lição 1, CPAD, O Início da Caminhada, 2Tr24, Pr Henrique.pptx
 
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de históriaFORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
FORMAÇÃO POVO BRASILEIRO atividade de história
 
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptxQUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
QUIZ - GEOGRAFIA - 8º ANO - FASES DO CAPITALISMO.pptx
 
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
AS REBELIÕES NA AMERICA IBERICA (Prof. Francisco Leite)
 
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofiaaula 1.pptx Ementa e  Plano de ensino Filosofia
aula 1.pptx Ementa e Plano de ensino Filosofia
 
Poder do convencimento,........... .
Poder do convencimento,...........         .Poder do convencimento,...........         .
Poder do convencimento,........... .
 
Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024Atividade de matemática para simulado de 2024
Atividade de matemática para simulado de 2024
 
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
PROJETO DE EXTENSÃO - SEGURANÇA, INOVAÇÃO E SUSTENTABILIDADE PARA O BEM COMUM...
 
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
SEMIOSES DO OLHAR - SLIDE PARA ESTUDO 123
 

Energia Eólica

  • 1. A primeira forma primitiva de um moinho de vento surgiu com o avanço da agricultura e a necessidade de ferramentas auxiliassem o homem a realizar as diversas etapas do seu dia a dia, como o beneficiamento dos produtos agrícolas. Historicamente, o uso das rodas d’água precede a utilização dos moinhos de ventos devido a sua concepção mais simplista de utilização de cursos naturais de rios como força motriz. Como não se dispunha de rios em todos os lugares para o aproveitamento em rodas d’água, a percepção do vento como fonte natural de energia possibilitou o surgimento de moinhos de ventos substituindo a força motriz humana ou animal nas atividades agrícolas (Aneel -Agência Nacional de Energia Elétrica, apud http://www.revistaecoenergia.com.br/images/revistas/edicao13/pg14a19.pdf ). O interesse pela energia dos ventos reapareceu, na década de 70, por dois motivos principais: a alta dos preços do petróleo nesse período e as dificuldades encontradas na operação segura das centrais nucleares. Essas razões fizeram com que muitos países se lançassem à procura de novas fontes de energia, como alternativas viáveis às fontes tradicionalmente utilizadas. A energia eólica apresentou-se como uma das mais viáveis e vários países formularam programas muito bem elaborados para o aproveitamento racional dessa fonte de energia (VENTOS DO SUL ENERGIA, 2007). Atualmente em termos de geração de energia, procura-se auto suficiência em geração de energia, aliada a fontes de energias alternativas que supram a demanda interna dos países, no caso de uma escassez de combustíveis fósseis (IGNATIOS, 2006). Esta questão energética vem gerando uma apreensão mundial e ganhando sempre mais importância, seja pela questão ambiental, com a necessidade de se reduzir a emissão de gases poluentes, e, conseqüentemente, o consumo de combustíveis fósseis, seja pelo fato de uma possível e não muito distante, diminuição significativa das fontes de energia não-renováveis, o que ocorre com o petróleo, um bem finito e que atualmente não mais consegue acompanhar o crescimento da demanda (PACHECO, 2006). Denomina-se energia eólica a energia cinética contida nas massas de ar em movimento. A evolução da energia eólica ao longo dos últimos 20 anos mostrou significativos progressos tecnológicos e importantes reduções no custo da energia gerada. O fato de que a energia eólica necessite de políticas específicas para o seu desenvolvimento é justificável por duas razões inerentes à sua tecnologia. A primeira razão está na sua característica de Fonte Alternativa de Energia – FAE e, como já apresentado, a maioria das barreiras que uma FAE precisa superar para adquirir amadurecimento no mercado energético de fontes convencionais também se enquadra para a energia eólica. A segunda razão é que a energia eólica apresenta vantagens que justificam o seu incentivo, principalmente as vantagens relativas às externalidades positivas1 da energia eólica. Assim, não se deve incentivar a energia eólica somente porque existem barreiras para seu desenvolvimento, mas também porque ela apresenta
  • 2. vantagens que trazem benefícios ao meio ambiente, à otimização do sistema de geração de eletricidade, à geração de empregos, entre outras. A energia eólica apresenta-se como uma importante opção energética visto os baixos impactos ambientais por ela produzidos. O aproveitamento dos ventos para geração de energia elétrica apresenta impactos ambientais desfavoráveis como por exemplo: impacto visual, ruído, interferência eletromagnética, ofuscamento e danos à fauna (EWEA, 2003; DEWI, 1996, 1998; EWEA, 2004; ISET, 2004). Essas características aparentemente negativas podem ser significativamente minimizadas, e até mesmo eliminadas, através de planejamento adequado e também da aplicação de novas tecnologias. Das características ambientais positivas da energia eólica podem ser citadas a não necessidade do uso da água como elemento motriz ou mesmo como fluido de refrigeração, e também a não produção de resíduos radioativos e emissões de poluentes atmosféricos. Além disso, 99% de uma área usada em um parque eólico pode ser utilizada para outros fins, como a pecuária e atividades agrícolas (DEWI, 1996, 2005; CUSTÓDIO, 2004; CARVALHO, 2003). Além da utilização de um recurso renovável e abundante, a energia eólica também apresenta uma importante característica da não emissão de gases de efeito estufa2 durante sua operação. Estudo apresentado pela European Wind Energy Association – EWEA (1997) mostra que, quando comparada a outras tecnologias renováveis, a turbinas eólicas mostra-se como uma das alternativas mais baratas de redução das emissões de CO2 emitido em centrais termelétricas convencionais (entre 10 – 12 €/ton CO2 evitados para turbinas eólicas acima de 500 kW). 1 O termo externalidade é utilizado para definir os benefícios ou danos causados pela geração de energia elétrica que não são contabilizados nos custos privados e consequentemente nos preços da eletricidade gerada. A não contabilização de tais custos pode mascarar o real custo da geração, desta forma, uma ponderação das externalidades ambientais do mercado convencional de energia deve ser realizada de forma a agregar valor aos benefícios ao meio ambiente advindos do uso de fontes renováveis como a energia eólica. 2 Gases de efeito estufa são assim denominados porque têm a propriedade de reter o calor irradiante da Terra.Existem mais de 70 desses gases, sendo os mais importantes, pelas características que possuem, o vapor d’água (H2O), o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4), o óxido nitroso (N2O), o ozônio troposférico (O3), o hexafloureto de enxofre (SF6), os clorofluorcarbono (CFCs), os hidrofluorcarbonos (HFCs) e os perfluorcarbonos (PFCs) (REIS, 2004). Muitas das limitações tecnológicas da energia eólica no que diz respeito a aspectos ambientais foram superadas tornando-a ainda mais favorável sob aspectos ambientais. Novas concepções de sistemas de geração e o desenvolvimento de ferramentas computacionais para otimização dos componentes aerodinâmicos das turbinas eólicas possibilitaram o surgimento de máquinas mais potentes, mais silenciosas e mais eficientes4. O
  • 3. desenvolvimento de ferramentas computacionais possibilita ao projetista uma avaliação dos impactos ambientais antes da execução do projeto. Desta forma, questões como ruído (turbinas eólicas que utilizam caixa multiplicadora apresentam ruído na faixa de 90 a 100 dB no alto da nacele5, (OHDE, 2004)) efeito sombra (projeção da turbina eólica no solo ao longo do dia) e impacto visual (mudança na paisagem local) podem ser avaliadas e seus impactos minimizados através de uma melhor adequação do posicionamento das turbinas eólicas no parque.(EWEA, 2004; MANWELL, 2002; RISO, 2006; EMD, 2006; RESoft, 2006). 4 Maiores informações sobre o desenvolvimento de turbinas eólicas podem ser obtidas através do tutorial tecnológico apresentado no Anexo 1. A utilização de ferramentas computacionais de planejamento que apresente banco de dados sobre a fauna também possibilita a redução dos riscos de mortandade de pássaros através de colisões nas turbinas eólicas. Segundo MANWELL (2002), alguns critérios adotados na fase inicial de projeto podem reduzir significativamente as probabilidades de ocorrência de mortandades de pássaros em turbinas eólicas tais como: evitar corredores migratórios, evitar instalações de plantas eólicas em micro-habitats ou reservas; uso de torres apropriadas e o uso de transmissão de energia de forma subterrânea. Apesar dos dois exemplos mais críticos de mortalidade de pássaros por impactos devido a turbinas eólicas em Altamont Pass Califórnia - USA e La Tarifa – Espanha onde o planejamento dos projetos não levou em consideração as rotas migratórias (BIRDLIFE, 2003; SEGRILLO, 2003; WEC, 1993), a questão da mortalidade de pássaros é sujeita à grande discussão (YOUTH, 2003, EWEA, 2004). A Western EcoSystems Technology Inc. (2001) mostra estudos que entre 100 milhões e 1 bilhão de aves mortas nos Estados Unidos são provenientes de colisões em estruturas artificiais como veículos, prédios, janelas e torres de comunicação e transmissão de energia. Os valores apontados para plantas eólicas representam cerca de 0,01 a 0,02% das mortalidades anuais de pássaros nos Estados Unidos. Apesar de ser um percentual reduzido, a questão dos pássaros pode ser minimizada através de boas práticas já consagradas (EWEA, 2004; UNITED NATIONS, 2002; EU Directive 85/337/EEC). Ademais, uma importante característica da energia eólica é a possibilidade de que, em alguns sítios, o regime dos ventos complemente o regime hídrico de rios e bacias nos períodos de seca. Esta complementaridade entre o recurso eólico e o hídrico, já constatado em vários países, possibilita que a oferta de energia elétrica a partir de hidrelétricas possa ser regulada também por uma fonte renovável. Apesar de não ser a fonte energética que mais gera empregos, o desenvolvimento de indústrias locais para o fornecimento de turbinas eólicas pode ser realizado a partir da adoção de políticas de longo prazo. Finalmente, uma das mais importantes qualidades da energia eólica está justamente da geração de energia elétrica a partir do recurso renovável vento. A utilização de recursos renováveis provenientes dos diversos ciclos da natureza tem assumido relevância, principalmente devido aos conflitos
  • 4. geopolíticos que envolvem as fontes de origem fósseis e pelos efeitos de aquecimento global. A energia eólica tem se mostrada madura o suficiente para uma participação mais agressiva na matriz de geração de energia elétrica mundial. Estudos realizados por EWEA e GREENPEACE (2004) mostram a viabilidade tanto na disponibilidade de recursos quanto no desenvolvimento tecnológico, sendo a energia eólica capar de prover 12% da demanda mundial por energia elétrica até 2020. Atualmente, as fontes renováveis de energia elétrica, de uma forma geral, mostram-se como uma das soluções energéticas para as mudanças climáticas globais. Durante o último século, as concentrações de CO2 na atmosfera têm aumentado substancialmente. Isto ocorre, em grande parte, devido ao incremento do uso dos combustíveis fósseis ao longo do processo do desenvolvimento humano, bem como por outros fatores que estão relacionados com o aumento da população e ampliação do consumo de bens e serviços, além das mudanças registradas quanto ao uso do solo (SILVA, 2006). A energia eólica é uma fonte de energia abundante, limpa e renovável, ou seja, não existem restrições de extinção do recurso e não causa nenhum tipo de impacto ao meio após a implantação de sua estrutura, seja estrutura individual ou um parque eólico. No que se refere, a energia eólica, cabe ressaltar que pode ser implementada em praticamente todo o planeta, sendo de relativa facilidade de implantação, dependendo, é claro, do potencial de ventos, incidência solar da região e outras características do espaço geográfico. Esta fonte, assim, pode atender tanto a países desenvolvidos quanto a subdesenvolvidos. No campo legislativo, existem diversas leis, inclusive a Constituição Federal, que prevêem que o ambiente deve ser preservado e definem o que é impacto ambiental e crime ambiental. Além disso, o Governo Federal, através do Ministério de Minas e Energia, possui programas de incentivo, como o PROINFA – Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica5 – a introdução de fontes alternativas renováveis na matriz energética (Universidade Federal Do Rio Grande Do Sul Escola De Administração Departamento De Ciências Administrativas Ana Carolina Lourenzi Barbosa AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO USO DA ENERGIA EÓLICA PARA USUÁRIOS DE PEQUENO PORTE Porto Alegre 2008). O termo eólico vem do latim aeolicus, pertencente ou relativo a éolo, deus dos ventos na mitologia grega e, portanto, pertencente ou relativo ao vento. A energia dos ventos é uma abundante fonte de energia renovável, limpa e disponível em todos os lugares10. O vento pode ser entendido como deslocamentos de massas de ar causados pelas diferenças de aquecimento da Terra pela radiação solar, o que constitui, de maneira indireta, uma forma de energia solar e representa o resultado da transformação de energia térmica em cinética. O aproveitamento da energia dos ventos é chamado de energia eólica. O vento usado pela energia eólica é o vento próximo a superfície terrestre (CARVALHO, 2003). O vento, atmosfera em movimento, tem sua origem na associação entre a energia solar e a rotação planetária. Os regimes de ventos são causados pela desigual distribuição de incidência de energia solar na superfície da Terra. Todos os planetas envoltos por gases em nosso sistema
  • 5. solar demonstram a existência de distintas formas de circulação atmosférica e apresentam ventos em suas superfícies (MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIAS, ELETROBRÁS, 2001). Os ventos são gerados pela diferença de temperatura da terra e das águas, das planícies e das montanhas, das regiões equatoriais e dos pólos do planeta Terra. A quantidade de energia disponível no vento varia de acordo com as estações do ano e as horas do dia. A topografia e a rugosidade do solo têm grande influência na distribuição de freqüência de ocorrência dos ventos e de sua velocidade em um local. No caso eólico, o relevo exerce distintas influências conforme o caso e a região: como obstáculo ao movimento da camada atmosférica inferior, como indutor de fenômenos de mesoescala (brisas montanha-vale) e como gerador de ondas e acelerações orográficas. Pela sua extensão em latitude, o Brasil apresenta diferentes climas que variam do equatorial, na região Norte, ao subtropical, na região Sul. Entre os grandes fatores que influem no clima brasileiro estão a Zona de Convergência Intertropical ao norte, móvel ao longo do ano e para a qual convergem os ventos alísios; as distintas ações exercidas pelo relevo continental, incluindo-se a formidável muralha à circulação atmosférica exercida pelo maciço dos Andes no extremo oeste do continente sul-americano; a ação contínua da alta pressão do Anticiclone Tropical Atlântico; e a ação periódica irregular das massas de ar polares que adentram as regiões Sul e Sudeste em maior intensidade (MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIAS, ELETROBRÁS, 2001).