O documento fornece informações sobre o ordenamento territorial do município de Bom Jardim, MA. A zona urbana corresponde a 1,7% da área do município, com 35% da população e densidade de 107 habitantes por km2. A zona rural abrange 59% da população distribuída em 127 povoados. O documento também descreve a Reserva Biológica Gurupi, localizada em três municípios, incluindo Bom Jardim, sofrendo ameaças de desmatamento e atividades ilegais.
1. Bom Jardim – MA. Ordenamento Territorial – Zona Urbana
Adilson Motta, 2015
O município apresenta uma área territorial de 6.590,48 km³ e é o 7º maior no
ranking do estado. A área urbana corresponde a 113 km², ou seja, 1,7% da área territorial
do município. A referida área detém 35% da população total, sendo que 65% da
população se concentra na zona rural. A densidade demográfica do município é de 5,93
habitantes por km². Se focalizarmos a densidade demográfica só na zona urbana, vamos
encontrar um número totalmente diferente: 107 Hab. / KM². Essas informações são de
alta importância, pois nos permitem perceber que existe um alto aglomerado de pessoa
por km² na área urbana merecendo por isso uma atenção especial à questão ambiental (da
referida área, sem excluir a zona rural). A zona urbana possui 10 bairros:
Bairro Joana Dark
Bairro Vila Muniz
Bairro Vila Pedrosa
Bairro Vila Meireles
Centro
Birro Santa Clara
Bairro Boa Esperança
Alto dos Praxedes
Bairro Mutirão
Bairro União (Bairro novo que fica atrás e entre o Bairro Joana Dark e Vila Muniz)
Vila São Bernardo
Dos 39.049 habitantes, 41% residem na zona urbana, o equivalente a 16.010 habitantes.
Ordenamento Territorial – Zona Rural
O município possui Polos Administrativos que foram criados para fins
administrativos, numa perspectiva da geopolítica local no intuito de promoção e
planejamento das políticas públicas. A criação destes polos serve de “agregação” de
povoados adjacentes a outros maiores para fins de abranger blocos de povoados no
sentido de mapeamento de concursados por blocos regionais; em outro caso, serve como
agregação de povoados para fins de apuração eleitoral (como aconteceu na eleição de
2012) para apuração eleitoral, a qual muito se especulava temores de que por trás de certa
“inovação” – o que dantes não acontecia, fosse corromper os resultados da disputada
eleição dos dois fortalecidos blocos.
Polo Bela Vista;
Polo Brejo Social e Antônio Conselheiro;
Polo Caru, Cassimiro, Vila Bandeirante e Igarapé dos Índios;
2. Polo Vila Varig;
Polo Santa Luz, Tirirical e Oscar;
Cohab.
O município possui 127 povoados (grandes e pequenos), os principais e maiores são:
Povoado 18, Boa Esperança, Oscar, Galego, Barrote, Cassimiro,
Rapadurinha, Escada do Caru, Traíras, Igarapé dos índios, Vila Bandeirantes, São Pedro
do Caru, Novo Caru, Centro do Alfredo, São João do Turi, Três Olhos D Água, Turizinho
do Augusto, Sapucaia, Nascimento, Rapadura Velho, Boa Vista, Barraca Lavada, Jatobá
Ferrado, Santa Luz, Barra do Galego, Rosário, Escada do Caru, Povoado Tirirical, Zé
Bueiro, Varig, Vila da Pimenta, Vila da Palha, Vila Cristalândia, Povoado União, Miril,
Vila Jacutinga, Aeroporto, Vila Bom Jesus, Nova Vida, Brejo Social, Povoado Flecha,
Terra Livre e Antonio Conselheiro.
O município está num processo contínuo de migração da população do campo
a cidade apresentando uma taxa migratória anual de 1,9%. Dos 39.049 habitantes, 59%
residem na zona rural – o correspondente a 23.039 habitantes.
Reserva Biológica – REBIO/Gurupi
Bom Jardim, São João do Caru e Centro Novo do Maranhão
Rebio Gurupi - Criada em 1988, através do Decreto Federal nº 95.614 de 12
de janeiro de 1988, com uma área de 341.650 ha e é a única Proteção Integral
do Maranhão com uma área de 271.197 há, abrangendo três municípios: Bom
Jardim onde compreende uma área de (35,49%), Centro Novo do Maranhão
(59,01%), São João do Caru (5,5%) no Estado do Maranhão.
Ela (REBIO) está situada na região do Arco do Desmatamento e é estratégica
para a conservação, pois, somada às três terras indígenas que fazem fronteira
com ela - Alto Turiaçu, Awa e Caru - constitui a última fronteira de área contínua
amazônica do Maranhão.
A REBIO Gurupi sofre ameaças ao seu território desde que foi criada. Grupos de
madeireiros e pequenos agricultores, que vivem dentro dos limites da reserva,
destroem a floresta para exploração ilegal de madeira, criação de gado, trabalho
escravo e plantações de maconha. Há também conflitos entre colonos, grileiros,
sem-terra, e povos indígenas aliciados ao garimpo.
Hoje a cobertura florestal da REBIO/Gurupi está reduzida a 65% do original.
Toras arrmazenadas na Rebio do Gurupi. Foto: Nelson Feitosa.
Caminhão apreendido em flagrante e depois liberado por decisão judicial. (Foto 2)