2. 12/10/2016
Década de 1960
Marcada por momentos distintos:
Até 1964 = grande agitação política e cultural.
Fim da II Guerra (e do Estado Novo) = Processo
de construção da democracia. Liberdade política
constitucional permite a organização e a luta pela
cidadania. Com isso, entre 1946 e 1964 a
participação do povo na política foi significativa,
com o surgimento das organizações populares.
Depois de 1964 = existência de uma feroz
ditadura, que sufocou manifestações culturais e
políticas que lhes desagradassem.
3. Do Populismo à Ditadura
► Nestes 18 anos, muitos sindicatos voltaram a atuar,
organizando greves e manifestações.
► Nos campos, os trabalhadores se organizavam e
lutavam pela Reforma Agrária através das “Ligas
Camponesas”.
► No Recife, Paulo Freire cria um Movimento de
Alfabetização Popular, para ensinar, além do beabá, a
política!
► Nas cidades, a União Nacional dos Estudantes e o
seus CPCs(Centros Populares de Cultura), que usava
das artes para conscientizar a população.
► Essas organizações alarmavam os conservadores, que
viam nos movimentos sociais um avanço do
comunismo e não uma característica da democracia.
Por isso, começou a também a se articular!
4. O parlamentarismo em crise
► A solução logo viraria “problema”, com três
primeiros-ministros em menos de dois anos. No
plebiscito de 1963, 74 % foram favoráveis ao
presidencialismo, restaurando os plenos poderes do
poder Executivo.
► Os conservadores intensificam a oposição e acenam
com a possibilidade de golpe de Estado.
► Jango lançou as
“Reformas de Base”,
Propondo profundas
Mudanças em Setores
Estratégicos (Agrário,
Educação, Eleitoral,
Bancário/Tributos)
5. A economia em crise...
► Década de 1960 = crise e instabilidade na economia,
sem apoio do Parlamento e atacado pela imprensa,
empresários e militares, João Goulart não resistiu!
► 31 de Março
Tropas nas ruas,
Rebelião militar,
Com o objetivo
De tomar o Poder!
O Golpe de Estado
Se espalhou, dando
Início a Ditadura
Que durou 21 anos!
6. O Golpe Militar de 1964
► Contou com o apoio da burguesia, dos latifundiários,
dos banqueiros, da classe média e do povão, que era
manipulado pelo governo.
► Suspensa a Constituição de 1946 surgem os Atos
Institucionais, que ampliaram a força do Executivo,
acabaram com eleições diretas, extinguiram partidos,
cassaram opositores e deixaram dois partidos na
legalidade: a A(liança) RE(Novadora) NA(cional) e o
M(ovimento) D(emocrático) B(rasileiro).
► 1967 Nova constituição, “legalizando” a Ditadura!
► Foi montada uma gigantesca máquina de repressão e
vigilância, com a censura e o Serviço Nacional de
Informação.
7. O recuo da cidadania
► As reações ao golpe vieram com ações dos civis,
desde uma mudança de postura por parte da
imprensa até a formação da “Frente Ampla”, que unia
inimigos históricos como Jango e JK com Carlos
Lacerda e Jânio Quadros.
► 1968 = Em uma passeata
da UNE, morre Édson Luís.
A reação acontece através
Da “Passeata dos 100 Mil”
► Primeiras greves pós-1964:
Osasco e Contagem (MG)
8. O sufoco do Ato Institucional n° 5
Reação dos Militares “Frente Ampla” considerada
ilegal, maior controle sobre os movimentos sociais e
as passeatas foram “proibidas”.
► Véspera de 7 de Setembro = Em seu discurso, o deputado
Márcio Moreira Alves pede a todos para boicotar as festividades
cívicas para manifestar repúdio ao autoritarismo do governo.
► Como o Congresso não autorizou o governo processar o
deputado, os militares fecharam o Congresso, decretaram o AI-
5 que autorizava o presidente:
- Fechar Casas Legislativas e decretar “Estado de Sítio”;
- Suspender direitos políticos e cassar mandatos;
- Intervir em estados e municípios;
- Suspender o direito de “Habeas Corpus”
Início de novas perseguições e prisões, o período mais
difícil da Ditadura: os Anos de Chumbo!
9. Uma opção radical: a luta armada
Devido à falta de opções, muitas pessoas
se aventuraram na luta armada. Inspirados na
experiência cubana, adotaram a técnica de
“guerra de guerrilha”, com experiências nas
cidades e no campo.
Para conseguir dinheiro, assaltavam
bancos e sequestraram embaixadores
estrangeiros, que eram trocados por “presos
políticos”.
Porém, não conseguiram apoio popular e
na sua maioria, acabaram presos ou mortos!
10. A Modernização Conservadora
O Golpe de 1964 teve apoio da burguesia,
interessada na modernização e no crescimento
econômico financiado pelo Estado, mas com
poucas concessões sociais. Por isso, foi uma
“modernização conservadora”. (Ir para a p. 147)
Como isto foi feito?
- Estado intervindo na economia.
- Investimento em setores estratégicos.
De onde vinha o dinheiro? De empréstimos
conseguidos no exterior!
11. O “Milagre Brasileiro”
Setores privilegiados = Energético, transportes,
comunicações e siderurgia, como capital estatal e
privado.
Setor Industrial = Contenção dos Salários, a fim
de aumentar o Lucro dos Empresários. Com os
sindicatos sob controle, era impossível protestar
contra as perdas salariais, apelidadas de “cota de
sacrifício”.
Os empresários, por sua vez, pagavam
menos impostos. Com mão-de-obra barata e
subsídios fiscais, multinacionais se instalam no
país!
12. O “Milagre Brasileiro”
Tais medidas promoveram um acelerado crescimento
econômico, apelidado de “milagre” brasileiro. Para
promover o desenvolvimento, o governo fazia
campanhas publicitárias:
13. Os problemas do “Milagre”
Consequências da Modernização Econômica:
- Grande concentração de rendas e a estagnação do
mercado interno;
- Endividamento externo.
1973 A crise do petróleo tornou frágil o modelo
econômico brasileiro. Primeiro, gastamos mais
importando petróleo, os empréstimos diminuíram, a
dívida externa crescia cada vez mais e os juros
começaram a aumentar.
Com isso, tal modelo de economia sofreu um
forte abalo!
Para o povo, sobrou inflação, desemprego e
recessão!
14. A Crise do Regime Militar
►Decadência do “Milagre Brasileiro” = Ditadura
apresenta sinais de desgaste. A oposição fora
eliminada ou exilada e sem a “ameaça
comunista”, os militares perderam seu maior
pretexto.
►Gradualmente, a população voltou a protestar
contra os militares. Por isso, em 1974, o
presidente Geisel lançou a “Abertura Política”,
um abrandamento do regime, a distensão do
regime militar. Por isso, isso ocorreria através
de uma transição, que ocorreria de maneira
“lenta, gradual e segura”.
15. Abertura lenta, gradual e segura
►Para controlar o processo, Geisel tomava
medidas ora liberais, ora autoritárias. Assim,
limitava o crescimento da oposição e impedia a
volta dos militares “linha dura”.
► 1978 O AI 5 foi extinto e a censura à
imprensa diminuiu.
► Em 1979, depois de pressões da sociedade, o
presidente Figueiredo formulou e o Congresso
aprovou a “Lei da Anistia”. Todos os presos ou
exilados que haviam cometidos crimes políticos
seriam perdoados, excetos aqueles “de sangue”
16. A Lei da Anistia
Apesar da pressão popular, os militares
“linha-dura” ainda se manifestavam, como no
caso do Riocentro. O episódio desgastou ainda
mais os militares e a redemocratização, virou
“palavra de ordem”!
17. Os trabalhadores voltam a se organizar
►Aos poucos, operários voltam a se organizar...
Em 1978, a região do ABC conhece as
primeiras greves e nas eleições de 1982, novos
partidos surgem. Porém, para controlar o
processo de transição política, o próximo
presidente seria eleito via “Colégio Eleitoral”.
18. A economia: tempos ruins
Greves de 1978 Não eram apenas de
natureza política, mas também econômicas. A
enorme dívida externa e a recessão, provocou o
crescimento da inflação. Aumenta o desemprego
e os preços disparam, mas mesmo com as
dificuldades econômicas, ocorridas ao longo da
década de 1980, terminaria em 1985, com o fim
da ditadura militar.