O documento discute o cenário econômico brasileiro e seu impacto no mercado imobiliário. Apresenta desafios como baixa confiança, taxa de investimento e consumo baixos, além de inflação elevada. Também analisa o mercado imobiliário por região, com o Rio de Janeiro tendo os preços mais altos e a necessidade do governo intervir apenas em situações de falha de mercado.
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
Cenário econômico e mercado imobiliário
1. Pesquisa sobre os temas:
Palestrante do mercado
imobiliário
Wellington de Paula
2. Pesquisa sobre os temas:
Tema :
O cenário econômico brasileiro e o
mercado imobiliário.
3. Conteúdos:
*Cenário econômico brasileiro e mercado
imobiliário.
*Cenário econômico da sua região e seu
mercado imobiliário.
*Como as intervenções do governo afetam o
mercado imobiliário.
4. Alguns indicadores mostram as dificuldades que estão por vir. A começar pela recuperação da
confiança dos agentes (consumidores e empresários), a qual segue com tendência decrescente desde
2012. Atualmente a taxa de investimento está em 16% do PIB, um patamar baixo. Ao mesmo tempo,
observa-se menor propensão ao consumo, em especial de ativos mais caros, como imóveis e
automóveis. Além disso, a utilização da capacidade instalada, divulgada em outubro de 2014 pela FGV
(Fundação Getúlio Vargas), atingiu 82%, menor nível histórico desde agosto de 2009, quando o índice
alcançou 81,2%. Recuperar a confiança na economia exigirá ações concretas por parte do governo, as
quais influenciarão o comportamento dos mercados ao longo dos próximos meses.
A baixa geração de caixa do setor público, número seguido mês-a-mês pelas agências de
classificação de risco, também traz influências negativas para a confiança na economia. O resultado
fiscal em 2014 deverá alcançar algo entre 0% e 0,5% do PIB, número inferior à meta de 1,9% do PIB. A
manutenção do atual resultado fiscal compromete a estabilização da dívida pública como proporção do
PIB. Torna-se mandatório realizar ajuste fiscal com o intuito de retornar a um patamar que garanta, ao
menos, a estabilidade desta relação. Tal ajuste, embora seja factível, será complexo, dado o alto custo
do “contrato social” decorrente da Constituição de 1988.
A economia brasileira deve crescer muito pouco em 2014 (ao redor de 0%) e, mesmo assim,
apresentar inflação elevada (na casa dos 6,5%). Além disso, observa-se discrepância, desde 2011, entre
os preços relativos dos bens não-comercializáveis e bens comercializáveis, o que explica em parte a
desindustrialização brasileira. Enfim, os custos das empresas aumentam, mas essas têm dificuldade em
repassá-los para o preço final do produto.
Os desafios internos, portanto, parecem ser maiores do que antes. O resultado será um esforço
maior do que os observados nos últimos quatro anos para implementar reformas e realizar projetos,
em especial os que tiverem impactos fiscais relevantes.
continuação
5. O metro quadrado mais caro do Brasil está no Rio
de Janeiro, que em maio de 2014, a média na
cidade custava R$ 10.609, segundo o Índice
FipeZap (O bairro do Leblon atingiu o mais alto: R$
22.645). Esse valor representa aumento de 0,67%
em relação a abril do mesmo ano e de 13,6%
comparado a maio de 2013. Brasília e São Paulo
vêm em seguida, com metros quadrados valendo
R$ 8.136 e R$ 8.060, respectivamente.
Cidades muito urbanizadas, vêm tendo o metro
quadrado (em relação a móveis residenciais
disponibilizados para venda) muito valorizado ao
longo dos últimos cinco anos. Brasília, porém,
sofreu estagnação em 2013, e de dezembro do ano
passado para maio deste ano, teve o valor do seu
m² derrubado de R$ 8.670 para os já citados R$
8.136. Das cidades analisadas pelo FipeZap, Vila
Velha, Espírito Santo, tem o valor mais baixo, com
R$ 3.820 por m².
7. O funcionamento da economia e o mercado
imobiliário, a princípio, não precisa de
intervenções do governo. Por exemplo:
quando uma seca destrói a safra de feijão, o
preço do feijão sobe. Frente ao preço mais
alto, as pessoas passam a comprar menos
feijão, e o substituem por outro alimento
mais barato. Isso significa que a demanda
por feijão cai, diminuindo a pressão sobre
seus preços. Por outro lado, comerciantes
vão importar feijão, para aproveitar a
oportunidade de lucrar com os preços mais
altos. Ao colocarem no mercado essa
importação, a escassez do produto
diminuirá, com novo impulso à queda dos
preços.
Há, portanto, um mecanismo de ajuste
automático da economia: a escassez eleva
os preços e o aumento de preços induz o
fim da escassez. Em uma situação como
essa, não há necessidade de o governo
interferir na economia, pois ela se ajusta
sozinha.
Há, porém, situações em que o mercado
não se ajusta sozinho, são as chamadas
“falhas de mercado”. Quando o mercado
falha, a intervenção do governo pode ser
importante para colocar a sociedade em
um nível mais elevado de bem-estar. Mas
existem, também, as “falhas de governo”:
os problemas que o governo causa ao
intervir na economia.
Situações em que o governo deve intervir na
economia: 1. Direito de propriedade e
garantia de contratos, 2. Restrições à
competição3 – Bens públicos 4.
Externalidades, 5. Assimetria de
informações6. Inexistência de garantias, 7.
Falhas de coordenação, 8. Distribuição de
renda.