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Planos Narrativos
Em cinema ”um plano é o intervalo entre dois cortes".
Ou seja, do momento em que o diretor fala "gravando!"
ao momento em que ele grita "corta!".
Isso pode até estar certo, mas há uma definição que
engloba os planos em todas as mídias: ele é a reunião
de todos os elementos limitados pelo enquadramento.
Ou seja, tudo o que está no quadrinho, ou tudo o que
está na tela, ou no espaço determinado dentro da foto.
Plano Panorâmico
Mostra um cenário de forma mais ampla.
Sua função é ambientar o público antes de
envolvê-lo com os personagens.
Plano Geral
Tem a função de mostrar a relação do
personagem com o ambiente. Ele mostra
onde está o personagem, o que está
fazendo, outras pessoas que possam estar
ali com ele.
Plano Americano
Mostra boa parte do corpo de um
personagem, mas não tudo. Pode ser
considerado plano americano se o
enquadramento vai da cabeça até a cintura
ou coxa. É um plano narrativo e dramático.
Plano Italiano
É um pouco mais fechado que o Plano
Americano. Mostra o personagem a partir
do tórax. Ele nos dá um pouco mais de
intimidade com o personagem.
Close
Mostra os elementos do rosto do
personagem. Nos aproxima ainda mais do
personagem e nos dá uma percepção mais
clara das suas emoções.
Big Close
Enquadra apenas um único elemento do
rosto da personagem, como um olho o a
boca. É um plano às vezes simbólico e
muito expressivo.
Plano Detalhe
Mostra uma parte do corpo do personagem,
um animal ou um objeto.
É diferente do Big Close por não se prender
à elementos do rosto.
Plano Sequência
Ele não tem cortes. Nas HQs ele exige um pouco mais de
cuidado para ser executado (se é que é realmente
possível), podendo se tornar uma única e grande ilustração
contando uma história.
http://www.youtube.com/watch?v=-RGhSADIGOY
http://www.youtube.com/watch?v=NUlbPAzKFFo
http://www.youtube.com/watch?v=_8YRx47oylM
http://www.youtube.com/watch?v=1UWOhjnClJQ
Aula 4
Estruturando a ideia
A ideia
Escolha do tema
Público
Quanto espaço vai usar
Recursos visuais que você tem disponíveis.
Vai ser uma comédia?
Drama?
Terror?
Vai ser uma saga dividida em capítulos?
E os personagens? Como são?
E o universo em que a história se passa,
como é?
Tente estruturar o principal e deixe fluir
naturalmente o restante.
Começo, Conflito e Resolução
Começo:
É como sua história vai começar. Esta fase
é crucial porque ela serve para capturar o
leitor, então ela vai apresentar o
protagonista e os elementos que vão gerar
identificação com aquela história.
Conflito:
Nesta etapa já estamos envolvidos com o
protagonista, com o mundo e com alguns
coadjuvantes e já sabemos o que ele (a) vai ter
que enfrentar.
É a etapa onde a história deixa a zona de conforto,
o mundo comum, para embarcar na assim
chamada aventura.
Resolução:
É o final da história. Mas não apenas isso!
Você preparou o público para isso. Seu
personagem enfrentou diversos desafios
para chegar a esse momento.
Quando alguém acompanha uma
história, acaba criando suas próprias
expectativas, enquanto se envolve com
os personagens.
Se você acompanha os desafios do
protagonista, é porque quer vê-lo vencedor
no final. Isso causa a sensação de
recompensa no público e isso é vital para
que sua produção seja uma boa memória
na cabeça de quem foi impactado.
Exercício com animações da Pixar
Em grupo:
Identificar planos narrativos
Dividir: começo, conflito e resolução
RITMO
Toda montagem tem um ritmo, seja
um videoclipe, uma hq, uma
vinheta, um longa metragem ou
mesmo um curta.
E o ritmo em um discurso
audiovisual está intrinsecamente
ligado ao tema abordado e como
ele é narrado.
Essa velocidade com que as imagens são
apresentadas tem muito a ver com a idéia que
está na cabeça do diretor/escritor/quadrinista/
editor, TUDO gira em torno do conceito visual
dele, se esse conceito é limitado o material final
ficará igualmente limitado.
Ter no mínimo uma noção de movimento de
câmera é primordial para uma boa narrativa
visual, além de conhecer os planos de cena
e enquadramentos.
O ritmo é o segundo momento da
montagem; o primeiro, cortes
satisfatórios com continuidade para
clareza da narrativa.
Ritmo mais rápido, em geral,
sugere mais intensidade.
O ritmo vem da variação da
duração dos planos.
O tipo de transição também afeta o
ritmo.
O tempo é um dos elementos
do ritmo.
Se quiser mostrar um café da manhã no
ritmo do personagem (dinâmico), usar
planos curtos; se o personagem é pouco
dinâmico, usar planos mais longos.
Movimentos de câmera;
movimentos dentro do plano e o
corte em movimento fazem a cena
dinâmica.
Não deixe os cortes se tornarem
previsíveis, se não muda o ritmo
não altera a dinâmica.
Não há surpresas.
Os melhores cortes passam despercebidos,
são suaves.
Os piores cortes chamam atenção para si
mesmos. Eles pulam.
Exemplos de ritmos
Trabalho:
Em grupos, estruturar uma ideia de
narrativa visual, com tema livre, podendo
usar uma sequência fotográfica, uma
história em quadrinhos, um vídeo ou uma
animação como resultado final.
Etapas:
1 – Definição do tema e do suporte (vídeo,
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  • 2. Em cinema ”um plano é o intervalo entre dois cortes". Ou seja, do momento em que o diretor fala "gravando!" ao momento em que ele grita "corta!". Isso pode até estar certo, mas há uma definição que engloba os planos em todas as mídias: ele é a reunião de todos os elementos limitados pelo enquadramento. Ou seja, tudo o que está no quadrinho, ou tudo o que está na tela, ou no espaço determinado dentro da foto.
  • 3.
  • 4. Plano Panorâmico Mostra um cenário de forma mais ampla. Sua função é ambientar o público antes de envolvê-lo com os personagens.
  • 5.
  • 6. Plano Geral Tem a função de mostrar a relação do personagem com o ambiente. Ele mostra onde está o personagem, o que está fazendo, outras pessoas que possam estar ali com ele.
  • 7.
  • 8. Plano Americano Mostra boa parte do corpo de um personagem, mas não tudo. Pode ser considerado plano americano se o enquadramento vai da cabeça até a cintura ou coxa. É um plano narrativo e dramático.
  • 9.
  • 10. Plano Italiano É um pouco mais fechado que o Plano Americano. Mostra o personagem a partir do tórax. Ele nos dá um pouco mais de intimidade com o personagem.
  • 11.
  • 12. Close Mostra os elementos do rosto do personagem. Nos aproxima ainda mais do personagem e nos dá uma percepção mais clara das suas emoções.
  • 13.
  • 14. Big Close Enquadra apenas um único elemento do rosto da personagem, como um olho o a boca. É um plano às vezes simbólico e muito expressivo.
  • 15.
  • 16. Plano Detalhe Mostra uma parte do corpo do personagem, um animal ou um objeto. É diferente do Big Close por não se prender à elementos do rosto.
  • 17.
  • 18. Plano Sequência Ele não tem cortes. Nas HQs ele exige um pouco mais de cuidado para ser executado (se é que é realmente possível), podendo se tornar uma única e grande ilustração contando uma história.
  • 22. A ideia Escolha do tema Público Quanto espaço vai usar Recursos visuais que você tem disponíveis.
  • 23. Vai ser uma comédia? Drama? Terror? Vai ser uma saga dividida em capítulos? E os personagens? Como são? E o universo em que a história se passa, como é?
  • 24. Tente estruturar o principal e deixe fluir naturalmente o restante.
  • 25. Começo, Conflito e Resolução
  • 26. Começo: É como sua história vai começar. Esta fase é crucial porque ela serve para capturar o leitor, então ela vai apresentar o protagonista e os elementos que vão gerar identificação com aquela história.
  • 27. Conflito: Nesta etapa já estamos envolvidos com o protagonista, com o mundo e com alguns coadjuvantes e já sabemos o que ele (a) vai ter que enfrentar. É a etapa onde a história deixa a zona de conforto, o mundo comum, para embarcar na assim chamada aventura.
  • 28. Resolução: É o final da história. Mas não apenas isso! Você preparou o público para isso. Seu personagem enfrentou diversos desafios para chegar a esse momento.
  • 29. Quando alguém acompanha uma história, acaba criando suas próprias expectativas, enquanto se envolve com os personagens.
  • 30. Se você acompanha os desafios do protagonista, é porque quer vê-lo vencedor no final. Isso causa a sensação de recompensa no público e isso é vital para que sua produção seja uma boa memória na cabeça de quem foi impactado.
  • 31. Exercício com animações da Pixar Em grupo: Identificar planos narrativos Dividir: começo, conflito e resolução
  • 32. RITMO
  • 33. Toda montagem tem um ritmo, seja um videoclipe, uma hq, uma vinheta, um longa metragem ou mesmo um curta.
  • 34. E o ritmo em um discurso audiovisual está intrinsecamente ligado ao tema abordado e como ele é narrado.
  • 35.
  • 36. Essa velocidade com que as imagens são apresentadas tem muito a ver com a idéia que está na cabeça do diretor/escritor/quadrinista/ editor, TUDO gira em torno do conceito visual dele, se esse conceito é limitado o material final ficará igualmente limitado.
  • 37. Ter no mínimo uma noção de movimento de câmera é primordial para uma boa narrativa visual, além de conhecer os planos de cena e enquadramentos.
  • 38.
  • 39. O ritmo é o segundo momento da montagem; o primeiro, cortes satisfatórios com continuidade para clareza da narrativa.
  • 40. Ritmo mais rápido, em geral, sugere mais intensidade.
  • 41. O ritmo vem da variação da duração dos planos.
  • 42. O tipo de transição também afeta o ritmo.
  • 43. O tempo é um dos elementos do ritmo. Se quiser mostrar um café da manhã no ritmo do personagem (dinâmico), usar planos curtos; se o personagem é pouco dinâmico, usar planos mais longos.
  • 44. Movimentos de câmera; movimentos dentro do plano e o corte em movimento fazem a cena dinâmica.
  • 45. Não deixe os cortes se tornarem previsíveis, se não muda o ritmo não altera a dinâmica. Não há surpresas.
  • 46. Os melhores cortes passam despercebidos, são suaves. Os piores cortes chamam atenção para si mesmos. Eles pulam.
  • 48. Trabalho: Em grupos, estruturar uma ideia de narrativa visual, com tema livre, podendo usar uma sequência fotográfica, uma história em quadrinhos, um vídeo ou uma animação como resultado final.
  • 49. Etapas: 1 – Definição do tema e do suporte (vídeo, animação, teatro, etc) 2 – Montagem do roteiro 3 – Produção 4 - Apresentação