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Grécia Antiga
Prof.ª Viviane Jordão
INTRODUÇÃO
 A Grécia, na Antiguidade, constituem uma grande
influência na formação do pensamento ocidental, a ponto
de ser considerada “berço” da nossa civilização.
 Da Grécia, herdamos uma extensa gama de conhecimentos
científicos, filosóficos e políticos que mobilizamos até
hoje.
 Devemos aos gregos grande parte de nossa filosofia, de
nossas artes plásticas, nosso interesse pelo teatro, um
vasto conhecimento de literatura e muito de nosso
conhecimento político.
FORMAÇÃO DA GRÉCIA ANTIGA
 A Grécia Antiga, ocupava as terras ao sul da península
Balcânica, as ilhas do Egeu, o litoral da Ásia Menor (atual
Turquia) e mais tarde o sul da península Itálica.
 A partir do século XX a.C., em sucessivas migrações, tribos
de origem indo-europeia ocuparam esse território, que já
era habitado.
 Primeiro vieram os aqueus, que fundaram a civilização
micênica e devastaram a civilização minoica da ilha de
Creta. Mais tarde chegaram os jônios, os eólios e, a partir do
século XII a.C. os dórios.
 Esses grupos se autodeterminaram helenos e chamaram de
Hélade o território ocupado. Por isso, a cultura grega é
chamada de helenística.
PERÍODOS DA HISTÓRIA GREGA
 Pré-Homérico ou Micênico (XX a.C. a XII a.C.)
 Homérico (XII a.C. a VIII a.C.)
 Arcaico (VIII a.C. a V a.C.)
 Clássico (V a.C. a IV a.C.)
 Helenístico (IV a.C. a II a.C.)
A SOCIEDADE MINOICA (CRETENSES)
 A arqueologia é a principal fonte dos historiadores para o
conhecimento da civilização minoica. Os palácios, cujas ruínas
foram descobertas e estudas a partir do final do século XIX,
datam um período anterior a 2000 a.C. Minos, do qual deriva
o nome dessa civilização, faz referência a uma dinastia ou a
um título (Rei Minos).
 As ruínas de Cnossos, cidade-palácio, permitem formular a
hipótese da existência de uma monarquia na qual o poder se
fundamentava no domínio do mar, a talassocracia (poderio
político e econômico de um Estado baseado no domínio das
rotas marítimas comerciais; domínio dos mares por um
Estado; império marítimo.)
A SOCIEDADE MINOICA
 A religião era matriarcal,
caracterizada pelo princípio da
fecundidade. A principal divindade
era a Deusa-Mãe, fonte da vida, do
bem e do mal.
 Essa importante civilização
prosperou até o século XVII a.C.
Nesse momento, já havia surgido na
Grécia continental um novo grupo
humano.
PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO
(XX a.C – XII a.C)
 Os indo-europeus começaram a chegar à região da Hélade
por volta de 1950 a.C. Os primeiros a chegar foram os
aqueus, arianos de origem indo-europeia, e se
estabeleceram em Micenas, uma cidade da Grécia
Continental.
 Por cerca de dois séculos, houve a miscigenação e contato
entre os cretenses e os aqueus, até que, em 1450 a.C., os
aqueus invadiram a ilha de Creta, e os cretenses foram
dominados pelos aqueus. Micenas passou a ser o centro
econômico, político e cultural da região.
 Não havia unidade política entre os micênicos, e sim reinos
independentes cujos os governantes se dedicavam a guerra.
 Prova dessa atividade guerreira aparece em um dos poemas
épicos atribuídos a Homero, a Ilíada.
 Essa obra relata a guerra travada pelos aqueus contra a
cidade de Troia (atual Turquia). Pesquisas sugerem que de fato
houve uma guerra para saquear a cidade, rica em tesouros,
que foram pilhadas pelos aqueus.
 O domínio micênico perdurou até o século XII a.C. Nesse
momento, uma nova onda de invasões de tribos indo-
europeias (eólios, jônios e dórios), chegaram na região. Mas,
os dórios acabaram com a hegemonia de Micenas e vários
grupos fugiram da região. Esse episódio ficou conhecido como
a Primeira Diáspora.
 O período que chamamos Homérico iniciou-se com a Primeira
Diáspora e sua característica predominante é a organização da
população em comunidades agrícolas pequenas e fundadas no
princípio do coletivismo igualitário, os genos.
 Geno -> unidade econômica, social, política e religiosa. Cada
geno era uma família que produzia de forma coletiva, tudo
pertencia a todos.
 O geno era comandado por um patriarca (pater), um homem
da família considerado mais velho e mais sábio. Responsável
também pelas atividades religiosas.
 No período Homérico predominou a comunidade gentílica.
PERÍODO HOMÉRICO
(XII a.C – VIII a.C.)
 Muitos grupos afetados pelas constantes instabilidades,
sobretudo os mais desfavorecidos, abandonaram a região para
se instalarem em outros locais. Esse episódio é chamado
Segunda Diáspora.
 Vários genos deram origem a diferentes fátrias (associação
dos genos). Porém com a intensidade do crescimento
demográfico, foi necessário um novo processo de fusão.
 As diferentes fatrias formara as tribos. Finalmente as tribos
agruparam-se em unidades ainda maiores denominadas demos
(povo em grego).
 O governo dos demos centralizou-se em um único chefe
supremo, o basileu. Deram origem às comunidades
independentes que viriam a ser as pólis.
PERÍODO ARCAICO
(VIII a.C. – V a.C.)
 Formação da pólis: cidade-Estado grega.
 Autarquia (governo próprio), cidades autônomas do ponto
de vista político.
 Embora muito diferentes, as poleis gregas tinham
elementos comuns, como a distribuição espacial.
 No alto da cidade, ficava a Acrópole (espécie de fortaleza
do rei e o templo da divindade local).
 Bem próximo à cidade alta, surgia o Asty, o mercado, que
progressivamente ganhava importância com o fim do
isolamento dos genos.
 Abrigavam também a ágora, praça utilizada para as reuniões
públicas e para a realização de negócios.
 A cidade baixa, com as casas da maioria da população.
 Assim como a economia, a estrutura social também era
bastante diversa na pólis. As terras mais férteis ficavam nas
mãos dos eupátridas (grandes proprietários rurais), e em geral
eram cultivadas por homens livres que prestavam serviços em
troca de moradia e alimentação.
 Estrangeiros e jovens pobres trabalhavam como agregados e
recebiam remuneração. Além desses empregados, havia os
escravos. Na Grécia Antiga, tornava-se escravo aquele que
não conseguia pagar suas dívidas e aqueles que eram
dominados em guerras.
 A camada dominante usufruía do direito da cidadania, da qual
estavam excluídos os camponeses, as mulheres e os escravos.
 Nessa época, aflorou na Grécia um forte sentimento de
identidade cultural.
 Foi somente nesse período que a língua, a religião e outros
padrões comuns a esses quatro povos fizeram com que as
diferenças fossem reduzidas e que os aqueus, eólios, dórios e
jônios passassem a ser considerados um só povo. Esse
sentimento levou-os a se autodesignarem helênicos.
 Criaram as Olimpíadas (séc. VIII a.C. ao século V d.C.), jogos
realizados na Olímpia em homenagem a Zeus, pois buscavam
através dos Jogos Olímpicos a paz e a harmonia entre as
cidades que compunham a civilização grega. Uma forma de
manter a identidade enquanto gregos.
ESPARTA
 Características: militar, xenófoba, agrária e oligárquica.
 Esparta foi uma pólis de origem dórica, fundada na
Lacônia, na Península do Peloponeso.
 Foi governada por oligarquias (poder exercido por um
pequeno grupo de pessoas).
 O Estado era uma diarquia (dois reis, com funções
executivas e militares).
 O Estado era militarizado e o modo de vida rigidamente
regulamentado e hierarquizado.
 O Estado era proprietário de todas as terras e também dos
escravos.
 A educação dos espartanos homens era voltada para a
obediência e aptidão física. Aos 18 anos ingressavam no
exército. As meninas ficavam sempre com a família, mas
tinham uma educação severa e centrada em exercícios físicos.
 A sociedade era formada por três grupos:
-Espartanos (detentores da cidadania e dos privilégios)
-Periecos (sem direitos políticos e dedicado ao pequeno
comércio da cidade)
-Hilotas (propriedades do Estado e presos as terras exploradas
pelos cidadãos).
ATENAS
 Características: democrática, cosmopolita, comercial,
filosofia.
 Atenas era uma pólis situada na Ática, uma península
muito próxima ao mar e a diversas ilhas.
 Sua população descendia dos aqueus, eólios e jônios.
 A população ateniense era composta pelos eupátridas
(grandes proprietários rurais), demiurgos (artesãos e
pequenos proprietários), metecos (estrangeiros que
exerciam a atividade mercantil, mas não tinham direitos
políticos) e os escravos (por dívidas ou por serem
prisioneiros de guerra)
 As leis praticadas na Grécia nesse período eram
transmitidas oralmente e também eram aplicadas pela
aristocracia , o que garantia uma boa dose de parcialidade
e subjetividade em suas aplicações. A maior reivindicação
das camadas populares era por leis escritas.
 A pressão das novas forças sociais abalou as instituições
atenienses. Assim Drácon em 621 a.C, publicou o primeiro
código de leis. Outro importante legislador foi Sólon, que
eliminou a escravidão por dívidas, libertando dos
pequenos proprietários.
Drácon, Sólon e as leis escritas
Tirania
 Definição: A tirania foi uma aliança entre os novos ricos e
os pobres que, voltando-se contra a aristocracia rural,
culminou na derrocada do poder da oligarquia.
 O dirigente com poderes ilimitados, afastava pela força os
setores dominantes tradicionais, mas assegurava uma base
de sustentação ao atender algumas reivindicações
populares.
 Pisístrato, que governou Atenas de 546 a.C. até 527 a.C.
era extremamente adorado pelo povo e realizou uma série
de medidas que trouxeram prosperidade e embelezaram a
cidade
Democracia
 Clístenes é conhecido como o “pai da democracia”. Em
507 a.C., realizou reformas que tinham como objetivo
acabar de vez com o poder da aristocracia oligárquica e,
para isso, começou um radical reordenamento social.
 Os atenienses foram divididos em 100 circunscrições
territoriais denominadas demos, distribuídas por três
regiões distintas: cidade, costa e interior. Dez demos
formavam uma tribo. Assim, Atenas ficou dividida em 10
tribos. Utilizando o Conselho Político criado por Sólon, a
Bulé, determinou-se que o conselho passasse a ter 500
membros, cabendo a cada tribo eleger 50 deles.
 Participavam das eleições aqueles que eram considerados
cidadãos: homens livres, brancos e detentores de
propriedade. Cabia à Eclésia, a assembleia de todos os
cidadãos, discutir e votar os projetos de lei preparados
pela Bulé. A função judiciária ficava nas mãos do Helieu,
composto por 6 000 cidadãos sorteados.
O período Clássico (V a.C. a IV a.C.)
 Foi durante o governo de Péricles (461 a.C. a 429 a.C.)
que a democracia ateniense alcançou sua plenitude, por
meio do estabelecimento dos princípios da isonomia
(igualdade de todos perante a lei), da isegoria (direito à
fala durante a Assembleia) e isocracia (igualdade de
participação no poder).
 Esse período é considerado o período Clássico (V a.C. a IV
a.C.) da civilização grega, seu momento de esplendor e
prosperidade.
Democracia direta e indireta
 Na democracia ateniense, todos
os cidadãos eram obrigados a
comparecer à Assembleia, que
era um comício ao ar livre aberto
para a fala e o posicionamento de
todos. Nas sociedades atuais,
vigora a democracia
representativa, o que significa
que os cidadãos elegem
representantes que comparecem
aos fóruns de decisão política.
Instituições da democracia ateniense
 Eclésia -> Os cidadãos reuniam-se em praça pública
(ágora), formando a Eclésia (assembleia popular), onde
eram ouvidos os demagogos (orientadores do povo),
votadas as leis. Era também a Eclésia que elegia os
estrategos.
 Magistrados:
- Estrategos –> 10 magistrados eleitos anual e diretamente
pelo povo para chefiar a marinha e o exército. Péricles foi
eleito durante 30 anos.
- Arcontes –> 10 cidadãos sorteados anualmente, a quem
competia funções religiosas e judiciais, como verificar as leis
e presidir aos tribunais.
 Bulé ou Conselho dos 500 – assembleia que tinha por
função preparar as leis que iriam ser votadas pela Eclésia.
Era constituída por 500 cidadãos (50 por tribo) sorteados
anualmente.
 Tribunais:
- Areópago –> tribunal constituído por antigos arcontes,
sorteados anualmente, com competência para julgar crimes
graves e questões religiosas.
- Helieu –> tribunal que julga outras assuntos.
 Os cargos da democracia eram alguns eleitos pela
assembleia e outros sorteados.
Guerra de Peloponeso
(431 a.C. a 404 a.C.)
 Disputa comercial entre Atenas e Corinto, antiga aliada de
Esparta, as duas principais pólis gregas entraram em
conflito direto. Tinha início a Guerra do Peloponeso.
Atenas x Esparta
 Durante a guerra, Atenas foi atingida pela peste, que
acometeu o próprio Péricles. Após vários anos de
combate, Esparta recebeu a ajuda dos persas e Atenas foi
derrotada.
O período Helenístico (IV a.C. a II a.C.)
 A Guerra do Peloponeso acabou por esgotar tanto militar
quanto economicamente as pólis gregas, além de destruir,
obviamente, o sistema democrático. Esparta impôs em
Atenas um regime aristocrático e isso estendeu-se para as
demais pólis da Liga de Delos. Além disso, Esparta já
tinha entrado em conflito com outras cidades, como
Tebas.
 Aproveitando-se da situação, Felipe II – rei da Macedônia,
invadiu a Grécia e, na batalha de Queroneia (338 a.C.),
conquistou as pólis gregas e submeteu-as ao seu domínio.
Quando em 336 a.C., Felipe II morreu assassinado, seu
filho Alexandre, rapidamente, sufocou uma tentativa de
revolta grega.
 Após dominar a Grécia, Alexandre logo partiu para a
conquista de territórios orientais, como o Egito e a Índia.
Alexandre ficou conhecido por formar, rapidamente, um
vasto império que promoveu a integração cultural e a
miscigenação entre diferentes povos.
 Alexandre foi o responsável pela mescla de valores gregos
com os de outros povos dominados. A cultura advinda
desse momento é comumente chamada helenística, pois
combina elementos helênicos (gregos) à cultura de povos
conquistados pelos macedônios.

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Grécia Antiga

  • 2. INTRODUÇÃO  A Grécia, na Antiguidade, constituem uma grande influência na formação do pensamento ocidental, a ponto de ser considerada “berço” da nossa civilização.  Da Grécia, herdamos uma extensa gama de conhecimentos científicos, filosóficos e políticos que mobilizamos até hoje.  Devemos aos gregos grande parte de nossa filosofia, de nossas artes plásticas, nosso interesse pelo teatro, um vasto conhecimento de literatura e muito de nosso conhecimento político.
  • 3. FORMAÇÃO DA GRÉCIA ANTIGA  A Grécia Antiga, ocupava as terras ao sul da península Balcânica, as ilhas do Egeu, o litoral da Ásia Menor (atual Turquia) e mais tarde o sul da península Itálica.  A partir do século XX a.C., em sucessivas migrações, tribos de origem indo-europeia ocuparam esse território, que já era habitado.  Primeiro vieram os aqueus, que fundaram a civilização micênica e devastaram a civilização minoica da ilha de Creta. Mais tarde chegaram os jônios, os eólios e, a partir do século XII a.C. os dórios.  Esses grupos se autodeterminaram helenos e chamaram de Hélade o território ocupado. Por isso, a cultura grega é chamada de helenística.
  • 4. PERÍODOS DA HISTÓRIA GREGA  Pré-Homérico ou Micênico (XX a.C. a XII a.C.)  Homérico (XII a.C. a VIII a.C.)  Arcaico (VIII a.C. a V a.C.)  Clássico (V a.C. a IV a.C.)  Helenístico (IV a.C. a II a.C.)
  • 5. A SOCIEDADE MINOICA (CRETENSES)  A arqueologia é a principal fonte dos historiadores para o conhecimento da civilização minoica. Os palácios, cujas ruínas foram descobertas e estudas a partir do final do século XIX, datam um período anterior a 2000 a.C. Minos, do qual deriva o nome dessa civilização, faz referência a uma dinastia ou a um título (Rei Minos).  As ruínas de Cnossos, cidade-palácio, permitem formular a hipótese da existência de uma monarquia na qual o poder se fundamentava no domínio do mar, a talassocracia (poderio político e econômico de um Estado baseado no domínio das rotas marítimas comerciais; domínio dos mares por um Estado; império marítimo.)
  • 6. A SOCIEDADE MINOICA  A religião era matriarcal, caracterizada pelo princípio da fecundidade. A principal divindade era a Deusa-Mãe, fonte da vida, do bem e do mal.  Essa importante civilização prosperou até o século XVII a.C. Nesse momento, já havia surgido na Grécia continental um novo grupo humano.
  • 7. PERÍODO PRÉ-HOMÉRICO (XX a.C – XII a.C)  Os indo-europeus começaram a chegar à região da Hélade por volta de 1950 a.C. Os primeiros a chegar foram os aqueus, arianos de origem indo-europeia, e se estabeleceram em Micenas, uma cidade da Grécia Continental.  Por cerca de dois séculos, houve a miscigenação e contato entre os cretenses e os aqueus, até que, em 1450 a.C., os aqueus invadiram a ilha de Creta, e os cretenses foram dominados pelos aqueus. Micenas passou a ser o centro econômico, político e cultural da região.
  • 8.  Não havia unidade política entre os micênicos, e sim reinos independentes cujos os governantes se dedicavam a guerra.  Prova dessa atividade guerreira aparece em um dos poemas épicos atribuídos a Homero, a Ilíada.  Essa obra relata a guerra travada pelos aqueus contra a cidade de Troia (atual Turquia). Pesquisas sugerem que de fato houve uma guerra para saquear a cidade, rica em tesouros, que foram pilhadas pelos aqueus.  O domínio micênico perdurou até o século XII a.C. Nesse momento, uma nova onda de invasões de tribos indo- europeias (eólios, jônios e dórios), chegaram na região. Mas, os dórios acabaram com a hegemonia de Micenas e vários grupos fugiram da região. Esse episódio ficou conhecido como a Primeira Diáspora.
  • 9.  O período que chamamos Homérico iniciou-se com a Primeira Diáspora e sua característica predominante é a organização da população em comunidades agrícolas pequenas e fundadas no princípio do coletivismo igualitário, os genos.  Geno -> unidade econômica, social, política e religiosa. Cada geno era uma família que produzia de forma coletiva, tudo pertencia a todos.  O geno era comandado por um patriarca (pater), um homem da família considerado mais velho e mais sábio. Responsável também pelas atividades religiosas.  No período Homérico predominou a comunidade gentílica. PERÍODO HOMÉRICO (XII a.C – VIII a.C.)
  • 10.  Muitos grupos afetados pelas constantes instabilidades, sobretudo os mais desfavorecidos, abandonaram a região para se instalarem em outros locais. Esse episódio é chamado Segunda Diáspora.  Vários genos deram origem a diferentes fátrias (associação dos genos). Porém com a intensidade do crescimento demográfico, foi necessário um novo processo de fusão.  As diferentes fatrias formara as tribos. Finalmente as tribos agruparam-se em unidades ainda maiores denominadas demos (povo em grego).  O governo dos demos centralizou-se em um único chefe supremo, o basileu. Deram origem às comunidades independentes que viriam a ser as pólis.
  • 11. PERÍODO ARCAICO (VIII a.C. – V a.C.)  Formação da pólis: cidade-Estado grega.  Autarquia (governo próprio), cidades autônomas do ponto de vista político.  Embora muito diferentes, as poleis gregas tinham elementos comuns, como a distribuição espacial.  No alto da cidade, ficava a Acrópole (espécie de fortaleza do rei e o templo da divindade local).  Bem próximo à cidade alta, surgia o Asty, o mercado, que progressivamente ganhava importância com o fim do isolamento dos genos.
  • 12.  Abrigavam também a ágora, praça utilizada para as reuniões públicas e para a realização de negócios.  A cidade baixa, com as casas da maioria da população.  Assim como a economia, a estrutura social também era bastante diversa na pólis. As terras mais férteis ficavam nas mãos dos eupátridas (grandes proprietários rurais), e em geral eram cultivadas por homens livres que prestavam serviços em troca de moradia e alimentação.  Estrangeiros e jovens pobres trabalhavam como agregados e recebiam remuneração. Além desses empregados, havia os escravos. Na Grécia Antiga, tornava-se escravo aquele que não conseguia pagar suas dívidas e aqueles que eram dominados em guerras.  A camada dominante usufruía do direito da cidadania, da qual estavam excluídos os camponeses, as mulheres e os escravos.
  • 13.  Nessa época, aflorou na Grécia um forte sentimento de identidade cultural.  Foi somente nesse período que a língua, a religião e outros padrões comuns a esses quatro povos fizeram com que as diferenças fossem reduzidas e que os aqueus, eólios, dórios e jônios passassem a ser considerados um só povo. Esse sentimento levou-os a se autodesignarem helênicos.  Criaram as Olimpíadas (séc. VIII a.C. ao século V d.C.), jogos realizados na Olímpia em homenagem a Zeus, pois buscavam através dos Jogos Olímpicos a paz e a harmonia entre as cidades que compunham a civilização grega. Uma forma de manter a identidade enquanto gregos.
  • 14. ESPARTA  Características: militar, xenófoba, agrária e oligárquica.  Esparta foi uma pólis de origem dórica, fundada na Lacônia, na Península do Peloponeso.  Foi governada por oligarquias (poder exercido por um pequeno grupo de pessoas).  O Estado era uma diarquia (dois reis, com funções executivas e militares).  O Estado era militarizado e o modo de vida rigidamente regulamentado e hierarquizado.
  • 15.  O Estado era proprietário de todas as terras e também dos escravos.  A educação dos espartanos homens era voltada para a obediência e aptidão física. Aos 18 anos ingressavam no exército. As meninas ficavam sempre com a família, mas tinham uma educação severa e centrada em exercícios físicos.  A sociedade era formada por três grupos: -Espartanos (detentores da cidadania e dos privilégios) -Periecos (sem direitos políticos e dedicado ao pequeno comércio da cidade) -Hilotas (propriedades do Estado e presos as terras exploradas pelos cidadãos).
  • 16. ATENAS  Características: democrática, cosmopolita, comercial, filosofia.  Atenas era uma pólis situada na Ática, uma península muito próxima ao mar e a diversas ilhas.  Sua população descendia dos aqueus, eólios e jônios.  A população ateniense era composta pelos eupátridas (grandes proprietários rurais), demiurgos (artesãos e pequenos proprietários), metecos (estrangeiros que exerciam a atividade mercantil, mas não tinham direitos políticos) e os escravos (por dívidas ou por serem prisioneiros de guerra)
  • 17.  As leis praticadas na Grécia nesse período eram transmitidas oralmente e também eram aplicadas pela aristocracia , o que garantia uma boa dose de parcialidade e subjetividade em suas aplicações. A maior reivindicação das camadas populares era por leis escritas.  A pressão das novas forças sociais abalou as instituições atenienses. Assim Drácon em 621 a.C, publicou o primeiro código de leis. Outro importante legislador foi Sólon, que eliminou a escravidão por dívidas, libertando dos pequenos proprietários. Drácon, Sólon e as leis escritas
  • 18. Tirania  Definição: A tirania foi uma aliança entre os novos ricos e os pobres que, voltando-se contra a aristocracia rural, culminou na derrocada do poder da oligarquia.  O dirigente com poderes ilimitados, afastava pela força os setores dominantes tradicionais, mas assegurava uma base de sustentação ao atender algumas reivindicações populares.  Pisístrato, que governou Atenas de 546 a.C. até 527 a.C. era extremamente adorado pelo povo e realizou uma série de medidas que trouxeram prosperidade e embelezaram a cidade
  • 19. Democracia  Clístenes é conhecido como o “pai da democracia”. Em 507 a.C., realizou reformas que tinham como objetivo acabar de vez com o poder da aristocracia oligárquica e, para isso, começou um radical reordenamento social.  Os atenienses foram divididos em 100 circunscrições territoriais denominadas demos, distribuídas por três regiões distintas: cidade, costa e interior. Dez demos formavam uma tribo. Assim, Atenas ficou dividida em 10 tribos. Utilizando o Conselho Político criado por Sólon, a Bulé, determinou-se que o conselho passasse a ter 500 membros, cabendo a cada tribo eleger 50 deles.
  • 20.  Participavam das eleições aqueles que eram considerados cidadãos: homens livres, brancos e detentores de propriedade. Cabia à Eclésia, a assembleia de todos os cidadãos, discutir e votar os projetos de lei preparados pela Bulé. A função judiciária ficava nas mãos do Helieu, composto por 6 000 cidadãos sorteados.
  • 21. O período Clássico (V a.C. a IV a.C.)  Foi durante o governo de Péricles (461 a.C. a 429 a.C.) que a democracia ateniense alcançou sua plenitude, por meio do estabelecimento dos princípios da isonomia (igualdade de todos perante a lei), da isegoria (direito à fala durante a Assembleia) e isocracia (igualdade de participação no poder).  Esse período é considerado o período Clássico (V a.C. a IV a.C.) da civilização grega, seu momento de esplendor e prosperidade.
  • 22. Democracia direta e indireta  Na democracia ateniense, todos os cidadãos eram obrigados a comparecer à Assembleia, que era um comício ao ar livre aberto para a fala e o posicionamento de todos. Nas sociedades atuais, vigora a democracia representativa, o que significa que os cidadãos elegem representantes que comparecem aos fóruns de decisão política.
  • 23. Instituições da democracia ateniense  Eclésia -> Os cidadãos reuniam-se em praça pública (ágora), formando a Eclésia (assembleia popular), onde eram ouvidos os demagogos (orientadores do povo), votadas as leis. Era também a Eclésia que elegia os estrategos.  Magistrados: - Estrategos –> 10 magistrados eleitos anual e diretamente pelo povo para chefiar a marinha e o exército. Péricles foi eleito durante 30 anos. - Arcontes –> 10 cidadãos sorteados anualmente, a quem competia funções religiosas e judiciais, como verificar as leis e presidir aos tribunais.
  • 24.  Bulé ou Conselho dos 500 – assembleia que tinha por função preparar as leis que iriam ser votadas pela Eclésia. Era constituída por 500 cidadãos (50 por tribo) sorteados anualmente.  Tribunais: - Areópago –> tribunal constituído por antigos arcontes, sorteados anualmente, com competência para julgar crimes graves e questões religiosas. - Helieu –> tribunal que julga outras assuntos.  Os cargos da democracia eram alguns eleitos pela assembleia e outros sorteados.
  • 25. Guerra de Peloponeso (431 a.C. a 404 a.C.)  Disputa comercial entre Atenas e Corinto, antiga aliada de Esparta, as duas principais pólis gregas entraram em conflito direto. Tinha início a Guerra do Peloponeso. Atenas x Esparta  Durante a guerra, Atenas foi atingida pela peste, que acometeu o próprio Péricles. Após vários anos de combate, Esparta recebeu a ajuda dos persas e Atenas foi derrotada.
  • 26. O período Helenístico (IV a.C. a II a.C.)  A Guerra do Peloponeso acabou por esgotar tanto militar quanto economicamente as pólis gregas, além de destruir, obviamente, o sistema democrático. Esparta impôs em Atenas um regime aristocrático e isso estendeu-se para as demais pólis da Liga de Delos. Além disso, Esparta já tinha entrado em conflito com outras cidades, como Tebas.  Aproveitando-se da situação, Felipe II – rei da Macedônia, invadiu a Grécia e, na batalha de Queroneia (338 a.C.), conquistou as pólis gregas e submeteu-as ao seu domínio. Quando em 336 a.C., Felipe II morreu assassinado, seu filho Alexandre, rapidamente, sufocou uma tentativa de revolta grega.
  • 27.  Após dominar a Grécia, Alexandre logo partiu para a conquista de territórios orientais, como o Egito e a Índia. Alexandre ficou conhecido por formar, rapidamente, um vasto império que promoveu a integração cultural e a miscigenação entre diferentes povos.  Alexandre foi o responsável pela mescla de valores gregos com os de outros povos dominados. A cultura advinda desse momento é comumente chamada helenística, pois combina elementos helênicos (gregos) à cultura de povos conquistados pelos macedônios.

Notas do Editor

  1. O período anterior a 1200 a.C., caracterizado pela imigração de povos indo-europeus e pela formação da cultura cretomicênica, recebeu a denominação de Pré-Homérico, pois aconteceu antes da suposta existência do poeta Homero.
  2. Os vencedores eram recebidos como heróis em suas cidades e ganhavam uma coroa de louros.