The document discusses the complex regulation of microRNAs (miRNAs) and their role in cancer. It describes how miRNAs are produced through transcription and processing, how they can both repress and activate mRNA expression through binding to different regions, and how miRNA regulation is often disrupted in cancer through genetic and epigenetic changes.
Apresentação the complexities of micro rna regulation mirandering around the rules
1. THE COMPLEXITIES OF MICRORNA REGULATION:
MIRANDERING AROUND THE RULES
Kimberly Breving, Aurora Esquela-Kerscher
Department of Microbiology and Molecular Cell Biology,
Eastern Virginia Medical School, Norfolk, VA , United States
25/4/2013
Apresentação: Vitor Lima Coelho
Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação
Laboratório Nacional de Computação Científica
Petrópolis, RJ
2. Tópicos
• Introdução
• Biogênese do miRNA
• Repressão e Ativação do mRNA
• miRNA e Câncer
• Considerações finais
• Referências
25/4/2013
4. Introdução
• MicroRNAs (miRNAs) são pequenas moléculas
de RNA de fita única com aproximadamente 22
nucleotídeos.
• Em geral, os miRNAs são localizados nas
regiões intergênicas, nos éxons ou íntrons de
outros genes.
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5. Introdução
• Apresentam função na degradação ou inibição da
tradução do mRNA [1].
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Fonte: http://www.laskerfoundation.org/awards/2008_b_description.htm
6. Introdução
• Considerada a maior classe de reguladores
gênicos.
• O miRBase é um repositório online de anotações
e sequências de miRNA.
• O número de sequências da base de dados sofreu
crescimento exponencial desde sua implementação.
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7. Introdução
• O release 18 do miRBase contém mais de 1.900
miRNAs maduros distintos, com mais de 1.520
loci de genes de miRNA somente de humanos.
• Além disso, o número de publicações na PubMed
com referências para a palavra-chave
“microRNA” acompanhou esse crescimento
exponencial [2].
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10. Biogênese do miRNA
•Núcleo:
• Transcrição
• Formação de pre-miRNA
•Citoplasma:
• Formação do miRNA maduro.
• Atuação.
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11. Biogênese - Núcleo
Transcrição:
• Regulada positivamente e negativamente:
• Fatores de transcrição.
• Elementos silenciadores.
• Modificações da cromatina.
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12. Biogênese - Núcleo
Transcrição:
• Atuação da polimerase II e alguns casos polimerase III
• Regiões intergênicas, éxons ou íntrons de outros
genes.
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13. Transcrição:
• Fatores de transcrição:
• Podem se ligar aos elementos promotores e modular a
expressão do miRNA.
• C-Myc: fator de transcrição oncogênica sobre o miR-17-
5p.
• p53: proteína citoplasmática regula família miR-34
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Biogênese - Núcleo
14. Transcrição:
• Fatores de transcrição:
• Fatores regulatórios de transcrição estão associados a
supressores de tumor e oncogenes.
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Biogênese - Núcleo
15. Biogênese - Núcleo
Transcrição:
• Certos lóci de miRNA estão sobre regiões de CpG (C –
pontes de fosfodiéster - G) indicando controle
epigenético.
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16. Biogênese - Núcleo
Transcrição:
• Alguns miRNA tem sua transcrição dependente do nível
de metilação.
• Nos vertebrados, a seqüência CpG é um sinal para a
metilação pelas metiltransferases.
• A principal função da metilação nestes organismos é a
repressão da expressão gênica.
• Seqüências não devem estar metiladas para serem
transcritas (ao menos na região promotora).
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17. Biogênese - Núcleo
Transcrição:
• Estudos apontam que os miRNAs podem ser transcritos
bidirecionalmente.
• Pode gerar miRNA maduro com diferentes alvos.
• Ou interferência caso os complexos de polimerase se
colidam.
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18. Biogênese - Núcleo
Formação do pre-miRNA:
• 1 - Os miRNAs de
mamíferos são transcritos
pela RNA polimerase II.
• Origina o pri-
miRNA, formado por uma ou
mais estruturas em forma de
grampo (hairpin).
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19. Biogênese - Núcleo
Formação do pre-miRNA:
• 2 - Pri-miRNAs são
processados por um
complexo composto pela
enzima Drosha + proteína
DGCR8.
• DGCR8 interage
diretamente e de forma
estável com o pri-
miRNA, determinando a
precisão e a eficiência da
clivagem.
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20. Biogênese - Núcleo
Formação do pre-miRNA:
• O produto do
microprocessamento
nuclear é o pre-
miRNA, formado por
aproximadamente 70
nucleotídeos.
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21. Biogênese - Núcleo
Formação do pre-miRNA:
• O microprocessamento pelo complexo da Drosha não é
obrigatório (BARTEL, 2004; DU & ZAMORE, 2005;
WINTER et al., 2009).
• Alguns pri-miRNAs intrônicos, após o processo de
splicing, apresentam um tamanho apropriado e uma
conformação de grampo semelhante a um pre-miRNA.
• São levados diretamente ao citoplasma para serem
novamente processados (RUBY et al., 2007).
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22. Biogênese - Núcleo
Formação do pre-miRNA:
• Então o pre-miRNA, é
transportado ao
citoplasma associado ao
complexo Exp5 (Exportin-
5-Ran-GTP-dependent).
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23. Biogênese - citoplasma
Formação do miRNA
maduro:
• 3 - O pre-miRNA é
processado pelo
complexo enzimático
Dicer/TRBP, perdendo a
configuração em
“grampo” e originando
duas fitas simples de
miRNA de
aproximadamente 22
nucleotídeos.
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24. Biogênese - citoplasma
Atuação:
• Uma fita se liga a uma proteína AGO2.
• Acoplada ao complexo de proteínas que reprime ou
degrada a tradução do gene alvo (miRNP).
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26. Repressão e ativação da expressão
do MRNA
A repressão da expressão do mRNA
• Atua principalmente na região UTR 3’.
• Complementariedade imperfeita
• Repressão da tradução
• Degradação do mRNA
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27. Repressão e ativação da expressão
do MRNA
A repressão da expressão do mRNA
• O controle da expressão do gene alvo também pode ser
realizado através da associação do miRNA com regiões
diferentes da UTR 3’
• Regiões codificadoras;
• Elementos da UTR 5’;
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28. Repressão e ativação da expressão
do MRNA
A repressão da expressão do mRNA
• miRNAs podem se ligar a regiões de sequências
codificadoras de aminoácidos dos transcritos de mRNA:
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29. Repressão e ativação da expressão
do MRNA
A repressão da expressão do mRNA
• Redes complexas de miRNAs distintos podem se ligar em
diferentes regiões de complementariedade do mRNA;
• Essas regiões podem ser tanto codificadoras quanto não-
codificadoras.
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30. Repressão e ativação da expressão
do MRNA
A ativação da expressão do mRNA
• Complementariedade imperfeita com elementos
promotores de genes codificadores de proteínas.
• Ativação de RNA (aRNA)
• miR-373
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31. Repressão e ativação da expressão
do MRNA
A ativação da expressão do mRNA
• Indução da tradução de proteínas.
• Condições promotoras ótimas.
• Associação com elementos da UTR 5’.
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32. Repressão e ativação da expressão
do MRNA
Oscilação entre ativação e repressão da expressão
• A associação do miRNA com diferentes fatores pode (ou
não) definir a característica ativadora ou repressora;
• AGO2 + miRNA associado com outros fatores (GW182)
podem resultar na repressão e/ou degradação do mRNA.
• GW182 possui papel na estabilidade do miRNA [3].
• AGO2 + FXR1 (fragile-X-mental retardation) + outros
fatores formam um “complexo de ativação” miRNP
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33. Repressão e ativação da expressão
do MRNA
Fatores de inibição da atuação do miRNA:
• Fatores de ligação de RNA Dnd1(Dead end homolog 1) e
HuR (Hu antigen R) quando se ligam ao mRNA podem
inibir a repressão causada pelo miRNA.
• Altera os pontos de ligação do complexo
miRNP, reduzindo a afinidade do miRNA com o mRNA.
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35. MiRNA e Câncer
Estudos mostram que os miRNAs têm sua expressão
desregulada em células anormais [4].
• Exemplo:
• miR-15a e -16-1 são super-expressos no cromossomo 13q14
• Regiões associadas a CLL e outros cânceres;
• Células normais possuem menor quantidade relativa desses dois
miRNAs
• Podem regular positivamente e negativamente.
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36. MiRNA e Câncer
Tumor Método de
profiling
Regulador
(+)
Regulador
(-)
Anotação
Pancreático Array miR-196a miR-217 Adenocarcinoma
ductal vs. Pancreatite
e tecido normal
Câncer de
mama
Array miR-21 miR-125b,
-145
Características
clinicopatológicas
Câncer da
tireóide
Array miR-30d, -
125b, -26a
e -30ª-5p
Carcinomas de
tireóide anaplásico vs.
Tecidos normais
25/4/2013
Fonte: [4]
37. MiRNA e Câncer
25/4/2013
Mecanismos de desregulação de miRNA em câncer
• Anormalidade genômica:
• deleção, amplificação, etc. cromossômicas.
• Fatores epigenéticos:
• Hipermetilação em ilhas de CpG em regiões promotoras resultam
em silenciamento transcricional de genes supressores de câncer.
• Regulação transcricional
• Fatores de transcrição impactam nos processos celulares.
• Regulação nas etapas de processamento de miRNA
• Níveis alterados de Dicer ou Drosha em células cancerígenas.
39. Considerações Finais
• miRNAs desempenham papéis essenciais durante o
desenvolvimento e homeostase na fase adulta.
• Um único miRNA pode realizar atividades biológicas
relacionadas com diversos genes.
• Múltiplos fatores estão associados à sua regulação.
25/4/2013
40. Considerações Finais
• Regulação de Genes ultraconservados (GUC):
• Genes de transcritos de RNA não codificadores encontrados no
genoma humano que compartilham um alto grau de conservação
com outros vertebrados e são hipoteticamente considerados
importantes funcionalmente.
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41. Considerações Finais
• A desregulação dos miRNA podem resultar em uma série
de efeitos negativos devido a expressão incorreta tanto
de genes codificadores quanto não codificadores de
proteínas.
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42. Considerações Finais
• Fatores celulares e ambientais podem definir se um
miRNA irá reprimir ou ativar a expressão de um gene e
induzindo ou bloqueando determinadas atividades
celulares, como crescimento e diferenciação.
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43. Considerações Finais
• Resultados preliminares sugerem que miRNAs podem
ser úteis para terapia do câncer.
• No entanto, há ainda uma lacuna significante entre as
pesquisas e a aplicação clínica.
25/4/2013
44. Considerações Finais
• Em paralelo, é necessário adquirir maior conhecimento
sobre a biogênese, interação dos miRNAs com a
expressão gênica e como essas interações estão
relacionadas com a tumorigênese.
25/4/2013
46. Referências
• [1] BREVING, K.; ESQUELA-KERSCHER, A. The complexities
of miRNA regulation: mirandering around the rules. The
International Journal of Biochemistry & Cell Biology, vol.
42, p.1316-1329 2010.
• [2] KOZOMARA, A.; GRIFFITHS-JONES, S. miRBASE:
integrating microRNA annotation and deep-sequencing data.
Nucleic Acids Research, vol. 39, 2011.
• [3] YAO, B.; CHEN, Y. C.; CHANG, L. J.; CHAN, E. K. Defining
a new role of GW182 in maintaining miRNA stability. PubMed
Reports, 13 (12), 2012.
• [4] LEE, Y. S.; DUTTA, A. MicroRNAs in Cancer. Annu Rev
Pathol., vol. 4, p.199-227, 2010.
25/4/2013