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UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB/UNB
                      INSTITUTO DE ARTES
               DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS
                LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS




                     OSÉIAS ALMEIDA DE SOUZA




ANÁLISE DOS RECURSOS DIDÁTICOS USADOS NAS AULAS DE ARTES NAS
  5ª E 6ª SÉRIES DA ESCOLA RAIMUNDO MAGALHÃES E O REFLEXO NO
                  ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS




                      Sena Madureira - Acre
                              2012
OSÉIAS ALMEIDA DE SOUZA




ANÁLISE DOS RECURSOS DIDÁTICOS USADOS NAS AULAS DE ARTES NAS
  5ª E 6ª SÉRIES DA ESCOLA RAIMUNDO MAGALHÃES E O REFLEXO NO
                  ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS




                                    Trabalho de Conclusão de Curso de
                                    Artes     Visuais   apresentado      ao
                                    Departamento de Artes Visuais do
                                    Instituto de Artes Universidade de
                                    Brasília, como requisito Parcial da
                                    Licenciatura em Artes Visuais.
                                    Orientadora: Profª. Elisandra Gewehr
                                    Cardoso
                                    Co-orientadora:     Profª      Patrícia
                                    Colmenero Moreira de Alcântara




                       Sena Madureira-AC
                             2012
AGRADECIMENTOS


       Agradeço a Deus, por me dar vida, saúde e proteção para poder chegar até a
conclusão deste projeto.
       Aos meus colegas que me ajudaram nas minhas dificuldades sempre que
precisei.
       À Universidade Aberta do Brasil, Universidade de Brasília e ao Governo do
Estado do Acre, por terem possibilitado a instalação do Curso de Artes Visuais em
Sena Madureira de maneira que a população local também tivesse oportunidade de
cursar uma faculdade, sem ter que ir morar nos grandes centros. Aos professores e
tutores que com certeza cumpriram com excelência seu papel de orientar e ajudar
no caminho em busca do conhecimento.
       E agradeço, por fim, à Diretora, ao Coordenador Pedagógico e ao Professor
de Artes da Escola Raimundo Magalhães, que forneceram acesso à escola e às
aulas, possibilitando a elaboração do presente trabalho.
RESUMO




O presente trabalho visa investigar a disponibilidade de materiais didáticos para o
professor de arte ministrar suas aulas. Apresenta discussões sobre importantes
temas que englobam o assunto e analisa quanto o material didático pode interferir
no interesse e envolvimento dos alunos com as aulas de artes. A pesquisa foi
realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental Raimundo Magalhães, nas
séries 5ª e 6ª, por meio de visita à escola e aplicação de questionários aos alunos,
ao professor e ao gestor. Os dados obtidos mostram grande deficiência no tocante à
variedade, quantidade e qualidade dos materiais didáticos para a disciplina de artes.
Mesmo com tal constatação percebeu-se um grande envolvimento e interesse dos
alunos pela disciplina de Artes, sendo um dos principais fatores do interesse dos
alunos pelas aulas de artes, a utilização de materiais didáticos nas aulas de artes.



Palavras-chave: Artes Visuais; Materiais Didáticos; Interesse do Aluno; Aulas de
Artes; Ensino Público.
ABSTRACT

The present study aims to investigate the availability of teaching materials for the art
teacher teach their classes. It features discussions on important topics that
encompass the subject and analyze how the teaching material can interfere with the
interest and involvement of students in arts classes. The research was conducted at
the State School of Basic Education Raimundo Magalhães, in grades 5 th and 6 th
through visit to the school and questionnaires to students, the teacher and the
manager. The data obtained show great deficiency as regards variety, quantity and
quality of instructional materials for arts discipline. Even with such a finding was
noticed a great interest and involvement of students in the discipline of Arts, one of
the main factors in the interest of the students arts classes, the use of instructional
materials in arts classes.

Keywords: Visual Arts, Instructional Materials, Student's Interest; Arts classes; Public
Education.
SUMÁRIO




INTRODUÇÃO ................................................................................................. 7
JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 9
CAPÍTULO 1 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................. 10
   1.1. Breve revisão histórico do Ensino de Artes no Brasil ........................... 10
   1.2. Material didático no ensino de Arte. .................................................... 16
CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA ................................................................... 20
   2.1. Caracterização do Objeto de Estudo.................................................... 20
   2.2. Coleta de Dados................................................................................... 21
   2.3. Análise dos dados ................................................................................ 21
      2.3.1 – Análise dos dados obtidos através do questionário aplicado aos
      alunos da 5ª “B” e 6ª “A”. ......................................................................... 21

      2.3.2 – Análise dos dados obtidos através do questionários aplicados ao
      professor de artes e à gestora da Escola em Estudo. ............................. 25

CONCLUSÃO ................................................................................................. 28
ANEXOS......................................................................................................... 31
   ANEXO I ..................................................................................................... 31
      Questionário aplicado aos alunos ............................................................ 31

   ANEXO II .................................................................................................... 79
      Questionário aplicado aos professores.................................................... 79

   ANEXO III ................................................................................................... 81
   Questionário aplicado ao Diretor ............................................................. 81
   ANEXO IV ................................................................................................... 83
      Fotos........................................................................................................ 83
7



INTRODUÇÃO


      O material didático é ferramenta indispensável para o professor de artes
alcançar seus objetivos no processo de ensino e aprendizagem. É consenso na
sociedade que ser professor em escolas públicas não é tarefa fácil, pois os recursos
são escassos e garantir a aplicação na prática da proposta pedagógica em sala de
aula é tarefa maior ainda. Neste ponto, os recursos didáticos disponíveis para o
professor são peças-chave para que este consiga trabalhar o conteúdo de sua aula
de forma mais eficaz.
      O livro didático é um dos materiais mais acessíveis aos professores, no
entanto,   não   podemos esquecer que, no         atual momento     de expressivo
desenvolvimento tecnológico, os demais recursos audiovisuais, computadores e
novas tecnologias da informação têm se colocado como uma exigência no processo
de modernização da sociedade e na renovação pedagógica. Tanto no espaço
público quanto no privado, fatores de escassez financeira e de gestão, trazem
limitações para que o professor disponha de todos os recursos didáticos necessários
para suas aulas. No caso da disciplina de artes, o problema é ainda mais grave. O
que leva, muitas vezes, o professor ou até mesmo os alunos, a acabarem arcando
com seus próprios recursos para providenciarem os materiais necessários.
      Diante deste contexto, o presente trabalho de conclusão de curso, objetivou
investigar que tipo de materiais didáticos os professores da Escola de Ensino
Fundamental Raimundo Magalhães utilizam em suas aulas de artes nas turmas de
5ª e 6ª séries, principalmente aqueles provenientes da improvisação com materiais
destinados a serem descartados para o lixo e escolha pela utilização de materiais
que são disponíveis em abundância no ambiente natural da nossa região ou até
mesmo no mercado local. A primeira parte deste trabalho faz uma revisão histórica
do ensino de artes, procurando esclarecer o conceito e a importância dos materiais
didáticos. Na segunda parte, analisaremos os dados obtidos através das entrevistas
com os professores, os alunos e a pesquisa de campo, que nos permitirão tirar
conclusões sobre o reflexo no envolvimento dos alunos com as aulas de artes, em
relação aos materiais didáticos usados nas aulas de artes nas 5ª e 6ª séries da
Escola Raimundo Magalhães.
      O capítulo I, apresenta revisão bibliográfica sobre o tema em estudo; O
capítulo 2, trata da metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho; o
8



capítulo 3, é a exposição dos resultados e discussões obtidos através da pesquisa
realizada, e seguido das considerações finais sobre o estudo.
9




Justificativa


      Esta pesquisa se justifica pela importância de se verificar quais são os
materiais didáticos que os professores de artes visuais dispõem para ministrar suas
aulas e entender como a disponibilidade ou não de materiais adequados pode
interferir no envolvimento dos alunos nas aulas. Além disso, leva à compreensão das
principais dificuldades com relação ao dia-a-dia do professor de artes, no tocante às
condições fornecidas pela escola para que o mesmo possa desempenhar um
trabalho de qualidade. Partindo da experiência vivida nos estágios supervisionados,
percebe-se que, de modo geral, a escola pública tem dificuldades para fornecer os
recursos didáticos necessários para que os alunos possam ter adequadamente os
elementos básicos ao processo de ensino-aprendizagem. Para o pesquisador o
trabalho a ser desenvolvido é uma oportunidade de vivência no meio escolar,
perceber a realidade do dia-a-dia de um professor de artes no ensino público e, com
as conclusões obtidas, acreditamos poder contribuir para uma melhor compreensão
das relações estabelecidas entre prática docente, material didático e reflexo no
envolvimento dos alunos com as aulas de artes.
      O objetivo deste trabalho não é avaliar o desempenho dos professores, mas
sim, tentar mostrar a realidade e as condições de trabalho dos mesmos, quanto à
disponibilidade e uso de recursos didáticos. Esta pesquisa pode também ser útil
para a comunidade, servindo como um documento de referência que retrata as
condições que os professores de artes dispõem para suas aulas, o que reflete
diretamente na qualidade de ensino e poderá servir de base para pautar
reivindicações às autoridades competentes.
      Por fim, também poderá ser útil para o ensino de artes em geral, pois poderá
revelar procedimentos que os professores estudados dispõem para driblar as
dificuldades enfrentadas diariamente, principalmente com relação à escassez de
recursos nas escolas públicas. De maneira geral, o trabalho pode ser fonte de
pesquisa para estudiosos do assunto, pois a realidade investigada na Escola
Raimundo Magalhães poderá ser um retrato que reflete a maioria das escolas do
ensino público no Brasil.
10




CAPÍTULO 1 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

      Durante a revisão bibliográfica sobre o tema em discussão, percebe-se que
não é possível falar de materiais didáticos de forma isolada do ensino de artes, pois
o material didático é o recurso que caminha lado a lado como as técnicas de ensino.
Nesse sentido, convém descrever, mesmo que brevemente, as principais fases do
ensino de artes no Brasil, desde a chegada dos portugueses colonizadores até os
dias atuais. Ao longo desse tempo, o Brasil apresentou vários contextos artísticos,
passando pela arte sacra trazida pelos colonizadores, a arte moderna e, por fim, a
arte contemporânea. Nesses diferentes períodos e contextos, o ensino de artes
sempre esteve presente de alguma forma, seja através do ensino prático ou do
ensino formal com a chegada da Missão Francesa no Brasil. Sem a transmissão das
técnicas e do conhecimento ao longo do tempo, a arte ou qualquer outra área de
conhecimento estaria fadada ao desuso e ao inevitável esquecimento. Para a
transmissão dessas técnicas, os recursos didáticos, embora variados em cada
momento, sempre foram peças-chave para o sucesso do aprendizado.

      1.1. Breve revisão histórico do Ensino de Artes no Brasil

      Inicia-se a discussão tomando como ponto de partida do primeiro relato de
ensino didático para a atividade artística, que foi um regimento elaborado por Dom
João III, conforme afirma Santos (2006, p. 20):

                     O primeiro relato de ensino de alguma atividade artística de que se tem
                     notícia no Brasil vem da adoção de um regimento elaborado por D. João III.
                     Voltado para as edificações com materiais sólidos, chegou ao Brasil com a
                     expedição de Tomé de Souza, por volta de 1549, e objetivava formar
                     trabalhadores qualificados para a construção de prédios mais civilizados,
                     que viessem substituir as arcaicas construções de madeira rústica, barro,
                     palha e galhos.


             Aqui percebemos que os materiais didáticos eram bem distintos dos
que são utilizados hoje em sala de aula, visto que o ensino dessa época visava à
formação de profissionais para a construção civil.
11



       Ao longo do processo de colonização, as atividades artísticas não estavam
inseridas no contexto da educação formal. A atividade artística ainda era muito
ligada às obras religiosas.

                       A partir do processo de colonização e desbravamento das terras brasileiras,
                       as atividades artísticas foram percebidas isoladas dos contextos da
                       educação e atreladas quase que exclusivamente à igreja. Essa proximidade
                       permitiu projetar a importância dos jesuítas nas atividades de cunho
                       artístico, nas várias regiões do Brasil, destacando que, vez ou outra, os
                       encontros com as culturas indígenas nas diversas regiões onde as missões
                       jesuíticas adentravam, promoviam trocas de técnicas e materiais
                       (BATTISTONI FILHO, 2005, apud SANTOS, 2006, p. 21).


       Durante o inicio da missão jesuítica no Brasil, o ensino de artes foi realizado
pelos padres missionários, cujo objetivo maior era a educação religiosa, a
catequização. A vinda da família real, juntamente com sua corte para o Brasil,
propiciou o aumento da preocupação em disseminar a arte no país conforme afirma
Santos (2006, p.21):

                       Com a vinda da Família Real para o Brasil que, pela primeira vez, passou a
                       existir uma preocupação com a instituição de um ensino das artes. Não um
                       ensino que valorizasse as raízes das criações de nossos artistas, mestiços,
                       humildes e envolvidos em temas religiosos e populares, mas um ensino
                       importado dos modelos europeus, mais precisamente franceses.

       O padrão europeu era o modelo estético considerado correto. Os
colonizadores consideravam os indígenas povos não civilizados e que deviam
aplicar os padrões sociais e culturais da Europa para transforma-lós em “homens
civilizados”.

       No ano de 1815, já com a família real devidamente instalada na cidade do Rio
de Janeiro, o Rei Dom João VI procurava dinamizar a vida na colônia, em diversas
áreas administrativas e culturais. No campo das artes financiou a vinda para o Brasil
de um grupo de artistas franceses, na missão que ficou conhecida como Missão
Artística Francesa. De acordo com Santos (2006, p. 22):

                       A Missão Francesa, formada por pintores, desenhistas, escultores, artífices
                       e arquitetos oriundos de várias instituições francesas, foi reunida por
                       Joaquim Libreton e chegou ao Brasil em 1816, quando foi criada, por
                       Decreto-Lei, a Academia Imperial de Belas Artes – que começou a funcionar
                       em 1826.
12



        Com a implantação da Academia Imperial de Belas Artes no Brasil temos um
marco para o início do ensino formal de artes no Brasil, conforme a
“Academia Imperial de Belas Artes – AIBA”.


                             A criação da Academia Imperial de Belas Artes - AIBA, no Rio de Janeiro,
                             1826, inaugura o ensino artístico no Brasil em moldes semelhantes aos
                             das academias de arte européias. As academias procuram garantir aos
                             artistas formação científica e humanística, além de treinamento no ofício
                                                                                     1
                             com aulas de desenho de observação e cópia de moldes.

        A Academia Imperial de Belas Artes favoreceu o surgimento da arte elitizada,
que criava preconceitos em relação à cultura local, pois valorizava os ideais
neoclássicos, tipicamente burgueses da Europa, além de criar um distanciamento
entre teoria e prática conforme afirma Santos (2006, p. 2):

                             O ensino-aprendizagem que, para a elite, se voltava para ideais políticos,
                             como a valorização dos modelos das cortes européias – ou a realização de
                             feitos por parte de seus dirigentes – não era o mesmo necessário aos
                             artesãos, que acrescentariam algum conhecimento técnico às suas
                             atividades nas fábricas de móveis, nas fundições, nas confecções de
                             roupas, jóias e chapéus.

        Esse cenário favoreceu o surgimento de movimentos que lutavam pelo
reconhecimento de uma identidade nacional que culminou com a Proclamação da
República em 1889, conforme afirma Santos (2006, p. 23):

                             Esse novo panorama foi marcado pelo processo de lutas contra a
                             escravatura e o reconhecimento de uma identidade nacional que
                             sustentasse seu ideal de nação capaz de dar rumo ao próprio destino. A
                             culminância foi a Abolição, em 1888, e, a seguir, a Proclamação da
                             República, em 1889. Tais fatos despertaram anseios para a renovação de
                             uma educação em Arte que valorizasse a sua aplicação na indústria (...)


        Neste momento, temos o ensino de artes influenciado pela revolução
industrial, que procurava formar mão de obra para a indústria.

        O processo de inclusão da arte no ensino no início do século XX foi marcado
pelas experiências de modelos de ensino, assim, foram implantados modelos
europeus e americanos, sem que o país desenvolvesse um modelo por essência


        1
            ITAÚ CULTURAL. Academia Imperial de Belas Artes – AIBA. Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais.
Disponívelem:<http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=marcos_texto

&cd_verbete=332 >. Acesso em: 16 abril 2012.
13



próprio. Porém, sempre houve profissionais brasileiros que interferiram nas
abordagens dos modelos de ensino, adequando-as à nossa realidade.

                     Nas primeiras décadas do século XX, o caráter de inclusão da Arte na
                     Educação é marcado pela experimentação e a alternância de modelos, ora
                     europeus, ora americanos. Tal alternância, evidenciava, ainda, a visibilidade
                     dos panoramas da Educação, de modo geral, de São Paulo e do Rio de
                     Janeiro, em face do desenvolvimento cultural e econômico. (SANTOS,
                     2006, p. 24).



      Mais adiante, com a Semana de Arte Modena em 1922, passou-se adaptar os
modelos pedagógicos importados para o ensino de arte para a nossa realidade, haja
vista que,

                     Os modelos pedagógicos adaptados ao nosso panorama e subseqüentes à
                     efervescência da Semana de Arte Moderna (1922) passaram a valorizar, até
                     certo ponto, as singularidades brasileiras. E pensar em uma Educação que
                     insira a Arte como detentora de valores à formação do sujeito é premissa
                     necessária à compreensão do panorama cultural de uma sociedade. Saber
                     apreciar, saber fazer e saber conhecer são exigências mínimas para o
                     estabelecimento de um diálogo com a cultura visual de um tempo.
                     (SANTOS, 2006, p. 24).

      Desse modo “no fim da década de 1920 e início da década de 1930 é que
encontramos as primeiras tentativas de escolas especializadas em arte para
crianças e adolescentes, inaugurando o fenômeno da arte como atividade
extracurricular” Barbosa (2008, p. 01).

      O movimento modernista influenciou o ensino de artes no Brasil, conforme
cita Ana Mae Barbosa:

                     O modernismo no ensino de arte se desenvolveu sob a influência de John
                     Dewey. Suas idéias muitas vezes erroneamente interpretadas ao longo do
                     tempo nos chegaram, contudo, filosoficamente bem informada com o
                     educador Anísio Teixeira. (Barbosa, 2008, p. 01).



      Acerca da influência dos estudos de Anísio Teixeira para a implantação da
arte no ensino apreende-se que ele “foi o grande modernizador da educação no
Brasil e principal personagem do movimento Escola Nova (1927-1934). De Dewey, a
Escola Nova tomou principalmente a ideia de arte como experiência consumatória”
(BARBOSA, 2008, p. 02).
14



       No modelo adotado nessa época no Brasil, a função da arte assumia um
papel de experiência consumatória para fixação de conteúdo aplicado em outras
disciplinas,

                      A idéia fundamental era dar, por exemplo, uma aula sobre peixes
                      explorando o assunto em vários aspectos e terminados pelos convites aos
                      alunos para desenharem peixes e fazerem trabalhos manuais com
                      escamas, ou ainda, dar uma aula sobre horticultura e jardinagem e levar as
                      crianças a desenharem um jardim ou uma horta. (BARBOSA, 2008: 02)

       Na Universidade de Brasília foi implantado o primeiro curso de formação de
professores na área de desenho. “Nesta Universidade foi criado o primeiro curso de
formação de professores de desenho, organizado por Anísio Teixeira” Barbosa,
(2008, p. 03). Referida universidade foi fechada em 1937 pelo regime ditatorial
imposto pelo governo de Getúlio Vargas. Porém, mesmo após este ato de coação
muitos cursos de desenho foram criados em outras faculdades,

                      Depois desta experiência, muitas faculdades e universidades criaram cursos
                      de professor de desenho, sendo um dos mais famosos na década de 1960
                      o da Fundação Armando Alvares Penteado. Eram cursos convencionais,
                      como são até hoje os cursos que os sucederam depois de 1971, quando
                      foram substituídos pelos cursos de educação artísticas e/ou licenciaturas
                      em artes plásticas. (BARBOSA, 2008, p. 03):


       Durante as duas ditaduras, o ensino da arte passou por entraves criados pela
interferência estatal, pois

                             (...) Ambas as ditaduras, a do Estado novo e a militar, afastaram das
                      cúpulas diretivas educadores de ação renovadora e exterminaram as duas
                      mais importantes experiências de arte/educação universitária do Brasil.

                               (...) Mas, foi o Estado Novo que criou o primeiro entrave ao
                      desenvolvimento da arte/educação e solidificou alguns procedimento
                      antilibertário já ensaiados na educação na educação brasileira
                      anteriormente, como desenho geométrico na escola secundária e na escola
                      primária, o desenho pedagógico e a cópia de estampas usadas para as
                      aulas de composição em língua portuguesa. P7
                               A ditadura de 1964 perseguiu professora e escolas experimentais
                      foram aos poucos desmontas sem muito esforço. Era só normatizar e
                      estereotipar seus currículos, tornando-as iguais as outras do sistema
                      escola. (BARBOSA, 2008, p. 04)


       Conforme Ana Mae Barboza foi a partir da ditadura em 1964 que “a prática de
arte passou a ser usado predominantemente pela sugestão de tema e por desenhos
alusivos a comemorações cívicas e religiosas e outras festas” Barboza (2008, p. 09).
15



          Foi no ano de 1971, durante a ditadura militar que o ensino de arte passou a
ser obrigatório nas escolas públicas, como forma de profissionalizar os jovens do
ensino médio:

                                Hoje pode parecer estranho que uma ditadura tenha tornado obrigatório o
                                ensino de arte nas escolas públicas. Contudo, tratava-se de um
                                mascaramento humanístico para uma lei extremamente tecnicista, a 5692,
                                que pretendia profissionalizar os jovens na Escola Média. (BARBOSA,
                                2008, p.10)

          Com obrigação do ensino de artes na escola, foi necessário formar
professores, visto que no ensino de artes incluía artes plásticas, música e as artes
cênicas e que deveriam ser ministradas por um único professor. (BARBOSA, 2008,
p.10).

          A partir da década de 1980, as pesquisas sobre o ensino de arte
multiplicaram-se, sobretudo, estudos acerca da proposta triangular. Sendo que essa
envolve três vertentes, conforme veremos a seguir:

                                Aqui no Brasil, a professora Ana Mae Barbosa adaptou a teoria DBAE ao
                                nosso contexto, denominando-a Proposta Triangular por envolver três
                                vertentes: o fazer artístico, a leitura da imagem (obra de arte) e a história da
                                arte. Diz Ana Mae (1991, p. 10): "O que a arte na escola principalmente
                                pretende é formar o conhecedor, fruidor e decodificador da obra de arte (...).
                                A escola seria a instituição pública que pode tornar o acesso à arte possível
                                                                                             2
                                para a vasta maioria dos estudantes em nossa nação (...)".


          Outro fato marcante no sistema de ensino do Brasil foi aprovação da nova Lei
de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que foi aprovada em 1996 e atualizada
em 2001:

                                A Lei 9.394/96 contém as Diretrizes e Bases que vão orientar a educação
                                nacional nos próximos anos. Seus 92 artigos representam um novo
                                momento do ensino brasileiro; neles vemos refletidos muitos dos desafios e
                                esperanças que movem o trabalho de tantos educadores numa nação de
                                                                             3
                                realidades tão diversa (RAMAIL, 1997, p.01).




          2
              EDITORA MODERNA. Proposta Triangular. Literatura Moderna. Disponível
em:<http://literatura.moderna.com.br/literatura/arte/icones/proposta >. Acesso em: 16 abril 2012.
          ³ Em 1977, o MEC, diante do estado de indigência do ensino da arte, criou o Programa de Desenvolvimento
Integrado do Ensino da Arte – Prodiarte, Dirigido por Lúcia Valentin.
16



      O ensino de arte foi garantido na nova LDB, que determina que a Educação
Artística seja componente curricular obrigatório no Ensino Básico (pré-escolar, 1º e
2º graus; art. 26, § 2º). O objetivo é promover o desenvolvimento cultural dos alunos.

      Práticas adotadas na década de 30 ainda são utilizadas em salas de aula até
os dias atuais:

                     A prática de colocar arte (desenho, colagem, modelagem, etc.) no final de
                     uma experiência, ligando-se a ela por meio de conteúdo, vem sendo
                     utilizada ainda hoje na Escola Fundamental no Brasil, e está baseada na
                     idéia de que a arte pode ajudar a compreensão dos conceitos porque há
                     elementos efetivos na cognição que são por ela mobilizados (BARBOSA,
                     2008, p. 02).


1.2. Material didático no ensino de Arte.


      Conhecendo a evolução do ensino formal da arte, passamos a falar mais
especificamente sobre o material didático, que é parte essencial para o processo
pedagógico, não só no ensino de artes, como também em qualquer área de ensino,
principalmente o formal, uma vez que, com recursos didáticos adequados, o
professor é capaz de envolver os alunos em suas aulas de forma a atrair a atenção
dos mesmos fazendo com que suas aulas sejam mais dinâmicas, concretas e
envolventes.
      Primeiramente, antes de tudo, se faz necessário conceituar o termo material
didático:
                     Entende-se aqui por material didático todo ou qualquer material que o
                     professor possa utilizar em sala de aula; desde os mais simples como o giz,
                     a lousa, o livro didático, os textos impressos, até os materiais mais
                     sofisticados e modernos. (idem, 2007, p. 01).

      Como vimos no tópico I, o ensino de artes no Brasil passou por varias fases,
com diferentes ideologias, mas o como não poderia ser diferente, os materiais
didáticos, embora variados para cada momento, sempre foram importantes, sobre
essa importância autores como Fiscarelli (2007, p. 01), afirma que:


                     Fazer uso de um material em sala de aula, de forma a tornar o processo de
                     ensino aprendizagem mais concreto, menos verbalístico, mais eficaz e
                     eficiente, é uma preocupação que tem acompanhado a educação brasileira
                     ao longo de sua história. Historicamente, o uso de materiais diversificados
                     nas salas de aula, alicerçado por um discurso de reforma educacional,
                     passou a ser sinônimo de renovação pedagógica, progresso e mudança,
                     criando uma expectativa quanto à prática docente, já que os professores
17


                              ganharam o papel de efetivadores da utilização desses materiais, de
                              maneira a conseguir bons resultados na aprendizagem de seus alunos.



      No ensino formal, o livro didático sempre foi um dos materiais mais
acessíveis, difundido pelo governo. No Brasil, constitui-se o principal programa para
disponibilização do principal recurso didático utilizados pelos professores e de maior
abrangência é o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)4, do governo federal
que disponibiliza livros didático às escolas públicas de todo o país. Porém, o que se
vê é que este programa não disponibiliza livros didáticos para a disciplina de artes,
conforme afirma (LOYOLA, 2010, p.01).


                              Mesmo um dos programas oficiais de avaliação de material didático no país,
                              como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)2, do Ministério da
                              Educação (MEC), que distribui livros didáticos para os alunos das escolas
                              públicas não inclui material para o ensino de Arte. Também não oferece
                              alternativas ou orientações para os professores de Arte e não tem uma
                              política que viabilize a produção dos recursos didáticos.

      No entanto, o professor de artes não pode esquecer que, no atual momento
de   expressivo           desenvolvimento             tecnológico,          recursos         audiovisuais   e   os
computadores podem ser ferramentas alternativas à falta de livro didático. Neste
caso, o professor tem uma grande responsabilidade, quanto a escolha dos materiais
didáticos para suas aulas, visto que, o governo não disponibiliza livros didáticos
específicos para o ensino de artes. Sobre tal atribuição os PCNs, resalta o papel do
professor:
                              O importante neste estágio atual da educação brasileira é que os
                              professores que se dispuserem a ensinar arte tenham um mínimo de
                              experiências prático-teóricas interpretando, criando e apreciando arte, assim
                              como exercitem a reflexão pedagógica específica para o ensino das
                              linguagens artísticas. E para isso é necessário haver cursos de
                              especialização, cursos de formação contínua, nos quais possam refletir e
                              desenvolver trabalhos com a arte. Sem uma consciência clara de sua
                              função e sem uma fundamentação consistente de arte como área de
                              conhecimento com conteúdos específicos, os professores não podem
                              trabalhar. Só é possível fazê-lo a partir de um quadro de referências
                              conceituais e metodológicas para alicerçar sua ação pedagógica, material
                              adequado para as práticas artísticas e material didático de qualidade para
                                                   5
                              dar suporte às aulas. (Grifo meu).




      4
          http://www.fnde.gov.br/index.php/programas-livro-didatico, acesso em 22 de abril de 2012.
      5
          PCN - PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS TERCEIRO E QUARTO CICLOS DO ENSINO
FUNDAMENTAL.
18



      Os materiais didáticos devem ocupar um lugar central no bom desempenho
da prática docente, mesmo sabendo que nada substitui a presença de um professor
competente. Materiais adequados para o ensino de artes, tais como: um ateliê
completo, totalmente equipado para as necessidades do ensino de artes visuais.
Não sendo possível a instalação de um ateliê, o mínimo que se pode exigir para uma
boa aula de artes seria a existência em quantidade suficiente para todos os alunos
dos materiais listados a seguir: pincéis específicos para pinturas em diversas
espessuras, tintas variadas de diferentes cores e compostos, cavaletes, mesas,
telas, tecidos próprios para pinturas (algodão cru ou linho), suportes variados, gesso,
argila, cola, papéis de diversos tamanhos e texturas, data show, câmeras digitais
para um laboratório fotográfico, prensas para xilogravura, ferramentas para gravura,
laboratório de informática com acesso à internet, uma biblioteca na escola com
acervo vasto no campo das artes, etc., podem ajudar nas aulas de artes, tornando-
as atrativas, participativas e despertadoras do interesse do aluno para o aprendizado
em artes visuais obtendo-se assim, resultados positivos de aprendizagem.
      Sabendo que o governo federal não disponibiliza livro didático para a
disciplina de artes e sabendo da importância dos materiais didáticos procuramos
investigar como é feita seleção dos materiais didáticos para as aulas de artes na
Escola de Ensino Fundamental Raimundo Magalhaes, observando se a escola
consegue atender as demandas dos professores ou se estes improvisam com
materiais disponíveis na região.
      A utilização da Tecnologia no ensino de artes também será objeto de
investigação, vez que com a popularização dos recursos tecnológicos, é cada vez
mais acessível tais recursos aos professores e também aos alunos. Sobre isso,
Loyola (2010, p. 03), afirma que:

                     A chegada do computador e da internet na escola não substitui os outros
                     formatos de recursos didáticos, mas amplia, para o professor, o campo de
                     pesquisa sobre arte e favorece a prática pedagógica e a elaboração de
                     material para o ensino de Arte. Visitar um museu ou galeria virtual, ver as
                     obras de arte ampliadas na tela, ler informações sobre as mesmas e sobre
                     os artistas, contextualizar e construir conhecimentos acerca do objeto
                     pesquisado constitui uma experiência significativa em Arte. O computador
                     (com conexão à internet) também foi se transformando progressivamente
                     em um equipamento unificador dos meios, tornando possível a junção e
                     trabalho com várias mídias num mesmo lugar.

      Tanto nas escolas públicas quanto nas particulares, fatores financeiros e até
mesmo de gestão, trazem limitações para que o professor disponha de todos os
19



recursos didáticos necessários para suas aulas, no caso da disciplina de artes, o
problema é ainda mais grave, que grande parte das aulas práticas, seriam
necessárias ferramentas e materiais apropriados para cada aluno. O que leva,
muitas vezes, o professor ou até mesmos os alunos a acabarem arcando com seus
próprios recursos para providenciarem materiais necessários para as aulas de artes.
20



CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA

         A metodologia aplicada no estudo consiste em revisão de literatura
principalmente com fontes em artigos publicados na internet, visita in loco a Escola
Estadual de Ensino Fundamental Raimundo Magalhaes, e entrevista através da
aplicação de questionários (anexos) ao professor e aos alunos.

2.1. Caracterização do Objeto de Estudo

         2.1.1 Sobre a Escola


         A Escola de Ensino Fundamental Raimundo Magalhães, está situada no
endereço na Rua Sergio Ferreira da Silva Nº. 2183, Bairro Niterói - 2º distrito, em
Sena Madureira – AC. Foi fundada em 26 de março de 1976 no governo de Geraldo
Mesquita, sendo legalizada como instituição de ensino somente em 1º de outubro de
2003.
         Dispõe de uma infraestrutura razoável, tendo em vista a realidade do
município. Possui 450 (quatrocentos e cinquenta) alunos, distribuídos em 16 turmas.


         2.1.2 Comunidade


         A comunidade do Bairro 2º Distrito/Niterói é uma das comunidades mais
carentes do município de Sena Madureira - AC. Por localiza-se na outra margem do
rio que corta o município e a travessia do rio pode ser feita somente através de
catraias6, os recursos públicos acabam por não chegar da mesma forma que
chegam aos demais bairros da cidade.
         A comunidade é carente, pois as pessoas que têm maior poder aquisitivo
optam por viver no outro lado da cidade. As moradias dos bairros são em sua
maioria de madeira de má qualidade. Nas redondezas da Escola em estudo, existem
muitos bares que vendem bebidas alcoólicas.
         Grande parte dos moradores é semianalfabeto, desempregado ou trabalha
em serviços braçais. Estima-se que a renda per capita dos moradores daquela
região seja inferior a um salário mínimo, já que, por meio de conversas informais
         6
             Significado de Catraia: s.f. Bote pequeno, tripulado por um só homem. Fonte: http://www.dicio.com.br/catraia/,
acesso em 22 de abril de 2012..
21



com funcionários da Escola, detectou-se que grande parte dos pais dos alunos são
beneficiários de programas assistenciais do governo federal, principalmente do
programa bolsa família.

2.2. Coleta de Dados


      A coleta dos dados foi realizada através de visita à Escola Raimundo
Magalhaes, nos dias 8 e 9 de maio de 2012, nas turmas de 5ª e 6ª Séries do
professor M. T. M., bem como através de questionários aplicados aos alunos, ao
professor e à gestora da escola.
      Através dos questionários aplicados, procurou-se identificar quais são os
principais materiais didáticos disponíveis na escola, quem os disponibiliza, além de
procurar identificar nos alunos o envolvimento com a disciplina de artes e de que
forma os materiais influenciam neste envolvimento.


2.3. Análise dos dados

      2.3.1 – Análise dos dados obtidos através do questionário aplicado aos
alunos da 5ª “B” e 6ª “A”.


      Inicialmente analisaremos os dados obtidos com o questionário aplicado aos
alunos das séries 5ª “B” e 6ª “A”. A primeira pergunta do questionário visava medir o
grau de interesse dos alunos em relação à disciplina de artes. Nas duas turmas,
foram aplicados o total de quarenta e seis questionários, obtendo-se os resultados
expressos no gráfico a seguir:

            Gráfico 1- Interesse dos alunos pela disciplina de Artes.
22




             Fonte: Dados da Pesquisa
      Observando o resultado exposto no Gráfico I, percebemos que 91% dos
alunos entrevistados declararam que gostam ou gostam muito da disciplina de Artes.
O elevado grau de simpatia dos alunos em relação à disciplina de Artes é um fator
significativo, que pode ajudar no processo de ensino aprendizagem, visto que, com
tamanha aceitação, o envolvimento dos alunos com a disciplina é maior e os
objetivos das aulas ficarão mais fáceis de serem alcançados.
      A segunda pergunta do questionário ajuda a identificar os motivos pelos quais
a disciplina de Artes tem tamanha aceitação. O gráfico seguinte mostra os
resultados obtidos, conforme observamos a seguir:


      Gráfico 2 – Motivos do interesse dos alunos pela disciplina de artes.




Fonte: Dados da Pesquisa


      Analisando os dados expostos no gráfico acima, percebemos que um dos
fatores que mais influenciam o interesse dos alunos pela disciplina de artes é o fato
de nas aulas de artes serem utilizados materiais didáticos que os alunos julgam
serem interessantes. Tal constatação confirma que os materiais didáticos são um
elemento primordial para o envolvimento dos alunos com as aulas de artes.
23



      A pergunta seguinte do questionário aplicado aos alunos da escola em estudo
procurou identificar com qual frequência os principais materiais didáticos disponíveis
na escola são utilizados em sala de aula, o gráfico III, ilustra os resultados obtidos,
conforme adiante observamos:


     Gráfico 3 - Frequência de utilização dos principais recursos didáticos.




Fonte: Dados da pesquisa.



      Analisando o gráfico acima, percebemos que o giz de cera ou pincel, seguido
por cola e computador, são os materiais didáticos mais utilizados nas aulas de artes.
Com relação ao computador mencionado pelos alunos nas respostas, trata-se do
notebook pessoal do professor, que é utilizado para apresentação de slides nas
aulas. O laboratório de informática da escola nunca funcionou, em razão de não ter
pessoal habilitado para operar e dar manutenção nos computadores que têm
instalado o sistema operacional Linux.
      O gráfico também mostra uma grande deficiência em relação à variedade,
disponibilidade e utilização de recursos didáticos que o professor de artes dispõe
para suas aulas, visto que tais materiais são os mais básicos possíveis, não
24



permitindo ao professor ministrar aulas de qualidade que possam atender os
objetivos propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN7, bem como
permitam aos alunos desenvolverem todo seu potencial criativo.
          Nas figuras 1 e 2, podemos observar como é a disponibilização e utilização
dos materiais didáticos pelos alunos nas aulas de artes da Escola em estudo.



                        Figura 1 - Forma de distribuição dos materiais didáticos




                                  Fonte: Fotos do autor




          7
              No transcorrer do ensino fundamental, o aluno poderá desenvolver sua competência estética e artística nas
diversas modalidades da área de Arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais
quanto para que possa, progressivamente, apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de distintos povos e culturas
produzidos ao longo da história e na contemporaneidade. Parâmetros Curriculares Nacionais – ARTE, p.53. <
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf> acesso em 22 de abril de 2012.
25




                       Figura 2 - Utilização de material didático




                       Fonte: Fotos do autor



        O professor distribui aos alunos em suas carteiras alguns lápis e giz de cera,
o restante do material fica disponível próximo ao quadro-negro e, conforme o aluno
necessite outro lápis ou giz de cera de cor diferente, deverá levantar-se e realizar a
troca. Os materiais são utilizados basicamente em trabalhos onde os alunos têm que
colorir desenhos impressos pelo professor, geralmente fazendo alusão a datas
comemorativas. Na figura 2, a aluna está colorindo um cartão para os dias das
mães.

        2.3.2 – Análise dos dados obtidos através do questionários aplicados ao
professor de artes e à gestora da Escola em Estudo.


        A primeira pergunta aplicada ao professor e à gestora da escola procura
saber da existência de livros didáticos distribuídos aos alunos. Os entrevistados
foram unânimes em afirmarem a inexistência de qualquer livro ou apostila distribuída
aos alunos com os conteúdos da disciplina de artes.
26



      A segunda pergunta visava esclarecer que tipo de documento contém os
conteúdos a serem seguidos pelo professor para ministrar as aulas de artes,
obtendo-se as seguintes respostas:


Tabela 1 - Tipo de documento que contém os conteúdos das aulas de artes
    Reposta dada pelo Professor                         Resposta dada pela Gestora
Livro didático adquirido pelo professor e      Caderno de plano de aula do professor e
         planejamento semanal                               referência curricular
Fonte: Dados da pesquisa



      As respostas obtidas mostram uma assimetria de comunicação entre a gestão
e o professor. Tal falta de comunicação entre a gestão escolar e o professor pode
causar problemas sérios, que em muitos casos, acaba interferindo na qualidade do
ensino ofertado pela escola.
      A pergunta seguinte do questionário procura identificar pelo ponto de vista do
professor e da gestão da escola, quais são os principais recursos didáticos
disponíveis na escola para as aulas de artes, obtendo-se os dados constantes na
tabela seguinte:

     Tabela 2 - principais recursos didáticos disponíveis na escola para as aulas de artes


     Recurso Didático             Grau de Disponibilidade            Quem disponibiliza
    Giz/Pincel Atômico                 Muito disponível                     Escola
      Quadro Branco                    Muito disponível                     Escola
    Giz de Cera/pincel                 Muito disponível           Escola, professor e aluno.
            Cola                      Muito Disponível            Escola, professor e aluno.
         Cartolina                        Disponível                        Escola
   Livros para recortar                   Disponível                        Escola
         Revistas                         Disponível                        Escola
          Madeira                     Pouco Disponível                     Professor
 Ferramentas de Entalhe               Pouco Disponível                     Professor
       Computador                     Pouco Disponível                     Professor
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           Tintas                     Pouco Disponível                Escola e professor
          Tecido                         Indisponível
27



     Argila ou gesso                 Indisponível


Fonte: Dados da pesquisa
      Como observamos na tabela acima, os dados obtidos através do professor e
da gestora da escola, confirmam os dados obtidos junto aos alunos, ao afirmarem
que o giz/pincel atômico, quadro branco, giz de cera e cola, são os materiais
didáticos mais abundantes na escola. Outra constatação que se extrai da tabela
acima é que professor e alunos também arcam com o ônus de disponibilizar alguns
materiais didáticos.
      No questionário aplicado especificamente ao professor procurou-se saber
como ele avalia o envolvimento de seus alunos com as aulas de artes, sendo que o
professor declara que os alunos se envolvem muito com as aulas de artes,
principalmente quando são levadas, para a sala de aula, ilustrações.
      O professor e a gestora foram questionados, sobre a quantidade e qualidade
dos recursos didáticos disponíveis para as aulas de artes, ambos foram taxativos ao
afirmarem que não estão satisfeitos. O professor informa que nem sempre há
materiais disponíveis e que utiliza materiais usados. A gestora alega que a
Secretaria de Educação não ajuda e que a escola dispõe de poucos recursos para
adquirir todos os materiais necessários.
      Por fim, procurou-se extrair do professor e da gestão da escola quais são as
alternativas que têm encontrado para amenizar os problemas mencionados. O
professor informa que muitas vezes compra materiais com seus próprios recursos. A
gestora informa que oferece o que tem e que conta com a ajuda do professor.
28



CONCLUSÃO


      Com a tabulação dos dados da pesquisa realizada, percebemos o alto grau
de interesse dos alunos pela disciplina de artes, constando-se através do Grafico 3,
que o principal motivo de tal interesse o fato do professor levar materiais didáticos
que julgam interessantes para as aulas. Apesar da constatação do alto índice de
interesse dos alunos pelas aulas de artes, não há como camuflar a dura realidade
constatada. É grande falta de estrutura para o professor ministrar suas aulas.
      Os principais materiais didáticos utilizados pelo professor são: pincel atômico
para escrever no quadro, lápis de cor, giz de cera, cola, cartolina e desenhos
impressos para colorir. Esses materiais, embora básicos, nem sempre são
disponibilizados na quantidade ideal, fazendo com que o professor muitas vezes
divida os alunos em grupos para que seja possível dividir os materiais.
      Constatou-se que os recursos tecnológicos são usados somente quando o
professor leva seu notebook pessoal para a sala de aula e utiliza data show para
apresentação de slides. Neste caso, os alunos não manuseiam o computador.
      Com a pesquisa constatou-se que o laboratório informática existe. Mas, não é
utilizado, em razão de não haver pessoa habilitadas para oferecer suporte na
utilização de computadores com Sistema Operacional Linux. A inoperância da
gestão da escola em não colocar em funcionamento o laboratório de informática
priva os alunos de um recurso tecnológico importantíssimo para a aprendizagem.
      Os alunos, por viverem em lares de baixa renda, se conformam com pouco.
Nas entrevistas, relatam que Artes é a disciplina que mais gosta porque o professor
traz desenhos para colorir e materiais legais que julgam interessantes. Tais
“materiais legais” tratam-se, principalmente, de revistas usadas para recortar,
desenhos impressos ou mimeografados pelo professor ou distribuição de cartolinas
e giz de cera para os alunos desenharem. Quando o ideal seria a existência de um
ateliê completo, totalmente equipado para as necessidades do ensino de artes
visuais. Não sendo possível a instalação de um ateliê, o mínimo que se pode exigir
para uma boa aula de artes seria a existência em quantidade suficiente para todos
os alunos dos materiais listados a seguir: pincéis específicos para pinturas em
diversas espessuras, tintas variadas de diferentes cores e compostos, cavaletes,
mesas, telas, tecidos próprios para pinturas (algodão cru ou linho), suportes
variados, gesso, argila, cola, papeis de diversos tamanhos e texturas, data show,
29



câmeras digitais para um laboratório fotográfico, prensas para xilogravura,
ferramentas para gravura, laboratório de informática com acesso à internet, uma
biblioteca na escola com acervo vasto no campo das artes, etc.
       Como dito no inicio deste trabalho, a pesquisa não visa avaliar o desempenho
do professor nem sua forma de trabalhar. Porém, não podemos deixar de fazer
considerações sobre a constatação do uso de desenhos mimeografados prontos na
arte-educação, geralmente fazendo alusão a datas comemorativas. Tal pratica é
criticada por especialistas do ensino, em razão destas atividades limitarem o
desenvolvimento criativo do aluno. Neste caso, o desenho não é vivenciado pelo
aluno no seu aspecto total, pois se vê restrito às atividades de cópia, de reprodução,
de ilustração, de colorir, tais atividades se caracterizam por não exigirem muita
elaboração. Infelizmente, essa prática ainda é comum na Escola Raimundo
Magalhães.
       O professor relata que faz o possível para tentar amenizar o problema da falta
de material e de apoio da escola e relata que, em muitas ocasiões, já comprou
materiais como tinta guache e cartolina com recursos próprios. Porém, poderia haver
maior improvisação parte do professor, fazendo uso dos recursos naturais
abundantes em nossa região, como por exemplo, a utilização da argila que pode ser
encontrada na beira do rio, madeira, fabricação de pigmentos com urucum, carvão,
terra roxa, realizar atividades que façam uso de material reciclado como papelão,
garrafas pets, etc.
       A realidade constatada é desanimadora para quem pretende ingressar na
carreira docente em arte nas escolas públicas. A falta de estrutura é muito grande. A
comunidade não tem conhecimento necessário para saber quais, quantos e de que
qualidade deveriam ser os materiais utilizados nas aulas de artes. Os pais dos
alunos também não procuram visitar as aulas para tomarem conhecimento da triste
realidade em relação à falta de materiais.
       A esperança para mudança da realidade relatada poderá acontecer
principalmente através da formação superior dos professores atuantes nas aulas de
artes, o que já esta acontecendo, a UAB/UnB em breve formará mais uma turma de
licenciados em Artes Visuais, esses novos profissionais com a formação acadêmica
adequada, com certeza, serão ferramentas transformadoras do ensino, para que
assim, possa se reverter a triste realidade do ensino de artes nas escolas públicas
no município de Sena Madureira.
30



      REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BARBOSA, Ana Mae. Ensino da Arte – Memória e História. São Paulo: Perspectiva,
2008.

BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: 5 ª A 8 ª séries – Arte;
Ministério da Educação e Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília:
MEC/SEF, 1998.

Enciclopédia Itaú Cultural- Artes Visuais: Academia Imperial de Belas Artes - Aiba.
Disponível em:
<http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=m
arcos_texto&cd_verbete=332 > Acesso em: 20 set. 2011.

FISCARELLI. R. B. O. MATERIAL DIDÁTICO E PRÁTICA DOCENTE. Disponível
em: < http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/454/333>. Acesso em: 18
abril. 2012.

LOYOLA. G. Abordagens sobre o material didático no ensino de Arte. Disponível
em: <http://crv.educacao.mg.gov.br/aveonline40/banco_objetos_crv/%7B7F6FCD05-
5ACA-45DF-96F3-
E1AEDFD5E93D%7D_Abordagens%20sobre%20o%20material%20did%C3%A1tico
%20no%20ensino%20de%20Arte.pdf>. Acesso em: 18 abril. 2012.MODERNA –
Ícones. Proposta Triangular. Disponível em:
<http://literatura.moderna.com.br/literatura/arte/icones/proposta> Acesso em: 22 set.
2011.
31


ANEXOS
ANEXO I
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64
65
66
67
68
69
70
71
72
73
74
75
76
77
78
79


ANEXO II
80
81




ANEXO III
82
83


ANEXO IV

Fotos




Escola fica na outra margem do Rio Yaco.     Barco (catráia) que a conduz os moradores de uma margem
                                             à outra do rio.




Aluna respondendo ao questionário aplicado
                                             Turma respondendo ao questionário




                                             Distribuindo o questionário
Distribuindo o questionário
84




                                            Tirando dúvidas sobre o questionário
Tirando dúvidas sobre o questionário




Alguns dos recursos didáticos disponiveis
                                            Alguns dos recursos didáticos disponiveis




Alguns dos recursos didáticos disponiveis   Alguns dos recursos didáticos disponiveis
85




                                            Alguns dos recursos didáticos disponiveis
Alguns dos recursos didáticos disponiveis




Alguns dos recursos didáticos disponiveis
                                            Alguns dos recursos didáticos disponiveis




                                            Comunidade
Fachada da Escola
86




Bar em frete a Escola.   Moradias




Moradias                 Moradores na travessia do rio.

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Análise dos recursos didáticos em aulas de artes

  • 1. UNIVERSIDADE ABERTA DO BRASIL – UAB/UNB INSTITUTO DE ARTES DEPARTAMENTO DE ARTES VISUAIS LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS OSÉIAS ALMEIDA DE SOUZA ANÁLISE DOS RECURSOS DIDÁTICOS USADOS NAS AULAS DE ARTES NAS 5ª E 6ª SÉRIES DA ESCOLA RAIMUNDO MAGALHÃES E O REFLEXO NO ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS Sena Madureira - Acre 2012
  • 2. OSÉIAS ALMEIDA DE SOUZA ANÁLISE DOS RECURSOS DIDÁTICOS USADOS NAS AULAS DE ARTES NAS 5ª E 6ª SÉRIES DA ESCOLA RAIMUNDO MAGALHÃES E O REFLEXO NO ENVOLVIMENTO DOS ALUNOS Trabalho de Conclusão de Curso de Artes Visuais apresentado ao Departamento de Artes Visuais do Instituto de Artes Universidade de Brasília, como requisito Parcial da Licenciatura em Artes Visuais. Orientadora: Profª. Elisandra Gewehr Cardoso Co-orientadora: Profª Patrícia Colmenero Moreira de Alcântara Sena Madureira-AC 2012
  • 3. AGRADECIMENTOS Agradeço a Deus, por me dar vida, saúde e proteção para poder chegar até a conclusão deste projeto. Aos meus colegas que me ajudaram nas minhas dificuldades sempre que precisei. À Universidade Aberta do Brasil, Universidade de Brasília e ao Governo do Estado do Acre, por terem possibilitado a instalação do Curso de Artes Visuais em Sena Madureira de maneira que a população local também tivesse oportunidade de cursar uma faculdade, sem ter que ir morar nos grandes centros. Aos professores e tutores que com certeza cumpriram com excelência seu papel de orientar e ajudar no caminho em busca do conhecimento. E agradeço, por fim, à Diretora, ao Coordenador Pedagógico e ao Professor de Artes da Escola Raimundo Magalhães, que forneceram acesso à escola e às aulas, possibilitando a elaboração do presente trabalho.
  • 4. RESUMO O presente trabalho visa investigar a disponibilidade de materiais didáticos para o professor de arte ministrar suas aulas. Apresenta discussões sobre importantes temas que englobam o assunto e analisa quanto o material didático pode interferir no interesse e envolvimento dos alunos com as aulas de artes. A pesquisa foi realizada na Escola Estadual de Ensino Fundamental Raimundo Magalhães, nas séries 5ª e 6ª, por meio de visita à escola e aplicação de questionários aos alunos, ao professor e ao gestor. Os dados obtidos mostram grande deficiência no tocante à variedade, quantidade e qualidade dos materiais didáticos para a disciplina de artes. Mesmo com tal constatação percebeu-se um grande envolvimento e interesse dos alunos pela disciplina de Artes, sendo um dos principais fatores do interesse dos alunos pelas aulas de artes, a utilização de materiais didáticos nas aulas de artes. Palavras-chave: Artes Visuais; Materiais Didáticos; Interesse do Aluno; Aulas de Artes; Ensino Público.
  • 5. ABSTRACT The present study aims to investigate the availability of teaching materials for the art teacher teach their classes. It features discussions on important topics that encompass the subject and analyze how the teaching material can interfere with the interest and involvement of students in arts classes. The research was conducted at the State School of Basic Education Raimundo Magalhães, in grades 5 th and 6 th through visit to the school and questionnaires to students, the teacher and the manager. The data obtained show great deficiency as regards variety, quantity and quality of instructional materials for arts discipline. Even with such a finding was noticed a great interest and involvement of students in the discipline of Arts, one of the main factors in the interest of the students arts classes, the use of instructional materials in arts classes. Keywords: Visual Arts, Instructional Materials, Student's Interest; Arts classes; Public Education.
  • 6. SUMÁRIO INTRODUÇÃO ................................................................................................. 7 JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 9 CAPÍTULO 1 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ................................................. 10 1.1. Breve revisão histórico do Ensino de Artes no Brasil ........................... 10 1.2. Material didático no ensino de Arte. .................................................... 16 CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA ................................................................... 20 2.1. Caracterização do Objeto de Estudo.................................................... 20 2.2. Coleta de Dados................................................................................... 21 2.3. Análise dos dados ................................................................................ 21 2.3.1 – Análise dos dados obtidos através do questionário aplicado aos alunos da 5ª “B” e 6ª “A”. ......................................................................... 21 2.3.2 – Análise dos dados obtidos através do questionários aplicados ao professor de artes e à gestora da Escola em Estudo. ............................. 25 CONCLUSÃO ................................................................................................. 28 ANEXOS......................................................................................................... 31 ANEXO I ..................................................................................................... 31 Questionário aplicado aos alunos ............................................................ 31 ANEXO II .................................................................................................... 79 Questionário aplicado aos professores.................................................... 79 ANEXO III ................................................................................................... 81 Questionário aplicado ao Diretor ............................................................. 81 ANEXO IV ................................................................................................... 83 Fotos........................................................................................................ 83
  • 7. 7 INTRODUÇÃO O material didático é ferramenta indispensável para o professor de artes alcançar seus objetivos no processo de ensino e aprendizagem. É consenso na sociedade que ser professor em escolas públicas não é tarefa fácil, pois os recursos são escassos e garantir a aplicação na prática da proposta pedagógica em sala de aula é tarefa maior ainda. Neste ponto, os recursos didáticos disponíveis para o professor são peças-chave para que este consiga trabalhar o conteúdo de sua aula de forma mais eficaz. O livro didático é um dos materiais mais acessíveis aos professores, no entanto, não podemos esquecer que, no atual momento de expressivo desenvolvimento tecnológico, os demais recursos audiovisuais, computadores e novas tecnologias da informação têm se colocado como uma exigência no processo de modernização da sociedade e na renovação pedagógica. Tanto no espaço público quanto no privado, fatores de escassez financeira e de gestão, trazem limitações para que o professor disponha de todos os recursos didáticos necessários para suas aulas. No caso da disciplina de artes, o problema é ainda mais grave. O que leva, muitas vezes, o professor ou até mesmo os alunos, a acabarem arcando com seus próprios recursos para providenciarem os materiais necessários. Diante deste contexto, o presente trabalho de conclusão de curso, objetivou investigar que tipo de materiais didáticos os professores da Escola de Ensino Fundamental Raimundo Magalhães utilizam em suas aulas de artes nas turmas de 5ª e 6ª séries, principalmente aqueles provenientes da improvisação com materiais destinados a serem descartados para o lixo e escolha pela utilização de materiais que são disponíveis em abundância no ambiente natural da nossa região ou até mesmo no mercado local. A primeira parte deste trabalho faz uma revisão histórica do ensino de artes, procurando esclarecer o conceito e a importância dos materiais didáticos. Na segunda parte, analisaremos os dados obtidos através das entrevistas com os professores, os alunos e a pesquisa de campo, que nos permitirão tirar conclusões sobre o reflexo no envolvimento dos alunos com as aulas de artes, em relação aos materiais didáticos usados nas aulas de artes nas 5ª e 6ª séries da Escola Raimundo Magalhães. O capítulo I, apresenta revisão bibliográfica sobre o tema em estudo; O capítulo 2, trata da metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho; o
  • 8. 8 capítulo 3, é a exposição dos resultados e discussões obtidos através da pesquisa realizada, e seguido das considerações finais sobre o estudo.
  • 9. 9 Justificativa Esta pesquisa se justifica pela importância de se verificar quais são os materiais didáticos que os professores de artes visuais dispõem para ministrar suas aulas e entender como a disponibilidade ou não de materiais adequados pode interferir no envolvimento dos alunos nas aulas. Além disso, leva à compreensão das principais dificuldades com relação ao dia-a-dia do professor de artes, no tocante às condições fornecidas pela escola para que o mesmo possa desempenhar um trabalho de qualidade. Partindo da experiência vivida nos estágios supervisionados, percebe-se que, de modo geral, a escola pública tem dificuldades para fornecer os recursos didáticos necessários para que os alunos possam ter adequadamente os elementos básicos ao processo de ensino-aprendizagem. Para o pesquisador o trabalho a ser desenvolvido é uma oportunidade de vivência no meio escolar, perceber a realidade do dia-a-dia de um professor de artes no ensino público e, com as conclusões obtidas, acreditamos poder contribuir para uma melhor compreensão das relações estabelecidas entre prática docente, material didático e reflexo no envolvimento dos alunos com as aulas de artes. O objetivo deste trabalho não é avaliar o desempenho dos professores, mas sim, tentar mostrar a realidade e as condições de trabalho dos mesmos, quanto à disponibilidade e uso de recursos didáticos. Esta pesquisa pode também ser útil para a comunidade, servindo como um documento de referência que retrata as condições que os professores de artes dispõem para suas aulas, o que reflete diretamente na qualidade de ensino e poderá servir de base para pautar reivindicações às autoridades competentes. Por fim, também poderá ser útil para o ensino de artes em geral, pois poderá revelar procedimentos que os professores estudados dispõem para driblar as dificuldades enfrentadas diariamente, principalmente com relação à escassez de recursos nas escolas públicas. De maneira geral, o trabalho pode ser fonte de pesquisa para estudiosos do assunto, pois a realidade investigada na Escola Raimundo Magalhães poderá ser um retrato que reflete a maioria das escolas do ensino público no Brasil.
  • 10. 10 CAPÍTULO 1 – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA Durante a revisão bibliográfica sobre o tema em discussão, percebe-se que não é possível falar de materiais didáticos de forma isolada do ensino de artes, pois o material didático é o recurso que caminha lado a lado como as técnicas de ensino. Nesse sentido, convém descrever, mesmo que brevemente, as principais fases do ensino de artes no Brasil, desde a chegada dos portugueses colonizadores até os dias atuais. Ao longo desse tempo, o Brasil apresentou vários contextos artísticos, passando pela arte sacra trazida pelos colonizadores, a arte moderna e, por fim, a arte contemporânea. Nesses diferentes períodos e contextos, o ensino de artes sempre esteve presente de alguma forma, seja através do ensino prático ou do ensino formal com a chegada da Missão Francesa no Brasil. Sem a transmissão das técnicas e do conhecimento ao longo do tempo, a arte ou qualquer outra área de conhecimento estaria fadada ao desuso e ao inevitável esquecimento. Para a transmissão dessas técnicas, os recursos didáticos, embora variados em cada momento, sempre foram peças-chave para o sucesso do aprendizado. 1.1. Breve revisão histórico do Ensino de Artes no Brasil Inicia-se a discussão tomando como ponto de partida do primeiro relato de ensino didático para a atividade artística, que foi um regimento elaborado por Dom João III, conforme afirma Santos (2006, p. 20): O primeiro relato de ensino de alguma atividade artística de que se tem notícia no Brasil vem da adoção de um regimento elaborado por D. João III. Voltado para as edificações com materiais sólidos, chegou ao Brasil com a expedição de Tomé de Souza, por volta de 1549, e objetivava formar trabalhadores qualificados para a construção de prédios mais civilizados, que viessem substituir as arcaicas construções de madeira rústica, barro, palha e galhos. Aqui percebemos que os materiais didáticos eram bem distintos dos que são utilizados hoje em sala de aula, visto que o ensino dessa época visava à formação de profissionais para a construção civil.
  • 11. 11 Ao longo do processo de colonização, as atividades artísticas não estavam inseridas no contexto da educação formal. A atividade artística ainda era muito ligada às obras religiosas. A partir do processo de colonização e desbravamento das terras brasileiras, as atividades artísticas foram percebidas isoladas dos contextos da educação e atreladas quase que exclusivamente à igreja. Essa proximidade permitiu projetar a importância dos jesuítas nas atividades de cunho artístico, nas várias regiões do Brasil, destacando que, vez ou outra, os encontros com as culturas indígenas nas diversas regiões onde as missões jesuíticas adentravam, promoviam trocas de técnicas e materiais (BATTISTONI FILHO, 2005, apud SANTOS, 2006, p. 21). Durante o inicio da missão jesuítica no Brasil, o ensino de artes foi realizado pelos padres missionários, cujo objetivo maior era a educação religiosa, a catequização. A vinda da família real, juntamente com sua corte para o Brasil, propiciou o aumento da preocupação em disseminar a arte no país conforme afirma Santos (2006, p.21): Com a vinda da Família Real para o Brasil que, pela primeira vez, passou a existir uma preocupação com a instituição de um ensino das artes. Não um ensino que valorizasse as raízes das criações de nossos artistas, mestiços, humildes e envolvidos em temas religiosos e populares, mas um ensino importado dos modelos europeus, mais precisamente franceses. O padrão europeu era o modelo estético considerado correto. Os colonizadores consideravam os indígenas povos não civilizados e que deviam aplicar os padrões sociais e culturais da Europa para transforma-lós em “homens civilizados”. No ano de 1815, já com a família real devidamente instalada na cidade do Rio de Janeiro, o Rei Dom João VI procurava dinamizar a vida na colônia, em diversas áreas administrativas e culturais. No campo das artes financiou a vinda para o Brasil de um grupo de artistas franceses, na missão que ficou conhecida como Missão Artística Francesa. De acordo com Santos (2006, p. 22): A Missão Francesa, formada por pintores, desenhistas, escultores, artífices e arquitetos oriundos de várias instituições francesas, foi reunida por Joaquim Libreton e chegou ao Brasil em 1816, quando foi criada, por Decreto-Lei, a Academia Imperial de Belas Artes – que começou a funcionar em 1826.
  • 12. 12 Com a implantação da Academia Imperial de Belas Artes no Brasil temos um marco para o início do ensino formal de artes no Brasil, conforme a “Academia Imperial de Belas Artes – AIBA”. A criação da Academia Imperial de Belas Artes - AIBA, no Rio de Janeiro, 1826, inaugura o ensino artístico no Brasil em moldes semelhantes aos das academias de arte européias. As academias procuram garantir aos artistas formação científica e humanística, além de treinamento no ofício 1 com aulas de desenho de observação e cópia de moldes. A Academia Imperial de Belas Artes favoreceu o surgimento da arte elitizada, que criava preconceitos em relação à cultura local, pois valorizava os ideais neoclássicos, tipicamente burgueses da Europa, além de criar um distanciamento entre teoria e prática conforme afirma Santos (2006, p. 2): O ensino-aprendizagem que, para a elite, se voltava para ideais políticos, como a valorização dos modelos das cortes européias – ou a realização de feitos por parte de seus dirigentes – não era o mesmo necessário aos artesãos, que acrescentariam algum conhecimento técnico às suas atividades nas fábricas de móveis, nas fundições, nas confecções de roupas, jóias e chapéus. Esse cenário favoreceu o surgimento de movimentos que lutavam pelo reconhecimento de uma identidade nacional que culminou com a Proclamação da República em 1889, conforme afirma Santos (2006, p. 23): Esse novo panorama foi marcado pelo processo de lutas contra a escravatura e o reconhecimento de uma identidade nacional que sustentasse seu ideal de nação capaz de dar rumo ao próprio destino. A culminância foi a Abolição, em 1888, e, a seguir, a Proclamação da República, em 1889. Tais fatos despertaram anseios para a renovação de uma educação em Arte que valorizasse a sua aplicação na indústria (...) Neste momento, temos o ensino de artes influenciado pela revolução industrial, que procurava formar mão de obra para a indústria. O processo de inclusão da arte no ensino no início do século XX foi marcado pelas experiências de modelos de ensino, assim, foram implantados modelos europeus e americanos, sem que o país desenvolvesse um modelo por essência 1 ITAÚ CULTURAL. Academia Imperial de Belas Artes – AIBA. Enciclopédia Itaú Cultural de Artes Visuais. Disponívelem:<http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=marcos_texto &cd_verbete=332 >. Acesso em: 16 abril 2012.
  • 13. 13 próprio. Porém, sempre houve profissionais brasileiros que interferiram nas abordagens dos modelos de ensino, adequando-as à nossa realidade. Nas primeiras décadas do século XX, o caráter de inclusão da Arte na Educação é marcado pela experimentação e a alternância de modelos, ora europeus, ora americanos. Tal alternância, evidenciava, ainda, a visibilidade dos panoramas da Educação, de modo geral, de São Paulo e do Rio de Janeiro, em face do desenvolvimento cultural e econômico. (SANTOS, 2006, p. 24). Mais adiante, com a Semana de Arte Modena em 1922, passou-se adaptar os modelos pedagógicos importados para o ensino de arte para a nossa realidade, haja vista que, Os modelos pedagógicos adaptados ao nosso panorama e subseqüentes à efervescência da Semana de Arte Moderna (1922) passaram a valorizar, até certo ponto, as singularidades brasileiras. E pensar em uma Educação que insira a Arte como detentora de valores à formação do sujeito é premissa necessária à compreensão do panorama cultural de uma sociedade. Saber apreciar, saber fazer e saber conhecer são exigências mínimas para o estabelecimento de um diálogo com a cultura visual de um tempo. (SANTOS, 2006, p. 24). Desse modo “no fim da década de 1920 e início da década de 1930 é que encontramos as primeiras tentativas de escolas especializadas em arte para crianças e adolescentes, inaugurando o fenômeno da arte como atividade extracurricular” Barbosa (2008, p. 01). O movimento modernista influenciou o ensino de artes no Brasil, conforme cita Ana Mae Barbosa: O modernismo no ensino de arte se desenvolveu sob a influência de John Dewey. Suas idéias muitas vezes erroneamente interpretadas ao longo do tempo nos chegaram, contudo, filosoficamente bem informada com o educador Anísio Teixeira. (Barbosa, 2008, p. 01). Acerca da influência dos estudos de Anísio Teixeira para a implantação da arte no ensino apreende-se que ele “foi o grande modernizador da educação no Brasil e principal personagem do movimento Escola Nova (1927-1934). De Dewey, a Escola Nova tomou principalmente a ideia de arte como experiência consumatória” (BARBOSA, 2008, p. 02).
  • 14. 14 No modelo adotado nessa época no Brasil, a função da arte assumia um papel de experiência consumatória para fixação de conteúdo aplicado em outras disciplinas, A idéia fundamental era dar, por exemplo, uma aula sobre peixes explorando o assunto em vários aspectos e terminados pelos convites aos alunos para desenharem peixes e fazerem trabalhos manuais com escamas, ou ainda, dar uma aula sobre horticultura e jardinagem e levar as crianças a desenharem um jardim ou uma horta. (BARBOSA, 2008: 02) Na Universidade de Brasília foi implantado o primeiro curso de formação de professores na área de desenho. “Nesta Universidade foi criado o primeiro curso de formação de professores de desenho, organizado por Anísio Teixeira” Barbosa, (2008, p. 03). Referida universidade foi fechada em 1937 pelo regime ditatorial imposto pelo governo de Getúlio Vargas. Porém, mesmo após este ato de coação muitos cursos de desenho foram criados em outras faculdades, Depois desta experiência, muitas faculdades e universidades criaram cursos de professor de desenho, sendo um dos mais famosos na década de 1960 o da Fundação Armando Alvares Penteado. Eram cursos convencionais, como são até hoje os cursos que os sucederam depois de 1971, quando foram substituídos pelos cursos de educação artísticas e/ou licenciaturas em artes plásticas. (BARBOSA, 2008, p. 03): Durante as duas ditaduras, o ensino da arte passou por entraves criados pela interferência estatal, pois (...) Ambas as ditaduras, a do Estado novo e a militar, afastaram das cúpulas diretivas educadores de ação renovadora e exterminaram as duas mais importantes experiências de arte/educação universitária do Brasil. (...) Mas, foi o Estado Novo que criou o primeiro entrave ao desenvolvimento da arte/educação e solidificou alguns procedimento antilibertário já ensaiados na educação na educação brasileira anteriormente, como desenho geométrico na escola secundária e na escola primária, o desenho pedagógico e a cópia de estampas usadas para as aulas de composição em língua portuguesa. P7 A ditadura de 1964 perseguiu professora e escolas experimentais foram aos poucos desmontas sem muito esforço. Era só normatizar e estereotipar seus currículos, tornando-as iguais as outras do sistema escola. (BARBOSA, 2008, p. 04) Conforme Ana Mae Barboza foi a partir da ditadura em 1964 que “a prática de arte passou a ser usado predominantemente pela sugestão de tema e por desenhos alusivos a comemorações cívicas e religiosas e outras festas” Barboza (2008, p. 09).
  • 15. 15 Foi no ano de 1971, durante a ditadura militar que o ensino de arte passou a ser obrigatório nas escolas públicas, como forma de profissionalizar os jovens do ensino médio: Hoje pode parecer estranho que uma ditadura tenha tornado obrigatório o ensino de arte nas escolas públicas. Contudo, tratava-se de um mascaramento humanístico para uma lei extremamente tecnicista, a 5692, que pretendia profissionalizar os jovens na Escola Média. (BARBOSA, 2008, p.10) Com obrigação do ensino de artes na escola, foi necessário formar professores, visto que no ensino de artes incluía artes plásticas, música e as artes cênicas e que deveriam ser ministradas por um único professor. (BARBOSA, 2008, p.10). A partir da década de 1980, as pesquisas sobre o ensino de arte multiplicaram-se, sobretudo, estudos acerca da proposta triangular. Sendo que essa envolve três vertentes, conforme veremos a seguir: Aqui no Brasil, a professora Ana Mae Barbosa adaptou a teoria DBAE ao nosso contexto, denominando-a Proposta Triangular por envolver três vertentes: o fazer artístico, a leitura da imagem (obra de arte) e a história da arte. Diz Ana Mae (1991, p. 10): "O que a arte na escola principalmente pretende é formar o conhecedor, fruidor e decodificador da obra de arte (...). A escola seria a instituição pública que pode tornar o acesso à arte possível 2 para a vasta maioria dos estudantes em nossa nação (...)". Outro fato marcante no sistema de ensino do Brasil foi aprovação da nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que foi aprovada em 1996 e atualizada em 2001: A Lei 9.394/96 contém as Diretrizes e Bases que vão orientar a educação nacional nos próximos anos. Seus 92 artigos representam um novo momento do ensino brasileiro; neles vemos refletidos muitos dos desafios e esperanças que movem o trabalho de tantos educadores numa nação de 3 realidades tão diversa (RAMAIL, 1997, p.01). 2 EDITORA MODERNA. Proposta Triangular. Literatura Moderna. Disponível em:<http://literatura.moderna.com.br/literatura/arte/icones/proposta >. Acesso em: 16 abril 2012. ³ Em 1977, o MEC, diante do estado de indigência do ensino da arte, criou o Programa de Desenvolvimento Integrado do Ensino da Arte – Prodiarte, Dirigido por Lúcia Valentin.
  • 16. 16 O ensino de arte foi garantido na nova LDB, que determina que a Educação Artística seja componente curricular obrigatório no Ensino Básico (pré-escolar, 1º e 2º graus; art. 26, § 2º). O objetivo é promover o desenvolvimento cultural dos alunos. Práticas adotadas na década de 30 ainda são utilizadas em salas de aula até os dias atuais: A prática de colocar arte (desenho, colagem, modelagem, etc.) no final de uma experiência, ligando-se a ela por meio de conteúdo, vem sendo utilizada ainda hoje na Escola Fundamental no Brasil, e está baseada na idéia de que a arte pode ajudar a compreensão dos conceitos porque há elementos efetivos na cognição que são por ela mobilizados (BARBOSA, 2008, p. 02). 1.2. Material didático no ensino de Arte. Conhecendo a evolução do ensino formal da arte, passamos a falar mais especificamente sobre o material didático, que é parte essencial para o processo pedagógico, não só no ensino de artes, como também em qualquer área de ensino, principalmente o formal, uma vez que, com recursos didáticos adequados, o professor é capaz de envolver os alunos em suas aulas de forma a atrair a atenção dos mesmos fazendo com que suas aulas sejam mais dinâmicas, concretas e envolventes. Primeiramente, antes de tudo, se faz necessário conceituar o termo material didático: Entende-se aqui por material didático todo ou qualquer material que o professor possa utilizar em sala de aula; desde os mais simples como o giz, a lousa, o livro didático, os textos impressos, até os materiais mais sofisticados e modernos. (idem, 2007, p. 01). Como vimos no tópico I, o ensino de artes no Brasil passou por varias fases, com diferentes ideologias, mas o como não poderia ser diferente, os materiais didáticos, embora variados para cada momento, sempre foram importantes, sobre essa importância autores como Fiscarelli (2007, p. 01), afirma que: Fazer uso de um material em sala de aula, de forma a tornar o processo de ensino aprendizagem mais concreto, menos verbalístico, mais eficaz e eficiente, é uma preocupação que tem acompanhado a educação brasileira ao longo de sua história. Historicamente, o uso de materiais diversificados nas salas de aula, alicerçado por um discurso de reforma educacional, passou a ser sinônimo de renovação pedagógica, progresso e mudança, criando uma expectativa quanto à prática docente, já que os professores
  • 17. 17 ganharam o papel de efetivadores da utilização desses materiais, de maneira a conseguir bons resultados na aprendizagem de seus alunos. No ensino formal, o livro didático sempre foi um dos materiais mais acessíveis, difundido pelo governo. No Brasil, constitui-se o principal programa para disponibilização do principal recurso didático utilizados pelos professores e de maior abrangência é o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)4, do governo federal que disponibiliza livros didático às escolas públicas de todo o país. Porém, o que se vê é que este programa não disponibiliza livros didáticos para a disciplina de artes, conforme afirma (LOYOLA, 2010, p.01). Mesmo um dos programas oficiais de avaliação de material didático no país, como o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD)2, do Ministério da Educação (MEC), que distribui livros didáticos para os alunos das escolas públicas não inclui material para o ensino de Arte. Também não oferece alternativas ou orientações para os professores de Arte e não tem uma política que viabilize a produção dos recursos didáticos. No entanto, o professor de artes não pode esquecer que, no atual momento de expressivo desenvolvimento tecnológico, recursos audiovisuais e os computadores podem ser ferramentas alternativas à falta de livro didático. Neste caso, o professor tem uma grande responsabilidade, quanto a escolha dos materiais didáticos para suas aulas, visto que, o governo não disponibiliza livros didáticos específicos para o ensino de artes. Sobre tal atribuição os PCNs, resalta o papel do professor: O importante neste estágio atual da educação brasileira é que os professores que se dispuserem a ensinar arte tenham um mínimo de experiências prático-teóricas interpretando, criando e apreciando arte, assim como exercitem a reflexão pedagógica específica para o ensino das linguagens artísticas. E para isso é necessário haver cursos de especialização, cursos de formação contínua, nos quais possam refletir e desenvolver trabalhos com a arte. Sem uma consciência clara de sua função e sem uma fundamentação consistente de arte como área de conhecimento com conteúdos específicos, os professores não podem trabalhar. Só é possível fazê-lo a partir de um quadro de referências conceituais e metodológicas para alicerçar sua ação pedagógica, material adequado para as práticas artísticas e material didático de qualidade para 5 dar suporte às aulas. (Grifo meu). 4 http://www.fnde.gov.br/index.php/programas-livro-didatico, acesso em 22 de abril de 2012. 5 PCN - PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS TERCEIRO E QUARTO CICLOS DO ENSINO FUNDAMENTAL.
  • 18. 18 Os materiais didáticos devem ocupar um lugar central no bom desempenho da prática docente, mesmo sabendo que nada substitui a presença de um professor competente. Materiais adequados para o ensino de artes, tais como: um ateliê completo, totalmente equipado para as necessidades do ensino de artes visuais. Não sendo possível a instalação de um ateliê, o mínimo que se pode exigir para uma boa aula de artes seria a existência em quantidade suficiente para todos os alunos dos materiais listados a seguir: pincéis específicos para pinturas em diversas espessuras, tintas variadas de diferentes cores e compostos, cavaletes, mesas, telas, tecidos próprios para pinturas (algodão cru ou linho), suportes variados, gesso, argila, cola, papéis de diversos tamanhos e texturas, data show, câmeras digitais para um laboratório fotográfico, prensas para xilogravura, ferramentas para gravura, laboratório de informática com acesso à internet, uma biblioteca na escola com acervo vasto no campo das artes, etc., podem ajudar nas aulas de artes, tornando- as atrativas, participativas e despertadoras do interesse do aluno para o aprendizado em artes visuais obtendo-se assim, resultados positivos de aprendizagem. Sabendo que o governo federal não disponibiliza livro didático para a disciplina de artes e sabendo da importância dos materiais didáticos procuramos investigar como é feita seleção dos materiais didáticos para as aulas de artes na Escola de Ensino Fundamental Raimundo Magalhaes, observando se a escola consegue atender as demandas dos professores ou se estes improvisam com materiais disponíveis na região. A utilização da Tecnologia no ensino de artes também será objeto de investigação, vez que com a popularização dos recursos tecnológicos, é cada vez mais acessível tais recursos aos professores e também aos alunos. Sobre isso, Loyola (2010, p. 03), afirma que: A chegada do computador e da internet na escola não substitui os outros formatos de recursos didáticos, mas amplia, para o professor, o campo de pesquisa sobre arte e favorece a prática pedagógica e a elaboração de material para o ensino de Arte. Visitar um museu ou galeria virtual, ver as obras de arte ampliadas na tela, ler informações sobre as mesmas e sobre os artistas, contextualizar e construir conhecimentos acerca do objeto pesquisado constitui uma experiência significativa em Arte. O computador (com conexão à internet) também foi se transformando progressivamente em um equipamento unificador dos meios, tornando possível a junção e trabalho com várias mídias num mesmo lugar. Tanto nas escolas públicas quanto nas particulares, fatores financeiros e até mesmo de gestão, trazem limitações para que o professor disponha de todos os
  • 19. 19 recursos didáticos necessários para suas aulas, no caso da disciplina de artes, o problema é ainda mais grave, que grande parte das aulas práticas, seriam necessárias ferramentas e materiais apropriados para cada aluno. O que leva, muitas vezes, o professor ou até mesmos os alunos a acabarem arcando com seus próprios recursos para providenciarem materiais necessários para as aulas de artes.
  • 20. 20 CAPÍTULO 2 – METODOLOGIA A metodologia aplicada no estudo consiste em revisão de literatura principalmente com fontes em artigos publicados na internet, visita in loco a Escola Estadual de Ensino Fundamental Raimundo Magalhaes, e entrevista através da aplicação de questionários (anexos) ao professor e aos alunos. 2.1. Caracterização do Objeto de Estudo 2.1.1 Sobre a Escola A Escola de Ensino Fundamental Raimundo Magalhães, está situada no endereço na Rua Sergio Ferreira da Silva Nº. 2183, Bairro Niterói - 2º distrito, em Sena Madureira – AC. Foi fundada em 26 de março de 1976 no governo de Geraldo Mesquita, sendo legalizada como instituição de ensino somente em 1º de outubro de 2003. Dispõe de uma infraestrutura razoável, tendo em vista a realidade do município. Possui 450 (quatrocentos e cinquenta) alunos, distribuídos em 16 turmas. 2.1.2 Comunidade A comunidade do Bairro 2º Distrito/Niterói é uma das comunidades mais carentes do município de Sena Madureira - AC. Por localiza-se na outra margem do rio que corta o município e a travessia do rio pode ser feita somente através de catraias6, os recursos públicos acabam por não chegar da mesma forma que chegam aos demais bairros da cidade. A comunidade é carente, pois as pessoas que têm maior poder aquisitivo optam por viver no outro lado da cidade. As moradias dos bairros são em sua maioria de madeira de má qualidade. Nas redondezas da Escola em estudo, existem muitos bares que vendem bebidas alcoólicas. Grande parte dos moradores é semianalfabeto, desempregado ou trabalha em serviços braçais. Estima-se que a renda per capita dos moradores daquela região seja inferior a um salário mínimo, já que, por meio de conversas informais 6 Significado de Catraia: s.f. Bote pequeno, tripulado por um só homem. Fonte: http://www.dicio.com.br/catraia/, acesso em 22 de abril de 2012..
  • 21. 21 com funcionários da Escola, detectou-se que grande parte dos pais dos alunos são beneficiários de programas assistenciais do governo federal, principalmente do programa bolsa família. 2.2. Coleta de Dados A coleta dos dados foi realizada através de visita à Escola Raimundo Magalhaes, nos dias 8 e 9 de maio de 2012, nas turmas de 5ª e 6ª Séries do professor M. T. M., bem como através de questionários aplicados aos alunos, ao professor e à gestora da escola. Através dos questionários aplicados, procurou-se identificar quais são os principais materiais didáticos disponíveis na escola, quem os disponibiliza, além de procurar identificar nos alunos o envolvimento com a disciplina de artes e de que forma os materiais influenciam neste envolvimento. 2.3. Análise dos dados 2.3.1 – Análise dos dados obtidos através do questionário aplicado aos alunos da 5ª “B” e 6ª “A”. Inicialmente analisaremos os dados obtidos com o questionário aplicado aos alunos das séries 5ª “B” e 6ª “A”. A primeira pergunta do questionário visava medir o grau de interesse dos alunos em relação à disciplina de artes. Nas duas turmas, foram aplicados o total de quarenta e seis questionários, obtendo-se os resultados expressos no gráfico a seguir: Gráfico 1- Interesse dos alunos pela disciplina de Artes.
  • 22. 22 Fonte: Dados da Pesquisa Observando o resultado exposto no Gráfico I, percebemos que 91% dos alunos entrevistados declararam que gostam ou gostam muito da disciplina de Artes. O elevado grau de simpatia dos alunos em relação à disciplina de Artes é um fator significativo, que pode ajudar no processo de ensino aprendizagem, visto que, com tamanha aceitação, o envolvimento dos alunos com a disciplina é maior e os objetivos das aulas ficarão mais fáceis de serem alcançados. A segunda pergunta do questionário ajuda a identificar os motivos pelos quais a disciplina de Artes tem tamanha aceitação. O gráfico seguinte mostra os resultados obtidos, conforme observamos a seguir: Gráfico 2 – Motivos do interesse dos alunos pela disciplina de artes. Fonte: Dados da Pesquisa Analisando os dados expostos no gráfico acima, percebemos que um dos fatores que mais influenciam o interesse dos alunos pela disciplina de artes é o fato de nas aulas de artes serem utilizados materiais didáticos que os alunos julgam serem interessantes. Tal constatação confirma que os materiais didáticos são um elemento primordial para o envolvimento dos alunos com as aulas de artes.
  • 23. 23 A pergunta seguinte do questionário aplicado aos alunos da escola em estudo procurou identificar com qual frequência os principais materiais didáticos disponíveis na escola são utilizados em sala de aula, o gráfico III, ilustra os resultados obtidos, conforme adiante observamos: Gráfico 3 - Frequência de utilização dos principais recursos didáticos. Fonte: Dados da pesquisa. Analisando o gráfico acima, percebemos que o giz de cera ou pincel, seguido por cola e computador, são os materiais didáticos mais utilizados nas aulas de artes. Com relação ao computador mencionado pelos alunos nas respostas, trata-se do notebook pessoal do professor, que é utilizado para apresentação de slides nas aulas. O laboratório de informática da escola nunca funcionou, em razão de não ter pessoal habilitado para operar e dar manutenção nos computadores que têm instalado o sistema operacional Linux. O gráfico também mostra uma grande deficiência em relação à variedade, disponibilidade e utilização de recursos didáticos que o professor de artes dispõe para suas aulas, visto que tais materiais são os mais básicos possíveis, não
  • 24. 24 permitindo ao professor ministrar aulas de qualidade que possam atender os objetivos propostos nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN7, bem como permitam aos alunos desenvolverem todo seu potencial criativo. Nas figuras 1 e 2, podemos observar como é a disponibilização e utilização dos materiais didáticos pelos alunos nas aulas de artes da Escola em estudo. Figura 1 - Forma de distribuição dos materiais didáticos Fonte: Fotos do autor 7 No transcorrer do ensino fundamental, o aluno poderá desenvolver sua competência estética e artística nas diversas modalidades da área de Arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), tanto para produzir trabalhos pessoais e grupais quanto para que possa, progressivamente, apreciar, desfrutar, valorizar e julgar os bens artísticos de distintos povos e culturas produzidos ao longo da história e na contemporaneidade. Parâmetros Curriculares Nacionais – ARTE, p.53. < http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/livro06.pdf> acesso em 22 de abril de 2012.
  • 25. 25 Figura 2 - Utilização de material didático Fonte: Fotos do autor O professor distribui aos alunos em suas carteiras alguns lápis e giz de cera, o restante do material fica disponível próximo ao quadro-negro e, conforme o aluno necessite outro lápis ou giz de cera de cor diferente, deverá levantar-se e realizar a troca. Os materiais são utilizados basicamente em trabalhos onde os alunos têm que colorir desenhos impressos pelo professor, geralmente fazendo alusão a datas comemorativas. Na figura 2, a aluna está colorindo um cartão para os dias das mães. 2.3.2 – Análise dos dados obtidos através do questionários aplicados ao professor de artes e à gestora da Escola em Estudo. A primeira pergunta aplicada ao professor e à gestora da escola procura saber da existência de livros didáticos distribuídos aos alunos. Os entrevistados foram unânimes em afirmarem a inexistência de qualquer livro ou apostila distribuída aos alunos com os conteúdos da disciplina de artes.
  • 26. 26 A segunda pergunta visava esclarecer que tipo de documento contém os conteúdos a serem seguidos pelo professor para ministrar as aulas de artes, obtendo-se as seguintes respostas: Tabela 1 - Tipo de documento que contém os conteúdos das aulas de artes Reposta dada pelo Professor Resposta dada pela Gestora Livro didático adquirido pelo professor e Caderno de plano de aula do professor e planejamento semanal referência curricular Fonte: Dados da pesquisa As respostas obtidas mostram uma assimetria de comunicação entre a gestão e o professor. Tal falta de comunicação entre a gestão escolar e o professor pode causar problemas sérios, que em muitos casos, acaba interferindo na qualidade do ensino ofertado pela escola. A pergunta seguinte do questionário procura identificar pelo ponto de vista do professor e da gestão da escola, quais são os principais recursos didáticos disponíveis na escola para as aulas de artes, obtendo-se os dados constantes na tabela seguinte: Tabela 2 - principais recursos didáticos disponíveis na escola para as aulas de artes Recurso Didático Grau de Disponibilidade Quem disponibiliza Giz/Pincel Atômico Muito disponível Escola Quadro Branco Muito disponível Escola Giz de Cera/pincel Muito disponível Escola, professor e aluno. Cola Muito Disponível Escola, professor e aluno. Cartolina Disponível Escola Livros para recortar Disponível Escola Revistas Disponível Escola Madeira Pouco Disponível Professor Ferramentas de Entalhe Pouco Disponível Professor Computador Pouco Disponível Professor Data show Pouco Disponível Escola Tintas Pouco Disponível Escola e professor Tecido Indisponível
  • 27. 27 Argila ou gesso Indisponível Fonte: Dados da pesquisa Como observamos na tabela acima, os dados obtidos através do professor e da gestora da escola, confirmam os dados obtidos junto aos alunos, ao afirmarem que o giz/pincel atômico, quadro branco, giz de cera e cola, são os materiais didáticos mais abundantes na escola. Outra constatação que se extrai da tabela acima é que professor e alunos também arcam com o ônus de disponibilizar alguns materiais didáticos. No questionário aplicado especificamente ao professor procurou-se saber como ele avalia o envolvimento de seus alunos com as aulas de artes, sendo que o professor declara que os alunos se envolvem muito com as aulas de artes, principalmente quando são levadas, para a sala de aula, ilustrações. O professor e a gestora foram questionados, sobre a quantidade e qualidade dos recursos didáticos disponíveis para as aulas de artes, ambos foram taxativos ao afirmarem que não estão satisfeitos. O professor informa que nem sempre há materiais disponíveis e que utiliza materiais usados. A gestora alega que a Secretaria de Educação não ajuda e que a escola dispõe de poucos recursos para adquirir todos os materiais necessários. Por fim, procurou-se extrair do professor e da gestão da escola quais são as alternativas que têm encontrado para amenizar os problemas mencionados. O professor informa que muitas vezes compra materiais com seus próprios recursos. A gestora informa que oferece o que tem e que conta com a ajuda do professor.
  • 28. 28 CONCLUSÃO Com a tabulação dos dados da pesquisa realizada, percebemos o alto grau de interesse dos alunos pela disciplina de artes, constando-se através do Grafico 3, que o principal motivo de tal interesse o fato do professor levar materiais didáticos que julgam interessantes para as aulas. Apesar da constatação do alto índice de interesse dos alunos pelas aulas de artes, não há como camuflar a dura realidade constatada. É grande falta de estrutura para o professor ministrar suas aulas. Os principais materiais didáticos utilizados pelo professor são: pincel atômico para escrever no quadro, lápis de cor, giz de cera, cola, cartolina e desenhos impressos para colorir. Esses materiais, embora básicos, nem sempre são disponibilizados na quantidade ideal, fazendo com que o professor muitas vezes divida os alunos em grupos para que seja possível dividir os materiais. Constatou-se que os recursos tecnológicos são usados somente quando o professor leva seu notebook pessoal para a sala de aula e utiliza data show para apresentação de slides. Neste caso, os alunos não manuseiam o computador. Com a pesquisa constatou-se que o laboratório informática existe. Mas, não é utilizado, em razão de não haver pessoa habilitadas para oferecer suporte na utilização de computadores com Sistema Operacional Linux. A inoperância da gestão da escola em não colocar em funcionamento o laboratório de informática priva os alunos de um recurso tecnológico importantíssimo para a aprendizagem. Os alunos, por viverem em lares de baixa renda, se conformam com pouco. Nas entrevistas, relatam que Artes é a disciplina que mais gosta porque o professor traz desenhos para colorir e materiais legais que julgam interessantes. Tais “materiais legais” tratam-se, principalmente, de revistas usadas para recortar, desenhos impressos ou mimeografados pelo professor ou distribuição de cartolinas e giz de cera para os alunos desenharem. Quando o ideal seria a existência de um ateliê completo, totalmente equipado para as necessidades do ensino de artes visuais. Não sendo possível a instalação de um ateliê, o mínimo que se pode exigir para uma boa aula de artes seria a existência em quantidade suficiente para todos os alunos dos materiais listados a seguir: pincéis específicos para pinturas em diversas espessuras, tintas variadas de diferentes cores e compostos, cavaletes, mesas, telas, tecidos próprios para pinturas (algodão cru ou linho), suportes variados, gesso, argila, cola, papeis de diversos tamanhos e texturas, data show,
  • 29. 29 câmeras digitais para um laboratório fotográfico, prensas para xilogravura, ferramentas para gravura, laboratório de informática com acesso à internet, uma biblioteca na escola com acervo vasto no campo das artes, etc. Como dito no inicio deste trabalho, a pesquisa não visa avaliar o desempenho do professor nem sua forma de trabalhar. Porém, não podemos deixar de fazer considerações sobre a constatação do uso de desenhos mimeografados prontos na arte-educação, geralmente fazendo alusão a datas comemorativas. Tal pratica é criticada por especialistas do ensino, em razão destas atividades limitarem o desenvolvimento criativo do aluno. Neste caso, o desenho não é vivenciado pelo aluno no seu aspecto total, pois se vê restrito às atividades de cópia, de reprodução, de ilustração, de colorir, tais atividades se caracterizam por não exigirem muita elaboração. Infelizmente, essa prática ainda é comum na Escola Raimundo Magalhães. O professor relata que faz o possível para tentar amenizar o problema da falta de material e de apoio da escola e relata que, em muitas ocasiões, já comprou materiais como tinta guache e cartolina com recursos próprios. Porém, poderia haver maior improvisação parte do professor, fazendo uso dos recursos naturais abundantes em nossa região, como por exemplo, a utilização da argila que pode ser encontrada na beira do rio, madeira, fabricação de pigmentos com urucum, carvão, terra roxa, realizar atividades que façam uso de material reciclado como papelão, garrafas pets, etc. A realidade constatada é desanimadora para quem pretende ingressar na carreira docente em arte nas escolas públicas. A falta de estrutura é muito grande. A comunidade não tem conhecimento necessário para saber quais, quantos e de que qualidade deveriam ser os materiais utilizados nas aulas de artes. Os pais dos alunos também não procuram visitar as aulas para tomarem conhecimento da triste realidade em relação à falta de materiais. A esperança para mudança da realidade relatada poderá acontecer principalmente através da formação superior dos professores atuantes nas aulas de artes, o que já esta acontecendo, a UAB/UnB em breve formará mais uma turma de licenciados em Artes Visuais, esses novos profissionais com a formação acadêmica adequada, com certeza, serão ferramentas transformadoras do ensino, para que assim, possa se reverter a triste realidade do ensino de artes nas escolas públicas no município de Sena Madureira.
  • 30. 30 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BARBOSA, Ana Mae. Ensino da Arte – Memória e História. São Paulo: Perspectiva, 2008. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: 5 ª A 8 ª séries – Arte; Ministério da Educação e Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Enciclopédia Itaú Cultural- Artes Visuais: Academia Imperial de Belas Artes - Aiba. Disponível em: <http://www.itaucultural.org.br/aplicexternas/enciclopedia_ic/index.cfm?fuseaction=m arcos_texto&cd_verbete=332 > Acesso em: 20 set. 2011. FISCARELLI. R. B. O. MATERIAL DIDÁTICO E PRÁTICA DOCENTE. Disponível em: < http://seer.fclar.unesp.br/iberoamericana/article/view/454/333>. Acesso em: 18 abril. 2012. LOYOLA. G. Abordagens sobre o material didático no ensino de Arte. Disponível em: <http://crv.educacao.mg.gov.br/aveonline40/banco_objetos_crv/%7B7F6FCD05- 5ACA-45DF-96F3- E1AEDFD5E93D%7D_Abordagens%20sobre%20o%20material%20did%C3%A1tico %20no%20ensino%20de%20Arte.pdf>. Acesso em: 18 abril. 2012.MODERNA – Ícones. Proposta Triangular. Disponível em: <http://literatura.moderna.com.br/literatura/arte/icones/proposta> Acesso em: 22 set. 2011.
  • 32. 32
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  • 82. 82
  • 83. 83 ANEXO IV Fotos Escola fica na outra margem do Rio Yaco. Barco (catráia) que a conduz os moradores de uma margem à outra do rio. Aluna respondendo ao questionário aplicado Turma respondendo ao questionário Distribuindo o questionário Distribuindo o questionário
  • 84. 84 Tirando dúvidas sobre o questionário Tirando dúvidas sobre o questionário Alguns dos recursos didáticos disponiveis Alguns dos recursos didáticos disponiveis Alguns dos recursos didáticos disponiveis Alguns dos recursos didáticos disponiveis
  • 85. 85 Alguns dos recursos didáticos disponiveis Alguns dos recursos didáticos disponiveis Alguns dos recursos didáticos disponiveis Alguns dos recursos didáticos disponiveis Comunidade Fachada da Escola
  • 86. 86 Bar em frete a Escola. Moradias Moradias Moradores na travessia do rio.