1. Programa Institucional de Bolsas de Incentivo à Docência – PIBID-LETRAS/UEM
Oficinas de leitura de textos literários e produção textual
Elaborador da proposta didática: Carlos Henrique Durlo e Virgínia Nuss
“O que é difícil não é escrever muito; é dizer tudo, escrevendo
pouco. A concisão e a brevidade, virtudes gregas, são meio
caminho para a perfeição”.
(Júlio Dantas, A arte de redigir).
Gênero Textual – Resumo
O termo resumo vem de ―resumir‖, do Latim – resumere (re (de novo) mais
sumere (pegar, agarrar)). Resumir significaria, portanto, ―pegar de novo‖. Se
consultarmos o dicionário, veremos que o sentido atual deste termo implica
em: abreviar, sintetizar, condensar, reduzir, etc. Assim, temos que o gênero
textual resumo implica em, à partir de um texto já existente, realizar uma
reescrita de forma sintética desse texto, ou até mesmo, realizar essa rescrita,
criando um único texto, à partir de vários sobre o mesmo assunto, atividade
bastante comum em Vestibulares e provas classificatórias de diversas
finalidades.
Conforme Menegassi (2010), para que ocorra compreensão de um texto, é necessário
resumi-lo. Com isso, reforçamos a ideia do autor de que, o resumo se torna o gênero mais importante
para um aprendizado e uma leitura eficaz. Para o Linguista, é necessário, para que o resumo
aconteça, que o leitor consiga reconhecer as informações e os tópicos principais do texto, assim como
conhecer o vocabulário utilizado, o que implica em um conhecimento interno de mundo por parte do
leitor. Esse conhecimento de mundo inerente a cada indivíduo, é o que torna possível compreensões
mais profundas ou mais superficiais de determinado texto. Portanto, para resumir um texto, é
necessário compreendê-lo, e para compreendê-lo, é necessário ―[...] ―mergulhar‖ nele e retirar a sua
temática e suas ideias principais [...]‖ (MENEGASSI, 2010, pg. 44).
No mesmo processo de compreensão sobre o que seja um resumo, concordamos
também com a autora Anna Rachel Machado (2004), que acrescenta o processo de sumarização como
um dos processos mentais essenciais para a produção de um resumo, e ainda: ―o processo de
sumarização, que sempre ocorre durante a leitura [...] não é aleatório, mas guia-se por certa lógica
[...]‖ (MACHADO, 2004, pg. 25).
O resumo em si, parece algo bastante simples em termos de estrutura e composição, se
comparado à outros gêneros, contudo, seu processo exige total atenção por parte do leitor. É um
gênero que não possui ―regrinhas‖ a serem seguidas, mas sim processos a serem efetivados. O que
pretendemos dizer é que, ao contrário de gêneroscomo carta pessoal, notícia, relato, etc, que exigem
uma sequência de composição estrutural, o resumo se limita a sumarização/sintetização de
informações presentes em um texto, não excluindo, obviamente a referência ao título e ao autor do
texto. Então, como fazer um resumo?
Para resumir um texto, devemos seguir algumas ―etapas‖:
Levantamento das principais informaçõesdo(s) texto(s);
Articulação destas informações de modo a construir um novo texto.
Parece simples, mas é de fundamental importância que essas informações sejam
selecionadas criteriosamente, não fugindo à temática estabelecida, e que seja articulada de forma
concisa e coerente.
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A
Sumarizar é: 1. Tornar sumário ou fazer resumo de. = RESUMIR, SINTETIZAR; 2. Sintetizar em tópicos.
TIVI
DAD
ES DE SUMARIZAÇÃO:
1. Com base na informação acima, sumarize os textos abaixo: (Estes textos compõem as sete
dicas para manter a concentração nos estudos, disponíveis no site do UOL).
Para se concentrar bem na hora do estudo é preciso silêncio, tranquilidade, um lugar isolado e bem
iluminado. O estudante deve deixar as distrações, como celulares, de lado.
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A música na hora dos estudos atrapalha e contribui para a desatenção. "É muito importante que, ao
estudar, o aluno reproduza e simule o momento e ambiente das avaliações. E como os locais dos
exames são silenciosos, é importante ter a concentração em mente", afirmou Bertolla.
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Escrever ajuda a compreender o assunto que está sendo estudado. "Se o aluno se render apenas à
leitura do conteúdo, pode perder a concentração. A escrita ajuda na hora de relembrar o conteúdo, no
momento em que é cobrado na prova", disse o coordenador do CPV Vestibulares
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Copiar toda a matéria não vai fazer com que tudo seja compreendido. O ideial é fazer um fichamento
com as partes mais importantes do tema e montar um resumo com as próprias palavras, o que pode
facilitar o entendimento na hora da revisão.
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O coordenador pedagógico do CPV Vestibulares acredita que tablets, celulares e computadores não
devem ser utilizados na hora de estudar. "Os professores ainda são partidários do lápis e caderno no
momento do estudo. É importante ressaltar que, no momento da prova, todo e qualquer aparelho
eletrônico não poderá ser usado".
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Fazer pausas durante as sessões de estudo ajuda na memorização do conteúdo. "É preciso fazer uma
breve pausa para assimilar as informações e também dar um descanso para que a rotina de estudos
não se torne algo maçante e mal aproveitado", explica Bertolla
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O vestibulando deve saber quais são suas maiores dificuldades e redobrar a atenção nessas matérias.
"Estude em uma evolução crescente, buscando atingir cinco horas de total concentração e dedicação
aos estudos", orienta o coordenador do CPV Vestibulares
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2. Agora topicalize (crie tópicos) das frases acima.
3.
Realize uma leitura dos fragmentos de texto abaixo, realizando o levantamento de
informações do texto e a articulação desdás informações levantadas.(Esta atividade será mediada
pelo professor, com
[...] cientistas comprovaram recentemente o que parecia óbvio: literatura faz bem para o
cérebro! Nos Estados Unidos, um grupo de teste foi convidado a ler um capítulo do
romance Mansfield Park, de Jane Austen, dentro de uma máquina de ressonância
magnética, enquanto pesquisadores da universidade de Stanford analisavam os resultados
neurológicos. Para o experimento, era preciso ler o capítulo de duas formas distintas:
primeiramente, uma leitura descompromissada; depois, uma leitura para análise crítica da
obra. A conclusão do estudo apontou que a leitura de livros pode ser um exercício
valioso para o cérebro, já que quando lemos, o sangue flui para diversas áreas associadas
à concentração e, no caso de uma leitura mais crítica, também para áreas menos ativas do
cérebro. Logo, o estudo concluiu que a forma de leitura afeta o cérebro e através dela
podemos treiná-lo para ser cada vez melhor em atividades que exigem compreensão e
concentração. [...]
Texto extraído de: http://www.estantevirtual.com.br/blogdaestante/2012/09/26/a-ciencia-comprova-ler-faz-bem-para-ocerebro-conheca-outros-beneficios-da-leitura/> acesso em 01/05/2013
apontamentos das informações levantadas na lousa).
4. Leia o texto a seguir e levante as informações principais do texto.
Leitura age como musculação para o cérebro
Exercício ajuda a manter a funcionalidade intelectual ao longo da vida
O hábito de ler proporciona muitos benefícios à saúde. A leitura ajuda a reduzir o estresse e estimular a
memória. Sua prática age como uma musculação para o cérebro e os médicos recomendam que se leia
um livro por mês.
Ao acompanhar um texto, exige-se do cérebro um conhecimento dos sistemas de linguagem, obrigando o
leitor a realizar um trabalho ativo de compreensão e interpretação de texto.
E isso ajuda a manter a funcionalidade intelectual ao longo da vida, mantendo a mente ativa e prevenindo
déficits de memória e declínios das funções cognitivas.
O ato de ler envolve quatro processadores: o processador ortográfico, que diz respeito à maneira de
escrever as palavras; o processador de palavras refere-se ao sentido de uma palavra; o processador
fonológico refere-se à unidade menor que forma uma sílaba ou uma palavra; e o processador de contexto
que se refere à sintaxe, ao papel de cada palavra numa frase, formando uma estrutura com um
significado maior que a palavra, desenvolve noções linguística e regras gramaticais.
Estudos mostram que hábeis leitores não necessitam mais do processador fonológico para entender o
significado de uma palavra escrita. Já maus leitores apresentam dificuldades nos processadores visuais
e/ou auditivos, cometendo distorções, inversões, trocas e omissões, as chamadas dislexias. Conforme os
tipos de dislexia, estudos mostraram lesões nas áreas, occipital, temporal ou ainda parietal.
5. Agora, articule essas informações e produza um resumo.
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6. Faça um resumo do texto distribuído. (uma reportagem xerocada de uma revista)
AVALIAÇÃO: (Proposta retirada do caderno de provas 01 do PAS 2012)
Texto
Livre-se dos maus hábitos
A ciência descobriu como programar sua rotina. Aprenda a substituir um hábito ruim por um bom.
Sílvia Lisboa
Nos últimos anos, pesquisas vêm mostrando que o caminho para se livrar de um mau costume
não é tentar eliminá-lo, mas trocá-lo por um bom. ―Se você consegue diagnosticar seus hábitos, pode
transformá-los no que quiser‖, diz Charles Duhigg, jornalista americano que compilou os mais
importantes estudos sobre o tema em seu recente livro ―O poder do hábito: por que fazemos o que
fazemos na vida e nos negócios‖, ainda sem edição no Brasil.
Pesquisas mostram que não é verdadeira a máxima de que mudamos pouco ao longo da vida.
É possível deixar para trás comportamentos que nos incomodam — como assistir à TV até de
madrugada, tomar café demais ou enrolar no trabalho. Basta seguir alguns conselhos cientificamente
comprovados.Para reverter um mau costume, primeiro é preciso entendê-lo. Pesquisadores do
Departamento de Ciência do Cérebro e Cognitiva do MIT descobriram que o hábito é um ciclo
composto de 3 etapas. Primeiro surgem os gatilhos que acionam determinado comportamento;
depois, uma rotina se instaura; em seguida, vem a recompensa que motivou a busca.
O padrão foi observado em ratos que foram colocados dentro de uma caixa em forma de T
com um chocolate na ponta esquerda. Os roedores ouviam um estalo alto quando a porta de acesso às
pontas do T era aberta. O barulho era a pista. Os animais cheiravam a caixa, iam à direita e depois
encontravam o chocolate à esquerda. O experimento foi repetido várias vezes. À medida que as
cobaias aprendiam onde estava o chocolate, elas ouviam o estalo (gatilho), iam diretamente à
esquerda do T (rotina) para comer o doce (recompensa), sem ter dúvidas sobre o caminho. Pronto:
estava criado o hábito.
Nós também passamos por esse processo constantemente. Afinal, hábitos são uma estratégia
da natureza para nos poupar. Eles funcionam como um atalho do cérebro para executar algumas
ações de forma automática, sem pensar. Imagine ter que queimar neurônios em tarefas simples como
escovar os dentes, comer, dormir ou amarrar os sapatos. ―Hábitos permitem preservar energia para
coisas complicadas‖, diz Wolfram Schultz, professor de neurociência da Universidade de Cambridge,
Inglaterra. A economia não é pouca. Cerca de 45% de nossas ações diárias são automáticas. Elas
estão entranhadas em nossos neurônios.
A história de um americano de meia idade ilustra bem isso. Após sofrer uma encefalite viral,
que prejudicou sua capacidade de reter informações básicas, como a própria idade, Eugene Pauly
continuou seguindo sua rotina. Mesmo incapaz de dizer onde ficava a cozinha de casa, se dirigia ao
local quando sentia fome. Ele não conseguia explicar ao médico por que sabia que na cozinha tinha
comida, mas uma parte do seu cérebro não afetada pelo vírus havia guardado aquela informação e o
levava automaticamente para lá. Pauly ainda podia prestar atenção nos gatilhos — seu estômago
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roncando — e tinha a rotina de se dirigir à cozinha para conseguir a recompensa de se alimentar. Ou
seja, ele ainda podia seguir o ciclo do hábito.
O estudo do caso levou o pesquisador Larry Squire, da Universidade da Califórnia, a
descobrir que existe uma área cerebral responsável por armazenar hábitos: o núcleo da base, região
próxima à nuca e mais antiga do cérebro do ponto de vista evolutivo. É lá que guardamos os
aprendizados por repetição. Quando você liga o carro, por exemplo, esta região aciona
automaticamente os ensinamentos que você teve na autoescola e você sai dirigindo, com o resto dos
neurônios praticamente adormecidos.
O problema é que, ao mesmo tempo em que nosso cérebro segue a lei do mínimo esforço, ele
busca prazer a todo custo. E hábitos trazem recompensas, daí o risco de serem desenvolvidos em
excesso — e de automatizarmos comportamentos que nos prejudicam.
A solução é entrar no jogo e seguir o ciclo do hábito, mas a nosso favor. Precisamos, então,
criar gatilhos, rotinas e recompensas que só nos façam bem. ―Para o cérebro, não faz diferença de
onde veio a gratificação, se da comida ou da prática de esportes. Ele só quer sua injeção de
dopamina‖, afirma o psiquiatra Paulo Knapp, autor do livro Terapia Cognitivo-Comportamental na
Prática Psiquiátrica, abordagem terapêutica focada em mudança de comportamentos e crenças.
Já que nossa cabeça não está interessada em saber a origem do prazer que move um hábito,
ela pode ser treinada para automatizar apenas os bons. Aí sim começa a verdadeira mudança.
(Adaptado de Revista Galileu, junho 2012. n. 251. p. 46 a 53)
A partir da leitura do texto Livre-se dos maus hábitos, produza um RESUMO desse texto, com no
mínimo 10 e no máximo 20 linhas. Lembre-se de que o RESUMO é um gênero textual que tem
por objetivo passar ao leitor as informações mais relevantes do texto original, ou seja, aquele que
serviu de base para sua produção.
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BIBLIOGRAFIA
Machado, A. R. (org.).Resumo. São Paulo: Parábola Editorial, 2004.
MENEGASSI, R.J. O Leitor e o processo de leitura.IN: GRECO, E. A.; GUIMARÃES, T. B.
(orgs).Leitura: aspectos teóricos e práticos. Maringá – PR: EDUEM, 2010
Sete dicas sobre como manter a concentração nos estudos, disponível em
:http://vestibular.uol.com.br/album/2013/04/08/confira-sete-dicas-de-estudo-para-osvestibulares.htm#fotoNav=8> acesso em 01/05/2013.
Avaliação do PAS/2012, disponível em: http://www.pas.uem.br/provas2012/PASUEM2012_Etapa1_G1.pdf>
acesso em 01/05/2013.
Origem da palavra resumo, disponível em :http://origemdapalavra.com.br/palavras/resumo/> acesso em
01/05/2013.