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JASON LEVY REIS DE SOUZA
         VICTOR SAID DOS SANTOS SOUSA




DESENVOLVIMENTO, CAPITALISMO E SUSTENTABILIDADE
        UMA OUTRA FORMA DE VER O MUNDO




                    Salvador
                     2012
JASON LEVY REIS DE SOUZA
         VICTOR SAID DOS SANTOS SOUSA




DESENVOLVIMENTO, CAPITALISMO E SUSTENTABILIDADE
        UMA OUTRA FORMA DE VER O MUNDO




               Relatório de descritivo e de pesquisa solicitado como
               objeto de avaliação parcial da II Unidade pela
               professora Patrícia Ponte da Disciplina de Geografia
               no Instituto Federal de Educação, Ciências e
               Tecnologia da Bahia, Coordenação de Automação e
               Controle Industrial.

               Professora Orientadora: Patrícia Ponte.




                     Salvador
                       2012
Não sei ao certo se o Aquecimento Global deriva-se de causas naturais ou
antropogênicas, na verdade, pouco me importa. O que de fato me importa é se
                            é possível pará-lo.
SUMÁRIO DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1    A natureza como Recurso Social                                  08
Figura 2    Exploração do planeta em prol do capitalismo                    15
Figura 3    Exploração do planeta em prol do capitalismo                    17
Figura 4    Exploração do planeta em prol do capitalismo                    19
Figura 5    A conferência de Estocolmo                                      21
Figura 6    A conferência de Estocolmo                                      23
Figura 7    O Posicionamento brasileiro na conferência de Estocolmo         08
Figura 8    O Posicionamento brasileiro na conferência de Estocolmo         15
Figura 9    Rio+10 ou Rio 92 ou Eco 92                                      17
Figura 10   Rio+10 ou Rio 92 ou Eco 92                                      19
Figura 11   Participação dos países no Protocolo de Kyoto                   21
Figura 12   A relação ideal entre a sociedade e natureza                    23
Figura 13   Equilíbrio e coexistência entre o meio ambiente e a sociedade   08
Figura 14   Os 8 Objetivos do Milênio                                       15
Figura 15   Gráfico de gasto de agua no mundo                               17
Figura 16   Distribuição da Mata Atlântica                                  19
Figura 17   Ecobags e campanhas anti-sacola plástica                        21
SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO                                              05
2. “DESENVOLVIMENTO, CAPITALISMO E SUSTENTABILIDADE” -
ASPECTOS GERAIS: O 1º MOMENTO                                06
3. MOMENTO I: DESENVOLVIMENTO                                07
3.1. A RELAÇÃO POSITIVISTA DO CAPITALISMO COM A NATUREZA     07
3.2. RECURSOS NATURAIS E RECURSOS SOCIAIS                    08
4. MOMENTO II: CAPITALISMO                                   10
4.1. A CRISE DO CAPITALISMO                                  10
4.2. A CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE
EM ESTOCOLMO                                                 11
4.3. O PROTOCOLO DE KYOTO                                    14
5. MOMENTO III: SUSTENTABILIDADE                             16
5.1. COMPREENDO A SUSTENTABILIDADE                           16
5.2. O PROBLEMA: AQUECIMENTO GLOBAL, ASPECTOS ECONOMICOS     17
5.3. OS OITO OBJETIVOS DO MILÊNIO                            19
5.4. A GEOPOLITICA DO AQUECIMENTO GLOBAL                     20
5.5. SACOLAS PLASTICAS                                       22
CONSIDERAÇÕES FINAIS                                         24
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS                                   25
5



1. APRESENTAÇÃO

      O presente relatório solicitado pela professora Patrícia Ponte da disciplina de
Geografia docente no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia da
Bahia – IFBA, Coordenação de Automação e Controle Industrial. Trás como principal
objetivo dar continuidade à produção de trabalhos técnicos baseados nas normas da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) aos estudantes do 2º ano do
curso de Automação e Controle Industrial. Assim como uma melhor compreensão do
tema abordado na palestra sobre “Desenvolvimento, capitalismo e sustentabilidade”.

          Sendo a metodologia utilizadas neste relatório a revisão bibliográfica e
palestra sobre “Desenvolvimento, capitalismo e sustentabilidade” ocorrida no dia 6
de Junho de 2012, tendo como palestrante o Professor graduado em geografia pela
UFS (Universidade Federal de Sergipe), especialista em Curso Internacional de
Desenvolvimento Rural e Aba pelo Ministério da Agricultura, assim como especialista
em Administração Pública e Planejamento e mestre em geografia pela Universidade
Federal da Bahia, Clímaco Dias. Sendo o debatedor o professor Ronaldo Maia
França.

          Para a elaboração da pesquisa bibliográfica foi utilizado os mais diversos
tipos de fontes. Desde livros a apostilas, slides, artigos científicos, resumos e etc.
Este relatório ainda busca dar continuidade às práticas e exercício das normas
técnicas regidas pela ABNT que estarão presentes ao longo do curso e de suas
futuras profissões. Visando exercitar e analisar os conhecimentos dos estudantes
até aqui obtidos.
6



2. “DESENVOLVIMENTO, CAPITALISMO E SUSTENTABILIDADE” - ASPECTOS
    GERAIS: O 1º MOMENTO

      A Palestra foi dividida em Três Momentos principais:

         •   1º    Momento:    palestrante,      Clímaco     Dias,    abordou     o   tema
             “desenvolvimento, capitalismo e sustentabilidade”. Sendo que dentro
             deste momento houve outros três momentos:
                  o Momento      I:    foi    abordado      exclusivamente       o    tema
                     desenvolvimento, neste foi dado ênfase ao desenvolvimento do
                     capitalista em progressões positivistas. O Capitalismo cresceu
                     indiferente à natureza. Como se não houvesse conexões entre
                     estes.
                  o Momento II: foi abordado o benefício das medidas da “política
                     verde” enquanto elemento de favorecimento do Capitalismo. Ou
                     seja, foi abordado que determinadas medidas em prol do “meio
                     ambiente” acabam por favorecer principalmente o capitalismo e
                     não o meio ambiente de forma direta.
                  o Momento III: Já no último momento foi feita a conclusão do 1º
                     Momento    e     falou-se   sobre     sustentabilidade     enfatizando
                     principalmente nas medidas para “salvar o planeta”, que quando
                     postas no futuro soarão hipócritas. Pois se deseja mudar o
                     futuro: comece do presente.


         •   2º Momento: Este momento foi caracterizado como o momento de
             debate entre as partes. O debatedor, Ronaldo França, rebateu às
             afirmativas do palestrante Clímaco. Importante salientar que o 2º
             Momento não       será abordado aqui,          pois     devido   ao linguajar
             excessivamente cultista do debatedor, foi decidido por consenso que
             este não seria abordado. Afinal sua linguagem não foi acessível ao
             meio adolescente o qual estava imerso.


         •   3º Momento: Bloco das perguntas, neste foram feitas perguntas aos
             palestrantes.
7



3. MOMENTO I: DESENVOLVIMENTO


   3.1. A RELAÇÃO POSITIVISTA DO CAPITALISMO COM A NATUREZA

      Para compreendermos a introdução da palestra e consequentemente o
Momento I desta, é necessário, indispensavelmente, compreender o que de fato é o
positivismo.

      O positivismo aplicado no contexto da palestra referencia-se não a corrente
filosófica positivista desenvolvida por Auguste Comte ou ao ato de ser positivo. Não,
o positivismo na palestra aplicado refere-se há uma forma de ver o mundo, uma
forma onde cada objeto independe do outro para existir. Para melhor compreender
este conceito de positivismo utiliza-se a seguinte analogia: uma árvore, como todos
sabem, para se alimentar necessita da fotossíntese, que por sua vez, depende de
outros elementos como a luz solar, oxigênio e água. Esta é uma visão da árvore
como um todo, ela é um organismo que para existir depende diretamente de outros
elementos. Porém a esta visão positivista não vê correlação nenhuma da existência
da árvore com a fotossíntese ou desta para com a água, oxigênio e luz.

      A árvore existe, mas não depende da fotossíntese. Grosso modo, essa é a
visão positivista aplicada por Clímaco. E é justamente baseando-se nesta teoria que
este fundamenta a introdução da palestra. A visão atual é que não há ligações entre
a sociedade e a natureza, estas são independentes e indiferentes. Uma não
necessita da outra para existir, talvez a natureza realmente não da sociedade para
existir, porém o oposto é uma grande inverdade.

      A sociedade necessita indispensavelmente da natureza enquanto fonte de
matéria prima, afinal é esta que mantém todas as nações em seu ápice de
desenvolvimento, permitindo o desenvolvimento da humanidade como um todo.
Porém o pensamento atual não é este, é justamente o contrário: sociedade e
natureza não se relacionam. São como duas caixas separadas que não se
comunicam.

      Agora, observe o seguinte, se o pensamento de hoje é assim, como era o
pensamento no período pré-capitalista/capitalista inicial? Essa é justamente a
questão chave. A ideia atual do mundo, da natureza, da sociedade e da ciência
8



como um todo é bem mais desenvolvida e “refinada” do que em qualquer outro
período histórico da humanidade, se atualmente temos esse pensamento isso
implica dizer, que no período do capitalismo inicial a natureza era vista, no mínimo,
como recurso inesgotável.

            Para melhor compreender este aspecto, Clímaco explica em palestra, que a
teoria positivista:

                         É justamente pensar o mundo como se o mundo fosse um conjunto de
                         caixinhas separadas e que essas caixinhas não se comunicam. Então a
                         natureza seria uma caixinha e a sociedade outra caixinha, então isso
                         justifica o próprio capitalismo a ter uma relação com a natureza de
                         predação. Uma relação predatória com a natureza, encarando essa
                         natureza como algo inesgotável. Seja isso em relação às florestas, seja isso
                         em relação aos oceanos, aos rios, aos solos, a todo um conjunto dessa
                                   1
                         natureza.



      3.2. RECURSOS NATURAIS E RECURSOS SOCIAIS



            À medida que há alterações na sociedade, há também alterações na
natureza. O nível de união entre os dois é tão íntimo que o oposto é igualmente
válido, se a natureza mudar: a sociedade muda. Temos dois exemplos claros disso:
1º o Aquecimento Global como fenômeno que muda os hábitos da sociedade.
Economizar água, substituir sacolas plásticas, gastar menos energia, etc. são todos
exemplos clássicos, além de campanhas intensas para mudar os hábitos sociais em
prol da natureza. 2º o Desmatamento em prol do consumo de madeira, seja para ser
usado como combustível ou para a produção de celulose, ou ainda produção de
móveis, as aplicações são diversas.

            No fim das contas, “nós somos a natureza e a natureza é social”.2 Haverá
sempre essa interação, não é apenas a sociedade que muda, mas a “natureza
natural” também acaba por ser alterada tornando-se assim social. Parece confuso,
mas não é. A natureza passará a ser social a partir do momento que deixa de ser
um “bem comum” e torna-se propriedade alheia. Quando eu planto uma árvore e

1
 Gravação realizada na palestra sobre “desenvolvimento, capitalismo e sustentabilidade” realizada no
evento “Dia Mundial do Meio Ambiente - Rio + 20. ‘Economia Verde: Ela te inclui?’”, desenvolvida
pelo IFBA, Campus Barbalho, Salvador - Bahia, no dia 6 de Junho de 2012, e tendo como palestrante
e autor da citação presente, Clímado Dias.
2
    Idem.
9



digo que ela pertence a alguém, aquela árvore torna-se social. Quando eu
territorializo elementos naturais como árvores, florestas, mares, montanhas, etc
afirmando que eles me pertencem estes passam a ser tanto elementos naturais,
quanto elementos sociais, porque é impossível negar a naturalidade da árvore,
haverá então uma união do fator social com o fator natural.

      Então podemos avaliar a construção do capitalismo, o capitalismo sempre
utilizou de recursos naturais, afinal são estes a matéria prima necessária para a
execução de praticamente tudo no mundo capitalista. Mas se analisar o que de fato
é um “recurso natural” perceberemos que de fato estes não existem, mas sim todos
os recursos são sociais. Para exemplificar podemos utilizar a energia nuclear como
exemplo. Há 200 anos não possuíamos conhecimento sobre átomos, elétrons e
prótons como possuímos hoje, na verdade, eles nada significavam. Não passavam
de pequenos estudos e teorias, mas em sua maioria, insignificante.

      Porém atualmente o conhecimento sobre eles é indispensável para o
desenvolvimento da energia nuclear. Se há 200 anos era algo insignificante hoje é
de indispensável importância. E é a partir deste conceito que pode-se afirmar que
todo recurso utilizado pela sociedade nas produções de bens de consumo ou não é
social e não natural. Então estes elementos naturais só se tornarão recursos quando
apoderados pela sociedade, e assim se tornando recursos sociais. Para ilustrar esta
ideia, observe a Figura 1.

                        Figura 1 – A natureza como Recurso Social




                                 Fonte: www2.unesp.br
10



4. MOMENTO II: CAPITALISMO


     4.1. A CRISE DO CAPITALISMO

       Podemos afirmar que a crise do capitalismo resulta de uma série de fatores,
um deles, se não principal, é o caráter predatório do capitalismo para com a
natureza. A cada nova catástrofe mundial vê-se claramente as consequências da
exploração excessiva da natureza. Fica claro a cada enchente, seca, tempestade,
ciclone, terremoto e tsunami as consequência do abuso descontrolado da natureza,
porém crises naturais acabam consequentemente gerando crises no capitalismo.

       Mas não só por parte da atuação da natureza gerando catástrofes no mundo,
mas por parte da ação maléfica da raça humana na natureza que gerará por si só
diversas crises no capitalismo. O capitalismo utiliza da natureza para sobreviver,
mas ele com seu uso imprudente gerará as devidas crises, pois a exploração em
algum momento acabará por levar à extinção destes recursos e é justamente nestas
atitudes que o capitalismo peca. Numa tentativa frenética de se manter vivo e saciar
os monstros chamados “consumidores”, que ele mesmo criou, este irá levar ao
esgotamento e exaustão os recursos naturais, ou melhor, os recursos sociais.

       Afinal alimentar uma nação obesa como a dos Estados Unidos da América,
ou alimentar as megas indústrias massivas da China, é no mínimo destrutivo para o
planeta, Ilustrado na Figuras 2, 3, 4. O capitalismo acaba por utilizar de forma tão
imatura e impensada os recursos que lhes foi dado que acabará por levar-se à
extinção, pois haverá um momento que a natureza não irá suprir mais suas
necessidades e todo esse desgaste destrutivo somados aos maiores poluentes do
planeta que são as termelétricas, os desmatamentos de florestas, as atividade
industrial e agricultura, assim como a pecuária acabarão por resultar em uma crise
trágica ao capitalista.

       Atualmente esta crise deriva-se de outros nomes, são principalmente eles: o
aquecimento global, o efeito estufa e o buraco na camada de ozônio. Porém tais
nome de peso não surgiram do nada, eles receberam todo um carinho especial e
atenção especial há algumas décadas atrás, especificamente em 1972, foi realizada
A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo.
11


         Figura 2, Figura 3 e Figura 4 – Exploração do Planeta em Prol do Capitalismo




        Fontes: agal-gz.org; mariorangelgeografo.blogspot.com; arquivoetc.blogspot.com


   4.2. A CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE EM
       ESTOCOLMO

      No período de 6 a 16 de julho de 1972 ocorria em Estocolmo, capital e maior
cidade da Suécia, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente,
ilustrada na Figura 5 e Figura 6. Inegavelmente foi uma das principais conferencias
sobre meio ambiente do mundo, pois este foi o primeiro encontro internacional a
reunir representantes de 113 países, com o objetivo de debater e apresentar
soluções sobre os problemas ambientais vividos naquela época, assim como foi
abordado questões como a relação entre desenvolvimento e o meio ambiente.

                       Figura 5 e Figura 6 – A conferência de Estocolmo




           Fontes: professormarcianodantas.blogspot.com; vendamuitomais.com.br.


      Apesar de não ter havido nenhuma decisão que de fato viesse a ser efetivada
e levasse há alguma solução para o tema ali abordado: os problemas ambientais,
em especial as emissões exorbitantes de CO2. A conferência acabou por ser um
marco de progresso das nações, afinal o mundo estava assumindo publicamente a
existência de efeitos climáticos atípicos e que poderiam ter causas humanas, isso
12



sem dúvidas alguma foi um grande avanço para o combate aos problemas
ambientais.

            Porém, o que muito chamou a atenção neste período foi a postura da
Delegação Brasileira para com esta conferência. O Brasil assumiu uma postura
completamente econômica, em um evento ambiental: “leve suas industrias
poluidoras para o Brasil, pois precisamos de emprego.”3 Foi justamente esta a
postura ambiental do Brasil em 1972. O país assumiu que naquele momento o que
de fato importava não era o meio ambiente, mas sim a geração de empregos para a
nação. E GODOY (2007), pontua (Figuras 7 e 8 ilustram a citação):

                        Segundo Viola e Reis (1992:83), o governo brasileiro, na Conferência de
                        1972, liderou o bloco de países em desenvolvimento que tinham posição de
                        resistência ao reconhecimento da importância da problemática ambiental
                        (sob o argumento de que a principal poluição era a miséria) e que se
                        negavam a reconhecer o problema da explosão demográfica. A posição do
                        Brasil - na época sob o governo militar - era a de "Desenvolver primeiro e
                        pagar os custos da poluição mais tarde", como declarou o Ministro Costa
                        Cavalcanti, na ocasião.

                        A visão na época era a de que os problemas ambientais eram originados da
                        pobreza, que era a principal fonte de poluição e que dispor de mais
                        alimentos, habitação, assistência médica, emprego e condições sanitárias
                        tinha mais prioridade do que reduzir a poluição da atmosfera. Ou seja, o
                        desenvolvimento não poderia ser sacrificado por considerações ambientais
                        dado que essa preocupação poderia prejudicar as exportações dos países
                        em desenvolvimento e subdesenvolvidos.

                        A posição defendida era de que todos tinham direito ao crescimento
                        econômico. Na Conferência de Estocolmo, o Brasil liderou 77 países (do
                        total de 113 países) com acusações aos países industrializados e defesa do
                        crescimento a qualquer custo. Em protesto estendeu uma faixa com os
                        dizeres: “Bem vindos à poluição, estamos abertos a ela. O Brasil é um
                        país que não tem restrições, temos várias cidades que receberiam de
                        braços abertos a sua poluição, porque nós queremos empregos,
                        dólares para o nosso desenvolvimento”. Essa faixa é famosa, pois,
                        reflete o pensamento da época de todos terem o direito de crescer
                        economicamente mesmo que às custas de grande degradação ambiental.
                        Não se pode esquecer que o Brasil estava em pleno milagre econômico.
                        (GODOY, 2007)


            Contudo, o posicionamento do Brasil alterna-se em 1992, quando o país
sediou a RIO +10, Eco-92 ou Rio 92, são ilustrados na Figura 9. A nação passou a
defender a causa, “proteger o meio ambiente, é isso que queremos”. Essa decisão
não surgiu do nada, foi uma decisão bem pensada e avaliada. Mudar drasticamente
o seu posicionamento ambiental era quase uma obrigação, pois o Brasil é o país
com a maior biodiversidade do mundo, sendo assim, era indispensável tal
3
    idem.
13



posicionamento, mas outros aspectos levaram à tal alteração, são eles segundo
Barros-Platiau (2011):

       Figura 7 e Figura 8 – O Posicionamento Brasileiro na conferência   de Estocolmo




                   Fontes: preservesim.com.br; lindomarpadilha.blogspot.com


          •   Ser o país mais rico em diversidade biológica do planeta;
          •   A necessidade da expansão do mercado nacional (afinal qual país não
              iria desejar a imagem de ecologicamente correto, quando ecologia
              está é o assunto do momento);
          •   Seu modelo agroexportador exitoso;
          •   Seu relativo crescimento econômico, que o permite integrar o seleto
              grupo de “emergentes” e o G-20;
          •   Bem como sua reconhecida capacidade científica e tecnológica em
              alguns setores.

      Desde estas duas últimas décadas os aspectos ambientais vem tomando
força em nosso país, como já dito, desde a Eco-92 o país vem progredindo neste
aspecto. Mas uma medida que muito chamou a atenção do mundo para o Brasil foi o
posicionamento deste quanto ao: Protocolo de Kyoto.

                      Figura 9 e Figura 10 – Rio+10 ou Rio 92 ou Eco 92




                      Fontes: essetalmeioambiente.com; brasilescola.com
14



     4.3. O PROTOCOLO DE KYOTO


       O Protocolo de Kyoto, assim como o Eco-92 foram responsáveis por causar
uma mudança drástica no posicionamento do país com relação ao meio ambiente. O
protocolo pode ser compreendido como uma tentativa de definir politicas ambientais
para o mundo. Este surgiu como o objetivo de regulamentar a emissão de poluentes
na atmosfera do planeta, porém este protocolo possui uma grande falha, não é
obrigatório aos países se adequar as normas do protocolo e é justamente este o
grande problema.
       Os países possuíam autonomia de se submeterem ou não à Kyoto. Mas não
apenas isso, era possível regular a taxa de emissão que cada país reduziria dentro
da faixa de tempo proposta no protocolo, as emissões deveriam ser reduzidas até
determinado ano e neste caso Kyoto decidiu que as reduções de emissão de
poluentes deveriam ser de 5,2% em comparação a 1990 e seriam reduções entre
2008 e 2012.
       O protocolo por não possuir a obrigatoriedade da participação dos países
acabou por apresentar diversa falhas, mas uma delas, aliás, a principal delas foi o
fato do maior emissor de poluentes do mundo não participar do protocolo, os
Estados Unidos da América não assinaram o protocolo, negando-se a diminuir as
emissões de poluentes, assim como uma parte dos países.
       Especificamente para que houvesse a ratificação do Protocolo de Kyoto
haveria a necessidade de 55% dos principais países poluentes se comprometessem
a participar, relação de países que assinaram o protocolo encontra-se na Figura 11.
Porém isso só aconteceu 8 anos após o encontro das grandes nações, apenas em
2005 o protocolo foi de fato ratificado. A Figura 12 Ilustra a relação ideal entre a
sociedade e natureza, seria como a projeção ideal de sobrevivência.
15



                     Figura 11 - Participação dos países no Protocolo de Kyoto




Legenda - Posição de cada país frente ao Protocolo de Kyoto:

¨€¨€ Países que assinaram e ratificaram o protocolo.
¨€¨€ Países que assinaram, mas com ratificação pendente.
¨€¨€ Países que assinaram, mas não aprovaram a ratificação.
¨€¨€ Países que ainda não assumiram uma posição.
                                 Fonte: www.vendamuitomais.com.br

                     Figura 12 – A relação ideal entre a sociedade e natureza




                             Fonte: dasementearvore.blogspot.com.br
16



5. MOMENTO III: SUSTENTABILIDADE


     5.1. COMPREENDO A SUSTENTABILIDADE

       A sustentabilidade é um modelo politico, econômico e ambiental que visa à
sustentação, desenvolvimento e manutenção da raça humana, sem prejudicar a
natureza, gerando e fornecendo as gerações futuras condições de vida e habitação
no planeta de forma sustentável, em contraposição da continuidade da
biodiversidade natural em nosso planeta, seja ela animal ou vegetal. Porém
sustentabilidade não se limita a sustentabilidade ecológica, há vários outros tipos de
sustentabilidade e os principais são:

       Sustentabilidade Ecológica: este conceito abrange diversos aspectos,
contudo, os principais deles são: diminuição na emissão de gases tóxicos e
poluentes na natureza; consequente produção de tecnologias limpas; e melhoria nas
leis de proteção ambiental. Pode-se também compreender como sustentabilidade
ecológica um equilíbrio e coexistência entre o meio ambiente e a sociedade. Este
último conceito é expresso na figura 13.

           Figura 13 – Equilíbrio e coexistência entre o meio ambiente e a sociedade




                           Fonte: www.atitudessustentaveis.com.br
17



       Sustentabilidade Social: Esta sustentabilidade visa uma melhor qualidade
de vida, igualdade na redistribuição de renda e participação e organização popular
em aspectos socioeconômicos.

       Sustentabilidade Econômica: aplica-se à economia pública e privada.
Objetiva a regularização do fluxo de investimentos, possuindo um equilíbrio de
balanço de pagamento, e acesso a tecnologia.

       Sustentabilidade Cultural: entende-se este conceito como sendo o respeito
aos diferentes povos existentes e aos seus costumes, abrangendo ainda incentivos
a melhorias e qualificação da vida destes, sem deterioração de sua cultura.

       Sustentabilidade Espacial: esta pode ser compreendida como sendo o
balanceamento de espaços rurais e urbanos. O qual deve haver uma
descentralização da população das metrópoles, havendo um equilíbrio populacional,
ao invés dos grandes aglomerados, haver uma distribuição equitativa da população
no espaço. Assim como realizar investimentos em produções agrícolas de forma
inteligente e saudável, especialmente nas tecnologias agrícolas que não tragam
agressões à natureza.

       Sustentabilidade Politica: tem como objetivo principal dar uma maior
autonomia governamental aos governos locais, assim como a criação de diversos
centros comunitários, que, consequentemente, irão auxiliar no desenvolvimento da
sustentabilidade local.

       Sustentabilidade Ambiental: é o equilíbrio dos ecossistemas, erradicação da
pobreza e interação social, em suma, é também a união dos conceitos anteriores em
um    novo   conceito     mais   bem   elaborado   e   desenvolvido,   seria   como    a
sustentabilidade ideal.

     5.2. O PROBLEMA: AQUECIMENTO GLOBAL, ASPECTOS ECONOMICOS

       Falando agora do aquecimento global que é inegavelmente um dos assuntos
mais discutidos da contemporaneidade, e uma das hipóteses mais aceitas
atualmente. Este evento, segundo a hipótese antropogênica, tem causas humanas,
neste sentido um dos principais argumentos que não é justificado por sua grande
concorrente, a hipótese Natural, é o derretimento das geleiras em velocidade nunca
18



antes vista, sendo que nos períodos glaciais não houve uma fusão das calotas tão
exorbitante quanto na atualidade e neste ponto o palestrante Clímaco tende a
concordar. Sendo assim uma das soluções é o desenvolvimento sustentável. Nesta
possibilidade seria desenvolvido pelas grandes indústrias poluidoras tecnologia
“limpa” que substituiriam o maquinário poluente atual.

      A grande solução para deter o aquecimento global, se de fato este for por
consequência da ação humana, é o desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade
acaba por buscar uma forma de equilíbrio para o mundial. Mas essa busca só é
possível quando para-se de pensar em um futuro ideal e passa-se a agir no
presente. É indispensável para que haja um futuro melhor, os empresários e o
governo do presente passem a pensar menos em seus bolsos e mais no futuro, no
futuro das próximas gerações.

      Mas se assumirmos que a hipótese antropogênica é falha, pode-se basear na
Hipótese Natural, e esta expõe que a sustentabilidade seria para proteger países de
baixa e alta renda de um possível resfriamento gradativo do planeta, e havendo essa
possibilidade a fome reinaria no planeta, unido a outras consequências, como o fim
da biodiversidade do planeta. Mas se o desenvolvimento sustentável visando esta
tragédia estivesse com força total, amenizaria essas tragédias.

      Porém haveria ainda beneficiados com o Aquecimento Global, é o caso da
Rússia. Esta possui diversos interesses econômicos no aquecimento global, pois
países como a este, que possui vastas regiões frias e que impossibilita a plantação
devido a infertilidade dos solos, o aquecimento global seria a “salvação da lavoura”,
só que neste caso, em sentido literal. Pois seriam abertos diversos horizontes para a
agricultura. Especialmente com o derretimento da Sibéria. Um exemplo atual disto,
mas em outro continente é a Oceania. Antes era quase impossível plantar batatas
em determinadas áreas deste continente, porém com o aquecimento global já é
possível ter uma plantação de batatas.

      A medida que a situação foi se agravando a ONU (Organização das Nações
Unidas), acabou por perceber a seriedade do Aquecimento e implantou os: Oito
Objetivos do Milênio.
19



   5.3. OS OITO OBJETIVOS DO MILÊNIO

      Uma das medidas tomadas pela ONU (Organização das Nações Unidas ) no
ano de 2000, após analisar os maiores problemas do mundo foi a criação dos “Oito
Objetivos do Milênio”, ilustrado na Figura 14, ou seja, esses alvos tem que ser
atingidos até o fim de 2015 em todos os países. Dentre eles se encontram objetivos
como :

                          Figura 14: Os 8 Objetivos do Milênio




                             Fonte: expocatadores.com.br



      Objetivo 1: Erradicar a fome e a miséria no país, já que 998 milhões de
pessoas no mundo vivem com menos de 1 dólar.

      Objetivo 2: Educação básica de qualidade para todos e fornecer material
didático gratuito e capacitar professores, essas medidas devem ser incentivadas
pelo governo. Cerca de Cento e treze milhões de crianças não frequentam a escola.

      Objetivo 3: Igualdade entre sexos e mais autonomia das mulheres, a ONU
sugere que seja criados projetos de alfabetização e capacitação de profissionais
femininas, pois dois terços de analfabetos no mundo são mulheres.
20



       Objetivo 4: Redução da mortalidade infantil. No mundo dados comprovam que
a cada ano 11 milhões de bebês morrem por variados motivos

       Objetivo 5: Melhoria da saúde materna. A cada 48 partos uma mãe morre,
este objetivo se aplicaria com ênfase nos países pobres e em desenvolvimento.

       Objetivo 6: Combater a epidemia de doenças, pois a cada dia 6800 pessoas
são infectadas pelo vírus do HIV e a cada ano 2 milhões morrem pelo vírus.

       Objetivo 7: Garantia de sustentabilidade ambiental. Muitos governos apostam
na coleta seletiva e reciclagem, que também gerará mais emprego.

       Objetivo 8: Estabelecer parcerias mundiais para o desenvolvimento, a ideia é
igualar a economia entre os países.

       No Brasil o objetivo 1 já foi cumprido, pois no ano de 1990 a fome e miséria
chegavam a 25,6% e atualmente chega a 4,98%. Os outros objetivos estão ainda a
caminho, e tem a previsão de serem cumpridos até o ano de 2015.

     5.4. A GEOPOLITICA DO AQUECIMENTO GLOBAL

       Geopolítica é uma área da geografia onde se tem o objetivo de fazer
interpretações dos fatos da atualidade, estudando a relação entre o Estado e
geografia, manipulando a mesma. Ao se falar em geopolítica do aquecimento global
é um pouco estranho já que este evento tem muito mais haver com a climatologia,
mas o fato deste nome é porque os últimos acontecimentos provam o interesse dos
capitalistas sobre um acontecimento que seria rentável para os mesmos, pois até
mesmo o país que assina documentos de soluções contra este caso se torna um
dos maiores pesquisadores em energias que acaba com a própria natureza
defendida pelos mesmos.

       Segundo o palestrante em um seus artigos ele critica a existência do
aquecimento global, mais a falta de responsabilidade do governo e o interesse dos
empresários nesse aquecimento que pode ser favorável para os mesmos. Um dos
pontos discutidos neste artigo é que embora o consenso hegemônico deste evento
para vários segmentos de poder, possui uma das hipóteses de que a falta
generalizada irá ocorrer por todo o mundo, causando certo terrorismo para a
população mundial, forçando-os a diminuir seu consumo de água em partes é o
21



correto, porém como somente essa ação irá ajudar a deter essa racionalização se
boa parte do uso da água gasta no mundo é feita pelas indústrias e agropecuárias e
que em números chegar a usufruir de 22% a 70% e o ser humano que é
considerado como um usuário excessivo do produto fica apenas com 8%(veja a
figura a seguir), o que demostra que pode estar havendo um controle pelas grandes
potencias sobre o povo e também um forte interesse econômico.

                      Figura 15: Gráfico de gasto de agua no mundo




                        Fonte: http://www.movimentocyan.com.br


      Este aquecimento global não se torna responsável pela falta de agua no
mundo e sim a transformação da mesma em uma mercadoria produtiva a exemplos
existe a Nairóbi que chega a pagar cinco vezes mais que um norte- americano
médio, lembrando que neste país reside pessoas de baixa renda que não possuem
dinheiro para comprar torneiras, diferente do norte da América, isso acontece porque
os ricos dessa região aproveita-se pelo fato dos rios estarem poluídos já que os
escotos levam estes excrementos para os bacias poluindo-os e também associasse
a falta de estrutura no tratamento da água não só existente nesse país como
também na Luanda e a lotação de pessoas na cidade gerando um descontrole.

      O aquecimento tem se mostrado importante em algumas áreas do mundo,
pois incentiva a criar medidas corretas para caso não seja possível deter o calor.
Apesar disso, alguns cientistas e ecologistas afirmam que não será mais possível
22



deter o crescimento dos oceanos, mesmo com essa informação os mesmos não tem
apresentado nenhuma posição ao governo para a retirada de pessoas que vivem em
cidades litorâneas, se esta é uma forma de conscientizar as pessoas tem se
demostrado uma falta de respeito com a vida dos seres humanos.

       O professor Aziz Ab‘Saber, se mostrou surpreso quando observou as
pesquisas feitas no Rio de Janeiro onde afirmava que o aquecimento global iria
reduzir até 60% da mata atlântica e em sua entrevista a Folha de São Paulo
discordou e afirmou que muitos cientistas estão esquecendo de considerar as
correntes marítimas. “Elas vão continuar mais ou menos como hoje”. Nesse sentido
é impossível prever qualquer consequência deste evento já que os diagnósticos
apresentam uma divergência imensa, tornando todo planejamento politico inviável.

                        Figura 16: Distribuição da Mata Atlântica.




                        Fonte: mariorangelgeografo.blogspot.com


     5.5. SACOLAS PLASTICAS

      Segundo pesquisas os sacos plásticos duram em tordo de 50 a 500 anos para
se decompor, logo sua capacidade de reciclagem é bem maior que as chamadas
“ecobags”, ilustradas na Figura 17, pesquisas afirmam que as sacolas plásticas
causam um menor impacto ambiental de que as matérias-primas das ecobags, que
em sua maioria são feitas de algodão. De acordo com uma pesquisa feita pelo
governo britânico nos anos de 2005 e 2007 apontam que os sacos plásticos a cada
23



utilização chegam a ser 200 vezes menos prejudicais e emitem um terço do CO2,
em comparação as sacolas recicláveis.

                   Figura 17 – Ecobags e campanhas anti-sacola plástica




                                    Fonte: google.com


     O produto está sendo utilizado numa base teórica sobre o desenvolvimento,
quando na verdade tem toda uma manobra politica com a intenção de ganhar, pois
estão utilizando uma lógica reversa já que a reciclagem sairá bem mais caro. Uma
das outras questões levantadas é o uso das sacolas plásticas para jogar o lixo fora
já que praticamente nenhum cidadão iria jogar sua sacola personalizada com
resíduos, foi dada a proposta de utilizar o jornal, mas haveria alguns produtos nos
quais somente o saco de polietileno resolveria, logo em estados como São Paulo
que foi no Brasil um dos percursores da proibição do uso de sacolas plásticas teve
que voltar ao uso das sacolas plásticas.

     Essa atitude foi causa de revolta para os segmentos que estavam ganhando
economicamente agora teria que voltar atrás. O desinteresse do governo no que
realmente importa, a reciclagem, é claro! Mostrando que a sua preocupação não
está no prejuízo a natureza e sim a economia. O palestrante chega a afirmar que
esta “solução” é uma forma de punir a classe trabalhadora, que não possui dinheiro
suficiente para comprar sacolas e ainda ter dinheiro para pagar as suas contas e
impostos que não são baratos.
24



CONSIDERAÇOES FINAIS

     Na palestra sobre “Desenvolvimento, Capitalismo e Sustentabilidade” ocorrida
no dia 06 de Junho, cujo palestrante era o mestre em geopolítica Clímaco Dias, ficou
clara a relação entre o capitalismo e o desenvolvimento sustentável. Através de
exemplos claros e bem elaborados, Clímaco mostrou que a busca pela
“sustentabilidade” é também uma medida política e capitalista, de fato, mais
capitalista do que sustentável.

     Foram abordados ainda na palestra temas como a relação positivista do
capitalismo para com a natureza, explicando que este é um conceito extremamente
atual, o capitalismo vê a necessidade de expandir seus lucros, mas jamais vê as
consequências para a natureza. Como se fossem duas existências extremamente
individuais, sem correlações, indiferentes.

     Ao abordar recursos naturais e recursos sociais, este deixou clara a diferença
entre estes. Mostrando que todo recurso na realidade é social, pois quando recursos
“naturais” passam a ter utilidade para a sociedade, este passa a ser,
consequentemente, um recurso social.

     O palestrante ainda tratou de temas como a crise do capitalismo, as maiores
conferencias mundiais como Conferencia de Estocolmo e a postura brasileira de
praticamente vender o país. Assim como a Rio 92 e o Protocolo de Kyoto, duas
conferencias que foram responsáveis pela mudança no posicionamento do país.

     Já quando abordou sustentabilidade, Clímaco direcionou-se principalmente à
temas como o derretimento das geleiras do Ártico, fenômeno que iniciou-se com a
intensificação do processo de industrialização e consequente maior emissão de CO2
na atmosfera. Relatando ainda as verdadeiras consequências de atitudes como a
proibição do uso de sacolas plásticas, e a substituição destas pelas “ecobugs”.

     Por fim Clímaco trouxe ainda uma teoria alemã que diz que caso o nível do mar
de fato suba, esta seria a maior revolução capitalista da história, seria maior e
melhor que qualquer guerra, pois nem em 200 anos de reconstrução seria possível
reconstruir o planeta. E conclui com a seguinte reflexão afirmação: “Qualquer
discurso sobre o futuro é ridículo se ele não tentar alterar o presente”.
25



REFERÊNCIAS

1. _______. O Conceito de Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável.
  Disponível em: < www.catalisa.org.br>. Acessado em: jun de 2012.
2. BARROS-PLATIAU, Ana Flávia Granja e. O Brasil na governança das grandes
  questões ambientais contemporâneas, país emergente?. IPEIA, Brasília,
  2011.
3. BARROS-PLATIAU, Ana Flávia. O Brasil na Governança das grandes
  questões ambientais contemporâneas. IPEIA, Brasília, 2011.
4. DIAS, Clímaco. A geopolítica do aquecimento global. Disponível em:
  <dc236.4shared.com>. Acessado em: jun de 2012.
5. GODOY, Amalia Maria Goldberg. A Conferência de Estocolmo - Evolução
  histórica 2. Disponível em: <amaliagodoy.blogspot.com.br>. Acessado em: jun de
  2012.
6. LAGO, André Aranha Corrêa do. Estocolmo, Rio Joanesburgo: O Brasil e as
  três conferências ambientais das Nações Unidas. Instituto Rio Branco, Brasília,
  2006.
7. OLIVEIRA, Daniella Massara Rodrigues de. Desenvolvimento Sustentável
  novamente em pauta na cúpula da terra. Disponível em: <www.mcampos.br/
  JORNAL/n50/capa1.htm>. Acessado em: jun de 2012.
8. REZENDE, Bruno. O saco plástico não é vilão e a ecobag não é a solução.
  Disponível em: <www.colunazero.com.br>. Acessado em: jun de 2012.
9. SOUZA, Bruno. A proibição de sacolas plásticas: polemica nacional.
  Disponível: <scienceblogs.com.br>. Acessado em: jun de 2012.
10.   VASCONCELOS, Yuri; ALVES, Liane; CORREA, Elisa. O que são os
  objetivos para o milênio?. Disponível em: <planetasustentavel.abril.com.br>.
  Acessado: jun de 2012.

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  • 1. JASON LEVY REIS DE SOUZA VICTOR SAID DOS SANTOS SOUSA DESENVOLVIMENTO, CAPITALISMO E SUSTENTABILIDADE UMA OUTRA FORMA DE VER O MUNDO Salvador 2012
  • 2. JASON LEVY REIS DE SOUZA VICTOR SAID DOS SANTOS SOUSA DESENVOLVIMENTO, CAPITALISMO E SUSTENTABILIDADE UMA OUTRA FORMA DE VER O MUNDO Relatório de descritivo e de pesquisa solicitado como objeto de avaliação parcial da II Unidade pela professora Patrícia Ponte da Disciplina de Geografia no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia da Bahia, Coordenação de Automação e Controle Industrial. Professora Orientadora: Patrícia Ponte. Salvador 2012
  • 3. Não sei ao certo se o Aquecimento Global deriva-se de causas naturais ou antropogênicas, na verdade, pouco me importa. O que de fato me importa é se é possível pará-lo.
  • 4. SUMÁRIO DE ILUSTRAÇÕES Figura 1 A natureza como Recurso Social 08 Figura 2 Exploração do planeta em prol do capitalismo 15 Figura 3 Exploração do planeta em prol do capitalismo 17 Figura 4 Exploração do planeta em prol do capitalismo 19 Figura 5 A conferência de Estocolmo 21 Figura 6 A conferência de Estocolmo 23 Figura 7 O Posicionamento brasileiro na conferência de Estocolmo 08 Figura 8 O Posicionamento brasileiro na conferência de Estocolmo 15 Figura 9 Rio+10 ou Rio 92 ou Eco 92 17 Figura 10 Rio+10 ou Rio 92 ou Eco 92 19 Figura 11 Participação dos países no Protocolo de Kyoto 21 Figura 12 A relação ideal entre a sociedade e natureza 23 Figura 13 Equilíbrio e coexistência entre o meio ambiente e a sociedade 08 Figura 14 Os 8 Objetivos do Milênio 15 Figura 15 Gráfico de gasto de agua no mundo 17 Figura 16 Distribuição da Mata Atlântica 19 Figura 17 Ecobags e campanhas anti-sacola plástica 21
  • 5. SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO 05 2. “DESENVOLVIMENTO, CAPITALISMO E SUSTENTABILIDADE” - ASPECTOS GERAIS: O 1º MOMENTO 06 3. MOMENTO I: DESENVOLVIMENTO 07 3.1. A RELAÇÃO POSITIVISTA DO CAPITALISMO COM A NATUREZA 07 3.2. RECURSOS NATURAIS E RECURSOS SOCIAIS 08 4. MOMENTO II: CAPITALISMO 10 4.1. A CRISE DO CAPITALISMO 10 4.2. A CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE EM ESTOCOLMO 11 4.3. O PROTOCOLO DE KYOTO 14 5. MOMENTO III: SUSTENTABILIDADE 16 5.1. COMPREENDO A SUSTENTABILIDADE 16 5.2. O PROBLEMA: AQUECIMENTO GLOBAL, ASPECTOS ECONOMICOS 17 5.3. OS OITO OBJETIVOS DO MILÊNIO 19 5.4. A GEOPOLITICA DO AQUECIMENTO GLOBAL 20 5.5. SACOLAS PLASTICAS 22 CONSIDERAÇÕES FINAIS 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 25
  • 6. 5 1. APRESENTAÇÃO O presente relatório solicitado pela professora Patrícia Ponte da disciplina de Geografia docente no Instituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia da Bahia – IFBA, Coordenação de Automação e Controle Industrial. Trás como principal objetivo dar continuidade à produção de trabalhos técnicos baseados nas normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) aos estudantes do 2º ano do curso de Automação e Controle Industrial. Assim como uma melhor compreensão do tema abordado na palestra sobre “Desenvolvimento, capitalismo e sustentabilidade”. Sendo a metodologia utilizadas neste relatório a revisão bibliográfica e palestra sobre “Desenvolvimento, capitalismo e sustentabilidade” ocorrida no dia 6 de Junho de 2012, tendo como palestrante o Professor graduado em geografia pela UFS (Universidade Federal de Sergipe), especialista em Curso Internacional de Desenvolvimento Rural e Aba pelo Ministério da Agricultura, assim como especialista em Administração Pública e Planejamento e mestre em geografia pela Universidade Federal da Bahia, Clímaco Dias. Sendo o debatedor o professor Ronaldo Maia França. Para a elaboração da pesquisa bibliográfica foi utilizado os mais diversos tipos de fontes. Desde livros a apostilas, slides, artigos científicos, resumos e etc. Este relatório ainda busca dar continuidade às práticas e exercício das normas técnicas regidas pela ABNT que estarão presentes ao longo do curso e de suas futuras profissões. Visando exercitar e analisar os conhecimentos dos estudantes até aqui obtidos.
  • 7. 6 2. “DESENVOLVIMENTO, CAPITALISMO E SUSTENTABILIDADE” - ASPECTOS GERAIS: O 1º MOMENTO A Palestra foi dividida em Três Momentos principais: • 1º Momento: palestrante, Clímaco Dias, abordou o tema “desenvolvimento, capitalismo e sustentabilidade”. Sendo que dentro deste momento houve outros três momentos: o Momento I: foi abordado exclusivamente o tema desenvolvimento, neste foi dado ênfase ao desenvolvimento do capitalista em progressões positivistas. O Capitalismo cresceu indiferente à natureza. Como se não houvesse conexões entre estes. o Momento II: foi abordado o benefício das medidas da “política verde” enquanto elemento de favorecimento do Capitalismo. Ou seja, foi abordado que determinadas medidas em prol do “meio ambiente” acabam por favorecer principalmente o capitalismo e não o meio ambiente de forma direta. o Momento III: Já no último momento foi feita a conclusão do 1º Momento e falou-se sobre sustentabilidade enfatizando principalmente nas medidas para “salvar o planeta”, que quando postas no futuro soarão hipócritas. Pois se deseja mudar o futuro: comece do presente. • 2º Momento: Este momento foi caracterizado como o momento de debate entre as partes. O debatedor, Ronaldo França, rebateu às afirmativas do palestrante Clímaco. Importante salientar que o 2º Momento não será abordado aqui, pois devido ao linguajar excessivamente cultista do debatedor, foi decidido por consenso que este não seria abordado. Afinal sua linguagem não foi acessível ao meio adolescente o qual estava imerso. • 3º Momento: Bloco das perguntas, neste foram feitas perguntas aos palestrantes.
  • 8. 7 3. MOMENTO I: DESENVOLVIMENTO 3.1. A RELAÇÃO POSITIVISTA DO CAPITALISMO COM A NATUREZA Para compreendermos a introdução da palestra e consequentemente o Momento I desta, é necessário, indispensavelmente, compreender o que de fato é o positivismo. O positivismo aplicado no contexto da palestra referencia-se não a corrente filosófica positivista desenvolvida por Auguste Comte ou ao ato de ser positivo. Não, o positivismo na palestra aplicado refere-se há uma forma de ver o mundo, uma forma onde cada objeto independe do outro para existir. Para melhor compreender este conceito de positivismo utiliza-se a seguinte analogia: uma árvore, como todos sabem, para se alimentar necessita da fotossíntese, que por sua vez, depende de outros elementos como a luz solar, oxigênio e água. Esta é uma visão da árvore como um todo, ela é um organismo que para existir depende diretamente de outros elementos. Porém a esta visão positivista não vê correlação nenhuma da existência da árvore com a fotossíntese ou desta para com a água, oxigênio e luz. A árvore existe, mas não depende da fotossíntese. Grosso modo, essa é a visão positivista aplicada por Clímaco. E é justamente baseando-se nesta teoria que este fundamenta a introdução da palestra. A visão atual é que não há ligações entre a sociedade e a natureza, estas são independentes e indiferentes. Uma não necessita da outra para existir, talvez a natureza realmente não da sociedade para existir, porém o oposto é uma grande inverdade. A sociedade necessita indispensavelmente da natureza enquanto fonte de matéria prima, afinal é esta que mantém todas as nações em seu ápice de desenvolvimento, permitindo o desenvolvimento da humanidade como um todo. Porém o pensamento atual não é este, é justamente o contrário: sociedade e natureza não se relacionam. São como duas caixas separadas que não se comunicam. Agora, observe o seguinte, se o pensamento de hoje é assim, como era o pensamento no período pré-capitalista/capitalista inicial? Essa é justamente a questão chave. A ideia atual do mundo, da natureza, da sociedade e da ciência
  • 9. 8 como um todo é bem mais desenvolvida e “refinada” do que em qualquer outro período histórico da humanidade, se atualmente temos esse pensamento isso implica dizer, que no período do capitalismo inicial a natureza era vista, no mínimo, como recurso inesgotável. Para melhor compreender este aspecto, Clímaco explica em palestra, que a teoria positivista: É justamente pensar o mundo como se o mundo fosse um conjunto de caixinhas separadas e que essas caixinhas não se comunicam. Então a natureza seria uma caixinha e a sociedade outra caixinha, então isso justifica o próprio capitalismo a ter uma relação com a natureza de predação. Uma relação predatória com a natureza, encarando essa natureza como algo inesgotável. Seja isso em relação às florestas, seja isso em relação aos oceanos, aos rios, aos solos, a todo um conjunto dessa 1 natureza. 3.2. RECURSOS NATURAIS E RECURSOS SOCIAIS À medida que há alterações na sociedade, há também alterações na natureza. O nível de união entre os dois é tão íntimo que o oposto é igualmente válido, se a natureza mudar: a sociedade muda. Temos dois exemplos claros disso: 1º o Aquecimento Global como fenômeno que muda os hábitos da sociedade. Economizar água, substituir sacolas plásticas, gastar menos energia, etc. são todos exemplos clássicos, além de campanhas intensas para mudar os hábitos sociais em prol da natureza. 2º o Desmatamento em prol do consumo de madeira, seja para ser usado como combustível ou para a produção de celulose, ou ainda produção de móveis, as aplicações são diversas. No fim das contas, “nós somos a natureza e a natureza é social”.2 Haverá sempre essa interação, não é apenas a sociedade que muda, mas a “natureza natural” também acaba por ser alterada tornando-se assim social. Parece confuso, mas não é. A natureza passará a ser social a partir do momento que deixa de ser um “bem comum” e torna-se propriedade alheia. Quando eu planto uma árvore e 1 Gravação realizada na palestra sobre “desenvolvimento, capitalismo e sustentabilidade” realizada no evento “Dia Mundial do Meio Ambiente - Rio + 20. ‘Economia Verde: Ela te inclui?’”, desenvolvida pelo IFBA, Campus Barbalho, Salvador - Bahia, no dia 6 de Junho de 2012, e tendo como palestrante e autor da citação presente, Clímado Dias. 2 Idem.
  • 10. 9 digo que ela pertence a alguém, aquela árvore torna-se social. Quando eu territorializo elementos naturais como árvores, florestas, mares, montanhas, etc afirmando que eles me pertencem estes passam a ser tanto elementos naturais, quanto elementos sociais, porque é impossível negar a naturalidade da árvore, haverá então uma união do fator social com o fator natural. Então podemos avaliar a construção do capitalismo, o capitalismo sempre utilizou de recursos naturais, afinal são estes a matéria prima necessária para a execução de praticamente tudo no mundo capitalista. Mas se analisar o que de fato é um “recurso natural” perceberemos que de fato estes não existem, mas sim todos os recursos são sociais. Para exemplificar podemos utilizar a energia nuclear como exemplo. Há 200 anos não possuíamos conhecimento sobre átomos, elétrons e prótons como possuímos hoje, na verdade, eles nada significavam. Não passavam de pequenos estudos e teorias, mas em sua maioria, insignificante. Porém atualmente o conhecimento sobre eles é indispensável para o desenvolvimento da energia nuclear. Se há 200 anos era algo insignificante hoje é de indispensável importância. E é a partir deste conceito que pode-se afirmar que todo recurso utilizado pela sociedade nas produções de bens de consumo ou não é social e não natural. Então estes elementos naturais só se tornarão recursos quando apoderados pela sociedade, e assim se tornando recursos sociais. Para ilustrar esta ideia, observe a Figura 1. Figura 1 – A natureza como Recurso Social Fonte: www2.unesp.br
  • 11. 10 4. MOMENTO II: CAPITALISMO 4.1. A CRISE DO CAPITALISMO Podemos afirmar que a crise do capitalismo resulta de uma série de fatores, um deles, se não principal, é o caráter predatório do capitalismo para com a natureza. A cada nova catástrofe mundial vê-se claramente as consequências da exploração excessiva da natureza. Fica claro a cada enchente, seca, tempestade, ciclone, terremoto e tsunami as consequência do abuso descontrolado da natureza, porém crises naturais acabam consequentemente gerando crises no capitalismo. Mas não só por parte da atuação da natureza gerando catástrofes no mundo, mas por parte da ação maléfica da raça humana na natureza que gerará por si só diversas crises no capitalismo. O capitalismo utiliza da natureza para sobreviver, mas ele com seu uso imprudente gerará as devidas crises, pois a exploração em algum momento acabará por levar à extinção destes recursos e é justamente nestas atitudes que o capitalismo peca. Numa tentativa frenética de se manter vivo e saciar os monstros chamados “consumidores”, que ele mesmo criou, este irá levar ao esgotamento e exaustão os recursos naturais, ou melhor, os recursos sociais. Afinal alimentar uma nação obesa como a dos Estados Unidos da América, ou alimentar as megas indústrias massivas da China, é no mínimo destrutivo para o planeta, Ilustrado na Figuras 2, 3, 4. O capitalismo acaba por utilizar de forma tão imatura e impensada os recursos que lhes foi dado que acabará por levar-se à extinção, pois haverá um momento que a natureza não irá suprir mais suas necessidades e todo esse desgaste destrutivo somados aos maiores poluentes do planeta que são as termelétricas, os desmatamentos de florestas, as atividade industrial e agricultura, assim como a pecuária acabarão por resultar em uma crise trágica ao capitalista. Atualmente esta crise deriva-se de outros nomes, são principalmente eles: o aquecimento global, o efeito estufa e o buraco na camada de ozônio. Porém tais nome de peso não surgiram do nada, eles receberam todo um carinho especial e atenção especial há algumas décadas atrás, especificamente em 1972, foi realizada A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente em Estocolmo.
  • 12. 11 Figura 2, Figura 3 e Figura 4 – Exploração do Planeta em Prol do Capitalismo Fontes: agal-gz.org; mariorangelgeografo.blogspot.com; arquivoetc.blogspot.com 4.2. A CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE O MEIO AMBIENTE EM ESTOCOLMO No período de 6 a 16 de julho de 1972 ocorria em Estocolmo, capital e maior cidade da Suécia, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente, ilustrada na Figura 5 e Figura 6. Inegavelmente foi uma das principais conferencias sobre meio ambiente do mundo, pois este foi o primeiro encontro internacional a reunir representantes de 113 países, com o objetivo de debater e apresentar soluções sobre os problemas ambientais vividos naquela época, assim como foi abordado questões como a relação entre desenvolvimento e o meio ambiente. Figura 5 e Figura 6 – A conferência de Estocolmo Fontes: professormarcianodantas.blogspot.com; vendamuitomais.com.br. Apesar de não ter havido nenhuma decisão que de fato viesse a ser efetivada e levasse há alguma solução para o tema ali abordado: os problemas ambientais, em especial as emissões exorbitantes de CO2. A conferência acabou por ser um marco de progresso das nações, afinal o mundo estava assumindo publicamente a existência de efeitos climáticos atípicos e que poderiam ter causas humanas, isso
  • 13. 12 sem dúvidas alguma foi um grande avanço para o combate aos problemas ambientais. Porém, o que muito chamou a atenção neste período foi a postura da Delegação Brasileira para com esta conferência. O Brasil assumiu uma postura completamente econômica, em um evento ambiental: “leve suas industrias poluidoras para o Brasil, pois precisamos de emprego.”3 Foi justamente esta a postura ambiental do Brasil em 1972. O país assumiu que naquele momento o que de fato importava não era o meio ambiente, mas sim a geração de empregos para a nação. E GODOY (2007), pontua (Figuras 7 e 8 ilustram a citação): Segundo Viola e Reis (1992:83), o governo brasileiro, na Conferência de 1972, liderou o bloco de países em desenvolvimento que tinham posição de resistência ao reconhecimento da importância da problemática ambiental (sob o argumento de que a principal poluição era a miséria) e que se negavam a reconhecer o problema da explosão demográfica. A posição do Brasil - na época sob o governo militar - era a de "Desenvolver primeiro e pagar os custos da poluição mais tarde", como declarou o Ministro Costa Cavalcanti, na ocasião. A visão na época era a de que os problemas ambientais eram originados da pobreza, que era a principal fonte de poluição e que dispor de mais alimentos, habitação, assistência médica, emprego e condições sanitárias tinha mais prioridade do que reduzir a poluição da atmosfera. Ou seja, o desenvolvimento não poderia ser sacrificado por considerações ambientais dado que essa preocupação poderia prejudicar as exportações dos países em desenvolvimento e subdesenvolvidos. A posição defendida era de que todos tinham direito ao crescimento econômico. Na Conferência de Estocolmo, o Brasil liderou 77 países (do total de 113 países) com acusações aos países industrializados e defesa do crescimento a qualquer custo. Em protesto estendeu uma faixa com os dizeres: “Bem vindos à poluição, estamos abertos a ela. O Brasil é um país que não tem restrições, temos várias cidades que receberiam de braços abertos a sua poluição, porque nós queremos empregos, dólares para o nosso desenvolvimento”. Essa faixa é famosa, pois, reflete o pensamento da época de todos terem o direito de crescer economicamente mesmo que às custas de grande degradação ambiental. Não se pode esquecer que o Brasil estava em pleno milagre econômico. (GODOY, 2007) Contudo, o posicionamento do Brasil alterna-se em 1992, quando o país sediou a RIO +10, Eco-92 ou Rio 92, são ilustrados na Figura 9. A nação passou a defender a causa, “proteger o meio ambiente, é isso que queremos”. Essa decisão não surgiu do nada, foi uma decisão bem pensada e avaliada. Mudar drasticamente o seu posicionamento ambiental era quase uma obrigação, pois o Brasil é o país com a maior biodiversidade do mundo, sendo assim, era indispensável tal 3 idem.
  • 14. 13 posicionamento, mas outros aspectos levaram à tal alteração, são eles segundo Barros-Platiau (2011): Figura 7 e Figura 8 – O Posicionamento Brasileiro na conferência de Estocolmo Fontes: preservesim.com.br; lindomarpadilha.blogspot.com • Ser o país mais rico em diversidade biológica do planeta; • A necessidade da expansão do mercado nacional (afinal qual país não iria desejar a imagem de ecologicamente correto, quando ecologia está é o assunto do momento); • Seu modelo agroexportador exitoso; • Seu relativo crescimento econômico, que o permite integrar o seleto grupo de “emergentes” e o G-20; • Bem como sua reconhecida capacidade científica e tecnológica em alguns setores. Desde estas duas últimas décadas os aspectos ambientais vem tomando força em nosso país, como já dito, desde a Eco-92 o país vem progredindo neste aspecto. Mas uma medida que muito chamou a atenção do mundo para o Brasil foi o posicionamento deste quanto ao: Protocolo de Kyoto. Figura 9 e Figura 10 – Rio+10 ou Rio 92 ou Eco 92 Fontes: essetalmeioambiente.com; brasilescola.com
  • 15. 14 4.3. O PROTOCOLO DE KYOTO O Protocolo de Kyoto, assim como o Eco-92 foram responsáveis por causar uma mudança drástica no posicionamento do país com relação ao meio ambiente. O protocolo pode ser compreendido como uma tentativa de definir politicas ambientais para o mundo. Este surgiu como o objetivo de regulamentar a emissão de poluentes na atmosfera do planeta, porém este protocolo possui uma grande falha, não é obrigatório aos países se adequar as normas do protocolo e é justamente este o grande problema. Os países possuíam autonomia de se submeterem ou não à Kyoto. Mas não apenas isso, era possível regular a taxa de emissão que cada país reduziria dentro da faixa de tempo proposta no protocolo, as emissões deveriam ser reduzidas até determinado ano e neste caso Kyoto decidiu que as reduções de emissão de poluentes deveriam ser de 5,2% em comparação a 1990 e seriam reduções entre 2008 e 2012. O protocolo por não possuir a obrigatoriedade da participação dos países acabou por apresentar diversa falhas, mas uma delas, aliás, a principal delas foi o fato do maior emissor de poluentes do mundo não participar do protocolo, os Estados Unidos da América não assinaram o protocolo, negando-se a diminuir as emissões de poluentes, assim como uma parte dos países. Especificamente para que houvesse a ratificação do Protocolo de Kyoto haveria a necessidade de 55% dos principais países poluentes se comprometessem a participar, relação de países que assinaram o protocolo encontra-se na Figura 11. Porém isso só aconteceu 8 anos após o encontro das grandes nações, apenas em 2005 o protocolo foi de fato ratificado. A Figura 12 Ilustra a relação ideal entre a sociedade e natureza, seria como a projeção ideal de sobrevivência.
  • 16. 15 Figura 11 - Participação dos países no Protocolo de Kyoto Legenda - Posição de cada país frente ao Protocolo de Kyoto: ¨€¨€ Países que assinaram e ratificaram o protocolo. ¨€¨€ Países que assinaram, mas com ratificação pendente. ¨€¨€ Países que assinaram, mas não aprovaram a ratificação. ¨€¨€ Países que ainda não assumiram uma posição. Fonte: www.vendamuitomais.com.br Figura 12 – A relação ideal entre a sociedade e natureza Fonte: dasementearvore.blogspot.com.br
  • 17. 16 5. MOMENTO III: SUSTENTABILIDADE 5.1. COMPREENDO A SUSTENTABILIDADE A sustentabilidade é um modelo politico, econômico e ambiental que visa à sustentação, desenvolvimento e manutenção da raça humana, sem prejudicar a natureza, gerando e fornecendo as gerações futuras condições de vida e habitação no planeta de forma sustentável, em contraposição da continuidade da biodiversidade natural em nosso planeta, seja ela animal ou vegetal. Porém sustentabilidade não se limita a sustentabilidade ecológica, há vários outros tipos de sustentabilidade e os principais são: Sustentabilidade Ecológica: este conceito abrange diversos aspectos, contudo, os principais deles são: diminuição na emissão de gases tóxicos e poluentes na natureza; consequente produção de tecnologias limpas; e melhoria nas leis de proteção ambiental. Pode-se também compreender como sustentabilidade ecológica um equilíbrio e coexistência entre o meio ambiente e a sociedade. Este último conceito é expresso na figura 13. Figura 13 – Equilíbrio e coexistência entre o meio ambiente e a sociedade Fonte: www.atitudessustentaveis.com.br
  • 18. 17 Sustentabilidade Social: Esta sustentabilidade visa uma melhor qualidade de vida, igualdade na redistribuição de renda e participação e organização popular em aspectos socioeconômicos. Sustentabilidade Econômica: aplica-se à economia pública e privada. Objetiva a regularização do fluxo de investimentos, possuindo um equilíbrio de balanço de pagamento, e acesso a tecnologia. Sustentabilidade Cultural: entende-se este conceito como sendo o respeito aos diferentes povos existentes e aos seus costumes, abrangendo ainda incentivos a melhorias e qualificação da vida destes, sem deterioração de sua cultura. Sustentabilidade Espacial: esta pode ser compreendida como sendo o balanceamento de espaços rurais e urbanos. O qual deve haver uma descentralização da população das metrópoles, havendo um equilíbrio populacional, ao invés dos grandes aglomerados, haver uma distribuição equitativa da população no espaço. Assim como realizar investimentos em produções agrícolas de forma inteligente e saudável, especialmente nas tecnologias agrícolas que não tragam agressões à natureza. Sustentabilidade Politica: tem como objetivo principal dar uma maior autonomia governamental aos governos locais, assim como a criação de diversos centros comunitários, que, consequentemente, irão auxiliar no desenvolvimento da sustentabilidade local. Sustentabilidade Ambiental: é o equilíbrio dos ecossistemas, erradicação da pobreza e interação social, em suma, é também a união dos conceitos anteriores em um novo conceito mais bem elaborado e desenvolvido, seria como a sustentabilidade ideal. 5.2. O PROBLEMA: AQUECIMENTO GLOBAL, ASPECTOS ECONOMICOS Falando agora do aquecimento global que é inegavelmente um dos assuntos mais discutidos da contemporaneidade, e uma das hipóteses mais aceitas atualmente. Este evento, segundo a hipótese antropogênica, tem causas humanas, neste sentido um dos principais argumentos que não é justificado por sua grande concorrente, a hipótese Natural, é o derretimento das geleiras em velocidade nunca
  • 19. 18 antes vista, sendo que nos períodos glaciais não houve uma fusão das calotas tão exorbitante quanto na atualidade e neste ponto o palestrante Clímaco tende a concordar. Sendo assim uma das soluções é o desenvolvimento sustentável. Nesta possibilidade seria desenvolvido pelas grandes indústrias poluidoras tecnologia “limpa” que substituiriam o maquinário poluente atual. A grande solução para deter o aquecimento global, se de fato este for por consequência da ação humana, é o desenvolvimento sustentável. A sustentabilidade acaba por buscar uma forma de equilíbrio para o mundial. Mas essa busca só é possível quando para-se de pensar em um futuro ideal e passa-se a agir no presente. É indispensável para que haja um futuro melhor, os empresários e o governo do presente passem a pensar menos em seus bolsos e mais no futuro, no futuro das próximas gerações. Mas se assumirmos que a hipótese antropogênica é falha, pode-se basear na Hipótese Natural, e esta expõe que a sustentabilidade seria para proteger países de baixa e alta renda de um possível resfriamento gradativo do planeta, e havendo essa possibilidade a fome reinaria no planeta, unido a outras consequências, como o fim da biodiversidade do planeta. Mas se o desenvolvimento sustentável visando esta tragédia estivesse com força total, amenizaria essas tragédias. Porém haveria ainda beneficiados com o Aquecimento Global, é o caso da Rússia. Esta possui diversos interesses econômicos no aquecimento global, pois países como a este, que possui vastas regiões frias e que impossibilita a plantação devido a infertilidade dos solos, o aquecimento global seria a “salvação da lavoura”, só que neste caso, em sentido literal. Pois seriam abertos diversos horizontes para a agricultura. Especialmente com o derretimento da Sibéria. Um exemplo atual disto, mas em outro continente é a Oceania. Antes era quase impossível plantar batatas em determinadas áreas deste continente, porém com o aquecimento global já é possível ter uma plantação de batatas. A medida que a situação foi se agravando a ONU (Organização das Nações Unidas), acabou por perceber a seriedade do Aquecimento e implantou os: Oito Objetivos do Milênio.
  • 20. 19 5.3. OS OITO OBJETIVOS DO MILÊNIO Uma das medidas tomadas pela ONU (Organização das Nações Unidas ) no ano de 2000, após analisar os maiores problemas do mundo foi a criação dos “Oito Objetivos do Milênio”, ilustrado na Figura 14, ou seja, esses alvos tem que ser atingidos até o fim de 2015 em todos os países. Dentre eles se encontram objetivos como : Figura 14: Os 8 Objetivos do Milênio Fonte: expocatadores.com.br Objetivo 1: Erradicar a fome e a miséria no país, já que 998 milhões de pessoas no mundo vivem com menos de 1 dólar. Objetivo 2: Educação básica de qualidade para todos e fornecer material didático gratuito e capacitar professores, essas medidas devem ser incentivadas pelo governo. Cerca de Cento e treze milhões de crianças não frequentam a escola. Objetivo 3: Igualdade entre sexos e mais autonomia das mulheres, a ONU sugere que seja criados projetos de alfabetização e capacitação de profissionais femininas, pois dois terços de analfabetos no mundo são mulheres.
  • 21. 20 Objetivo 4: Redução da mortalidade infantil. No mundo dados comprovam que a cada ano 11 milhões de bebês morrem por variados motivos Objetivo 5: Melhoria da saúde materna. A cada 48 partos uma mãe morre, este objetivo se aplicaria com ênfase nos países pobres e em desenvolvimento. Objetivo 6: Combater a epidemia de doenças, pois a cada dia 6800 pessoas são infectadas pelo vírus do HIV e a cada ano 2 milhões morrem pelo vírus. Objetivo 7: Garantia de sustentabilidade ambiental. Muitos governos apostam na coleta seletiva e reciclagem, que também gerará mais emprego. Objetivo 8: Estabelecer parcerias mundiais para o desenvolvimento, a ideia é igualar a economia entre os países. No Brasil o objetivo 1 já foi cumprido, pois no ano de 1990 a fome e miséria chegavam a 25,6% e atualmente chega a 4,98%. Os outros objetivos estão ainda a caminho, e tem a previsão de serem cumpridos até o ano de 2015. 5.4. A GEOPOLITICA DO AQUECIMENTO GLOBAL Geopolítica é uma área da geografia onde se tem o objetivo de fazer interpretações dos fatos da atualidade, estudando a relação entre o Estado e geografia, manipulando a mesma. Ao se falar em geopolítica do aquecimento global é um pouco estranho já que este evento tem muito mais haver com a climatologia, mas o fato deste nome é porque os últimos acontecimentos provam o interesse dos capitalistas sobre um acontecimento que seria rentável para os mesmos, pois até mesmo o país que assina documentos de soluções contra este caso se torna um dos maiores pesquisadores em energias que acaba com a própria natureza defendida pelos mesmos. Segundo o palestrante em um seus artigos ele critica a existência do aquecimento global, mais a falta de responsabilidade do governo e o interesse dos empresários nesse aquecimento que pode ser favorável para os mesmos. Um dos pontos discutidos neste artigo é que embora o consenso hegemônico deste evento para vários segmentos de poder, possui uma das hipóteses de que a falta generalizada irá ocorrer por todo o mundo, causando certo terrorismo para a população mundial, forçando-os a diminuir seu consumo de água em partes é o
  • 22. 21 correto, porém como somente essa ação irá ajudar a deter essa racionalização se boa parte do uso da água gasta no mundo é feita pelas indústrias e agropecuárias e que em números chegar a usufruir de 22% a 70% e o ser humano que é considerado como um usuário excessivo do produto fica apenas com 8%(veja a figura a seguir), o que demostra que pode estar havendo um controle pelas grandes potencias sobre o povo e também um forte interesse econômico. Figura 15: Gráfico de gasto de agua no mundo Fonte: http://www.movimentocyan.com.br Este aquecimento global não se torna responsável pela falta de agua no mundo e sim a transformação da mesma em uma mercadoria produtiva a exemplos existe a Nairóbi que chega a pagar cinco vezes mais que um norte- americano médio, lembrando que neste país reside pessoas de baixa renda que não possuem dinheiro para comprar torneiras, diferente do norte da América, isso acontece porque os ricos dessa região aproveita-se pelo fato dos rios estarem poluídos já que os escotos levam estes excrementos para os bacias poluindo-os e também associasse a falta de estrutura no tratamento da água não só existente nesse país como também na Luanda e a lotação de pessoas na cidade gerando um descontrole. O aquecimento tem se mostrado importante em algumas áreas do mundo, pois incentiva a criar medidas corretas para caso não seja possível deter o calor. Apesar disso, alguns cientistas e ecologistas afirmam que não será mais possível
  • 23. 22 deter o crescimento dos oceanos, mesmo com essa informação os mesmos não tem apresentado nenhuma posição ao governo para a retirada de pessoas que vivem em cidades litorâneas, se esta é uma forma de conscientizar as pessoas tem se demostrado uma falta de respeito com a vida dos seres humanos. O professor Aziz Ab‘Saber, se mostrou surpreso quando observou as pesquisas feitas no Rio de Janeiro onde afirmava que o aquecimento global iria reduzir até 60% da mata atlântica e em sua entrevista a Folha de São Paulo discordou e afirmou que muitos cientistas estão esquecendo de considerar as correntes marítimas. “Elas vão continuar mais ou menos como hoje”. Nesse sentido é impossível prever qualquer consequência deste evento já que os diagnósticos apresentam uma divergência imensa, tornando todo planejamento politico inviável. Figura 16: Distribuição da Mata Atlântica. Fonte: mariorangelgeografo.blogspot.com 5.5. SACOLAS PLASTICAS Segundo pesquisas os sacos plásticos duram em tordo de 50 a 500 anos para se decompor, logo sua capacidade de reciclagem é bem maior que as chamadas “ecobags”, ilustradas na Figura 17, pesquisas afirmam que as sacolas plásticas causam um menor impacto ambiental de que as matérias-primas das ecobags, que em sua maioria são feitas de algodão. De acordo com uma pesquisa feita pelo governo britânico nos anos de 2005 e 2007 apontam que os sacos plásticos a cada
  • 24. 23 utilização chegam a ser 200 vezes menos prejudicais e emitem um terço do CO2, em comparação as sacolas recicláveis. Figura 17 – Ecobags e campanhas anti-sacola plástica Fonte: google.com O produto está sendo utilizado numa base teórica sobre o desenvolvimento, quando na verdade tem toda uma manobra politica com a intenção de ganhar, pois estão utilizando uma lógica reversa já que a reciclagem sairá bem mais caro. Uma das outras questões levantadas é o uso das sacolas plásticas para jogar o lixo fora já que praticamente nenhum cidadão iria jogar sua sacola personalizada com resíduos, foi dada a proposta de utilizar o jornal, mas haveria alguns produtos nos quais somente o saco de polietileno resolveria, logo em estados como São Paulo que foi no Brasil um dos percursores da proibição do uso de sacolas plásticas teve que voltar ao uso das sacolas plásticas. Essa atitude foi causa de revolta para os segmentos que estavam ganhando economicamente agora teria que voltar atrás. O desinteresse do governo no que realmente importa, a reciclagem, é claro! Mostrando que a sua preocupação não está no prejuízo a natureza e sim a economia. O palestrante chega a afirmar que esta “solução” é uma forma de punir a classe trabalhadora, que não possui dinheiro suficiente para comprar sacolas e ainda ter dinheiro para pagar as suas contas e impostos que não são baratos.
  • 25. 24 CONSIDERAÇOES FINAIS Na palestra sobre “Desenvolvimento, Capitalismo e Sustentabilidade” ocorrida no dia 06 de Junho, cujo palestrante era o mestre em geopolítica Clímaco Dias, ficou clara a relação entre o capitalismo e o desenvolvimento sustentável. Através de exemplos claros e bem elaborados, Clímaco mostrou que a busca pela “sustentabilidade” é também uma medida política e capitalista, de fato, mais capitalista do que sustentável. Foram abordados ainda na palestra temas como a relação positivista do capitalismo para com a natureza, explicando que este é um conceito extremamente atual, o capitalismo vê a necessidade de expandir seus lucros, mas jamais vê as consequências para a natureza. Como se fossem duas existências extremamente individuais, sem correlações, indiferentes. Ao abordar recursos naturais e recursos sociais, este deixou clara a diferença entre estes. Mostrando que todo recurso na realidade é social, pois quando recursos “naturais” passam a ter utilidade para a sociedade, este passa a ser, consequentemente, um recurso social. O palestrante ainda tratou de temas como a crise do capitalismo, as maiores conferencias mundiais como Conferencia de Estocolmo e a postura brasileira de praticamente vender o país. Assim como a Rio 92 e o Protocolo de Kyoto, duas conferencias que foram responsáveis pela mudança no posicionamento do país. Já quando abordou sustentabilidade, Clímaco direcionou-se principalmente à temas como o derretimento das geleiras do Ártico, fenômeno que iniciou-se com a intensificação do processo de industrialização e consequente maior emissão de CO2 na atmosfera. Relatando ainda as verdadeiras consequências de atitudes como a proibição do uso de sacolas plásticas, e a substituição destas pelas “ecobugs”. Por fim Clímaco trouxe ainda uma teoria alemã que diz que caso o nível do mar de fato suba, esta seria a maior revolução capitalista da história, seria maior e melhor que qualquer guerra, pois nem em 200 anos de reconstrução seria possível reconstruir o planeta. E conclui com a seguinte reflexão afirmação: “Qualquer discurso sobre o futuro é ridículo se ele não tentar alterar o presente”.
  • 26. 25 REFERÊNCIAS 1. _______. O Conceito de Sustentabilidade e Desenvolvimento Sustentável. Disponível em: < www.catalisa.org.br>. Acessado em: jun de 2012. 2. BARROS-PLATIAU, Ana Flávia Granja e. O Brasil na governança das grandes questões ambientais contemporâneas, país emergente?. IPEIA, Brasília, 2011. 3. BARROS-PLATIAU, Ana Flávia. O Brasil na Governança das grandes questões ambientais contemporâneas. IPEIA, Brasília, 2011. 4. DIAS, Clímaco. A geopolítica do aquecimento global. Disponível em: <dc236.4shared.com>. Acessado em: jun de 2012. 5. GODOY, Amalia Maria Goldberg. A Conferência de Estocolmo - Evolução histórica 2. Disponível em: <amaliagodoy.blogspot.com.br>. Acessado em: jun de 2012. 6. LAGO, André Aranha Corrêa do. Estocolmo, Rio Joanesburgo: O Brasil e as três conferências ambientais das Nações Unidas. Instituto Rio Branco, Brasília, 2006. 7. OLIVEIRA, Daniella Massara Rodrigues de. Desenvolvimento Sustentável novamente em pauta na cúpula da terra. Disponível em: <www.mcampos.br/ JORNAL/n50/capa1.htm>. Acessado em: jun de 2012. 8. REZENDE, Bruno. O saco plástico não é vilão e a ecobag não é a solução. Disponível em: <www.colunazero.com.br>. Acessado em: jun de 2012. 9. SOUZA, Bruno. A proibição de sacolas plásticas: polemica nacional. Disponível: <scienceblogs.com.br>. Acessado em: jun de 2012. 10. VASCONCELOS, Yuri; ALVES, Liane; CORREA, Elisa. O que são os objetivos para o milênio?. Disponível em: <planetasustentavel.abril.com.br>. Acessado: jun de 2012.