2. Evocação dos Espíritos
Introdução
O que se entende por evocação?
Basta chamarmos que os Espíritos estão à
nossa disposição?
Qual o melhor meio de nos comunicarmos
com os Espíritos?
Quais nomes são dados aos intermediários
entre o plano físico e o espiritual?
3. Conceito
Evocar é trazer à lembrança; recordar.
Evocação é o ato de evocar, de chamar. Em se tratando da
mediunidade, é chamar, fazer aparecer os Espíritos.
É a comunicação do Espírito feita mediante o chamamento do
ser vivente (médium ou não).
4. Considerações Iniciais
A evocação não é fenômeno somente de nossos dias.
Moisés, no Velho Testamento, proibiu o intercâmbio com
os chamados “mortos”.
Os deuses, na Grécia antiga, falavam com os mortais
por intermédio dos oráculos.
Na Inglaterra vitoriana, os “mortos” comungavam com
os vivos através de médiuns.
5. Considerações Iniciais
“Hospedeiro”, “canal”, “canalizador” e “médium” são
os termos usados para caracterizar as evocações.
Na década de 1980, por exemplo, o termo “canal” tornou-
se um elemento central no movimento chamado Nova Era,
um misto de aconselhamento mediúnico, contemplação de
cristais, regressão a vidas passadas, medicina holística,
entre outros.
6. Mecanismo das Evocações: Captação
Questão: como os Espíritos espalhados no espaço ou nos
diferentes mundos podem ouvir as evocações que lhes são
feitas?
Os guias espirituais nos
informam que temos
dificuldade de
compreender o modo de
transmissão do
pensamento entre os
Espíritos. Em linhas gerais,
o processo se dá da
seguinte forma:
o “Espírito que evocamos, por mais
longe que esteja, recebe, por assim
dizer, o contragolpe do pensamento,
como uma espécie de choque
elétrico que chama sua atenção
para o lado de onde vem o
pensamento a ele dirigido; ele ouve
o pensamento, como na terra
ouvimos a voz”. (Kardec, s.d.p.,
item 282, pergunta 5, p. 268)
7. Mecanismo das Evocações:
Atendimento
Os Espíritos não estão sempre ao nosso dispor.
Embora eles nos
influenciem os
pensamentos, não é a
toda hora que estão
dispostos a se
comunicarem conosco.
Eles, muitas vezes,
estabelecem dia e hora para
que não haja perda de tempo,
nem para eles que têm muito
que fazer e nem para nós que
também temos os nossos
compromissos com o exercício
da profissão e com os deveres
de cada dia.
8. Mecanismo das Evocações: Evocar ou
Esperar?
Devemos evocar os Espíritos ou esperar que eles venham
espontaneamente?
Evocando, não
temos a certeza
de que seja o
Espírito
requerido; é
possível,
também, que o
Espírito
chamado não
queira falar.
Vindo
espontaneamente,
pode ser um Espírito das
trevas. Aqui, deve-se
ressaltar se temos ou não
domínio sobre o Espírito
mau.
9. Perguntas que se Podem Fazer
No item 282, de O Livro dos Médiuns, Allan Kardec anota 35
perguntas (e suas respectivas respostas) sobre as evocações.
Estudando-as,
entenderemos
melhor o
mecanismo das
evocações e
poderemos ter
um
relacionamento
mais racional
com os
Espíritos.
Parece-nos que o
mais importante é
fazer as evocações
tendo em mente o
aprendizado moral e
intelectual,
mantendo certa
disciplina de horário,
com as intenções
mais elevadas
possível.
10. Evocação dos Animais
Algumas pessoas evocaram animais e estes lhes
responderam. Há uma possibilidade científica?
"Depois da morte do animal, o princípio inteligente que havia nele
fica em estado latente"; esse princípio é imediatamente utilizado
por certos Espíritos encarregados desse cuidado para animar de
novo os seres nos quais continua a obra de sua elaboração.
Assim, no mundo dos Espíritos, não há Espíritos de animais
errantes, mas somente Espíritos humanos. (Kardec, s.d.p.,
item 283, pergunta 36, p. 276)
11. Evocação de Pessoas Vivas
Podemos evocar pessoas vivas.
Há necessidade,
contudo, de que o
estado do corpo
permita ao Espírito
ausentar-se no
instante do
chamamento.
Nesse caso, o corpo
dorme ou dormita.
Quando o corpo dorme, o
Espírito fica livre para
entrar em contato com
outros Espíritos. Nada
impede que venha a um
grupo se manifestar
mediunicamente
12. Canalizadores
Edgar Cayce é considerado o precursor da canalização.
Entrava em contacto com um reservatório de sabedoria
além de sua própria consciência e afirmava ser capaz de
diagnosticar doenças e prever o futuro.
Jane Roberts canalizou uma entidade Seth. Em
09/09/1963, na sua primeira experiência, estava em
seu quarto tentando captar as ondas de sua voz
poética. De repente, seu cérebro pareceu ter uma
erupção vulcânica. Foi como se “alguém tivesse me
dado um pedaço de LSD às escondidas”. (Adams Jr,
s.d.p.)
13. Críticas
As evocações não estão imunes às críticas.
Para James Randi, escritor e denunciador de fraudes, a
canalização é “a última moda do sobrenatural”, cheia de
“baboseiras imaginativas de autodenominados „gurus‟,
sustentados por um segmento da população que tem
necessidade de acreditar”.
George Steiner, crítico literário, caracteriza-as
como sendo fruto da superstição e do irracionalismo.
(Adams Jr, s.d.p.)
14. Utilidade das Evocações
O Espiritismo tem-nos ensinado que tudo o que fazemos deve ser
para uma finalidade útil e séria.
Às vezes evocamos
determinado Espírito, a
fim de valer-nos de sua
experiência, isto porque
as comunicações que se
obtêm dos Espíritos
muito superiores, ou
daqueles que animaram
as grandes personagens
da antigüidade, são
preciosas pelo alto
ensinamento que
encerram.
Esses Espíritos adquiriram um
grau de perfeição que lhes
permite abraçar uma esfera
de idéias mais extensa,
penetrar mistérios que
ultrapassam a alçada vulgar
da humanidade e, por
consequência, iniciar-nos
melhor que os outros em
certas coisas.
15. Conclusão
Pelo exposto, verificamos que temos a liberdade
de evocar qualquer Espírito.
Cabe-nos, porém, fazê-lo de modo criterioso, ou
seja, somente para um estudo sério das relações
entre encarnados e desencarnados.
16. Bibliografia Consultada
ADAMS JR., Russel B. (org.). Mistérios do
Desconhecido: Evocação dos espíritos. São Paulo: Abril
Cultural, s.d.p.
KARDEC, A. O Livro dos Médiuns ou Guia dos Médiuns e
dos Doutrinadores. São Paulo: Lake, [s.d.p
Muita paz