2. Século XVII
Regime Demográfico Antigo, caracterizado por:
• Taxa de Natalidade Elevada;
• Taxa de Mortalidade também Elevada (principalmente domínio filipino, com as
inúmeras guerras de Espanha nas quais os portugueses se viam obrigados a
participar);
• Crescimento Natural Estagnado (ou, em alguns países, Negativo);
• Actividade económica dependente do nr. da população, ou seja, crescia
quando a população crescia e vice-versa.
3. Natalidade no Antigo Regime
A Natalidade do Antigo Regime, no geral, mostrou-se alta. No entanto,
verificou-se alguma irregularidade em períodos de prosperidade/crise.
Nos períodos de prosperidade aumentava:
• casamentos precoces;
• filhos antes do casamento;
• maior nr de filhos por casal;
Nos períodos de guerras, recessão e fomes, diminuía:
• casamentos tardios;
• menor nr de filhos por casal;
• más condições no trabalho das mulheres que lhes roubava tempo e
disposição para os cuidados maternais;
• aleitamento prolongado do recém-nascido que atrasava a ovulação e
diminuía o período de fecundidade;
• deficiente alimentação;
• grande nr de viúvos que diminuía a taxa de fecundidade;
• uso de métodos contraceptivos, ainda que primitivos/arcaicos.
4. Mortalidade
A mortalidade mostrava-se, tal como a natalidade, elevada.
• assistia-se a picos sazonais, uma vez que se morria mais no Inverno e Verão,
e também mais idosos e crianças;
• crises demográficas (períodos iguais ou superiores a um ano em que o nº de
óbitos era superior ao nº de nascimentos), nas quais o século XVII foi bastante
fértil;
• mortalidade infantil e juvenil mais elevada, essencialmente nos meios mais
pobres.
Esperança média de Vida
Baixa, sendo que “tal como o cemitério estava no centro da vila, a morte
estava no centro da vida” uma vez que, ao contrário dos dias de hoje, devido
às péssimas condições de vida, a morte era algo próximo na vida das pessoas,
tendo ocorrido também uma alta taxa de mortalidade infantil e juvenil.