Este documento discute os princípios da pedagogia progressista libertadora, que visa promover a emancipação dos estudantes através do questionamento crítico da realidade social. O papel do professor é orientar os alunos a refletir sobre problemas reais usando métodos como debates e pesquisas. A aprendizagem deve ser significativa para a vida dos estudantes e promover sua autonomia intelectual e capacidade de transformar a sociedade.
3. PEDAGOGIA PROGRESSISTA LIBERTADORA
Década de 60, rumos da educação e real contribuição para
sociedade. Procuva-se resgatar a cultura popular e não-dominante
Progressista, termo utilizado por Snyders :Análise crítica das
realidades sociais e finalidades sociopolíticos da educação.
Na Tendência Progressista Libertadora, a escola deve ajustar
as necessidades individuais ao meio social. A aprendizagem é
baseada na motivação e na estimulação de problemas. A
metodologia utilizada é feita através de experiências,
pesquisas e método de solução de problemas.
5. PEDAGOGIA PROGRESSISTA LIBERTADORA
O professor tem como principal objetivo, trabalhar a constante
transformação de saberes, na conexão entre ensino-aprendizagem.
A educação contribui para tornar o educando
capaz de buscar sua emancipação econômica, política, social e
cultural.
Neste contexto, fica evidenciado a fundamental importância para
o professor (a) a ampliação de estudos, para promover e executar
ações no ambiente escolar.
6. Objetivo geral
Problematizar a Didática como campo em
constante transformação e de construção de
saberes docentes e discentes, da organização
da práxis pedagógica, incluindo o
planejamento escolar e a construção de
projetos, mediante transformação e
emancipação.
7. Objetivos Específicos
Conceituar, diferenciando capacidades,
competências e habilidades a serem desenvolvidas
no professor em formação e em seus futuros alunos;
Conhecer as principais etapas do processo de
planejamento da Didática.
Levantar referências bibliográficas.
Contribuir para a formação de profissionais
reflexivos, comprometidos com o processo de
aprimoramento da educação nacional.
8. Metodologia
Entender a Didática como processo dinâmico de
construção do conhecimento, nesta pesquisa
bibliográfica serão utilizados os seguintes
procedimentos: estudos, pesquisas, artigos originais,
artigos de revisão, questionamentos, leituras, debates
em sala, produções escritas e entre outros.
De acordo com Lakatos e Marconi, a pesquisa
bibliográfica não é mera repetição do que já foi dito ou
escrito sobre certo assunto, mas propicia o exame de
um tema sob novo enfoque.
9. Fundamentação Teórica
Comenius, hoje considerado pai
da pedagogia moderna, deu
inicio ao processo de
sistematização da Didática em
1638, escrevendo a Didática
Magna, tendo a intenção de
buscar alternativas para um
melhor educação para o ser
humano, além de universalizar o
ensino de tudo a todos.
10. Fundamentação Teórica
O papel da didática é buscar praticas
pedagógicas que levem a um ensino
eficiente, com sentido para quem educa
e assim, contribuir para a mudança
social. Este processo é fortalecido por
Libâneo (1999), em que a educação
deve preparar os alunos para os possíveis
enfrentamentos na vida, pois “o ensino
não é um simples repasse de ideias do
professor para a cabeça do aluno”; os
alunos não devem somente
compreender o que o professor
transmite, mas também com qual
finalidade foi reproduzida a matéria.
11. Pedagogia Progressista Libertadora
A pedagogia progressista favorece ao aluno o
questionamento de conceitos transmitidos pela
escola. Essa problematização dos temas sociais
é fundamental para uma profunda e real
transformação da educação brasileira
(BEHRENS, 2007).
12. Conteúdos de ensino
Para Libâneo (1996), os conteúdos de ensino não são
estáticos, cristalizados, mas significativos, por que são
articuladas as condições sociocultural e individual dos
alunos. Inclui elementos da vivência práticas de cada
um deles.
Segundo Tavares (1990), o professor é responsável
pela fiscalização, pela orientação e pela realização
dos conteúdos, assim ensinado por ele. O professor
deve ter a preocupação de analisar todos os
conteúdos para que esses conhecimentos atuem
diretamente na vida sociocultural dos alunos.
13. Passos da Aprendizagem
Codificação-decodificação e
problematização da situação confere aos
educandos a compreensão de sua vivência,
até existir maior criticidade de sua realidade e
sua visão de mundo social, entende-se dessa
forma a avaliação da pratica de ensino
vivenciada entre professor – aluno no
processo grupal, ou até mesmo através de
auto avaliação, em termos do compromisso
na prática social (FREIRE, 1997).
O educador já não é o que apenas educa,
mas o que, enquanto educa, é educado.
Tornando-se ambos os sujeitos do processo da
construção do conhecimento
14. O Papel da Escola
Os alunos e professores dialogam em condições de
igualdade, desafiados por situações-problemas que
devem compreender e solucionar; libertação de
opressões, identidade cultural de aluno; estética do
cotidiano; educação artística abrange aspectos
contextualistas. O professor deve procurar ser amigo,
compreensivo e tolerante, mas não displicente para
com suas obrigações (NÉRICE, 1977).
O espírito aventureiro instiga às descobertas. A
educação se dá a partir da codificação da situação
problema. Também do conhecimento da realidade, do
processo de reflexão e da crítica (TIBA, 1998).
15. Método de Ensino
A Metodologia Progressista percebe o indivíduo
como ser que constrói a sua própria história. É
possível realizar atividades de ensino, de forma que
o centro do processo não é o professor, mas o
aluno que se torna sujeito de seu aprendizado.
Os métodos de ensino utilizados pelo (a) professor
(a) devem contextualizar as problemáticas sociais
concretas, de modo a desmontar pré-noções e
preconceitos que sempre dificultam o
desenvolvimento da autonomia intelectual e de
ações políticas direcionadas para uma
transformação social. Sendo assim, os temas e as
problemáticas do cotidiano do aluno, devem
constituir os conteúdos do conhecimento escolar
(BARRETO, 1998).
16. Relacionamento Professor- Aluno
Embora professor e aluno sejam desiguais e
diferentes, nada impede que o professor se
ponha a serviço do aluno, sem impor suas
concepções e ideias, mas levando o seu aluno
a refletir. Nesta tendência o professor é um
orientador e um catalizador, ele se mistura ao
grupo para uma reflexão comum. Sua função
também é de coordenador de debate, pois o
mesmo adapta-se às características e
necessidade do grupo. O professor não
transmitem apenas informações ou faz
perguntas, ele também deve ouvir os alunos
(LIBÂNEO, 1992).
17. Pressupostos de Aprendizagem
A Pedagogia de Paulo Freire acredita na
construção do conhecimento tomando como
base os conhecimentos adquiridos pelo o
individuo durante sua vida e em torno do seu
cotidiano onde a apreensão da realidade é
colocada pela práxis pedagógica do
educador que passa a ser motivador de
debates, discussões, entrevistas e seminários.
18. Manifestações na Prática Escolar
Para Freire (2000) o professor deve se
posicionar ao lado de seus aprendizes
para que juntos possam organizar as
atividades desenvolvidas nas classes,
todas baseadas no debate de
temáticas sócio-políticas, inerentes ao
contexto vivenciado por eles. Assim, seu
método não age apenas no circuito
educativo, mas também na economia,
na política e nas demais esferas da vida
em sociedade.
19. Considerações Finais
A prática educativa é um constante
exercício em favor da construção e do
desenvolvimento da autonomia de
professores e alunos, não obstante
transmitindo saberes, mas debatendo
significados, construindo e redescobrindo
os mesmos, pois temos a necessidade de
aprender e também de ensinar, intervir e
conhecer. Construir uma nova sociedade
pode ser também construir novas relações
e consciências.
21. Referências
CANDAU, Vera Maria. A Didática em Questão. 13. ed. Petrópolis: Ed. Vozes, 1999.
CANDEIAS, C. N. B. Significado do Trabalho e as Novas tecnologias: uma visão a partir do
trabalho docente. 1998 Dissertação de Mestrado, Faculdade de Educação, Universidade
Federal da Bahia.
DAMKE, Ilda Righi. O processo do conhecimento na pedagogia da libertação:
as idéias de Freire, Fiori e Dussel. Petrópolis: Vozes, 1995.
DELORS,Jacques (org.). Educação um tesouro a descobrir – Relatório para a Unesco da
Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI. Editora Cortez, 7ª edição, 2012.
LIBÂNEO, José C. . Didática. São Paulo: Cortez, 1999.
LIBÂNEO, José Carlos. Tendências pedagógicas na prática escolar. In: ________ .
Democratização da Escola Pública – a pedagogia crítico-social dos conteúdos. São Paulo:
Loyola, 1992. cap 1.
TIBA, Içami. Ensinar aprendendo. São Paulo: Editora Gente,1998.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 16. Ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.
NÉRICE, I. G. Didática, uma introdução. 2ª edição. São Paulo: Atlas, 1977.
REIS, José Carlos. Tempo, História e Evasão. Campinas: Papirus Editora, 1994.