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Expressões médicas: falhas e acertos
Medical expression: failures and hits

Simônides Bacelar,1
Carmem Cecília Galvão,2
Elaine Alves3
Paulo Tubino4
Trabalho realizado na UNB – Faculdade de Medicina – Hospital Universitário da Universidade
de Brasília – Centro de Pediatria Cirúrgica.
1. Médico Assistente, Professor Voluntário, Centro de Pediatria Cirúrgica do Hospital Universitário da
Universidade de Brasília.
2. Bacharel em Língua Portuguesa e Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília.
3. Professora Adjunta de Cirurgia Pediátrica, Universidade de Brasília.
4. Professor Titular de Cirurgia Pediátrica, Universidade de Brasília

Bacelar S, Galvão CC, Alves E, Tubino P. Expressões médicas: falhas e acertos. Rev. Med. Res.,
Curitiba, v.15, n.1, p.64-68, jan./mar. 2013.

Paciente extrofiado. Construção de cunho coloquial. Mais adequado à linguagem científica formal:
paciente com bexiga extrofiada. A bexiga é que está extrofiada, não exatamente o paciente. A
expressão é perfeitamente compreensível para os médicos, mas, em técnica de redação formal,
recomenda-se optar pelo uso lógico para evitar possíveis questionamentos.
Paciente iniciou com. Em anotações de prontuário, é comum a expressão “Paciente iniciou com...”
(e, a seguir, acrescentam-se as manifestações). Assim, formam-se frases imperfeitas por faltar-lhes
o complemento do verbo iniciar. Quem inicia, inicia algo. Digamos mais adequadamente: Paciente
apresenta (queixa-se de, tem, refere) dor. Ou: O quadro se iniciou com dor. O paciente é quem
sofre as doenças. Os agentes causadores é que, de ordinário, as iniciam, não o doente. Em geral, as
manifestações são iniciadas pelas lesões, não pelo doente, embora, em certos casos, seja o próprio
enfermo causador de lesões. Um indivíduo, por exemplo, pode iniciar envenenamento ao tomar
substâncias tóxicas ou infecção intestinal se ingerir alimento infectado. Mas, de ordinário, não é o
que ocorre. É característica da linguagem não-literária haver construções como: “O paciente
internou”, “Ele formou em medicina”, “Ele levantou cedo”. Mas, na linguagem formal, a regência
dos verbos é estabelecida por normas de uso culto.
Palavras inventadas. Na literatura médica, há grande número de termos ausentes dos
dicionários. São invenções desnecessárias por haver equivalentes perfeitos no léxico. Denotam
desconhecimento de linguagem e, às vezes, pernosticismo e podem estar malformados. É
recomendável evitá-los até que sejam dicionarizados ou usados por alguma autoridade em
gramática ou por médicos reconhecidamente conhecedores de gramática e de linguagem médica e
científica. Neologismos são bem-vindos quando não há termos substitutos na linguagem corrente,
como ensinam bons lingüistas. Muitos são decorrentes do desenvolvimento científico. Alguns
exemplos de nomes criticáveis, colhidos da literatura médica, e termos equivalentes registrados
nos dicionários: reflexos “lentificados” (reflexos lentos), rim “funcionante” (rim produtivo ou
ativo), paciente “vitimizado” (paciente vitimado), hipernatremia “dilucional” (hipernatremia por
diluição), déficit “atencional” (deficiência de atenção), criança “carenciada” (criança carente),
fígado ‘cirrotizado” (fígado com cirrose), “cirrotização” hepática (cirrose hepática), doente
“analgesiado” (doente medicado com analgésico), “medicalização’ eficiente (medicação ou
medicamentação eficiente), “factibilidade” (exeqüibilidade), medida “paliativista” (medida
paliativa), “oportunizar” (tornar oportuno), “perviedade” (permeável), “obituar” (morrer, ir a
óbito), “refluxante” (com refluxo), “topicização” (tornar tópico), “tumefativo” (tumefacto),
“urgencializar” (tornar urgente), “sequelado” (com seqüela), “recreacional” (recreativo) e outros.
Convém verificar.

1
Palpação manual. Palpação manual é expressão redundante, uma vez que palpar significa tatear
(usar o tato) ou tocar com as mãos ou com os dedos das mãos, como está nos dicionários, inclusos
os médicos. Do latim palpatio, onis, toque, de palpare, tocar com as mãos, acariciar. Todavia, na
linguagem médica, existem as expressões palpação manual e palpação digital, usos úteis para
indicar procedimentos diferentes. Poderia haver mesmo especificação, como palpação
palmodigital para indicar uso de toda a mão. Entretanto, com a exceção de indicações especiais
como essas, pode-se dizer apenas palpação.
Papa de hemácias. Apesar de ser expressão registrada no Aurélio, o termo médico mais adequado
é concentrado de hemácias (recomendável usar o plural, hemácias). Também: concentrado de
plaquetas, concentrado de leucócitos, concentrado de fator. A acepção própria de papa é alimento
em forma de mingau, especialmente farinha cozida no leite ou na água até adquirir consistência de
pasta mais ou menos espessa. Em rigor, papa de hemácias equivale a mingau de hemácias. Do
latim pappa ou papa, alimento na linguagem infantil (Ferreira, 1999).
Palpação manual. Pode configurar redundância, uma vez que palpar significa tatear (usar o tato)
ou tocar com as mãos ou com os dedos das mãos, como está nos dicionários, inclusos os médicos.
Do latim palpatio, onis, toque, de palpare, tocar com as mãos, acariciar. Na linguagem médica,
existem as expressões palpação manual e palpação digital, usos úteis para indicar procedimentos
diferentes. Poderia haver mesmo especificações, como palpação palmodigital para indicar uso de
toda a mão, bimanual ou bidigital. Entretanto, com exceção de indicações especiais como essas, em
medicina, pode-se dizer apenas palpação.
Parasito – parasita. Do grego para (junto), e sitos (alimento, sobretudo trigo) e do latim
parasitus. Parasitos, propriamente, é aquele que come ao lado de outro (Victoria, 1966). Segundo
esse autor, é recomendável parasito para animais e parasita em relação a plantas, por este (planta)
ser nome feminino (Sacconi, 1979, p. 332; Victoria, 1959). O termo parasita é de uso mais recente
como tradução do francês parasite (Rezende, 1992). Em espanhol e italiano, línguas de origem
latina, escreve-se parásito(a), parasito(a), e parassito ou parassita respectivamente. Por sua
etimologia, parasito é essencialmente substantivo (do grego para, junto, e sitos, alimento, formouse parásitos [substantivo masculino], comensal e, em latim, parasitus [subst. masc.], papa-jantares,
hóspede). Por força de uso, é aceito como adjetivo e, assim, tem flexões: bactéria parasita, verme
parasito, uso registrado no VOLP (1999). Este estabelece parasito como adjetivo e como
substantivo masculino, e parasita, como adjetivo e como substantivo comum aos dois gêneros e
assim está também registrado em bons dicionários como o Aurélio (2004), o Houaiss (2001) e o
Michalis (1998). Em vista disso, o uso de parasita como substantivo ou como adjetivo sem flexão
de gênero é aceito oficialmente: inseto parasita, bactéria parasita. Além disso, o uso popular
consagra parasita sem flexão de gênero como substantivo e como adjetivo. Como é fato da língua,
não cabe dizer que é certo ou errado. Estará certíssimo no nível de linguagem popular ou
coloquial, por exemplo. Mas, na linguagem médica científica formal, convém adotar os usos de
acordo com a faixa normativa da linguagem padrão gramatical culto, por serem disciplinados e
abonados pelos profissionais da área, que sabem muito mais que nós, médicos. Nesse caso, estará
correto o uso de parasito ou parasita como substantivo ou adjetivo. Assim, pode-se dizer: A
bactéria saprófita é uma parasita. O Ascaris lumbricoides é um parasito intestinal. Ambos são
organismos parasitos. Ambos têm funções parasitas. || Por esse artifício, esses usos conformam-se
perfeitamente às regras gramaticais em que o substantivo varia em gênero e número (parasito[s],
parasita[s]) e o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere
(bactéria[s] parasita[s], verme[s] parasito[s]).
Parcela. É impróprio referir-se a “parcela única” por incoerência, e a “pequena parcela” por
redundância (Duarte SN, Língua Viva, JB, 9.1.2000). Parcela é o mesmo que pequena parte. Do
francês parcelle; do latim popular particella, de pars, partis, parte, e cella, pequeno
compartimento. Se é parte, não poderia ser única. Desse modo, são questionáveis termos como:
“Parcela muito pequena da população tem alergia alimentar”. “As políticas públicas de
distribuição de medicamentos existentes atualmente atingem apenas uma pequena parcela de
pacientes.” “Uma pequena parcela da população não tem preferência por nenhuma das mãos.”
Ou: “O seguro será pago em parcela única.” “Requerimento do subsídio de parcela única devido
ao parto e cuidados infantis.” “O pagamento da operação será feito em parcela única.”

2
Patologia rara – patologia grave. Nos dicionários, em geral, patologia não é sinônimo de
doença. Patologia significa o estudo das enfermidades. É o ramo da medicina que se ocupa das
alterações sofridas pelo organismo em decorrência de doenças. Do grego pathós, sofrimento, e
lógos, tratado, discurso. Incluir patologia entre os sinônimos de doença é uso criticado no meio
médico. É impropriedade desnecessária, porque há dezenas de nomes equivalentes mais
adequados em nossa língua, como: acometimento, afecção, agravo, anomalia, anormalidade, caso,
condição, defeito, defeito congênito, deformidade, desarranjo, doença, desordem, desordem
congênita, defeito, defeito congênito, disfunção, distúrbio, endemia, enfermidade, entidade clínica
ou cirúrgica, epidemia, estado mórbido, indisposição, lesão, mal, moléstia, ma lformação, máformação, morbidade, morbo, perturbação, processo, sofrimento, transtorno, caso cirúrgico, caso
clínico. Ou termos específicos: associação, combinação, seqüência, enteropatia, osteopatia,
pneumopatia, dermatose, toxicose, nefrose, artrose, micose, hepatite, cardite, encefalite,
síndrome, díade, tríade, além dos nomes da própria doença. Em lugar de patologia do fígado,
pode-se dizer, por exemplo, hepatopatia, distúrbio hepático, doença hepática, afecção hepática.
Perfeito. Tem sentido absoluto. Significa ausência de quaisquer defeitos. Não há perfeição
parcial, nem graus de perfeição. É inadequado dizer “hemostasia o mais perfeita possível”.
Comparável a “paciente bastante grávida”, “certeza absoluta”, “totalmente lotado”.
Pérfuro-cortante. Recomendável: perfurocortante, como está na ortografia oficial (Academia,
2004). Por coerência, perfurocontundente, perfuroinciso (o mesmo que perfurocortante). É
descabida a grafia pérfurocortante. A sílaba subtônica per não leva acento. Também são formas
recomendáveis: cortocontuso, lacerocontuso, laceroperfurante, todas presentes na literatura
médica conforme se vê nas páginas de busca da Internet. É muito comum o uso de cortante em
relação à ferida, mas, em rigor, cortante emprega-se para o agente causador (faca, lâmina de
bisturi, canivete, arma branca) e inciso para o ferimento ou ferida, resultado da ação do agente
cortante. Alguns dizem ferida cortante, porém não é uso adequado. Assim, perfurocortante
emprega-se para o agente que tem ação perfurante e cortante ao mesmo tempo (exemplo, o
punhal). Perfuroinciso(a) seria o ferimento (ferida) causado por agente perfurocortante. O
mesmo aspecto se verifica referente a contundente (agente) e contusa(o), a ferida (ferimento).
Assijm, cortocontundente refere-se ao agente e cortocontusa(o) à ferida (ferimento).
Perfurocontundente – agente e perfurocontusa – ferida. Desse modo, o emprego de
perfurocortante ou perfurocontundente para as feridas não é adequado, pois a ferida não é
cortante ou contundente, isto é empregado para o agente causador. Em bom estilo, seria assim: O
paciente sofreu um ferimento perfuroinciso, causado por um objeto perfurocortante.
Peri-operatório. Costuma-se usar perioperatório em relação ao período que precede ou sucede
imediatamente à operação. O prefixo peri é usado no VOLP (Academia, 2004) sem hífen. Não há
perioperatório nesse vocabulário, mas aparecem periósteo, periovular, periorbitário e outros
para comparação da grafia. Em pediatria, diz-se muito período perinatal em referência ao tempo
imediatamente antes e ou depois do nascimento de uma criança, como se registra no Houaiss
(2001). É inadequado usar peri no sentido de durante ou dentro, quanto a um evento que se
relata. Peri significa em torno, em volta. Assim, é mais adequado dizer complicações
perioperatórias (que ocorrem imediatamente antes ou depois da operação) e complicações
peroperatórias (é mais comum dizer intra-operatórias) para referir-se às que ocorrem durante a
intervenção. Estabelecer peri e per como termos sinônimos pode criar rejeições, pois não há esse
registro nos dicionários em geral.
PH – ph – Phmetria – pH-metria – phmetria – pH metria – PHMETRIA – pHMETRIA. O símbolo
da concentração iônica de hidrogênio é pH, formulação tradicional que deveria ser preservada em
lugar de ph, PH ou Ph. O elemento metria junta-se ao símbolo para formar uma unidade semântica.
Embora sejam todas as formas aceitáveis por existirem na linguagem médica, recomenda-se pHmetria. Por conseguinte, pH-métrico, pH-metro (pronuncia-se pê-agâmetro; existe a grafia
pHgâmetro, forma questionável, pois lê-se “pê-agá-gâmetro”). O VOLP (Academia, 2004) dá phmetro (aparelho de medição do pH) e o Garnier & Delamare (2002) traz pH-metria, ambos com
hífen, sinal que se justifica por separar elementos diferentes, ou seja, um símbolo (pH) e um sufixo
(-metria). Por conseguinte, grafa-se também ph-métrico. É neologismo não registrado nos
dicionários de português, mas correntemente adotado no seio médico, o que lhe dá legitimidade. A

3
forma hifenizada pH-metria é freqüente na literatura e coerente com proposições semelhantes
com a união de siglas ou símbolos ao elemento seguinte, como em HIV-positivo, , anti-HIV, antiUVA, ao lado de formas sem hífen, como balneoPUVAterapia e ATPase. Deve-se evitar escrever PHmetria ou PHmetria para justificar inicial maiúscula no início de frases. Para fugir a
questionamentos nesse sentido, aconselha-se evitar escrever o termo no início da frase. É recurso
discutível escrever PH-METRIA, pela deformação do símbolo de pontencial de hidrogênio,
conforme foi citado. Pode-se registrar pH-METRIA. O mesmo fato ocorre com phmetria em que o
símbolo do hidrogênio passa a ser h minúsculo, o que não nos é ensinado na escola. A forma pH
metria pode ser questionável por manter isolados seus elementos de composição. Pode-se,
freqüentemente, optar por medida do pH, tendo em vista sua ausência no VOLP e nos dicionários
de português em geral, mesmo os da área médica.
Pica. De um artigo médico publicado: “As crianças tinham queixas relacionadas à anemia, como a
pica e o cansaço”. Do latim pica (pronuncia-se pêca), pega. Devido ao fato de essa ave ingerir
qualquer coisa (Houaiss, 2001), em medicina, deu-se esse nome ao apetite pervertido por
substâncias inadequadas como alimento, que impulsiona pessoas a gostar de mastigar e ingerir
gelo (pagofagia), pelos (tricofagia), o anêmico a ingerir terra (geofagia) e a mulheres grávidas ter
vontade de ingerir manga verde e outras excentricidades desses tipos. Tal distúrbio também se
verifica em casos de histeria e de distúrbios mentais como o autismo. Para fugir à carga pejorativa
do nome pica, pode-se dizer perversão ou distúrbio do apetite – ou ainda alotriofagia (do grego
allotrios, estranho, imcompatível e phagein, comer), nome cientificamente mais adequado e
presente em bons dicionários médicos.
Pico máximo. Expressão pleonástica em usos como: “Atingiu o pico máximo da carreira em dez
anos.”. “Os sintomas atingem o pico máximo em torno de 10 minutos.”. “A saúde estava vibrante,
no seu pico máximo.”. “Importante é obter os cortes tomográficos no pico máximo de
opacificação.”. “O pico máximo de massa óssea se alcança ao redor dos 30 anos de idade.”. Pico
significa o valor máximo que pode atingir uma grandeza periódica. Pode-se dizer o pico ou o
máximo ou, ainda, ponto ou valor máximo, exceto se o que se refere apresentar vários picos ou
pontos máximos relacionados a vários períodos, por exemplo.

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Expressões médicas: falhas e acertos na linguagem

  • 1. Expressões médicas: falhas e acertos Medical expression: failures and hits Simônides Bacelar,1 Carmem Cecília Galvão,2 Elaine Alves3 Paulo Tubino4 Trabalho realizado na UNB – Faculdade de Medicina – Hospital Universitário da Universidade de Brasília – Centro de Pediatria Cirúrgica. 1. Médico Assistente, Professor Voluntário, Centro de Pediatria Cirúrgica do Hospital Universitário da Universidade de Brasília. 2. Bacharel em Língua Portuguesa e Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília. 3. Professora Adjunta de Cirurgia Pediátrica, Universidade de Brasília. 4. Professor Titular de Cirurgia Pediátrica, Universidade de Brasília Bacelar S, Galvão CC, Alves E, Tubino P. Expressões médicas: falhas e acertos. Rev. Med. Res., Curitiba, v.15, n.1, p.64-68, jan./mar. 2013. Paciente extrofiado. Construção de cunho coloquial. Mais adequado à linguagem científica formal: paciente com bexiga extrofiada. A bexiga é que está extrofiada, não exatamente o paciente. A expressão é perfeitamente compreensível para os médicos, mas, em técnica de redação formal, recomenda-se optar pelo uso lógico para evitar possíveis questionamentos. Paciente iniciou com. Em anotações de prontuário, é comum a expressão “Paciente iniciou com...” (e, a seguir, acrescentam-se as manifestações). Assim, formam-se frases imperfeitas por faltar-lhes o complemento do verbo iniciar. Quem inicia, inicia algo. Digamos mais adequadamente: Paciente apresenta (queixa-se de, tem, refere) dor. Ou: O quadro se iniciou com dor. O paciente é quem sofre as doenças. Os agentes causadores é que, de ordinário, as iniciam, não o doente. Em geral, as manifestações são iniciadas pelas lesões, não pelo doente, embora, em certos casos, seja o próprio enfermo causador de lesões. Um indivíduo, por exemplo, pode iniciar envenenamento ao tomar substâncias tóxicas ou infecção intestinal se ingerir alimento infectado. Mas, de ordinário, não é o que ocorre. É característica da linguagem não-literária haver construções como: “O paciente internou”, “Ele formou em medicina”, “Ele levantou cedo”. Mas, na linguagem formal, a regência dos verbos é estabelecida por normas de uso culto. Palavras inventadas. Na literatura médica, há grande número de termos ausentes dos dicionários. São invenções desnecessárias por haver equivalentes perfeitos no léxico. Denotam desconhecimento de linguagem e, às vezes, pernosticismo e podem estar malformados. É recomendável evitá-los até que sejam dicionarizados ou usados por alguma autoridade em gramática ou por médicos reconhecidamente conhecedores de gramática e de linguagem médica e científica. Neologismos são bem-vindos quando não há termos substitutos na linguagem corrente, como ensinam bons lingüistas. Muitos são decorrentes do desenvolvimento científico. Alguns exemplos de nomes criticáveis, colhidos da literatura médica, e termos equivalentes registrados nos dicionários: reflexos “lentificados” (reflexos lentos), rim “funcionante” (rim produtivo ou ativo), paciente “vitimizado” (paciente vitimado), hipernatremia “dilucional” (hipernatremia por diluição), déficit “atencional” (deficiência de atenção), criança “carenciada” (criança carente), fígado ‘cirrotizado” (fígado com cirrose), “cirrotização” hepática (cirrose hepática), doente “analgesiado” (doente medicado com analgésico), “medicalização’ eficiente (medicação ou medicamentação eficiente), “factibilidade” (exeqüibilidade), medida “paliativista” (medida paliativa), “oportunizar” (tornar oportuno), “perviedade” (permeável), “obituar” (morrer, ir a óbito), “refluxante” (com refluxo), “topicização” (tornar tópico), “tumefativo” (tumefacto), “urgencializar” (tornar urgente), “sequelado” (com seqüela), “recreacional” (recreativo) e outros. Convém verificar. 1
  • 2. Palpação manual. Palpação manual é expressão redundante, uma vez que palpar significa tatear (usar o tato) ou tocar com as mãos ou com os dedos das mãos, como está nos dicionários, inclusos os médicos. Do latim palpatio, onis, toque, de palpare, tocar com as mãos, acariciar. Todavia, na linguagem médica, existem as expressões palpação manual e palpação digital, usos úteis para indicar procedimentos diferentes. Poderia haver mesmo especificação, como palpação palmodigital para indicar uso de toda a mão. Entretanto, com a exceção de indicações especiais como essas, pode-se dizer apenas palpação. Papa de hemácias. Apesar de ser expressão registrada no Aurélio, o termo médico mais adequado é concentrado de hemácias (recomendável usar o plural, hemácias). Também: concentrado de plaquetas, concentrado de leucócitos, concentrado de fator. A acepção própria de papa é alimento em forma de mingau, especialmente farinha cozida no leite ou na água até adquirir consistência de pasta mais ou menos espessa. Em rigor, papa de hemácias equivale a mingau de hemácias. Do latim pappa ou papa, alimento na linguagem infantil (Ferreira, 1999). Palpação manual. Pode configurar redundância, uma vez que palpar significa tatear (usar o tato) ou tocar com as mãos ou com os dedos das mãos, como está nos dicionários, inclusos os médicos. Do latim palpatio, onis, toque, de palpare, tocar com as mãos, acariciar. Na linguagem médica, existem as expressões palpação manual e palpação digital, usos úteis para indicar procedimentos diferentes. Poderia haver mesmo especificações, como palpação palmodigital para indicar uso de toda a mão, bimanual ou bidigital. Entretanto, com exceção de indicações especiais como essas, em medicina, pode-se dizer apenas palpação. Parasito – parasita. Do grego para (junto), e sitos (alimento, sobretudo trigo) e do latim parasitus. Parasitos, propriamente, é aquele que come ao lado de outro (Victoria, 1966). Segundo esse autor, é recomendável parasito para animais e parasita em relação a plantas, por este (planta) ser nome feminino (Sacconi, 1979, p. 332; Victoria, 1959). O termo parasita é de uso mais recente como tradução do francês parasite (Rezende, 1992). Em espanhol e italiano, línguas de origem latina, escreve-se parásito(a), parasito(a), e parassito ou parassita respectivamente. Por sua etimologia, parasito é essencialmente substantivo (do grego para, junto, e sitos, alimento, formouse parásitos [substantivo masculino], comensal e, em latim, parasitus [subst. masc.], papa-jantares, hóspede). Por força de uso, é aceito como adjetivo e, assim, tem flexões: bactéria parasita, verme parasito, uso registrado no VOLP (1999). Este estabelece parasito como adjetivo e como substantivo masculino, e parasita, como adjetivo e como substantivo comum aos dois gêneros e assim está também registrado em bons dicionários como o Aurélio (2004), o Houaiss (2001) e o Michalis (1998). Em vista disso, o uso de parasita como substantivo ou como adjetivo sem flexão de gênero é aceito oficialmente: inseto parasita, bactéria parasita. Além disso, o uso popular consagra parasita sem flexão de gênero como substantivo e como adjetivo. Como é fato da língua, não cabe dizer que é certo ou errado. Estará certíssimo no nível de linguagem popular ou coloquial, por exemplo. Mas, na linguagem médica científica formal, convém adotar os usos de acordo com a faixa normativa da linguagem padrão gramatical culto, por serem disciplinados e abonados pelos profissionais da área, que sabem muito mais que nós, médicos. Nesse caso, estará correto o uso de parasito ou parasita como substantivo ou adjetivo. Assim, pode-se dizer: A bactéria saprófita é uma parasita. O Ascaris lumbricoides é um parasito intestinal. Ambos são organismos parasitos. Ambos têm funções parasitas. || Por esse artifício, esses usos conformam-se perfeitamente às regras gramaticais em que o substantivo varia em gênero e número (parasito[s], parasita[s]) e o adjetivo concorda em gênero e número com o substantivo a que se refere (bactéria[s] parasita[s], verme[s] parasito[s]). Parcela. É impróprio referir-se a “parcela única” por incoerência, e a “pequena parcela” por redundância (Duarte SN, Língua Viva, JB, 9.1.2000). Parcela é o mesmo que pequena parte. Do francês parcelle; do latim popular particella, de pars, partis, parte, e cella, pequeno compartimento. Se é parte, não poderia ser única. Desse modo, são questionáveis termos como: “Parcela muito pequena da população tem alergia alimentar”. “As políticas públicas de distribuição de medicamentos existentes atualmente atingem apenas uma pequena parcela de pacientes.” “Uma pequena parcela da população não tem preferência por nenhuma das mãos.” Ou: “O seguro será pago em parcela única.” “Requerimento do subsídio de parcela única devido ao parto e cuidados infantis.” “O pagamento da operação será feito em parcela única.” 2
  • 3. Patologia rara – patologia grave. Nos dicionários, em geral, patologia não é sinônimo de doença. Patologia significa o estudo das enfermidades. É o ramo da medicina que se ocupa das alterações sofridas pelo organismo em decorrência de doenças. Do grego pathós, sofrimento, e lógos, tratado, discurso. Incluir patologia entre os sinônimos de doença é uso criticado no meio médico. É impropriedade desnecessária, porque há dezenas de nomes equivalentes mais adequados em nossa língua, como: acometimento, afecção, agravo, anomalia, anormalidade, caso, condição, defeito, defeito congênito, deformidade, desarranjo, doença, desordem, desordem congênita, defeito, defeito congênito, disfunção, distúrbio, endemia, enfermidade, entidade clínica ou cirúrgica, epidemia, estado mórbido, indisposição, lesão, mal, moléstia, ma lformação, máformação, morbidade, morbo, perturbação, processo, sofrimento, transtorno, caso cirúrgico, caso clínico. Ou termos específicos: associação, combinação, seqüência, enteropatia, osteopatia, pneumopatia, dermatose, toxicose, nefrose, artrose, micose, hepatite, cardite, encefalite, síndrome, díade, tríade, além dos nomes da própria doença. Em lugar de patologia do fígado, pode-se dizer, por exemplo, hepatopatia, distúrbio hepático, doença hepática, afecção hepática. Perfeito. Tem sentido absoluto. Significa ausência de quaisquer defeitos. Não há perfeição parcial, nem graus de perfeição. É inadequado dizer “hemostasia o mais perfeita possível”. Comparável a “paciente bastante grávida”, “certeza absoluta”, “totalmente lotado”. Pérfuro-cortante. Recomendável: perfurocortante, como está na ortografia oficial (Academia, 2004). Por coerência, perfurocontundente, perfuroinciso (o mesmo que perfurocortante). É descabida a grafia pérfurocortante. A sílaba subtônica per não leva acento. Também são formas recomendáveis: cortocontuso, lacerocontuso, laceroperfurante, todas presentes na literatura médica conforme se vê nas páginas de busca da Internet. É muito comum o uso de cortante em relação à ferida, mas, em rigor, cortante emprega-se para o agente causador (faca, lâmina de bisturi, canivete, arma branca) e inciso para o ferimento ou ferida, resultado da ação do agente cortante. Alguns dizem ferida cortante, porém não é uso adequado. Assim, perfurocortante emprega-se para o agente que tem ação perfurante e cortante ao mesmo tempo (exemplo, o punhal). Perfuroinciso(a) seria o ferimento (ferida) causado por agente perfurocortante. O mesmo aspecto se verifica referente a contundente (agente) e contusa(o), a ferida (ferimento). Assijm, cortocontundente refere-se ao agente e cortocontusa(o) à ferida (ferimento). Perfurocontundente – agente e perfurocontusa – ferida. Desse modo, o emprego de perfurocortante ou perfurocontundente para as feridas não é adequado, pois a ferida não é cortante ou contundente, isto é empregado para o agente causador. Em bom estilo, seria assim: O paciente sofreu um ferimento perfuroinciso, causado por um objeto perfurocortante. Peri-operatório. Costuma-se usar perioperatório em relação ao período que precede ou sucede imediatamente à operação. O prefixo peri é usado no VOLP (Academia, 2004) sem hífen. Não há perioperatório nesse vocabulário, mas aparecem periósteo, periovular, periorbitário e outros para comparação da grafia. Em pediatria, diz-se muito período perinatal em referência ao tempo imediatamente antes e ou depois do nascimento de uma criança, como se registra no Houaiss (2001). É inadequado usar peri no sentido de durante ou dentro, quanto a um evento que se relata. Peri significa em torno, em volta. Assim, é mais adequado dizer complicações perioperatórias (que ocorrem imediatamente antes ou depois da operação) e complicações peroperatórias (é mais comum dizer intra-operatórias) para referir-se às que ocorrem durante a intervenção. Estabelecer peri e per como termos sinônimos pode criar rejeições, pois não há esse registro nos dicionários em geral. PH – ph – Phmetria – pH-metria – phmetria – pH metria – PHMETRIA – pHMETRIA. O símbolo da concentração iônica de hidrogênio é pH, formulação tradicional que deveria ser preservada em lugar de ph, PH ou Ph. O elemento metria junta-se ao símbolo para formar uma unidade semântica. Embora sejam todas as formas aceitáveis por existirem na linguagem médica, recomenda-se pHmetria. Por conseguinte, pH-métrico, pH-metro (pronuncia-se pê-agâmetro; existe a grafia pHgâmetro, forma questionável, pois lê-se “pê-agá-gâmetro”). O VOLP (Academia, 2004) dá phmetro (aparelho de medição do pH) e o Garnier & Delamare (2002) traz pH-metria, ambos com hífen, sinal que se justifica por separar elementos diferentes, ou seja, um símbolo (pH) e um sufixo (-metria). Por conseguinte, grafa-se também ph-métrico. É neologismo não registrado nos dicionários de português, mas correntemente adotado no seio médico, o que lhe dá legitimidade. A 3
  • 4. forma hifenizada pH-metria é freqüente na literatura e coerente com proposições semelhantes com a união de siglas ou símbolos ao elemento seguinte, como em HIV-positivo, , anti-HIV, antiUVA, ao lado de formas sem hífen, como balneoPUVAterapia e ATPase. Deve-se evitar escrever PHmetria ou PHmetria para justificar inicial maiúscula no início de frases. Para fugir a questionamentos nesse sentido, aconselha-se evitar escrever o termo no início da frase. É recurso discutível escrever PH-METRIA, pela deformação do símbolo de pontencial de hidrogênio, conforme foi citado. Pode-se registrar pH-METRIA. O mesmo fato ocorre com phmetria em que o símbolo do hidrogênio passa a ser h minúsculo, o que não nos é ensinado na escola. A forma pH metria pode ser questionável por manter isolados seus elementos de composição. Pode-se, freqüentemente, optar por medida do pH, tendo em vista sua ausência no VOLP e nos dicionários de português em geral, mesmo os da área médica. Pica. De um artigo médico publicado: “As crianças tinham queixas relacionadas à anemia, como a pica e o cansaço”. Do latim pica (pronuncia-se pêca), pega. Devido ao fato de essa ave ingerir qualquer coisa (Houaiss, 2001), em medicina, deu-se esse nome ao apetite pervertido por substâncias inadequadas como alimento, que impulsiona pessoas a gostar de mastigar e ingerir gelo (pagofagia), pelos (tricofagia), o anêmico a ingerir terra (geofagia) e a mulheres grávidas ter vontade de ingerir manga verde e outras excentricidades desses tipos. Tal distúrbio também se verifica em casos de histeria e de distúrbios mentais como o autismo. Para fugir à carga pejorativa do nome pica, pode-se dizer perversão ou distúrbio do apetite – ou ainda alotriofagia (do grego allotrios, estranho, imcompatível e phagein, comer), nome cientificamente mais adequado e presente em bons dicionários médicos. Pico máximo. Expressão pleonástica em usos como: “Atingiu o pico máximo da carreira em dez anos.”. “Os sintomas atingem o pico máximo em torno de 10 minutos.”. “A saúde estava vibrante, no seu pico máximo.”. “Importante é obter os cortes tomográficos no pico máximo de opacificação.”. “O pico máximo de massa óssea se alcança ao redor dos 30 anos de idade.”. Pico significa o valor máximo que pode atingir uma grandeza periódica. Pode-se dizer o pico ou o máximo ou, ainda, ponto ou valor máximo, exceto se o que se refere apresentar vários picos ou pontos máximos relacionados a vários períodos, por exemplo. 4